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PROGRAMA NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA PNAIC Secretaria Municipal de Educação São José do Rio Preto – SP 2013 Encontro 26/10/2013 2º ANO

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Page 1: Pnaic 6º encontro  2 ano

PROGRAMA NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO

NA IDADE CERTAPNAIC

Secretaria Municipal de EducaçãoSão José do Rio Preto – SP

2013

Encontro 26/10/20132º ANO

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LEITURA PARA DELEITE:

Manhã: “Te desejo a vida” – Flavia Wenceslau

TE DESEJO A VIDA 

Eu te desejo vida, longa vidaTe desejo a sorte de tudo que é bomDe toda alegria ter a companhiaColorindo a estrada em seu mais belo tomEu te desejo a chuva na varandaMolhando a roseira pra desabrocharE dias de sol pra fazer os teus planosNas coisas mais simples que se imaginarE dias de sol pra fazer os teus planosNas coisas mais simples que se imaginarEu te desejo a paz de uma andorinhaNo voo perfeito contemplando o marE que a fé movedora de qualquer montanhaTe renove sempre, te faça sonharMas se vier as horas de melancoliaQue a lua tão meiga venha te afagarE a mais doce estrela seja tua guiaComo mãe singela a te orientar

Eu te desejo mais que mil amigosA poesia que todo poeta esperouCoração de menino cheio de esperançaVoz de pai amigo e olhar de avôCoração de menino cheio de esperançaVoz de pai amigo e olhar de avôEu te desejo vida, longa vida...

Eu te desejo a chuva na varanda...

Eu te desejo a paz de uma andorinha...Mas se vier as horas de melancolia...Eu te desejo muito mais que mil amigos...Eu te desejo a chuva na varanda...E dias de sol pra fazer os teus planosNas coisas mais simples que se imaginar (2 vezes)

Flavia Wenceslau

Page 3: Pnaic 6º encontro  2 ano

Flavia Wenceslau

Não poderia existir um conceito que definisse melhor o trabalho de Flavia Wenceslau do que o título de seu mais recente disco: Saia de Retalho. Transitando facilmente entre os vários estilos da música popular brasileira, as canções que apresenta ao público denotam uma variedade surpreendentede influências dentro de seu trabalho, que vão assumidamente de Maria Bethânia e Fafá de Belém a Janis Joplin e Freddie Mercury. Isso acabou formando uma cantora/compositora ímpar, cuja técnica vocal refinada, aliada a uma interpretação repleta de sentimento, vem conquistando crítica e público.Nascida em Nova Floresta, na Paraíba, Flavia teve a música como sua companheira natural desde a mais tenra idade, estimulada por um ambiente no qual a melodia era rotina familiar. Já adolescente, transitou entre as bandas de baile e apresentações acústicas e intimistas no circuito da noite e em festivais. Duas décadas, um troféu Caymmi, música em trilha de novela e todo um universo multicultural brasileiro depois, o que temos é uma artista experiente, livre de rótulos e disposta a surpreender.[...] Flávia Wenceslau é instrumentista, cuja técnica amadureceu juntamente com a voz nos tantos anos de estrada. O título do CD (Saia de Retalhos) aqui se justifica: o som que Flávia oferece passeia livremente por ritmos distintos, mas que mantêm a coesão graças ao seu timbre singular, que costura tudo isso num trabalho bem característico. A beleza e a diversidade de uma saia de retalhos em formato sonoro.Tudo isso em arranjos simples mas notáveis. Nem tente passar incólume pela doce combinação de letra e melodia, não há como resistir. Ela se localiza no disco entre duas performances preciosas do refinado vocal de Flavia, “Carona de Beija-Flor” e “Te Desejo Vida” . Não é precipitado, com base nelas, já posicionar a cantora num lugar de destaque em nosso panteão de vozes femininas marcantes.Temos sinceridade, temos sentimento: ela é exatamente aquilo que canta, sem afetação ou modismos. Experimente Saia de Retalho com a certeza de que está se expondo a uma obra única, visto que Flavia Wenceslau é uma artesã da boa música. Pode esperar o melhor dela, sempre.

Fonte: http://flaviawenceslau.com.br/?page_id=6

Page 4: Pnaic 6º encontro  2 ano

Tarde: “A porta” e “Como dizia o Poeta” – Vinicius de Moraes

A PORTAEu sou feita de madeiraMadeira, matéria mortaMas não há coisa no mundoMais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinhoPra passar o menininhoEu abro bem com cuidadoPra passar o namoradoEu abro bem prazenteiraPra passar a cozinheiraEu abro de supetãoPra passar o capitão.

Só não abro pra essa genteQue diz (a mim bem me importa...)Que se uma pessoa é burraÉ burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casaFecho a frente do quartelFecho tudo nesse mundoSó vivo aberta no céu!

A PORTAEu sou feita de madeiraMadeira, matéria mortaMas não há coisa no mundoMais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinhoPra passar o menininhoEu abro bem com cuidadoPra passar o namoradoEu abro bem prazenteiraPra passar a cozinheiraEu abro de supetãoPra passar o capitão.

Só não abro pra essa genteQue diz (a mim bem me importa...)Que se uma pessoa é burraÉ burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casaFecho a frente do quartelFecho tudo nesse mundoSó vivo aberta no céu!

COMO DIZIA O POETA  Quem já passou Por esta vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos do que eu Porque a vida só se dá Pra quem se deu Pra quem amou, pra quem chorou Pra quem sofreu, ai 

Quem nunca curtiu uma paixão Nunca vai ter nada, não 

Não há mal pior Do que a descrença Mesmo o amor que não compensa É melhor que a solidão 

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair Pra que somar se a gente pode dividir? Eu francamente já não quero nem saber De quem não vai porque tem medo de sofrer 

Ai de quem não rasga o coração Esse não vai ter perdão

COMO DIZIA O POETA  Quem já passou Por esta vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos do que eu Porque a vida só se dá Pra quem se deu Pra quem amou, pra quem chorou Pra quem sofreu, ai 

Quem nunca curtiu uma paixão Nunca vai ter nada, não 

Não há mal pior Do que a descrença Mesmo o amor que não compensa É melhor que a solidão 

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair Pra que somar se a gente pode dividir? Eu francamente já não quero nem saber De quem não vai porque tem medo de sofrer 

Ai de quem não rasga o coração Esse não vai ter perdão

Page 5: Pnaic 6º encontro  2 ano

Centenário de Vinicius de Moraes: relembre a história do "poetinha“

Em meio a um temporal, na madrugada de 19 de outubro de 1913 - há exatos 100 anos -, nascia o homem que marcaria a música brasileira para sempre com suas composições. Virou ícone e passava bem longe do padrão. Não era careta, falava de amor, era a favor do "eterno enquanto dure", definiu o que poucos conseguiram. O "poetinha", como era conhecido, casou-se e fez isso com propriedade, amou nove mulheres oficialmente e diversas outras por toda a sua vida.Vinicius de Moraes era um homem como poucos, teve parcerias felizes com Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Tom Jobim, entre outros. Gostava de beber uísque, o qual garantia ser o melhor amigo do homem, o "cachorro engarrafado". Admirava as mulheres belas, a beleza (como um todo, é bom ressaltar) era fundamental.

http://diversao.terra.com.br/gente/centenario-de-vinicius-de-moraes-relembre-a-historia-do-poetinha,96262952762c1410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html Acesso em 19/10/13.

Centenário de Vinicius de Moraes: relembre a história do "poetinha“

Em meio a um temporal, na madrugada de 19 de outubro de 1913 - há exatos 100 anos -, nascia o homem que marcaria a música brasileira para sempre com suas composições. Virou ícone e passava bem longe do padrão. Não era careta, falava de amor, era a favor do "eterno enquanto dure", definiu o que poucos conseguiram. O "poetinha", como era conhecido, casou-se e fez isso com propriedade, amou nove mulheres oficialmente e diversas outras por toda a sua vida.Vinicius de Moraes era um homem como poucos, teve parcerias felizes com Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Tom Jobim, entre outros. Gostava de beber uísque, o qual garantia ser o melhor amigo do homem, o "cachorro engarrafado". Admirava as mulheres belas, a beleza (como um todo, é bom ressaltar) era fundamental.

http://diversao.terra.com.br/gente/centenario-de-vinicius-de-moraes-relembre-a-historia-do-poetinha,96262952762c1410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html Acesso em 19/10/13.

Page 6: Pnaic 6º encontro  2 ano

BREVE RETOMADA DO ENCONTRO ANTERIOR (GÊNEROS TEXTUAIS).

SOCIALIZAÇÃO DA TAREFA: • Percurso do trabalho – aplicação do projeto ou sequência didática.

ESTUDO E REFLEXÃO:

1. Leitura da seção “Iniciando a conversa”.

Dando continuidade às reflexões que têm sido expostas nos outros cadernos dessa coleção, buscaremos, nesta unidade, refletir sobre o planejamento do ensino, na busca de garantirmos a alfabetização das crianças na perspectiva do letramento e da integração entre diferentes componentes curriculares. Centraremos o debate em torno de duas formas de organização do trabalho pedagógico: os projetos didáticos e as sequências didáticas na alfabetização, por entendermos que são modos de conceber a prática de ensino em consonância com as concepções sobre ensino e aprendizagem que vimos discutindo.

Serão também objeto de atenção os debates acerca da importância da linguagem oral e escrita na apropriação de conhecimentos de diferentes áreas do saber escolar.

Desse modo, os objetivos da unidade 6 são:• compreender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento, a partir do aprofundamento de estudos baseados nas obras pedagógicas do PNBE do Professor e outros textos publicados pelo MEC;• aprofundar a compreensão sobre o currículo nos anos iniciais do Ensino Fundamental e sobre os direitos de aprendizagem e desenvolvimento nas diferentes áreas de conhecimento;• analisar e planejar projetos didáticos e sequências didáticas para turmas de alfabetização, assim como prever atividades permanentes integrando diferentes componentes curriculares e atividades voltadas para o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita;• conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação e planejar projetos e sequências didáticas em que tais materiais sejam usados;• compreender a importância da avaliação no ciclo da alfabetização.

Page 7: Pnaic 6º encontro  2 ano

2. Diálogo:

• O que é um projeto didático? E uma sequência?

• Quais as diferenças entre projeto e sequência didática?

• Qual é a importância dessas modalidades de organização no trabalho pedagógico?

• Quando as atividades permanentes e independentes fazem-se necessárias?

• Qual a importância do planejamento no processo educativo?

• O que entendemos sobre interdisciplinaridade? Qual sua pertinência nos processos de ensino e

aprendizagem?

3. Leitura colaborativa do texto: “Planejar para integrar saberes e experiências” (Juliana de Melo Lima, Rosinalda Teles e Telma Ferraz Leal – p. 06 a 13).

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4. Estudo dirigido: a) Construção de esquema ou mapa conceitual em grupo dos textos:

• “Projetos Didáticos: Compartilhando Saberes, Compartilhando Responsabilidades” (Telma Ferraz Leal e Juliana de Melo Lima – p. 14 a 20).

• “Sequência Didática: Sistematização e Monitoramento das Ações Rumo a Novas aprendizagens” (Juliana de Melo Lima, Telma Ferraz Leal e Rosinalda Teles – p. 21 a 30). b) Socialização para a turma dos esquemas ou mapas conceituais construídos. c) Sistematização.

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Aprofundando o Tema – Unidade 06 - p. 07

Planejar para integrar saberes e experiênciasJuliana de Melo Lima

Rosinalda TelesTelma Ferraz Leal

Planejamento: organiza a prática docente; o professor reflete sobre os objetivos que se quer alcançar e exerce sua ação segundo suas intenções.

Flexibilidade: os improvisos e mudanças tendem a ser mais articulados quando o profissional pensou antes “o que” e “porque” planejou determinado conteúdo.

Nery (2007, p. 111) afirma que o planejamento contempla:

• critérios de organização das crianças em classes ou turmas;

• definição de objetivos por série ou ano;

• tempo e espaço;

• materiais;

• modos de organização: sala de aula, brincadeiras, refeição, atividades permanentes, sequências didáticas, atividades de sistematização, projetos didáticos, etc.

Corcino (2007, p.59) ressalta a necessidade de integração entre os diferentes componentes curriculares atendendo a princípios didáticos como: escolha de temáticas relevantes, valorização dos conhecimentos prévios dos alunos, estímulo à reflexão, promoção de interação, favorecimento da sistematização de conhecimentos e diversificação de estratégias didáticas. P. 07.

Dolz e Schneuwly (2004, p. 42 e 43) afirmam que “os conteúdos são definidos em função das capacidades do aprendiz e das experiências a ele necessárias”, para isso os professores devem ter informações concretas sobre os objetivos visados pelo ensino e sobre as práticas de linguagem, para possibilitar ensino mais sistemático em cada ciclo ou série, com objetivos progressivos. P. 08

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INTERDISCIPLINARIDADE = integração de saberes = novos arranjos curriculares = novas maneiras de trabalhar os conteúdos.

Para Fazenda (1995) a interdisciplinaridade não é categoria de conhecimento, mas de ação. P. 8.

A articulação entre as diferentes áreas do conhecimento pode ser feita por meio de Sequências Didáticas e Projetos Didáticos utilizando recursos diversos como computadores, TV. jornais, revistas, livros. O acervo de obras complementares distribuídos pelo MEC são recursos que possibilitam a articulação dos conteúdos das diferentes áreas; umas mesma obra pode ser utilizada com diferentes finalidades. P. 09

Acervos possibilitam ainda reflexão sobre SEA, estímulo à leitura autônoma, conhecimento da diversidade de gêneros textuais.

A integração entre os componentes curriculares pode ser garantida:

•Temática escolhida;

• forma de organização do trabalho pedagógico,

• recursos didáticos selecionados.

Exemplo: receitas culinárias ou de embalagens de mercadorias podem ser articulados os eixos de números e operações, grandezas e medidas, geometria e tratamento da informação. Em LP escrever em dupla lista de ingredientes e socialização no coletivo, leitura de receitas, organizar livros de receitas a partir de pesquisas, em Ciências: estudo da alimentação e de diversas energias,etc. P. 10 e 11.

Leitura autônoma: é importante que o professor desafie as crianças a tentarem ler seja em situações individuais, em duplas, antes de fazer a leitura em voz alta.

Santos e Teles (2012) destacam que o desfio é não descaracterizar os objetos do saber da Matemática, é preciso ... redescobri-los para dar significado ao que está sendo estudado. Ex: articulação entre Artes Visuais e Geometria- simetria através das obras de Escher, Odetto e Guersoni.

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Santos e Teles (2012) destacam que o desfio é não descaracterizar os objetos do saber da Matemática, é preciso ... redescobri-los para dar significado ao que está sendo estudado. Ex: articulação entre Artes Visuais e Geometria- simetria através das obras de Escher, Odetto e Guersoni.

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Projetos Didáticos: compartilhando saberes, compartilhando responsabilidadesTelma Ferraz Leal

Juliana de Melo Lima

Projeto Didático: prevê um produto final, planejamento tem objetivos claros, dimensionamento do tempo, divisão de tarefas e avaliação final em função do que se pretendia. Tudo isso feito de maneira compartilhada, com cada estudante tendo autonomia pessoal e responsabilidade coletiva para o bom desenvolvimento do projeto. (Nery, 2007, p. 119)

Leite (1998) aponta outras características de Projeto Didático:

• é uma proposta de intervenção pedagógica;

• é uma atividade intencional e social, que contempla um problema, objetivos e produtos concretos;

• aborda o conhecimento em uso: foco em conhecimentos relevantes para resolver o problema proposto, considera as competências e conhecimentos prévios dos alunos, promove a interdisciplinaridade, trata os conteúdos de forma dinâmica, trata os conteúdos de forma helicoidal, exige participação dos estudantes em todo desenvolvimento das ações;

• estimula a cooperação, com responsabilidade mútua;

• estimula a autonomia e iniciativa;

• exige produção autêntica, resultante das decisões tomadas;

• contempla a divulgação dos trabalhos.

Barbosa e Horn (2008, p. 33) apontam alguns momentos que são decisivos na pedagogia de projetos: definição do problema, planejamento do trabalho, a coleta, a organização e o registro das informações , a avaliação e a comunicação. Para esses autores trabalhar com projetos implica considerar o que as crianças já sabem sobre o tema em discussão, propor os temas, sugerir produtos sem impor. O professor tem papel central de coordenar o trabalho, problematizar e orientar os alunos durante o percurso. P. 16

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Requisitos básicos para desenvolvimento de projetos didáticos:

a)Intencionalidade b) Problematização c) Ação

d) Experiência e) Pesquisa

Por meio de um projeto didático as crianças podem agir socialmente, aprendendo como mobilizar conhecimentos para participar da sociedade de forma mais ativa.

Sequência Didática: sistematização e monitoramento das ações rumo a novas aprendizagens

Juliana de Melo LimaTelma Ferraz Leal

Rosinalda Teles

Para Machado e Cristovão (2006, p. 554) a sequência didática “é uma abordagem que unifica os estudos de discursos e abordagem dos textos, implicando uma lógica de descompartimentalização dos conteúdos e das capacidades: elas deveriam englobar as práticas de escrita, de leitura e as práticas orais”.

Zabala (1998, p. 18) “ um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que tem um princípio e um fim. Conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.”

Lerner (2002, p. 89) “as SD estão direcionadas para se ler com as crianças diferentes exemplares de um mesmo gênero ou subgênero, diferentes obras de um mesmo autor ou diferentes textos sobre um mesmo tema”.

Nery( 2007, 9. 114) “ as SD pressupõem um trabalho organizado em uma determinada sequência, durante um determinado período estruturado pelo professor, criando-se assim, uma modalidade de aprendizagem mais orgânica.” p. 21

Dolz, Noverraz e Schneuwly(2004, p. 97) referem-se a SD como um “conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero oral ou escrito... permitem uma maior sistematização do ensino e da aprendizagem, com a finalidade de ajudar a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação de comunicação”. P. 22

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O que não podemos desconsiderar ao trabalhar com Sequências Didáticas?

1. Objetivos que pretendemos alcançar diante das necessidades dos alunos.

2. Qual a minha intencionalidade diante do ensino?

3. O eixo de articulação é um tema?

4. É um conteúdo específico?

5. É um gênero textual?

É o foco de articulação que dá à sequência a noção de totalidade.

TEMA: animais em extinção – as crianças podem ler textos variados como textos didáticos, notícias, notas informativas de revistas, pesquisar em sites da internet. Ao mesmo tempo em que estão aprendendo sobre animais e atitude de preservação estão desenvolvendo capacidades variadas de produção e compreensão de textos orais e escritos e se familiarizando com diferentes gêneros textuais. Atividades de escrita dos nomes de animais em fichas para construção um mural , a organização de um dicionário temático ajudam na apropriação do SEA. P.22

CONTEÚDO ESPECÍFICO: convenção ortográfica de uso do C e QU- leitura de textos sobre temas variados, brincadeiras e jogos que estimulem a leitura das regras.

GÊNERO TEXTUAL: conto de fadas – leitura de vários contos individualmente ou em grupos para ampliar repertório, analisar e discutir o que é um conto de fadas, quais as suas finalidades, os autores que escreve, temas mais comuns e como se organizam. É possível chamar a atenção para recursos linguísticos utilizados, assim como a produção de contos.

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O que é preciso considerar no planejamento da Sequência Didática:

1.Tempo: podem variar em função do que os alunos precisam aprender;

2.Etapas do desenvolvimento: introdução ( avaliação inicial/levantamento dos conhecimentos prévios), aprofundamento e sistematização com diferentes níveis de progressão;

3.Tipos de atividades : diversificada, leitura em voz alta, silenciosa, compartilhada, produção escrita coletiva, em dupla, individual;

4.Formas de organização dos alunos;

5.Recursos didáticos;

6.Formas de avaliação.

Leal, Brandão e Correia (2009) afirmam que a modalidade de trabalho com Sequências Didáticas são organizadas numa perspectiva sociointeracionista e um dos princípios básicos é a problematização na resolução de problemas.

O ensino centrado na interação, através de atividade em pares; ensino reflexivo, com ênfase na explicitação verbal, que favorece a argumentação em sala de aula e a sistematização dos saberes em que são valorizados os conhecimentos dos alunos.P. 24

Lima (2011), apontou outros princípios como o favorecimento da argumentação, incentivo à participação dos alunos e diversificação de estratégias didáticas.

Ribeiro, Azevedo e Leal (2011)evidenciaram o aspecto formativo do processo de realização da SD, o favorecimento da autoavaliação, a metacognição e o desenvolvimento atitudinal. P. 25

Schneuwly e Dolz (2004) propõem que devemos promover situações de leitura, produção de textos e reflexão sobre os aspectos sócio-discursivos, composicionais e estilisticos dos diferentes gêneros nas sequências didáticas. P. 27

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Esses autores afirmam que podemos explorar os mesmos gêneros em diferentes etapas da escolaridade , de modo adequado às necessidades dos alunos e finalidades de uso, numa proposta de aprendizagem em espiral. Os alunos se envolvem de modo gradativo nas situações em que os gêneros circulam, refletem sobre a língua, seus usos, as práticas sociais em que os diferentes gêneros circulam. P. 28

Este modelo favorece a tomada de consciência no aluno acerca dos seus processo de aprendizagem, pois ele avaliam constantemente o que aprendem.

Princípios de um a S. D. segundo Dolz e Schneuwly:

•Perspectiva sociointeracionista;

•Diversificação de atividades;

•Progressão;

•Mediação do professor.

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• No projeto didático a interdisciplinaridade deve ser o foco.

• Na sequência didática a interdisciplinaridade pode estar presente, porém, usualmente, a sequência é um procedimento em que um conteúdo de ensino específico é focalizado em passos ou etapas encadeadas.

• Tanto no projeto como na sequência didática, o objeto de ensino, ao ser apresentado, deve ser fiel ao saber ou à prática social que se pretende comunicar.

Por qual motivo farei isso?

Para quem?

Qual a relação com as práticas sociais?

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