seminário temático ii

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES SEMINÁRIO TEMÁTICO II Leonardo de Arruda Delgado

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O objetivo da disciplina seminário temático II é proporcionar aos alunos uma reflexão mais aprofundada de um determinado tema e a produção de um texto roteiro em forma de artigo cientifico.

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ISETED Instituto Superior de Educao Tecnologia e Desenvolvimento Social

Rua Coelho Neto, 190 Bairro Altamira Barra do Corda/MA.

Tel. (99) 3643-4983/8112-4271/9954-8998/8185-0801/8434-6131

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CURSO DE GRADUAO EM PEDAGOGIA

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

SEMINRIO TEMTICO II

Leonardo de Arruda Delgado

Barra do Corda/MA

2015

SUMRIO

41INTRODUO

52PRODUO DE TRABALHOS CIENTFICOS

52.1Caracterstica dos Trabalhos Cientficos

62.2Qualidades a Serem Alcanadas em um Trabalho Cientfico

72.3Estrutura dos Trabalhos Cientficos

72.4O Texto Cientfico

72.4.1Etapas de Construo do Texto Cientfico

82.4.1.1Ler e aprender

112.4.1.2Documentao da Leitura: Fichamento, Resumo e Resenha

263ARTIGO CIENTFICO

263.1Propsitos

263.2Tipos de Artigo

283.3Importncia da Produo Cientfica no Ambiente Acadmico e Profissional

293.4Estrutura do Artigo Cientfico

303.4.1Elementos PrTextuais

303.4.1.1Capa

303.4.1.2Contracapa ou Folha de Rosto

313.4.1.3Folha de Aprovao

323.4.1.4Primeira Parte do Artigo

333.4.2Elementos Textuais

343.4.2.1Introduo

343.4.2.2Desenvolvimento

363.4.2.3Concluso ou Consideraes Finais

363.4.3Elementos Ps textuais

363.4.3.1Referncias

363.4.3.2Glossrio

363.4.3.3Apndices

373.4.3.4Anexos

373.5Formatao do Artigo Cientfico

373.5.1Formato

373.5.2Papel

373.5.3Fonte

373.5.4Margem

383.5.5Alinhamento e espaamento

383.5.6Ttulos das sees

383.5.7Numerao progressiva

383.5.8Pargrafos

383.5.9Notas de rodap

383.5.10Paginao

393.5.11Tabelas

403.5.12Ilustraes

403.6Avaliao do Artigo Cientifico

424ORGANIZAO DO SEMINRIO II

424.1Planejamento Estratgico

424.1.1Nome ou Tema do Evento

424.1.2Objetivos

424.1.3Data de Realizao

424.1.4Local

434.1.5Pblico Estimado

434.1.6Materiais possveis de serem utilizados:

434.1.7Decorao

434.1.8Cerimonial

434.1.9Relao de pessoal que pode ser necessrio:

434.1.10Programao

434.1.10.1Abertura

434.1.10.2Apresentao dos palestrantes

444.1.10.3Tempo para os debates

444.1.10.4Encerramento

444.2Realizao do Evento

454.3Avaliao Ps-evento

454.4Concluso

46REFERNCIAS

INTRODUO

O objetivo da disciplina seminrio temtico II proporcionar aos alunos uma reflexo mais aprofundada de um determinado tema e a produo de um texto roteiro em forma de artigo cientifico.

Mesmo nessa segunda disciplina o seminrio considerado como um mtodo de estudo, no entanto diferente do primeiro, daremos agora uma nfase maior na produo do texto cientifico especficos de cursos de nvel superior.

fato notrio que a produo cientifica brasileira nos ltimos anos deu um salto quantitativo, mas a qualidade ainda deixa a desejar se comparada com a produo cientfica americana e europeia. O problema reside no fato de que maioria dos alunos da graduao e ps-graduao no so devidamente instrudos a selecionar as ideias principais de um texto e a desenvolver ideias prprias.

Sob tal enfoque, faz-se necessrio estimular os acadmicos desde os anos iniciais da vida universitria na elaborao de textos tcnico-cientficos, e para alcanar esses objetivos, o seminrio temtico II, deve levar todos os participantes: A um contato ntimo com os textos cientficos, mtodos de leitura e estudo, criando condies para uma anlise rigorosa e radical do mesmo, proporcionado assim um relatrio em forma de artigo, apresentando a compreenso da mensagem central dos textos, de seu contedo temtico, de forma crtica.

A leitura a base de toda produo cientifica. A leitura solidifica o estilo, amplia o conhecimento, muda comportamentos e ajuda na articulao lingustica.

Quanto s tcnicas de fichamento, resumo e resenha, cabe registrar que so ferramentas muito importantes para elaborao de trabalhos de pesquisa cientfica. Tais instrumentos visam a facilitar a organizao do conhecimento adquirido, favorecendo o estudo, tornando a leitura mais eficiente e eficaz.

Essas etapas devem ser preparadas e realizadas de acordo com as diretrizes da leitura analticas sendo que a anlise textual, e discusso dos problemas presentes explcita ou implicitamente nos textos, sero apresentadas e debatidas, seguindo o mesmo modelo do seminrio temtico I.

PRODUO DE TRABALHOS CIENTFICOS

Um dos maiores desafios que se vem enfrentando nos cursos de graduao e ps-graduao a produo de textos tcnico-cientficos de qualidade. Pode-se dizer que a produo de textos requer domnio especfico da matria e conhecimento, no mnimo, satisfatrio da linguagem utilizada na produo, em face da clareza ser condio de validao do texto.

Geraldina Porto Witter define a produo cientifica como sendo a forma pela qual a universidade ou instituio de pesquisa se faz presente no saber-fazer-poder cincia. Para este, a produo cientfica a base para o desenvolvimento e a superao de dependncia entre pases e entre regies de um mesmo pas; o veculo para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de um pas; a forma de se fazer presente no s hoje, mas tambm amanh. Segundo o autor, este rol pode ir longe, mas, seja qual for o ngulo que se tome por referncia, inegvel o papel da cincia na vida das pessoas, das instituies e dos pases. Aduz que se pode afirmar que alguma produo cientfica est ligada maioria, quase totalidade das coisas, dos eventos, dos lugares com que as pessoas se envolvem no cotidiano.

Nesse contexto, a produo cientfica gerada por um pesquisador deve ter compromisso social, ser conhecida e til para a comunidade acadmica e a sociedade em geral. Por esta razo, o pesquisador deve ter em mente que a produo cientfica no somente para o seu aprimoramento intelectual, pois, alm disso, deve ter por objetivo beneficiar toda a sociedade.

Em suma, atravs do conhecimento produzido na graduao e ps-graduao que se adquire conhecimento para mudar a sociedade. atravs deste conhecimento adquirido que se propem solues para os problemas que a sociedade enfrenta no dia-dia.

Por outro lado, cabe registrar que nas ltimas dcadas a produtividade cientfica vem ganhando grande importncia na sociedade brasileira, podendo-se at dizer que mantm ntima relao com o desenvolvimento econmico e social.

Nesse vis, urge ressaltar que a produo cientfica parte de um grande sistema social chamado cincia. Nesse sentido a lio de Macias-Chapula, para quem, a cincia necessita ser considerada como um amplo sistema social, no qual uma de sua funo disseminar conhecimentos. Sua segunda funo assegurar a preservao de padres e, a terceira, atribuir crdito e reconhecimento para aqueles cujos trabalhos tm contribudo para o desenvolvimento das ideias em diferentes campos.

Portanto, por intermdio da produo de texto tcnico-cientfico de qualidade, eficiente e produtivo que docentes e discentes podem avanar em seus conhecimentos, permitindo a construo de um Estado mais condizente com o modelo de vida almejado por toda sociedade.

Caracterstica dos Trabalhos Cientficos

Azevedo (2001, p. 20), cita as principais caractersticas dos trabalhos cientficos:

Discute ideias e fatos relevantes relacionados a um determinado assunto a partir de um marco terico bem fundamentado;

O assunto tratado reconhecvel e claro, tanto para o autor quanto para os leitores;

Tem alguma utilidade, seja para a cincia, seja para a comunidade;

Demonstra, por parte do autor, o domnio do assunto escolhido e capacidade de sistematizao, recriao e crtica do material coletado;

Diz algo que ainda no foi dito;

Indica com clareza os procedimentos utilizados especialmente as hipteses (que devem ser especficas, plausveis, relacionadas com uma teoria e conter referencias empricas) com que se trabalhou na pesquisa;

Fornece elementos que permitam verificar, para aceitar ou contestar, as concluses a que chegou;

Documenta com rigor os dados fornecidos, de modo a permitir a clara identificao das fontes utilizadas;

A comunicao dos dados organizada de modo lgico, seja dedutiva, ou seja, indutivamente;

redigido de modo gramaticalmente correto, estilisticamente agradvel, fraseologicamente claro e terminologicamente preciso.

Qualidades a Serem Alcanadas em um Trabalho Cientfico

Seu texto dever tambm perseguir os princpios bsicos de qualquer comunicao, como: clareza, conciso, correo, encadeamento, consistncia, contundncia, preciso, originalidade e fidelidade.

Clareza: escreva para ser entendido. O texto pode apresentar ao leitor dificuldade na compreenso do assunto mas jamais na falta de clareza do raciocnio do autor.

Conciso: procure dizer o mximo no mnimo. O texto precisa dizer o mximo no menor nmero possvel de palavras.

Correo: escreva observando a ortografia, concordncia e pontuao da lngua portuguesa.

Encadeamento: o texto como um todo (frases, pargrafos e captulos) deve estar encadeado de modo lgico e harmnico. As partes tambm devem apresentar simetria na sua estrutura e dimenso.

Preciso: seja preciso nas palavras e nos conceitos e lembre-se que a preciso exige que se busque a palavra certa.

Consistncia: mantenha coerncia nos termos. Os tempos verbais, os pronomes de tratamento e as grafias especiais devem ser coerentes ao longo do texto. Para os tempos verbais prefira a voz ativa. Para referir-se a si mesmo o autor pode escolher um tratamento (eu, ns, o pesquisador, este pesquisador) ou pode ser impessoal (a pesquisa pretende ou pretende-se). O importante ser coerente ao longo do trabalho. O mesmo cuidado se aplica ao uso de numerais e palavras estrangeiras, na formatao de citaes e outros aspectos.

Contundncia: provoque o leitor com um texto que vai direto ao ponto. Afirme o que precisa ser afirmado e negue o que precisa ser negado sem rodeios e explicaes desnecessrias.

Originalidade: seja original encontrando uma maneira diferente de dizer as mesmas coisas.

Correo Poltica: escreva de modo politicamente correto. Procure ser eticamente correto ao escrever e se afaste do uso de expresses de conotao etnocentrista, especialmente as de cunho poltico, sexista e racista.

Fidelidade: seja honesto com o tema, com as fontes e com o leitor. O texto deve seguir parmetros que impliquem em respeito ao objeto de estudo e s fontes empregadas. No uso das fontes, faa o possvel para no distorcera ideia do autor.

Estrutura dos Trabalhos Cientficos

A estrutura dos trabalhos cientficos, em geral, a mesma: introduo, desenvolvimento e consideraes finais. Vamos falar sobre cada uma dessas sees.

Introduo: na introduo h a formulao clara e simples do tema ou objeto de investigao. O problema de pesquisa apresentado de forma sinttica. H necessidade de problematizar a realidade para se buscar uma soluo.

A introduo apresenta tambm a metodologia a ser/que foi utilizada, a justificativa do trabalho e faz-se referncia a literatura relativa ao assunto, anteriormente publicada.

Desenvolvimento: o desenvolvimento a fundamentao do trabalho. Devem--se considerar trs fases ou estgios:

Explicao: analisar e esclarecer o tema de pesquisa, procurando suprimir o ambguo ou o obscuro;

Discusso: fazer o exame, a argumentao e a explicao da pesquisa. As proposies so enunciadas, explicadas, fundamentadas e discutidas;

Demonstrao: deduo lgica do trabalho, a demonstrao do raciocnio. a etapa de apresentao de provas e argumentaes.

Consideraes finais: como na introduo foi fornecida a formulao do problema de pesquisa, nas consideraes finais se busca resumir a resposta encontrada no desenvolvimento.

O Texto Cientfico

A proposta da disciplina seminrio temtico II, trata-se de elaborar um texto-roteiro, em formato de artigo cientifico, nessa disciplina iremos apresentar o esquema geral de que se trata aqui a estrutura redacional pelo texto, o seu plano arquitetnico.

Considerando que o seminrio um espao de investigao e de comunicao de questes relativas ao conhecimento cientfico, visando seu aprofundamento, importante que no processo de comunicao do saber, seja privilegiada a comunicao escrita, antecedendo e preparando a comunicao oral. Isto implica em elaborar um texto que transmita de forma clara e objetiva os elementos essenciais para entendimento dos aspectos mais relevantes do tema estudado.

Etapas de Construo do Texto Cientfico

A preparao deste texto deve ser planejada e incluir, vrias reunies, para que cada membro do grupo participe da definio do plano geral e assuma a responsabilidade da parte que lhe cabe na consecuo deste plano.

O nmero de reunies depende da complexidade do tema e da profundidade e extenso de seu enfoque. Contudo, de modo geral, para a elaborao de um seminrio bastam quatro reunies de grupo.

Primeira Reunio

Sero tratados os seguintes assuntos:

Constituio do grupo, com trs ou quatro componentes, no mximo;

Definio do tema e delimitao do assunto. Geralmente nos seminrios, o assunto proposto pelo professor, cabendo ao aluno (ou grupo) definir o tema - entendido como uma especificidade do assunto que ser objeto de discusso em classe, no entanto, cada componente do grupo apresenta sua sugesto, que ser analisada e discutida por todos. A deciso final dever refletir um consenso de todas as opinies.

Problematizao do tema. A problematizao do tema consiste em levantar questes relevantes para a discusso e entendimento do assunto.

Elaborao do plano geral de pesquisa: O plano global de pesquisa compreende: pesquisa bibliogrfica; entrevistas com tcnicos e especialistas no assunto; relatos de observaes e experincias; plano geral para a coleta de dados. Distribuio de tarefas a serem executadas, o coordenador ou secretrio anota tudo e marca-se uma segunda reunio, levando-se em conta o espao mnimo de tempo para que todos os membros possam cumprir suas tarefas.

Segunda Reunio

Os assuntos a serem tratados na segunda reunio so os seguintes:

Apresentao das tarefas executadas ao coordenador;

Avaliao do material coletado ( suficiente, quantitativa e qualitativamente?);

Anlise dos dados levantados e distribuio de tarefas (quem vai fichar o qu?);

Planejamento para a reunio seguinte (prevendo-se o tempo suficiente para a execuo das tarefas).

Terceira Reunio

Apresentao dos fichamentos, para interpretao e discusso dos dados levantados;

Verbalizao: cada membro far a exposio oral do material coletado, para que todos fiquem a par do contedo de toda a pesquisa bibliogrfica. Em seguida, os dados sero confrontados, discutidos os pontos de vista, expostos os argumentos que levaro s concluses;

O assunto ser ordenado em partes (introduo, desenvolvimento e concluso), dividido em tpicos, com ttulos e subttulos;

Elaborao de um texto Roteiro do seminrio, que servir como esquema para a redao e para a apresentao.

Quarta Reunio

Redao do trabalho e das fichas-guia para a apresentao oral. Se for licitada a apresentao escrita, faz-se a redao prvia das partes e depois redao final, conforme as normas j especificadas. As fichas-guia para apresentao oral contm um esquema com os tpicos te sero abordados e no devem apresentar frases redigidas, uma vez que sua funo apenas servir de lembrete, de guia para a exposio oral.

Organizao do material de ilustrao. Confeco de cartazes, transparncias e outros recursos didticos que sero utilizados; folhetos e publicaes que, eventualmente, sero distribudos na classe.

Reviso crtica do contedo; verificao do material de ilustrao e do roteiro que ser distribudo, contendo um cabealho, sumrio do trabalho, nomes dos componentes do grupo e data da apresentao.Ler e aprender

A leitura uma atividade extremamente importante para o homem civilizado, atendendo a mltiplas finalidades. A leitura insere o ser humano em um vasto mundo de conhecimentos, propiciando a obteno de informaes em relao a qualquer contexto e rea do saber.

Sob tal enfoque, urge compreender que a tcnica da leitura garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente. Nesse contexto, cabe registrar que em sua grande maioria, o produtor de texto tcnico-cientfico fracassa porque sua leitura no eficiente.

Iremos agora apresentar varias dicas sobre como ler um texto. O sucesso de seus estudos a nvel superior estar muito ligado a sua capacidade de leitura. Assim, se voc ainda no tem um bom ritmo de leitura, atente-se para essas dicas.

possvel afirmar que leitor aquele que ao final de um texto (ou parte dele) consegue responder questo: sobre o que acabei de ler? Se voc no souber responder a tal questo, isto implica em reconhecer que no compreendeu a leitura, no entendeu o que leu. Dessa forma, o ato de ler exige concentrao, reflexo e, ainda, procedimentos e/ou tcnicas que envolvem a anlise, sntese, interpretao, juzo de valor. Voc precisar ler muito no ensino superior, no tem como fugir dessa realidade. Por qu? O fato que a maior parte do conhecimento cientfico se encontra em forma escrita, e sem leitura no existe ensino superior. Mas isso gera alguns problemas. White (2008, p. 189) diz o seguinte:

Com a imensa mar de material impresso a derramar-se constantemente do prelo, velhos e jovens formam o hbito da leitura apressada e superficial, e a mente perde a sua capacidade para um pensamento contnuo e vigoroso.

Voc consegue se ver na declarao acima? Embora ela tenha sido escrita mais de um sculo atrs, continua extremamente atual. Poderamos ainda atualizar a fala da autora acrescentando todas as tecnologias e mdias relacionadas s leituras (eBooks, por exemplo) que cada vez mais se tornam parte da vida no sculo 21.

Preparo para leitura

Antes de tudo, necessrio criar um ambiente e um esprito propcio leitura.

Pequenos passos so importantes:

Local: deve ser tranquilo, limpo, arejado e bem iluminado;

Postura: tente ficar longe da cama (pode te dar sono) ou da TV (algo interessante pode roubar sua ateno). No se sente de qualquer jeito, coloque-se em uma postura adequada, caso contrrio voc ir se cansar rapidamente;

Material: prepare-se para o momento da leitura. Tenha a disposio caneta marca-texto, folhas de papel (um smartphone ou computador) para fazer anotaes mais interessantes e, assim, poder voltar a elas posteriormente etc.;

Trabalho: proponha-se a ler de uma a duas horas sem interrupes. Voc precisar se programar para isso;

Persistncia: mesmo diante do cansao, sono ou tdio, no desista! A criao do hbito de ler exige perseverana.

Pausas: programe-se para elas, a cada uma hora. Uma pausa de 5 a 10 minutos lhe dar mais vigor e propiciar um melhor rendimento.

O que ler?

Saber selecionar o que necessrio ler para o trabalho a ser feito um passo importante e primordial. Certamente seus professores indicaro um rol de leituras iniciais necessrias para as aulas. Um conselho: leia sempre mais do que o recomendado.

A seguir, algumas sugestes para auxiliar na escolha de bons materiais para leitura. Pergunte-se:

Quanto fonte: quem o autor? Ele considerado como algum importante (ou seja, ele referncia) dentro do tema que voc quer estudar? Esse autor tem autoridade para falar do assunto? Quanto ao veculo de comunicao utilizado (revista, livro, editora, entre outros), ele bem conceituado e reconhecido? A obra possui referncias passveis de serem utilizadas? Cuidado com os textos extrados da internet; Lembre-se de que a internet terra sem dono; portanto, d preferncia para fontes oriundas de bases de dados cientficas (ex: Proquest, Scielo, Capes), sites oficiais de rgos mundiais (Exemplo: ONU, OMC, Unesco), governamentais (exemplo: MEC, IBGE), empresas e universidades (exemplo: Petrobrs, USP, Unicamp, Unasp);

Quanto ao contedo: pertinente sua temtica? tico? Possui ambiguidades? Depois de passar por esse crivo, leia o ttulo, o resumo, e tambm o sumrio, considere as ilustraes e apresentao do trabalho atravs da introduo. A partir disso, ser possvel obter uma boa noo da seriedade e confiabilidade do material;

Quanto comparabilidade e aplicabilidade: passando pelos dois critrios acima, seguramente temos um material confivel em mos. Fica mais uma dica importante: se o texto relata realidades de outro lugar, poca, pas e/ou estado, preciso avaliar se o contedo passvel de comparao e/ou aplicao s suas necessidades do seu estudo. Se a referncia lhe servir meramente como informao do que aconteceu em outro lugar, talvez seja prefervel priorizar outra leitura antes dessa.

Como ler

Para que voc tire maior proveito de sua leitura, poder lanar mo de algumas tcnicas para se entender e interpretar um texto. Apresentam-se, a seguir, as recomendaes destacadas por Severino (2011):

Delimitao da unidade de leitura: antes de iniciar a leitura importante que voc previamente defina o que e quanto pretende ler. Por exemplo, se voc for ler um livro extenso, no ser possvel ler tudo de uma s vez. Nesse caso, voc pode optar pela leitura de um captulo inteiro por vez, sem interrupes. Assim, a sua unidade de leitura ser sempre um captulo. Obviamente, no se recomenda espaos de tempo muito grandes entre a leitura de uma unidade e a prxima. Preferencialmente, faa tudo em sequncia, seguidos apenas de pequenos intervalos.

Anlise textual: trata-se da primeira leitura do texto. Encontre quais so as palavras-chave mais importantes com as quais que voc poder resumir o texto (para isso, pense nos temas mais importantes ali debatidos). Identifique as palavras que para voc so desconhecidas ou de significado dbio, verifique e assinale teorias ou acontecimentos histricos que voc desconhece, mas faa tudo isso, pelo menos por enquanto, sem interromper a leitura. Quando terminar de ler, procure esclarecimentos para todos esses pontos. Use dicionrios, enciclopdias, trabalhos cientficos; converse com especialistas, faa uma busca na internet, enfim, procure esclarecer todos os pontos antes de continuar o seu estudo. Sugere-se que, ao final dessa etapa, voc elabore um esquema que represente a estruturao do texto: o que compe a introduo, o desenvolvimento e a concluso, incluindo a todas as subdivises de cada um desses itens;

Anlise temtica: voc comea a estudar o texto mais a fundo. Procure identificar claramente qual o tema ou o assunto principal. Em geral, essa informao encontra-se de maneira mais explcita. A seguir tente descobrir o que levou o autor a escrever sobre tal temtica. Esse aspecto s vezes encontra-se implcito nas entrelinhas do texto. Depois, preste ateno maneira como o autor abordou essa inquietao sobre o assunto e como ele fez para resolv-la. Procure encontrar respostas para as seguintes questes: que argumento o autor usa? Que ideia ele defende? Como ele defende essa ideia ou argumento? O que ele usa para fundamentar suas afirmaes: fatos, inferncias? Que provas ou evidncias ele apresenta? Onde ele buscou essas provas e evidncias? Quais ideias secundrias ou paralelas ao tema central o autor desenvolve? Ao final da anlise temtica voc estar apto para fazer um resumo do texto e um esquema grfico e lgico das ideias apresentadas no texto lido.

Anlise interpretativa: a inteno nessa etapa ter um dilogo com o autor do texto. Procure entender como o texto lido se encaixa no que o autor j escreveu antes. Tente perceber se a posio defendida no texto coerente com alguma tendncia filosfica em especfico (por exemplo: determinismo, materialismo histrico, liberalismo etc.). Identifique, nas entrelinhas, que pressupostos o autor tomou para si na construo do texto. A seguir vem a fase da crtica. Avalie o texto quanto ao alcance dos objetivos propostos e sua coerncia lgica e argumentativa. Considere tambm o nvel de profundidade alcanado. Se as ideias apresentadas pelo autor esto devidamente embasadas e se so originais ou meras repeties das ideias de outros. Finalmente, posicione-se e fundamente o seu posicionamento em relao ao texto. Com esse nvel de anlise voc estar em condies de fazer uma resenha crtica sobre o texto.

Problematizao: cumpridas as trs etapas anteriores, voc dever ser capaz de propor uma discusso sobre o texto. Ou seja, poder problematizar. A partir do contedo estudado, o que voc gostaria de questionar ou debater num grupo em classe ou com o professor? A partir da problematizao, voc tem condies de dar os primeiros passos rumo construo de um seminrio ou projeto de pesquisa.

Sntese pessoal: depois de analisar a fundo o texto, interpret-lo, critic-lo e problematiz-lo, espera-se que voc seja capaz de tecer suas concluses sobre o tema abordado pelo autor. o momento de voc produzir a partir do que estudou. A partir da sntese pessoal, voc ter condies de propor hipteses e desenvolver a argumentao necessria para a produo de um trabalho acadmico com relevncia cientfica.

No espere resultados milagrosos da noite para o dia. Se voc ainda no o fez, ser preciso desenvolver o hbito da leitura e do estudo reflexivo. Como tudo que vale a pena na vida, isso demanda perseverana e fora de vontade. Para ajud-lo nesse processo de estudo e leitura, existem ferramentas bastante simples que podero te dar uma fora em quaisquer das etapas envolvidas no estudo de um texto. Vamos a algumas delas!Documentao da Leitura: Fichamento, Resumo e Resenha

Segundo Severino (2007), no ensino superior, os resultados dependem em grande parte da dedicao pessoal do aluno. Portanto, o estudante deve munir-se de instrumentos de trabalho (dicionrio, dicionrio, livros, revistas, entre outros), a fim de atingir uma aprendizagem eficaz.

No basta somente assistir aulas, importante que o aluno tenha posse das informaes, o que possvel atravs da documentao como forma de estudo.

Documentar anotar os pontos e ideias [sic] principais de uma aula expositiva, de um seminrio, de uma palestra ou de um texto, de forma sinttica e sem mudar a mensagem ou conotao. (PROETTI, 2005, p. 19).Fichamento

O fichamento uma tcnica de trabalho intelectual que consiste no registro sinttico e documentado das ideias e/ou informaes mais relevantes (para o leitor) de uma obra cientfica, filosfica, literria ou mesmo de uma matria jornalstica.

Fichar um texto significa sintetiz-lo, o que requer a leitura atenta do texto, sua compreenso, a identificao das ideias principais e seu registro escrito de modo conciso, coerente e objetivo. Pode-se dizer que esse registro escrito o fichamento um novo texto, cujo autor o fichador, seja ele aluno ou professor. A prtica do fichamento representa, assim, um importante meio para exercitar a escrita, essencial para a elaborao de resenhas, papers, artigos, monografias de concluso de curso, etc.

Exemplificando: ao tomar notas das informaes colhidas numa palestra, no se faz necessrio registrar todo o discurso feito, basta registrar as ideias principais. Aps, deve-se reconstruir o discurso, e, se for preciso, recorrer aos instrumentos de pesquisa. Reconstrudo o discurso, seus elementos essenciais (sintetizados pessoalmente pelo aluno) so passados para as fichas de documentao.

Agindo assim, adquire o aluno uma maior familiaridade com o assunto, pois est pensando, pesquisando, para construir o sentido das ideias e dos conceitos.

O mesmo acontece com as obras lidas, pois necessrio elaborar suas fichas de leitura, a fim de organizar as informaes nelas contidas.

As fichas so um instrumento de trabalho importante para o pesquisador, pois so de fcil manuseio e transporte, ocupam pouco espao e agilizam a ordenao do material levantado.

Fichar significa registrar, anotar, catalogar. Podemos fichar pessoas, objetos e contedos.Tradicionalmente se utilizam fichas de papel, entretanto, hoje podemos empregar diferentes softwares e editores de texto para arquivar os fichamentos realizados.

A ficha digitalizada uma excelente alternativa, desde que a pessoa organize uma pasta como banco de dados e nela crie um arquivo para as fichas de cada tema. Quando retornar ao trabalho de pesquisa ter todas as informaes catalogadas e organizadas por assunto.

O fichamento o registro sinttico e documentado das ideias e/ou informaes mais relevantes para o leitor de uma obra cientfica, literria, ou jornalstica.

Para sintetizar o texto, o leitor deve ler atentamente, compreender e identificar as ideias principais e fazer o seu registro de modo conciso, coerente, e objetivo.

Utilizao

A prtica do fichamento serve para o pesquisador:

Possibilitam a organizao dos textos pesquisados;

Permite a seleo dos dados mais importantes desses textos;

Auxiliam na aprendizagem e memorizao dos contedos e

um instrumento bsico para redao de trabalhos cientficos.

Objetivos do Fichamento

Segundo Henriques & Medeiros (1999, p. 100 apud Leal & Feuerschtte, 2003) o fichamento objetiva:

a) Identificar as obras consultadas;

b) Registrar e conhecer o contedo das obras;

c) Fazer citaes;

d) Registrar reflexes proporcionadas pela leitura do material e

e) Organizar as informaes colhidas.

Procedimentos

So variados os tipos de fichas que podem ser criados, dependendo das necessidades de quem estuda ou pesquisa. Severino (2000, p. 35-45), Eco (1988, p. 87-112), Leite (1985, p. 42-55) e Pasold (1999, p. 105-121) oferecem importantes orientaes prticas sobre diferentes tipos de fichas e sua organizao.

Cada um tem a sua maneira prpria de organizar as fichas e registrar as informaes que consideram importantes. Porm, alguns dados no podem faltar. Todos os tipos de fichas devem compreender trs partes principais:

a) cabealho: compreende ttulo (tema ou rea de concentrao da pesquisa ou trabalho), subttulo (ttulo de captulo ou subttulo de captulo) e Nmero de ordem (ordem numrica ou alfabtica das disciplinas ou temas do fichrio);

b) referncia: fonte de onde foi retirado o contedo do fichamento, deve sempre seguir as normas da ABNT;

c) corpo ou texto: o contedo propriamente dito, que pode varia conforme o tipo e finalidade da ficha. Nesse item, importante que voc crie seu prprio estilo de registrar as ideias que so relevantes. Pode ser em tpicos, por palavras-chave, com comentrios, com sua interpretao etc.

d) local: importante registrar o local ou a pgina de onde voc est destacando as ideias. Isso facilitar muito a localizao, quando precisar retornar ao material lido.

Tipos de Fichas

Digitalizadas ou manuscritas, as fichas podem receber diferentes classificaes, cada tipo com um contedo especfico. As fichas podem se classificar em: Fichas Temticas

Fichas de Indicao Bibliogrfica;

Ficha de Citao;

Fichas de Transcries ou Resumo;

Fichas de Apreciao;

Fichas de Esquemas;

Fichas de ideias sugeridas pelas leituras;

Ficha Temtica

Para Severino (2007, p. 68):

A documentao temtica destina-se ao registro dos elementos cujos contedos precisam ser apreendidos para o estudo em geral e para trabalhos especficos em particular. Esses elementos podem ser conceitos, ideias [sic], teorias, fatos, reflexes pessoais, [...], informes histricos etc..

O exemplo feito acima para uma ficha, mas para monografia no tem aspas e nem pargrafo. Recuo de 4 cm e fonte da letra 10.

Possibilita a organizao de vrias fontes conforme o tema em uma mesma ficha.

Os elementos a serem transcritos nestas fichas so tirados das leituras particulares, das aulas, das apostilas, das conferncias e dos seminrios, assim como das ideias pessoais.

A partir da estrutura curricular do curso, cada aluno poder fazer seu fichrio de documentao temtica:

Setor do fichrio: disciplina;

Ttulo das fichas: partes essenciais da disciplina;

Subttulos das fichas: conceitos e elementos fundamentais.

No tocante s aulas, apostilas e livros, tambm deve-se utilizar o mesmo procedimento, ou seja, sistematizar as ideias a serem retidas dos principais conceitos do assunto em pauta.

Procedimento a ser adotado:

Transcrio literal (cpia): entre aspas, com indicao da fonte; colocar pag.

Transcrio da sntese das ideias (posicionamento, pensamento): com indicao da fonte, no necessrio o uso das aspas; colocar pag.

Transcrio das ideias pessoais: a ausncia de quaisquer referncias demonstra que as ideias so do aluno.Ficha Bibliogrfica - livro (transcreve informao bibliogrfica do livro)

a primeira coisa a ser feita ao se tomar contato com uma obra (livros, artigos, captulos isolados, legislao).

Consiste em transcrever todas as informaes bibliogrficas relevantes da obra.

Num primeiro contato com o livro, por exemplo, l-se o sumrio, as orelhas, o prefcio e a introduo.

Deve conter: nome do autor, ttulo da obra, edio, local da publicao, editora, data da publicao e nmero de pginas.No aborda especificamente o contedo ou texto da obra. Usada para catalogao de livros em uma biblioteca pblica ou particular e voc no ir us-la fora desse contexto;

FICHA BIBLIOGRFICA

N de Ordem(1)

Tipo de referncia(2)

Autor (es)(3)

Ano(4)

Ttulo(5)

Publicao(6)

Pginas(7)

Palavras-Chave(8)

Local da Internet(9)

Programa fonte(10)

Observaes(11)

(1): Ordem sequencial da ficha bibliogrfica(2): Artigo de jornal; captulo de livro; working-paper; conferncia etc.

(3): Ano de publicao

(4): Ttulo da publicao (Incio de cada palavra em maisculas); colocar entre aspas

(5): Publicao - Nome da publicao, volume ou nmero. Em itlico

(7): Pginas do artigo (xxx-xxx)

(8): Trs palavras chave que caracterizem sumariamente o artigo (Ex.: economia da educao; economia regional; reputao; estratgia empresarial etc.)

(9): Site onde foi retirado

(10): Programa que permite abrir o artigo ( ex: acrobat; word...)

(11): Outras notas sobre o artigo

O Fichamento bibliogrfico completa a documentao textual e temtica e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores.Ficha Bibliogrfica por Autor

Conforme o pesquisador vai tomando contato com o material impresso, deve organiz-lo. Poder faz-lo atravs do fichamento bibliogrfico por autor, onde ficaro anotados o nome do autor (na chamada), o ttulo da obra, edio, local de publicao, editora, ano da publicao, nmero do volume se houver mais de um e nmero de pginas.

Exemplo:

001

SCARPARO, Monica Sartori. Fertilizao assistida: questo aberta: aspectos cientficos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 1991. 189 p.Vertentes cientficas: aspectos histricos, aspectos psicolgicos.

Questes jurdicas: questionamentos acerca do embrio humano; o tema no direito brasileiro; estudos e projetos; o tema no direito internacional.

Legislao e jurisprudncia internacional: legislao portuguesa; lei espanhola; Recomendao 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Beb M.

Referncias bibliogrficas.

Ficha Bibliogrfica por Assunto

Esse tipo de fichamento mais fcil de trabalhar. As instrues indicadas no item anterior repetem-se aqui, sendo que desta vez o assunto deve estar encabeando a ficha (na chamada).

Exemplo:

001 INSEMINAO ARTIFICIAL

SCARPARO, Monica Sartori. Fertilizao assistida: questo aberta: aspectos cientficos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitria, 1991. 189 p.Vertentes cientficas: aspectos histricos, aspectos psicolgicos.

Questes jurdicas: questionamentos acerca do embrio humano; o tema no direito brasileiro; estudos e projetos; o tema no direito internacional.

Legislao e jurisprudncia internacional: legislao portuguesa; lei espanhola; Recomendao 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Beb M.

Referncias bibliogrficas.

Ficha de Citaes

o tipo de fichamento que vai ser composto por citaes do prprio autor da obra lida. Aps leitura sistemtica da obra, o estudante/pesquisador sublinha frases, pargrafos, partes que expressam a ideia principal do autor. Partes estas que podem ser transcritas no seu trabalho de pesquisa (artigo, monografia, ensaio...).

Tendo o cuidado de abrir e encerrar a citao com aspas, e indicar a pgina da qual se fez a transcrio. Quando se fizer supresso de alguma parte da obra, deve se indicar tal supresso com reticncias entre colchetes [...].

Ficha de Citao Direta

Conforme a Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, a transcrio textual chamada de citao direta, ou seja, a reproduo fiel das frases que se pretende usar como citao na redao do trabalho.Ficha de Citao Indireta ou Parafrasear

Parafrasear reescrever, com nossas palavras, o pensamento de um autor, com o intuito de deixar o texto mais objetivo. Grandes trechos de uma obra podem ser citados como parfrase, evitando-se longa e desnecessria cpia.

A parfrase exige cuidados, como manter-se fiel informao e ideia do texto original parafraseado, alm de se fazer remisso fonte, sempre.

Cuidado com este ponto, pois uma parfrase no plgio. No entanto, um texto parafraseado, sem a devida fonte, torna-se um plgio. Este pode ser voluntrio (proposital) ou involuntrio, fruto de uma citao indireta mal feita.

Ficha de Citao com Supresso

A supresso de palavras indicada com trs pontos entre parnteses. Supresses iniciais ou finais no precisam ser indicadas; A supresso de um ou mais pargrafos intermedirios indicada por uma linha pontilhada; Ao transcrever um texto preciso rigor, observando aspas, itlicos, maisculas, pontuao, etc. No se deve alterar o texto de nenhuma forma.Ficha de Citao de Citao

realizada a meno de um documento ao qual no se teve acesso, mas que se conheceu atravs de outro autor.

FICHA DE CITAOMARCONI, Marina de Andrade. Garimpos e garimpeiros em Patrocnio Paulista. So Paulo: Conselho Estadual de Artes e Cincias Humanas, 1978, 158 p.

Entre os diversos tipos humanos caractersticos existentes no Brasil, o garimpeiro apresenta-se, desde os tempos coloniais, como um elemento pioneiro, desbravador e, sob certa forma, como agente de integrao nacional. ( p.7 ).

Os trabalhos no garimpo so feito, em geral, por homens, aparecendo a mulher muito raramente e apenas no servio de lavao ou escolha de cascalho, por serem mais suaves do que o de desmonte. (p. 26 ).

... Indivduos ( os garimpeiros ) que reunidos mais ou menos acidentalmente continuavam a viver e trabalhar juntos. Normalmente abrangem indivduos de um s sexo (...) e sua organizao mais ou menos influenciada pelos padres que j existem em nossa cultura para agrupamentos dessa natureza. ( p. 47 ). (LINTON, Ralph. O homem: uma introduo antropologia. 5 ed. So Paulo: Martins, 1965, p. 111 ).

O garimpeiro (... ) ainda um homem rural em processo lento de urbanizao, com mtodos de vida pouco diferentes dos homens da cidade, deles no se distanciando notavelmente em nenhum aspecto: vesturio, alimentao, vida familiar. ( p. 48 ).

A caracterstica fundamental no comportamento do garimpeiro (... ) a liberdade. ( p. 130 ).

Ficha de Transcries ou Resumo

a mais utilizada, pois possibilita a compreenso de uma obra ou de parte dela (um captulo). a seleo de trechos de alguns autores, que podero ser usados como citaes no trabalho ou destacar as ideias de determinados autores.

Neste caso, devem ser transcritas literalmente, entre aspas, o trecho selecionado.Exemplo:

Ficha de Apreciao

Durante a pesquisa bibliogrfica, de grande utilidade fazer anotaes a respeito de algumas obras, no que se refere a seu contedo ou estabelecendo comparaes com outras da mesma rea. Anotam-se crticas, comentrios e opinies sobre o que se leu. Este procedimento poupa o tempo que seria gasto no reexame das fontes bibliogrficas.

Exemplo:

Ficha de Esquemas

Os esquemas nas fichas tanto podem referir-se a resumos de captulos ou de obras, quanto de planos de trabalho. No primeiro caso, procura-se facilitar as revises das matrias ou memorizaes de contedos; no segundo, trata-se de gravar, atravs de anotaes, planos de trabalho ou de redao.

Exemplo:

Ficha de Ideias Sugeridas pela LeituraOcorre, muitas vezes, enquanto se procede ao levantamento bibliogrfico um tipo de raciocnio ou para complementar um tipo de raciocnio ou de exemplificao no trabalho que se realiza ou em outro, provavelmente de outra rea ou disciplina. A experincia ensina que essas ideias comentadas, que passam de relance pela mente, se no forem devidamente anotadas, dificilmente ou jamais sero recuperadas. , portanto, aconselhvel que se anotem imediatamente, de preferencia em fichas, essa ideias fugidias, sempre que elas ocorrem (ANDRADE, 1993, p. 44-45)Avaliao

As orientaes para avaliao do fichamento so:

O resumo sucinto e objetivo?

As ideias principais do texto esto contidas no resumo?

O contedo do resumo mantm fidelidade ao texto? (ou h deturpao das ideias?)

O resumo respeita a ordem das ideias apresentadas pelo autor do texto?

O resumo evidencia uma redao prpria do aluno? (ou consiste apenas na justaposio de uma srie de frases recortadas do texto?)

A linguagem utilizada obedece a norma culta?

A interpretao crtica (no caso de ter sido solicitada) pertinente e fundamentada ou justificada?

A obra fichada ou resumida est corretamente referenciada?

As normas tcnicas de apresentao de trabalhos acadmico-cientficos foram observadas?

Resumo

O resumo a apresentao concisa e frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importncia, isto , as principais ideias do autor da obra.

A finalidade do resumo consiste na difuso das informaes contidas em livros, artigos, teses etc., permitindo a quem o ler resolver sobre a convenincia ou no de consultar o texto completo. O carter de um resumo depende de seus objetivos: apresentar um sumrio narrativo das partes mais significativas, no dispensando a leitura do texto; condensao do contedo, expondo ao mesmo tempo as finalidades e metodologia quanto os resultados obtidos e as concluses da autoria, permitindo a utilizao em trabalhos cientficos e dispensando, portanto, a leitura posterior do texto original; anlise interpretativa de um documento, criticando os diferentes aspectos inerentes ao texto.

O resumo abrevia o tempo dos pesquisadores; difunde informaes de tal modo que pode influenciar e estimular a consulta do texto completo. Em sua elaborao, devem-se destacar quanto ao contedo:

O assunto do texto;

O objetivo do texto;

A articulao das ideias;

As concluses do autor do texto objeto do resumo.

Formalmente, o redator do resumo deve atentar para alguns procedimentos:

Ser redigido em linguagem objetiva, concisa, evitando-se a mera enumerao de tpicos;

Evitar a repetio de frases inteiras do original;

Respeitar a ordem em que as ideias ou fatos so apresentados;

Preferencialmente, sero escritos os resumos em 3 pessoa do singular e com verbos na voz ativa.

Finalmente, o resumo:

No deve apresentar juzo valorativo ou crtico (que pertencem a outro tipo de texto, a resenha);

Deve ser compreensvel por si mesmo, isto , dispensar a consulta ao original.

Como resumir

Os procedimentos para realizar um resumo incluem, em primeiro lugar, descobrir o plano da obra a ser resumida. Em segundo lugar, a pessoa que o est realizando deve responder, no resumo, a duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar? De que trata o texto? Em terceiro lugar, deve-se ater s idias principais do texto e a sua articulao. Muito importante nesta fase distinguir as diferentes partes do texto. A fase seguinte a da identificao de palavras-chave. Finalmente, passa-se elaborao do resumo.

Tipos de resumo

A ABNT classifica os resumos em indicativo, informativo, crtico ou recenso.

a) Resumo indicativo ou descritivo: caracterizado como um sumrio narrativo, nesse tipo de resumo descrevem-se os principais tpicos do texto original, e indicam-se sucintamente seus contedos. Portanto, no dispensa a leitura do texto original para a compreenso do assunto. Quanto extenso, no deve ultrapassar quinze ouvinte linhas; utilizam-se frases curtas que, geralmente, correspondem a cada elemento fundamental do texto; porm, o resumo descritivo no deve limitar-se enumerao pura e simples das partes do trabalho.

b) Resumo informativo ou analtico: o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou 1/4 do original, abolindo-se grficos, citaes, exemplificaes abundantes, mantendo-se, porm, as idias principais. Na so permitidas as opinies pessoais do autor do resumo. O resumo informativo, que o mais solicitado nos cursos de graduao,, deve dispensar a leitura do texto original para o conhecimento do assunto.

c) Resumo crtico ou recenso: consiste na condensao do texto original a 1/3 ou 1/4 de sua extenso, mantendo as idias fundamentais, mas permite opinies e comentrios do autor do resumo. Tal como o resumo informativo, dispensa a leitura do original para a compreenso do assunto.

A resenha um tipo de resumo crtico; contudo, mais abrangente. Alm de reduzir o texto, permite opinies e comentrios, inclui julgamentos de valor, tais como comparaes com outras obras da mesma rea do conhecimento, a relevncia da obra em relao s outras do mesmo gnero etc. Ser objeto de estudo em outro momento.

A tcnica do resumo quanto extenso do texto:

a) de pargrafos e captulos

A tcnica de resumir difere, no modo de redigir, quando se trata de um texto curto ou de uma obra inteira. Por texto curto compreende-se o que consta de um pargrafo a um captulo, embora esta no seja uma classificao rgida.

Pargrafos e captulos podem ser resumidos aplicando-se a tcnica de sublinhar e redigindo-se o resumo pela organizao de frases, baseadas nas palavras sublinhadas. Este sistema no constitui regra absoluta, mas tem a vantagem de manter a ordem das idias e fatos e propiciar a indispensvel fidelidade ao texto.

Usar vocabulrio prprio ou do autor no questo relevante, desde que o resumo apresente as principais idias do texto, de forma condensada.

Um texto mais complexo resume-se com mais facilidade se preliminarmente for elaborado um esquema com as palavras sublinhadas.

No se admitem acrscimos ou comentrios ao texto, mas as opinies e pontos de vista do autor (do original) devem ser respeitados.

Nos textos bem estruturados, cada pargrafo corresponde a uma s idia principal. Todavia, alguns autores so repetitivos e usam palavras diferentes, que contm as mesmas idias, em mais de um pargrafo, por questes didticas ou de estilo. Neste caso, os pargrafos reiterativos devem ser reduzidos a um apenas.

b) redao de resumos de livros

O resumo de textos mais longos ou de livros inteiros, evidentemente, no poder ser feito pargrafo por pargrafo, ou mesmo captulo por captulo, a partir do que foi sublinhado. Neste caso, devem-se adotar os seguintes procedimentos:

Leitura integral do texto, para conhecimento do assunto;

Aplicar a tcnica de sublinhar, para ressaltar as idias importantes e os detalhes relevantes, em cada captulo;

Reestruturar o plano de redao do autor, valendo-se, para isto, do ndice ou sumrio, isto , identificar, pelo sumrio, as principais PARTES do livro; em cada parte, os CAPTULOS, os ttulos e subttulos. De posse desses elementos, elaborar um plano ou esquema de redao do resumo;

Tomar por base o esquema ou plano de redao, para fazer um rascunho, resumindo por captulos ou por partes;

Concludo o rascunho, fazer uma leitura, para verificar se h possibilidade de resumir mais, ou se no houve omisso de algum elemento importante. Refazer a redao, com as alteraes necessrias, e transcrever em fichas, segundo as normas de fichamentos.

A norma da ABNT recomenda que o resumo tenha at 100 palavras se for de notas e comunicaes breves. Se se tratar de resumo de monografias e artigos, sua extenso ser de at 250 palavras. Resumo de relatrios e teses pode ter at 500 palavras.

indispensvel considerar o resumo como uma recriao do texto, uma nova elaborao, isto , uma nova forma de redao que utiliza as ideias do original.

Segundo Andrade (1992, p. 53), o resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes itens:

1 Apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;

2 No apresentar juzos crticos ou comentrios pessoais;3 Respeitar a ordem das ideias e fatos apresentados;4 Empregar linguagem clara e objetiva;5 Evitar a transcrio de frases do original;6 Apontar as concluses do autor;

7 Dispensar a consulta ao original para a compreenso do assunto.Resenha

Resenhar significa fazer uma relao das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstncias que o envolvem.

O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemorao solene, uma feira de livros) ou textos e obras culturais (um romance, uma pea de teatro, um filme).

A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser completa e exaustiva, j que so infinitas as propriedades e as circunstncias que envolvem o objeto descrito. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto , apenas aquilo que funcional em vista de uma inteno previamente definida.

No meio acadmico, a resenha de grande utilidade, pois facilita o trabalho profissional ao trazer um breve comentrio sobre uma obra e, tambm, sua avaliao. Resenha um texto que serve para apresentar outro (texto-base). Pode ser elaborado com base em leitura motivada por interesse prprio ou sob demanda editorial. Visa geralmente publicao em peridico tcnico ou mesmo visando divulgao de conhecimento ao grande pblico pela veiculao em mdia ampla.

Tipos de Resenhas Resenha-resumo (descritiva ou da obra): Resenha de obra o tipo de resenha mais solicitado nas escolas e universidades. Sua estrutura basicamente um resumo sobre o contedo a ser resenhado, seguido da opinio do autor da resenha. um texto que se limita a resumir o contedo de um livro, de um captulo, de um filme, de uma pea de teatro ou de um espetculo, sem qualquer crtica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal informar o leitor.

Resenha-crtica: um texto que, alm de resumir o objeto, faz uma avaliao sobre ele, uma crtica, apontando os aspectos positivos e negativos, h muito mais a opinio do resenhista que qualquer outra coisa. Alm disso, resenhas crticas costumam ser ricas em interpretaes e conjecturas a respeito do enredo do texto.

Resenha temtica: aquela que fala de vrios textos ao mesmo tempo, que tenham assuntos em comum. Basicamente, o objetivo fazer um paralelo entre suas ideias e expor uma opinio sobre elas.Resenha Descritiva

A resenha descritiva consta de:

a) uma parte descritiva em que se do informaes sobre o texto:

Nome do autor (ou dos autores);

Ttulo completo e exato da obra (ou do artigo);

Nome da editora e, se for o caso, da coleo de que faz parte a obra;

Lugar e data da publicao;

Nmero de volumes e pginas.

Pode-se fazer, nessa parte, uma descrio sumria da estrutura da obra (diviso em captulos, assunto dos captulos, ndices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, til informar tambm a lngua da verso original e o nome do tradutor (se se tratar de traduo).

b) uma parte com o resumo do contedo da obra:

Indicao sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva terica, gnero, mtodo, tom, etc.);

Resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.

Resenha Crtica

Na resenha crtica, alm dos elementos j mencionados, entram tambm comentrios e julgamentos do resenhador sobre as ideias do autor, o valor da obra, etc. Ela consiste na leitura, no resumo, na crtica e na formulao de um conceito de valor da obra feitos pelo resenhista.

A finalidade de uma resenha crtica informar o leitor, de maneira clara e objetiva, sobre o assunto tratado na obra, evidenciando a contribuio do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. Em geral, ela apresentada por um especialista, que alm do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juzo crtico.

Os requisitos bsicos para elaborao de uma resenha crtica so: 1) conhecimento completo da obra; 2) competncia na matria; 3) capacidade de juzo de valor; 4) independncia de juzo, e 5) fidelidade ao pensamento do autor.

No campo da comunicao tcnica e cientfica, a resenha de grande utilidade, porque facilita o trabalho do profissional ao trazer um breve comentrio sobre a obra e uma avaliao da mesma. A informao dada ajuda na deciso da leitura ou no da obra.

Marconi e Lakatos (2007) apresentam um roteiro para elaborao de uma resenha crtica:

1. Referncia completa do documento objeto da resenha

Autor(es)

Ttulo (subttulo)

Imprensa: local da edio, editor e data

Nmero de pginas

Ilustraes: tabelas, grficos, fotos etc.

2. Credenciais do autor

Informaes gerais sobre o autor

Autoridade no campo cientfico

Quem fez o estudo?

Quando? Por que? Em que local?

3. Conhecimento

Resumo das ideias principais

Do que se trata a obra? O que diz?

Tem alguma caracterstica especial?

Como foi abordado o tema?

Exige conhecimentos prvios para entend-lo?

4. Concluses do autor

O autor faz concluses?

Onde foram colocadas?

Quais foram?

5. Quadro de referncia do autor

Modelo terico

Que teorias que serviram de embasamento?

Quais os mtodos utilizados?

6. Apreciao

Julgamento, mrito, estilo, forma e indicao da obra.

Qualidades de uma resenha

A resenha deve possuir as mesmas qualidades de estilo imprescindveis a todo texto escrito, como: simplicidade, clareza, conciso, propriedade vocabular, preciso vocabular, objetividade e impessoalidade.

Alm disso, a resenha deve apresentar:

Imparcialidade: Seja na defesa ou no ataque, o resenhista deve julgar as ideias da obra sem paixo, devendo posicionar-se criticamente como um juiz e apresentar tanto os aspectos positivos quanto os negativos da obra, sem defender ou lado ou outro devido a motivos externos obra (amizade com o autor, imposio de editoras, professores, colegas, etc.)

Cientificidade: A resenha, assim como todo trabalho acadmico, deve ter cunho cientfico. Ou seja, estar em conformidade com as exigncias de objetividade e impessoalidade.

Privilegiar o essencial: Voc deve falar apenas do que mais importante na obra, pois seu leitor raramente estar interessado em muitos detalhes ou em partes menos importantes. Devido a isso necessrio respeitar o tempo que ele est reservando para ler seu texto.

Objetivo da resenha

O objetivo da resenha guiar o leitor pelo emaranhado da produo cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir at os mais familiarizados com todo esse contedo. Por isso a resenha um texto de carter efmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.

Como uma sntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrio com momentos de crtica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos ter escrito a resenha ideal.

Como fazer uma resenha

A resenha (ou resumo crtico) no apenas um resumo informativo ou indicativo. A resenha pede um elemento importante de interpretao de texto. Por isso, antes de comear a escrever seu resumo crtico voc deve:

Passo 1: Leitura da obra a ser resenhada

O primeiro passo conhecer o objeto que ser resenhado. Um detalhe importante: essa sua leitura deve ser rpida, com o objetivo de conhecer a obra como um todo. Portanto, no faa anotaes e nem sublinhe nada.

Passo 2: Releitura

A explicao para isso o fato que na primeira leitura que fazemos de qualquer coisa h muitos elementos que passam despercebidos.

nessa etapa que devemos, lentamente, analisar aspectos mais pontuais da obra que ser alvo da resenha. Use a tcnica de sublinhar, fazer esquemas com as ideias principais (tanto da obra quanto de cada captulo) e tente estabelecer relaes entre tudo isso.

Algo que eu fao e que ajuda muito: fazer perguntas e anot-las no canto das pginas (se voc estiver resenhando um material escrito, claro). Isso fora voc a pensar sobre o material que tem em mos.

Passo 3: Parar para pensar

Muitos j comeam a escrever a resenha logo aps a leitura do material. ERRADO! Voc deve para um tempo para pensar sobre tudo, rever suas anotaes, formar uma opinio e, quem sabe, at buscar outras fontes que tratem dos mesmos assuntos, para poder fazer contrapontos em seu texto.

Se possvel, essa pausa deve durar mais de 24h, mas no ultrapasse as 72h para que as ideias no lhe fujam da memria.

Faa mais anotaes e j tente formular os argumentos que utilizar em seu texto.

Como comear uma resenha?

H uma srie de questes que voc deve tentar responder em sua introduo. Veja:

1. De que trata o livro?

2. Ele tem alguma caracterstica especial?

3. De que modo o assunto abordado?

4. Qual a tese do autor?

5. Qual a inteno do autor?

6. Que conhecimentos prvios so exigidos para entend-lo?

7. A que tipo de leitor se dirige o autor?

8. O tratamento dado ao tema compreensvel?

9. O livro foi escrito de modo interessante e agradvel?

10. As ilustraes foram bem escolhidas?

11. O livro foi bem organizado?

12. O leitor, que a quem o livro se destina, ir ach-lo til?

13. Comparando essa obra com outras similares e com outros trabalhos do mesmo autor, a que concluses chegamos?

Evidentemente, voc no precisa responder a todas essas questes, sendo elas sugestes que voc pode utilizar no incio de sua resenha.

Oito Passos

Na resenha acadmica crtica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produo completa:

Identifique a obra: coloque os dados bibliogrficos essenciais do livro ou artigo que voc vai resenhar;

Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o contedo do texto a ser resenhado;

Descreva a estrutura: fale sobre a diviso em captulos, em sees, sobre o foco narrativo ou at, de forma sutil, o nmero de pginas do texto completo;

Descreva o contedo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 pargrafos para resumir claramente o texto resenhado;

Analise de forma crtica: Nessa parte, e apenas nessa parte, voc vai dar sua opinio. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparaes ou at mesmo utilizando-se de explicaes que foram dadas em aula. difcil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 pargrafos para isso, porm no h um limite estabelecido. D asas ao seu senso crtico.

Recomende a obra: Voc j leu, j resumiu e j deu sua opinio, agora hora de analisar para quem o texto realmente til (se for til para algum). Utilize elementos sociais ou pedaggicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.

Identifique o autor: Cuidado! Aqui voc fala quem o autor da obra que foi resenhada e no do autor da resenha (no caso, voc). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.

Assine e identifique-se: Agora sim. No ltimo pargrafo voc escreve seu nome e fala algo como Acadmico do Curso de Pedagogia ISETED

Como escrever a concluso?

Esse espao final da resenha serve para expor sua avaliao geral sobre a obra. At aqui voc j deve ter discutido os argumentos do autor e como ele os defende, assim como ter avaliado a qualidade e a eficincia de diversos aspectos do livro ou artigo.

Agora o momento de avaliar o trabalho como um todo, determinando coisas como se o autor conseguiu ou no atingir os objetivos propostos e se a obra contribui de maneira significante para a rea de conhecimento da qual faz parte.

Ao escrever a concluso, voc pode considerar as seguintes perguntas:

1. A obra usa graus de objetividade ou subjetividade apropriados proposta inicial do autor?

2. O autor consegue manter o foco da obra, sem incorrer em excesso de opinio prpria ou falta de fontes que comprovem seus argumentos?

3. Em algum momento o autor deixa de considerar aspectos relevantes de sua rea, como outros pontos de vista ou teorias contrrias s dele?

4. O autor conseguiu atender aos objetivos a que se props ao iniciar a obra?

5. Que contribuies a obra traz para sua rea de conhecimento ou grupo especfico de leitores?

6. possvel justificar o uso dessa obra no contexto em que foi indicada (uma disciplina da universidade, por exemplo)?

7. Qual o comentrio final mais importante que voc faria a respeito dessa obra?

8. Voc tem sugestes para futuras pesquisas nessa rea?

9. De que maneiras ler/assistir essa obra contribuiu para sua formao?

Concluso

Fazer uma resenha parece muito fcil primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.

As resenhas so ainda, alm de um timo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadmicos que precisam selecionar quantidades enormes de contedo em um tempo relativamente pequeno.

ARTIGO CIENTFICO

Artigo cientfico parte de uma publicao com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, mtodos, tcnicas, processos e resultados nas diversas reas do conhecimento (ABNT/NBR 6022, 2003, p. 2), e traz resultados originais (no publicados anteriormente). Um bom artigo, por ser completo, deve permitir ao leitor repetir a experincia e/ou discusso ali encontrada, por essa razo se espera rigor cientfico na construo do pensamento e das citaes dispostas no texto.

Pode ser escrito por um ou mais autores e tem a finalidade de divulgar, de forma sinttica e analtica os resultados de investigaes realizadas para uma rea do conhecimento (PICCOLLI, 2006). provavelmente o meio por excelncia para a comunicao da pesquisa por meio das revistas cientficas. So nelas que se v melhor e mais rapidamente os resultados cientficos, sendo o local por excelncia onde a comunidade pode avaliar a justa medida da pesquisa. preciso que o pesquisador diga apenas o essencial, pois as pginas (e o tempo de quem l) sempre so limitadas (LAKATOS; MARCONI, 2003; LAVILLE; DIONNE, 1999).

Por ser um conjunto de ideias apresentado para publicao, geralmente, em determinada revista cientfica, cada artigo deve obedecer s exigncias da publicao a que se destina, quanto aos formatos como espaamentos entre linhas, tipo e tamanho de fonte, numerao de pginas. Essas informaes so encontradas na revista onde se pretende public-lo, pois h diferentes padres nacionais e internacionais de publicao de trabalhos (BOENTE; BRAGA, 2004).

Propsitos

De um modo geral, o artigo produzido para divulgar resultados de pesquisas cientficas. Entretanto, esse tipo de trabalho tambm pode ser elaborado com os seguintes propsitos, de acordo com Marconi e Lakatos (2007, p. 88):

Discutir aspectos de assuntos ainda pouco estudados ou no estudados (inovadores);

Aprofundar discusses sobre assuntos j estudados e que pressupem o alcance de novos resultados;

Estudar temticas clssicas sob enfoques contemporneos;

Aprofundar ou dar continuidade anlise dos resultados de pesquisas, a partir de novos enfoques ou perspectivas;

Resgatar ou refutar resultados controversos ou que caracterizaram erros em processos de pesquisa, buscando a resoluo satisfatria ou a explicao controvrsia gerada.

Alm desses objetivos, o artigo cientfico pode abordar conceitos, ideias, teorias ou mesmo hipteses de forma a discuti-los ou pormenorizar aspectos.

No contexto da formao acadmica, o artigo cientfico tende a ser usado como estratgia de ensino para o desenvolvimento da capacidade de sntese das experincias de pesquisa realizadas pelo aluno. Ao produzir o artigo, o aluno inicia uma aproximao aos conceitos e linguagem cientfica que necessitar desenvolver no momento da elaborao do trabalho de concluso de curso.

A elaborao de artigos estimula, ainda, a anlise e a crtica de contedos tericos e de ideias de diferentes autores, contribuindo para que o aluno aprenda a sintetizar conceitos, fazer comparaes, formular crticas sobre um determinado tema luz de pressupostos tericos ou de evidncias empricas j sistematizadas.Tipos de Artigo

Os Artigos Cientficos tm por objetivo publicar resultados de um estudo. Parte de uma publicao com autoria declarada, que apresenta e discute idias, mtodos, tcnicas, processos e resultados nas diversas reas do conhecimento. A NBR 6022/2003 traz indicaes e definies que auxiliam no entendimento dos tipos de produo de Artigos Cientficos.

De acordo com a ABNT (2003), duas definies so apresentadas para o Artigo Cientfico, quanto anlise do contedo so elas:

1) O Artigo Original: Utilizado para o relatrio de experincia de pesquisa, estudo de caso etc. Neste caso so abordados temas nicos, delimitados, em que se serve de um raciocnio rigoroso e metodolgico - de acordo com as diretrizes lgicas da pesquisa cientfica - de forma interpretativa, argumentativa, dissertativa e apreciativa, aferem-se os respectivos resultados e avalia-se o avano que da pesquisa em relao ao crescimento cientifico da rea, o que exige ampla informao cultural e muita maturidade intelectual, inclusive por necessitar tambm de um referencial terico abalizado de sustentao da ideia nova, original e indita que comunica (GONALVES, 2004).

b) O Artigo de Reviso: Significa um estudo aprofundado sobre o determinado tema com o propsito de estabelecer um debate entre os autores pesquisados e deles com o autor do artigo, para a identificao das ideias, posies e posturas acadmicas, bem como o estado da arte, marco terico ou quadro terico, principalmente por meio de publicaes peridicas cientficas e especializadas, objetivando identificar o grau de profundidade dos estudos desenvolvidos at o mesmo sobre o assunto (NBR 6022, 2003).

Para Lakatos & Marconi (2007), o Artigo Cientfico, de acordo com sua abordagem, pode ser:

Argumento Terico: Apresenta argumentos favorveis ou contrrio a uma opinio a fim de comprov-la ou refut-la;

Classificatrio: Classifica os aspectos de um determinado assunto e explica suas partes;

Analtico ou de Anlise: Prioriza o estudo de cada elemento constitutivo do assunto e sua relao com o todo.

O seu contedo abrange os mais variados assuntos, de acordo com Severino (2007) podendo:

a) versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrrio ao j conhecido;

b) oferecer solues para questes controvertidas;

c) levar ao conhecimento do poltico intelectual ou especializado no assunto ideias novas, para

d) sondagem de opinies ou atualizao de informes;

e) abordar aspectos secundrios, e levantados em algumas pesquisas, mas que no seriam utilizados na mesma.

Na tabela abaixo voc poder perceber que existe vrios tipos de artigos cientficos, nela no esto todas as possibilidades, mas as principais. Sempre importante lembrar que o tipo do artigo que voc ir fazer deve ser escolhido seguindo os objetivos propostos e as regras estabelecidas pela revista cientfica na qual voc ir publicar sua produo.

Tabela 1 - Tipos de artigos e finalidadesTipo de ArtigoFinalidade

Artigo de Pesquisa CientficaEstudo que apresenta, por meio de uma metodologia cientfica, resultados e concluses que solucionam um problema levantado pelo objetivo do trabalho.

Artigo de reviso da literaturaApresentar dados publicados em literatura a respeito de um determinado assunto, confrontando e discutindo de uma maneira harmoniosa os achados antigos e atuais.

Artigo de estudo de casoEstudo profundo ou detalhado de um ou poucos objetos de pesquisa.

Artigo com discusses tericasAnlise filosfica e epistemolgica que trabalham as bases tericas das cincias discute os fundamentos da sociedade e tentam, atravs de algumas teorias, entender as relaes sociais.

Importncia da Produo Cientfica no Ambiente Acadmico e Profissional

Os diversos tipos de conhecimentos, foram abordados na disciplina de Metodologia da Pesquisa Cientfica, no so necessariamente excludentes. Eles coexistem e, em muitos momentos, cooperam entre si para compor a compreenso que se tem da realidade.

A realidade das culturas sociais e das organizaes exige uma viso holstica em virtude da complexidade das relaes e dos fenmenos que envolvem as mltiplas facetas do cotidiano.

Essa complexidade do conhecimento leva a dois aspectos fundamentais aprendizagem e produo do conhecimento e, mais fundamentalmente, ao processo de aprender a aprender e a produzir conhecimento adaptado realidade vivida. Evidenciase, no contexto atual, a necessidade de produzir e gerir o conhecimento para compreender a realidade e atuar sobre ela.

A produo e a gesto do conhecimento, tanto no mbito acadmico quanto no mbito profissional, tornaramse um diferencial das pessoas e das organizaes. No basta reproduzir o conhecimento. necessrio produzir conhecimento novo, pois a demanda por inovao e solues para os vrios problemas sociais, coorporativos e ambientais assim exigem.

Desta forma, a contribuio mercadolgica e acadmica que o alunopesquisador pode gerar fundamental para a sociedade, seja ela corporativa ou cientfica. Cabe lembrar que a inteno sempre associar a prtica teoria. O alunopesquisador deve ser capaz de identificar o melhor mtodo para aquela prtica. A especificidade e a adequao no so exclusividades da teoria, mas fundamentais na prtica.

preciso no somente conhecer a prtica ou entender a teoria; preciso unilas adequadamente. o conhecimento emprico aliado ao conhecimento cientfico tornando o processo de concluso ou resultado com validade e segurana para a ao.

Portanto, preciso avaliar, testar e apresentar as atividades prticas e tericas dentro de um contexto adequado para aquela realidade organizacional.

O pesquisador se torna um agente efetivo e participativo na busca e gerao do conhecimento e crescimento organizacional.

A motivao para uma nova forma ou tcnica de desenvolver aquela rotina, aquela prtica, faz dele um colaborador interessado e comprometido com a instituio. As organizaes buscam em seus colaboradores cada vez mais conhecimento e habilidades.

Esperam deles iniciativa para melhor desempenharem suas tarefas, serem questionadores e, consequentemente, que resolvam os problemas do dia a dia. Essa busca ocorre por meio da elaborao de estudos que, quando cientficos, como o caso do artigo, tornam o resultado muito mais seguro e confivel para ser implementado ou considerado no mercado profissional.

Estrutura do Artigo Cientfico

Em termos de procedimentos para a escrita de um artigo cientfico, necessrio observar os propsitos do trabalho a ser elaborado. Pela NBR 14724 (2011) e NBR 6022 (2003), a estrutura de um Trabalho de Concluso de Curso compreende trs partes fundamentais: pr-textuais, textuais e ps-textuais. Para a elaborao de Trabalhos de Concluso de Cursos do ISETED/IEducare, necessrio que se defina uma estrutura bsica que oriente o acadmico na elaborao do Trabalho de Concluso de Curso. Mesmo considerando-se seu formato reduzido (entre 10 a 20 laudas), trata-se de um trabalho completo, um texto integral.

Cada uma dessas divises possui uma srie de elementos, anteriormente referidos como obrigatrios ou opcionais. Apresentarse cada um desses elementos com explicaes detalhadas sobre sua elaborao e apresentao, de acordo com a norma da ABNT correspondente.

Tabela 2 - Estruturas do Artigo CientficoELEMENTOSCOMPONENTES

PrtextuaisCapa (Obrigatrio)Nome da Instituio, da Faculdade e do Curso

Autor(es)

Ttulo e subttulo (quando for o caso)

Local

Data

Folha de Rosto (Obrigatrio)Autor(es)

Ttulo e subttulo (quando for o caso)

Nota de artigo, orientador

Local

DataFolha de Aprovao (Opcional - quando houver apresentao)Primeira Folha do Artigo (Obrigatrio)Ttulo e subttulo (quando for o caso)

Autor(es)

Resumo em portugus

Palavraschave em portugus

TextuaisIntroduo: inclui objetivos, justificativas e hipteses sobre as quais se trabalhouCorpo

Referencial Terico Metodologia (Procedimentos utilizados, Mtodos, Tcnicas, Materiais)

Resultados (Anlises, Interpretao, Discusso)

Consideraes Finais (concluso)

PstextuaisReferncias

Glossrio (Opcional)

Apndices (Opcional)

Anexos (Opcional)

Sugere-se que cada componente dos elementos textuais em um artigo cientfico tenham um tamanho proporcional em relao ao todo, conforme explicitado no quadro abaixo:

Tabela 3 - Proporcionalidade de cada elemento textual em relao ao tamanho total do corpo ou parte principal do artigo cientficonElemento textual Proporo

01

02

03 Introduo

Desenvolvimento

Concluso ou Consideraes finais2 a 3 de 10

6 a 7/ de 10

a 1 de 10

Total10/ 10

Elementos PrTextuais

So denominados prtextuais aqueles elementos que no so redigidos em estruturas rgidas de pargrafos que aparecem antes do corpo do artigo. Os elementos prtextuais sero apresentados a seguir, de acordo com a NBR 14724 (2011, p. 56).Capa

Elemento obrigatrio. As informaes so apresentadas na seguinte ordem:

a) nome da instituio (opcional); localizado na margem superior, centralizado, letras maisculas, fonte 12 e em negrito.b) Nome(s) do(s) autor(es): nome e sobrenome do(s) autor(es), em ordem alfabtica, em letras maisculas, centralizado, (considerando o alinhamento horizontal), fonte 12 e em negrito.;

c) ttulo: deve ser claro e preciso, identificando o seu contedo e possibilitando a indexao e recuperao da informao; em letras maisculas, centralizado, fonte 12, negrito.d) subttulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinao ao ttulo; em letras minsculas Palavras Iniciadas em Letras Maisculas, fonte 12 e sem negrito.e) nmero do volume: se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificao do respectivo volume;

f) local (cidade) da instituio onde deve ser apresentado, na parte inferior da pgina, centralizado, em caixa baixa sem sublinhar, no utilizar aspas e nem negrito; a fonte do texto deve ser Times ou Arial tamanho 12;NOTA: No caso de cidades homnimas recomenda-se o acrscimo da sigla da unidade da federao.

g) ano de depsito (da entrega). O espaamento entre local e ano deve ser de 1,5cm.

Contracapa ou Folha de Rosto

Elemento obrigatrio; nesta folha devem constar informaes essenciais identificao do trabalho, segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 14724 (2011, p. 6), os elementos devem ser apresentados na seguinte ordem:

a) Nome(s) do(s) autor(es): responsvel intelectual do trabalho, no alto da folha, centralizado, em caixa alta, sem sublinhar, no utilizar aspas e nem negrito; a fonte do texto deve ser Times ou Arial tamanho 12;

b) ttulo: deve ser claro e preciso, identificando o seu contedo e possibilitando a indexao e recuperao da informao, centralizado, em caixa alta sem sublinhar, nem utilizar aspas, utilizando negrito; a fonte do texto deve ser Times ou Arial tamanho 12, com espao simples. Em caso de ttulos com mais de uma linha, o espao entre elas dever ser de 1,5 cm;c) subttulo, se houver negrito, Palavras Iniciadas em Letras Maisculas; Arial 12d) nmero do volume, se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especificao do respectivo volume;

e) natureza: (TCC, dissertao, tese, artigo e outros) e objetivo (aprovao em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituio a que submetido e rea de concentrao; nome do orientador e, se houver, co-orientador ou professor (nome e sobrenome); alinhado direita, digitado em espao simples, com recuo esquerda de 8 cm (Arial 11);

f) nome do orientador e, se houver, do co-orientador;

g) local (cidade) da instituio onde deve ser apresentado;

h) ano de depsito (da entrega).

A folha de rosto, embora considerada a primeira folha do trabalho, no recebe numerao.

Figura 1 - Modelo de Capa e Folha de Rosto Folha de Aprovao

Consiste em uma lauda, com espaamentos simples, cuja finalidade reservar um espao para que o(a) orientador(a) e professores convidados emitam seu conceito mediante trabalho apresentado. A folha de aprovao abnt normalmente deve conter:

Nome do autor;

Ttulo;

Subttulo (se houver);

Natureza do trabalho (relatrio, tese, dissertao, trabalho de concluso de curso outros);

Nome do curso, faculdade instituio que submetido;

Objetivo (aprovao em disciplina, grau pretendido outros);

Nome do orientador do co-orientador (se houver) sua titulao afiliaes. (dependendo da faculdade este item no entra na Banca Examinadora)

Data da aprovao (preenchida ou em branco);

Nome, titulao assinatura dos componentes da banca examinadora

A data de aprovao as assinaturas dos componentes da banca so preenchidas aps aprovao do trabalho.

Figura 2 - Modelo de Folha de Aprovao Primeira Parte do Artigo

constituda de: ttulo e subttulo se houver, nome(s) do(s) autor(es), resumo na lngua do texto, palavras chave na lngua do texto.

Ttulo

Deve ser pertinente questoproblema desenvolvida. Um bom ttulo esclarece o contedo que ser tratado no interior do texto. claro e explicativo. apresentado de modo centralizado, CAIXA ALTA e em negrito, com a fonte 12;

Subttulo

Se necessrio para esclarecer ou complementar o ttulo. O subttulo deve ser diferenciado tipograficamente ou separado daquele por dois pontos (:) (NBR 6022/2003).

Autor(es)

O(a) autor(a) do artigo deve vir indicado na margem esquerda a duas linhas abaixo do ttulo, com fonte 12. Caso haja mais de um autor, os mesmos devero vir em ordem alfabtica. Um breve currculo que o(s) qualifique na rea de conhecimento do artigo, o endereo postal e eletrnico, devem aparecer em rodap indicado por asterisco, na primeira pgina do artigo, (modelo vide anexo C) indicar o nome por extenso, em caixa baixa, um espao abaixo do ttulo, alinhado direita, inserindo nota de rodap para se acrescentar o minicurrculo do autor.Minicurrculo do autor(a)

Breve descrio do perfil do aluno, indicando sua formao acadmica, bem como sua experincia profissional; o minicurrculo, por vir em nota de rodap, deve apresentar letra 10, espaamento simples entre linhas.

Figura 3 - Modelo de pagina inicial do artigoResumo

De acordo com a ABNT NBR 6028 (2003, p.1) o resumo um elemento obrigatrio e deve ressaltar o tema/questo problema, o objetivo, a metodologia utilizada na pesquisa, o referencial terico, bem como os resultados e concluses do trabalho. constitudo de uma sequncia de frases concisas e objetivas e no de uma simples enumerao de tpicos.

Texto, num nico pargrafo estruturado de cinco a dez linhas, sem recuo, em entrelinhamento simples, com fonte 10, onde se expe o objetivo do artigo, a metodologia utilizada para solucionar o problema, os resultados alcanados e as concluses do trabalho de forma concisa, deve ter de 100 a 250 palavras. No deve conter citaes.

Palavraschave

So termos indicativos de assunto e devem ser escolhidas preferencialmente em vocabulrio controlado. Devem ser redigidas abaixo do resumo, antecedidas da expresso Palavraschave, separadas entre si por ponto final e finalizadas tambm por ponto final. (fonte 12; espao entre linhas 1,5; pargrafo justificado). Geralmente se exige a enumerao de 3 a 5 palavras chave.Elementos Textuais

Considerada a parte principal do artigo cientfico, compe-se do texto propriamente dito, sendo a etapa onde o assunto apresentado e desenvolvido e, por esse motivo, chamado corpo do trabalho. O corpo do artigo composto por: Introduo, Desenvolvimento e Concluso. Por orientao normativa da Instituio, essas palavras devem vir no texto, digitadas esquerda, caixa baixa e em negrito, com o objetivo de delimitar tais partes. Todo o texto deve ser estruturado em pargrafos com alinhamento justificado (com recuo de 1,5cm na primeira linha), fonte 12 e o espao entre linhas de 1,5cm.

Introduo

A introduo apresenta o tema que ser abordado. Sua ideia principal tratar de maneira geral o assunto da pesquisa, por esse motivo dever conter informaes que facilitem o entendimento do assunto.

No primeiro pargrafo da introduo voc deve deixar completamente claro o que pretende com o TCC. Nos pargrafos seguintes, voc deve falar sobre a problematizao, a contextualizao histrica, a reviso bibliogrfica, a justificativa, hipteses e a metodologia. Ao final da introduo deve ser apresentado os objetivos do trabalho, de maneira clara e direta. importante que o objetivo apresentado tenha uma relao direta com o texto exposto na introduo.

As concluses, evidentemente, devem ficar na concluso, para que o leitor no perca o interesse pelo seu TCC. Toda a introduo feita sem subttulos.

O ttulo introduo no possui indicativo numrico. Deve ser alinhado esquerda em caixa baixa e em negrito, depois de dois espaos de 1,5cm entra o texto. A fonte do texto deve ser Times ou Arial tamanho 12, com espacejamento de 1,5.

ATENO: A introduo deve ser revista e finalizada depois de escrito todo o trabalho, pois, no decorrer do desenvolvimento do artigo, algumas coisas podem ser modificadas em relao ao projeto original.

Desenvolvimento

Parte principal do texto, que de acordo com a ABNT NBR 14724 (2011, p. 6), contm a exposio ordenada e pormenorizada do assunto. onde o autor apresenta, discute e busca demonstrar as ideias que quer provar. o ncleo do trabalho em que o autor expe, explica e demonstra o assunto em todos os seus aspectos. (Material e mtodos, discusso e resultado). , portanto, a parte principal e mais extensa do Artigo, devendo apresentar:

Fundamentao terica;

Descrio da(s) metodologia(s) de pesquisa aplicada(s);

Exposio dos dados ou resultados da pesquisa;

Discusso tericometodolgica;

Anlise dos resultados.

ATENO! O Desenvolvimento pode ser dividido em subitens (conforme a ABNT, NBR 6024:2003). Para tanto, use a mesma formatao descrita no incio desse Tpico Elementos Textuais: ttulo do subitem digitado esquerda, caixa baixa (letras minsculas) e em negrito. A fonte do texto deve ser Times ou Arial tamanho 12 com espacejamento de 1,5.

Reviso da Literatura/Fundamentao Terica a parte erudita do texto. Mostra, por meio da compilao crtica e retrospectiva de vrias publicaes, o estgio de desenvolvimento do tema da pesquisa (AZEVEDO, 1998) e/ou estabelece um referencial terico para dar suporte ao desenvolvimento o trabalho.

A importncia deste item referese necessidade do leitor em saber o que existe na literatura correlata, as informaes e sugestes sobre o problema em estudo. Ou seja, so os fatores existentes no estoque de conhecimento e que so adequados ao problema.

Para elaborar um referencial terico consistente so necessrios: amplo conhecimento dos fatores pertinentes, viso clara do problema e articulao lgica entre os diversos tipos de conhecimento utilizados.

aconselhvel o uso de citaes bibliogrficas. Entretanto, devem seguir as mesmas normas dos demais trabalhos cientficos. Assim, as citaes diretas longas (com mais de trs linhas) devem constituir um pargrafo independente, recuado a 4,0cm da margem esquerda, em letras corpo 10, com espao simples entre linhas. Contudo, as citaes diretas curtas devem ser inseridas no texto entre aspas. As citaes indiretas tambm so inclusas no corpo do texto.

Metodologia (Procedimentos Metodolgicos ou Materiais e Mtodos)

Nessa etapa do trabalho o pesquisador dever indicar de forma simples, mas completa, as etapas, mtodos e tcnicas utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa para atingir os objetivos propostos.

A opo pelo mtodo de pesquisa, quantitativo e/ou qualitativo, orienta-se pela formulao do problema de pesquisa, objetivos e hipteses, variam de acordo com o propsito do artigo. Qualquer que seja a escolha, esta deve estar claramente definida e justificada no tpico referente metodologia.

Nesta parte do trabalho podem ser usados subttulos para as partes. Basicamente traz os seguintes componentes:

a) plano ou delineamento da pesquisa de acordo com o propsito ou objetivo geral estabelecido;

b) informaes sobre o local da pesquisa

c) perodo de experimento

d) definio da rea ou populao-alvo do estudo;

e) plano de amostragem (quando for aplicvel);

f) planos de instrumentos de coleta;

g) plano de anlise dos dados.

A metodologia deve ser apresentada na sequncia cronolgica em que o trabalho foi conduzido.Resultados Esta fase do artigo designada a apresentar e interpretar os resultados alcanados, aps a aplicao do mtodo. De acordo com Volpato (2007, p. 106) esse item tem importncia adicional ao estudo, pois alm de ser a base que nortear toda sua discusso, ele ser o primeiro a ser olhado no texto antes que o leitor inicie a leitura. Se, ao folhear rapidamente seu texto, o leitor se deparar com resultados interessantes, se sentir atrado para ler o artigo. Para isso, necessrio atentar para as formas de apresentao, que devem ser realizada deforma direta, objetiva, sucinta e clara, apontando sua significncia e sua relevncia. Podese fazer uso de tabelas e figuras para apresentao dos resultados. Aqui se interpreta, critica, justifica e enfatiza os resultados encontrados.

Discusso

Discutemse os resultados encontrados na investigao e comparamse com os resultados de pesquisa anteriores (caso se tenha reviso de literatura). a parte da argumentao.

Na discusso dos resultados o autor deve:

a) estabelecer relaes entre causas e efeitos;

b) deduzir as generalizaes e princpios bsicos que tenham comprovao nas observaes experimentais;

c) esclarecer excees, modificaes e contradies das hipteses, teorias e princpios diretamente relacionados com o trabalho realizado;

d) indicar as aplicaes tericas e prticas dos resultados obtidos, bem como as suas limitaes.

e) Procurar elaborar, sempre que possvel, uma teoria para explicar certas observaes ou resultados obtidos;

f) Distinguir o que j conhecido o que ainda precisa ser pesquisado.

Concluso ou Consideraes Finais

Esta a parte final do texto, na qual se apresentam concluses correspondentes aos objetivos ou hipteses. Por isso, recapitulamse, nesta parte, os resultados da pesquisa, ressaltando as consequncias e possveis vinculaes futuras. Devem ser apresentados somente os dados comprovados no desenvolvimento do trabalho, no sendo permitido a incluso de informaes novas. A concluso de carter qualitativo, portanto, no permiti quadros, tabelas, citaes entre outras.

Deve ser breve e estar em harmonia com tudo o que foi relatado nas partes anteriores. Precisa responder questoproblema proposta e investigada. O autor pode expor seu ponto de vista pessoal, desde que seja baseado nos resultados que avaliou e interpretou. Pode tambm apresentar recomendaes e sugestes para trabalhos futuros.

Elementos Ps textuais

Os elementos ps-textuais compreendem aqueles componentes que completam e enriquecem o trabalho acadmico, sendo alguns opcionais, variando de acordo com a necessidade. Entre eles destacam-se: Referncias, ndice remissivo, Glossrio, Bibliografia de apoio ou recomendada, Apndices, Anexos, etc.

Referncias

No artigo cientfico utiliza-se obrigatoriamente a Referncia, que consiste no conjunto padronizado de elementos que permitem a identificao de um documento no todo ou em parte.

Apresentar a bibliografia citada obrigatrio, pois todo o trabalho cientfico fundamentado em pesquisa bibliogrfica (reviso de literatura, fundamentao terica). Todas as publicaes utilizadas no decorrer do texto devero estar listadas de acordo com as normas para a elaborao de referncias NBR 6023 da ABNT (2002). Com maior frequncia utilizada a lista de referncias por ordem alfabtica (sistema alfabtico) no final do artigo, onde so apresentados todos os documentos citados pelo autor. Menos comum, tambm pode-se optar pela notao numrica, que utiliza predominantemente as notas de rodap na prpria pgina onde o documento foi citado.

Glossrio

Nem sempre usual nos artigos, consiste em uma lista de palavras ou expresses tcnicas que precisam ser definidas para o entendimento do texto.

Apndices

Aparece no final do trabalho (opcional). Apndice, segundo a NBR 14724 da A