plano de gerenciamento de crise

Upload: ronilson-peixoto

Post on 07-Apr-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    1/7

    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE ADMINISTRAO ISSN: 1676 -6822

    Revista Cientfica Eletrnica de Administrao uma publicao semestral da Faculdade de Cincias Jurdicas eGerenciais de Gara FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Junho de 2006 Peridicos Semestral

    PLANO DE GERENCIAMENTO DE CRISE: ESTUDO DE CASO EM

    INDSTRIA DE ALIMENTOS.

    NISHIKAWA, Julimara de Oliveira Zochi.profissional. universidade estadual paulista.

    [email protected]

    Resumo

    No contexto global onde as industrias esto inseridas a preocupao com a reputao de suma

    importncia devido ao fato dos pontos negativos que uma m imagem pode passar a clientes,

    investidores e fornecedores. Tais reputaes poderiam ser denegridas ou devido a sua falta de

    qualidade, erros de produo, processo e tambm devido falta de tato quando buscam solucionar tais

    problemas. E com vistas a isso o presente estudo de caso tem como objetivo apresentar um modelo de

    plano de gerenciamento de crise que pode ser utilizado por empresas de grande e pequeno porte, a fim

    de minimizar os fatos negativos a imagem de uma empresa.

    Palavras chaves: Gerenciamento de Crise, Indstria Alimentcia.

    Tema central: Administrao

    Abstract

    In the global context where the industries are included with the concern and the reputation of paramountimportance due to the fact of the negative points that can pass a bad image to customers, investors andsuppliers. Such reputations could be denegridas or due to their lack of quality, errors in production,process and also due to lack of tact when looking solve such problems. And with the views that this casestudy aims to present a model plan for managing crisis that can be used by companies, large and small, tominimise the facts negative image of a company.

    KeyWords: Crisis Management, Food Industry.

    1 Introduo

    No contexto em que as empresas, organizaes, polticos e rgos pblicos esto

    inseridos muitas so as chances de eventuais crises imagem destas entidades. Ou

    devido a sua falta de qualidade, erros de produo, processo e tambm devido falta

    de tato quando buscam solucionar problemas juntamente com seus clientes. Segundo

    Philip Lesly em seu livro Fundamentos de Relaes Pblicas e da Comunicao(1995),

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    2/7

    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE ADMINISTRAO ISSN: 1676 -6822

    Revista Cientfica Eletrnica de Administrao uma publicao semestral da Faculdade de Cincias Jurdicas eGerenciais de Gara FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Junho de 2006 Peridicos Semestral

    a proeminncia de um nome encarada como fator de sucesso, j que a reputao

    num negcio raramente pode ser obtida sem verdadeiras realizaes. Portanto

    necessrio que as empresas busquem construir uma boa reputao e no meam

    esforos para preserv-la e proteg-la. Tendo em vista que muitos so os fatores

    negativos que uma m imagem pode ocasionar no mercado entre eles destacam-se a

    fuga de clientes, fornecedores e investidores, que muitas vezes no querem ter seus

    nomes atrelados a empresas em crise, o que acarretar uma perda financeira

    significativa empresa. Nos ltimos anos s empresas tm visto sua reputao ser

    abalada por crises que atingem diretamente seus consumidores, entre eles pode-secitar o caso Microvlar (laboratrio farmacutico que no ano de 1998 foi acusado de

    fabricar plulas anticoncepcionais base de farinha), o Jacto Fokker 100 (jacto que

    apresentou falhas no rel, equipamento que aciona os reversos e sofreu uma queda,

    deixando 99 vtimas em 2007) e o mais recente, o caso do Fox, carro da Volksvagem,

    onde o cliente podia ter a mo mutilada ao realizar a expanso do porta-malas.

    Portanto, o presente estudo de caso tem como objetivo apresentar um modelo de plano

    de gerenciamento de crise que pode ser aplicado tanto em empresas de grande e

    pequeno porte, com a finalidade de antecipar natureza complexa de cada crise quer

    seja uma crise real quer aquelas ainda em potencial.

    2. Contedo

    2.1. Etapas de elaborao do Plano de Gerenciamento de Crise

    O presente plano teve como base s vinte questes levantadas por James E.

    Lukaszewshi que tem como funo orientar as empresas para que se evitem planos malconcebidos. Tais questes encontram-se no quadro 01.

    Quadro 01: Questionamentos de James E. Lukaszewshi

    1. Quem falar pela companhia? Esta pessoa tem falado recentemente? Ela est pronta para falar hoje?

    2. Quem o porta-voz reserva?

    3. Quais so as oito vulnerabilidades crticas da organizao no momento? H planos de reao e respostas prontas para

    elas?

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    3/7

    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE ADMINISTRAO ISSN: 1676 -6822

    Revista Cientfica Eletrnica de Administrao uma publicao semestral da Faculdade de Cincias Jurdicas eGerenciais de Gara FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Junho de 2006 Peridicos Semestral

    4. Quais so os riscos extremos que estas vulnerabilidades representam para a comunidade, para o meio ambiente e para

    os empregados?

    5. Quais remediaes esto prontas para o caso de ocorrncia de um evento extremamente ruim?

    6. Quais so os seus planos de eliminao de emisso de gua e ar poludos, voc estar pronto para anunciar este plano

    antes que seja forado?

    7. Qual equipe e recursos externos esto posicionados e prontos para administrar problemas ambientais relacionados

    sua companhia?

    8. Voc est preparado para enfrentar a oposio organizada?

    9. Voc est preparado para uma ao do Conselho de Defesa do Meio Ambiente quando voc violar suas permisses?

    10. Quais so suas mensagens iniciais para a vizinhana e para a imprensa caso ocorra algum problema ou acidente?

    11. Voc realmente explorou suas piores vulnerabilidades ao extremo?

    12. Quais compromissos especficos o principal diretor da empresa fez para estar preparado?

    13. Voc est pronto para se aproveitar da oportunidade que surge em um momento de crise quando o governo se afasta,

    a imprensa se afasta e os ambientalistas se afastam para ver se voc pode controlar o problema?

    14. Voc identificou indivduos chave para tomar a dianteira e lhes deu absoluta autoridade para tomarem todas as

    medidas necessrias para solucionar o problema? Quem so os seus reservas?

    15. A sua indstria est preparada para ajud-lo em um evento que voc cause um grande problema?

    16. Voc identificou, organizou e treinou seu pblico para ajud-los a salvar sua reputao, credibilidade e mercado em

    tempos de problemas?

    17. Voc est preparado para a guerra?

    18. Como est preparado o general que liderar a sua tropa quando o problema chegar? Quando ele dever entrar em

    campo?

    19. Com qual freqncia voc testa as partes de comunicao e operacionais de seu plano de gerenciamento de crises?

    20. Voc avaliou cuidadosamente o custo de uma visibilidade no planejada no seu processo de anlise de riscos?

    Fonte: Lukaszewshi .1997, pg 7.

    Aps a realizao de um estudo preliminar das questes onde se observou a

    necessidade de realizar a caracterizao do que vem a ser uma crise. Segundo o

    Aurlio, crise um estado de dvida ou incerteza. J em uma definio menos

    genrica, Neves (2002) relata que a crise empresarial com a opinio pblica surge

    quando algo feito, ou deixado de fazer pela organizao ou de sua responsabilidade

    ou afeta ou afetou ou poder afetar interesses de seus pblicos relacionados

    empresa e o acontecimento tem repercusso negativa junto opinio pblica. Aps a

    caracterizao do que vem a ser uma crise foram definidos quais eram os tipos de crise

    que poderiam ocorrer, (crises naturais, tecnolgicas, de m administrao, econmica,

    de reputao, de desastres industriais, de origem criminosa e outras), tambm

    importante relatar que de suma importncia participao dos vrios nveis da

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    4/7

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    5/7

    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE ADMINISTRAO ISSN: 1676 -6822

    Revista Cientfica Eletrnica de Administrao uma publicao semestral da Faculdade de Cincias Jurdicas eGerenciais de Gara FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Junho de 2006 Peridicos Semestral

    odores; incndio; falta de gua; falta de luz e retirada do produto do mercado. E para

    cada proposio foram realizados planos individuais, que abordavam o que fazer e

    quais eram os pontos crticos para cada possvel crise. Um modelo pode ser observado

    no quadro 02. Ao trmino do passo anterior os responsveis (principal e secundrio)

    foram definidos. J no terceiro passo, foi elaborado um protocolo que dever ser

    observado pelos funcionrios. Uma Parte do modelo de protocolo encontra-se no

    quadro 03. E por fim fez-se a orientao do plano aos funcionrios.

    Quadro 02: Modelo do Plano para o caso de infestao de caruncho.

    Plano de gerenciamento em caso de infestao de caruncho

    1- O plano

    Em caso de infestao de caruncho na matria prima ou no produto acabado deve-se realizar a separao dos pacotes

    bons dos infectados, a fim de minimizar as perdas de produto acabado. Logo aps isso ele deve ser encaminhado

    varredura. Caso a infestao ocorra no caminho na hora do carregamento se deve realizar a detetizao do caminho

    quantas vezes forem necessrias para se iniciar o embarque do produto, e caso no seja possvel eliminao dos

    carunchos com a detetizao no se deve em hiptese nenhuma realizar o embarque do produto a fim de eliminar as

    perdas de produto e tambm preservar a qualidade do mesmo. Em caso de carunchos no produto em supermercados aresponsabilidade e deste, o que exauri toda a responsabilidade da empresas. Em caso de contaminao de cargas nos

    domiclios, caso no seja constatada a negligncia do consumidor no trato do produto, a este ser encaminhado um novo

    produto sem nenhum custo adicional, logo aps o contato com a empresa ou com o representante. Todo o produto

    infectado deve ser imediatamente encaminhado, para o local das varreduras, onde ser destinada a alimentao animal.

    2- Pontos Crticos

    a. Estoque de matria prima

    b. Estoque de produto acabado

    c. Caminho de transporte

    d. Supermercado e armazns

    e. Casa do consumidorFonte: Elaborado pelo autor.

    Quadro 03: Modelo de Protocolo a ser seguido pelo centro telefnico

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    6/7

    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE ADMINISTRAO ISSN: 1676 -6822

    Revista Cientfica Eletrnica de Administrao uma publicao semestral da Faculdade de Cincias Jurdicas eGerenciais de Gara FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Junho de 2006 Peridicos Semestral

    O Centro Telefnico

    Os operadores do centro telefnico devem estar sempre a par e bem treinados a respeito de quem devem chamar no

    escritrio em uma situao de crise e a quem devem transferir essas chamadas. Estes funcionrios devem estar treinados

    a fim de responder principalmente para a impressa que a empresa j esta tomando as medidas cabveis e que em breve

    far um pronunciamento sobre o ocorrido. Ela nunca deve dizer que no h nada a declarar, pois esta frase est

    comumente ligada aos dizeres dos polticos e isso no trar uma boa imagem para a empresa. Em caso de ligaes de

    familiares s ligaes devem ser atendidas com interesse e simpatia e, a seguir, transferidas pessoa designada na rea

    de Recursos Humanos, para que este lhe de as informaes desejadas.Fonte: Elaborado pelo autor.

    3. Concluses

    Conclui-se que mesmo em empresas de pequeno porte pode sim, possuir um plano

    bem estruturado de gerenciamento de crise, para antecipar a ocorrncia de uma

    possvel crise quer seja uma crise real quer aquelas ainda em potencial, e, alm disso,

    determinar quais os passos a seguir pela empresa.

    4. Referencia Bibliogrfica

    FERREIRA, Aurlio Buarque de Holanda. Novo Aurlio Sculo XXI: o dicionrio da

    lngua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

    LESLY, Philip. Fundamentos de Relaes Pblicas e da Comunicao. Traduo:

    Roger Cahen. So Paulo, Pioneira, 1995.

    LUKASZEWSKI, James E. How vulnerable are you? The lessons from Valdez. Public

    Relations Quarterly, New York, v.34, n.3, p.5-6, 1989.

    ______________________. Managing litigation visibility: how to avoid lousy trial

    publicity. Public Relations Quarterly, New York, v.40, n.1, p. 18-24, 1995.

    ______________________. Establishing individual and corporate crisis communication

    standards: the principles and protocols. Public Relations Quarterly, New York, v.42,

    n.3, p.7-14, 1997.

    NEVES, Roberto de Castro. Crises Empresariais com a opinio Pblica. Rio de

  • 8/6/2019 Plano de Gerenciamento de Crise

    7/7

    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE ADMINISTRAO ISSN: 1676 -6822

    Revista Cientfica Eletrnica de Administrao uma publicao semestral da Faculdade de Cincias Jurdicas eGerenciais de Gara FAEG/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara ACEG.

    Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 10 Junho de 2006 Peridicos Semestral

    janeiro, Mauad Editora, 2002.