plantas ruderais em pastagens do agreste ...2019/05/03 · em cada região um agricultor...
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PLANTAS RUDERAIS EM PASTAGENS DO AGRESTE ALAGOANO: UMA CARACTERIZAÇÃO TAXONÔMICA E ETNOBOTÂNICA
Autoras: Larissa Nascimento Sátiro (Professora Doutora da Universidade Federal de Alagoas –
Campus Arapiraca) e Susanne Messias de Farias (Engenheira Agrônoma pela UFAL – Campus
Arapiraca)
RESUMO - As plantas, de um modo geral, estão distribuídas em vários
ambientes e sempre acompanharam o ser humano desde o início da sua evolução.
Entretanto, existem espécies que são consideradas indesejáveis, pois impossibilita a
produtividade das forrageiras, e pode provocar intoxicações aos animais. As plantas
ruderais estão por toda parte e são popularmente conhecidas por mato, plantas
daninhas ou plantas invasoras. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo
realizara caracterização taxonômica e etnobotânica da vegetação ruderal em
pastagens do agreste alagoano. O estudo foi realizado nas cidades de Arapiraca,
Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Feira Grande, São Sebastião, e desenvolvido
sobre uma abordagem quali-quantitativa e descritiva. A execução do trabalho
ocorreu no período de fevereiro de 2015 a maio de 2016. A princípio houve a
caracterização da área de estudo, por conseguinte, em cada cidade um agricultor se
propôs a auxiliar na pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) e respondendo a questionários aplicados que os indagavam
sobre o conhecimento que detinham sobre as plantas ruderais, em seguida as
plantas foram coletadas e identificadas no laboratório um total de 16 espécies
distribuídas em 8 famílias botânicas a saber: Rubiaceae, Lamiaceae, Malvaceae,
Solanacae, Asteraceae, Poaceae, Cyperaceae,Cucurbitacea. Os resultados
demonstraram a Asteraceae como a família com maior número de espécies entre as
forragens, além disso, percebeu-se que para os agricultores existem dificuldades
para o manejo das forragens, uma vez que as plantas ruderais estão presentes.
Nesse sentido, a ausência de informações sobre esse tipo de vegetação, aumenta a
quantidade de plantas ruderais nas diversas pastagens e/ou cultivos agrícolas, uma
vez que não há recomendações técnicas de manejo e tratos culturais para
implantação, recuperação ou condução das pastagens.
Palavras- chave: Plantas indesejáveis; cultivos agrícolas; plantas forrageiras.
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1 INTRODUÇÃO
As plantas estão distribuídas em vários ambientes e sempre acompanharam o
ser humano desde o início da sua evolução. Entretanto, ao estabelecer a agricultura
em sítios considerados seguros e com recursos naturais necessários a
sobrevivência, o homem introduziu no seu ambiente algumas plantas das quais
passou a depender (HILL, 1952; HEISER, 1977).
Dentre elas surgiram um grupo de plantas denominadas ruderais que para
Rizzini (1979) tem sua designação proveniente da palavra rudera, que significa
ruínas, e qualifica os vegetais que vivem em áreas ligadas aos habitats humanos.
Neste sentido, Leitão Filho et aI.(1972) e Lorenzi (1991) definem estas plantas como
componentes da vegetação urbana, muitas vezes indesejáveis, que crescem
espontaneamente na margem de ruas, sobre muros, telhados e calçadas.
Diante disso, as comunidades ruderais estão sob condições distintas
daquelas que compõem ecossistemas naturais, incluindo diferenças nas próprias
populações e nos ambientes físicos e bióticos que elas ocupam. A principal
diferença entre esses ecossistemas está na intensidade da interferência humana
(SNAYDON, 1962).
No setor agrícola, estas plantas podem provocar sérios prejuízos a diversos
tipos de produção. De acordo com Carvalho e Jacobson (2005) muito do que é
investido na agricultura é gasto com herbicidas, no anseio de controlar as plantas
ruderais que invadem as forrageiras, causando relevante decréscimo na
produtividade.
Além disso, há outros problemas que surgem como resultado da degradação
pelo manejo inadequado das pastagens diante das infestações por plantas ruderais
que comprometem a qualidade do pasto; reduzindo a produtividade das forrageiras,
uma vez que competem pelos fatores de crescimento e aumentam o tempo de
formação e de recuperação do pasto, até as possíveis intoxicações aos animais e a
estética da propriedade (PEREIRA; SILVA, 2000; ROSA, 2001; SILVA; WERLANG;
FERREIRA, 2002).
No entanto, muitas das plantas ruderais também podem apresentar
significantes benefícios ao meio ambiente, protegendo, por exemplo, o solo contra a
erosão (CARVALHO; JACOBSON, 2005). Segundo, Deuber (1992) os vegetais
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mortos agregados ao solo promovem a redução do aquecimento do solo e a
retenção de umidade, favorecendo a nutrição.
Todavia, a carência de informações sobre esse tipo de vegetação, talvez
explique o fato de haver uma grande quantidade de plantas ruderais nas diversas
pastagens e/ou cultivos agrícolas e não haja recomendações técnicas de manejo e
tratos culturais para implantação, recuperação ou condução das pastagens.
Diante desta realidade, o presente estudo buscou investigar a seguinte
hipótese: Quais influências as plantas ruderais no agreste alagoano exercem sobre
a agricultura e quais as utilidades adquiridas pelas comunidades rurais para elas?
Partindo dessa premissa, o objetivo desta pesquisa foi realizar a caracterização
taxonômica e etnobotânica da vegetação ruderal em pastagens do agreste
alagoano.
2. MATERIAS E MÉTODOS
2.1 Caracterização das áreas de estudo
Este trabalho foi realizado junto às comunidades de pequenos e médios
agricultores da região do agreste alagoano. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE (IBGE, 2014) esta região possui uma área de 5.271
Km² correspondente a aproximadamente 19% da área do Estado de Alagoas
(27.793,343 Km²).
Sob ponto de vista climático, as áreas de estudos podem ser caracterizadas
por temperaturas elevadas, em um clima predominantemente temperado, variando
de quente e seco a quente e úmido, já que os municípios são encontrados em uma
zona de domínio semiárido, apresentando, portanto, vegetação com espécies
arbóreas e arbustivas (BRASIL, 2011).
Segundo Nimer (1977) e Xavier e Dornellas, (2005) a área do estado de
Alagoas que corresponde aos municípios do agreste é caracterizada por
temperaturas elevadas, com a média anual de 25ºC, e totais anuais de precipitação
segundo o intervalo de 750 a 1000 mm. Nesse caso os três meses mais chuvosos
são maio, junho e julho, concentrando geralmente mais de 50% do total anual, e os
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mínimos pluviométricos são registrados na primavera ou no verão, possuindo de 4 a
5 meses secos.
A pesquisa foi realizada em cinco municípios alagoanos (Figura 1): Arapiraca,
Lagoa da Canoa, São Sebastião, Girau do Ponciano e Feira Grande, sendo
realizadas 25 visitas de campo, a 5 propriedades rurais particulares pertencentes a
pequenos e médios agropecuaristas.
Figura 1- Mapa do agreste alagoano com enfoque nas áreas estudadas
Fonte:Patrimonioculturalagreste.blogspot.com.br
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2.2 AvaliaçãoEtnobotânica
Em cada região um agricultor apresentou-se voluntariamente a sua
propriedade, assim como o conhecimento e a experiência que possuíampara
realização da pesquisa.Segundo, Alveset al. (2007) a etnobotânica compreende o
estudo da sociedade e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas
e culturais com as plantas.
Além de “resgatar e preservar os conhecimentos tradicionais das pessoas em
relação às espécies, seus usos, manejos e relações com o ambiente” (FREITAS,
2012, p.49). Nos países emergentes a construção e transformação da etnobotânica
ocorre no meio de diversidade cultural e biológica, logo,constituem um patrimônio
importante para a sociedade (OLIVEIRA et al., 2009).
Diante disto, foram obtidas informações por meio de diálogo e entrevistas
semiestruturadas, por meio de questionários aplicados no período de fevereiro a
julho de 2015 aos moradores locais no intuito de se obter um levantamento acerca
das espécies vegetais e informações sobre o conhecimento relativo que possuíam
sobre às plantas ruderais.
2.3 Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e
aplicação das entrevistas
Para a realização das entrevistas foi aplicado o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (Anexo 1), a fim de informar os entrevistados sobre os objetivos da
pesquisa, os procedimentos utilizados, e a liberdade do sujeito em participar ou
retirar seu consentimento quando desejado (Figura 2).
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Figura 2- Assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e aplicações das entrevistas
Fonte: dados da pesquisa, 2013.
Sobre este documento, Medeiros e Albuquerque (2012) destacam que o Termo
de consentimento Livre e Esclarecido é exigido pelo Conselho Nacional de Saúde
para a pesquisa que envolve seres humanos, devendo ser redigido em linguagem
acessível para esclarecer os principais aspectos da pesquisa.Assim sendo, após a
assinatura do termo foram realizadas duas visitas a cada um dos cinco agricultores,
uma para aplicação dos questionários e outra para coleta do material citado.
Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada (Anexo 2),
que é constituída por perguntas parcialmente formuladas pelo pesquisador antes de
ir à campo, apresentado grande flexibilidade, pois permite aprofundar elementos que
podem ir surgindo durante a entrevista (ALBUQUERQUE et al., 2010).
Neste sentido os formulários continham direcionamentos sobre as plantas
consideradas ruderais, além de informações, como: local de coleta, origem e
repasse do conhecimento sobre as plantas.
2.4 Coleta e identificação do material botânico
Para que as coletas fossem realizadas, foi necessário agendar junto aos
agricultores o melhor momento para as visitas, em seguida, reservado o carro oficial
da Universidade Federal de Alagoas- UFAL, para deslocamento até as suas
propriedades.
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Durante a realização do trabalho de coleta dos materiais, foram utilizados:
estilete, tesoura comum e tesoura de jardinagem para cortar as plantas, sacolas
plásticas para acondicionamento das plantas, corda de sisal para preparação das
exsicatas, cordas de naylon para amarração das exsicatas, pranchas de madeira
para exsicatas, pranchas de alumínio para armazenamento das amostras depois de
identificadas e classificadas, jornais para acondicionamento das amostras nas
exsicatas, o laboratório B de Biologia e herbário, ambos do Campus Arapiraca da
Universidade Federal de Alagoas- UFAL, para secagem das plantas, usou-se a
estufa calibrada em 70ºC.
A coleta foi realizada seguindo a orientação e apresentação dos produtores, ou
seja, estes indicavam a planta ruderal e a executora deste trabalho realizava a
extração da amostra, sendo em seguida acondicionadas em sacolas plásticas
(Figura 3). Além disso, para preservação das amostras coletadas, foram seguidas as
especificações de Albuquerque et al. (2010) que recomendam coletar amostras
vegetais floridas e/ou frutificadas, sem danos mecânicos ou causados por insetos e
fungos.
Figura 3- Coleta e acondicionamento das plantas ruderais
A. Coleta das amostras; B. Acondicionamento das amostras em sacolas plásticas
Fonte: Dados pesquisa,2013.
As espécies espontâneas foram classificadas como aquelas que ocorrem
naturalmente, sem que haja o cultivo humano nas áreas de pastagens, ou seja, em
B A
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meio a culturas produzidas pelo homem. Para o levantamento das informações foi
adotada a abordagem etnodirigida que consiste na seleção de espécies de acordo
com a indicação de grupos populacionais específicos em determinados contextos de
uso, enfatizando a busca pelo conhecimento construído localmente a respeito de
seus recursos.
As espécies citadas no estudo foram coletadas, herborizados e enviados a
Universidade Federal de Alagoas- UFAL. A identificação se procedeu por meio de
chaves analíticas, morfologia comparada com as exsicatas depositadas no herbário,
além de tipos disponíveis na internet.
Após a coleta dos materiais, estes foram direcionados ao laboratório B de
Biologia para secagem por 3 dias e preparação das plantas para identificação,
montagem e registro das amostras no herbário (Figura 4).
Figura 4- Desenvolvimento da pesquisa em laboratório
A. Preparação das amostras;B. Identificação das amostras; C.Registro e armazenamento das amostras.
Fonte: Dados da pesquisa,2013.
A partir da análise do material coletado, foi realizada a identificação das
espécies ruderais bem como sua descrição morfológica. Sendo associadas
pranchas taxonômicas a cada espécie descrita.
Segundo, Urbanetz, Tamashiro, Kinoshita (2010, p.350) as:
chaves de identificação baseadas em caracteres vegetativos é útil para pesquisas ou trabalhos técnicos que necessitem de uma identificação em tempo limitado e, além de tudo, podem ser utilizadas em qualquer período do ano.
A
C B A
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Deste modo, os dados etnobotânicos acerca do reconhecimento, de outras
formas de uso, dos períodos de disseminação reprodutiva associados às chuvas de
sementes das espécies dentre outros dados foram analisados, inclusive
estatisticamente quando necessário, e discutidos no intuito de caracterizar a relação
etnobotânica estabelecida pelos produtores rurais com as espécies invasoras.
As todas as coletas realizadas foram guiadas pelos entrevistadores, sendo
utilizada caderneta de campo, fita métrica, prensa e tesoura de poda, segundo
mostra afigura 5.
Figura 5- Materiais utilizados na coleta
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
3 RESULTADOS
3.1 Diagnóstico botânico e Caracterização taxonômica das Espécies
Durante a realização do trabalho, foram diagnosticadas 16 espécies de plantas
ruderais (Tabela 1), distribuídas em 9 famílias botânicas a saber: Rubiaceae,
Lamiaceae, Malvaceae, Solanacae, Asteraceae, Poaceae, Cyperaceae,
Cucurbitacea.
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Tabela 1- Listas das plantas ruderais diagnosticadas nas áreas das pastagens estudadas
FAMILIA ESPECIE NOME POPULAR USO
Asteraceae
Acanthospermum
hispidum DC.
Carrapicho-de-carneiro
Lavagem de ferimentos
e cicatrização
Asteraceae
Ageratumconizoides L. Mentrasto Anti-inflamatório
Asteraceae Blainvilleaacmella L.
Erva-palha _________
Asteraceae Melampodium
perfoliatum (Cav.)
Estrelinha _________
Fabaceae Senna obtusifolia L. Mata-pasto Úlceras, feridas, micoses
Cucurbitaceae
Momordicacharantia L.
Melão-de-são-caetano
.
Úlceras, vermes, cólicas
menstruais, reumatismo,
Cyperaceae CyperusrotundusL. Tiririca Crescimento dos cabelos
Cyperaceae CyperusodoratusL. Capim-de-cheiro Insônia, nervosismo, dores
de cabeça, flatulências
Asteraceae Emiliafosbergii
Nilcolson
Falsa serralha Combate gripe.
Lamiaceae Marsypianthes
chamaedrys (Vahl)
Betônica-brava ________
Malvaceae Sida rhombifolia L. Malva Laxante
Poaceae Cynodondactylon L. Capim-seda Pastejo e produção de feno
Poaceae Urochloadecumbens
(Stapf)
Braquiária Pastejo
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Rubiaceae Borreriaverticillata L. Vassoura-de-botão _________
Rubiaceae RichardiagrandifloraSc
hltdl.
Poia-branca Alimentação de galinhas
Solanaceae Solanum
paniculatum L.
Jurubeba Tratamento do sistema
imunológico, doenças do
baço e etc.
Fonte: Dados da pesquisa,2013.
Os dados corroboram com Maciel et al. (2008) que também indicam a
Asteraceae como família com maior representação em número de espécies, isto no
levantamento realizado em gramados de Paspalum notatum no município de Assis,
São Paulo.
Nesse sentido, Silva e Dias Filho (2001) e Lara et al (2003) além de encontrar
as famílias apresentada neste estudo também citaram outras que embora sejam
destacadas por eles como comuns em pastagem não foram identificada nesta
pesquisa, são elas: Leguminoseae, Gramineae, Myrtaceae, Cyphaceae, e
Labiateae.
Dentre as famílias encontradas é possível observar que a família Asteraceae
destacou-se como sendo a mais numerosa apresentando cinco espécies: Ageratum
conyzoides L., Blainvillea acmella L., Eupatorium laevigatum, Melampodium
perfoliatum (Cav.) Kunth; Emilia fosbergii Nilcolson.
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Figura 6- Percentual das famílias das plantas ruderais encontradas nas pastagens das áreasestudadas
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
Na tabela 3 é possível observar que as espécies mais representativas nas
áreas de estudo foram: a Borreia verticillata L (vassoura-de-botão) e
Acanthospermum hispidum DC (Carrapicho- de- carneiro), registrada em 100% das
áreas pesquisadas. Em relação ao Ageratum conizoides L. (mentrasto), não foi
encontrada em Arapiraca apenas nas outras áreas de estudo.
Além disso, a Senna obtusifolia L.(mata-pasto), foi encontrado em 60% das
áreas, ao contrário da Urochloa decumbens (Stapf)(braquiária) que se apresentou
em 40% nas áreas da pesquisa. Outras plantas como: Emilia fosbergii Nilcolson
(Falsa serralha), Sida rhombifolia L. (Malva),Melanpodium perfoliatum (Cav.)
(Estrelinha),Cynodon dactylon L(Capim-seda), Marsypianthes chamaedrys
(Vahl)(Betônica-brava),Richardia grandiflora Schltdl(Poia-branca) foram localizadas
em apenas duas das áreas estudadas, perfazendo um total de 20%.
Ao contrario do estudo de Inoueetetal. (2012) intitulado: “Levantamento das
plantas daninhas nas épocas seca e chuvosa em áreas de pastagens plantadas no
sudoeste de mato grosso” no qual os autoresencontraram apenas as espécies
Richardia grandiflora Schltdl, Sida rhombifolia L. Emilia fosbergii Nilcolson, as
mesmas encontradas nessa pesquisa, porém com destaque para a espécie
Acanthospermum hispidum DC, pertencente à família Asteraceae.
31,25%
12,50% 12,50% 12,50%
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
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Tabela 2- Espécies das plantas ruderais e seus percentuais em relação as áreas estudadas
ESPÉCIES COMUNS DE PLANTAS RUDERAIS %
Borreriaverticillata L 100
Acanthospermumhispidum DC 100
Ageratumconizoides L. 80
Senna obtusifolia 80
Solanumpaniculatum L 60
CyperusrotundusL. 60
Urochloadecumbens(Stapf) 40
Momordicacharantia L 40
Sida rhombifolia L 20
Marsypiantheschamaedrys (Vahl) 20
RichardiagrandifloraSchltdl; 20 Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
As espécies estudadas encontram-se ilustradas abaixo a partir de fotografias
registradas durante o desenvolvimento da pesquisa.
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Figura 7- Plantas ruderais encontradas nas áreas de pastagens
A)AcanthospermumhispidumDC.(Carrapicho de carneiro);B) Ageratumconyzoides L. (Mentrasto); C) Blainvilleaacmella (L.) (Erva-palha); D) Melampodiumperfoliatum (Cav.) (Estrelinha); E)Senna obtusifolia (L.)(Mata-pasto); F) Momordicacharantia L. (Melão- de – São- Caetano); H) Cyperusrotundus L. (Tiririca); I) CyperusodoratusL. (Capim-de-cheiro); J) EmiliafosbergiiNilcolson (Falsa serralha);K) Marsypiantheschamaedrys (Vahl) (Betônica- brava); L) Sida rhombifolia L (Malva); M) Cynodondactylon (L.) (Capim-seda); N) Urochloadecumbens(Stapf) (Braquiária); O) Borreriaverticillata (L.) (Vassoura-de-botão); P) RichardiagrandifloraSchltdl.(Poia-branca); Q) Solanumpaniculatum L. (Jurubeba).
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Fonte:Dados da pesquisa, 2013.
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Além disso, para melhor desenvolvimento da pesquisa foi necessário conhecer
as características gerais de cada planta ruderal encontrada, assim como a
importância etnobotânica especifica para cada espécie segundo Lorenzi, 1949.
A Acanthospermum hispidum DC.,da família Asteraceae, conhecida como
carrapicho- de- carneiro, uma planta anual herbácea de folhas desprovidas de
pecíolos, com disposição oposta, limbo simples ovalado, mas com a base estreitada
e margens levemente lobadas a serreadas. Sua inflorescência é do tipo capítulo
axilar, rodeado por brácteas semelhantes a sépalas e que reúne de 6 a 8 flores
femininas inseridas na margem do capítulo, as quais se transformam em frutos do
tipo aquênio, providos de 2 pontas divergentes na extremidade superior. As flores
masculinas localizam-se no centro do mesmo capítulo e são envolvidas por brácteas
amarelas, iguais entre si, semelhantes a pétalas. Os frutos têm superfície dura com
cerdas e espinhos. Propagação por meio de sementes. É uma planta ruderal que
provoca sérios danos as lavouras agrícolas especialmente o sul e sudeste do país,
porém há quem a utilize para fins terapêuticos.
A Ageratum conyzoides L.,da família Asteraceae é conhecida como mentrasto,
uma planta anual herbácea de folhas pecioladas, simples ovaladas, sendo as
inferiores opostas e as superiores alternadas, com margem ondulada. Eixo principal
da inflorescência bem desenvolvido. Inflorescência do tipo corimbo de capítulos, a
qual reúne numerosos capítulos com pedúnculos de diferentes tamanhos. Cada
capítulo é rodeado por brácteas verdes e contém numerosas flores, cujo cálice é
substituído por pelos e a corola apresenta-se tubulosa, de coloração arroxeada ou
lilás. O fruto seco é do tipo aquênio. Já a sua propagação é realizada por meio de
sementes. É uma planta ruderal presente nas lavouras agrícolas de todo o país, bem
como em hortas e terrenos baldios, contudo, tem sido utilizada na medicina caseira.
A Blainvillea acmella L., da família Asteraceae é conhecida como erva- palha,
uma planta anual herbácea de folhas opostas cruzadas, pecioladas e com o limbo
romboidal, ou seja, em forma de losango e recoberto por pelos em ambas as faces.
As folhas superiores podem ser ovaladas. Margens serreadas a partir da parte mais
larga da folha, em direção ao ápice. Inflorescência do tipo capítulo, distribuído por
toda planta, ou seja, nas axilas dos pares de folhas, nos ângulos dos ramos em
dicásio e terminais. Capítulos longo-pedunculados, oblongos, margeados por
numerosas brácteas verdes que se tornam visivelmente paleáceas na maturação.
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Estão constituídos por flores hermafroditas de posição central e flores femininas
localizadas na periferia. Ambas as flores de coloração branca. Fruto aquênio provido
de três aristas do mesmo tamanho. Propagação por meio de sementes. É uma
planta ruderal que encontra-se amplamente disseminada pelo país estando presente
nas lavouras agrícolas anuais e perenes.
A Melampodium perfoliatum Cav.,da família Asteraceae é conhecida como
estrelinha, uma planta anual herbácea de folhas opostas cruzadas, perfoliadas, ou
seja, as bases dos pares são unidas e os pecíolos providos de alas em continuidade
ao limbo. Limbo piloso e com formato variável na mesma planta, podendo ocorrer
lanceolado típico, assimétrico, ovalado, ovalado com aurículas, no entanto, há
predomínio do romboidal, ou seja, formato de losango com as margens
irregularmente serreadas. Inflorescência do tipo capítulo, situado nos ângulos das
bifurcações e nas axilas das folhas. Cada capítulo constitui-se de longo eixo,
encimado por um conjunto de 5 brácteas foliáceas, semelhantes a um cálice, as
quais dão assento a numerosas flores de coloração amarela e de sexo separado. As
femininas ocupam a periferia do capítulo e as masculinas, o centro. Fruto seco do
tipo aquênio, disposto radialmente no capítulo. Propagação por meio de sementes. É
uma planta ruderal que tem seu surgimento recente no país, porém, esta presente
nas lavouras agrícolas dificuldade a colheita de grãos, especialmente, por ter um
porte elevado.
A Senna obtusifolia L., da família Fabacea é conhecida como mata-pasto,
uma espécie subarbustiva anual de Folhas alternadas helicoidais, compostas
penadas, estipuladas e com bainha e pulvino bem desenvolvidos na base da raque,
a qual transporta em média 3 pares de folíolos obovados, membranáceos, opostos e
com curtos peciólulos. Todos sempre com o ápice em ângulo obtuso, acrescido de
uma pequena ponta estreita. Inflorescência terminal do tipo cacho, flores isoladas ou
aos pares nas axilas das folhas. Flores pedunculadas, cálice com 5 sépalas livres,
corola com 5 pétalas livres, desiguais e de coloração amarela, que protegem o
androceu com estames livres e o gineceu unicarpelar com ovário longo e verde.
Fruto do tipo legume deiscente, cilíndrico e encurvado, contendo numerosas
sementes esverdeadas ou acastanhadas. Propaga-se por meio de sementes. É uma
planta ruderal frequente nas lavouras agrícolas como nas pastagens e em terrenos
baldios, é considerada tóxica para gados.
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A Momordica charantia L. da família Cucurbitaceae conhecida como melão-
de-são-caetano, uma espécie anual herbácea de folhas alternadas, longo-
pecioladas, pilosas em ambas as faces e com o limbo recortado em 5 segmentos
que quase alcançam a nervura central. Segmentos com margem irregularmente
ondulada ou serreada. Flores de sexo separado na mesma planta e localizadas nas
axilas das folhas, onde aparecem 2 brácteas reniformes. Flores masculinas longo-
pedunculadas, cálice com 5 sépalas soldadas na base, corola com 5 pétalas
também soldadas que protegem o androceu constituído por 5 estames, cujas
anteras são volumosas e amareladas. Flores femininas também com longo
pedúnculo, cálice com 5 sépalas soldadas na base, corola com 5 pétalas soldadas
que protegem o gineceu constituído por ovário longo, com projeções espinescentes,
e o estigma, que se assemelha às anteras. Fruto cápsula carnosa deiscente e com
sementes envoltas em tecido avermelhado. Propaga-se por meio de sementes. É
uma planta ruderal trepadeira presente nas lavouras agrícolas, suas sementes são
tóxicas, contudo, os frutos são comestíveis. Além disso, é utilizada na medicina
alternativa para curas de várias doenças.
A Cyperusrotundus L. da família Cyperaceaeé conhecida como Tiririca,
espécie herbácea perene de folhas da base da planta em número de 3 a 5, pouco
menores que o eixo da inflorescência, todas lineares. Eixo principal da inflorescência
de forma triangular, contendo em seu ápice 3 brácteas, mais longas que os eixos
secundários e semelhantes às folhas basais, uma delas destacando-se pelo seu
comprimento. Brácteas de menor tamanho e filiformes podem aparecer junto aos
eixos secundários. Inflorescência do tipo espiga lanceolada, vermelho-ferrugínea,
assentada sobre 5 a 6 eixos secundários. Flores aglomeradas nas espigas, não
vistosas, desprovidas de perianto, gineceu gamocarpelar com estilete trífido,
androceu com 3 estames. Parte dos órgãos reprodutivos pode ser evidenciada em
plantas com inflorescências jovens. Fruto do tipo núcula. Propaga-se por meio de
sementes, de bulbos e também por meio dos engrossamentos dos rizomas, os quais
contêm gemas. É uma planta ruderal considerada a mais nociva do mundo, e pode
ser encontrada em todos os tipos de solo.
A Cyperusodoratus L. da família Cyperaceaeé conhecida como capim-de-
cheiro, espécie herbácea, anual ou perene de folhas da base da planta com
tamanhos bastante variáveis, algumas ultrapassando a altura do escapo. Escapo
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trígono, verde, encimado por um conjunto de brácteas distribuídas em 2 séries,
somando ao todo entre 5 e 9. Brácteas com tamanhos diferenciados, 1 a 2 delas
sempre muito desenvolvidas. Inflorescência no ápice do escapo, constituída por
vários eixos que apresentam na base uma bainha bífida, e no ápice ramificam-se em
outros eixos terminados por numerosas espigas, que em conjunto formam uma
estrutura globosa ou em forma de ouriço. Espigas cilíndricas de coloração paleácea
na maturação. Fruto seco do tipo núcula. Algumas espécies. Propagação por meio
de sementes e por fragmentação do rizoma. É uma planta ruderal que ocorre
frequentemente em lavouras de arroz e nas margens de lagoas e canais. Além
disso, é utilizada na medicina popular para a cura de diversas doenças.
A Emiliafosbergii Nilcolsonda, família Asteraceae, conhecida como falsa
serralha, é uma espécie herbácea anual de folhas apresentam formas e disposição
variada, as inferiores são desprovidas de pecíolos, rosuladas, limbo ensiforme, ou
seja, pouco ou muito estreitado na base e convexo lateralmente, cujas margens vão
desde a ondulada, levemente recortada até serrada. As folhas do caule e dos ramos
que carregam as inflorescências são alternadas, possuem limbo sagitado ou
lanceolado, com bases que envolvem parcialmente o caule, margens onduladas,
serradas ou serrilhadas. A inflorescência está constituída por um eixo principal que
apresenta ramificação dicotômica, onde cada ramo apresenta um corimbo de
capítulos. O corimbo pode ser caracterizado por apresentar os capítulos com
pedúnculos de tamanhos diferentes, mas alcançam todos quase a mesma altura. Os
capítulos são rodeados por um invólucro de brácteas verdes, semelhante a um
cálice, em número de 10 a 12, parcialmente soldadas, e que se rompem na
maturação para liberar os frutos. . As flores do capítulo são hermafroditas, possuem
o cálice transformado em papus, representado por um tufo de pelos; a corola é
tubulosa, pentâmera e de coloração vermelha. Os frutos de um capítulo formam uma
estrutura globosa, constituída por aquênios providos de uma coroa de pelos finos,
sedosos e de coloração branca. Propaga-se por meio de sementes. É uma planta
ruderal que tem sua infestação de forma anual e perene na maioria das culturas.
A Marsypianthes chamaedrys (Vahl) da família Asteraceae é conhecida como
betônica- brava; é uma espécie herbácea e anual de folhas opostas cruzadas,
pecioladas, limbo piloso e de formato ovalado, com margens regularmente
serreadas logo acima da base e chegando até o ápice. Inflorescência semelhante a
20
um capítulo, um para cada par de folhas, eixo pouco maior que o pecíolo da folha, o
qual se bifurca no ápice, originando dois conjuntos de flores que se abrem do centro
para a periferia. Os conjuntos assentam-se sobre brácteas foliáceas com diferentes
formas e tamanhos. Flores vistosas constituídas por cálice com 5 sépalas soldadas
e que não terminam em ponta rígida, corola lilacina com 5 pétalas soldadas, cujos
lobos são desiguais, de curta duração na inflorescência, e que carregam consigo os
estames. Propaga-se por meio de sementes. É uma planta ruderal considerada
medicinal, presente em todo o país, porém com maior incidência na zona litorânea.
A Sida rhombifolia L.,da família Malvaceae e conhecida como Malva, é uma
espécie subarbustiva perene de folhas alternadas helicoidais, pecíolo curtíssimo,
providas de um par de estípulas capiláceas. Limbo com formato de losango largo ou
estreito, margem inteira junto à base e serreada a partir da maior largura em direção
ao ápice, face inferior pouco pilosa. Inflorescência terminal do tipo corimbo e axilar
com flores isoladas. Flores com longo pedúnculo articulado, cálice com 5 sépalas
soldadas, corola amarelada com 5 pétalas soldadas parcialmente, formando um
tubo, garganta da corola e fundo do tubo em tons de amarelo mais escuro ou
alaranjado. Androceu com estames soldados e gineceu com estigma dividido
conforme o número de lóculos do ovário.Fruto seco do tipo esquizocarpo, que se
separa ao esfregaço em muitos mericarpos, cada um com 2 aristas largas,
semelhantes a orelhas pilosas. Propaga-se por meio de sementes. É uma planta
ruderal que infestam as lavouras anuais e perenes, especialmente o plantio de
cereais.
A Cynodondactylon (L.) da família Poaceae conhecido como capim-seda, é
uma espécie Gramínea perene de folhas com bainha em fenda aberta, pigmentada
de vermelho e estriada, lígula membranácea com tufo de pelos brancos e sedosos,
dispostos lateralmente. Lâmina lanceolada com as faces glabras, base levemente
auriculada, margens inteiras. Inflorescência terminal do tipo panícula, constituída em
média por 5 espigas dispostas em um verticílio. Espigas com numerosas espiguetas
inseridas em apenas um dos lados do eixo Fruto do tipo cariopse. Propaga-se mais
facilmente a partir da fragmentação dos estolões e rizoma. É uma planta ruderal de
diversas variedades naturais e que infesta lavouras anuais e perenes.
A Urochloadecumbens (Stapf) da família Poaceae, conhecida como
Braquiária é uma espécie gramínea perene de folhas com bainha fendida
21
envolvendo completamente o entrenó e lígula com longos pelos sedosos. Lâmina
lanceolada, com a base levemente auriculada, pubescente em ambas as faces e
com as margens inteiras ou pouco revolutas.Inflorescência do tipo panícula terminal
em cada ramificação, constituída em média por 3 racemos espaçados, sendo que o
último deles se assenta pouco abaixo do ápice da inflorescência. Racemo com base
pilosa e contendo numerosas espiguetas dispostas apenas em um dos lados do eixo
achatado. Fruto do tipo cariopse, que é uma das estruturas de propagação.Propaga-
se mais facilmente a partir da fragmentação dos estolões e rizoma. É uma planta
ruderal de diversas variedades naturais e que infesta lavouras anuais e perenes.
A Borreriaverticillata L., da família Rubiaceae, conhecida como vassoura-de-
botão é uma espécie herbácea perene de folhas simples, desprovidas de pecíolos,
dispostas em forma de verticílios ao longo dos nós Limbo linear-lanceolado com uma
nervura bem acentuada. Inflorescência axilar e terminal em glomérulos globosos
que circundam o caule ao longo dos nós, constituídos por flores de coloração
branca. O último glomérulo assenta-se sobre 4 ou frequentemente 2 brácteas
foliáceas, quase sempre em posição pendente. Flores sésseis, cálice com 4 sépalas
soldadas, corola com 4 pétalas soldadas que protegem o androceu e o gineceu.
Fruto do tipo cápsula. Pode ser identificada em campo por meio das folhas dispostas
em verticílio, com o limbo linear-lanceolado, e peloúltimo glomérulo assentado sobre
brácteas pendentes. Propagação por meio de sementes. É uma planta ruderal que
esta presente nas lavouras agrícolas, no entanto tem princípios ativos que acredita-
se servir para diversos fins na medicina popular.
A RichardiagrandifloraSchltdl da família Rubiaceae, conhecida como poia-
branca é uma espécie herbácea anual de folhas simples, opostas cruzadas,
pubescentes, curtamente pecioladas ou sésseis e providas de estípulas
interpeciolares ramificadas em pelos avermelhados. Limbo carnoso em formato
lanceolado, com as margens inteiras. Inflorescência terminal do tipo glomérulo,
assentado sobre 4 brácteas foliáceas e anisofilas, ou seja, diferentes entre si no
tamanho. Flores sésseis com cálice de 6 sépalas soldadas, corola com 6 pétalas
brancas ou róseas também soldadas, formando um tubo que se alarga em direção
ao ápice. Androceu com estames de filetes e anteras brancas e gineceu com um
estilete contendo no ápice 3 estigmas globosos, também de coloração branca. Fruto
do tipo esquizocarpo com 3 cocas. Diferencia-se das demais espécies do gênero
22
pelo tamanho da flor, como revela o próprio epíteto específico. Propagação por meio
de sementes. É uma planta ruderal típica de solos arenosos, logo é encontrada com
facilidade na região nordeste do país.
A Solanum paniculatum L.,da família Solanaceae, conhecida como Jurubeba
é uma espécie arbustiva perene de folhas alternadas helicoidais, com pecíolo
também piloso e espinescente. Limbo recortado profundamente com base em lobos
assimétricos e margens percorridas por ondulações, ou limbo lanceolado com face
inferior mais clara e margens inteiras. Inflorescência terminal constituída por um
dicásio, que se bifurca em média 4 vezes. Flores pedunculadas, cálice com 5
sépalas soldadas e persistentes no fruto, corola com 5 pétalas brancas, lilacinas ou
violetas, soldadas, formando um tubo que se alarga no ápice, androceu com 5
estames de anteras coniventes amarelas, gineceu com ovário globoso e estigma
que ultrapassa a altura das anteras. Os frutos são solanídios globosos de coloração
amarela na maturação. O fruto é uma baga esférica, amarelada, presa a
um pedúnculo comprido. Propagação por meio de sementes. É uma planta ruderal
de ocorrência em todo o Brasil, especialmente, nas regiões norte e nordeste por
apresentar melhor adaptação em solo arenosos, estar presente nas lavouras,
pastagens, terrenos baldios, pomares, e as margens das estradas.
3. 2 Composição das propriedades estudadas
Entre as propriedades utilizadas como áreas de estudo São Sebastião
apresenta a maior área destinada à produção de forrageiras, um total de 74,26%.
Enquanto, Arapiraca apresenta a segunda maior com um percentual de 12,38%
destinada à produção de forragem. A microrregião de Lagoa da Canoa utiliza
10,02%, enquanto Feira Grande e Girau do Ponciano, usam menos que 5% da área
avaliada.
Tabela 3- Áreas destinadas a plantação de forrageiras
REGIÃO EM
HECTARE %
ARAPIRACA 1 12,38
FEIRA GRANDE 0,15 1,86
GIRAU DO PONCIANO 0,12 1,49
23
LAGOAS DA CANOA 0,81 10,02
SÃO SEBASTIÃO 6 74,26
TOTAL 8,08 100,00
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
As forrageiras produzidas nas propriedades eram utilizadas tanto o consumo
interno quanto a comercialização.De acordo com a tabela 4, pode-se observar que o
uso e destino das forrageiras são utilizadas por 100% das áreas estudadas para a
alimentação dos ruminantes quando comparadas ao destino para atravessadores,
comercio local e outros.
Talvez isto seja justificado pelo fato do Brasil ser um país com destaca
internacionalna produção de carne bovina, uma vez que possui rebanho comercial
de bovinos avaliados em 185 milhões de cabeças (IBGE, 2010).
Além disso, não há dúvidas que as
pastagens são consideradas a fonte de alimento mais econômica para a alimentação dos bovinos. Pastagens bem formadas podem se constituir na melhor opção para alimentação do rebanho, por apresentar valor nutricional necessário para o bom desempenho dos animais, o menor custo (INOUE, 2012, p. 82).
Contudo, Girau do Ponciano (GP) além de utilizar as forragens para alimento e
produção de silo e feno ele foi a única propriedade que destacou o uso para outros
fins como: para atravessadores e para o comercio local.
.
Tabela 4- Finalidade das forragens produzidas nas propriedades estudadas
USO E DESTINO DAS FORRAGEIRAS
USO AR FG GP LG SS
ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES X X X X X
PRODUÇÃO DE SILO E FENO X X X X
ATRAVESSADORES X
COMERCIO LOCAL X
OUTROS X
Legenda: AR (Arapiraca); FG (Feira Grande); GP (Girau do Ponciano); LG (Lagoa da Canoa); SS (São Sebastião).
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
24
3.3 Caracterização etnobotânica das plantas ruderais
Os cinco entrevistados pertenciam a mesma macrorregião, Arapiraca. Embora
cada um pertencia a cidades diferentes, com idades entre 20 a 65 anos, porém
todos tinham em comum o sexo masculino, figura 8.
Figura 8- Índice de idade dos entrevistados
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
De acordo com a figura 9, pode-se observar que São Sebastião e Arapiraca
apresentaram mais de 88% da área destina a agropecuária, isto é justificados pelo
fato de ambas possuírem maior quantidade de hectares de terra quando comprados
os demais. Ao contrario de Girau do Ponciano, Feira Grande e Lagoa da canoa, que
não chegaram a 12%.
40%
40%
20%
20 ∟ 35
35 ∟ 50
50 ∟ 65
25
Figura 9- Área destinada a agropecuária
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
Em relação a áreas destinadas a preservação ambiental, Arapiraca, Girau do
Ponciano e São Sebastião não apresentaram área de preservação, já em relação as
regiões de Feira Grande e Lagoa da Canoa, estas possuíam espaços preservados.
Talvez isso seja justificado pelo fato de ambas apresentarem menores áreas
destinadas a agropecuária (isto pode ser observado no gráfico 6).
Na figura 10, observamos que das propriedades estudadas, São Sebastião
representam mais de 74,26% das terra cultivadas para produção de forragem,
enquanto Arapiraca, representa 12,38%, Lagoa da Canoa 10,02%, enquanto que os
proprietários de Feira Grande e Girau do Ponciano, os dois juntos não representam
4% das terras estudadas.
Figura 10- Percentual de área cultivada por propriedade
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
22,02%
1,65%
1,32% 8,92% 66,08%
Area destinada a agrop.(Tar)
Arapiraca
Feira Grande
Girau do ponciano
Lagoa da Canoa
São Sebastião
12,38% 1,86%
1,49%
10,02%
74,26%
Arapiraca
FeiraGrande
Girau doponciano
Lagoa daCanoa
SãoSebastião
26
Em relação a aplicação do questionário, o item 10 indagava aos proprietários
sobre quais outros tipos de forragens de origem externa a propriedade eles
utilizavam para complementação das que eram cultivadas no local, a maioria dos
agricultores citaram o farelo de milho como tipo de forragem, os demais disseram
não usar.
Em relação a influencia que as plantas ruderais tem sobre a produção de
forragem quatro dos entrevistados opinaram que este tipo de planta interfere na
produção, logo, apenas um produtor opinou que as plantas não tem interferência.
Talvez isto deve-se desse agricultor manejar as plantas ruderais
adequadamente, uma vez que para Pupo (2002) quando não se adota o manejo
apropriado, como o controle de plantas daninhas e pragas ocorrem um processo
chamado degradação.
Com relação ao acompanhamento profissional na área agrária, 80% dos
entrevistados disseram não ter vínculos com este tipo de profissional ao contrario de
20% dos entrevistados que relataram possuir em sua propriedade acompanhamento
relacionado à prefeitura do município que o visita e o auxilia no manejo de suas
terras.
No entanto, quando indagados sobre a frequência com que eram utilizados
produtos agrotóxicos nas plantas ruderais das forragens, 20% destacaram que
sempre utilizaram, contudo 40% disseram nunca terem usados estes produtos,
assim como, 40% utilizaram raramente, (Figura 12).
Segundo De Silva, Samarawickrema e Wickremasinghe (2006) estima-se que
dois terços do total de agrotóxicos existentes sejam utilizados na agricultura. No
entanto, para Santos (2013, p. 12)
a agricultura familiar contribui para a preservação do meio ambiente, através de utilização de técnicas que reduzem o uso intensivo de agrotóxicos, contribuindo para a ampliação de práticas de cultivo que agridam menos o meio ambiente
27
Figura 11- Frequência do uso de agrotóxicos
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
Já em relação as plantas ruderais possuir outras funções na região, os
agricultores de Arapiraca, Feira Grande, e Girau do Ponciano disseram que
utilizavam estas plantas dos para fins medicinais em seres humanos e/ou animais,
ao contrário dos agricultores da Lagoa da Canoa e São Sebastião que relataram
respectivamente: “Não, só causa prejuízo”; “Não tem outra função”.
Em seguida, foi indagado se eles tinham conhecimento sobre a origem das
plantas ruderais, os agricultores de Arapiraca e Girau do Ponciano disseram que
não. No entanto, os de Feira Grande, Lagoa da Canoa e São Sebastião,
respectivamente, responderam: “Sim, vieram no estrume”; “Sim, das sementes de
farelos”; “Vieram de fora com as sementes compradas e outras são nativas”.
Estes dados demonstraram que assim como no trabalho de Inoue et al., (2012,
p. 82) que relatam a necessidade de “trabalhos visando ampliar o conhecimento
sobre o assunto, principalmente dentro do estado de Mato Grosso onde há escassez
de dados sobre as espécies daninhas nas áreas de pastagens”, os produtores
possuem pouco conhecimento sobre a origem das plantas ruderais de pastagens,
porém sabem que elas podem vir de outras regiões e assim se adaptar ao local.
Nesse sentido as concepção dos produtores sobre as plantas ruderais inferem
que essas plantas em geral não tem outras utilidades. Alguns chegaram a comentar
que “Se ela ficar em graus elevado não prejudicaria nada, e a depender em último
caso o gado come elas”. No entanto, isto não apresentado pelo maioria dos
entrevistados, isto pode ser observado a partir dos seguintes comentários: “Que
20%
40%
40% Semre
Raramente
Nunca
28
umas servem para alguma coisa e que outras não servem para nada”; “Que tem
quem usa veneno daquele muito forte para matar todas elas”; “Que não servem para
nada, são um atraso de vida”; “Que é um atraso para toda nossa vida, pois perdemos
muito tempo no campo para controlar, coisa que podia estar fazendo outro serviço”.
Mesmo as plantas ruderais causando sérios malefícios para a agricultura, há
produtores rurais que deram a elas utilidades como uso de vassouras e medicinais.
Quanto as dificuldades em combater as plantas ruderais, verificou-se que 60% dos
produtores possuíam dificuldades em combater as plantas invasoras, 20% não
obtveram problemas, uma vez que usavam agrotóxicos com frequência, já em
relação aos outros 20% dos agricultores, estes também disseram não sofrer no
combate as plantas, embora não tenham justificado o motivo.
Os agricultores relataram os seguintes ponto de vista: “As vezes algumas
plantas são difíceis de controlar, como a salsa da praia e a braquiaria de algumas”;
“As vezes algumas plantas são difíceis de controlar com a enxada e leva muito
tempo para limpar a área”; “Quando é arrancada elas já veem nascendo de novo,
tem que limpar sempre”; “Não atrapalha tanto assim a plantação, não tem muita”;
“Quando nasce a gente bota veneno”.
Analisando os dadospode-se observar que as dificuldades encontradas no
combate as plantas invasoras podem ser originadas, principalmente, por
desconhecimento das plantas em questão, uma vez que de acordo com Oliveira e
Freitas (2008)a primeira etapa deve ser a identificação das espécies presentes na
área, e, por conseguinte,elaborar formas de manejo que se adequam no combate a
elas.
29
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A caracterização taxonômica e etnobotânica confirmam que as plantas
ruderais estão por toda a parte e exercem influências na agricultura rural. Assim
como, existe uma carência de informações sobre esse tipo de vegetação, que
desencadeia o aumento de plantas ruderais nas diversas pastagens e/ou cultivos
agrícolas, uma vez que não há recomendações técnicas de manejo e tratos culturais
para implantação, recuperação ou condução das pastagens.
O alto número de espécies ruderais (16 levantadas apenas na área de
estudos do presente trabalho) indica a dificuldade em lidar com a presença de
espécies tão distintas, pertencentes a diferentes famílias botânicas, a saber,
Rubiaceae, Lamiaceae, Malvaceae, Solanaceae, Asteraceae, Poaceae,
Cyperaceae, Curcurbitaceae. Por isso a importância em definir estudos mais
delimitados em relação a espécies consideradas mais abrangentes e mais
impactantes em cada cultivo, como foi estabelecido neste trabalho para as espécies
da família Asteraceae, aqui classificadas como mais representativas, diferentemente
de outras áreas como discutido anteriormente.
A caracterização taxonômica, aqui apresentada, se mostra então como
ferramenta importante na definição de estratégias de convivência ou retirada das
espécies e mesmo na definição prévia de áreas de cultivo propícias ou não para
determinadas culturas.
A caracterização etnobotânica, por sua vez, traz à tona a relação pessoal dos
produtores com as espécies e sugere estratégias que nem sempre devem estar
associadas ao uso de defensivos agrícolas ou venenos na retenção do número de
indivíduos por espécie ruderal. Muitos produtores inclusive não apontaram uma
relação negativa com as espécies tradicionalmente consideradas negativas em
relação à sua condição ruderal em meio ao cultivo de forrageiras.
Desta forma, estudos nesta área de pesquisa representam significativa
contribuição não só para a comunidade rural como para a sociedade de modo geral,
uma vez que para os agricultores alagoanos a divulgação sobre estas plantas
presentes nas pastagens do agreste ainda é escassa.
30
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37
ANEXO
Anexo 1 - Termo de consentimento de estudo
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (T.C.L.E.)(Em 2 vias, firmado por cada
participante-voluntári(o,a) da pesquisa e pelo responsável)
“O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após
consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus
representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa.” (Resolução.
nº 196/96-IV, do Conselho Nacional de Saúde)
Eu, ___________________________________________________, tendo sido
convidado(a) a participar como voluntário(a) do estudoPLANTAS INVASORAS DE
PASTAGENS NO AGRESTE ALAGOANO – UMA CARACTERIZAÇÃO TAXONÔMICA E
ETNOBIOLÓGICA, recebida Sra.Susanne Messias de Farias (Graduanda do curso
Agronomia) e da Sra. Prof. Dr.ª Larissa Nascimento Sátiro (Professora Adjunta do curso de
Agronomia e Biologia), da Universidade Federal de Alagoas – campus Arapiraca,
responsáveis por sua execução, as seguintes informações que me fizeram entender sem
dificuldades e sem dúvidas os seguintes aspectos:
Que o estudo se destinaa identificar as plantas invasoras das pastagens do agreste alagoano.
Que a importância deste estudo é a de realizar um levantamento taxonômico e etnobotânico a fim de reconhecer as famílias das plantas invasoras, além de avaliar a interferência destas plantas no cultivo das plantas forrageiras.
Que os resultados que se desejam alcançar são os seguintes: Reconhecer as plantas invasoras de pastagens em ambientes do agreste alagoano quanto aos seus aspectos econômicos e culturais.
Que esse estudo começará em outubro de 2013 e terminará em setembro de 2014
Que o estudo será feito da seguinte maneira: Serão realizadas entrevistas, que serão gravadas e posteriormente transcritas, às pessoas responsáveis pelas propriedades selecionadas na área de estudo com a finalidade de reconhecer as principais espécies de plantas invasoras.
Que eu participarei das seguintes etapas: Das entrevistas e das coletas de plantas;
Que os possíveis riscos à minha saúde física e mental são: A participação no projeto não trará nenhum risco a minha saúde física ou mental;
Que os benefícios que deverei esperar com a minha participação, mesmo que não diretamente são: Dados que poderão influenciar positivamente o reconhecimento das plantas daninhas.
Que a minha participação será acompanhada do seguinte modo: Através de entrevistas e conversas com os responsáveis pela pesquisa;
Que, sempre que desejar, serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das etapas do estudo;
Que, a qualquer momento, eu poderei me recusar a continuar participando do estudo e, também, que eu poderei retirar este meu consentimento, sem que isso me traga qualquer penalidade ou prejuízo;
38
Que as informações conseguidas através da minha participação não permitirão a identificação da minha pessoa, exceto aos responsáveis pelo estudo, e que a divulgação das mencionadas informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto;
Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha participação no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, concordo em dele participar e para isso eu DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO FORÇADO OU OBRIGADO.
Endereço d(o,a) participante-voluntári(o,a) Domicílio: (rua, praça, conjunto): Bloco: /Nº: /Complemento: Bairro: /CEP/Cidade: /Telefone: Ponto de referência:
Contato de urgência: Sr(a). Domicílio: (rua, praça, conjunto): Bloco: /Nº: /Complemento: Bairro: /CEP/Cidade: /Telefone: Ponto de referência:
Endereço d(os,as) responsáve(l,is) pela pesquisa (OBRIGATÓRIO): Instituição: Endereço: Bloco: /Nº: /Complemento: Bairro: /CEP/Cidade: Telefones p/contato:
ATENÇÃO: Para informar ocorrências irregulares ou danosas durante a sua participação no estudo, dirija-se ao:
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas: Prédio da Reitoria, sala do C.O.C. , Campus A. C. Simões, Cidade Universitária
- Maceió Telefone: 3214-1041
(Assinatura ou impressão datiloscópica d(o, a)voluntári (o,a) ou responsável legal) - (Rubricar as demais folhas)
Nome e Assinatura do(s)responsável(eis)
pelo estudo (Rubricar as demais páginas)
39
APÊNDICES
Apêndice 1- Questionário aplicado aos agricultores
Levantamento acerca das Plantas Invasoras que ocorrem no Cultivo das
Plantas Forrageiras no Agreste Alagoano.
Enntrevista
1-NOME DO ENTREVISTADO:
SEXO: ( ) M ( ) F
IDADE:
2-CARGO/OCUPAÇÃO NA PROPRIEDADE:
3- CIDADE:
4-: MACRORREGIÃO:
5- ÁREA TERRITORIAL DESTINADA Á FORRAGEM:
6- ÁREA TERRITORIAL DESTINADA À AGROPECUÁRIA:
7- ÁREA TERRITORIAL DESTINADA À PRESERVAÇÃO AMBIENTAL:
8-TOTAL DA ÁREA:
40
9- QUAIS AS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PLANTAS FORRAGEIRAS
CULTIVADASNA PROPRIEDADE?
1-
2-
3-
4-
5-
10- QUAL(IS) A(S) PRINCIPAL(IS) PLANTA(S) FORRAGEIRA(S), OU
PARTES DELAS, EXTERNAS À PROPRIEDADE?
1-
2-
3-
4-
5-
11-QUAIS AS PRINCIPAIS PLANTAS INVASORAS DAS PLANTAS
FORAGEIRAS NA PROPRIEDADE?
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
41
10-
12- QUAL O PRINCIPAL DESTINO DAS PLANTAS FORRAGEIRAS
PRODUZIDAS AQUI (CLASSIFICAR EM ORDEM DECRESCENTE):
( ) Alimentação dos Ruminantes
( ) Produção de silo e feno
( )Atravessadores
( ) Comércio Local
( )Outros_____________________________________
13- QUAL A PRODUÇÃO ANUAL DE FORRAGEM DA PROPRIEDADE?
VOCÊ ACHA QUE ESSE ÍNDICE AUMENTARIA SE NÃO HOUVESSE PLANTAS
INVASORAS NA ÁREA?
( )SIM ( )NÃO
14- A FAZENDA POSSUI PROFISSIONAIS DA
ÁREA AGRÁRIA? QUANTOS?
15- COM QUE FREQUÊNCIA SÃO UTILIZADOS PRODUTOS AGROTÓXICOS
NAS PLANTAS INVASORAS DAS PLANTAS FORRAGEIRAS?
( ) Sempre em todas as culturas
( ) Raramente
( ) Nunca
16-ASPLANTAS INVASORAS DA FORRAGEMTÊM OUTRA FUNÇÃO NESSA
REGIÃO?
17- VOCÊ SABE QUAL A ORIGEM DESSAS INVASORAS?
42
18-QUAL A SUA CONCEPÇÃO SOBRE AS PLANTAS INVASORAS?
19- EXISTE DIFICULDADE NO COMBATE ÀS PLANTAS INVASORAS? QUAL
(IS)?
20-OUTRAS OBSERVAÇÕES: