plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

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Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental? Plano de assunto é a estruturação que forma ao texto de um trabalho científico, isto é, a "árvore temática" ou "esqueleto" que contém todos os assuntos que serão expostos e discutidos no trabalho. Assemelha-se ao sumário, porquanto exibe as seções e subseções em que o texto está organizado, bem como sua seqüência. A redação de um

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Page 1: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental? Plano de assunto é a estruturação que dá forma ao texto de um trabalho científico, isto é, a "árvore temática" ou "esqueleto" que contém todos os assuntos que serão expostos e discutidos no trabalho. Assemelha-se ao sumário, porquanto exibe as seções e subseções em que o texto está organizado, bem como sua seqüência. A redação de um trabalho científico começa pela organização de um plano de assunto.

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o plano de assunto temático A forma mais comum é o plano de assunto temático. É aquela que descrevemos logo acima. Caracteriza-se por organizar seções (capítulos) que desenvolvem extensivamente um tema, reunindo para isso informações de diversas fontes, obtidas por diferentes formas de pesquisa. O conjunto das seções expõe ao leitor os raciocínios do autor, bem como as informações em que os baseia. Como regra, todo o conteúdo deve ser tratado nas seções. A introdução fornece ao leitor indicativos que lhe permitirão compreender o conteúdo das seções; a conclusão retoma, organizadamente, os principais pressupostos e as conclusões obtidas.

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A utilização do plano de assunto temático traz vantagens evidentes: permite reunir, na exposição e discussão de um tema, informações obtidas em pesquisas de diferentes naturezas, como, por exemplo, experimental, bibliográfica, documental, levantamentos, estudos de caso e outras. Por causa disso, permite a construção de trabalhos versáteis, que abrangem tanto os fundamentos teóricos (obtidos na literatura científica), quanto à descrição de realidades (pesquisas quantitativas ou qualitativas, de campo ou laboratorial, experimental ou documental), e a discussão de aplicações, isto é, de técnicas de intervenção na realidade estudada.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO..........................................................................07 . 1 O ACESSO AO PENSAMENTO

POLÍTICO MARITAINIANO.....................................................11 1.1 Maritain e o tomismo contemporâneo................................11 1.2 O tomismo de Jacques Maritain.........................................16

1.3 A base metafisica da filosofia de Jacques Maritain............23 1.4 Espiritual e temporal...........................................................30 1.5 As obras políticas................................................................35

2 CRÍTICA DOS HUMANISMOS E DO MUNDO MODERNO.....41 2.1 A noção de mundo moderno...............................................41 2.2 Tragédia dos humanismos modernos ................................44 2.3 O crepúsculo da civilização e o novo humanismo...............53

2.4 O Humanismo Integral e o Projeto da Nova Cristandade....58 2.5 O Ideal Histórico de uma Nova Cristandade .......................64 2.6 A democracia na Nova Cristandade.....................................70

3 UMA FILOSOFIA DA DEMOCRACIA........................................75 3.1 Origens evangélicas do ideal democrático...........................77 3.2 O caráter natural da democracia..........................................85 3.3 O conceito de democracia....................................................96 3.4 Igualdade e democracia......................................................106 3.5 Amizade civil e democracia.................................................111 3.6 Autoridade e democracia.....................................................113

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4 PERSPECTIVAS ABERTAS PELA DEMOCRACIA ...............151 4.1 O bem comum pode serrealizado pela democracia.151

4.2 A racionalização moral da vida política e o fim do maquiavelismo...................................157 4.3 A instauração de uma sociedade mundial................165 4.4 A cidade fraterna - democracia ou cristandade?.......167

CONCLUSÃO................................................................................171 BIBLIOGRAFIA..............................................................................174 APÊNDICE A - A utilização da obra de Maritain no Brasil............180 ANEXO A - Bibliografia completa

das obras de Jacques Maritain.........................................190 ANEXO B - Bibliografia das principais

obras sobre Jacques Maritain...........................................199

Page 6: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

o plano de assunto experimental Diversas áreas do saber realizam pesquisas de tipo experimental com muita freqüência. Os trabalhos científicos que apresentam essas pesquisas utilizam, tradicionalmente, um plano de assunto que chamo "experimental", porque corresponde, de cerla forma, às etapas do método experimental. Essa estruturação do trabalho diverge bastante do plano de assunto temático porque, ao invés de discorrer sobre um tema, expõe, nas seções, as sucessivas etapas de uma experiência.

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São elas: Introdução - Expõe os fundamentos teóricos da problemática tratada revisando a literatura científica disponível; Seção I - Objetivos - formula, com precisão, os objetivos da pesqmsa; Seção 2 - Problema - contextualiza e justifica o problema investigado; Seção 3 - Hipóteses formula as hipóteses que respondem ao problema; Seção 4 - Materiais e Métodos - indica os métodos e materiais utilizados na coleta de dados; Seção 5 - Resultados - expõe, organizadamente, por meio de recursos estatísticos, os dados colhidos; Seção 6 - Análise e Interpretação dos Resultados - procura compreender que fenômenos mostram os dados colhidos, bem como seu significado teórico ou prático; Conclusão - Expõe, esclarece e discute a conclusão ou as conclusões a que chegou o pesquisador; Referências - Indica a literatura científica consultada.

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É também legítimo utilizar uma introdução com elementos e funções semelhantes à do plano de assunto temático (tema, problema, hipótese e justificativas). Nessa caso, a seção I conterá a revisão bibliográfica. A estruturação do trabalho baseada em plano de assunto experimental apresenta uma clara limitação: só apresenta pesquisas experimentais. Em compensação, facilita bastante a redação do trabalho, seja ele um simples relatório ou uma tese doutoral.

Page 9: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................12 1 OBJETIVOS...................................39 2 PROBLEMA....................................41 3 HIPÓTESES...................................43 4 MATERIAIS E MÉTODOS..............45 5 RESULTADOS................................51 6 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS65 CONCLUSÃO....................................75 . REFERÊNCIAS.................................78 . APÊNDICE........................................80 ANEXO..............................................84

Page 10: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Ilustrações

Ilustrações são imagens inseridas no texto com a finalidade de esclarecer ao leitor o que está sendo exposto ou discutido. Não são obrigatórias, mas podem ser necessárias à compreensão do texto. Boas ilustrações enriquecem, em muito, um trabalho.

Page 11: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Podem ser de vários tipos: desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros. As ilustrações devem ser inseridas no corpo do texto, o mais próximo possível do trecho a que se referem. Com os atuais recursos de informática, não mais se justifica reunir as ilustrações no final do trabalho ou nos anexos.

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Num trabalho pequeno, as poucas ilustrações podem ser apresentadas sob o nome genérico de "Ilustrações", quaisquer que sejam seus tipos, bem como compor, nas partes pré-textuais, uma única lista de ilustrações. Trabalhos maiores, em que haja um número grande de ilustrações, elas devem ser organizadas por seus diferentes tipos: uma lista de desenhos, uma lista de gráficos, uma lista de esquemas etc. Cada uma delas receberá sua própria numeração.

Page 13: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

A identificação das ilustrações, seja no texto, seja nas listas, deverá iniciar-se pela palavra designativa (Ex: Gráfico, Quadro, Fotografia etc., segundo a natureza da ilustração), pelo número de ordem em algarismo arábico, seguido do respectivo título, legenda explicativa e indicação da fonte da qual foi extraída, modificada ou na qual foi baseada. Inserida no texto, a identificação sempre aparece abaixo da respectiva ilustração, evitando confundir-se com o texto. Legendas devem ser digitadas em espaço simples e apresentadas em fonte (tamanho de letra) menor que a do texto (recomenda-se 10 ou 11).

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Tabelas Tabelas são utilizadas para demonstrar dados tratados estatisticamente, em geral, resultantes de pesquisas quantitativas. Não se deve confundi-las com quadros, que expõem elementos conceituais. As tabelas são construídas pelo autor do trabalho, conforme a necessidade de exposição de dados e suas relações, para facilitar sua compreensão e apoiar a sua leitura. Não devem, entretanto, substituir o texto. Trabalhos que utilizam gráficos não devem dispensar tabelas, pois elas demonstram, com precisão e clareza, o valores, enquanto os gráficos demonstram a variação conjunta ou a correlação entre as variáveis.

Page 15: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Há situações em que o autor insere, em seu trabalho, uma tabela extraída de outra fonte. Nesse caso, deverá identificá-la como "extraída", "modificada" ou "baseada em" e indicar a sua fonte.

Page 16: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

A apresentação gráfica de tabelas obedece às Normas de Apresentação Tabular, do IBGE. Devem ser apresentadas pela palavra designativa "Tabela", seguida por seu número de ordem e um título adequado (o que, onde, quando). Os dados são dispostos em colunas, preferivelmente, sem linhas de grade. Eventual fonte é indicada abaixo da tabela.

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Citações Citação é a menção, no texto que se está escrevendo, de uma informação extraída de um livro ou artigo que se leu. Trata-se de um recurso importante utilizado, com muita freqüência, em todos os tipos de trabalhos acadêmicos. O autor do trabalho usa as citações para referir-se a trabalhos anteriores, seus ou de outros autores, dos quais retirou conceitos, dados quantitativos, técnicas e outras informações que utilizou para elaborar seu próprio trabalho. Pode, também, usá-las para marcar suas discordâncias em relação a esses trabalhos. Os saberes universitários são construídos - progressiva mas não linearmente - por meio do diálogo, do debate, das concordâncias e discordâncias, retomadas e inovações.

Page 18: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

O uso de citações é normatizado pela NBR l0520 de agosto de 2002. As citações utilizadas num trabalho podem ser diretas ou indiretas (paráfrases).

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Citações diretas As citações diretas são aquelas em que o autor do trabalho transcreve para seu texto um trecho de livro ou artigo consultado, indicando, imediatamente, a obra da qual o retirou. Se o trecho for pequeno, deve aparecer entre aspas, com indicação da obra, dentro do corpo do texto. Se o trecho citado tiver mais de três linhas, deve aparecer transcrito, separadamente, do corpo do texto, em bloco recuado de 4 cm da margem esquerda, sem aspas, em fonte tamanho 10, espacejamento simples, com a indicação da obra da qual foi extraído. Segue um exemplo de citação longa:

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O que o português vinha buscar era, sem dúvida, a riqueza, mas riqueza que custa ousadia, não riqueza que custa trabalho. A mesma, em suma, que se tinha acostumado a alcançar na Índia com as especiarias e os metais preciosos. Os lucros que proporcionou de início, o esforço de plantar a cana e fabricar o açúcar para mercados europeus, compensavam abundantemente esse esforço - efetuado, de resto, com as mãos e os pés dos negros - mas era preciso que fosse muito simplificado, restringindo-se ao estrito necessário às diferentes operações (HOLANDA, 1984, p. 18).

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Pode haver necessidade de suprimir trechos das citações textuais, ou mesmo interpolar acréscimos e comentários. Interpolações devem ser feitas entre colchetes e supressões devem ser indicadas com sinal de reticências dentro de colchetes. Veja o exemplo a seguir:

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Exemplos:

"O saint-simonismo foi uma teoria filosófica que pretendeu [ ... ] estabelecer um programa para implementar uma nova organização racional da sociedade" (CARVALHO, 1997, p. 233).

Segundo Nascimento (1999, p. 284): "[ ... ] elemento muito importante na difusão da cultura alemã em todo o Brasil foi a existência de jornais editados em alemão, principalmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Rio Grande do Sul [ .. .]".

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Se o trecho citado diretamente (entre aspas, portanto), utilizar grafia diferente do atual sistema ortográfico, deve-se transcrevê-Ia com exatidão.

Exemplo: "Um ramilhete não é um horto botanico. Basta que formosas e aromaticas sejam as flores aqui reunidas, e que offerecemos á mocidade de ambos os paizes onde se falla o portuguez" (BARRETO; LAET, 1915, p. 9).

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Se houver necessidade de citar um trecho escrito em língua estrangeira, deve-se traduzi-lo, acrescentando, após a chamada, entre parênteses, a expressão "tradução nossa".

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Se, num trecho citado, houver palavra ou expressão contendo erro gramatical ou idéia absurda, pode-se chamar a atenção do leitor para o fato de que isso se encontra dessa forma no texto original, colocando entre colchetes a palavra latina "sic" (assim), logo após a palavra ou expressão questionada.

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Citações indiretas As citações indiretas, também conhecidas como "paráfrases", são aquelas em que o autor do trabalho apresenta, com suas próprias palavras, uma informação extraída de uma obra consultada, indicando, em seguida, esta última.

Page 27: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Exemplos:

Há controvérsias entre historiadores sobre o aspecto legal e o significado do título de Imperador recebido por Carlos Magno (GIORDANI, 1985, p. 196).

Holanda (1984, p. 53) sustenta que a família patriarcal forneceu o modelo das relações políticas entre a monarquia brasileira e seus súditos.

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Quando se utilizam citações diretas e indiretas

As citações diretas devem ser utilizadas para apresentar um ponto em discussão, devendo ser comentada em seguida, ou para confirmar afirmações previamente apresentadas. Jamais, deve-se utilizar a citação direta para deixar de redigir uma passagem mais difícil: o texto torna-se uma colcha de retalhos. A utilização sistemática da citação indireta (paráfrase) torna o texto mais fluido e convidativo para a leitura, além de permitir igual rigor na remissão das informações às suas fontes.

Page 29: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Citação de citação Pode ser necessário citar um trecho que já aparece como citação na obra consultada. A isso se chama "citação de citação". É legítimo recorrer a ela quando não se tem acesso a um texto original. Nesse caso, indica-se a autoria do trecho, seguida da expressão latina apud (segundo, conforme) e da fonte efetivamente consultada. Citar um texto que não se consultou diretamente é desonesto e arriscado, pois o trecho pode ter sido adulterado por seguidas traduções ou supressões.

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Exemplos: Segundo Ricoeur (1977 apud FRANCO, 1995, p. 188) o sujeito se constitui na palavra.

"Tão descabidas louvaminhas fizeram até mal ao orgulhoso provinciano. Guindado tão alto, vieram-lhe vertigens." (FRANCA, 1943, p, 296 apud JAIME, 1998, p. 193). --

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Citação de informação verbal ou texto em fase de elaboração

Algumas vezes, é necessário citar uma infonnação verbal, isto é, informação obtida em palestras, cursos, debates etc. Nesse caso, deve-se indicar no texto, entre parênteses, a expressão "informação verbal", apresentando dados complementares em nota de rodapé. No caso de ci tar-se um trabalho em fase de elaboração, segue-se o mesmo procedimen to, mas inserindo, entre parênteses, a expressão "em fase de elaboração".

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Exemplo:

No texto aparece: No segundo semestre, os juros baixarão e o Brasil voltará a crescer a taxas superiores a 5% ao ano (informação verbal)1.

No rodapé da página aparece: 1 Prognóstico fornecido por João da Ega e Souza no Congresso Internacional de Engenharia Econômica, em Washington, em junho de 2003.

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Para enfatizar palavras ou expressões de uma citação

Há casos em que é necessário enfatizar palavras ou frases de uma citação. Ao fazê-lo, deve-se utilizar o negrito, itálico ou sublinhado, indicando, dentro da chamada, a responsabilidade do destaque. Confira os exemplos a seguir:

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Exemplos:"Na faixa pré-kantiana, a consciência precedia ontologicamente a intencionalidade: ela era intencional porque existia" (BRANDÃO, 1994, p. 19, grifo do autor).

"A liberdade transforma-se em condição jurídica da burguesia [ ... ] (PIRENNE, 1979. p. 57, grifo nosso).

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Notas e sistemas de referência Em todos os trabalhos científicos - quer sejam simples relatórios de graduação, quer sejam dissertações, teses ou artigos destinados a publicação - é indispensável apresentar ao leitor as fontes de informação consultadas, em especial, as fontes das quais foram retiradas as citações. Esse procedimento permitirá ao leitor compreender melhor a matriz teórica a partir da qual foi elaborado o trabalho, bem como aprofundar-se em algum aspecto que lhe interesse. Examinando as fontes, é possível, também, perceber se o trabalho está atualizado ou não.

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As fontes bibliográficas e documentais de um trabalho científico devem ser apresentadas, por meio de referências bem elaboradas, na folha intitulada "Referências". Tão importantes quanto elas são as indicações (chamadas) inseridas no corpo do texto e nas notas de rodapé. Explicamos, aqui, os sistemas autorizados pela NBR 10520 (ABNT), tal como se pode depreender de seu texto lamentavelmente confuso. O sistema escolhido deve ser utilizado, uniformemente, ao longo de todo o trabalho.

Page 37: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Sistema autor-data Esse sistema consiste em inserir, no próprio texto do trabalho, chamadas correspondentes às fontes das citações diretas e indiretas. Para isso, são apresentados, entre parênteses, separados por vírgulas, o sobrenome do autor em letras maiúsculas, o ano de publicação e a página em que consta a citação. É claro que essa indicação simplificada deve corresponder, na folha de referências (bibliografia do final do trabalho), a uma referência bibliográfica completa.

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Se não houver nome de autor, indica-se o nome da organização que se responsabiliza pela publicação consultada (até o primeiro sinal de pontuação) ou, ainda, na sua falta, a primeira palavra do título, seguida de sinal de reticências. Se houver artigo antecedendo essa palavra, deve ser incluído. Atente aos exemplos:

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Exemplos: No texto: "[ ... ] se você quer escrever uma tese, escolha um tema limitado, um orientado razoavelmente competente e medianamente equilibrado, e trabalhe com afinco, mas sem muita pretensão. Afinal, você vai apenas escrever uma tese - não vai abalar a ciência, nem salvar o mundo" (VIEIRA, 2002, p. 14).

Na lista de referências: VIEIRA, Sônia. Como escrever uma tese. 5.ed. rev. amp. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

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No texto: A seleção natural foi o modo pelo qual evoluíram todas as formas de vida (HAZEN; TREFIL, 1999, p. 363).

Na lista de referências: HAZEN, Robert; TREFIL, James. Saber ciência. 5. ed. São Paulo: Cultura, 1999.

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No texto: "Sobre a terra não cultivada, nas florestas e selvas, começa a ressoar a linguagem humana" (INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE NIJMEGEN, 1982, p. 33).

Na lista de referências: INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE NIJMEGEN. O novo catecismo: a fé para adultos.6.ed., São Paulo: Loyola, 1982.

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Se a citação for indireta, pode-se dispensar a indicação da página, embora esse procedimento dê origem a eventuais imprecisões. Se o nome do autor (ou dos autores) estiver incluído na frase, não se utilizam letras maiúsculas e indicam-se, entre parênteses, apenas o ano de publicação e a página.

Page 43: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Exemplos: Marías (2000, p. 79) afirma: "A expectativa da vida perdurável é o núcleo essencial da perspectiva cristã". Segundo Rojas (1996), quase todos os finais de século trazem confusões e desordens.

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Se diversos trabalhos de um autor tiverem um mesmo ano de publicação, devem ser distinguidos por letras minúsculas anexadas ao ano de publicação. Exemplos: Segundo BOFF (2002a), [ ... ] (BOFF,2002b)

Page 45: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Em geral, não se incluem, nesse sistema, as iniciais dos autores. No entanto, se houver coincidência de sobrenomes, devem ser acrescentadas as iniciais de seus prenomes; persistindo a coincidência, acrescentam-se os prenomes por extenso. Exemplos: (BOFF, L., 2001)(BOFF, C., 2002) (PAIM, Antônio, 1975)(PAIM, Assis, 1975)

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Uma dúvida comum entre os estudantes é o local do texto em que devem ser inseridas as chamadas as quais devem acompanhar, com relativa precisão, as informações cuja fonte se indica. Fontes das citações indiretas podem ser inseridas ao final da frase ou parágrafo; fontes das citações diretas podem se inseridas antes ou depois das aspas, inteiramente entre parênteses ou integradas a uma frase. Devido à sua enorme difusão, é atualmente preferível utilizar o sistema autor-data.

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Sistema de notas de rodapé O sistema de notas de rodapé é admitido pela norma NBR 10520 com algumas alterações, que o tornam um pouco distinto do sistema tradicional de notas de rodapé.

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Esse sistema consiste na inserção de números de chamada no texto, que correspondem a notas colocadas no pé da página. Essas notas têm a dupla função de apresentar fontes de citações diretas e indiretas, bem como explicações e comentários que não se encaixam no corpo do texto. As notas são numeradas, consecutivamente, ao longo de todo o trabalho, ou mesmo ao longo de cada capítulo ou parte, utilizando algarismos arábicos. A norma interdita a prática de reiniciar a numeração das notas a cada página. Devem ser digitadas em espacejamento simples, com letras de tamanho menor que as do texto (recomenda-se 10 ou 11).

Page 49: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Na primeira vez que uma obra é citada em nota de rodapé, deve ser apresentada a sua referência bibliográfica completa. Nas citações subseqüentes, à semelhança do sistema autor-data, apresentam-se o sobrenome do autor (em maiúsculas), ano de publicação e página, separados por vírgulas. As abreviaturas tradicionais podem ser utilizadas, desde que apareçam na mesma página da citação a que se referem. As abreviaturas mais úteis ao estudante estão descritas no Quadro 2.

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Expressão Latina Significado Abreviatura

Idem Mesmo Autor Id.

Ibidem Na mesma obra Ibid.

Opus citatum Obra citada Op. Cit.

Passim Em diversas passagens

passim

Conferatur Confira, confronte Cf.

Apud Citado por, conforme, segundo

Apud

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Exemplos: a primeira referência a uma fonte recebe citação completa; a segunda nota indica mesmo autor e mesma obra; a terceira indica uma outra obra do mesmo autor citado nas notas anteriores, cujo título deve constar da folha de referências ao final do trabalho; a quarta nota indica obra de um outro autor já citado páginas atrás, bem como a quinta nota; a sexta nota indica nova citação da mesma obra já mencionada na nota quatro.

1 KUJA WSKI," Gilberto de Mello. O sagrado existe. São Paulo: Ática, 1994, p. 11. 2Ibid.,p.19. 3 Id., 2000, p. 143. 4 SOVERAL, 1999, p. 109. 5 NUNES, 1991, p. 63. 6 SOVERAL, op. cit., p. 222.

Page 52: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Sistema numérico Consiste na inserção de números de chamada no texto, que correspondem a uma lista de referências, construída ao final do trabalho ou do capítulo, na mesma ordem em que aparecem no trabalho. A lista deve conter referências completas acrescidas, ao final, do número da página da qual foi extraída a citação. Não pode ser utilizado se houver notas de rodapé, devido à confusão de números de chamada. Esse sistema traz a desvantagem de separar muito as notas do trecho do texto a que correspondem, dificultando e desmotivando a leitura.

Page 53: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Numeração das folhas Inicia-se a contagem na folha de rosto, mas os números só devem ser marcados nos elementos da parte textual, isto é, a partir da introdução. A numeração deve ser contínua, percorrendo todo o trabalho, não se interrompendo ao final de seções e nem mesmo nos eventuais apêndices e anexos. Deve, ainda, aparecer grafada em números arábicos, no canto superior direito.

Page 54: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Numeração progressiva Deve ser utilizada na parte textual do trabalho. Ordena e subdivide as seções do trabalho, sistematizando seu conteúdo. Uma seção primária (1, 2, 3 etc.) sempre se inicia numa nova página, mesmo que haja bastante espaço na anterior. Seções secundárias (1.1,1.2,4.7 etc.), terciárias (1.1.1, 3.1.2, 5.7.1 etc.), quaternárias (1.1.1.1, 6.1.3.2, 9.7.1.1 etc.) e quinárias (1.1.1.1.1, 3.7.1.9.2, 4.7.1.3.5 etc.) iniciam-se, sempre que possível, na mesma página em que encerrou-se a seção anterior. A abertura de uma seção subdivisora (1.1, 1.2,3.1, 3.2,4.1,4.2 etc.) justifica-se, se houver, pelo menos, duas partes a numerar. As seções podem ser subdivididas até a seção quinária, se necessário. Contudo, a falta de subdivisão ou a abertura de subdivisões excessivas constituem procedimentos a evitar.

Page 55: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Numeração progressiva Deve ser utilizada na parte textual do trabalho. Ordena e subdivide as seções do trabalho, sistematizando seu conteúdo. Uma seção primária (1, 2, 3 etc.) sempre se inicia numa nova página, mesmo que haja bastante espaço na anterior. Seções secundárias (1.1,1.2,4.7 etc.), terciárias (1.1.1, 3.1.2, 5.7.1 etc.), quaternárias (1.1.1.1, 6.1.3.2, 9.7.1.1 etc.) e quinárias (1.1.1.1.1, 3.7.1.9.2, 4.7.1.3.5 etc.) iniciam-se, sempre que possível, na mesma página em que encerrou-se a seção anterior. A abertura de uma seção subdivisora (1.1, 1.2,3.1, 3.2,4.1,4.2 etc.) justifica-se, se houver, pelo menos, duas partes a numerar. As seções podem ser subdivididas até a seção quinária, se necessário. Contudo, a falta de subdivisão ou a abertura de subdivisões excessivas constituem procedimentos a evitar.

Page 56: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Numeração das ilustrações Nos trabalhos pequenos, deve-se construir uma lista de ilustrações única, em que os diversos tipos de ilustrações utilizadas serão numerados, progressivamente, por meio de algarismos arábicos. Nos trabalhos maiores, construir-se-ão uma lista de gráficos, uma lista de quadros, uma lista de fotografias e, assim, sucessivamente, conforme a necessidade de exposição e discussão dos assuntos. Cada uma dessas listas apresentará numeração contínua (até o final do trabalho) e independente das demais listas.

Page 57: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Apêndices e anexos Apêndices e anexos não são numerados, mas são identificados por letras maiúsculas consecutivas (A, B, C etc.) e por letras maiúsculas dobradas (AA, AB, AC, ... BA, BB, BC. .. etc.), quando se esgotarem as 23 letras do alfabeto brasileiro em vigor. Após a letra, inserem-se um travessão e o título. A numeração da folhas dos apêndices e anexos é contínua e dá seguimento à do corpo do trabalho.

Page 58: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Diretrizes para redação dos trabalhos

Page 59: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Os trabalhos científicos, quaisquer que sejam suas finalidades, devem ser redigidos em linguagem adequada, isto é, gramaticalmente correta, clara, concisa, objetiva e capaz de transparecer a estrutura lógica do pensamento do autor. Linguagem objetiva não é a linguagem resumida, mas aquela que evita expressões vagas ou subjetivas, procurando certa impessoalidade; linguagem concisa é aquela que evita a prolixidez, apresentando, com precisão, todas as informações necessárias à compreensão do leitor. O vocabulário não pode conter expressões chulas ou vulgares (costumam ser demasiado vagas e também preconceituosas) e deve integrar os termos técnicos da área. O pedantismo e a linguagem rebuscada devem ser evitados. As citações devem ser, preferencialmente, indiretas, limitando as citações diretas às ocasiões em que elas mesmas serão diretamente comentadas. Evite o vício comum de citar entre aspas apenas para fugir à dificuldade de redigir, pois a leitura do trabalho torna-se intragável.

Page 60: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

A redação deve ser pessoal, isto é, integralmente elaborada pelo autor do trabalho. Com a óbvia exceção das citações, não se admite cópia de outros trabalhos em nenhum caso. Fontes consultadas deverão ser indicadas nas referências, e citações indiretas devem ser obrigatoriamente indicadas no texto. A esse respeito é freqüente a dúvida: toda e qualquer informação obtida de textos consultados deve ser considerada citação e receber indicação de fonte? Isso tornaria a trabalho excessivamente carregado de chamadas. Um bom princípio de separação do que deve ou não ser considerado citação está em distinguir as informações de "domínio comum", disponíveis em qualquer livro didático sobre o assunto e consideradas pressupostos óbvios daquelas informações específicas apresentadas por um ou por poucos autores, que representa um ponto-de-vista próprio ou um dado quantitativo.

Page 61: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Não se pode esquecer que o trabalho deve exprimir o ponto-de-vista do seu autor, mesmo sendo ele um estudante que inicia a graduação. A elaboração pessoal começa com a seleção dos conceitos e informações das fontes estudadas, que o estudante exporá em seu trabalho. Continua ao estabelecer relações entre as informações expostas, ao confrontar pontos-de-vista divergentes e discutir possibilidades de interpretação. Finda com a elaboração das conclusões a que o estudante chegou. Mesmo que sejam coincidentes com as posições de algum dos autores citados, o estudante deverá expor as razões que o levam a concluir dessa maneira. Como se vê, ele é o responsável intelectual pelo seu trabalho, por mais simples que ele seja.

Page 62: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Por onde começar a redação? Por um planejamento minucioso do conteúdo do trabalho. Elabore um plano de assunto do trabalho, indicando as seções (capítulos), itens e subitens que serão necessários para expor com precisão e discutir com profundidade o assunto tratado. Montado esse "esqueleto" do trabalho, fica fácil redigir, trecho a trecho, o texto correspondente. Pergunte-se: o que preciso afirmar para descrever o fenômeno em questão neste item? Quais são as relações desse fenômeno com os anteriores e com os posteriores? Como explicitá-los? Qual é meu posicionamento pessoal sobre esse assunto?

Page 63: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Cabe, também, uma observação sobre o parágrafo. Nos textos científicos, o parágrafo é uma pequena unidade de pensamento. Deve ser suficientemente extenso para apresentar e desenvolver um "passo" na caracterização ou na discussão de um fenômeno. Assim, o parágrafo inicia-se com a enunciação de uma idéia, que pode ser caracterização ou argumentação. O corpo do parágrafo desenvolve essa idéia na direção escolhida, e sua parte final procura sintetizar o que foi obtido. Cada novo passo da argumentação, ou seja, cada nova idéia introduzida, pede um novo parágrafo.

Page 64: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Para evitar improvisações e deslizes, o trabalho deve ser redigido primeiramente em rascunho e, depois, minuciosamente revisado. Finalmente, cabe lembrar que as dificuldades iniciais de redigir um trabalho tornam-se menores a cada capítulo, e a satisfação de redigir cresce a cada trabalho realizado.

Page 65: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Observações sobre ortografia

Alguns detalhes relacionados à ortografia e à digitação são causa freqüente de dúvidas. Procuramos apresentar, aqui, os principais.

Page 66: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Como se escrevem os números?

Os números até dez devem ser escritos na forma de palavras, exceto nas expressões matemáticas ou nas numerações; acima desse número, devem ser grafados com algarismos como, por exemplo, nas datas: 1999.

Page 67: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Como inserir uma palavra estrangeira no texto?

As diretrizes correntes na imprensa recomendam a apresentação de palavras estrangeiras, mesmo quando constituem termos técnicos, sem qualquer destaque. Se, entretanto, houver necessidade de destacar uma palavra estrangeira, em geral, nos casos de expressões menos conhecidas, deve ser utilizado o itálico. Exemplos: um verdadeiro show, secretário ad hoc, empresa holding, desligamento ipso facto. Justifica-se o uso de palavras estrangeiras quando não há equivalentes em português. É inaceitável que as instituições universitárias (que têm o dever ético de produzir cultura em língua-pátria) utilizem, correntemente, expressões do tipo coifee break.

Page 68: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Quando usar aspas?

Nas citações diretas, para indicar as palavras retiradas de uma fonte escrita ou oral; nas palavras utilizadas com sentido impróprio (Ex: "esqueleto" do texto); quando se designa não o sentido da palavra, mas o nome da palavra (Ex: ... esta situação é chamada de "revolução"; o termo "mortal" ... ) Aspas simples são utilizadas, com as mesmas funções, dentro de frases ou trechos que já estejam entre aspas duplas.

Page 69: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Como digitar a pontuação?

Vírgulas devem ser colocadas, imediatamente, após a palavra, sem espaço de separação; entretanto, devem ser seguidas de um espaço, que separa cada vírgula da palavra seguinte. O mesmo se dá com os pontos finais, dois pontos, ponto e vírgula e reticências. Parênteses devem ser colocados em posição contígua às palavras (ou numerais) que iniciam e findam a expressão (ou frase) inserida entre eles. O ponto final vem após os parênteses e, nas citações diretas, deve atender às regras gramaticais. Não confundir hífens - sinais pequenos que unem palavras como "dia-a-dia" - com os travessões, que introduzem frases e assinalam apostos. Identifique-os nessa última frase.

Page 70: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Como elaborar referências

Referência é um conjunto de elementos retirados de um documento que, colocados num padrão, servem para identificar, com precisão, o documento. Existem muitos sistemas de referência, isto é, diferentes modos de construir as referências. No Brasil, deve utilizar-se o sistema prescrito pela norma NBR 6023, de agosto de 2002, da ABNT, que serve para referenciar não apenas publicações, mas todo tipo de documento.

Page 71: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

O sistema de construção das referências segue a seqüência seguinte:

Autoria - Título - Edição - Local- Editora - Data - Descrição Física.

Page 72: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

SOBRENOME, Prenome. Título da publicação: subtítulo se houver. 99. ed. Local de edição: Editora, ano. 999 p.

SOBRENOME, I. I. Título do artigo: subtítulo se houver. Título do periódico, Local, v. 99, n. 999, p. 88-99, mês abrev. ano.

Page 73: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

O princípio geral é que as referências reproduzem as informações constantes da publicação, tal como aparecem, na língua em que foi publicada. Assim, são indicados, por exemplo, pseudônimos dos autores, palavras em língua estrangeira ou a grafia original das palavras de um livro antigo.

Page 74: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

As referências devem ser alinhadas apenas à esquerda, digitadas com espacejamento simples e separadas entre si por um espaço duplo. Devem conter, em geral, os elementos essenciais para identificação, facultada a apresentação de elementos complementares e notas se houver necessidade.

Page 75: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

AUTORIA DA OBRA REFERENCIADA

Page 76: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Caso Diretriz Exemplo

Um só autor Sobrenome em destaque, prenome completo ou só iniciais

SILVA, José

SOUZA, J.B.

Dois ou três autores

Indicar todos, separados por ponto e vírgula

PÁDUA, E.M.; POZZEBON, P.

BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, C.

Page 77: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Mais de três autores

Indicar aquele que aparece em primeiro lugar, seguido da expressão et al.

CORDI, C et al.

Se o autor for uma entidade

Indicar o nome da entidade em letras maiúsculas

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Se não houver indicação de autor

Indicar pelo título da obra, sendo apenas a primeira palavra em maiúscula

A BÍBLIA de Jerusalém

Page 78: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

TITULAÇÃO DA OBRA REFERENCIADA

Page 79: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Caso Diretriz Exemplo

Há um título Título destacado em negrito, itálico ou sublinhado. Somente a primeira letra é maiúscula

Relatório de atividades

A educação no Brasil

A pirâmide

Se houver subtítulo

Separar título e subtítulo por dois pontos e não destacar o subtítulo

Filosofando: introdução à filosofia

Page 80: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Se não houver título

Atribuir título, entre colchetes, que descreva o conteúdo do documento

[Textos reunidos]

[Manual de operação do produto]

Artigo de jornal ou periódico

Deve ser destacado o título da publicação (jornal, revista etc.) e não o título do artigo

O papel do erro na ciência. Reflexão: revista quadrimestral do Instituto de Filosofia.

Religião do consumo. O Estado de São Paulo.80

Page 81: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Número de Edição da Obra Referenciada

Page 82: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Caso Diretriz Exemplos

Se for primeira edição

Não é necessário indicar

1. ed.

Segunda edição em diante

Indicar utilizando abreviatura padronizada

2. ed.

34. ed.

Emendas e acréscimos à edição

Utilizar abreviaturas descritas

3. ed. rev. e aum.

Page 83: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Local de Edição da Obra Referenciada

Page 84: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Caso Diretriz Exemplos

Se houver indicação na obra

Indicar o nome da cidade de publicação

São Paulo:

Se houver indicação de mais de um local para uma mesma editora

Indicar o primeiro nome ou o mais destacado

Na obra: New York –Chicago

Los Angeles

Na referência: New York:

Se não houver indicação, mas o local puder ser identificado

Indicar local entre colchetes

[São Paulo]

Page 85: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Se não houver indicação nem possibilidade de identificar o local

Inserir a expressão sine loco (sem lugar) abreviada entre colchetes

[S.l.

Page 86: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Editora da Obra Referenciada

Page 87: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Caso Diretriz Exemplo

Se houver indicação

Excluir designativos de natureza jurídica ou comercial; abreviar prenomes

Na obra: Papirus Editora

Na referência: Papirus

Na obra: Jorge Zahar Editor

Na referência: J. Zahar

Co-edições

Se forem duas, indicar ambas; se forem mais, indicar a primeira ou a mais destacada

Rio de Janeiro: Forense Universitária; Brasília: Universidade de Brasília

Page 88: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Se não houver indicação de editora

Inserir a expressão sine nomine (sem nome) abreviada entre colchetes

[s.n.]

Se não houver indicação de lugar nem de editora

Inserir expressões sine loco e sine nomine

[S.l.:s.n.]

Page 89: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Descrição Física da Obra Referenciada

Page 90: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Caso Diretriz Exemplos

Número total de páginas

Facultativo. Registrar número da última página, tal como estiver registrado (algarismos arábicos, romanos etc.).

1792 p.

Xxi p.

VII p.

Se houver mais de um volume

Para referenciar a obra toda, indicar a quantidade de volumes seguida da abreviatura; para indicar um volume entre os demais, inserir a abreviatura seguida do número do volume

v. 5 (volume 5)

18 v. (18 volumes)

Page 91: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Parte de coleção ou série

Indicar, em último lugar, entre parênteses o nome da coleção ou série; se houver numeração, indicar, em algarismos arábicos, após vírgula

(Biblioteca do pensamento político republicano)

(Série acadêmica, 6)

Informações complemen

tares

Indicar no final da referência sem qualquer destaque

Fotocopiado.

Resumo.

No prelo

Page 92: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Texto extraído da Internet

Após os dados disponíveis (que podem incluir jornal, editora, etc.), indicar endereço eletrônico e data de acesso on line

Disponível em: <http://www.anpf.com.br/principal.htm>. Acesso em: 2 jul. 2003.

Page 93: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Algumas palavras devem ser inseridas na referência, obrigatoriamente, abreviadas. Essas formas abreviadas são padronizadas conforme se segue: volume (v.), número (n.), fascículo (fase.), página (p.), folha (f.), edição (ed.), número da edição (2.ed., 3.ed. etc.), meses do ano (jan., fev., mar., abr., maio, jun., ju1., ago., se1., ou1., nov., dez.).

Page 94: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Livro de um só autor

RODRlGO, Lidia Maria. O nacionalismo no pensamento filosófico: aventuras e desventuras da filosofia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1988.

Observe o sobrenome em maiúsculas, ordem inversa do nome, título destacado (somente a primeira letra do título é maiúscula, excetuando nomes próprios), subtítulo sem destaque, local de publicação, editora (suprimindo o quanto possível as palavras designativas da natureza comercial), ano de publicação. O prenome do autor pode ser abreviado ou não, mas o critério escolhido deve valer para todas as referências do trabalho. O título pode ser destacado por sublinhado, negrito ou itálico, desde que a fonna escolhida seja utilizada em todo o trabalho com uniformidade e coerência.

Page 95: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Livro de dois ou três autores

ASSMANN, Hugo; SUNG, Jun Mo. Competência e sensibilidade solidária: educar para a esperança. Petrópolis: Vozes, 2000.

Observe que os nomes dos autores são separados por ponto e vírgula.

Page 96: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Livro de mais de três autores

CORDI, Cassiano et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 1995.

Quando uma obra tiver mais de três autores, obrigatoriamente, cita-se, apenas, o primeiro e insere-se a expressão et a1. (et alii = e outros). Citam-se todos os autores apenas quando for indispensável a comprovação da autoria. No exemplo acima, onze pessoas são autores do livro.

Page 97: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Livro cujo responsável é uma entidade

INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE NIJMEGEN. O novo catecismo: a fé para adultos. 6. ed. São Paulo: Loyola, 1982.

BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades. Brasília, DF, 1993. 28p. Nesse caso, o nome é todo colocado por extenso, em ordem direta, grafado em letras maiúsculas até o primeiro sinal de pontuação. Observe, também, a forma (padronizada) de abreviar o número da edição.

Page 98: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Livro sem indicação de autoria A BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, 1981.

Referências de livros com autoria desconhecida ou sem indicação iniciam-se pelo título completo, sem destaque, com a primeira palavra grafada em letras maiúsculas, incluído eventual artigo ou monossílabo.

Page 99: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Livros que são parte de coleção

FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 10. ed. São Paulo: Globo; Publifolha, 2000. 2v. (Grandes nomes do pensamento brasileiro).

Séries e coleções são indicados por último, entre parênteses. Se houver numeração, deve ser indicada em algarismos arábicos e separada do título da coleção por uma vírgula.

Page 100: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Dicionários e enciclopédias LE ROBERT dictionnaire d'aujourd'hui: langue française, histoire, géographie, culture générale. Paris: Dictionnaires Le Robert, 1992.

NOVA enciclopédia ilustrada Folha. São Paulo: Publifolha, 1996. 2v.

São referenciados seguindo as mesmas regras dos livros.

Page 101: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Verbete de dicionário ou enciclopédia JUSTIÇA. In: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 2.ed. São Paulo: Mestre Jou, 1982. p. 565-568.

São referenciados como parte de livro ou monografia.

Page 102: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Artigo de periódico MORAES NETO, Joaquim José de. Pulsão de morte e compulsão à repetição. Crítica: Revista de Filosofia, Londrina, UEL, vA, n.15, p. 309-325, abr.ljun. 1999.

A PIRATARIA venceu. Veja, São Paulo, Abril, ed. 1788, ano 36, n.5, p. 76-78, 5 fev. 2003.

Os elementos essenciais, que obrigatoriamente compõem a referência, são: autor, título do artigo, título da publicação em destaque, local da publicação, volume e/ou ano, fascículo ou número, página inicial e final, data. Os dados sobre autoria seguem os procedimentos descritos anteriormente.

Page 103: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Publicação periódica como um todo REFLEXÃO: revista quadrimestral do Instituto de Filosofia. Campinas: PUC-Campinas, 1975-

PARADIGMAS: revista de filosofia brasileira. Londrina: Centro de Estudos Filosóficos de Londrina/UEL, 1997 - Semestral.

Page 104: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Artigo de jornal com autor

CHAUÍ, Marilena. A Universidade operacional. Folha de São Paulo, São Paulo, 9 maio 1999. Caderno Mais!, p.3.

Os elementos essenciais deste tipo de referência são: autor, título do artigo, título da publicação em destaque, local, data, seção, caderno, página. Não havendo seção, caderno ou parte, a página precede a data.

Page 105: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Artigo de jornal sem autor

ABRIL: jornada de lutas e vitórias. Correio da Cidadania, Campinas, ano I, n. 5, p. 10, abro 2002.

Faz-se a entrada do item pelo título do artigo. Observe que a publicação, cujo nome recebe destaque, é o jornal ou a revista, não os artigos.

Page 106: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Texto extraído da internet, com indicação do autor Deve ser referenciado seguindo as normas aplicáveis aos textos impressos, indicando, em lugar de local e editora, o endereço eletrônico em que está disponibilizado e a data em que foi acessado. Não basta indicar o endereço eletrônico do texto, é necessário elaborar a referência com indicação de autoria (se houver), título do texto e outros elementos que se fizerem necessários, conforme os modelos abaixo. Evite referenciar mensagens de correio eletrônico e textos demasiado efêmeros.

Page 107: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

BETTO, Frei. A forma mais perfeita de caridade. Disponível em <http://www.dominicanos.org.br/fbetto/caridade.htm>. Acesso em: 2 jul. 2003.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PRESERVAÇÃO FERROVIÁRIA. Roteiro. Disponível em: <http://www.anpf.com.br/principal.htm>. Acesso: em 2 jul. 2003.

Page 108: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Texto extraído da internet, sem indicação de autoria EMPADÃO de bacalhau. Disponível em: <http://maisvoce.globo.com/culinária.jsp?id=9978>. Acesso em 2 jul. 2003.

Inicia-se pelo título (primeira palavra e eventuais artigos em maiúsculas) e acrescentam-se os elementos que estiverem disponíveis.

Page 109: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Artigo de periódico extraído da internet GUIMARÃES, Arthur. Os novos desafios da educação. Nova Escola, São Paulo: Abril, ed. 162, maio 2003. Disponível em: <http://novaescola.abril.uol.com.br>. Acesso em: 2 jul. 2003.

Devem ser citados como artigos de periódicos normais, indicando-se, também, o endereço de disponibilidade e a data de acesso.

Page 110: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Artigo de jornal extraído da internet

LADO esquerdo do rosto é mais expressivo que o direito, diz estudo. Folha on fine, 02jul. 2003. Seção Ciência. Disponível em: <wwwl.folha.uol.com.br/folha/ciência/ult306u9498.shtml>. Acesso em: 02 jul. 2003.

HOBSBA WN, Eric. Para onde vai o império americano? O Estado de São Paulo, São Paulo, 29 jun. 2003. Caderno Internacional. Disponível em: <www.estado.estadão.com.br/editorias/2003/06/29/int0 13 .html>. Acesso em: 2 jul. 2003 .

Page 111: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Site da internet

COMUNIDADE virtual de antropologia. 2000. Atualizado em 30 jun. 2003. Apresenta artigos, entrevistas, colunas, trabalhos científicos e notícias relacionados à antropologia. Disponível em: <http://www.antropologia.com.br>. Acesso em: 1 jul. 2003.

Page 112: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Obra coletiva

CESAR, Constança Marcondes (org.). A hermenêuticafrancesa: Paul Ricoeur. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. Abreviaturas como "org." (organizador) ou "coord." (coordenador) indicam que a obra é composta por trabalhos de vários autores, sob a responsabilidade intelectual de um deles.

Page 113: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Parte de obra coletiva ou capítulo de livro CARVALHO, Maria Cecilia Maringoni de. A construção social da realidade segundo a ótica de Thomas S. Kuhn. In: MORAES, Régis de (org.). Filosofia, educação e sociedade: ensaios filosóficos. Campinas: Papirus, 1989. p. 63-73. SEVERINO, Antônio Joaquim. O sentido do filosofar e sua expressão na cultura brasileira. In:______. A filosofia contemporânea no Brasil: conhecimento, política e educação. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 21-33.

Page 114: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Tese ou dissertação

POZZEBON, Paulo Moacir Godoy. Fundamentos do pensamento democrático de Jacques Maritain. 1996. 179 f. Dissertação (Mestrado em Lógica e Filosofia da Ciência) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, 1996.

Page 115: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Trabalho de conclusão de curso

RODRIGUES, Eliara Bueno; RIBEIRO, Vanessa Paiva. A influência da postura na respiração. 2002. 100f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Faculdade de Fisioterapia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2002.

Page 116: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

Apostilas e assemelhados

POZZEBON, Paulo Moacir Godoy. Editoração dos trabalhos cientificos: guia didático (texto experimental). Campinas: PUC-Campinas, 2003. Fotocopiado.

Page 117: Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?

POZZEBON, Paulo Moacir Godoy (org.) Mínima metodológica. Campinas: Alínea, 2004.