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PLANO DE AULA: HISTÓRIA 1º ANO (A, B, C e D) Prof: Mariozan

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PLANO DE AULA:HISTÓRIA

1º ANO (A, B, C e D)Prof: Mariozan

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OBJETIVOS E CAPACIDADES:• Compreender a diversidade cultural dos povos do Acre, como

resultado de um processo histórico. • Compreender a relação entre produção, trabalho e consumo

nas civilizações pré-colombianas.

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CONTEÚDOS RETOMADOS:• Leitura;• Escrita;• Interpretação;• Reescrita;• História do Acre;• Chegada de Colombo à América.

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CONTEÚDOS PRIORIZADOS:• Conhecimento das características gerais de algumas das etnias

que habitam o território acreano.• Implantação de seringas e intensificação dos conflitos entre

índios e não índios.• Valorização da diversidade e riqueza cultural das etnias

indigenas que habita o Acre.

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• Cronologia e características gerais das civilizações: (maia, astecas e incas)

• As principais atividades econômicas das civilizações pré-colombianas.

• Comparação entre atividades de produção, trabalho e consumo nas civilizações pré-colombianas e em sociedades atuais na América.

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RECURSOS DIDÁTICOS:

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DESCRITORES:

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FORMAS DE AVALIAÇÃO:

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TIPOLOGIA TEXTUAL:

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:• http://gephiseseba.blogspot.com.br/2010/12/am%C3%A9rica

-pr%C3%A9-colombiana-maias-astecas.html

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AULA: 1 e 2.

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SONDAGEM:

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• Você conhece algumas das etnias existentes no Acre?• Quais? • Onde ela se localiza?• Você conhece a história dos povos indígenas do seu

município? Ou dos povos indígenas do Brasil? • Você sabe como se deu o contato entre índios e europeus em

1500? • Você sabe como viviam os indígenas antes da chegada dos

europeus?

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Puyanawa

Nawa

NukininAshaninka

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VIDEO:• Povos Puyanawa

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Aula 3 e 4.

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• Índios no Acre• Prof. Eduado Carneiro* 

INTRODUÇÃO As "veias abertas" do Acre foram muitas O total de leite de seringa defumado e do caucho retirado, na região acreana, corresponde à mesma quantidade de sangue derramado dos corpos dos índios assassinados durante os primeiros tempos dos seringais. (Prof° Dr. Carlos Alberto) 

- O termo "índio" foi uma invenção do europeu. Caracteriza os povos que habitavam a América, ocultando toda a diversidade cultural existentes entre eles. - A hipótese mais aceita sobre a origem humana no continente americano é a de que houve uma migração da Ásia na idade do gelo, entre os anos 40.000 e 12.000 a.C., pelo estreito de Bering. - Os primeiros habitantes da Amazônia chegaram por volta de 1.500 a.C. (alguns pesquisadores defendem a hipótese de que a presença indígena na Amazônia remonta os anos de 31.500 a.C.). - Cerca de 6 milhões de índios habitavam à Amazônia antes da chegada dos Portugueses em 1616. - No Acre, na segunda metade do século XIX, viviam cerca de 150 mil índios, distribuídos em 50 povos. - Em 1989, o número de índios no Acre era em de 5 mil. Em 1996, o número passou para 8.511. No ano de 2001, a FUNAI notificou a existência de 10.478 índios em todo Estado do Acre, distribuídos em 12 povos. Esse tímido aumento pode ser explicado pela atuação de organizações indigenistas. - Os índios nunca abriram mão de suas terras sem colocarem em prática várias formas de resistências, dentre as quais o confronto com o homem branco. - Causas da diminuição demográfica indígena: a) assassinatos cometidos pelos coletores de "drogas do sertão"; b) assassinatos cometidos pelos seringalistas brasileiros através das "correrias"; c) doenças transmitidas pelos brancos; d) Assassinatos cometidos por caucheiros peruanos e soldados bolivianos; e) Assassinatos cometidos por capangas de fazendeiros a partir dos anos 70. - Os caucheiros eram nômades, por isso constituíram num dos principais inimigos dos indígenas, já que eram impelidos a desbravação contínua de novos territórios. - As correrias eram organizadas pelos seringalistas que reuniam até 50 homens armados para atacarem as aldeias, matavam os líderes, escravizavam vários índios e cooptavam as índias para servirem de mulheres no seringal. 

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• TRONCOS LINGÜÍSTICOS - No Acre, os indígenas estão divididos em dois grandes troncos indígenas: a) Aruaque ou Aruak, que dominavam a bacia do Rio Purus; b) Panos, que dominavam a região do rio Juruá. - Os Panos eram divididos em Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawas, Nukinis, Araras, Katukinas, Shaneanawa, Nawas, e Kaxararis. - Os Aruaques eram divididos em Kulinas, Ashaninkas (Kampas) e Manchibery. OBS: alguns estudiosos já dividem-no em três grupos: pano, aruak e arawá. 

SOCIEDADE - A maior parte dos indígenas habitava nas margens dos rios amazônicos (várzeas) - devido à facilidade para encontrar seu alimento e à fertilidade das praias onde praticavam a agricultura. - Habitavam em menor quantidade às terras firmes, onde tinham que derrubar a floresta e fazer suas queimadas para o cultivo de roçados. - Os índios não pensam a terra como mercadoria, mas o lugar onde se vive comunitariamente a cultura, as crenças e as tradições. - A organização social das tribos baseava-se em famílias extensas, que habitavam povoações isoladas sob a liderança de um ancião. - Índios arredios ou "brabos" são aqueles que não assimilaram a cultura do branco, ou que nem ao menos tiveram convivência com o homem branco. - Vinda dos índios para as cidades acreanas: a) Vender produtos florestais; b) Procurar órgãos de proteção ao índio; c) Procurar tratamento de saúde; d) A mendicância (principalmente os jaminawas). - As malocas são feitas de paxiúba; - Alguns grupos desenvolveram com perfeição a cerâmica e o artesanato. - A cura de várias doenças era obtida com remédios naturais; - A educação é transmitida pelos mais velhos, responsáveis por todo o legado cultural da tribo. - Os pajés, líderes espirituais das tribos, têm uma função especial na realização de festividades, na contação de histórias e na preservação do legado cultural da tribo. - As Terras Indígenas somam uma área aproximada de 14% da extensão territorial do Estado, perfazendo um total de 2.167.146 hectares, sendo que das 580 terras indígenas do Brasil, 31 localizam-se no Acre. - O Estado do Acre é a unidade da federação com maior diversidade biológica e étnica, 3,0% de toda a população indígena vive em território acreano, correspondendo a 14 povos indígenas. 

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• ECONOMIA - Os índios dedicavam-se à pesca, à caça e a guerra. As índias contribuíam no trabalho agrícola e na fabricação de cerâmicas. - Os povos indígenas da Amazônia eram todos agricultores. A terra pertencia a todos. - O trabalho de toda a tribo poderia ser concluído em 3 ou 4 horas. - Toda a produção era para sustentar toda a aldeia. - O arco e a flecha foram a principal arma utilizada pelos nativos da região. - Durante o 1° Ciclo da Borracha, os índios participaram como "mateiros" e guias em busca de novos locais de exploração da borracha. - Com a primeira grande crise da empresa extrativa a partir de 1912, a mão-de-obra indígena substitui, em grande parte, a de seringueiros nordestinos. - Aos poucos, foram integrados à economia extrativa, tornando-se dependentes dos bens aviados pelo barracão, embora nunca tenham deixado à pesca e à caça. - Nos séculos XVI e XVII, era costume o comércio do excedente de produção entre as tribos indígenas. Para o indígena, a seringueira não era uma árvore dotada de valor especial. - Os índios foram os primeiros a manipular o látex da seringueira. Muitas tribos davam-lhe um sentido cultural, transformando-na em objetos. 

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• ÓRGÃOS INDIGENISTAS "A ação ineficiente e omissa da FUNAI na Amazônia Ocidental é compreensível no quadro da política desenvolvimentista do Governo Federal que, ao invés de defender os direitos dos povos indígenas, estimulou a penetração capitalista na Amazônia". (Prof° Dr. Valdir Calixto) 

- A FUNAI foi criada em 1967. No Acre ela foi instalada em 1976, com o objetivo de prestar assistência às comunidades indígenas, vítimas das empresas agropecuárias. - Durante muitos anos a FUNAI limitou-se a delimitar terras indígenas, ao invés de demarcá-las. Além de oferecer uma precária assistência médica aos índios. - A FUNAI também tinha como preocupação o desenvolvimento de projetos econômicos de base comunitária, principalmente envolvendo atividades agrícolas. - Atualmente a política da Funai é de que não sejam feitos contatos com os índios isolados, apenas os localizando e delimitando a área na qual vivem para impedir a entrada de brancos. - Outros órgãos foram criados para subsidiar a luta indígena - Comissão Pró-Índio (CPI/AC), Conselho de Missão entre Índios (COMIN) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI). - Em 1982, foi idealizada a criação da UNI - União das Nações Indígenas do Acre - que passou a cobrar da FUNAI e de outros órgãos a demarcação urgente das terras indígenas. - Em 2000, é criada a Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC) com o objetivo de promover a educação escolar indígena de forma diferenciada. - Nas eleições municipais de 1996, foram eleitos 5 vereadores dos 14 candidatos indígenas e 1 prefeito. Nas eleições de 2002, foram eleitos 27 vereadores. Conclusão - Até 2004, cerca de 65% das terras indígenas ainda não foram demarcadas. A demarcação das terras é o procedimento legal pelo qual a União determina oficialmente os limites de uma área indígena. - Desde 1996, a Comissão Pró-Índio desenvolve também um projeto para formação de agentes agroflorestais indígenas. Os índios aprendem a zelar mais pelos recursos naturais existentes em suas terras, servindo como verdadeiros fiscais em seu território. - Em 2000, a Comissão Pró-Índio catalogou a existência de 85 escolas e 137 professores indígenas. - No governo Jorge Viana, foi criada a secretária dos Povos Indígenas do Acre, nomeando o primeiro indígena à secretário de Estado - Francisco da Silva Pinhatã, (da etnia Ashaninka). 

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Exercícios I:

• Elabore uma produção textual falando sobre os povos indígenas do Acre.

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EXERCÍCIO II: Pinte o mapa do Acre e aponte no mesmo onde se localiza e quais são as etnias indígenas existentes no Acre.

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Exercício III:• Pesquisar sobre uma etnia indígena em

particular com registro escrito sobre as informações coletada e apresentação oral ao professor e demais colegas.

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Aula: 5 e 6.• POVOS PRÉ-COLOMBIANOS: Incas, Astecas e Maias

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VIDEO:• https://www.youtube.com/watch?v=sFWZKhxt2hM

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AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANAAntes da chegada dos europeus ao continente americano, milhões de indivíduos já habitavam a América: para se ter uma ideia, estima-se que cerca de 88 milhões de ameríndios já viviam no continente. Esses povos eram organizados em tribos, povoados, mas também em sociedades complexas, como no caso dos astecas, incas e maias, os quais possuíam significativa organização social, política e econômica. Tais civilizações, inclusive, apresentavam um desenvolvimento tecnológico bastante elevado para sua época, especialmente nas áreas da astronomia, matemática e arquitetura.

MaiasOs maias habitavam uma região formada pelos atuais territórios da Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do México). Em razão da utilização de uma escrita hieroglífica, aspecto que dificultou o estudo dos historiadores, é a civilização que se tem o menor número de informações.De qualquer forma, sabe-se que tais povos também tinham uma sociedade rígida e hierarquizada (algo comum em toda a América Pré-Colombiana), onde as camadas mais baixas eram obrigadas a pagar altos impostos para o imperador, considerado um ser divino (teocracia). Sua economia era baseada na agricultura, principalmente no cultivo do milho, alimento que era considerado sagrado segundo as tradições maias.

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IncasO império inca se localizava na região atual do Peru, Bolívia,

Chile e Equador. Tais povos tinham uma economia baseada na agricultura e eram detentores de um razoável sistema de estradas. Sua sociedade era hierarquizada, bastante rígida e, além disso, um fato interessante: não havia propriedade privada, isto é, tudo pertencia ao Estado e à figura divina do imperador.

Os incas tinham um conhecimento muito avançado de arquitetura. Um exemplo disso é Machu Picchu, cidade construída a mais de 2.400 metros de altitude e que até hoje mantém suas bases preservadas, aspecto que demonstra a tamanha engenhosidade da arquitetura inca. No contexto religioso, tais povos acreditavam no deus Sol (Inti), contudo também consideravam alguns animais como sagrados.

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AstecasMoctezuma II (1466-1520), governante (tlatoani) asteca.Os astecas habitavam a atual região da Cidade do México entre os séculos XIV e XVI. Organizados a partir de uma teocracia, sistema político totalmente baseado na religião e na crença de que o imperador seria uma espécie de encarnação dos deuses, tais povos tinham uma divisão social altamente hierarquizada. Basicamente formadas por camponeses, as camadas mais baixas eram obrigadas a prestar serviços em grandes obras de interesse público e ainda se viam obrigadas a pagar altos impostos ao imperador.A economia dos astecas era baseada na agricultura, com destaque para o cultivo de milho, pimenta, tomate e cacau. Politeístas, eram fortemente influenciados pela religião. Um exemplo disso era a realização de sacrifícios humanos com o fim de agradar aos deuses e pedir por fertilidade, costume bastante comum na cultura asteca.

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Aula: 7 e 8

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América pré-colombiana: maias, astecas, incas e povos

indígenas do Brasil.

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Depois de estudarmos sobre a diversidade cultural do continente africano, os árabes e o islamismo nos séculos V ao XVI, vamos conhecer neste texto alguns dos povos que viviam na América no século XV, ou seja, antes da chegada de Cristóvão Colombo, por isso o termo “pré-colombiano”. Antes da chegada dos europeus, desenvolveram-se no México, na América Central e na região dos Andes civilizações complexas, que nos deixaram importantes registros de seus conhecimentos astronômicos, matemáticos, agrícolas, além de obras arquitetônicas e artísticas de grande refinamento e beleza. No restante das Américas, como no território que hoje corresponde ao Brasil, existiam comunidades indígenas nômades ou seminômades, que viviam basicamente da caça, da pesca e do cultivo de algumas espécies agrícolas, e tinham um modo de vida muito integrado a natureza.As diferentes ondas migratórias, espaçadas no tempo, que caracterizaram a ocupação das Américas por povos vindos provavelmente da Ásia e da Oceania, explicam, em parte, a grande diversidade cultural aqui encontrada pelos europeus. Entre os povos pré-colombianos havia centenas de línguas e culturas bem diferenciadas como podemos ver no mapa abaixo:

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Estima-se que, no final do século XV, viviam na América cerca de 50 milhões de pessoas. Elas estavam distribuídas em sociedades muito diversas entre si, do ponto de vista cultural, política, econômica e social.Durante muito tempo, pensou-se que as sociedades americanas fossem predominantemente tribais, sem nenhuma forma de centralização política. De fato, a forma tribal de organização foi comum em muitas regiões, mas hoje se sabe que outras grandes civilizações se desenvolveram no continente americano muito antes da conquista europeia. Essas civilizações apresentavam algumas características comuns: agricultura como principal atividade econômica, favorecida por técnicas de irrigação do solo; o domínio de técnicas aprimoradas de artesanato; atividades comerciais; práticas religiosas politeístas; forte tradição guerreira; conhecimentos matemáticos e de astronomia. 

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MAIASA civilização maia, praticamente desaparecida na época da conquista espanhola, desenvolveu-se na área que corresponde ao sul do atual México, à Guatemala, Belize e Honduras e atingiu seu auge no fim do século IX. Arqueólogos especulam que guerras ou o esgotamento das terras cultiváveis levaram a civilização a um rápido declínio a partir do ano 900. Apesar de não haver números confiáveis acerca do tamanho do império, existem atualmente cerca de 4 milhões de descendentes de maias, o que dá uma ideia da grandiosidade de sua população. Os maias organizavam-se em cidades- Estados governadas por chefes cujo poder era hereditário. O chefe de cada cidade exercia funções políticas e religiosas. A sociedade maia era extremamente hierarquizada. Cada cidade tinha uma autoridade máxima assessorada por nobres e sacerdotes. Na escala social seguiam-se os artesãos e trabalhadores livres, a maioria agricultores, que deviam pagar tributos para o governo. O pagamento desses tributos tinha uma conotação sagrada e constituía-se de parte da produção agrícola e prestação de trabalho, como reparo e construção de estradas.A agricultura constituía a base da economia. O principal produto era o milho, tão importante que, segundo os mitos maias, os deuses o haviam utilizado como matéria-prima para criar o homem. Os maias também cultivavam cacau, algodão, feijão, pimenta, sisal, abóbora, mamão e abacate. Os maias eram estudiosos das estrelas e dos planetas e tinham muitos conhecimentos de astronomia. Fizeram previsões de eclipses solares e lunares com grande precisão. Elaboraram calendários e calcularam a duração do ano próxima da que temos atualmente. Na matemática, conheciam o zero e criaram uma nova numeração, o que possibilitou o desenvolvimento de cálculos astronômicos. Tikal, localizada nas florestas de Guatemala, foi uma das cidades mias importantes da antiga civilização maia. A área onde se ergueu a antiga cidade forma atualmente o Parque Nacional de Tikal. Além dos templos e de um pequeno museu, contendo delicadas peças de cerâmica e esculturas em jade, a área abriga bosques antigos contendo espécies vegetais raras e mamíferos da região. O parque de Tikal foi declarado pela Unesco patrimônio da humanidade.Os edifícios construídos em Tikal no período clássico tornaram-se modelo para a arquitetura maia. A cidade passou a contar com grandes palácios e templos em forma de pirâmides, havia um templo com 70 metros de altura, o maior edifício erguido na América Antiga.

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ASTECASTambém conhecidos como mexicas, os astecas eram originalmente povos nômades, guerreiros e caçadores.

Provavelmente originários do sul do atual território norte-americano, emigraram para a região do México e lá se estabeleceram no século IV, fundando o núcleo inicial da futura cidade de Tenochtitlan (atual cidade do México). Enquanto seus “vizinhos” maias entraram em decadência, os astecas começaram a crescer por volta do século XII.

Quando os espanhóis chegaram à região, no século XVI, os astecas dominavam um poderoso império no vale central do México, formado por 38 províncias, sujeitas ao pagamento de impostos ao governo asteca.

A agricultura era à base da economia. Os astecas construíram terraços sobre a água dos lagos, no quais cultivavam flores e hortaliças. Essas pequenas ilhas artificiais, feitas com a lama acumulada nas margens dos lagos, recebiam o nome de chinampas. 

Os astecas ampliaram seu território por meio da guerra: conquistaram cidades e povos vizinhos, transformando-se em um vasto império que chegou a reunir 11 milhões de pessoas. Para eles, a guerra também tinha uma dimensão religiosa. Acreditavam ser o povo escolhido pelo deus Sol, Huitzilopochtli, destinado a conquistar e dominar outros povos. Segundo sua tradição, os guerreiros que morressem lutando atingiam o paraíso.

Assim como os maias, os astecas eram politeístas e tinham o costume de construir templos para os distintos deuses: Tlaloc, deus da chuva e do trovão; Quetzalcoatl, deus do vento, da escrita, do calendário e das artes e muitos outros. Às vezes eram templos grandiosos, na forma de pirâmides. Neles realizavam cultos religiosos e sacrifícios humanos. Geralmente as vitimas oferecidas em sacrifícios eram prisioneiros de guerra ou escravos.

Com a compreensão do Codex Medonza, os historiadores puderam ter mais informações a respeito da educação na sociedade asteca. A palavra codex refere-se ao conjunto de desenhos e escritos feitos pelos astecas e por outros habitantes da região do México, entre 1541 e 1542. Neles os nativos descrevem eventos importantes da sua história e cenas da vida cotidiana relacionadas à comida, bebida, diversão e educação. O mais conhecido foi o Codex Medonza. 

A educação das crianças parece ter sido uma das principais preocupações dessa sociedade. De acordo com o Codex, a educação era essencialmente prática, mas também severa. Pais e tutores castigavam as crianças que, na visão deles, não queriam estudar. Essas crianças podiam ser arranhadas com espinhos ou obrigadas a respirar fumaça de uma fogueira onde queimavam pimentas vermelhas.

Os astecas tinham um calendário com cálculo preciso do ano solar (com 365 dias). Médicos astecas podiam consolidar os ossos quebrados e fazer obturação em dentes. O planejamento urbano era impecável. Suas obras públicas incluíam quilômetros de estradas e aquedutos. A capital Tenochitlán foi erguida em área pantanosa, cuidadosamente drenada e aterrada para comportar cerca de 100 pirâmides e torres.

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INCASNa America do Sul, os incas “filhos do Sol” habitavam a região andina onde expandiram seu império a partir da cidade de Cuzco, no território que corresponde ao atual Peru. No século XV, expandiram suas fronteiras, chegando a dominar grande parte das áreas que hoje compõem o Peru, Bolívia, o Equador e o norte da Argentina e do Chile. Os incas chamavam seu grande império de “As Quatro Terras” ou “Os Quatro Cantos do mundo”, Tawantinsuyu.

Os incas adotaram uma maneira peculiar de dominar outros povos: antes de estabelecer o domínio em uma região, eles procuravam convencer a população das vantagens de se tornar membros do Império Inca. E os guerreiros faziam questão de destacar a importância do culto ao Sol e da língua quíchua.

O imperador Inca se esforçava para manter o controle do império, nomeando uma espécie de governador para administrar cada região e prestar contas. Os cobradores de impostos exerciam importante função administrativa.

Eles se notabilizaram pelos conhecimentos contábeis, pela organização do trabalho, pela construção de estradas e pela criação de um sistema de correios. Para facilitar a complicada contabilidade da produção agrícola, que também era à base da economia, os incas utilizavam cordões com nós chamados quipus (Os incas não tinham escrita, mas um complexo sistema de informações que consistiam em cordões coloridos nos quais se faziam vários nós. A cor e a quantidade de nós registravam diferentes informações, como a produção de alimentos, o número de habitantes do império e o valor dos tributos.). Além da função econômica, os quipus eram utilizados também para registrar o censo populacional e outros números importantes para os administradores públicos. 

As terras do Império Inca eram cortadas por uma rede de estradas talhadas nas encostas das montanhas, percorridas por caravanas de lhamas e pelos mensageiros do imperador. As estradas eram pavimentadas com pedras e tinham uma extensão de mais 23 mil quilômetros, unificando todas as partes do império. A construção das estradas era assegurada pela mita, sistema de distribuição de tarefas pelo qual os camponeses eram obrigados a prestar serviços ao Estado durante alguns dias do ano.

O principal vestígio da civilização inca é a cidade de pedra de Machu Picchu, no Peru que sobreviveu à conquista espanhola. A cidade foi construída no topo de uma montanha no Vale do Rio Urubamba, a cerca de 2.400 metros de altitude. Abandonada por seus habitantes em época incerta, a cidade ficou coberta pela vegetação até ser encontrada pela expedição do arqueólogo norte-americano Hiram Binghan, em 1911 e tornar-se um importante patrimônio cultural da humanidade visitado por milhares de turistas todos os anos. Acredita-se que a cidade tenha sido um local de cultos realizados pelas Virgens do Sol, pois a grande maioria dos restos mortais encontrados ali era de mulheres e crianças.

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POVOS INDÍGENAS DO BRASILDe acordo com a classificação lingüística, os povos indígenas do Brasil se dividiam nos grupos tupi (ou tupi-guarani), jê, caraíba e aruaque, além de grupos menores, como podemos ver no mapa acima. Diversos grupos indígenas ainda vivem hoje de forma parecida à que se vivia na época do “descobrimento" da América. Outros fazem esforços para preservar suas tradições e manter suas terras.Os povos indígenas estão espalhados por todo território. A maioria vive em terras indígenas, ou seja, terras de uso exclusivo dos índios, demarcadas e reconhecidas pelo governo federal. De acordo com a Constituição de 1988, os índios têm o direito de viver nas terras que tradicionalmente ocuparam. Além disso, garante-se aos índios a posse permanente e o uso exclusivo das riquezas do solo, dos rios, e dos lagos neles existentes.Muitas terras indígenas estão localizadas em áreas ricas em recursos naturais, como madeiras e minérios, despertando o interesse dos não índios. As invasões às terras indígenas e a exploração de seus recursos por não índios têm sido causa de inúmeros conflitos, muitas vezes resultando em mortes. Antes da chegada dos portugueses, os povos indígenas do Brasil viviam em aldeias, consumiam para sobrevivência, ou seja, não acumulavam excedentes, havia trocas comerciais sem utilizavam de moedas, os bens eram coletivos e não havia diferenças sociais.Os primeiros contatos dos europeus com os índios brasileiros foram feitos com os tupis, que habitavam toda a costa atlântica. As aldeias tupis localizavam-se em áreas bem servidas de água, madeira e caça. Cada aldeia tinha uma população que variava de 500 a 3 mil pessoas, distribuída em quatro a oito habitações. Cada moradia tinha um líder, chamado principal. As relações entre as aldeias variavam de tempos em tempos: os aliados de hoje podiam ser os inimigos de amanhã. Os povos não tupis eram chamados de tapuias.Os povos indígenas eram guerreiros. Frenquentemente, as batalhas eram provocadas por rivalidades entre tribos, muitas vezes decorrentes de eventos ocorridos em gerações ancestrais. Antes e depois das principais batalhas, celebravam-se cerimônias, nas quais os guerreiros tatuavam várias partes do corpo. Nessas cerimônias, eles consumiam substâncias alucinógenas e invocavam os espíritos. O objetivo das guerras era capturar prisioneiros para vingar os antepassados, e não exterminar os povos inimigos ou ocupar territórios.A “conquista” da América representou um dos maiores genocídios (assassinato em massa que leva à extinção ou quase de um determinado grupo étnico) registrados na história da humanidade. Milhões de índios morreram e diversos grupos desapareceram, vitimas principalmente de massacres, doenças trazidas pelos europeus e suicídios. Exploraremos este assunto mais adiante

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Exercício IV:• Roteiro de Atividades:

1- Leia este texto com atenção, grife as palavras desconhecidas e faça o vocabulário no caderno.

2- Monte no caderno um quadro comparativo sobre os povos estudados neste texto. Observe o modelo:

3- Explique como era a organização do poder entre:· Os maias;· Os astecas;· Os incas;· Os tupis-guaranis;

NOME DO POVO

ATIVIDADES ECONOMICAS

PRINCIPAIS REALIZAÇÕES

RELIGIOSIDADE

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Exercício V:

• Pesquisar em livros, internet, ou outros suportes sobre uma das três grandes civilizações pré-colombianas: maias, astecas e incas e registro escrito dos resultados obtidos com posterior apresentação aos demais colegas.

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3º ANO (A, B, C e D)Prof: Mariozan

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OBEJTIVOS E CAPACIDADES:• Refletir sobre o processo de industrialização e urbanização no

Brasil no Século XX.• Conhecer, compreender e criticar os contextos de exploração

e extermínio de povos e culturas indígenas do Acre. • Compreender o processo de globalização da economia em

uma perspectiva histórica (pesquisa extraclasse).

Page 44: Plano de aula 1º ano [salvo automaticamente]

CONTEÚDOS RETOMADOS:• Leitura;• Escrita;• Interpretação;• Reescrita;• História do Brasil;• História do Acre.

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CONTEÚDOS PRIORIZADOS:• Compreensão dos conceitos de industrialização e urbanização;• Identificação e compreensão de acontecimentos marcantes na

história da industrialização na história do Brasil, como a siderúrgica Nacional, a criação da Zona Franca de Manaus.

• Identificação de contexto específicos de urbanização do século XX, com ênfase no processo migratório e de urbanização do Acre a partir da década de 70.

• Reconhecimento dos aspectos positivos e negativos da política desenvolvimentista no Brasil.

• Identificação de contextos de conflito entre indígenas como resultados da exploração de recursos naturais no Acre.

• Identificação de contextos e associação entre diferentes povos que habitam a floresta: ( indígenas, seringueiros)

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• Construção de explicações sobre a situação das sociedades indígenas no Acre no contexto de expansão do capitalismo mundial: assimilação e resistência em relação aos padrões culturais de etnias dominantes.

• Identificação de atitudes contrária à situação de violência tanto física, como simbólica contra etnias indígenas.

• Reconhecimento de aspectos positivos e negativos da globalização (produção textual).

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RECURSOS DIDATICOS:• Mapas;• Dicionarios;• Livros didaticos;• Textos xerocados;• Mídias digitais;• Teleaulas;• Aulas expositivas.

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DESCRITORES:• D1• D4• D21

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FORMAS DE AVALIAÇÃO:

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TIPOLOGIA TEXTUAL:• Textos informativos.

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Aula 1 e 2.

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Pesquisa Extraclasse.

Produção de texto sobre o reconhecimento de aspectos negativos e positivos da

globalização.

Data de entrega: 25 de novembro.

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SONDAGEM:

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Exercício.

• Descrição dos elementos das imagens da sondagem.

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VIDEO• https://www.youtube.com/watch?v=b4VcHamcr3I

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Industrialização brasileira O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento. Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e outros.

As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX.

O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso de estrangeiros no Brasil como italianos, alemães, japoneses, dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país, como ocorreu na região Sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação da República. Diante desses acontecimentos históricos, o processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.

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• Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda era colônia. Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de indústrias (salvo em casos especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime artesanal.

• Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930, que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa em 1808. Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a criação, em 1828, de um tributo com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de tarifa Alves Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial, que prometia grandes perspectivas de prosperidade. As primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. Em suma, tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas

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• • Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em logística. Assim, houve a construção de vias de circulação de mercadorias, matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções nos meios de transporte que facilitaram a distribuição de produtos para várias regiões do país (muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram a servir os interesses industriais). Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.

• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a instalação de empresas multinacionais. Com o ingresso dos militares no governo do país, no ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, como a intensificação da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira comprometendo o crescimento autônomo do país, que resultou no incremento da dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de economias consolidadas. No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira, além de maior acesso ao consumo. Houve também a estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do país.

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Aula 3 e 4.

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Urbanização do Brasil: Consequências e características das cidades:

Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural.Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. A partir da década de 1950, o processo de urbanização no Brasil tornou-se cada vez mais acelerado. Isso se deve, sobretudo, a intensificação do processo de industrialização brasileiro ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal conseqüência entre uma série de outras, da "política desenvolvimentista" do governo Juscelino Kubitschek.É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial.

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Êxodo ruralAs indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades (êxodo rural).O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário - em consequência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais.Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida.

População urbanaAtualmente, a participação da população urbana no total da população brasileira atinge níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da Europa e da América do Norte. Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões de habitantes, cerca de 30% do total da população do país, esse percentual cresceu aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas cidades (55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é agora majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil, oito moram em cidades.Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%. Em termos absolutos, serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do país na metade deste século. Por outro lado, a população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050.

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O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da Inglaterra, único país que se tornou urbanizado na primeira metade do século 19, a maioria dos países europeus se tornou urbanizada entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20. Além disso, nesses países a urbanização foi menos intensa, menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos, moradias, escolas, saneamento básico, etc.Em nosso país, 70 anos foram suficientes para alterar os índices de população rural e os de população urbana. Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o surgimento de graves problemas.

Favelização e outros problemas da urbanizaçãoA urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em 2020.O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

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Norte e NordesteO grau de urbanização da região é o mais baixo do país: 69,9% em 2003. No entanto, é a região que mais se urbanizou nos últimos anos. Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, o crescimento urbano foi de 28,54%. Além de ter-se inserido tardiamente na dinâmica econômica nacional, a região tem sua peculiaridade geográfica - a floresta Amazônica - que representa um obstáculo ao êxodo rural. Ainda assim, Manaus (AM) e Belém (PA) são as principais regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes cada.Com mais de 51 milhões de habitantes o é a região brasileira com o maior número de municípios (1.793), mas somente 69,1% de sua população é urbana. A estrutura agrária baseada na pequena propriedade familiar, na faixa do Agreste, colaborou para segurar a força de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O baixo rendimento e a baixa produtividade do setor agrícola restringiu a repulsão dos habitantes rurais, ao passo que o insuficiente desenvolvimento do mercado regional limitou a atração exercida pelas cidades.

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Região 1950 1970 2000

Sudestes 44,5 72,7 90,5Centro-Oeste 24,4 48 86,7Sul 29,5 44,3 80,9Norte 31,5 45,1 69,9Nordeste 26,4 41,8 69,1Brasil 36,2 55,9 81,2

•Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas, demográficas e sociais de 1950 a 1988 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990, p 36-7; Anuário estatístico do Brasil 2001, Rio de Janeiro: IBGE, 200, p. 2-14 e 2-15 

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Exercício I:Questão 1: Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO apresenta um fator ligado à constituição e expansão do processo de urbanização:a) êxodo ruralb) industrializaçãoc) metropolizaçãod) reforma agráriae) mecanização do campo

Questão 2: O processo de urbanização ocorre a partir de fatores atrativos e repulsivos. Preencha a segunda coluna com base na primeira, identificando quais fenômenos enquadram-se nessas duas categorias mencionadas.Coluna 01(1) Fatores repulsivos(2) Fatores atrativosColuna 02( ) Concentração fundiária( ) Industrialização( ) Oferta de empregos urbanos( ) Modernização do meio rural

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Questão 3: Cidade com uma grande quantidade de habitantes, concentrando em torno de si um amplo capital e representando uma centralidade financeira. Possui uma referência e um nível de influência internacional, abrigando sedes de grandes companhias multinacionais e de instituições financeiras importantes, tais como as bolsas de valores.O conceito acima faz referência:a) às megacidadesb) às megalópolesc) às cidades globaisd) às metrópoles internacionaise) aos centros sociais financeiros

Questão 4: (UFAC): A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, dentre os quais, podemos destacar:a) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência.c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.e) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.

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Exercício II:

JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gazolina brasileira. Quer mais quer? 

JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô! 

THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001.

A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, ao

A) evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu as desigualdades regionais do país.B) destacar que a modernização das indústrias dinamizou a produção de alimentos para o mercado interno.C)  enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais.D)  ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis incrementou os salários de trabalhadores.E) mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu frente de trabalho para a população local.

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Aula 7 e 8. • https://www.youtube.com/watch?v=6IAcEAV7hAM

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Exercício IV.• Socialização e produção referente ao filme: Vermelho Brasil -

Filme HD Completo - TV Globo - Rio 450 Anos