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PLANO DE APLICAÇÃO DA OFICINA DIDÁTICA DE FILOSOFIA A Função do Estado em John Rawls e Robert Nozick Eli Schmidtke 1 Geovani Godoi 2 Medeia Lais Reis 3 Patricia Joca Martins 4 Yaquelini Gomez Maidana 5 Professor Gilberto Neske 6 Colégio Estadual Presidente Castelo Branco PREMEN Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID/CAPES Palavras-chave: Justiça, Equidade, Estado Mínimo, Bem-estar social, Liberalismo. Introdução 1 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmico do 4º ano curso de Licenciatura em Filosofia da Unioeste campus de Toledo; 2 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmico do 1º ano curso de Licenciatura em Filosofia da Unioeste campus de Toledo. 3 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmica do 4º ano curso de Licenciatura em Filosofia da Unioeste campus de Toledo. 4 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmica do 4º ano curso de Licenciatura em Filosofia da Unioeste campus de Toledo. 5 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmica do 1º ano curso de Licenciatura em Filosofia da Unioeste campus de Toledo. 6 Professor de Filosofia no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco PREMEN, em Toledo; professor supervisor do Subprojeto Pibid Filosofia da Unioeste.

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PLANO DE APLICAÇÃO DA OFICINA DIDÁTICA DE FILOSOFIA

A Função do Estado em John Rawls e Robert Nozick

Eli Schmidtke1

Geovani Godoi2

Medeia Lais Reis3

Patricia Joca Martins4

Yaquelini Gomez Maidana5

Professor Gilberto Neske6

Colégio Estadual Presidente Castelo Branco – PREMEN

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID/CAPES

Palavras-chave:

Justiça, Equidade, Estado Mínimo, Bem-estar social, Liberalismo.

Introdução

1 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmico do 4º ano curso de Licenciatura em Filosofia

da Unioeste – campus de Toledo;

2 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmico do 1º ano curso de Licenciatura em Filosofia

da Unioeste – campus de Toledo.

3 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmica do 4º ano curso de Licenciatura em Filosofia

da Unioeste – campus de Toledo.

4 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmica do 4º ano curso de Licenciatura em Filosofia

da Unioeste – campus de Toledo.

5 Bolsista de Iniciação à Docência do Pibid Filosofia e acadêmica do 1º ano curso de Licenciatura em Filosofia

da Unioeste – campus de Toledo.

6 Professor de Filosofia no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco – PREMEN, em Toledo; professor

supervisor do Subprojeto Pibid Filosofia da Unioeste.

A presente Oficina tem por intuito trabalhar a distinção entre dois filósofos

contemporâneos liberais com os alunos do Ensino Médio. De um lado John Rawls,

um liberal moderado que desenvolve sua teoria da justiça em uma tese

distributivista, onde o Estado tem que ser garantidor de equidade, e os cidadãos

trabalham em cooperação; a sociedade tem que cooperar entre si, de outro lado

Robert Nozick; liberal conservador, que advoga que o Estado deve ser garantidor

de: Liberdade, vida e propriedade aos cidadãos, o restante não deve ser atribuído

ao Estado, mas sim a cada cidadão, Nozick defende a dignidade da pessoa humana

e a liberdade individual. O ponto forte em comum dos dois é a crítica que fazem ao

utilitarismo. A Oficina tem por objetivo desenvolver uma atitude político-critica,

mediante a compreensão do conceito de justiça de cada filósofo, fazer com que os

alunos reflitam e tenham uma compreensão da teoria de dois filósofos liberais,

porém que defendem opiniões tão opostas.

Público alvo:

A oficina será aplicada ao 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual

Presidente Castelo Branco – PREMEN, 40 alunos e para o 1º ano do Colégio

Estadual Jardim Europa, 30 alunos.

Número de participantes:

No mínimo 25 pessoas, no máximo 40 participantes.

Tempo Esperado:

2 horas/aula

Objetivos

(a) Problematizar o conceito de Justiça e Estado em John Rawls e Robert

Nozick;

(b) Construir um pensamento político-crítico;

(c) Provocar um sentimento de questionamento sobre as formas de governo

existentes;

(d) Debater a Constituição da República Federativa do Brasil frente a teoria

dos filósofos, e sua aplicabilidade;

(e) Diferenciar os aspectos das duas linhas de liberalismo que iremos

trabalhar;

Materiais:

Papel, caneta, lápis, multimídia, câmera, microfone, cartolina, canetão, caixa

de som, excertos do texto original do filósofo.

Metodologia:

Antes dos alunos estrarem na sala, eles receberão uma figura, essa figura

irá separa-los em dois grupos, serão dois tipos diferentes de figura: uma com a

imagem de John Rawls e outra com a imagem de Robert Nozick, as carteiras já

estarão separadas na sala de forma que cada aluno que tenha a figura com a

imagem de John Rawls fique de um lado e os alunos que tenham a imagem de

Robert Nozick, se fiquem do outro lado. A oficina será dialogada, no qual serão

explorados quatro métodos filosóficos: Sensibilização, Problematização,

Investigação e Conceituação, no qual será realizado Teatro, uma encenação de um

jornal televisivo, onde, os alunos serão a plateia desse jornal, e os pibidianos os

apresentadores e representantes políticos que defendem a teoria dos teóricos que

pretendemos trabalhar. Nos basearemos em duas obras principais: Estado,

Anarquia e Utopia, de 1974, Robert Nozick, e Uma teoria da Justiça, de 1971, John

Rawls.

Sensibilização:

Cena I: 20 min

O repórter ancora (Yaquelini) fará a abertura do “Jornal da Unioeste” e em seguida

entrevistará o Perito em Constituição (Geovani Godoi). Posteriormente a entrevista

com o Perito o ancora chamará as Reportes de campo.

- Repórter ancora: (Yaquelini)

Bom dia, estamos hoje com uma edição especial do Jornal da Unioeste, no qual

teremos grandes destaques sobre a política atual. Agora eu lhes pergunto a você ai

de casa, que está sentado no sofá. Você sabe o que é constituição? Pois agora

estaremos na presença do especialista em constituição, Geovani Godoi, o qual

estará esclarecendo sobre a Constituição.

- Especialista em Constituição: (Geovani)

Bom dia caros espectadores, antes de mais nada, obrigado pela oportunidade de

ajuda-los nessa questão. Indo direto ao ponto, ‘o que é a constituição?’ Uma

constituição é a base fundamental e suprema de uma nação, também chamada

'Carta Regia', onde exprime todos os direitos e deveres do cidadão, bem como

normas dos poderes políticos, forma de governo e distribuição de competência.

A constituição brasileira foi promulgada em 1988 após 21 anos de ditadura militar,

reestabelecendo um estado democrático, que é regido por 5 fundamentos

explicitados no artigo 1º da constituição, que diz da seguinte forma: ‘a república

federativa do brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e municípios e do

distrito federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como

fundamentos:

I – a soberania

II – a cidadania

III – a dignidade da pessoa humana

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

V – o pluralismo politico

§ único – Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representante

eleito ou diretamente, nos termos desta constituição.

A nossa constituição consiste em não menos que 250 artigos e 80 emendas, sendo

que dente esse número encontramos sobre os mais variados temas, tais como,

direito a escola e lazer, dignidade e respeito individual e coletivo, direito ao trabalho,

liberdade religiosa de crenças, direito à liberdade de expressão intelectual, artística

e de comunicação, direito a bem estar, etc.

- Repórter ancora: (Yaqueline)

Agora vamos falar direto com a Repórter Patricia, que fará uma breve apresentação

biográfica do filósofo Robert Nozick e Jonh Rawls.

- Reporte de Campo: (Patricia)

Bom dia bom dia meu público, agora vou lhes apresentar um pouco da vida e obra

do nosso grandioso filosofo Robert Nozick, pois logo logo, vamos conhecer um

político que baseou seu plano sobre a teoria deste filosofo. Nozick, nasceu em 1938

no Brooklyn, Nova Iorque. Nozick infelizmente já é falecido, morreu em janeiro de

2002, foi sepultado no Mount Auburn Cemetery em Cambridge, Massachusetts.

Mas, ele foi um proeminente filósofo político americano nas décadas de 1970 e

1980. Robert é particularmente conhecido por seu trabalho em teoria liberal, ética e

política, mas também atuou também em epistemologia e teoria da decisão. Sua obra

mais famosa é "Anarquia, Estado e Utopia, publicada em 1974. A qual é um crítica e

resposta ao livro de John Rawls, "Uma Teoria da Justiça", de 1971. Saliento que é

nesta obra de Nozick, que o candidato que receberemos hoje está baseando sua

base política. E é nesta obra também que Nozick argumenta que apenas um estado

mínimo seria justificado sem violar os direitos dos indivíduos. Além de "Anarquia,

Estado e Utopia", 1974, Nozick também desenvolveu outros trabalhos, nas áreas de

epistemologia e teoria da decisão, as obras são essas que as senhoras, senhores e

senhoritas estão vendo em nossa telinha agora. Vale desde já destacar que Nozick

dedicou quase toda a sua vida intelectual ao ensino de filosofia na Universidade de

Harvard e com “Anarchy, State, and Utopia” (1974) tornou-se um dos mais influentes

pensadores do século XX no campo da filosofia política.

Agora vou lhes apresentar outro filosofo que marcou o século XX, John Rawls.

Problematização:

Cena II: 20 mim

O ancora fará a entrevista com os dois filósofos. Serão questionados sobre ideias de

sociedade civil, tais como: liberdade do indivíduo, equidade e justiça social.

- Representante político de Rawls: (Eli)

Bom dia!

Sou representante do PLM (partido liberal moderado) e hoje pretendo falar um

pouco mais sobre o filósofo John Rawls, que defendemos sua teoria como guia de

nossas ações em nosso partido.

A repórter fará o seguinte questionamento para o Pibidiano representante do partido

que defende a teoria rawlsiana:

O que é individuo?

Individuo são seres dotados de direitos, direitos esses que primem pela liberdade, e

o Estado tem a função de incluir todos os cidadãos na estrutura básica em situação

de igualdade, e desta maneira, garantir aos indivíduos suas liberdades básicas, ou

seja, liberdade política, de expressão, de consciência, de não agressão física ou

coerção psicológica e de propriedade.

- Representante político de Nozick: (Medeia)

Bom dia!

Sou representante do PLR (partido liberal radical), partido este que tem como base a

filosofia de Robert Nozick, nos apoiando em sua obra: Anarquia, Estado e Utopia

(1974). Livro esse que o autor que defendemos em nosso partido lançou como uma

resposta a teoria de John Rawls, e propondo também uma ideia de Estado Mínimo,

cuja função é restrita de proteção conta a força, o roubo, a fraude de fiscalização de

cumprimento de contratos e assim por diante, Nozick advoga que um Estado mais

amplo violará o direito das pessoas, ele preza, assim como nosso partido, pela

liberdade do individuo, podendo esse indivíduo gozar de tudo que provem de seu

talento, trabalho etc. o Estado não pode interferir nos usos frutos que disso provem.

A repórter que estará guiando o programa de televisão fará algumas perguntas

acerca do tema proposto, com base no teórico que cada partido defende (John

Rawls e Robert Nozick), respondidas pelos representantes. As perguntas e

respostas do Nozick serão as seguintes:

Qual é a função do Estado para Robert Nozick?

Para Robert Nozick o Estado tem a função restrita de garantir a proteção contra a

força, roubo e fraude e, qualquer função além destas estaria além dos objetivos do

Estado. Um Estado mais amplo violará os direitos das pessoas de não serem

forçadas a fazer certas coisas que não são justificadas, um Estado mínimo é

inspirador, pois o Estado não pode usar sua máquina coercitiva para obrigar certos

cidadãos a ajudarem a outros ou para proibir atividades para pessoas que desejam

realiza-las para seu próprio bem ou proteção.

Quais são os direitos fundamentais defendidos por Robert Nozick?

Para Nozick, um Estado Mínimo é limitado a garantir que não haja interferência nos

direitos fundamentais, que são eles: liberdade, vida e propriedade. Nozick concebe

os indivíduos como entes fechados, singulares e autônomos, não havendo nenhuma

entidade social, exclui toda e qualquer obrigação que imponha um esforço

cooperativo entre os cidadãos. Os indivíduos tem posse de si mesmo, tudo o que

provem do talento, trabalho, herança, etc. só pertence ao próprio individuo. Qualquer

tentativa de tomada de recursos e liberdade do individuo é uma invasão de direitos

individuais.

Investigação:

Cena III: 20 mim

Os alunos foram previamente divididos em dois grupos. Cada integrante dos dois

grupos irão receber um recorte dos artigos 1° e 3° da Constituição da República

Federativa do Brasil. Um grupo irá trabalhar com os excertos do texto de Robert

Nozick, e outro com os excertos do texto de John Rawls, os pibidianos irão fazer a

leitura dos excertos com o grupo de alunos, e a partir disso, iremos debater com os

alunos já instigando-os a elencarem o que é pertinente na teoria do filósofo que

faça um link com os artigos da constituição que levaremos. Visto isso, os alunos

transcreverão na cartolina os artigos e incisos que se elencam conforme a

exposição do texto original do filósofo, depois de elencarem na cartolina, os artigos

constitucionais que façam jus a teoria, cada grupo irá apresentar para os demais

quais os artigos que são justificáveis através da teoria do filósofo exposto e por que.

A dinâmica terá por intuito que todos tenham conhecimento dos conceitos trazidos

sobre os dois autores.

Conceituação:

Cena IV: 20 mim

Os alunos deverão materializar os conceitos apreendidos durante a investigação,

através da transposição dos incisos dos artigos da constituição que são condizentes

com a teoria do filósofo estudado.

Cada grupo deve escolher um relator para apresentar a ideia final, de modo que

todos tenham acesso a teoria dos dois filósofos, provocando um dialogo de maneira

que os alunos discutam as ideias e façam uma relação com as obrigações do

Estado e os direitos que a constituição nos garante.

O aluno relator de cada grupo fará uma explicação sobre a teoria de cada filosofo de

acordo com os excertos da constituição que foram trabalhados.

Finalização da oficina:

Após a exposição dos alunos, a repórter que estará conduzindo o jornal televisivo

retorna ao centro da sala, onde fará uma fala de encerramento do Jornal.

Resultados esperados e Discussão

O intuito desta Oficina é buscar no aluno a compreensão sobre uma justiça

filosófica, tirando-o do senso comum e o levando a buscar mais informações sobre

autores, textos e filósofos. Dessa forma, trarão uma perspectiva da pluralidade

filosófica de forma que compreendam a filosofia no seu dia-a-dia e como algo muito

mais amplo do que somente aquilo que é visto em sala de aula.

Referências

BRESOLIN, Keberson. CICHOWSKI, Vicente Cougo. Sobre o Conceito de Justiça

em John Rawls e Robert Nozick. Clareira: Revista de Filosofia da Região

Amazônica, Amazônia, Volume I, Numero 2, p. 123-138, Agosto–Dezembro/2014.

OLIVEIRA, Nythamar de. Rawls. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

NOZICK, Robert. Anarchy, Stateand Utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,

1994.

RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. 2º Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

WELTER, Nelsi Kistemacher./John Rawls e o Estabelecimento de Princípios de

Justiça Através de um Procedimento Equitativo./2001./Filosofia Política (Nível

Mestrado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de

Campinas – UNICAMP, São Paulo.

***

ANEXO I

Excertos: Constituição

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos

Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de

Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de

representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e

regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

ANEXO II

Excertos: Rawls

“Para nós o objeto primário da justiça é a estrutura básica da sociedade, ou mais

exatamente, a maneira pela qual as instituições sociais mais importantes distribuem

direitos e deveres fundamentais e determinam a divisão de vantagens provenientes

da cooperação social. Por instituições mais importantes quero dizer a constituição

política e os principais acordos econômicos e sociais.” (p. 07 e 08)

“As mais importantes entre elas são a liberdade política (o direito de votar e ocupar

um cargo público) e a liberdade de expressão e reunião; a liberdade de consciência

e de pensamento; as liberdades da pessoa, que incluem a proteção contra a

opressão psicológica e a agressão física (integridade da pessoa); o direito à

propriedade privada e a proteção contra a prisão e a detenção arbitrárias, de acordo

com o conceito de estado de direito. Segundo o primeiro princípio essas liberdades

devem ser iguais.” (p. 65)

“São os direitos e deveres estabelecidos pelas mais importantes instituições da

sociedade que determinam se os homens são livres ou não.” (p. 68)

“O Segundo princípio insiste que cada pessoa se beneficie das desigualdades

permissíveis na estrutura básica. Isso significa que casa homem representativo

definido por essa estrutura, quando a observa como um empreendimento em curso,

deve achar razoável preferir as suas perspectivas com a desigualdade as suas

perspectivas sem ela.” (p. 69)

“Podemos nos voltar agora para a escolha dos princípios. Mas antes mencionarei

alguns mal-entendidos que devem ser evitados. (p.158)

ANEXO II

Excertos: Nozick

“Indivíduos têm direitos. E há coisa que nenhuma pessoa ou grupo podem fazer com

os indivíduos (sem lhes violar os direitos). Tão fortes e de tão alto alcance são esses

direitos que colocam a questão do que o Estado e seus servidores podem, se é que

podem, fazer. Que espaço os direitos individuais deixam ao Estado?” (p. 09)

“Nossa principal conclusão sobre o Estado é que um Estado mínimo, limitado às

funções restritas de proteção contra força, o roubo, a fraude, de fiscalização do

cumprimento de contratos e assim por diante justifica-se; que o Estado mais amplo

violará os direitos das pessoas de não serem forçadas a fazer certas coisas e que

não se justifica; e que o Estado mínimo é tanto inspirador quanto certo.” (p. 09)

“O Estado mínimo trata-nos como indivíduos invioláveis, que não podem ser usados

de certas maneiras por outros como meios, ferramentas, instrumentos ou recursos.

Trata-nos como pessoas que têm direitos individuais com a dignidade que isso

pressupõe. Tratando-nos com respeito ao acatar os nossos direitos, ele nos permite,

individualmente ou em conjunto com aqueles que escolhermos, determinar nosso

tipo de vida, atingir nossos fins e nossas concepções de nós mesmos, na medida

em que sejamos capazes disso, auxiliados pela cooperação voluntária de outros

indivíduos possuidores da mesma dignidade. Como ousaria qualquer Estado ou

grupo de indivíduos fazer mais, ou menos?” (p. 357, 358)