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Page 1: Projeto Temático

M O N T E I R O L O B A T O ( 1 8 8 2 - 1 9 4 8 ) E O U T R O S

M O D E R N I S M O S B R A S I L E I R O S Projeto temático desenvolvido a partir de março de 2003

(com término previsto para março de 2007) com apoio da (FAPESP)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, sob coordenação da Profa. Dra. Marisa

Lajolo, junto ao CEDAE do IEL/ Unicamp

S U M Á R I O

1) ANTECEDENTES: O PROJETO MEMÓRIA DE LEITURA

2) DESDOBRAMENTOS: MONTEIRO LOBATO NO MEMÓRIA DE LEITURA

3) VERTENTES DE PESQUISA DO FUNDO MONTEIRO LOBATOA) DE PAPÉIS A DOCUMENTOS: UMA IDENTIDADE ARQUIVÍSTICA PARA O FUNDO MONTEIRO LOBATO

B) SOCIEDADES, PARCERIAS, SOCIABILIDADE: O PAPEL DE MONTEIRO LOBATO NESTA REDE

C) O PRÉ, O ANTE, O ANTI E O PRÓPRIO MODERNISMO

D) OS MUITOS E MÚLTIPLOS MONTEIROS LOBATOS

E) MONTEIRO LOBATO, UM OUTRO OLHAR NO SÉCULO XX

F) MONTEIRO LOBATO NA LOBATIANA

G) MONTEIRO LOBATO NA MIDIA

4) CRONOgRAMA

5) BIBLIOgRAFIA

A) OBRAS DE MONTEIRO LOBATO

B) OBRAS GERAIS E SOBRE MONTEIRO LOBATO

� MonteiroLobato.Miscelânia.SãoPaulo:Brasiliense.�956.7ª.Ediçãop.�78

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1) ANTECEDENTES: O PROJETO MEMÓRIA DE LEITURAO projeto Memória de Leitura, desenvolvido há oito anos junto ao Instituto de Estudos da Linguagem (IEL)

da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) visa ao resgate, construção e registro de uma história da leitura enquanto prática social e do livro (sobretudo o livro brasileiro e o português) enquanto materialidade em torno da qual tal prática se constrói e se desenrola no Brasil.

Iniciado como pesquisa individual apresentada em 1993 ao CNPq, do qual obteve financiamento sob a forma de uma bolsa de pesquisa para a Profa. Dra. Marisa Lajolo, transformou-se em projeto integrado em �994, quando nele ingressaram a Prof. Dra. Márcia Abreu, alunos de Iniciação Científica, de Mestrado e de Doutorado e assim se mantém até hoje.

Seus recursos, bem como bolsas de alunos que desenvolvem dissertações e teses no interior do projeto provêm da CAPES, do CNPq (processo CNPq 52034�/94-5: bolsa de pesquisa das docentes, bolsas de Iniciação Científica, de Mestrado e de Doutorado, bolsa de auxiliar técnico de pesquisa, verba para aquisição de material de informática), da FAPESP (auxílio pesquisa [98/13947] bolsas de mestrado [97/05863-2] e de Doutorado [99/00141-4 e 00/010080] e do FAEP (verba para participação em congressos).

Ao longo de seus oito anos de duração, as vertentes originais da pesquisa desenvolvida no interior do projeto sofreram reformulações, à medida que seus objetivos foram sendo atingidos, expressando-se seus resultados em teses e dissertações defendidas e em curso, em publicações e participações em congressos de docentes e discentes, além de constante alimentação do site http:// www. Unicamp.br/iel/memoria cujo banco de dados relativo a leitura foi, apenas no último ano (200�), visitado por mais de trinta mil internautas.

Como não podia deixar de acontecer em um projeto voltado para questões de leitura no Brasil, a figura de Monteiro Lobato já se fez presente no leque de pesquisas desenvolvidas no bojo do projeto - como o atesta o fato de o site abrigar dissertações de teses sobre Monteiro lobato defendidas dentro e fora da Unicamp (cf. http://www.unicamp.br/memoria/teses).

Foi exatamente a partir de uma das dissertações de Mestrado desenvolvida como parte do projeto e financiada por bolsa Fapesp (97/05863-2), que se tornou possível a aquisição, pelo IEL da Unicamp, de um considerável acervo de livros de Monteiro Lobato, revistas e recortes de jornais a ele relacionados, acervo este localizado pela então mestranda Cilza Carla Bignotto. O anexo I elenca os títulos deste acervo e a incorporação dele ao Centro de Documentação Alexandre Eulálio (CEDAE) do IEL foi o passo inicial para o desenvolvimento do presente projeto através do qual abre-se no interior do projeto Memória de leitura uma nova vertente – MONTEIRO LOBATO E OUTROS MODERNISMOS BRASILEIROS - para cujo desenvolvimento se vem solicitar financiamento da Fapesp sob a forma de projeto temático.

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2) DESDOBRAMENTOS: MONTEIRO LOBATO NO MEMÓRIA DE LEITURA Por ocasião da incorporação do acervo lobatiano localizado por Cilza Carla Bignotto à Unicamp, a presença

dos herdeiros de Monteiro Lobato (Sra. Joyce Lobato Campos e Sr. Dr. Jorge Kornbluh) à cerimônia permitiu uma longa negociação relativa à transferência para a Universidade de documentação do escritor que se encontrava em posse dos referidos herdeiros. Essa negociação chegou a bom termo no segundo semestre de 200�: em 05 de dezembro p.p., o acervo foi oficialmente incorporado ao CEDAE do IEL passando a constituir o Fundo Monteiro Lobato (FML). O anexo 2 elenca os documentos recebidos pela Unicamp e que integram o FML .

Os mais de dois mil itens que constituem o FML representam, em seu conjunto, um acervo rico e sugestivo, de valor inestimável para uma compreensão mais acurada tanto da gênese de vários aspectos da obra de Monteiro Lobato quanto da vida cultural e literária brasileira dos mais de quarenta anos ao longo dos quais a figura de Lobato se destaca em diferentes áreas da vida brasileira2. Frise-se ainda que a existência, no FML, de cartas dos herdeiros de Monteiro Lobato com seus editores ( correspondência posterior à morte do escritor), bem como de documentos familiares que remontam às primeiras décadas do século XIX, amplia consideravelmente o espaço de tempo recoberto pela documentação sob guarda da Unicamp.

Uma primeira leitura, ainda que perfunctória das séries da correspondência ativa, passiva e de terceiros constantes do FML, realizada preliminarmente com vistas a sua organização material, já foi suficiente para assegurar que há muitos documentos inéditos, de valor documental e cultural inestimável.

Exames preliminares do material já suscitam, por exemplo, questões instigantes para a historia da modernização brasileira - das artes plásticas à literatura e à política - até agora, na esfera da cultura, imantada, e m grande parte, pela Semana de Arte Moderna que ocorreu na cidade de São Paulo em fevereiro de �922 : algumas cartas trocadas entre Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Monteiro Lobato são, por exemplo, bastante sugestivas da complexidade do relacionamento de intelectuais num momento decisivo da constituição do campo literário brasileiro, para falar como Bourdieu3, ou em momento decisivo de transformação do sistema literário brasileiro para utilizar da notação de Antonio Cândido4.

As peças ora sob guarda da Unicamp cartografam os múltiplos interesses e atividades de Monteiro Lobato, este polêmico intelectual brasileiro que, ao longo de sua vida, dedicou-se a diferentes modalidades de criação, imprimindo sua marca e seu estilo à literatura adulta e à infantil, à tradução, ao jornalismo, às artes editoriais e às artes visuais representadas estas pelo desenho, pela pintura e pela fotografia.

A esta pluralidade de interesses inscritos em sua produção soma-se um exigente exercício de cidadania que fazia Monteiro Lobato pronunciar-se a propósito de todas as questões candentes de seu tempo, e acrescenta-se ainda caudalosa correspondência na qual se desdobram outras faces da vida cotidiana e intelectual do escritor, como sua curiosidade por um ou por outro sistema filosófico, a discussão minuciosamente técnica e amplamente política de diferentes aspectos de suas campanhas pelo ferro e pelo petróleo, ao lado de seu respeito aos leitores - anônimos ou famosos - que lhe escreviam e que recebiam sempre respostas escrupulosas e não poucas vezes muito criativas5.

� Nascidoem�88�,desdemuitojovemMonteiroLobatocolaboravaemjornaizinhosdasescolasquefreqüentava,tendosidoinclusivefundador(em�900)deumaArcádia AcadêmicanaFaculdadedeDireitodeSãoPaulo.Éapartirde�9�4,atravésdapublicaçãodosartigos Velha Praga eUrupês nojornal O Estado de São Paulo que ele se torna figura pública ( e polêmica ) na vida cultural brasileira.Quatroanosdepois(em�8�8),quandocompraa Revista do Brasil ,fundaa Editora Monteiro Lobato & Cia epublica Urupês ,suaimportânciaimpõe-senocampoeditorialeliteráriobrasileiro,oquelheservedeimpulsoinicialparafazer-sepresenteemdiversoscamposdavidapolíticaeculturalbrasileiradaprimeirametadedoséculopassado.

� Bourdieu,PierreLesRèglesdel’art:geneseetstructureduchamplitteraire.Paris:Seuil.�99�.PASSIANI,Ênio Na trilha do Jeca: Monteiro Lobato e a formação do campo literário no Brasil. FFLCH. USP ( orientadora: Dra. Maria Arminda do Nascimento Arru-da.) 2001.Disponívelemhttp://www.unicamp.br/iel/memoria

4 AntonioCândidoFormaçãodaliteraturabrasileira(Momentosdecisivos)�volumes.�a.ed.Revista;\SP:Martins.�9645 cfDebus,ElianeSantanaDias. Entre vozes e leituras: a recepção da literatura infantil e juvenil.Florianópolis:UFSC,�996.(Dis-

sertaçãodeMestrado)eO leitor, esse conhecido : Monteiro Lobato e a formação de leitores.PUCRS.�00�(orientação:Dr.ReginaZilberman.Disponívelemhttp://www.unicamp.br/iel/memoria)

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É deste naipe o acervo do FML recebido pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, de cuja organização, disponibilização e interpretação o projeto Monteiro Lobato ( 1882-1948) e outros Modernismos brasileiros vai ocupar-se .

Monteiro Lobato ( 1882-1948) e outros Modernismos brasileiros vai ocupar-se da pesquisa dos materiais que integram o FML sob coordenação acadêmica da professora Dra. Marisa Lajolo e da qual participam seus orientandos além de pesquisadores convidados, e sob coordenação arquivística de Flávia Carneiro Leão. A pesquisa a ser desenvolvida tem por objetivo geral estudar, descrever, interpretar, organizar e disponibilizar os documentos lobatianos, livros e objetos depositados no IEL, considerando-os - a partir da especificidade de cada uma das séries em que serão arranjados - porta de acesso para diferentes investigações que, debruçadas sobre a figura de Monteiro Lobato - central, obviamente no fundo que lhe leva o nome - subdivide-se em diferentes vertentes.

Estas vertentes, a seguir descritas, no seu conjunto vão ocupar-se de vida, obra e contexto sócio-histórico de ML, esclarecendo aspectos relevantes da vida literária brasileira contemporânea dele, da conformação (nesta época) do campo literário brasileiro, de sua obra literária relacionando-a às outras áreas de sua atuação, da força de sua imagem na mídia durante sua vida e postumamente, de sua participação na história editorial brasileira.

Segue-se, a partir de agora, a descrição de cada uma das vertentes através das quais se desenvolverá o projeto Monteiro Lobato (1882-1948) e outros modernismos brasileiros

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3) VERTENTES DE PESQUISA DO FUNDO MONTEIRO LOBATO A) DE PAPÉIS A DOCUMENTOS: UMA IDENTIDADE ARQUIVÍSTICA PARA O FUNDO MONTEIRO LOBATO

Desde sua chegada ao CEDAE, e com vistas a iniciar o mais rapidamente possível seu estudo, interpretação e disponibilização ao público, os documentos integrantes do FML vêm sendo submetidos a procedimentos técnicos arquivísticos que incluem sua conservação, organização e a descrição de suas unidades.

Como se sabe, a conservação dos documentos de um fundo tem por objetivo estabilizar o processo de degradação dos itens que o compõem, através de procedimentos de higienização, seguidos de pequenos reparos e subseqüente acondicionamento, etapas fundamentais para guarda estável do acervo e acesso seguro a ele.

O princípio adotado para a conservação do FML - bem como dos outros fundos sob a guarda do CEDAE - é o da conservação preventiva, que consiste em proteger o acervo contra agentes externos de deterioração, tais como incidência direta da luz, inadequação dos materiais acessórios, índices altos de umidade relativa e de temperatura. É necessário ainda, simultaneamente, reduzir a deterioração causada por fatores decorrentes das características intrínsecas dos materiais.

Em relação aos documentos do FML, higienização e limpeza, reparos, reprodução, acondicionamento, microfilmagem e guarda6 representam as etapas básicas do processo de conservação, além da descrição e catalogação de todos os itens do Fundo.

Constante ao longo dos quatro anos previstos para o desenvolvimento integral do projeto, e mesmo estendendo-se para além da pesquisa acadêmica inicialmente prevista, o tratamento arquivístico do Fundo Monteiro Lobato - coordenado por Flávia Carneiro Leão - será executado por um grupo de trabalho formado pelo(a)s documentalistas e conservacionistas do CEDAE, que contarão com o acompanhamento de dois técnicos do Setor de informática do IEL, além de um técnico em computação. Esta é a equipe técnica responsável pela atribuição de uma face arquivística aos documentos constantes do FML, atribuição esta que inclui:

A . 1) identificação rigorosa e indexação de todos os itens do Fundo, com o objetivo de viabilizar pesquisas direcionadas a itens, temas ou épocas específicas recobertas pelo acervo;

6 Higienização : Os documentos impressos deverão permanecer de “quarentena” submetidos à higienização a gás, que tem como objetivo eliminar insetos e outros microorganismos como fungos, bactérias, etc. Limpeza : Os documentos serão submetidos à limpeza mecânica, com trincha e pó de borracha, e suas aderências , resíduos de colas e sujidades serão removidos através de técnicas apropriadas. Reparos : Os documentos que necessitam de reparos estruturais como encadernação e velaturas serão recuperados no Setor de Conservação do CEDAE . Acondicionamento: Os documentos serão individualmente acondicionados em invólucros - fabricados ou produzidos artesanalmente pelo Setor de Conservação do Centro– de papel neutro, colas neutras e poliéster. Reprodução fotográfica : As fotografias serão reproduzidas em negativos de grande formato, processados para longa permanência pelo Centro de Memória – Unicamp. Microfilmagem : Como medida conservativa e de segurança, a microfilmagem de todos os documentos, excetuando-se os livros, proporciona os seguintes benefícios: é o único meio de armazenamento, além do papel, utilizado nos últimos 50 anos; é analógico; tem padrões internacionais estabelecidos; é regulamentado por lei; proporciona recuperação relativa-mente rápida, distribuição fácil e barata, segurança e durabilidade; permite perícia, duplicação e reprodução em papel ; pode ser obtido através da captação dos documentos em papel ou, ainda, através de dados produzidos em meio mag-nético e pode ser facilmente digitalizado, integrando-se a sistemas informatizados de gestão documental. Prescinde de atualização contínua dos equipamentos ou da migração constante dos documentos de um suporte para outro. Guarda : Todos os documentos serão guardados na reserva técnica do CEDAE em condições adequadas de temperatu-ra e umidade, ou seja, 20° C e 50% UR.

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A . 2) reprodução digital ou fotográfica e microfilmagem de todo o acervo como forma de agilizar pesquisas de texto e de preservar a materialidade dos originais. Particularmente no que respeita à correspondência de Lobato, inclui-se no trabalho a digitalização de sua correspondência já publicada, com vistas ao estabelecimento de um índice onomástico essencial para pesquisas sobre o autor e sobre a vida intelectual brasileira do período recoberto pela epistolografia lobatiana. A digitalização da correspondência depositada junto ao IEL, simultaneamente à preservação da qualidade dos originais facultará a pesquisadores informações básicas relativas à aparência dos documentos, dado essencial para estudos que levam em conta aspectos da materialidade das fontes documentais;

A . 3) organização de um banco de dados arquivístico, cuja proposta técnica é exposta e justificada no anexo 2;

A . 4) organização de site do acervo, lincado ao banco de dados arquivísticos e articulado ao já existente site do projeto Memória de Leitura, como forma tanto de facilitar contatos iniciais de pesquisadores com o acervo disponível, quanto de atrair outros materiais relativos a Monteiro Lobato para o Cedae/IEL;

A . 5) preparação de catálogo detalhados do acervo do FML, sua publicação e disponibilização na Internet.

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B ) SOCIEDADES, PARCERIAS, SOCIABILIDADE : O PAPEL DE MONTEIRO LOBATO NESTA REDE

Simultaneamente ao início do processamento técnico descrito a propósito da vertente anterior (em A), o FML já começa a ser trabalhado por uma equipe de pesquisadores, organizando e classificando inicialmente o acervo de cartas - sob a coordenação da professora Dra. Marisa Lajolo.

A pesquisa da epistolografia lobatiana vai contribuir para o conhecimento mais acurado da sociabilidade - tanto individual quanto institucional - entre escritores, elemento importante para a identificação e compreensão das comunidades interpretativas vigentes ao tempo de Monteiro Lobato e que, na formulação lapidar de Stanley Fish7, são parte decisiva na economia de trocas (simbólicas e materiais) que rege a vida literária.

A hipótese que sustenta a pesquisa nesta vertente é que a função de editor, exercida por Lobato, à qual ele acrescentava a de escritor e de crítico literário - todas fartamente documentadas pelo material depositado no CEDAE - ao mesmo tempo em que o individualiza em contraste com o perfil comum do intelectual brasileiro de seu tempo - inscreve-o nas malhas mais centrais do sistema literário, já que cabe ao editor, num sistema literário moderno, a produção material do objeto - o livro - sobre o qual e em nome do qual se constrói todo o sistema literário.

Sob responsabilidade da prof. Dra. Marisa Lajolo, esta linha de investigação conta com a participação de alunos de graduação e de pós graduação, além das doutorandas Adriana Silene Vieira, Cilza Carla Bignotto e Milena Martins. Desenvolvida entre agosto de 2002 e agosto de 2006, esta pesquisa terá como resultado

B. 1- organização cronológica da correspondência ativa e passiva de Monteiro Lobato incluída no FML;

B .2 organização de cronologia rigorosamente exaustiva da correspondência lobatiana já publicada, com o objetivo de estabelecer o contexto - na epistolografia do autor - da correspondência lobatiana sob guarda do IEL;

B.3 - Identificação de acervos brasileiros dos quais conste correspondência lobatiana: já se sabe da existência de cartas de e para Monteiro Lobato em diferentes arquivos, fundações, institutos, memoriais e coleções particulares e o levantamento da correspondência existente em tais acervos é o primeiro passo na direção de trazer para o CEDAE, quando possível, os originais das cartas, ou - se esta alternativa se mostrar impossível - cópia dos documentos ou, ainda, em último caso, incluir no catálogo do FML do CEDAE, indicação do arquivo e localização nele das cartas-espelho, isto é, que constituam “par” das depositadas no IEL e de outras que delas constituam“ contexto”;.

B .4- publicação - na Internet e em formato convencional (garantida, evidentemente, autorização dos detentores dos direitos [autorais e de imagem] quando for o caso) de parte da correspondência ativa e passiva de Monteiro Lobato, com identificação dos indivíduos, publicações e eventos lá citados;

B .4.1 relativamente à publicação convencional (= em livro) da epistolografia lobatiana, a edição - visualmente falando - deverá aproximar -se o mais possível dos formatos de livros editados por Monteiro Lobato. O objetivo da escolha deste formato para os volumes é recolocar em circulação um formato de edição responsável pela popularização do livro e da leitura patrocinada pelo editor Monteiro Lobato8 ao longo de suas várias iniciativas editoriais, dando preferência a livros pequenos, com enunciação gráfica atraente: capas vistosas, mancha pequena e ilustração adequada;

7 cf.StanleyFish[Fish,Stanley Interpretive Authority in the Classroom and in Literary CriticisminIsthereatextinthisclass?Cambridge,Mass:HarvardUniversityPress.�980.(p.�0�-�7�).

8 SegundoAntonioCândido(emencontrocompartedosmembrosdoprojetoMemóriadaLeituraem08.0�.�00�)MonteiroLobato,comoeditoréresponsávelpelacriaçãodoquesepodechamardemodelodolivro brasileiro emoposiçãoaomodelodo livro francês .

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B .5- redação e publicação, na Internet e em formato convencional de ensaio(s) interpretativo(s) da rede de sociabilidade indiciada pelos indivíduos, publicações e eventos mencionados na epistolografia lobatiana bem como de aspectos da gênese da obra do autor lá sugeridos;

B . 6 - redação e publicação, na Internet e em formato convencional de ensaio(s) relativos à epistolografia como gênero literário, tal como ela se manifesta na correspondência de Monteiro Lobato, agora lida na contraluz de outros acervos epistolares já publicados, como por exemplo a caudalosa correspondência de Mário de Andrade que vem sendo zelosamente publicada pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo;

B . 7 - organização de encontros periódicos e de seminários - abertos e fechados - de pesquisadores especialistas em Monteiro Lobato, em arquivos literários, na literatura brasileira da primeira metade do século XX e em produção cultural de recorte industrial9.

9 Estesencontrosesemináriosarticulam-seatodasasvertentesdoprojetoprivilegiando,emdiferentesmomentos,umaououtradestasvertentes

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C) O PRÉ, O ANTE, O ANTI E O PRÓPRIO MODERNISMO

Esta é a vertente do projeto que inspirou o título Monteiro Lobato (1882-1948) e outros modernismos brasileiros.

A pesquisa dos documentos de FML pretende patrocinar conhecimento mais completo das platéias e bastidores da história literária brasileira dos inícios do século XX, período até hoje geralmente visto pela historiografia literária oficial (cf. Afrânio Coutinho�0 e Alfredo Bosi��, para ficarmos apenas em duas das mais canônicas obras da historiografia literária brasileira de larga difusão hoje) como uma homogênea, linear e triunfante marcha em direção à produção representada pelos artífices e participantes da Semana de Arte Moderna realizada em SP em fevereiro de �922.

Vale lembrar que a revisão desta historiografia já se iniciou, através de trabalhos que, resgatando formas de produção cultural contemporâneas, imediatamente anteriores ou posteriores aos anos 20 do século passado, vêm dando visibilidade a matrizes culturais até hoje abafadas ou minimizadas pela oficialização do chamado modernismo paulista, chancelado como “vanguarda” oficial brasileira�2.

A pesquisa que aqui se propõe evidentemente não pretende desconstruir a tradição de leituras do Modernismo paulista que o vê como ruptura. Pretende, ao invés disso, desentranhar e discutir outras formas de ruptura com a tradição literária herdada do século XIX através, por exemplo, da pesquisa das forças em ação no campo literário contemporâneo de Monteiro Lobato, das transformações do regionalismo, da modernização do modo de produção da literatura.

Sob responsabilidade da prof. Dra. Marisa Lajolo, esta vertente conta com a participação de alunos da graduação e de pós graduação, além das doutorandas Adriana Silene Vieira, Cilza Carla Bignotto e Milena Martins. Desenvolvida entre agosto de 2002 e agosto de 2006, esta pesquisa terá como resultado

C. 1 - organização de uma linha do tempo de publicações, eventos e ensaios críticos [sobretudo os que tematizam e discutem teorias e modismos literários] dos quais tenha participado Monteiro Lobato e outros intelectuais que com ele tenham estabelecido intercâmbio intelectual significativo: como hipótese, esta vertente da pesquisa articula-se ao levantamento efetuado em B .4) e aprofunda sua interpretação;

C .2 - publicação - na Internet e em formato convencional - de parte da crítica e ensaistica de Monteiro Lobato presentes em documentos do acervo ou a eles relacionados, garantida, é claro, a autorização dos herdeiros, quando for o caso;

C .3 - redação e publicação, na Internet e em formato convencional - de ensaio(s) interpretativo(s) de diferentes manifestações da modernidade brasileira - particularmente a paulista – para as quais apontam os documentos do FML.

�0 AfrânioCoutinho“Eramodernista“inAliteraturanoBrasilRJ:LivrariaJoséOlimpio/UniversidadeFederalFluminense.�986�� cf.AlfredoBosi.Oprémodernismo.SP:Ed.Cultrix.Pré Modernismo e Modernismo Históriaconcisadaliteraturabrasileira.

SP:Ed.Cultrix.�970�a.ed.P.��9-4�8]�� Cf.Camargos,Márcia:VilaKiriale.SãoPaulo:Ed.Senac.�00�Lajolo,M. “ Regionalismo e história da literatura: quem é o vilão

da história ?” apud Historiografia brasileira em perspectiva .SP:UniversidadeSãoFrancisco.Ed.Contexto.�998.P.�97-��8.Lajolo,M.“Literaturaehistóriadaliteratura:senhoramuitointrigantes“apud História da literatura: ensaios.Capinas:EditoradaUnicamp.�994.P.�9-�6;Lajolo,M.“MonteiroLobato,omalamadodomodernismo”apudMonteiroLobato: Contos escolhidos.SP:EditoraBrasiliense.�989.p7-��;Lajolo,M. El regionalismo lobatiano : a contrapelo del modernismo apud“Escritura”.XIV.�7.Caracas.enero-junio�989.P���-���;VELLOSO,MônicaPimentaModernismonoRiodeJaneiro.RiodeJaneiro.Ed.Fundação Getúlio Vargas , 1996 .

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D) OS MUITOS E MÚLTIPLOS MONTEIROS LOBATOS

A pesquisa a ser desenvolvida pretende também, através de interpretação e cruzamento dos diferentes materiais reunidos no acervo, produzir uma compreensão mais aprofundada e rigorosa do conjunto da obra de Monteiro Lobato.

O desenvolvimento dos tópicos até agora indicados pede e favorece levantamento cuidadoso de dados biográficos do autor dispersos ao longo dos documentos constantes do FML, analisados na contraluz de suas inúmeras - e como sói acontecer com este gênero – incompletas e contraditórias biografias�3. Sem que esta vertente da pesquisa represente o retorno a uma crítica autobiográfica - posição ingênua contra a qual são seminais os trabalhos de Foucault�4 e de Barthes�5 - o conhecimento do cotidiano de um intelectual de facetas tão instigantes, porque múltiplas e contraditórias, como Monteiro Lobato permitirá integrar, numa instância interpretativa mais complexa, a presença dele em frentes intelectuais distintas e polêmicas como a crítica de arte, a modernização da industria editorial brasileira, a luta pela exploração do petróleo e pela produção do ferro, o anticlericalismo, a crítica renhida ao atraso tecnológico e cultural do país, a admiração pelo american way of life.

Ao lado da forma múltipla da presença de Monteiro Lobato na vida brasileira de seu tempo, as aparentes dicotomias presentes na obra lobatiana são constantemente apontadas pela fortuna crítica do escritor16.

Entre tais dicotomias destaca-se, no polo da recepção, a divisão entre obra adulta e obra infantil. No polo da inspiração temática, a representação miúda e verista em certas passagens contrasta com paixões violentas e surtos de fantasia presentes em outras passagens. No âmbito político, as contradições multiplicam-se vertiginosamente: a obra de Monteiro Lobato registra um percurso que inclui toda a gama de posicionamentos ideológicos disponíveis para um intelectual de seu tempo: alinhamento com os interesses da oligarquia paulista nos anos 30, crítica ao Estado Novo de Vargas e ao nazi-fascismo, alternados encanto e desencanto pelo Comunismo, entusiasmo pelo peronismo argentino .

Tais são as razões pelas quais a obra de Monteiro Lobato pede uma análise abrangente, fundada em diferentes matrizes metodológicas - da crítica genética à análise sócio histórica�7 e `a estética da recepção - que melhor dêem conta da pluralidade dela. Isto é: uma análise que, longe de fugir das contradições ou mesmo de abrandá-las, aprofunde as oposições nela já apontadas pela crítica, de forma a encaminhar a elaboração de uma síntese que transcenda as contradições, através da inserção destas em contextos cada vez mais abrangentes

Sob responsabilidade da prof. Dra. Marisa Lajolo, esta vertente conta com a participação de alunos de graduação e de pós graduação, além das doutorandas Adriana Silene Vieira, Cilza Carla Bignotto e Milena Martins.

�� Além das demais biografias indicadas na bibliografia, as de maior interesse para este trabalho são Cavalheiro , Edgard. Monteiro Lobato: vida e obra.SãoPaulo:Nacional,�955Cavalheiro;AZEVEDO,C.L,Camargos,M.Sachetta,Vladimir Monteiro Lobato, um furacão na Botucúndia .SP:Ed.Senac.�997.

�4 Foucault,M.Oqueéumautor?.�ªed.TraduçãodeAntonioF.CascaeseEduardoCordeiro.Lisboa:veja.�99��5 Barrthes,RolandA morte do autor inOrumordalíngua.TraduçãodeMárioLaranjeira.SãoPaulo:brasiliense.�988.Lajolo&

ZilbermanOpreçodaleitura.SP:Ática,�00��6 VASCONCELLOS, Zinda Maria Carvalho. O universo ideológico da obra infantil de Monteiro Lobato. São Paulo: Traço, 1982 ; Ênio

Na trilha do Jeca: Monteiro Lobato e a formação do campo literário no Brasil. FFLCH. USP ( orientadora: Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda.) 2001. Disponível em http://www.unicamp.br/iel/memoria ; Lajolo, M Monteiro Lobato: um brasileiro sob medida. São Paulo: Moderna, 2000 .

�7 Relativamenteàcríticagenética,otrabalhoaserdesenvolvidofundamenta-seemCompagnon,A:Lasecondemainoultravaildelacitation.Paris:Seuil,�976Debray–GenetteR.,etalii:Essaisdecritiquegénétique.Flammarion,�979;Almeida,CecíliaSalles:Críticagenética:umaintrodução.SP:Educ.�99�.Grésillon,Almuth:Élémentsdecritiquegénétique.Paris:PUF.�994.Rela-tivamenteaoqueestamoschamandodecríticasóciohistórica,otrabalhoaserdesenvolvidofundamenta-seemAntonioCândido:Aformaçãodaliteraturabrasileira.�959:Bakhtin,M:Esthetiqueetthéorieduroman.Paris:Gallimard,�978;Viala,ANaissancedel’écrivain.Sociologiedelaliteratureàl‘ageclassique.Minuit.�985;Bourdieu,PierreLesRèglesdel’art:geneseetstructureduchamplitteraire.Paris:Seuil.�99�,alémdostrabalhosdeÌtamarEven-Zohardisponibilizadosemhttp://www.tau.ac.il/~itamar/ps_esp/ps_esp.htrml.Relativamenteàestéticadarecepção,otrabalhoaserdesenvolvidofundamenta-seemCostaLima,Luiz(org):Aliteraturaeoleitor(textosdeEstéticadaRecepção.RJ:PazeTerra.�979eZilberman,Regina:Estéticadarecepçãoehistórialiterária.SP:Ática.�989

Page 11: Projeto Temático

Desenvolvida entre agosto de 2002 e agosto de 2006, esta pesquisa terá como resultado

D .1- organização de tábua cronológica rigorosa da biografia de Monteiro Lobato com o objetivo de estabelecer o contexto mais detalhado possível de cada um dos itens do acervo;

D. 2 - produção de um conjunto de ensaios que recoloquem e rediscutam questões relativas à obra lobatiana a partir das dicotomias acima apontadas, embora sem restringir-se a elas.

E) MONTEIRO LOBATO, UM OUTRO OLHAR NO SÉCULO XX

O elevado número de aquarelas, desenhos e fotografias de autoria de Monteiro Lobato presentes no acervo - a parte seu valor intrínseco como documentos importantes da arte paulista no contexto que como com tanto rigor aponta Tadeu Chiarelli em seu importante Um Jeca nos vernissages paulistas18 - na pesquisa aqui proposta vai representar uma bem-vinda porta de entrada para uma perspectiva mais semiótica - isto é, que integre diferentes códigos - que discuta de forma mais acurada os sentidos e valores da obra de Monteiro Lobato.

O grande número de fotografias que integram o acervo são, em primeiro lugar, fiança da modernidade dos interesses de Monteiro Lobato, este intelectual de muitas faces. É de assinalar-se que grande parte das fotos - como as que retratam paisagens - não são banais, revelando que por trás das lentes estava um fotógrafo com uma certa concepção estética do instrumento que estava usando para reprodução da realidade

Introduzida no Brasil a partir de 1889 e difundindo-se de forma crescente nas décadas seguintes, a máquina fotográfica é - ou foi assim concebida, nos inícios de sua popularização - instrumento eficientíssimo para a captação do real circundante e, nesse sentido, o interesse que Lobato demonstra por ela pode reforçar e contribuir para a compreensão do que acima nomeamos de representação verista buscada pelos seus textos, e unanimemente apontada pela crítica como traço característico da sua ficção.

O acervo fotográfico reunido no Cedae inclui fotos de família, (algumas das quais com marcas de diferentes ateliês paulistas), de amigos e colaboradores, de suas viagens pelo Brasil, Estados Unidos e Argentina, dos poços de prospecção de petróleo, dentre as quais uma grande quantidade parece ser de autoria de Monteiro Lobato.

Do ponto de vista da história da fotografia brasileira, a série reunida no FML conta com exemplos que remontam aos primórdios da fotografia, como o daguerreótipo que retrata os antepassados de Monteiro Lobato, passando pelos negativos de vidro, tão representativos dos finais do século XIX, até os então “modernos” instantâneos de diacetato de celulose característicos dos anos 30 e 40.

Se as fotos familiares são o ponto de partida para uma eventual fotobiografia do escritor (tanto mais interessante quanto mais puder ser composta a partir do cruzamento das fotos com cartas, caso em que o produto resultante se transformaria em uma quase autobiografia), as fotos tiradas por Monteiro Lobato - ao lado de seu valor intrínseco de linguagem - são um bom inventário do valor que Lobato atribuía aos diferentes eventos dos quais participou: os registros fotográficos de suas campanhas pelo petróleo e pelo ferro, por exemplo, são essenciais para uma reconstrução mais detalhada dos participantes e locais envolvidos em tais campanhas e, no limite, fonte primária para o traçado da história de tais campanhas.

Cruzadas com as obras nas quais Lobato tematiza sua militância pelo petróleo e pelo ferro (nomeadamente Ferro [1931], O escândalo do Petróleo [1936]) o acervo de fotos vai permitir um conhecimento mais efetivo e sólido do desenrolar destas campanhas no Brasil. Ao mesmo tempo, o conhecimento mais factual destas campanhas permitirá talvez, uma referenciação histórica de situações narradas na ficção infantil lobatiana onde as questões do Petróleo são tratadas, como ocorre em O poço do Visconde (�937)

�8 Chiarelli,TadeuUmJecanosvernissagespaulistas.SP:Edusp�995

Page 12: Projeto Temático

Como passo inicial para o estudo da produção de Monteiro Lobato nestes campos, a pesquisa vai debruçar-se sobre a forte carga de visualidade de seu estilo literário responsável tanto pela força da representação verista de seus textos, quanto pela sensorialidade de suas imagens. O interesse lobatiano pela fotografia desdobra-se em seu interesse pelo cinema: sua cinefilia é fartamente documentada tanto em sua epistolografia, quanto em sua obra, e parece constituir um outro modo de participação de Monteiro Lobato na modernidade.

Sob responsabilidade da prof. Dra. Marisa Lajolo, esta vertente conta com a participação do Prof. Dr. Tadeu Chiarelli, alunos de graduação e de pós graduação, além das doutorandas Adriana Silene Vieira, Cilza Carla Bignotto e Milena Martins.

Desenvolvida entre março de 2003 e agosto de 2006, esta pesquisa terá como resultado

E .1 - identificação e organização cronológica seqüencial de desenhos, aquarelas e fotografias de Lobato reunidas no FML, entrecruzando os dados temáticos e da materialidade de tais itens;

E. 2 - identificação de acervos dos quais constem pinturas, desenhos e fotografias de Monteiro Lobato com o objetivo, quando possível, de trazer para o CEDAE os originais ou - se esta alternativa se mostrar impossível - cópia de qualidade dos materiais, ou ainda, indicação do arquivo no qual se encontram tais peças;

E. 3 - organização e publicação de uma fotobiografia de Monteiro Lobato;

E .4 - organização e publicação de uma foto história das campanhas lobatianas pelo petróleo e pelo Ferro

E. 5 - produção de um conjunto de ensaios que recoloquem e rediscutam questões relativas à visualidade da obra literária lobatiana, bem como ao papel que, nela, o cinema representa;

E. 6 - produção de um conjunto de ensaios que recoloquem e rediscutam questões relativas à produção de Monteiro Lobato no campo das artes visuais.

F) MONTEIRO LOBATO NA LOBATIANA

O conjunto de livros presentes no FML representa, comparativamente, sua parte menos numerosa, mas nem por isso menos interessante ou menos sugestiva. No primeiro exame a que o material do FML foi submetido com vistas à elaboração deste projeto, destacam-se os livros rasurados e anotados pelo próprio autor.

Diferentemente do que ocorre com os livros integrantes do acervo lobatiano já mencionado - o incorporado ao CEDAE como resultado parcial da Dissertação de Mestrado de Cilza Carla Bignotto - estes livros agora recebidos pelo CEDAE eram propriedade de Monteiro Lobato e muitas vezes instrumento de trabalho dele.

Freqüentemente rasurados, em conjunto com alguns originais avulsos do escritor, constituem documento de extremo valor para conhecimento do processo de escrita de Monteiro Lobato, como ensinam as formulações da crítica genética.

Talvez a peça mais curiosa desta série seja a tradução manuscrita do livro de Nietzsche “O Crepúsculo dos ídolos” e “O Antichristo“, identificado no inventário do acervo como “tradução da versão francesa de Henri Albert por M.L. Fazenda São José, 1906. 1 vol. encadernado, ms. em tinta vermelha. Caixa de arquivo (M.L. – 8)”. Trata-se, quem sabe, do texto que Monteiro Lobato menciona a Godofredo Rangel em carta de 1910: Antes disso, talvez publique a minha tradução do Anticristo do Nietzsche, para a qual já tenho editor. Depende duma correção final do manuscrito que só poderei fazer quando acabar esta minha interminável estada em São Paulo�9. Profusamente anotado pelo próprio Monteiro Lobato, pode esclarecer aspectos bastante significativos não só da influência do filósofo alemão no escritor brasileiro, mas - sobretudo - fornecer dados do processo tradutório de Monteiro Lobato. Constitui, além disso, documento valioso que confere materialidade à intertextualidade que a obra de Lobato parece ter com a obra nietzschiana, assunto estudado de forma preliminar por André Luís Moura20

�9 MonteiroLobato:AbarcadeGleyre.SãoPaulo:Brasiliense.�ºvol.P.�9��0 MOURA,AndréMunizdeMonteiroLobato:umleitordeNietzsche.(DissertaçãodeMestrado)UFRJ.�000

Page 13: Projeto Temático

Ainda nos livros recebidos, a freqüência de dedicatórias ao escritor e as eventuais anotações nas margens e folhas de abertura e encerramento são também portas de acesso à sociabilidade vigente entre escritores, e ao diálogo que, com seus pares, travava Monteiro Lobato, sugerindo, esse item, cruzamento com os dados mencionados a propósito da vertente B, no item B 4.

Sob responsabilidade da prof. Dra. Marisa Lajolo, esta vertente conta com a participação de alunos da graduação e de pós graduação, além das doutorandas Adriana Silene Vieira, Cilza Carla Bignotto e Milena Martins. Desenvolvida entre março de 2003 e agosto de 2006, esta pesquisa terá como resultado

F .� - organização de tábua cronológica, o mais rigorosa possível, das publicações e republicações de todos os volumes da obra de Monteiro Lobato com o objetivo de relacionar as variantes de textos originais - manuscritos, datiloscritos ou impressos rasurados - sob guarda do IEL com diferentes edições da obra lobatiana . Esta pesquisa relaciona-se estreitamente com a pesquisa de doutorado desenvolvida por Milena Martins, com bolsa Fapesp (99/00141-4);

F .2 - destaque, na organização da tábua cronológica das publicações/ republicações dos volumes da obra de Monteiro Lobato , de seus livros pára-didáticos, com o objetivo de articular a eles os documentos constantes do acervo relativos à proibição/adoção da obra escolar do escritor. Esta pesquisa pode vir a relacionar-se estreitamente com a pesquisa de doutorado desenvolvida por Célia Regina Delácio Fernandes, com bolsa Fapesp (00/01080-8);

F .3 - destaque, na organização da tábua cronológica das traduções feitas por Monteiro Lobato, bem como das traduções da obra lobatiana. O objetivo desta organização é articular a tais traduções tanto a correspondência com editoras estrangeiras, como as considerações sobre a tarefa do tradutor tão constantes na epistolografia lobatiana. Esta pesquisa -relaciona-se estreitamente com a pesquisa de doutorado desenvolvida por Adriana Selene Vieira, com bolsa CAPES

G) MONTEIRO LOBATO NA MIDIA

O conjunto de recortes reunidos no FML foi recolhido pela família do escritor de forma bastante irregular e assistemática. O resultado deste modus operandi foi o acúmulo de recortes relativos a certos períodos e quase total ausência de material relativamente a outros momentos.

Em seu conjunto, no entanto, a série recortes permite uma leitura bastante sugestiva da presença de Lobato na mídia, quer ao longo de sua vida (de forma crescente em seus últimos anos) quer após sua morte. A elevada quantidade de notícias sobre a fundação ou inauguração de aparelhos culturais que levam em seu nome o nome do escritor (notadamente bibliotecas e escolas) é, por exemplo, um índice bastante forte da popularidade e força da imagem de Lobato nos meios culturais e educacionais, particularmente nos aparelhos sociais voltados para a leitura.

O conjunto de recortes privilegia noticiário e entrevistas concedidas por Monteiro Lobato a propósito de diferentes circunstancias da vida nacional, o que dá a medida do peso do escritor como ( em linguagem contemporânea nossa) formador de opinião. Mais uma vez, o estudo destes recortes vai tanto completar um quadro da participação de Lobato na vida pública brasileira de seu tempo, quanto especificar de forma mais detalhada, aspectos desta história do Brasil que se vai tecendo em notícias de jornal redigidas e postas em circulação contemporaneamente aos fatos nelas noticiados.

Encontram-se também sob a guarda da Unicamp uns poucos objetos que acompanharam a transferência do acervo lobatiano: alguns destes objetos são bem antigos, como alguns leques que pertenceram à esposa do escritor, Dona Purezinha; outros são bem mais recentes, como os objetos licenciados, representados por exemplo por band aids com as personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo, ou como estojos escolares com a figura de Monteiro Lobato.

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Estes objetos, obviamente, reforçam a força da imagem de Monteiro Lobato, agora transformado em pura mercadoria, cujo valor de troca, no entanto, deve-se à posição invejável que desfrutou (e continua desfrutando?) no sistema literário (infantil?) brasileiro.

Sob responsabilidade da prof. Dra. Marisa Lajolo, esta vertente conta com a participação de alunos de graduação e de pós graduação além das doutorandas Adriana Silene Vieira, Cilza Carla Bignotto e Milena Martins. Desenvolvida entre março de 2003 e agosto de 2006, esta pesquisa terá como resultado

G .1- organização cronológica dos recortes reunidos no FML;

G .2- identificação e descrição dos veículos onde foram veiculadas as matérias recortadas ;

G .3- produção de ensaio que discuta o cruzamento do conteúdo dos recortes com diferentes momentos da biografia de Monteiro Lobato, assim como com eventos relevantes no processo de modernização cultural da sociedade brasileira .

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4) � º a n o 2 º a n o 3 º a n o 4 º a n o

�ºsem. 2ºsem. �ºsem. 2ºsem. �ºsem. 2ºsem. �ºsem. 2ºsem.Organização do site XxxxxIdentificação e indexação dos itens doFML Xxxxx xxx

Digitalização da corresp. de ML publicada Xxxxx xxxxOrganização de tábua cronológica da correspondência de ML Xxxxx xx

Organização de tábua cronológica da biografia de ML Xxxxx xxxxx

Org. Banco de dados arquivísticos do FML Xxxxx xxxx Xxxx D.2004

Organização do Catálogo do FML Xxxx Xx XxOrganização de tábua cronológica da obra literária de ML Xxxx Xx

Prep. p/ publ. de fotohistória do petróleo xxx ???? ????Redação de ensaio(s) sobre diferentes aspectos de modernidade na obra de ML Xxxx Xxx

Seminário da equipe e/ou exposição Xx

Reprodução dos documentos do FML Xxx Xxxx D 2003

Org. de tábua cronológica da produção de ML nas artes visuais xxxx xxx

Redação de ensaio(s) sobre a obra infantil e didática de M xxxx xxxx

Redação de ensaio(s) sobre o gênero epistolar no Brasil de Lobato xxx xxxxx xxxxxx

Prep. p/ publ. da correspondência do FML xxxxxx xxxxx xxxxxx

Redação de de ensaio(s) sobre a a epistolografia de ML xxxxxxx Xxxxxx Xxxxxxxxx

Seminário da equipe e/ou exposição Xxxxxxxx

Organização de tábua cronológica dos recorte do FML Xxxxxx Xxxxxxxx Xxxxxx

Prep. p/ publ. de fotobiografia de ML xxxxxx Xxxxxx xxxxxxxx Xxxxxx xxxxxxx

Redação de ensaio(s) sobre diferentes modernismos brasileiros Xxxx xx xx xxxxxxx

Redação de ensaio(s) sobre visualidade e cinema na obra de ML xxxxx xxxxxxxxx Xxxxx xxxxxx

Prep. p/ publ. de álbum de fotos e pinturas de ML xxxxxx xxxxxxxx Xxxx xxxxxx

Seminário da equipe e/ou exposição Xxx

Page 16: Projeto Temático

5) BIBLIOGRAFIA

A) OBRAS DE MONTEIRO LOBATOLOBATO, Monteiro. O Sacy-Pererê: resultado de um inquérito. Rio de Janeiro: Gráfica JB S. A., 1998. Fac-símile de: O Sacy-

Pererê: resultado de um inquérito. São Paulo: Secção de obras de O Estado de S. Paulo, 1918.

________ Obra completa . São Paulo: Editora Brasiliense. 1956

�7 volumes de Literatura Infantil:

�. Reinações de Narizinho;

2. Viagem ao céu e O sacy;

3. Caçadas de Pedrinho e Hans Staden;

4. História do mundo para crianças;

5. Memórias de Emília e Peter Pan;

6. Emília no país da gramática e Aritmética da Emília;

7. Geografia de Dona Benta;

8. Serões de Dona Benta e História das invenções;

9. Dom Quixote das crianças;

�0. O poço do Visconde;

��. Histórias de Tia Nastácia;

�2. O Picapau Amarelo e A reforma da natureza;

�3. O minotauro;

�4. A chave do tamanho;

�5. Fábulas e Histórias diversas;

16. Os dozes trabalhos de Hércules [1º tomo];

�7. Os doze trabalhos de Hércules [2ºtomo]

�3 volumes de Literatura Geral

�. Urupês;

2. Cidades mortas;

3. Negrinha;

4. Idéias de Jeca Tatu;

5. A onda verde e O presidente negro;

6. Na antevéspera;

7. O escândalo do petróleo e Ferro;

8. Mr.Slang e o Brasil e Problema vital;

9. América;

�0. Mundo da lua e Miscelânea;

��. A barca de Gleyre [1º tomo];

�2. A barca de Gleyre [2º tomo];

______O garimpeiro do Rio das Garças. São Paulo: Brasiliense, �924

_____. Conferências, artigos e crônicas. São Paulo: Brasiliense, 1964.

_____. Críticas e outras notas. São Paulo: Brasiliense, 1965.

________ Cartas de Amor. Prefácio, compilação e notas de Cordélia Fontainha Seta. 1ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1969.

Page 17: Projeto Temático

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________ Obra completa . São Paulo: Editora Brasiliense. 1956

�7 volumes de Literatura Infantil:

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3. Caçadas de Pedrinho e Hans Staden;

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6. Emília no país da gramática e Aritmética da Emília;

7. Geografia de Dona Benta;

8. Serões de Dona Benta e História das invenções;

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�0. O poço do Visconde;

��. Histórias de Tia Nastácia;

�2. O Picapau Amarelo e A reforma da natureza;

�3. O minotauro;

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16. Os dozes trabalhos de Hércules [1º tomo];

�7. Os doze trabalhos de Hércules [2ºtomo]

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4. Idéias de Jeca Tatu;

5. A onda verde e O presidente negro;

6. Na antevéspera;

7. O escândalo do petróleo e Ferro;

8. Mr.Slang e o Brasil e Problema vital;

9. América;

�0. Mundo da lua e Miscelânea;

��. A barca de Gleyre [1º tomo];

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______O garimpeiro do Rio das Garças. São Paulo: Brasiliense, �924

_____. Conferências, artigos e crônicas. São Paulo: Brasiliense, 1964.

_____. Críticas e outras notas. São Paulo: Brasiliense, 1965.

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