agricultor familiar

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CÂMPUS SANTO AUGUSTO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO AGRICULTOR FAMILIAR

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CÂMPUS SANTO AUGUSTO

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO AGRICULTOR FAMILIAR

SANTO AUGUSTO2013

Presidente da RepúblicaDilma Rousseff

Ministro da Educação Aloizio Mercadante

Secretário da Educação Profissional e TecnológicaMarco Antonio de Oliveira

Reitor do Instituto Federal FarroupilhaCarla Comerlato Jardim

Pró-reitor de ExtensãoAlberto Pahim Galli

Coordenadora de Programas de Inclusão SocialCoordenadora Geral do PRONATECRaquel Lunardi

Diretor Geral do CâmpusCésar Eduardo Stevens Kroez

Diretor de Pesquisa, Produção e ExtensãoRóberson Macedo de Oliveira

Coordenador de Extensão Osmar Lottermann

Coordenadora Adjunto do PRONATECJuliani Natália dos Santos

Orientadora Pedagógica do PRONATECAdriana Toso Kemp

Profissional de apoio às atividades acadêmicas e administrativas do PRONATECBeatris Gattermann

SUMÁRIO

11. CARACTERÍSTICAS DO CURSO.................................................................................622. JUSTIFICATIVA.............................................................................................................733. OBJETIVO DO CURSO:................................................................................................844. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO.................................................................8

2 O IF Farroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que:................855. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR...................................................................................966. EMENTAS....................................................................................................................107OETTERER, M.; REGITANO-d´ARCE, M.A.B. & SPOTO, M.H.F. Fundamentos de Ciência e Tecnologia de Alimentos. São Paulo: Manole, 2006.....................................11

27 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.............................................................................1348 METODOLOGIA.........................................................................................................14

1 1. CARACTERÍSTICAS DO CURSO

Denominação do curso: AGRICULTOR FAMILIAR

Nível: Educação Básica/Ensino Fundamental

Modalidade: Educação de Jovens e Adultos (Formação Inicial e Continuada de

Trabalhadores - FIC).

Tempo de duração do curso: 25 semanas

Turno de oferta: noturno

Carga horária Total (h/r): 200h

Número de vagas do curso: 225

Requisitos de acesso ao Curso: Ensino Fundamental Incompleto

2 2. JUSTIFICATIVA

A criação dos Institutos Federais visa a atender a necessidade da institucionalização

da Educação Profissional e Tecnológica como política pública no Brasil, estabelecendo o

compromisso de pensar na diversidade social, econômica, geográfica e cultural, na

necessidade de diminuição das desigualdades regionais, na elevação do nível de

escolaridade e na capacitação tecnológica da população. Além disso, está centrada em

ações que contribuam para a inclusão e a permanência de jovens e adultos no mundo do

trabalho.

Alguns pressupostos dos Institutos Federais podem ser observados na LEI Nº 11.892

DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008 na Seção II do Art. 6º e na Seção III do Art. 7º que diz

respectivamente:

Ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e

modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação

profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no

desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional;

Ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando

a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de

profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação

profissional e tecnológica.

Estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e

renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento

socioeconômico local e regional;

Os Institutos Federais trazem em seu DNA elementos singulares para sua definição

identitária, assumindo um papel representativo de uma verdadeira incubadora de políticas

sociais, uma vez que constroem uma rede de saberes que entrelaça cultura, trabalho,

ciência e tecnologia em favor da sociedade (Pacheco, 2011).

Nesse sentido o Curso de Agricultor Familiar veem confirmar a agenda de ações dos Institutos e também atender ao disposto na LEI Nº 12.513 de 26 de outubro de 2011, que institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(Pronatec), tendo como um dos principais objetivos ampliar as oportunidades educacionais

dos trabalhadores, por meio do incremento da formação e qualificação profissional. A

ampliação do acesso, permanência e extensão da escolaridade, também ancoradas pela

Portaria nº 1.569, de 03.11.2011 do Ministério da Educação, que fixou as diretrizes para a

execução da bolsa-formação no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico

e Emprego (Pronatec), deverá estar intrinsecamente ligada a um processo de ampliação de

direitos e garantias individuais que caracterizam o desenvolvimento humano, os arranjos

sociopolíticos e o crescimento econômico característicos da sociedade moderna.

O Câmpus Santo Augusto do Instituto Federal de farroupilha atendem atualmente

públicos oriundos da região Noroeste Colonial, Fronteira Noroeste e Celeiro do Rio Grande

do Sul. Regiões com importante papel na produção de alimentos do estado e com número

expressivo de Agricultores Familiares, conforme pode ser visto na figura abaixo.

Fonte : Adaptado de IBGE, Censo Agropecuário 2006.

Conforme o Censo Agropecuário 2006, a Agricultura Familiar é principal geradora de

emprego no meio rural brasileiro, envolvendo mais de 12 milhões de pessoas no campo,

correspondendo a mais de 74% da população agrícola. Em termos de produção, apesar de

ocupar apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos agropecuários, é responsável por

38% do Valor Bruto da Produção e por grande parte dos alimentos consumidos pela

população brasileira, respondendo por 87% da mandioca, 70% do feijão, 59% dos suínos,

58% da pecuária de leite, 46% do milho, 50% das aves e 34% do arroz produzido no País.

No entanto, para Guilhoto et al., (2007) mesmo sob adversidades como insuficiência

de terras e capital, dificuldades no financiamento, baixa disponibilidade tecnológica e

fragilidade da assistência técnica, o peso da agricultura familiar na riqueza do País é

representativo e não perdeu sua força nos últimos anos. Ressalta ainda que a importância

estratégica da agricultura familiar, destacando que, além de seu fundamental papel social na

mitigação do êxodo rural e da desigualdade social do campo e das cidades, este setor deve

ser encarado como um forte elemento de geração de riqueza, não apenas para o setor

agropecuário, mas para a própria economia do país.

Nesse sentido, ações de formação que atendam as necessidades e contemple suas

realidades e perspectivas, colabora no enfrentamento de grandes problemáticas da

contemporaneidade da agricultura familiar como: o envelhecimento do campo,

masculinização, sucessão familiar, entre outras.

3 3. OBJETIVO DO CURSO:

Realizar no Instituto Federal Farroupilha – Câmpus Santo Augusto, o Curso de

Agricultor Familiar, na modalidade Formação Inicial e Continuada visando atender a

demanda apontada no mapa de oportunidades construído em conjunto com representantes

da sociedade local e regional.

Os objetivos específicos do curso são os seguintes:

- Desenvolver a educação profissional integrada ao trabalho, à ciência e à tecnologia;

- Oferecer aos alunos oportunidades para construção de competências profissionais, na

perspectiva do mundo da produção e do trabalho, bem como do sistema educativo;

- Proporcionar a habilitação profissional em curto prazo, observando-se as exigências e

expectativas da comunidade regional;

- Enfatizar, paralelamente à formação profissional específica, o desenvolvimento de

todos os saberes e valores necessários ao profissional-cidadão, tais como o domínio da

linguagem, o raciocínio lógico, relações interpessoais, responsabilidade, solidariedade e

ética, entre outros.

4 4. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO1

2 O IF Farroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que:

- Tenham competência técnica e tecnológica em sua área de atuação;

- Sejam capazes de se inserir no mundo do trabalho de modo compromissado com o

desenvolvimento regional sustentável;

- Tenham formação humanística e cultura geral integrada à formação técnica,

tecnológica e científica, atuando com base em princípios éticos e de maneira

sustentável;

- Saibam interagir e aprimorar continuamente seus aprendizados a partir da

convivência democrática com culturas, modos de ser e pontos de vista divergentes;

- Sejam cidadãos críticos, propositivos e dinâmicos na busca de novos conhecimentos.

Em específico, o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) Agricultor Familiar

busca capacitar produtores no entendimento da complexidade e dinâmica do mundo rural e

das práticas produtivas adotadas pelos produtores, pretende ainda, contribuir na formação

de agentes de transformação da realidade local.

5 5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) Agricultor Familiar, está organizado

em dois módulos. O primeiro corresponde às disciplinas comuns aos demais cursos

ofertados pelo Câmpus Santo Augusto do Instituto Federal Farroupilha e que compreendem

uma formação básica ao discente. Faz parte ainda do desenho curricular a formação

específica que contempla disciplinas multidisciplinares como Agroecologia e aquelas de

formação técnica específica sendo Gestão, Associativismo e Empreendedorismo Rural,

Agroindústria Familiar, Produção Animal e Produção Vegetal. Tais disciplinas possibilitam ao

discente uma formação generalista, porém sem perder a especificidade das áreas temáticas

de maior interesse da Agricultura Familiar.

Matriz Curricular:

Semestre/Modulo Componentes Curriculares Hora Aula

Semanal

Carga Horária(semestral ou

modular)(h/a)

Módulo I Integração e Orientação Profissional 20 20 hMódulo II Português 12 12 hMódulo III Matemática 12 12 hMódulo IV Informática 12 12 h Módulo V Agroecologia 16 24 hMódulo VI Gestão, Associativismo e

Empreendedorismo Rural.24 24 h

Módulo VII Agroindústria Familiar 24 24 hMódulo VIII Produção Animal 40 24 hMódulo IX Produção Vegetal 40 08 h

Subtotal

Carga horária componentes curriculares (hora aula)

* cada hora-aula terá a duração de 60 minutos, conforme resolução CD/FNDE nº04.

6 6. EMENTAS

Componente Curricular : Integração e

Orientação Prof issional

Carga Horária (hora aula): 20 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:Conhecimentos sobre o Pronatec e o IF Farroupilha. Indivíduo e sociedade, direito e cidadania. As mudanças no mundo do trabalho. A relação entre capital e trabalho. Formas de organização dos trabalhadores. Comunicação no trabalho. Perfil profissional, currículo e entrevista. Legislação trabalhista.

Bibliografia Básica:MÉSZÁROS, Istvan. A educação para além do capital. Traduzido por Isa Tavares. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.

NOVARES, Carlos Eduardo; LOBO, César. Cidadania para principiantes – a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2011.

BUFFA, Ester; ARROYO, Miguel; NOSELLA, Paolo. Educação e cidadania: quem educa o cidadão. São Paulo: Cortez, 2007.

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho. Ensaio

sobre as metamorfoses e a centralidade no mundo do trabalho. 15. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.

BRASIL. Senado Federal. A constituição da cidadania. (Especial DVD).

Componente Curricular : Língua PortuguesaCarga Horária: 12 h/a Período letivo: diurno/noturnoEmenta:A gramática como recurso para a compreensão, produção de texto e comunicação. Produção de textos técnicos. Estudo e análise de textos. Elementos de coerência e coesão textual. Linguagem oral e escrita em contextos formais de uso.

Bibliografia Básica: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.GUEDES, Paulo Coimbra. Da redação à produção textual: o ensino da escrita. São Paulo: Parábola, 2009. Série Estratégias de Ensino; v. 12. INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2005.MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 29. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Componente Curricular : Matemát icaCarga Horária: 12 h/a Período letivo: diurno/noturnoEmenta:Utilização dos numerais e das operações fundamentais em diferentes situações-problema que permitam a produção de conhecimentos, bens e serviços. Estudo de relações de proporcionalidade e porcentagem contextualizada em situações práticas. Noções de sistemas de medidas e de áreas e volumes mais utilizados em atividades do dia-a-dia.Bibliografia Básica: BONGIOVANNI, V.; VISSOTTO, O. R. LAUREANO, J. L. T. Matemática. Volume Único. São Paulo: Bom livro, 1994. 472 p. PAIVA, M. Matemática. São Paulo: Moderna. Volume 1 ao 3. 2004.SHITSUKA, R. et al. Matemática fundamental para tecnologia. 1 ed. São Paulo: Érica, 2009.

Componente Curricular : Informát ica

Carga Horária (hora aula): 12 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:

Capacitação para noções básicas de sistema operacional Windows, de editor de texto, de aplicativos para apresentações e planilhas de cálculo. Conhecimentos de noções básicas de navegação na Internet Bibliografia Básica:

CAPRON, H. L. Introdução à Informática. 8. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006.MANZANO, André Luiz N. G.; TAKA, Carlos Eduardo M.. Estudo Dirigido de Microsoft Windows 7 Ultimate. São Paulo: Érica, 2010.VELLOSO, F. C. Informática: Conceitos Básicos. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Componente Curricular : Agroindústr ia

Famil iar

Carga Horária (hora aula): 24 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:Base legal da Política Estadual de Agroindústria Familiar no Estado do Rio Grande do Sul; Tópicos de microbiologia e segurança alimentar. Limpeza, sanitização e higiene na agroindústria. Boas Práticas de Fabricação; Transformação de Produtos Agrícolas. Tópicos de conservação de alimentos. Mercados Institucionais e locais de comercialização de alimentos da agroindústria familiar.Bibliografia Básica:

FORSYTHE, S.J., Microbiologia da segurança alimentar. São Paulo: Artmed, 2002.

7 OETTERER, M.; REGITANO-d´ARCE, M.A.B. & SPOTO, M.H.F. Fundamentos de Ciência e Tecnologia de Alimentos. São Paulo: Manole, 2006.

GERMANO, P.M.L. GERMANO, M.I.S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos, 4. ed. São Paulo: Manole,2011.

RIO GRANDE DO SUL (Estado). Lei nº 13.921, de 17 de janeiro de 2012. Institui a Política Estadual de Agroindústria Familiar no Estado do Rio Grande do Sul. Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, Brasília, n.13, 18 jan. 2012, p1.

RIO GRANDE DO SUL (Estado). Decreto nº 49.341, de 05 de julho de 2012. Cria o Programa de Agroindústria Familiar do Estado do Rio Grande do Sul, institui o selo de marca de certificação “Sabor Gaúcho” e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, Brasília, n.130, 06 julho. 2012, p1.

MDS (Ministério do Desenvolvimento Social). Programa de Aquisição de Alimentos da

Agricultura Familiar (PAA). Cartilha, ASCOM/MDS/Novembro DE 2012. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/paa/CARTILHA_PAA_FINAL.pdf>. Acesso em: 06 mai. 2013.

Componente Curricular : Agroecologia

Carga Horária (hora aula): 16 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:Análise socioeconômico e ambiental da agricultura; Princípios e conceitos de agroecologia; Processos agroecológicos nos agroecossitemas; Integração dos sistemas de produção; Práticas de manejo animal e vegetal ecológico; Novo código florestal brasileiro; Mitigação do uso de agrotóxicos.

Bibliografia Básica:AQUINO, A.M; ASISS, R.L. de. Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2005. 517p.

CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. I. Agroecologia e extensão rural: contribuições para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. Brasília, DF: MDA/SAF/DATER, 2007.

GLEBER, L. & PASCALE, J. C. Gestão ambiental na agropecuária. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2007. 310p.

GLIESSMAN, S.R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Ed. Universidade UFRGS, 2001.

MARCEL MAZOYER, LAURENCE ROUDART. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. 568p.

PAULUS, G.; MULLER, A. M.; BARCELOS, L. A R. Agroecologia aplicada: práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica. Porto Alegre: EMATER, 2001.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, n.102, p.1, 28 mai. 2012. Seção 1, pt1.

Componente Curricular : Gestão

Associat iv ismo e Empreendedorismo Rural

Carga Horária (hora aula): 24 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:Fundamentos de Gestão rural; Coeficientes técnicos e econômicos da agricultura e da pecuária das principais atividades; Revisão de conceitos de investimentos, custos fixos e variáveis; Variáveis a considerar no planejamento de safras e de atividades; Conceitos de empreendedorismo e características dos empreendedores; Associativismo; Organizações associativas agropecuárias. Economia solidária. Bibliografia Básica:BUTTENBENDER, P.L.(org.). Cooperativismo na Região Fronteira Noroeste do RS: experiências de gestão de cooperativas e de promoção do desenvolvimento. Porto Alegre: SESCOOP/RS, 2010.

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

SANTOS, G. J. Administração de custos na agropecuária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

Singer, Paul (2002), “A recente ressurreição da economia solidária no Brasil,” in Santos (org.) (2002b), 81-129. Disponível em: http://www.ces.uc.pt/emancipa/research/pt/ft/difusao.html Acesso em: 07 mai 2013.

Componente Curricular : Produção Animal

Carga Horária (hora aula): 40 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:Fundamentos de produção animal; Sistemas de produção animal; Princípios básicos de anatomia e fisiologia dos animais; Tópicos em nutrição, melhoramento genético e sanidade animal; Manejo e criação de animais ruminantes, não-ruminantes e criações alternativas.Bibliografia Básica:COSTA, P. S. C. Manual prático de criação de abelhas. Viçosa –MG: Aprenda Fácil, 2005.FRADSON, R.D.; LEE WILKE, W.; FAILS, A.D. Anatomia e fisiologia dos animais de fazenda. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

GOTTSCHALL, C.S. Produção de novilhos precoces: nutrição, manejo e custos de produção.

2.ed. Guaíba: Agrolivros, 2005.

MORENG, R.; AVENS, J. S. Ciência e produção de aves. São Paulo: ROCA,1990.

PEIXOTO, A.M.; MOURA, J.C.; FARIA, V.P. (Org.). Bovinocultura leiteira: fundamentos da exploração racional. 3.ed. Piracicaba: FEALQ, 2000.

SILVA, S.C.; NASCIMENTO JUNIOR, D.; EUCLIDES, V.B.P. Pastagens: conceitos básicos, produção e manejo. Viçosa: Suprema, 2008.SOBESTIANSKY, J. et al. Suinocultura intensiva: produção, manejo e saúde do rebanho. Brasília: EMBRAPA, 1998.

VALENTI, W. C. (Ed.). Aquicultura no Brasil: bases para um desenvolvimento sustentável. Brasília: CNPQ, 2000.

VAZ, C.M.S.L. Ovinos: o produtor pergunta, a Embrapa responde. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2007.

Componente Curricular : Produção Vegetal

Carga Horária (hora aula): 40 h Período letivo: diurno/noturno

Ementa:História da agricultura; Anatomia e fisiologia vegetal; Fundamentos de manejo e conservação de solos; Fatores envolvidos no crescimento das plantas; Sistemas de produção vegetal; Mecanização e implementos agrícolas; Manejo e produção de grãos, olericultura e fruticultura.Bibliografia Básica:AZEVEDO, A. C. de; DALMOLIN, R. S. D. Solos e ambiente: Uma introdução. Santa Maria-RS, Editora Palotti, 2004. 100p.

CASTRO, Paulo R. C.; KLUGE, Ricardo A. Ecofisiologia de cultivos anuais: trigo, milho, soja, arroz e mandioca.Nobel , [ 200-?].

FACHINELLO, J. C.; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E. Fruticultura, fundamentos e práticas.Pelotas: UFPel, 1996. Disponível em: http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/livro/fruticultura_fundamentos_pratica/. Acesso em 07 mai 2013.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3.ed. Viçosa:

UFV,2008.

PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo: A Agricultura em Regiões Tropicais.3. ed. [S.l.]: Nobel, 1981.

RIPOLI, T.C.C.; MOLINA JÚNIOR, W.F.; RIPOLI, M.L.C. Manual prático do agricultor: máquinas agrícolas. 1 ed. Piracicaba: ESALQ/USP, 2005. v.1. 192 p.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

1

2 7 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação deve se centrar tanto no processo como no produto. Quando realizada

durante o processo ela tem por objetivo informar ao professor e ao aluno os avanços e as

dificuldades e oportunizar a ambos a reflexão sobre a eficiência do processo educativo,

possibilitando os ajustes necessários para o alcance dos melhores resultados possíveis.

Durante o processo educativo é conveniente que o professor esteja atento à participação

efetiva do aluno através da observação da assiduidade, da pontualidade e do envolvimento

nos trabalhos e discussões. No produto, várias formas de avaliação poderão se somar, tais

como relatórios, trabalho de pesquisa bibliográfica, lista de exercícios etc.

Todos estes instrumentos são bons indicadores da aquisição de conhecimentos e do

desenvolvimento de habilidades e competências, tais como capacidade de síntese e análise.

Os processos de avaliação a serem desenvolvidos terão por base as competências

abaixo descritas (em conformidade com o Regulamento da Avaliação do Rendimento

Escolar do Instituto Federal Farroupilha e a Instrução Normativa 03/2010 emitida pela Pró-

Reitoria de Ensino):

I. Diagnóstica: envolve descrição, atribuição de valor e julgamento acerca dos

resultados apresentados pelos alunos em diferentes etapas do processo educativo

e atende a diferentes objetivos; detecta o nível geral de conhecimento dos alunos,

as suas dificuldades e as medidas necessárias para supri-las; permite

retroalimentar o processo, servindo como indicador dos elementos de

competência que precisarão ser aprofundados ou resgatados.

II. Formativa: ocorre durante o processo de ensino aprendizagem, é interna ao

processo, contínua, interativa e centrada no aluno; de caráter diagnóstico, ajuda o

aluno a aprender e o professor a ensinar e reavaliar todas as etapas do processo

ensino e aprendizagem; possibilita o acompanhamento da aquisição e domínio

das competências e a adequação do ensino às necessidades de ajustes na

aprendizagem e no desenvolvimento do aluno.

III. Somativa: possibilita a avaliação dos objetivos e competências pretendidos;

apresenta os resultados de aprendizagens e rendimento dos alunos e seus dados

subsidiam o replanejamento do ensino para a próxima etapa.

São considerados meios para operacionalização da avaliação:

I. Seminários;

II. Trabalho individual e grupal;

III. Testes escritos e orais;

IV. Demonstração de técnicas em laboratório;

V. Dramatização;

VI. Apresentação dos trabalhos;

VII. Portfólios;

VIII. Resenhas;

IX. Autoavaliação, entre outros.

O aluno será considerado apto à qualificação e certificação, desde que tenha

aproveitamento com frequência igual ou superior a 75%.

34 8 METODOLOGIA

As aulas serão expositivo-dialogadas, com uso de recursos audiovisuais e filmes,

sempre na perspectiva de construção do conhecimento, mediante a revalorização das

sabedorias locais e a sua integração com os saberes de origem acadêmica. Os

procedimentos metodológicos devem colocar a sabedoria popular e o saber acadêmico em

uma relação de complementaridade, onde o processo de apropriação do conhecimento por

parte dos atores locais aumente os seus horizontes de possibilidades para gerirem

autonomamente os recursos que têm à disposição para aprimorar seus meios de vida, entre

eles a criatividade coletiva. Faz-se necessário ressaltar que os aportes teóricos trabalhados

em aula devem obrigatoriamente “fazer sentido” na realidade em questão. Isso não significa

deturpar o conhecimento científico, nem mesmo tornar igual, mas sim provocar novos

saberes nesses sujeitos.

9 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS, RECURSOS TECNOLÓGICOS E BIBLIOTECA

- Uma sala de aula com 30 classes

- Um projetor multimídia

- Biblioteca Mario Quintana:

A Biblioteca Mario Quintana do Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto

dispõe de um espaço físico de 132 m² e conta com um acervo próximo a 2.658 títulos que se

constituem de livros, revistas, DVDs e CDs. Tendo um acervo na área de administração de

200 títulos.

A biblioteca surge como ponto fundamental de confluência do cotidiano acadêmico

tornando-se setor que efetiva a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, pois ao

passo em que disponibiliza e dinamiza a informação, também procura transpor suas paredes

físicas a fim de dialogar com a comunidade, legitimando a função social da informação em

suas diversas formas.

A estrutura da biblioteca fica disposta da seguinte maneira: quatro mesas para estudo

coletivo, cinco cabines individuais de estudo, uma sala de estudo coletiva e seis

computadores com acesso a internet destinados a pesquisas e trabalhos acadêmicos. Há

um regulamento do setor que fica sinalizado no manual do estudante e também no site da

escola. Existe uma preocupação com desenvolvimento de coleções, com a preservação do

acervo, com a acessibilidade e com a particularidade de cada usuário. A biblioteca também

está equipada com sistema antifurto.

Horário de Funcionamento: 07h30min as 22h30min de segunda a sexta-feira.

10 CERTIFICAÇÃO

O certificado de conclusão do curso será emitido quando do término do curso, desde

que o estudante esteja aprovado. A Coordenação de Extensão do Câmpus Santo Augusto

Instituto Federal Farroupilha emitirá os certificados conforme orientação normativa nº

02/2011/PROEX. 11

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, p.1, 30 dez. 2008. Seção 1, pt1.

BRASIL. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Terceiro Relatório Nacional de Acompanhamento. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/download/TerceiroRelatorioNacionalODM.pdf>. Acesso em: 24 set. 2012.

BRASIL. Guia Pronatec de formação Inicial e Continuada - 2012. Disponível em: < http://pronatec.mec.gov.br/fic/apresentacao.php>. Acesso em: 02 abr. 2013.

Guilhoto J. J. M. et al. A importância da agricultura familiar no Brasil e em seus estados. ANPEC, 2007. Disponível em: <http://www.anpec.org.br/encontro2007/artigos/A07A089.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2013.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. SIDRA – Sistema IBGE de recuperação automática. Censo agropecuário 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006a. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.

INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA. Regulamento da Avaliação do Rendimento Escolar. (Aprovado pela resolução n° 04-2010, de 22 de fevereiro de 2010).

INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA. Trata da emissão de Certificados e Atestados, referentes às participações de discentes, servidores e membros da comunidade, em Atividades de Extensão promovidas pelo Instituto Federal Farroupilha. (Aprovado pela resolução n° 02-2011, de 03 de março de 2011).

PACHECO, Eliezer (ORG.). Institutos federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. São Paulo: Moderna, 2011.