planejamento municipal de saÚde 2010-2013

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2014-2017 Aprovado em 18.12.2013 pelo CMS José Roberto Stefani Secretário Municipal de Saúde

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

2014-2017

Aprovado em 18.12.2013 pelo CMS

José Roberto Stefani

Secretário Municipal de Saúde

AGRADECIMENTOS

A todos os Técnicos da Gestão, Equipes das Unidades de Saúde,

Conselheiros de Saúde e Usuários que, através da participação, direta ou

direta, envolvimento e comprometimento, tornaram possível a elaboração

compartilhada deste plano.

José Roberto Stefani

Secretário Municipal de Saúde

Sumário 1. INTRODUÇÃO: ................................................................................................................. 1

2. BASE LEGAL: ................................................................................................................... 3 3. Município/ Perfil Demográfico: ....................................................................................... 5

3.1 Identificação do município: ...................................................................................... 5 3.2 Forma de Gestão: ............................................................................................................. 5

3.3 Demografia ......................................................................................................................... 5

4. CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ................................................................. 7 4.1 - Perfil Epidemiológico ...................................................................................................... 7

4.1.1 – Mortalidade: ................................................................................................................. 7

4.1.2 Perfil de Morbidade Hospitalar entre 2010 e 2012. ................................................ 11

5- RECURSOS: ...................................................................................................................... 13

5.1 Recursos Físicos – Capacidade Instalada .................................................................. 13 5.1.1 Equipamentos na rede municipal de saúde: ........................................................... 15

5.2 Prestadores de Serviço com os quais o município mantém Parceria: ................... 16

5.3 Recursos Humanos: ....................................................................................................... 18

5.3.1 Quadro de Funcionários: ............................................................................................ 18

5.3.2 Recursos Humanos - Profissionais - Indivíduos –que atendem SUS e Total, proporção dos profissionais SUS/Total, profissionais por 1000 habitantes. Ocupações Fisioterapeutas, Psicólogos e Assistentes sociais, por Município, CGR e RRAS. ...............................................................................................................................

19

5.3.3 Recursos Humanos - Profissionais - Indivíduos –que atendem SUS e Total, proporção dos profissionais SUS/Total, profissionais por 1000 habitantes. Ocupações Bioquímico/Farmacêutico, Fonoaudiólogo e Nutricionista, por Município, CGR e RRAS .......................................................................................................................... 20

5.3.4 Recursos Humanos - Agente comunitário de Saúde, por Município, CGR . Proporção da disponibilidade de profissionais em relação a SP ................................... 21 5.4 Recursos Financeiros: .................................................................................................... 22

Quadro Comparativo da Progressão Orçamentária da Saúde SIOPS 2011/ 2012 Despesas Empenhadas ........................................................................................................ 22 5.4.1 Fundo Municipal de Saúde: ....................................................................................... 26

6- PROCESSOS: ................................................................................................................... 27 6.1- Assistência a Saúde: ..................................................................................................... 27

6.1.2 Procedimentos Ambulatoriais por Tipo de Prestador e Complexidade .............. 30

6.1.3 Número de Leitos SUS e Hospitais por Natureza do Prestador – Maio 2013 ... 31

6.1.4- Quantidade de leitos por especialidades e tipo de prestador, segundo a Portaria n°1.101 MS/GM - Maio 2013 ................................................................................ 31

6.1.5- Necessidade de leitos hospitalares SUS: Segundo Portaria Nº 1101 GM 12 de junho 2002. ............................................................................................................................. 32 6.1.6- Taxa de Ocupação Hospitalar por Especialidade ................................................. 32

6.1.7 - Internações Hospitalares no Município:................................................................. 32

6.1.8 - Informações hospitalares relevantes comparativo a região de Campinas ...... 33

6.1.9- Média de Permanência Hospitalar comparativo Município / Região de Saúde .................................................................................................................................................. 33

6.1.10- Valor Médio de internação comparativo: .............................................................. 34 Município / Região de Saúde ............................................................................................... 34

6.1.11- Natureza das Autorizações de Internações Hospitalares:................................. 34

6.2- Atenção Básica .............................................................................................................. 36

6.2.1 Departamento Odontológico: .................................................................................... 37 6.2.2 Programa Nascer Bem: ............................................................................................. 43 6.2.3 DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE ................................................. 44

6.2.4 Programa Municipal de Controle da Hanseníase ................................................... 47 6.2.5 Programa de Controle da Tuberculose ............................................................................ 49

6.2.6 Programa Municipal de DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais ....................................... 51

6.2.7 Programa Municipal de Controle da Dengue ......................................................... 57 6.2.8 Programa Nacional de Imunização: .......................................................................... 60

6.2.9 RAIVA ANIMAL ............................................................................................................ 61 6.3 Média Complexidade ...................................................................................................... 62 6.3.1 Saúde Mental: .............................................................................................................. 62

6.3.2 Centro de Especialidades Odontológicas- CEO ..................................................... 64

6.3.3 Laboratório de Prótese: .............................................................................................. 65

6.3.4 Departamento de Reabilitação Física e Mental – DEREFIM ............................... 65

6.3.5 Centro de Referência de Saúde do Trabalhador- CEREST ................................. 68

6.3.6 Central de Ambulância ................................................................................................ 73 6.3.8- Assistência Farmacêutica: ........................................................................................ 75

7 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO IMPLANTADOS: ...................................................... 77

8 - CONTROLE SOCIAL: ................................................................................................. 79

9. SISPACTO 2013 ............................................................................................................... 80

PARTE 2 ................................................................................................................................. 87 10. GESTÃO .......................................................................................................................... 88

11. ATENÇÃO BÁSICA ........................................................................................................ 91 12- MÈDIA E ALTA COMPLEXIDADE ............................................................................... 99

13 - Assistência Farmacêutica ..................................................................................... 104

14. Vigilância em Saúde ..................................................................................................... 105

14.1 Saúde do Trabalhador ............................................................................................... 105

14.2 DST/Aids/Hepatites Virais ........................................................................................ 106 14.3 Vigilância Epidemiológica .......................................................................................... 106

14.4 Vigilância Sanitária .................................................................................................... 106 14.5 Controle de Zoonoses .......................................................................................... 106 15. Grupo de Apoio e Relatoria ......................................................................................... 110

1

1. INTRODUÇÃO:

Ao avaliarmos as ações propostas para a gestão 2009/2012, podemos

concluir que as diretrizes, metas e ações programadas para este período foram em

grande parte concluídas ou parcialmente realizadas. Parte deste sucesso se deve ao

fato de que o Plano Municipal 2010/2013 foi pactuado considerando as ações

propostas no Plano de Governo da Gestão Municipal, o Plano Diretor Regional, o

Diagnóstico de Saúde da Região de Saúde de Campinas, o Plano Estadual e as

diretrizes apresentadas pelas Redes de Atenção à Saúde priorizadas pelo Ministério

da Saúde. Este planejamento e a elaboração de projetos alinhados à Política

Federal e Estadual possibilitaram um aumento do repasse financeiro destes entes

ao Fundo Municipal de Saúde, melhor direcionamento do orçamento e com isso a

ampliação do acesso e qualidade da assistência prestada a nossos munícipes. Por

outro lado, ainda neste último ano, nossa maior dificuldade ainda esteve

relacionada à questão de insuficiência de RH, o que mais uma vez, inviabilizou a

expansão da Estratégia de Saúde da Família, que continuará sendo uma de nossas

principais diretrizes na próxima gestão.

Com o início de um novo período de Gestão do Governo Reinaldo Nogueira,

reeleito, mediante a apresentação e discussão de um Plano de Governo para o

período 2013 a 2016, incluindo a área as saúde, torna-se necessário elaborar no

Plano de saúde que deverá ser implementado durante este governo.

Além de aprofundar o diagnóstico da situação de saúde da população

residente em Indaiatuba, o Plano deverá detalhar diretrizes, objetivos e ações

prioritárias a serem desenvolvidas pelos serviços, programas e setores da Secretaria

Municipal de Saúde bem como explicitar indicadores a serem alcançados e

referências já pactuadas nas Redes Regionais, com vistas à assinatura do COAP –

Contrato Organizativo de Ação Pública.

O Plano deve ainda analisar as receitas e despesas da saúde, apontando

ações para melhorar a eficiência e eficácia da Secretaria Municipal de Saúde de

Indaiatuba e a equipe de saúde deverá continuar buscando uma relação mais justa

2

de co-financiamento tripartite, com maior participação de recursos federais e

estaduais no custeio das ações e serviços de saúde do município.

O Plano Municipal de Saúde é importante instrumento de Gestão do SUS na

medida em que é construído de forma participativa, apresentado, discutido e

aprovado pelo Conselho Municipal de saúde. Além disso deve orientar a elaboração

da Programação Anual de Saúde e do Relatório Anual de Gestão e ser

constantemente monitorado e atualizado buscando assim contribuir para que o SUS

seja capaz de garantir a integralidade do cuidado em saúde.

A fim de garantir a participação dos trabalhadores e gerentes dos serviços no

processo de planejamento e discussão do Plano, tendo em vista o protagonismo dos

mesmos no produção do cuidado, a elaboração deste Plano contou com a

participação dos membros do Grupo Gestor da Secretaria Municipal de saúde,

Gerentes das Unidades Básicas e Especializadas, Assistência Farmacêutica,

Vigilâncias, Regulação, Avaliação e Controle, Núcleo de Informação, Ouvidoria,

além de representantes do Conselho Municipal de saúde.

O processo de planejamento teve início em Junho com a elaboração do

Diagnóstico, em Setembro iniciamos a discussão dos indicadores do SISPACTO e

as pactuações de metas municipais e regionais e finalizamos com 2 oficinas

ampliadas, realizadas em 07/11/2013 e 02/12/2013.

3

2. BASE LEGAL:

Devemos lembrar que o processo de planejamento e seus instrumentos

resultantes fazem parte de grande parte do arcabouço legal do SUS, quer como

indicadores processos e métodos de formulação querem como requisitos para o

repasse financeiro.

A Lei nº 8.080, dedica o seu Capitulo III ao planejamento e orçamento,

explicita que “será ascendente, do nível local até o federal, havendo deliberações

nos diversos conselhos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde

com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos municípios, estados, e

União”.

O decreto 7.508, de 28 de Junho de 2011 que regulamenta a Lei no 8.080, de

19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de

Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação

interfederativa;

A Lei complementar 141, de 13 de Janeiro de 2012, que regulamenta o § 3o

do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem

aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e

serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de

transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das

despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis

nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras

providências.

A Lei nº 8.142, define no seu Artigo 4º, os requisitos para o recebimento dos

recursos provenientes do Fundo Nacional de Saúde, devem contar com o plano de

saúde e relatório de gestão “que permitam o controle de que trata o § 4º do Art. 33

da Lei nº 8.080”.

O Sistema de Planejamento do SUS -Planeja SUS – é objeto do item 4 do

anexo da Portaria nº 399 “Portaria do Pacto pela Saúde”, estando nele contidos os

conceitos. Destaque-se que o Pacto estabelece cinco pontos prioritários de

pactuação para o planejamento:

diagnóstico das necessidades da população como critério para elaboração do

Plano Municipal de Saúde.

4

a integração dos sistema de planejamento entre os três entes federativos

institucionalização do Planeja SUS, neste incluindo o monitoramento e a

avaliação, como instrumento estratégico de gestão do SUS

adoção de um elenco de instrumentos de Planejamento: Planos, Programações

e Relatórios

cooperação entre as três esferas de gestão para o fortalecimento e a equidade

do processo de planejamento no SUS.

5

3. Município/ Perfil Demográfico:

3.1 Identificação do município:

Município: 35.2050-9

Estado: São Paulo

Regional de Saúde: DRS-07 Campinas

Região Metropolitana: Campinas

3.2 Forma de Gestão: Adesão ao Pacto de Gestão do SUS

Data da Adesão: Setembro 2007

3.2 Demografia:

Ano População Residente

2010 201.848

2011 205.808

2012 209.859

Fonte: DATASUS Tabela -1

Faixa

Etária/2012 Masculino Feminino Total

Menor 1 ano 1.382 1.278 2.660

1 a 4 anos 5.436 5.343 10.779

5 a 9 anos 7.295 7.046 14.341

10 a 14 anos 8.411 8.004 16.415

15 a 19 anos 8.820 8.380 17.200

20 a 29 anos 20.061 19.324 39.385

30 a 39 anos 17.618 17.744 35.362

40 a 49 anos 14.733 15.391 30.124

50 a 59 anos 10.620 11.264 21.884

60 a 69 anos 5.969 6.440 12.409

70 a 79 anos 2.878 3.627 6.505

80 anos e + 1.050 1.745 2.795

Total 104.273 105.586 209.859

Fonte: DATASUS Tabela-2

6

Gráfico 01

O município continua mantendo uma alta taxa de crescimento populacional.

Em 2011 tínhamos uma população estimada de 205.808 habitantes e em 2012 já

somamos 209.859, o que indica um crescimento de 2% neste ano, acima do

crescimento populacional nesta região de saúde e do Estado de São Paulo que tem

como índice de 0,87%. Ao analisarmos o gráfico de faixa etária, percebemos que

60,4% da população estão dentro da faixa etária economicamente ativa, havendo

um viés positivo para o desenvolvimento nos diversos setores do município, todavia,

como ocorrem nos países desenvolvidos, há um aumento gradativo da população de

terceira idade; neste sentido observa-se que até a faixa etária de 30 a 39 anos, a

população masculina mantêm-se, em média, 1,5% maior que a masculina, mas a

partir daí começa a decrescer, chegando à faixa etária de 80 e +, 2,5% menor, o que

nos aponta a necessidade de um olhar mais cuidadoso à Saúde do Homem.

7

4. CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO 4.1 - Perfil Epidemiológico 4.1.1 – Mortalidade: Porcentagem por causas específicas:

Causa Óbitos 2010 2011 2012 Região

Campinas 2011

Estado

São Paulo 2011

Rest. Das doenças

do aparelho

digestivo

2,3 4,0 2,0 2,7 2,6

Neoplasia maligna

de mama

1,7 0,7 1,3 1,3 1,3

Infarto Agudo do

Miocárdio

8,8 7,9 6,2 9,0 7,6

Doenças Cérebro

vasculares

6,3 6,6 5,9 7,9 8,1

Diabetes Mellitus 4,3 4,4 4,0 3,4 3,7

Acidentes de

Transporte

3,4 4,0 2,9 2,9 2,9

Agressões 2,5 1,3 1,3 2,3 2,2

DATASUS: SIM Tabela- 03

Coeficiente de Mortalidade Infantil 2012

Mortalidade Infantil em < de 1 ano por 1.000

nascidos vivos (por residência)

11,87

Fonte : Vigilância em saúde Tabela 04

Fazendo uma análise do perfil de mortalidade visualizamos que o Infarto

agudo do miocárdio tem sido o causador do maior número de mortes no município,

seguido das Doenças Cérebro Vasculares e do Diabetes Mellitus como terceira

causa. Índices estes que não se comportam de forma diferente na Região de Saúde

de Campinas e no Estado de São Paulo e justificam a priorização, pelo Ministério da

Saúde, das Linhas de Cuidado Do Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular

8

Cerebral, e da Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, pelo Estado de São Paulo; e

apontam para a necessidade de efetiva implantação das mesmas no município.

A mortalidade por causas externas também tem relevância quando

avaliamos o índice, principalmente os acidentes de transportes que ainda mantem-

se entre as principais causas de morte no município, apesar de contarmos com

Programa específico para prevenção de acidentes de trânsito. Vale ressaltar que o

Programa é interssetorial, em parceria com as secretarias de educação e segurança

pública, deste modo vemos a necessidade de implementar o Programa. dando uma

maior atenção na mídia.

MORTALIDADE INFANTIL

(Período 2011 á 2012)

Gráfico 02

Gráfico por Tempo de Vida 2011 e 2012

20

71615 14

5

0

20

40

60

80

100

< 7 dias 7 a 27 dias 28 a 1 ano

Fonte: SIM

2011

2012

9

DADOS ESTATÍSTICOS DE MORTALIDADE INFANTIL DO MUNICÍPIO DE

INDAIATUBA

(Período 2011 á 2012)

Gráfico 03

Gráfico 04

Gráfico por peso dos óbitos infantis 2011 e 2012

3

9

67

5

13

0

11

42

3

14

0

5

10

15

< 500 gr 501 a 1000 gr 1001 a 1500 gr 1501 a 2000 gr 2001 a 2500 gr 2501 ou +

Fonte: SIM

2011

2012

Gráfico Causa Básica dos óbitos infantis

0

2

4

6

8

10

12

14

Sep

ticem

ias nã

o esp

c

Insu

f. Cardíac

a

Pne

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RN afet p

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ões materna

Out. m

al fo

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g ce

rebro

Cau

sa Externa

Out. Infec

. Período

perinatal

Sind. D

e Dow

n

Sífilis C

onge

nita

Men

ingite Tub

ercu

losa

2011

2012

10

Todos os gráficos foram elaborados com dados provisórios no período de 0101/2011 à 31/12/2012 –

Fonte: SIM/SINASC/VE – Indaiatuba. Gráfico 05

Os dados de coeficiente de mortalidade infantil em 2010 – Mapa da saúde da

RS Campinas, apontam um coeficiente de 10,46 e no mesmo ano Indaiatuba

apresentou 10,18, abaixo da média da região. Os gráficos nos mostram que em

2011 houve uma elevação no município que não acompanhou a tendência da série

histórica e desencadeou um plano de ações para redução desta taxa. Em 2012

pudemos observar o resultado com a queda para 11,87. A vigilância do óbito infantil

é sempre um evento sentinela e deve ser avaliada e monitorada constantemente.

Série Histórica Mortalidade Infantil

13,168,73

11,81 12,02 11,27 10,14 11,81 9,49 9,03 10,1815,47

11,87

43

27

3741

29 2730

25 2528

34

43

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: SIM/SINASC

11

4.1.2 Perfil de Morbidade Hospitalar entre 2010 e 2012. Morbidade Hospitalar do SUS- por local de internação Internações por Capítulo CID-10 e Ano Competência

Capítulo CID-10 2010 2011 2012 Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 264 349 289 902

II. Neoplasias (tumores) 116 683 1.442 2.241

III. Doenças sangue órgãos hemat e transt

imunitár 26 20 39 85

IV. Doenças endócrinas nutricionais e

metabólicas 83 100 96 279

V. Transtornos mentais e comportamentais 385 343 370 1.098

VI. Doenças do sistema nervoso 108 127 107 342

VII. Doenças do olho e anexos 11 148 517 676

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 10 4 2 16

IX. Doenças do aparelho circulatório 826 861 980 2.667

X. Doenças do aparelho respiratório 1.051 1.103 1.058 3.212

XI. Doenças do aparelho digestivo 979 1.344 1.554 3.877

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 225 642 589 1.456

XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 141 244 403 788

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 533 556 712 1.801

XV. Gravidez parto e puerpério 1.792 1.787 1.795 5.374

XVI. Algumas afec originadas no período

perinatal 72 101 111 284

XVII.Malf cong deformid e anomalias

cromossômicas 61 60 35 156

XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 159 153 54 366

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas

externas 1.016 1.187 1.260 3.463

XX. Causas externas de morbidade e

mortalidade - 3 - 3

XXI. Contatos com serviços de saúde 406 499 465 1.370

Total 8.264 10.314 11.878 30.456

Fonte-DATASUS/SIH Tabela- 05

12

A análise da tabela acima mostra que o Capítulo: XV. Gravidez, parto e

puerpério é a maior causa de internação no município e responsável por 14,32%,

porém com percentuais menores se comparado à RS de Campinas com taxa de

17,8% das internações, na RRAS 15 (15,8%) e em SP (17,7%), o que reflete a

estruturação do Programa de Planejamento Familiar no município.

Em segundo lugar o Capítulo XI. Doenças do aparelho digestivo, a taxa

municipal de 12,5% encontra-se acima do encontrado na RS de Campinas que

apresenta 9,3%; 9,6% na RRAS 15 e 9,3% em SP. O município tinha uma demanda

reprimida de cirurgias do trato digestivo que foi resolvida ao longo do ano de 2012,

podendo explicar este índice maior, porém, devendo ser alvo de melhor análise nos

anos subseqüentes.

Em terceiro lugar o Capítulo XIX. Lesões envenenamento e algumas outras

consequências causas externas, com taxa de 10.1%, também maior que a RS

Campinas com 9,1% , a RRAS 15 com 8,5% e 9,3% em SP. Este indicador reflete a

violência nos centros metropolitanos e especificamente em Indaiatuba acreditamos

que o alto índice de acidentes de trânsito interfira no estabelecimento deste

indicador.

13

5- RECURSOS: 5.1 Recursos Físicos – Capacidade Instalada

Número e Proporção de Unidades por Tipo de Unidade sob gestão municipal

no Sistema de Cadastro nacional de Estabelecimentos de Saúde-

SCNES/DATASUS

Julho – 2013

Tipo de Unidade Uni %

Unidade Básica de Saúde 12 33.3

Policlínica Dr. Mario Paulo 01 2.7

Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 01 2.7

Ambulatório de Especialidades e Hospital Dia 01 2.7

Pronto Atendimento Morada do Sol 01 2.7

Hospital Geral 01 2.7

Hospital Psiquiátrico 01 2.7

Pronto Socorro Geral 01 2.7

Ambulatórios (CEO II, Pediatria) 02 5.5

Centro/Núcleo de Reabilitação (DEREFIM,

CEREST, CAPS II, CAPS A-D, CAPS Infantil e

APAE.)

06 16.6

Outros Serviços Auxiliares de Diagnose e

Terapia (Laboratório Municipal de análises

clínicas, CID e MRI)

3 8.3

Unidade de Vigilância em Saúde (Sanitária,

Epidemiológica e Ambiental)

1 2.7

Unidades prestadoras de Serviço de Saúde

(CIRVA, Instituto Oftalmológico Nassar)

2 5.5

Unidade de Avaliação e Controle 1 2.7

Serviço de Verificação de Óbitos 1 2.7

Central de Ambulância 1 2.7

Total 36 100.00

Fonte: DATASUS/CNES Tabela-06

14

O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) é uma

ferramenta de gestão do Sistema de Saúde com potencial de análise sistematizada

da estrutura, porém, mesmo com a alimentação mensal dos dados ainda tem

problemas quanto à adequação da qualidade das informações, devendo as análises

da capacidade instalada ser relativizada. Se considerarmos a população total, cada

Unidade Básica de Saúde (12), está hoje responsável por 17.489 habitantes, e

dentro dos parâmetros de cobertura populacional aceito para estas Unidades, porém

temos que ainda considerar para melhor avaliação, que destas, 7 Unidades atuam

com Estratégia de Saúde da Família ( 8 equipes) e também a Saúde Suplementar,

em torno de 44% no município.Com relação aos demais serviços de referência e

equipamentos instalados (tabela abaixo), cabe análise de demanda reprimida mais

minuciosa em cada área.

15

5.1.1 Equipamentos na rede municipal de saúde:

CNESWEB/DATASUS Tabela-7

16

5.2 Prestadores de Serviço com os quais o município mantém Parceria:

1. Hospital Augusto de Oliveira Camargo

Funcionamento: 24 horas

Atividades: Ambulatorial em hospital geral, Assistência Hospitalar, Urgência e

Emergência E Cirurgias Eletivas.

2. Instituto de Reabilitação e Prevenção de Saúde Indaiá

Funcionamento: 24 horas

Atividades: Assistência Hospitalar em Psiquiatria, Leitos de retaguarda 72h

3. APAE

Funcionamento: 2ª à 6ª Feira 08h00min às 18h00min horas

Atividade: Assistência Ambulatorial especializada (Núcleo/Centro de Reabilitação)

4. CIRVA- Centro de Reabilitação e Vivência do Autista.

Funcionamento: 2ª à 6ª Feira 08h00min às 18h00min horas

5. Associação Filantrópica São Francisco de Assis

Funcionamento: 24 horas

Atividades: Assistência Especializada (Alojamento e cuidados para pacientes HIV+

AIDS)

6. Instituto Nova Vida

Funcionamento: 24 horas

Atividade: Assistência Especializada (Alojamento e cuidados para pacientes

dependentes químicos)

7. Instituto Oftalmológico Nassar

Funcionamento: 2ª a 6ª Feira 08h00min às 18h00min

Atividade: Unidade de referência especializada em oftalmologia e cirurgias eletivas.

17

8. Centro de Imagens e Diagnose MRI

Funcionamento: 2ª a 6ª Feira 08h00min às 18h00min

Atividade: Unidade de referência especializada em Diagnóstico por Imagem.

18

5.3 Recursos Humanos: 5.3.1 Quadro de Funcionários:

Bloco Funcionários

Atenção Básica 212

Atenção Básica PSF 119

Total 331

Assistência Farmacêutica 29

Farmácia Popular 05

Total 34

Média e Alta Complexidade 328

CEREST 13

CAPS A-D/ CAPS II 43

CEO 26

Total 410

Vigilância em Saúde

Vigilância Epidemiológica 10

Vigilância Sanitária 18

Vigilância Dengue 40

Total 68

Gestão

Admnistração Geral 59

Total Maio 2013 902

Fonte : RH- Saúde Tabela-08

19

5.3.2 Recursos Humanos - Profissionais - Indivíduos –que atendem SUS e Total, proporção dos profissionais SUS/Total, profissionais por 1000 habitantes. Ocupações Fisioterapeutas, Psicólogos e Assistentes sociais, por Município, CGR e RRAS.

RRAS CGR MUNICIPIO F

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Assis

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RRAS15 CAMPINAS Águas de Lindóia 3 7 43% 0,17 0,40 4 5 80% 0,23 0,29 4 4 100% 0,23 0,23

Amparo 18 27 67% 0,27 0,41 21 31 68% 0,32 0,47 9 10 90% 0,14 0,15

Campinas 228 403 57% 0,21 0,37 249 456 55% 0,23 0,42 177 199 89% 0,16 0,18

Indaiatuba 25 64 39% 0,12 0,30 31 57 54% 0,15 0,27 15 15 100% 0,07 0,07

Lindóia 2 2 100% 0,29 0,29 1 1 100% 0,14 0,14 2 2 100% 0,29 0,29

Monte Alegre do Sul 1 1 100% 0,14 0,14 1 4 25% 0,14 0,55 1 2 50% 0,14 0,27

Monte Mor 6 9 67% 0,12 0,18 5 5 100% 0,10 0,10 3 3 100% 0,06 0,06

Pedreira 5 13 38% 0,12 0,31 6 15 40% 0,14 0,35 1 1 100% 0,02 0,02

Serra Negra 4 6 67% 0,15 0,22 7 9 78% 0,26 0,34 2 2 100% 0,07 0,07

Valinhos 21 28 75% 0,19 0,25 15 26 58% 0,14 0,24 12 12 100% 0,11 0,11

Vinhedo 13 27 48% 0,20 0,41 17 34 50% 0,26 0,51 5 5 100% 0,08 0,08

CAMPINAS Total 326 587 56% 0,19 0,34 357 643 56% 0,21 0,38 231 255 91% 0,14 0,15

OESTE VII 182 261 70% 0,16 0,22 140 271 52% 0,12 0,23 136 145 94% 0,12 0,12

BAIXA MOGIANA 46 95 48% 0,15 0,31 66 111 59% 0,22 0,36 48 54 89% 0,16 0,18

MANTIQUEIRA 43 114 38% 0,16 0,43 46 117 39% 0,17 0,44 29 35 83% 0,11 0,13

RIO PARDO 50 94 53% 0,24 0,45 65 101 64% 0,31 0,48 47 50 94% 0,22 0,24

RRAS15 Total 647 1151 56% 0,18 0,32 674 1.243 54% 0,18 0,34 491 539 91% 0,13 0,15

Outras RRAS 6.922 11643 59% 0,18 0,30 6.074 10.649 57% 0,16 0,28 4.952 5.210 95% 0,13 0,14

Total SP 7.569 12.794 59% 0,18 0,31 6.748 11.892 57% 0,16 0,28 5.443 5.749 95% 0,13 0,14

Fonte: CNES /Mapa RS- Campinas Tabela 09

20

5.3.3 Recursos Humanos - Profissionais - Indivíduos –que atendem SUS e Total, proporção dos profissionais SUS/Total, profissionais por 1000 habitantes. Ocupações Bioquímico/Farmacêutico, Fonoaudiólogo e Nutricionista, por Município, CGR e RRAS

RRAS CGR MUNICIPIO

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RRAS15 CAMPINAS Águas de Lindóia 4 5 80% 0,29 0,29 2 4 50% 0,11 0,23 1 2 50% 0,06 0,11

Amparo 11 18 61% 0,27 0,27 6 11 55% 0,09 0,17 7 13 54% 0,11 0,20

Campinas 165 233 71% 0,21 0,21 84 166 51% 0,08 0,15 74 135 55% 0,07 0,12

Indaiatuba 14 22 64% 0,10 0,10 15 22 68% 0,07 0,10 5 9 56% 0,02 0,04

Lindóia 1 1 100% 0,14 0,14 1 1 100% 0,14 0,14 0 0 #DIV/0! 0,00 0,00

Monte Alegre do Sul 1 1 100% 0,14 0,14 1 1 100% 0,14 0,14 0 0 #DIV/0! 0,00 0,00

Monte Mor 2 3 67% 0,06 0,06 3 3 100% 0,06 0,06 1 1 100% 0,02 0,02

Pedreira 5 7 71% 0,16 0,16 2 4 50% 0,05 0,09 2 2 100% 0,05 0,05

Serra Negra 6 6 100% 0,22 0,22 2 3 67% 0,07 0,11 0 2 0% 0,00 0,07

Valinhos 13 13 100% 0,12 0,12 5 9 56% 0,05 0,08 4 7 57% 0,04 0,06

Vinhedo 8 8 100% 0,12 0,12 8 16 50% 0,12 0,24 4 10 40% 0,06 0,15

CAMPINAS Total 230 317 73% 0,19 0,19 129 240 54% 0,08 0,14 98 181 54% 0,06 0,11

OESTE VII 87 98 89% 0,08 0,08 76 115 66% 0,07 0,10 35 60 58% 0,03 0,05

BAIXA MOGIANA 42 51 82% 0,17 0,17 29 40 73% 0,09 0,13 16 29 55% 0,05 0,09

MANTIQUEIRA 32 58 55% 0,22 0,22 16 34 47% 0,06 0,13 14 30 47% 0,05 0,11

RIO PARDO 31 39 79% 0,19 0,19 25 35 71% 0,12 0,17 17 25 68% 0,08 0,12

RRAS15 Total 422 563 75% 0,15 0,15 275 464 59% 0,08 0,13 180 325 55% 0,05 0,09

Outras RRAS 4.196 5.029 83% 0,13 0,13 2.670 4.268 63% 0,07 0,11 2.305 3.154 73% 0,06 0,08

Total SP 4.618 5.592 83% 0,13 0,13 2.945 4.732 62% 0,07 0,11 2.485 3.479 71% 0,06 0,08

Fonte: CNES /Mapa RS- Campinas Tabela 10

Em relação aos Recursos Humanos por 1.000 hab., nas áreas de fisioterapia,

psicologia, assistência social, Farmácia/bioquímica, Fonoaudiologia e Nutrição,

Indaiatuba apresenta proporção abaixo da méda do Estado e da Região de Saúde

de Campinas, somente a Fonoaudiologia apresenta média muito semelhante.

21

5.3.4 Recursos Humanos - Agente comunitário de Saúde, por Município, CGR . Proporção da disponibilidade de profissionais em relação a SP

Ocupação-Único: 515105 AGENTE COMUNITARIO DE SAUDE AGENTE DE SAUDE VISITADOR DE

Dados

Ág

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Ind

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ra

Vali

nh

os

Vin

hed

o

To

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SP

Freqüência 15 85 545 52 12 16 113 44 26 3 0 911

Profis.CPF ÚNICO 15 85 544 52 12 16 113 44 25 3 0 909

Profis.ATEND.SUS 15 85 545 52 12 16 113 44 26 3 0 911

Profis.AT.NÃOSUS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pf.CONTRATO SUS v1 15 85 538 52 12 16 96 43 26 3 0 886

Pf.AUTÔNOMO SUS v1 0 0 7 0 0 0 17 1 0 0 0 25

Pf.VincNãoIdent.v1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Horas Hospital. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Horas Ambulator. 600 3.400 21.796 2.080 480 640 4.520 1.760 1.040 120 0 36.436

OutrasHorasTrab. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tabela 11 Fonte: CNES /Mapa RS- Campinas

5.3.5 Recursos Humanos – Auxiliar e Técnico de enfermagem, por Município,

CGR. Proporção da disponibilidade de profissionais em relação a SP

Dados

Ág

uas d

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ind

óia

Am

paro

Cam

pin

as

Ind

aia

tub

a

Lin

ia

Mo

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eg

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os

Vin

hed

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To

tal

RS

cam

pin

as

Freqüência 33 248 6.421 272 15 2 72 43 46 177 195 7.524

Profis.CPF ÚNICO 8 115 2.056 175 3 0 60 9 16 81 49 2.572

Profis.ATEND.SUS 9 119 1.739 174 3 0 66 9 17 86 57 2.279

Profis.AT.NÃOSUS 0 0 588 8 0 0 1 0 0 4 1 602

Pf.CONTRATO SUS v1 9 119 2.232 181 3 0 60 8 17 90 58 2.777

Pf.AUTÔNOMO SUS v1 0 0 93 1 0 0 7 1 0 0 0 102

Pf.VincNãoIdent.v1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Horas Hospital. 80 3.618 43.017 2.424 0 0 1.280 36 396 2.112 436 53.399

Horas Ambulator. 212 642 38.855 4.102 120 0 1.248 292 226 1.029 1.738 48.464

OutrasHorasTrab. 0 0 1.030 40 0 0 0 0 0 139 0 1.209

Prof./1000 habitantes 2,01 3,76 6,03 1,47 2,5 0,3 1,54 1,05 1,77 1,64 3,05 2,28

Tabela 12

22

O número de ACS está diretamente relacionado ao número de Equipes de Saúde da

Família, sendo que o número por equipe deve estar entre 4 a 6 ACS.

Quanto aos auxiliares e técnicos de enfermagem, Indaiatuba apresenta 1,47/1000

hab, abaixo da média da RS de Campinas que é de 2,28.

5.4 Recursos Financeiros: Quadro Comparativo da Progressão Orçamentária da Saúde SIOPS 2011/ 2012 Despesas Empenhadas

Fonte: SIOPS Tabela- 13

Ao analisarmos a Tabela podemos concluir: que o aumento de despesas com

saúde no município vem crescendo a cada ano. A despesa em saúde nos anos de

2011 e 2012 cresceu 14,16% gerando um aumento de 2,39% nos recursos

Dados e Indicadores 2011 2012

Despesa Total c/saúde por habitante (R$) 466,87 534,71

Despesa com recursos próprios por

habitante

386,61 410,53

% Despesa Pessoal/Despesa Total 43,94 45,06

% Despesa com investimentos /despesa

total

2,81 1,47

% Transferência SUS/Despesa total com

saúde

23,20 27,50

% de recursos próprios aplicados em

saúde (EC nº 29)

20,26 22,65

% Despesa com serviços de

Terceira-pessoa jurídica/despesa total

43,42 42,59

Despesa total com Saúde (x 1000 R$)

98.298,70 112.213,48

Despesa com recursos próprios (x 1000 $) 70.115,20 86.152,94

Transferências SUS (x 1000 R$) 25.712,34 30.855,76

Despesa com pessoal (x 1000 R$) 42.222,57 50.565,60

23

aplicados pelo município. Ressalta-se ainda o crescimento da transferência SUS de

23,20 em 2011 para 27,50 em 2012.

Evolução (R$) do gasto SUS realizado por subfunção, no município de

Indaiatuba, 2009 a 2011

Município 2009 2010 2011

Indaiatuba

66.006.193,05 82.350.180,90 96.085.014,66

Atenção Básica 41.583.901,62 43.228.079,53 28.170.860,56

Assistência Hospitalar e

Ambulatorial 23.762.229,50 34.082.620,03 61.289.468,69

Suporte Profilático e Terapêutico - 4.368.622,03 4.376.131,37

Vigilância Sanitária 264.024,77 33.924,09 743.917,65

Vigilância Epidemiológica 396.037,16 636.935,22 1.504.636,39

Alimentação e Nutrição - - -

Outras subfunções - - -

Fonte: SIOPS, 2009 A 2011 (despesa liquidada) Tabela-14

Observa-se que há grande variação entre os dados, pois as despesas não

eram alocadas apropriadamente em cada subfunção. A partir de 2010, foi

desencadeado um processo para correção dessa situação, mas, foi realizado

paulatinamente até 2011, visto que seria necessário significativas alterações

orçamentárias. Portanto, uma análise detalhada desse período fica prejudicada.

No ano de 2012, as despesas estão devidamente alocadas e permitem uma

análise do comportamento das despesas de saúde por subfunção.

24

Gasto (R$) do SUS realizado por subfunção, no município de Indaiatuba

Janeiro a Dezembro de 2012

Município

DESPESA

TOTAL

PERCENTUAL Gasto per

capita R$

Indaiatuba

R$

112.213.485,56

100,00%

534,70

Atenção Básica 18.791.644,73 16,75 89.54

Assistência Hospitalar

e Ambulatorial 73.463.288,85

65,47 350,06

Suporte Profilático e

Terapêutico 7.332.675,70

6,53 34,94

Vigilância Sanitária 1.096.071,92 0,98 5,22

Vigilância

Epidemiológica 2.059.526,75

1,83 9,81

Alimentação e Nutrição - - -

Outras subfunções

(Admnistr. Geral) 9.470.277,61

8,44

45,13

Tabela-15

Fonte: Balancete SMS/FMS Indaiatuba, jan/dezembro/2012 (despesa liquidada).

População DATASUS/IBGE 2012: 209.859 hab.

25

Gráfico 06

Distribuição(porcentagem) do gasto total SUS realizado por subfunção

em Indaiatuba.

16,75

65,47

6,53

1,02

0,98

0

1,83

Atenção Básica

Assistencia Hospitalar e

Ambulatorial

Suporte Profilático e

Terapêutico

Vigilancia Sanitária

Vigilancia Epidemilógica

Alimentação e Nutrição

Outras

Subfunções(Adm.Geral)

Constata-se através e dos dados acima que na Média e Alta Complexidade

são gastos 65,47% do total dos recursos destinados à Saúde no município o que

implica na necessidade de reorientação desse modelo que ainda impera, não só de

Indaiatuba, mas em grande parte dos municípios brasileiros.

É sabido que, na Atenção Básica é que os investimentos devem ser

realizados, mas, fatores como cultura da população, despreparo de profissionais da

saúde para atuar na Atenção Básica, ineficiência dos serviços prestados nas

Unidades de Saúde acabam por prolongar essa situação.

Por esses motivos A SMS

26

5.4.1 Fundo Municipal de Saúde:

O Fundo Municipal de Saúde de Indaiatuba – FUNSAU foi criado pela Lei nº

3.448 de 22 de setembro de 1997.

Vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, tem como objetivo criar condições

financeiras e de gerenciamento de recursos destinados ao desenvolvimento de

ações e serviços de saúde, executados e coordenados pela Secretaria Municipal da

Saúde – SMS, para implantação, consolidação e manutenção do Sistema Único de

Saúde – SUS, de acordo com princípios e normas a ele aplicáveis.

Ao Conselho Municipal de Saúde cabe a fiscalização e acompanhamento da

gestão do Fundo, mediante relatórios contábeis e financeiros mensais ,ou, de acordo

com solicitações específicas do próprio Conselho Municipal de Saúde.

Quadrimestralmente a SMS faz a prestação de contas do financiamento e

ações de serviços de saúde em Audiência Pública, realizada na Câmara Municipal.

27

6- PROCESSOS:

6.1- Assistência a Saúde: Produção Ambulatorial do SUS - São Paulo - por local de

atendimento

Quantidade aprovada por Subgrupo procedimento e Ano

processamento

Município: Indaiatuba

Período:2012

Subgrupo procedimento Total

1-Ações de promoção e prevenção em saúde 406.596

0101 Ações coletivas/individuais em saúde 389.581

0102 Vigilância em saúde 17.015

0201 Coleta de material 99.946

2-Procedimentos com finalidade diagnóstica 1.219.678

0202 Diagnóstico em laboratório clínico 867.011

0203 Diagnóstico por anatomia patológica e citopatologia 2.842

0204 Diagnóstico por radiologia 97.675

0205 Diagnóstico por ultra-sonografia 20.811

0206 Diagnóstico por tomografia 1.950

0207 Diagnóstico por ressonância magnética 919

0209 Diagnóstico por endoscopia 3.534

0211 Métodos diagnósticos em especialidades 43.262

0212 Diagnóstico e procedimentos especiais em hemoterapia 342

0214 Diagnóstico por teste rápido 81.386

3-Procedimentos clínicos 1.798.666

0301 Consultas / Atendimentos / Acompanhamentos 1.675.996

0302 Fisioterapia 18.108

0303 Tratamentos clínicos (outras especialidades) 1.940

0305 Tratamento em nefrologia 26.232

0306 Hemoterapia 229

0307 Tratamentos odontológicos 73.878

0309 Terapias especializadas 2.283

28

4-Procedimentos Cirúrgicos 55.912

0401 Pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo

e mucosa 44.741

0404 Cirurgia das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e

do pescoço 397

0405 Cirurgia do aparelho da visão 241

0406 Cirurgia do aparelho circulatório 27

0407 Cirurgia do aparelho digestivo, orgãos anexos e parede

abdominal 1

0408 Cirurgia do sistema osteomuscular 72

0409 Cirurgia do aparelho geniturinário 49

0412 Cirurgia torácica 2

0413 Cirurgia reparadora 18

0414 Bucomaxilofacial 10.135

0418 Cirurgia em nefrologia 229

7-Òrteses Próteses e materiais Especiais 1.762

0701 Órteses, próteses e materiais especiais não relacionados

ao ato cirúrgico 1.269

0702 Órteses, próteses e materiais especiais relacionados ao

ato cirúrgico 493

8-Ações complementares da Atenção à Saúde 1.080

0801 Ações relacionadas ao estabelecimento 1.080

Total 3.483.694

Fonte: DATASUS/SIA Tabela-16

Quando avaliamos a produção ambulatorial do ano 2012 e comparamos com a

produção de 2009, ou seja, com o início da atual gestão podemos verificar um

aumento de 207% em relação as Ações de Promoção e Prevenção em Saúde; 52%

de Procedimentos com finalidade diagnóstica; 27% Procedimentos Clínicos; 10% de

Procedimentos Cirúrgicos e 5% na produção de Órteses, Próteses e materiais

especiais. Houve um decréscimo de 8,6% nas ações complementares da Atenção à

Saúde. Na Totalidade de Produção Ambulatorial ocorreu um aumento de 41%,

todavia, há de se fazer uma análise mais minuciosa considerando a eficiência do

29

atendimento assim como sua resolutividade, o número de exames de diagnose

solicitados que não apresentam anormalidades, entre outros, fatores estes que

interferem na eficiência nas ações de saúde na rede pública. Estes dados

apresentados mostram que o município vem aumentando sua complexidade nos

serviços de diagnose, porém não temos efetiva pactuação de fluxo/ referência nas

linhas de cuidado.

30

6.1.2 Procedimentos Ambulatoriais por Tipo de Prestador e Complexidade

Produção Ambulatorial do SUS - São Paulo - por

local de atendimento

Quantidade aprovada por Tipo de prestador e

Complexidade

Município: Indaiatuba

Período:2012

Atenção

Básica

Média

Complexi

dade

Alta

Complexi

dade

Não se

aplica Total

Esfera Federal

602.068

878.613

14.355

10.447 1.505.483

Esfera Municipal

547.508

865.077

15.706

7.837 1.436.128

Estabelecimento Privado sem fins

Lucrativos

12.523

243.231

1.035 - 256.789

Estabelecimento Filantrópico com

CNAS válido

12.007

218.839

1.013 - 231.859

Total

1.174.106

2.205.760

32.109

18.284 3.430.259

FONTE: DATASUS TABELA 17

Ao analisarmos a Tabela 17, podemos obter alguns indicadores que nos

ajudarão a definir o nosso modelo de atenção, como também a trazer melhorias ao

atendimento:

A Atenção Básica corresponde a 34,22%, a Média Complexidade 64,30% e

a Alta Complexidade a 0.009% da produção total no município, estes dados nos

mostram a necessidade de implementarmos as ações na Atenção Básica. Um

indicador que vale discutir está na grande proporção de procedimentos de Média

Complexidade, que podem estar relacionados à grande procura pelos serviços de

31

Pronto Socorro e Pronto Atendimento para consultas/procedimentos em detrimento

às Unidades da rede pública. Os procedimentos de Alta Complexidade apresentam

um baixo índice, uma vez que estes, na sua maioria, são referenciados.

6.1.3 Número de Leitos SUS e Hospitais por Natureza do Prestador – Maio 2013

Natureza

Hospital/

Leitos

Municipal- Hospital Dia 11

Entidade beneficente s/fins Entidade Beneficente sem fins lucrativos - HAOC 133

Fundação Privada- IRPSI 130

TOTAL 274

Fonte: CNES –DATASUS Tabela- 18

6.1.4- Quantidade de leitos por especialidades e tipo de prestador, segundo a Portaria n°1.101 MS/GM - Maio 2013

Especialidades Público Filantrópico Privado Total Necessidade

Cirúrgicos 7 42 10 59 65

Clínicos - 43 20 63 115

Obstétricos - 17 10 27 41

Pediátricos - 15 10 25 60

Psiquiátricos - 130 - 130 66

Hospital Dia 4 - 4 -

UTI Adulto Tipo II - 10 4444 2322 28

UTI Neonatal Tipo

II

- 6 6 6

UTI Adulto tipo I - - 4 4

Total 11 263 54 318 381

Fonte:CNESDATASUS Tabela- 19

32

6.1.5- Necessidade de leitos hospitalares SUS: Segundo Portaria Nº 1101 GM 12 de junho 2002.

Parâmetro Existente Defasagem

2,5 a 3 leitos por 1. 000 habitantes.

Para: 209.859

Total: 524 a 629 leitos

318 leitos.

206 a 311 leitos

Leitos em UTI

16 leitos

12,7 a 31,8

Fonte: CNES/DATASUS Tabela-20

6.1.6- Taxa de Ocupação Hospitalar por Especialidade

Taxa de ocupação 2012

Clinica Cirúrgica 57.60%

Clínica Médica 86.22%

Obstetrícia 41.16%

Pediatria 60.90%

Psiquiatria 89.03%

Fonte: DATASUS Tabela- 21

6.1.7 - Internações Hospitalares no Município:

Internações Hospitalares do SUS - por local de

internação - Indaiatuba

Ano - 2012

Clínica

cirúrgica Obstetrícia

Clínica

médica Psiquiatria Pediatria Total

5.583 1.419 3.759 1.753 741 13.263

Portaria

n°1.101 3.358 3.400 5.540 588 2.518 15.404

Fonte: DATASUS/SIH Tabela- 22

33

6.1.8 - Informações hospitalares relevantes comparativo a região de Campinas Considerando as especialidades citadas na tabela – 11

Assistência

Hospitalar/2012

Município

Região de Saúde -

Campinas

AIH pagas 13.255 199.624

Valor Médio da AIH R$ 744,66 1.153,66

Média de

Permanência(dias)

5,9 /2,5* 5,6

Taxa de mortalidade

Hospitalar 4,06 4,78

Fonte: DATASUS/SIH Tabela-23

*Desconsiderando as internações de psiquiatria, a média de permanência diminui à

metade em relação a região de saúde.

6.1.9- Média de Permanência Hospitalar comparativo Município / Região de Saúde

Internações Hospitalares do SUS

por local de

internação/Especialidades

Média de Permanência.

Período: 2012

Especialidade Município Região de Saúde-

Campinas

Clínica Cirúrgica 3,6 3,8

Clinica Médica 3,6 5,7

Obstetrícia 1,8 2,6

Psiquiatria 114,8 46,9

Pediatria 4,5 6,4

Fonte: DATASUS-SIH Tabela-24

34

6.1.10- Valor Médio de internação comparativo: Município / Região de Saúde

Internações Hospitalares do SUS

por local de internação

Valor Médio de Internação segundo

Especialidade

Período: 2012

Especialidade Município Região Campinas

Clínica Cirúrgica 680,30 1.614,99

Clinica Médica 547,23 629,90

Obstetrícia 612,04 839,25

Psiquiatria 1.197,34 976,47

Pediatria 1.209,51 1.626,35

Média 849,84 1.137,92

Fonte: DATASUS – SIH Tabela-25

6.1.11- Natureza das Autorizações de Internações Hospitalares:

AIHs pagas/ Natureza do serviço Município Regional Campinas

Filantrópico isento de tributos e

contribuições sociais

828/10,22% 8.098

Filantrópico - 20

Estadual - 4.056

Municipal 302 5.142

Total 1.130 17.316

Fonte: DATASUS/SIH Tabela-26

35

Ao analisarmos as Tabelas 18 a 26, em seus conteúdos, podemos tecer

algumas considerações que servirão para o futuro como embasamento de ações de

saúde na rede hospitalar do município:

O município possui uma defasagem de leitos hospitalares quando

comparamos com a Portaria n°1.101 GM/MS. Atualmente a discrepância está entre

206 a 311 leitos, no entanto a taxa de ocupação destes, com exceção da Clínica

Médica (86,22), está abaixo do esperado, assim como a média de permanência nas

Clínicas Básicas; quanto a esta última cabe melhor avaliar o percentual de

internações por causas sensíveis à Atenção Básica (ICSAB);

Os leitos de UTI Adulto e Neo Natal estão dentro dos parâmetros para a

população, e estão inseridos respectivamente, na RUE- Rede de Urgências e

Emergências - e na Rede Cegonha com regulação de vagas regional.

O número de AIHs pagas no município em 2012 correspondeu a 6,63% da

totalidade destas na Região de Saúde. Quanto às internações a Clínica Médica é que

proporciona o maior número seguido pela Clínica Cirúrgica, acompanhando os

padrões estabelecidos na OMS.

Os valores médios das AIHs no município demonstram que a sua rede

hospitalar caracteriza-se por internações de baixa e ou média complexidade.

O número de AIHs pagas ao Hospital Geral Filantrópico está em 73 %, sendo

que na gestão anterior este índice estava em 91%, mostrando que o município

reorganizou o fluxo das cirurgias de baixa complexidade para o Hospital Dia,

otimizando o Centro Cirúrgico do HAOC para as cirurgias de média e algumas de alta

complexidade.

O Hospital Psiquiátrico por ter sua regulação de vagas estadual, talvez

detenha os casos mais complexos para a especialidade e que poderá comprovar a

alta taxa de permanência institucional.

A Secretaria Municipal de Saúde mantêm Convênio com o Hospital Augusto de

Oliveira Camargo, entidade filantrópica, objetivando a cobertura populacional na

área de atenção Hospitalar (Média e Alta Complexidade-assistência ambulatorial de

urgência e emergência e internações) em conformidade com as diretrizes e

orientações do Ministério da Saúde para a rede hospitalar, seguindo o respectivo

36

desembolso financeiro, por conta do “Programa de Reestruturação e

Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde - SUS”.

Fez uma parceria no final do ano de 2010, para ampliação da estrutura predial com

intuito de melhorar o acesso dos usuários, principalmente para um Novo Pronto

Socorro, com uma ambiência de linhas arquitetônicas modernas que muito traduz a

atual administração, além de propiciar o aumento do número de leitos de

Retaguarda Clínica, viabilizaremos também 10 novos leitos de UTI Adulto que

estão em fase de habilitação no Ministério da Saúde.

6.2 - Atenção Básica

Na gestão anterior muito se discutiu sobre o modelo de atenção a ser adotado

pelo município. Atualmente temos um modelo misto. No ano de 2010, foi

realizado a territorialização das Unidades, fato que propiciou uma melhor visão e

reorganização para melhoria de acesso aos serviços, assim como da necessidade

da implantação de novas Equipes de Estratégia de Saúde da Família, na lógica da

conversão do atual Modelo. Outro fato que também ajudou a implementar os

serviços de saúde foi o desenvolvimento do planejamento estratégico municipal que

buscou parceria de Projetos com o Ministério da Saúde, realizando a adesão ao

Requalifica UBS, assim, durante os próximos 4 anos teremos a inauguração de 3

novas Unidades que virão substituir prédios antigos e inadequados e permitirão a

implantação/ampliação de novas equipes, com estudo de impacto financeiro para a

contratação de funcionários para composição destas.

Quanto à qualificação da assistência prestada na Atenção primária, iniciamos com

quatro Unidades inscritas no PMAQ, e atualmente a junção da Equipe de Qualidade

e Educação Permanente, almeja estender a todas as equipes este programa e

inserir todas as equipes para qualificação, de acordo com disponibilização, pelo

Ministério da Saúde, de novas adesões.

37

6.2.1 Departamento Odontológico:

O Departamento de Odontologia desenvolve as ações dentro das diretrizes do

Ministério da Saúde, reorganizando, fortalecendo e qualificando as ações na

Atenção Básica, na Atenção Especializada e na Preventiva.

Odontologia na atenção básica

Tem prioridade dentro da atual administração melhorando o acesso da comunidade

as a Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Programas de Saúde da Família (PSFs),

melhorando os índices de demandas negativas da população e tem como objetivo

garantir de forma gratuita e qualificada aos munícipes, ações de promoção,

prevenção e recuperação do serviço de Saúde Bucal à a disposição nas seguintes

unidades:

Centro de Odontologia Dr. Guilherme Cibim, Pediatria, UBS VII (Posto da

Mulher), PSF Pq.Corolla, PSF Jd. Oliveira Camargo, PSF Jd. Brasil, PSF

Jd. Carlos Aldrovandi, PSF Pq. Indaiá, PSF Jd. Itamaracá,UBS IX Central,

UBS II Cecap, UBS X Jd. Califórnia, UBS V Jd. Itaici.

Atenção Básica com:

35 Cirurgiões Dentistas Clínicos Gerais

16 Auxiliares de Saúde Bucal

02 Recepcionistas

01 Auxiliar em Esterilização

Programa de Prevenção – Boquinha Encantada

O Programa Boquinha Encantada tem como foco evidenciar e organizar

ações e serviços de saúde bucal no âmbito da Atenção Básica que abrange a

prevenção, promoção e proteção de saúde, assim como diagnóstico, tratamento,

reabilitação e manutenção da saúde.

Orienta-se pelos princípios do SUS, que são a Universalidade, a

Acessibilidade, a Coordenação do Cuidado, do Vínculo e da Continuidade, a

Integralidade, a Responsabilidade da Humanização, a Equidade e a Participação

38

Social, tornando-se assim parte fundamental da construção do SUS no município de

Indaiatuba.

O Programa assume cada vez mais uma nova postura diante da população,

enfrentando os problemas existentes, procurando operar transformações, rompendo

com antigas formas de trabalhar com o processo saúde-doença na sociedade,

propondo um trabalho integrado, em equipe, cuja expressão máxima venha

consolidar na estratégia da Linha do Cuidado preconizada pela Política do Brasil

Sorridente (cuidado da criança, do adolescente, do adulto e idoso) e organização

das demandas existentes.

Esses princípios visam o fortalecimento das famílias, dando a elas a

consciência sobre sua própria saúde, tornando-as capazes de evitarem algumas

doenças através de práticas preventivas, promovendo o acesso, posse e uso de

instrumentos de higiene e como resultado a melhora da qualidade de vida.

Objetivos do Programa

Oferecer a todos os alunos da rede municipal de ensino a oportunidade de

realizar atividades que possibilitem o desenvolvimento de atitudes adequadas

à promoção e manutenção da saúde bucal.

Parceria com outros setores

Promoção de saúde para a população.

Reduzir a prevalência da doença cárie e gengival no município.

Divulgar e fazer compreender o significado da Prevenção.

Levantamento Epidemiológico

O SUS é tido como a política de maior inclusão social implementada no Brasil

e tem a oportunidade de efetivar um sistema integrado e gratuito que cuida da

prevenção, promoção, cura, reabilitação das pessoas e que objetiva a melhoria da

qualidade de vida.

O Programa Boquinha Encantada reconhece e consolida esses princípios

através de suas atividades, reconhece que cada avanço conseguido é significativo ,

tem a pretensão de crescer , enfrentar os desafios rumo ao futuro e acredita que

pode ser parte de um país mais justo e igualitário.

39

O Programa de Prevenção iniciou suas atividades em 02 creches que serviram

como piloto em 1996. Em 2002, uma vez incorporado e com suas ações

abrangendo todo município, recebeu o nome de Boquinha Encantada.

Atualmente as principais atividades do programa consistem em:

Classificação de risco de cárie no ensino infantil e fundamental na

rede pública e encaminhamento para Unidades de referencia

quando da necessidade de tratamento curativo.

Capacitação de coordenadores, professores e monitores do ensino

fundamental da rede pública, assim como agentes comunitários de

saúde para multiplicação das ações preventivas e educativas.

Distribuição de escovas e creme dental para todas as crianças

inscritas no Programa.

Parceria com outros setores bem como Secretária de Esportes e

Funssol

Levantamento Epidemiológico do Município segundo Ministério da

Saúde.

Acompanhamento mensal durante todo o ano da Escovação dental supervisionada

Gráfico- 7

0

20

40

60

80

100

2004 2010 Meta

OMS

Livres de cárie

5 anos

Livres de cárie

40

Gráfico- 8

1,65 1,7 2,1

0

0,5

1

1,5

2

2,5

Indaiatuba Sudeste Brasil

Índice CPO-D 12 anos

Gráfico- 9

0

10

20

30

40

50

60

70

Livres de

cárie

Cariados Perdidos Obturados

5 anos

12 anos

41

1,791,62

1,21 1,46

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

Ano 2000 Ano 2004 Ano 2006 Ano 2010

Índice ceo-d 5 anos

Gráfico- 10

PROCEDIMENTO 2012

1ª Consulta Programática 8.746

Atendimento de Urgência

na Atenção Básica 7.474

Restauração Dente

Decíduo 6.009

Restauração Dente

Permanente 14.124

Exodontia Dente

Permanente 3.301

Prótese Total 84

Total de procedimentos

individuais e coletivos/ano 206.732

Tabela 27

42

TOTAL DE PROCEDIMENTOS COLETIVOS/ANO

Atividade Educativa

Exame bucal com Finalidade

Epidemiológica Aplicação Flúor

Escovação

Supervisionada

2012 616 2012 15.596 2012 9.065 2012 66.566

TOTAL: 616 TOTAL: 15.596 TOTAL: 9065 TOTAL: 66.566

Tabela 28

147.000

192.380205.000

207.700

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012

PR

OD

ÃO

ANO

Evolução da Produção Odontologia

Gráfico 11

43

6.2.2 Programa Nascer Bem:

O Programa conta com equipe multiprofissional composta por Pediatra

especializado em neonatologia, Enfermeiro, Técnicos em Enfermagem, Assistente

Social, Auxiliar administrativo. As Atividades consistem em acompanhar a evolução

biopsicossocial das crianças envolvidas no programa até o primeiro ano de idade.

1- Orientações às mães após o parto ainda na Maternidade:

Conhecimento do objetivo do trabalho da equipe Nascer Bem;

Importância do aleitamento materno;

Cuidados quanto ao coto umbilical do RN;

Higiene do recém-nascido e roupas;

Importância da vacinação, reações e cuidados;

Agendamento da triagem auditiva;

Orientação quanto ao teste de triagem neonatal (teste do Pezinho);

Agendamento da primeira consulta do bebê;

Orientação quanto à visita domiciliar do Programa Nascer Bem

2- Atividades Administrativas

Agendamento das visitas domiciliares

Marcação do teste da Orelhinha

Reconvocação para coleta do teste do pezinho – Cipoi Unicamp

OBJETIVOS:

Proporcionar atendimento a 100% das crianças nascidas em Indaiatuba,

visando à identificação precoce dos fatores de risco em nossa área de

abrangência na fase mais crítica e vulnerável do desenvolvimento, mais

especificamente de 0 a 1 ano;

44

Promover e o bem estar físico, psíquico e social da criança através de ações

de saúde que envolvam a família e a comunidade com consequente diminuição

da morbimortalidade na primeira infância.

6.2.3 DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Como a Vigilância em Saúde integra o “conjunto das práticas realizadas pelos

serviços de saúde no nível local, com o objetivo de garantir a qualidade de vida para

o coletivo sob sua responsabilidade” (Vilaça – Distrito Sanitário) e como se constitui

atributo do departamento o exercício do poder de polícia administrativa no

desenvolvimento de ações e serviços que visam promover e proteger a saúde

humana e animal, controlar as doenças e agravos à saúde, preservar o meio

ambiente, inclusive o do trabalho, e defender a vida. Relato as atividades

desenvolvidas pelos departamentos.

Departamento de Vigilância Epidemiológica

A Vigilância Epidemiológica abrange atualmente, os Setores de Controle de

Agravos, Controle de Doenças Imunopreveníveis, Análises Epidemiológicas,

Controle de Zoonoses/Dengue, e os Programas DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais,

Tuberculose e Hanseníase.

Programas Alimentados pelo DEVEPI:

-SIM- Sistema de Informação de Mortalidade

-SINASC- Sistema de Informação de Nascidos Vivos

-SINAN-NET-Sistema de Informação de Agravos de Notificação- NET

-SINAN-WEB- Sistema de Informação de Agravos de Notificação- WEB

-SISAED-WEB- Sistema de Informação Aedes Aegypti- WEB

-TB-WEB- Tuberculose- WEB

-API-WEB – Atualização do Programa de Imunização

-EDI –Entrada e Distribuição de Imunobiológicos

-SISPAF- CIVP-Sistema de Portos Aeroportos e Fronteiras- Certificado Internacional

de Vacinação e Profilaxia (vacina de febre Amarela)

-GEO OCORRÊNCIAS, GEOCIDADES, GEOPROCESSAMENTO

45

-FROTA

-SISPACTO

-ATENDIMENTO À RECLAMAÇÕES VIA E- MAIL, OUVIDORIA E SISTEMA -0800

-PROTOCOLO

Departamento de Vigilância Sanitária

O controle de bens de consumo que, diretamente, se relacionem com saúde,

compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo.

Medicamentos; Alimentos; Cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes;

Saneantes; Equipamentos e materiais médico-hospitalares, odontológicos,

hemoterápicos e de diagnóstico laboratorial e por imagem; Imunobiológicos e suas

substâncias ativas, sangue e hemoderivados; Produtos que envolvam a

possibilidade de risco à saúde, obtidos por engenharia genética, por outro

procedimento ou ainda submetidos a fontes de radiação.

Programas Alimentados e utilizados pelo DEVISA:

-SIVISA- Sistema Informação de Vigilância Sanitária

-PROTOCOLO

-PROCESSOS INTERNOS

-CADASTRO IMOBILIÁRIO ELETRÔNICO

-CADASTRO DE PROFISSIONAIS

-TAXAS

-LIXO BRANCO

-ATENDIMENTO Á RECLAMAÇÕES VIA E – MAIL, OUVIDORIA E SISTEMA -0800

-SISAGUA- Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para

Consumo Humano

-PRÓ- ÁGUA- Programa de Vigilância da Qualidade da Água para consumo

Humano

46

Tabela 29

Percentual de realização das análises de vigilância da qualidade da água

referente ao parâmetro coliformes totais:

2011 2012

98,98% 100,0%

Tabela 30

A Vigilância em Saúde é um instrumento para a construção de uma nova

modalidade de atenção, ou seja, uma forma de ver a intervenção sobre o coletivo e

o individual, e outras questões para o saber científico sobre a saúde e a doença.

Descrição 2011 2012

Cadastro de Estabelecimentos 630 655

Exclusão de Cadastros 72 80

Análise de Projetos 112 222

Investigação Eventos

Adversos/Queixas Técnicas

05 04

Atividade Educativa Setor

Regulado

1564 3154

Inspeção de Estabelecimentos 2360 2496

Licenças emitidas pela VISA 1244 1271

Aprovação de Projetos 42 51

Coleta de Água 288 288

Atendimento as

Reclamações/Solicitações de

Visitas

788 1516

47

6.2.4 Programa Municipal de Controle da Hanseníase

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta que se

manifesta através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos

nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. É causada pelo a

Mycobacterium leprae, Tem alta infectividade e baixa patogenicidade, isto é infecta

muitas pessoas, mas poucas adoecem.

A rede de atenção básica exerce um papel fundamental, pois sabemos que o

diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e os autocuidados evitam a maioria das

complicações e garantem a qualidade de vida dos portadores dessa doença.

O Programa Municipal de Controle da Hanseníase está sendo realizado em

todo município, onde a porta de entrada do paciente na rede se dá pelas UBS e as

ESF, que realizam a triagem e/ou suspeita diagnóstica e encaminha o paciente para

o Ambulatório de MI, localizado no Ambulatório de Especialidades “Dr. Renato

Riggio Júnior”, onde são tratados e acompanhados por profissionais como

dermatologistas, oftalmologistas, neurologistas e equipe de enfermagem, entre

outras especialidades que se fizerem necessárias.

As medicações são distribuídas gratuitamente e os pacientes comparecem

uma vez ao mês durante o tratamento para a dosagem supervisionada. Além disso,

é realizada a avaliação de incapacidade no mínimo duas vezes durante o

tratamento, sendo está no início e final do mesmo. A presença de incapacidades,

causadas pela hanseníase em um paciente curado, é um indicador de que o

diagnóstico foi tardio ou de que o tratamento foi inadequado.

Uma atenção especial tem se dado aos estados reacionais ou reações

hansênicas, que são as principais causas de lesões de nervos e de incapacidades

provocadas pela hanseníase.

O município de Indaiatuba tem utilizado a referência do Instituto Lauro de

Souza Lima, para pacientes com complicações e/ou reações hansênicas severas, ou

a UNICAMP em casos de retratamento.

48

Gráfico 12

Tabela 31

Gráfico 13

HANSENÍASE

Indeterminada Tuberculóide Dimorfa Virchowiana

Paucibacilar 9 6 1 0

Multibacilar 0 0 1 13

Tabela 32

HANSENÍASE

Sexo 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79

Masculino 1 6 5 3 2

Feminino 1 6 1 2 3

Hanseníase - Faixa Etária segundo sexo (2010 a 2012)

1

6

5

3

2

1

6

1

2

3

0

1

2

3

4

5

6

7

15-19 20-34 35-49 50-64 65-79

Fonte SINAN NET

Masculino

Feminino

Hanseníase - Classif icação Operacional segundo Forma Clínica

(2010 a 2012)

9

6

100 0

1

13

0

2

4

6

8

10

12

14

Indeterminada Tuberculóide Dimorfa Virchow iana

Fonte: SINAN NET

Paucibacilar

Multibacilar

49

6.2.5 Programa de Controle da Tuberculose

A Tuberculose é uma doença infecciosa, cujo agente etiológico é o

Mycobacterium tuberculosis - o bacilo de Koch. O bacilo é eliminado através das

gotículas durante a tosse, fala e espirro do indivíduo doente de tuberculose

pulmonar e penetra no organismo de outras pessoas, através das vias respiratórias.

A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente todos os casos, apenas

nas formas extras pulmonares esta transmissão não ocorre.

O Plano Nacional de Controle da Tuberculose, lançado pelo Ministério da

Saúde, define a tuberculose como prioridade entre as políticas públicas

governamentais de saúde, estabelece diretrizes para as ações e fixa metas para o

alcance de seus objetivos.

No município, o Programa de Controle da Tuberculose é realizado de forma

descentralizada pelas Unidades Básicas de Saúde e nos PSFS – Programa Saúde

da Família e no Ambulatório de MI - Moléstias Infecto Contagiosas, no Ambulatório

de Especialidades “Dr. Renato Riggio Junior”.

O tratamento dos pacientes em retratamento, recidiva, e ou coinfectados com

outras doenças de notificação compulsória como HIV/AIDS e/ou Hepatites Virais é

realizado somente no Ambulatório de MI, por profissional de referência, capacitado

pelo Programa Nacional e Programa Estadual de Controle da Tuberculose. O MI

funciona também como Retaguarda/Referência e Unidade de Monitoramento das

Ações desenvolvidas pelas UBS e PSFs em tuberculose.

A busca ativa é a estratégia adotada para identificar o sintomático respiratório.

Realizada em todas as UBS/PSFs, busca localizar precocemente o doente

bacilífero, tratar a infecção e quebrar a cadeia de transmissão.

Temos tratado pacientes com tuberculose, em variadas formas tais como:

pulmonar, pleural, meníngea, miliar e recentemente um diagnóstico de tuberculose

mamária.

O tratamento é feito de forma supervisionada, estratégia da OMS desde 1993,

por profissionais da equipe de saúde nas unidades de atendimento e os

medicamentos são disponibilizados de forma gratuita. Como incentivo ao tratamento,

é oferecido um kit com alimentos da alimentação básica, contendo itens como leite,

50

carne seca, farináceos, açúcar, e outros, de forma a garantir e incentivar à adesão

ao tratamento.

Os pacientes em tratamento são avaliados e acompanhados mensalmente

por profissionais médicos e equipe de enfermagem, para avaliação, coleta de

exames e monitoramento clínica e eventos adversos. O município de Indaiatuba já

foi premiado por algumas vezes pelo Programa Estadual de Tuberculose por

conseguir alcançar o índice de 85% de cura dos casos novos.

A Tuberculose continua sendo um problema de grande importância em saúde

pública e que exige o desenvolvimento de estratégias para o seu controle, visto que

ainda morrem anualmente 4,5 mil pessoas por esta patologia.

Gráfico 14 e 15

4851

4239

51

45

35

59

41

0

10

20

30

40

50

60

70

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Gráfico por ano - Tuberculose

51

6.2.6 Programa Municipal de DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais

O Programa Municipal de DST/AIDS tem como missão diminuir a

vulnerabilidade da população do município de Indaiatuba em adquirir Doenças

Sexualmente Transmissíveis (DST), HIV/AIDS e as Hepatites Virais. Busca a

melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas e a reduzir o preconceito, a

discriminação e os demais impactos sociais negativos dos DST/HIV/AIDS/HVIRAIS,

através de políticas públicas pautadas pela ética e compromisso com a promoção da

saúde e da cidadania, em consonância com os princípios do SUS.

Os objetivos dos Programas de DST/AIDS e Hepatites Virais desenvolvido

pelo município são:

Vigilância Epidemiológica;

Garantia do atendimento e assistência integral aos casos diagnosticados;

Referência técnica com atuação em agente multiplicador e de criação de

normas técnicas;

Responsabilidade na implantação, articulação, supervisão e monitoramento

das estratégias relativas à DST/AIDS/Hepatites nas áreas de prevenção,

assistência e tratamento;

Atuar buscando parcerias com outros setores governamentais e com a

sociedade civil, conforme modelo organizacional criado pelo Programa

Nacional e Estadual de DST/AIDS.

Conforme dados do Boletim Epidemiológico do Estado de São Paulo, de

dezembro de 2012, tem se observado uma queda na incidência da AIDS no estado,

assim como a mortalidade e dos casos de transmissão vertical do HIV. Isso é reflexo

das ações desenvolvidas em todos os níveis de governo, visando a prevenção com

distribuição de insumos como preservativos masculinos, femininos e gel; de

diagnostico precoce com as campanhas de testagem permanentes, melhoria do

acesso ao serviço especializado para acompanhamento e tratamento e distribuição

gratuita de medicamentos para doentes de AIDS e para a prevenção de infecção

oportunistas.

Por outro lado estamos observando a crescente elevação no número de

casos de sífilis e por consequência a sífilis congênita, que ainda sem controle

52

desafia a todos os profissionais de saúde, e requer um enfrentamento conjunto para

a sua eliminação.

As equipes que fazem a assistência ao parto e a vigilância epidemiológica

vem apresentando um esforço relevante de captação e notificação de casos,

estimulado por varias ações para reduzir a transmissão vertical da sífilis, mas diante

de grupos de mulheres que pertencem a grupos de alta vulnerabilidade como

usuárias de drogas lícitas e ilícitas, profissionais do sexo, mulheres em situação de

rua, adolescentes, mulheres parceiras de homens pertencentes a grupos mais

vulneráveis, apresentam maior dificuldade de início e/ou seguimento do pré-natal,

reduzindo drasticamente as oportunidades de diagnóstico e tratamento da sífilis na

gestação.

As hepatites virais B e C também são um grave problema de saúde pública, e

foram incluídas na lista de notificação compulsória. A diversidade virológica, o

padrão de transmissão, a evolução clínica, a complexidade diagnóstica e

terapêutica, impôs que política específicas fossem implantadas para possibilitar

uma busca racional pelo arsenal terapêutico, de modo a garantir a sustentabilidade

do acesso universal ao tratamento.

No município de Indaiatuba o diagnóstico é feito pela triagem sorológica em

todas as UBS e ESF e diante de uma sorologia positiva, os pacientes são

encaminhados para o Ambulatório de Moléstias Infecto Contagiosas para

confirmação laboratorial, para seguir o acompanhamento e de acordo com os

protocolos existentes ser indicado ou não o tratamento para as hepatites virais.

Vários fatores comportamentais e genéticos, concomitância com algumas

substâncias tóxicas aumentam o risco de cirrose e neoplasia primária do fígado.

Mesmo quando há a resolução da infecção o paciente é notificado,

acompanhado e realizado a investigação dos familiares com a triagem sorológica.

Iniciamos os primeiros tratamentos no Ambulatório de Moléstias Infecto

Contagiosas a partir do ano de 2010, com cerca de 30 pacientes tratados.

O principal objetivo de tratar estes pacientes portadores de hepatites virais é

reduzir o risco de progressão da doença hepática e de seus desfechos primários,

especialmente a cirrose, o hepatocarcinoma e consequentemente o óbito.

53

Gráfico 16

AIDS

Sexo Homossexu Homo/Droga Bissexu Heterossexu Hetero/Droga Droga

Masculino 54 1 9 32 2 1

Feminino 0 0 0 44 1 0

Tabela 33

Gráfico 17

AIDS - Sexo segundo Categoria de Exposição (2010 a 2012)

54

1

9

32

2

1

0

0

0

44

1

0

0 10 20 30 40 50 60

Homossexual

Homo/Drogas

Bissexual

Heterossexual

Hetero/Drogas

Drogas

Fonte: SINAN NET

Feminino

Masculino

27

27

21

2

2

1

0

2

0

16

17

29

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

CDC RJ/Caracas Óbito HIV

Fonte: SINAN NET

AIDS - Critério de Confirmação segundo ano de diagnóstico

(2010 a 2012)

2012

2011

2010

54

AIDS

Ano CDC RJ/Caracas Óbito HIV

2010 27 2 0 16

2011 27 2 2 17

2012 21 1 0 29

Tabela 34

Hepatites Virais - Faixa etária segundo sexo de notif icação

(2010 a 2012)

1 0 0 1

6

24

77

54

15

41 1 1 1 2

45 4346

24

2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

<1a 1.-4 5.-9 10.-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80+

Fonte: SINAN NET

Masculino

Feminino

Gráfico 18

HEPATITES VIRAIS

Sexo <1a 1.-4 5.-9 10.-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80+

Masculino 1 0 0 1 6 24 77 54 15 4

Feminino 1 1 1 1 2 45 43 46 24 2

Tabela 35

55

HEPATITES VIRAIS

Ano Ignorado Virus B Virus C Virus B/C

2010 24 32 13 5

2011 20 71 42 5

2012 7 68 50 9

Tabela 36

Gráfico 19

Hepatites Virais - Ano de notif icaçaõ segundo Classif icação Etiológica Viral (2010

a 2012)

24

32

13

5

20

71

42

57

68

50

9

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Ignorado Virus B Virus C Virus B/C

Fonte: SINAN NET

2010

2011

2012

56

Atendimentos realizados no Hospital Dia “Dr. Renato Riggio Júnior” pelos

programas: Hanseníase, Tuberculose e DST/HIV/Hepatites, no período de

Janeiro à Agosto de 2013.

Descrição Programas Quantidade

Consultas agendadas DST/HIV/Aids e

Hanseníase

1676

Consultas realizadas DST/HIV/AIDS 1160

Hanseníase 176

Vagas para consultas nas

especialidades do ambulatório

(Infectologista e Dermatologista)

DST/HIV/AIDS 480/mês

Hanseníase 40/mês

Pacientes em segmento no ambulatório DST/HIV/AIDS

Hanseníase 19

Medicamentos dispensados em doses

supervisionadas

Hanseníase 39

Visitas domiciliares realizadas pela

Assistente Social

TB/MH/DST/AIDS/HVIRAIS 140

Exames coletados (CV e CD4) e

demais exames coletados pelo

ambulatório

HIV/AIDS 320

Aconselhamentos realizados HIV/AIDS 60

Pessoas atendidas para retirada de

preservativos no Ambulatório / H. Dia

HIV/AIDS- Livre

demanda

Pacientes tratados para Hepatite C

Tabela 37

57

Distribuição de Preservativos no município (atendendo UBS, PSF, Empresas,

Escolas entre outros -ANO 2012:

Mês Quantidade Mês Quantidade

Janeiro 12500 Maio 12500

Fevereiro 34100 Junho 12500

Março 12500 Julho 12500

Abril 34100 Agosto 34100

Tabela 38

6.2.7 Programa Municipal de Controle da Dengue

O Programa de Controle da Dengue têm como objetivo reduzir a incidência de

dengue no município de Indaiatuba através dos Planos de controle do Aedes aegypti

Federal, Estadual e Municipal.

Objetivos Específicos:

Promover a intensificação das ações de controle de criadouros e da

infestação por Aedes aegypti em período inter-epidêmico;

Reduzir os níveis de densidade larvária a índices de Predial inferiores a 1;

Reduzir a positividade de Pontos Estratégicos a menos de 2%;

Reduzir a positividade em Imóveis Especiais a menos de 1%;

Reduzir a pendência final do trabalho de Casa a Casa e Bloqueio controle de

criadouros a menos de 25%;

Realizar o Bloqueio de casos suspeitos e confirmados de forma oportuna;

Cadastramento e acompanhamento de recicladores residenciais e de

terrenos baldios;

Realizar ações de mobilização com a população e outros setores.

58

Atividades realizadas pelo município:

Palestras em: Escolas (rede de ensino municipal, particular e estadual),

Empresas, Entidades, ONGs, Grupos da 3ª Idade, entre outros;

Mutirão Educativo voltados ao controle da Dengue;

Vistorias em Imóveis Especiais, e Pontos Estratégicos

(floriculturas/paisagismos, cemitérios, borracharias, sucateiros, cadastrados pelo

município);

Ações de Educativas de Mobilização para a prevenção da Dengue

envolvendo toda a população e outros setores durante todo o ano e,

principalmente, em datas comemorativas;

Elaboração de Materiais Educativos para confecção de cartazes, banners,

faixas, Outdoor, panfletos, Woobler, e outros abordando diversos assuntos como:

Dengue, Zoonoses (Pombos, Carrapatos, Escorpião, etc.);

Elaboração do Guia de Prevenção e Controle de Vetores e Peçonhentos;

Busca Ativa em casos de confirmação de Dengue;

Envio de email com prevenção da doença para contatos de empresas,

comércios e unidades escolares);

Atividade Casa-a-Casa de orientação e vistoria intra e Peri-domicílio;

Atividade de Densidade Larvária pesquisa que mensura a probabilidade dos

níveis de infestação do Aedes Aegypti em todo o município e identifica os

recipientes onde mais são encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue;

Arrastão na retirada de recipientes inservíveis e outros criadouros das

residências e terrenos baldios .

Cadastro e Vistoria quinzenal nos Ponto Estratégicos, Imóveis que

apresentam grande quantidade de recipientes em condições favoráveis à

proliferação de larvas de Aedes aegypti (depósitos de pneus usados e de ferro

velho, oficinas de desmanche de veículos, borracharias, oficinas de funilaria,

cemitérios...), e portanto, em função da proliferação do vetor e de sua dispersão

ativa na área adjacente podem contribuir de forma importante nos níveis de

infestação dessa área. Podem, também, se destacar na dispersão passiva do vetor

principalmente na fase de ovo, por meio do transporte de recipientes de um

município para outro, em atividades comerciais;

59

Desenvolvimento do Projeto Municipal Cidade Limpa é Cidade

Saudável no cadastramento de residências com ou/sem coleta de larvas com

criadouros existentes, aplicação do Comunicado de Advertência para o munícipe,

envio de correspondência do comunicado de advertência aplicado, cadastramento

de casas com piscinas para envio de correspondência de prevenção e tratamento

adequado, envio de correspondência para imóveis com recusa, cadastramento e

acompanhamento de recicladores residenciais sem outra forma renda, doação de

bags e paletes de madeira para adequação dos materiais e ambiente,

cadastramento, emplacamento e monitoramento de terrenos baldios que são

constantemente alvos de entulhos e lixos como também a abordagem dos

residentes próximos ao terreno e orientação por informativo especifico de terrenos;

Carro de som volante com spot de prevenção da doença;

Integração de serviços com outras Secretarias Municipais; de Engenharia,

Assistência Social, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Obras Públicas, SAAE,

Depto de Informática, Defesa e Cidadania, Vigilância Sanitária e Cerest;

Atendimento 0800 mediante a vistoria do local e orientações conforme as

solicitações feitas pelos munícipes;

Colocação de Woblers (informativo de prevenção) em gôndolas de

supermercados, farmácias e outros comércios;

Colocação de placas de prevenção em PVC em Pontos de ônibus;

Envio de correspondência de prevenção e distribuição de informativos para

Construtoras, Administradoras de Condomínios, Contabilidades e Administradoras

de Empresas, Entidades religiosas, Unidades Escolares do município, Instituições

públicas, Associação de Engenheiros e Arquitetos, Associação Comercial e etc;

Orientação, acompanhamento e avaliação no trabalho de campo dos

Agentes Comunitários e Controle de Saúde;

Divulgação na mídia local escrita e falada;

Desenvolvimento de projetos e analises de dados;

Integrante do Comitê Regional de Dengue e outras Antropozoonoses da

Região de Campinas, participando também do comitê de saúde do trabalhador e

controle de vetor, através de duas reuniões mensais onde são traçados os planos

de controle da doença;

Geoprocessamento espacial;

60

Digitação dos dados de campo Online SISAWEB.

Série histórica nos últimos quatro anos

2009 2010 2011 2012

Total de

Notificações

127 141 323 172

Autóctones 45 25 128 15

Importados 3 18 9 11

Tabela 39

6.2.8 Programa Nacional de Imunização:

O município desenvolve, conforme calendário de vacinações do Ministério da

Saúde, as ações de vacinação, segue abaixo os gráficos com as coberturas

alcançadas:

129%

85% 88%

76%

0%

108%

132%

95%85%

96%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

crianças t. saúde gestante idoso *puérpera

CAMPANHA CONTRA A GRIPE - 2012 e 2013

Fonte: API/PNI Vig.Epediológica - Gráfico 20

61

92% 95%91%

0% 0%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 *2012 *2013

Cobertura Vacinal Campólio 2ª fase

Fonte: API/PNI * Nos anos 2012 e 2013 não houve 2ª fase da Pólio – Gráfico 21

6.2.9 RAIVA ANIMAL

A Raiva é uma zoonose (doença transmitida entre animais e o homem) de

graves consequências para as comunidades é uma doença infectocontagiosa

causada pelo vírus rábico presente nas salivas dos animais doentes caracterizando

principalmente por alteração do comportamento animal, pelo comprometimento do

sistema nervoso central (snc) causando uma encefalite dos mesmos. Sua evolução

sempre leva ao óbito.

É uma doença que como existe meio de preveni-lo não deveria acometer nem

animais como os humanos, devido à existência das vacinas.

Ainda não existe um tratamento especifico. Embora haja relato cientifico de

um caso no Brasil onde o tratamento foi eficaz o risco ainda é muito alto.

Posse Responsável.

A posse responsável dos animais de estimação é uma obrigação dos proprietários,

contribuindo com isso ao dever de cidadania com redução de risco de transmissão

de doenças, diminuição dos agravos, melhores condições de vidas dos animais,

preservação do meio ambiente, diminuição do numero de animais abandonado em

62

vias publica, diminuindo os riscos com acidentes devendo haver um envolvimento

maior da sociedade na busca constante de soluções adequadas para cada situação,

através de diferentes métodos da manutenção e controle.

MATERIAL ENVIADO AO INSTITUTO PASTEUR PARA O CONTROLE DO

VIRUS RABICO CIRCULANTE NO MUNICIPIO.

Espécies Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013

canina 26 19 25 21

felina 5 2 9 13

herbivoros 1 0 1 0

quiropteros 11 6 14 5

Total 43 27 49 39

Fonte: Depto. Vig. Epidemiológica Tabela 40

6.3 Média Complexidade

O município de Indaiatuba conta com uma rede estruturada com

equipamentos diversificados, permitindo diagnóstico precoce e buscando possibilitar

acesso à tratamento em tempo oportuno . Como este ponto foi supracitado neste

relatório, a intenção será de descrever ações e serviços de saúde realizados através

de alguns Programas neste nível de atenção.

6.3.1 Saúde Mental:

Em 2010, após a dissolução do Ambulatório de Saúde Mental, houve o

cadastramento do CAPS II de Indaiatuba, incluindo mudança de espaço físico.

Ainda em 2010, foi credenciado o CAPS AD e início das atividades do CAPS i.

Foi marcos na história da Saúde Mental, mudança de modelo de atenção

baseado na atenção psicossocial e os centros de atenção psicossocial passam a

serem portas de entrada nos atendimentos de Saúde Mental.

Seguindo as diretrizes da Reforma Psiquiátrica, o paciente passa a ter

atendimento integral com a tentativa de elaboração de projetos terapêuticos

63

individuais e atendimentos em equipe. Com relação à Urgência/Emergência, houve

um avanço significativo, com a capacitação de Unidades básicas e médicos

plantonistas do Mini Hospital, que passou a ser retaguarda clínica para os casos de

saúde mental, sendo também encaminhadores para o leito 72 horas compactuados

com o IRPSI sete leitos (Instituto de Reabilitação e Prevenção em Saúde Indaiá),

tendo em vista a demanda de casos noturnos e aos finais de semana.

Com o início das atividades do CAPS i, a cidade começou a apresentar casos que

necessitam de internação fechada para adolescentes. Mais uma vez, pactuou-se

com o IRPSI seis leitos de retaguarda para pacientes menores de 18 anos.

Iniciamos os trabalhos de intensificação da reinserção social e retirada dos

moradores de longa permanência do Hospital Psiquiátrico para as Residências

Terapêuticas. Atualmente o município dispõe e três Residências Terapêuticas,

sendo uma feminina tipo I (cuidador apenas durante o dia), uma masculina tipo II

(cuidador 24 horas) e uma feminina também tipo II. As residências estão sob gestão

do Instituto Indaiá, porém fazendo migração para gestão do CAPS II, como é

preconizado pelo Ministério da Saúde.

Ainda sobre o CAPS AD, já está em andamento à transformação em AD III, com

serviço 24 horas para atender à demanda do município.

Em 2013, estamos em implantação do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da

Família) focado na Saúde Mental, com a ideia de matriciar os casos e proporcionar

maior segurança aos pacientes e equipes de atendimento.

Estamos em andamento à formação da RAPS – Rede de Atenção Psicossocial, com

diagnósticos e propostas para a região metropolitana de Campinas.

Produção Ambulatorial

2012

CAPS II CAPS A-D CAPS-i

24177 14599 8461

Tabela 41

64

Atividades realizadas no Ambulatório de Saúde Mental:

Atendimentos individuais e em grupos;

Consultas clínico-psiquiátricas para crianças, adolescentes, adultos e idosos;

Atendimento familiar para orientação aos pais dos adolescentes;

Oficinas terapêuticas;

Visitas domiciliares com orientações sociais;

Psicoterapia semanalmente;

Terapia Ocupacional semanalmente;

Consultas clínico-psiquiátricas bimestral;

Triagem: diariamente em forma de plantão e/ou agendadas previamente.

6.3.2 Centro de Especialidades Odontológicas- CEO

O município aderiu o Programa Brasil Sorridente e possui 01 CEO tipo II que

desenvolve trabalhos especializados contribuindo para melhoria do acesso e

resolutividade de grande parte dos problemas bucais da comunidade, contando com:

Atenção Especializada com:

12 Cirurgiões Dentistas distribuídos em:

02 Cirurgiões Dentistas em Periodontia

02 Cirurgiões Dentistas em Buco Maxilo Facial

04 Cirurgiões Dentistas em Endodontia

01 Cirurgião Dentista em Portadores de Necessidades

Especiais

02 Cirurgiões Dentistas em Prótese Dentária.

01 Cirurgião Dentista em Pediatria

06 Auxiliares de Saúde Bucal

01 Auxiliar em Esterilização

02 Recepcionistas

01 uxiliar em Controle de Estoque

65

6.3.3 Laboratório de Prótese:

O Laboratório de Prótese está habilitado em Portaria nº 1.825/GM/MS de 24 de

agosto de 2012, estruturado com 03 Técnicos de Prótese Dentária,

confeccionando 80 Próteses mensais.

6.3.4 Departamento de Reabilitação Física e Mental – DEREFIM

O DEREFIM é um departamento da Secretaria da Saúde que presta

assistência à pessoa portadora de deficiência física garantindo assistência nos

vários níveis de complexidade, por intermédio de equipe multiprofissional e

multidisciplinar, utilizando-se de métodos e técnicas terapêuticas específicas.

Exerce atividades de prevenção, tratamento e reabilitação física e mental,

sensorial e/ou múltiplas, garantindo a qualidade à população, numa perspectiva de

eficiência e melhoria contínua na prestação dos serviços, visando reeducação das

funções cognitivas e sensoriais.

A portaria nº 964 de 09/12/02 habilitou este departamento – DEREFIM - a

realizar os procedimentos previstos na Portaria GS/SAS nº185 de 05/06/01 como

Serviço de Reabilitação Física – Nível Intermediário.

Conta com uma equipe de:

15 fisioterapeutas

07 fonoaudiólogos

03 terapeutas ocupacionais

05 psicólogos

01 psicopedagoga

01 assistente social

04 assistentes administrativos

03 motoristas

O número de agendamentos e atendimentos de pacientes no ano de 2012 foi:

66

ANO DE 2012 AGENDADOS ATENDIDOS

%

COMPARECIMENTO

FISIOTERAPIA 43270 38285 88,48

PSICOLOGIA 15123 11018 72,86

FONOAUDIOLOGIA 13833 10966 79,27

TERAPIA OCUPACIONAL 6102 4731 77,53

PSICOPEDAGOGIA 2259 1903 84,24

TOTAL GERAL 80587 66903 83,02

Tabela 42

Gráfico 22

67

295

220

324 331368

251215

555

434 447

218 212

28 24 23 26 12 18 1342 26 27 16 10

100

200

300

400

500

600

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

AUDIOLOGIA - 2012 EXAMES REALIZADOS

Gráfico 23

39

100

110

146

126

116

143

111

131

143

95 96

0

20

40

60

80

100

120

140

160

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TESTE DA ORELHINHA - 2012

Gráfico 24

68

O serviço social é responsável pelo atendimento dos pacientes que

necessitam de órteses, próteses e materiais auxiliares, fazendo a triagem e

posteriormente, entregando os pedidos. No ano de 2012 foram entregues:

23 cadeiras de rodas

12 órteses

06 cadeiras de banho

05 próteses ortopédicas

04 calçados ortopédicos

02 coletes

São realizadas oficinas de pinturas em madeira e trabalho com palitos, além

de grupo de dança e canto com os pacientes que estão em atendimento na área

neurológica, envolvendo as áreas de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia

e fisioterapia. Estes trabalhos são expostos no DEREFIM e na Semana Municipal

dos Direitos da Pessoa com Deficiência, evento este realizado todo ano no mês de

setembro. Também são realizadas palestras às mães que trazem seus bebês para

fazerem o teste da orelhinha, orientando-as sobre a importância da amamentação.

O serviço de transporte dos pacientes realizam em média 110 agendamentos

semanais, somente para os pacientes que apresentam dificuldades de locomoção.

6.3.5 Centro de Referência de Saúde do Trabalhador- CEREST

HORÁRIO DE ATENDIMENTO: 7h00 as 17h00

ÁREA DE ABRANGÊNCIA:

INDAIATUBA

SANTA BARBARA D’OESTE

MONTE MOR

CABREÚVA

ITUPEVA

VINHEDO

69

ATENDIMENTO COM PROFISSIONAIS DO CEREST

MÉDICO DO TRABALHO/ CLÍNICO GERAL/ ORTOPEDISTA

PSICOLOGIA

FONOAUDIOLOGIA

ASSISTÊNCIA SOCIAL

(para todas as pessoas que sofreram acidente ou possuem doenças relacionadas a

atividade de trabalho)

ATENDIMENTO NA CLÍNICA DE REABILITAÇÃO

FISIOTERAPIA MÚSCULO-ESQUELÉTICA

TERAPIA OCUPACIONAL

(para pacientes pertencentes a área de abrangência das unidades: UBS I -

CENTRO, UBS V - ITAICI, PSF JD. ITAMARACÁ, PSF ALDROVANDI, PSF PQ.

INDAIÁ, PSF JD. BRASIL, UBS IX – VL. TODOS OS SANTOS)

GRUPOS TERAPÊUTICOS

LIANG GONG/ XIAN GONG - TODAS AS TERÇAS-FEIRAS AS 14H00 (ABERTO A

TODA POPULAÇÃO)

VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

Inspeções em ambientes de trabalho para investigação de acidentes/ doenças

relacionadas ao trabalho

Notificação de agravos relacionados a saúde do trabalhador

Monitoramento de empresas inspecionadas

Levantamento epidemiológico junto aos prontos socorros e pronto

atendimento

Sistematização de dados epidemiológicos

70

AÇÕES EDUCATIVAS

Produção de material informativo (Cartilhas, Folder, Banner)

Ministração de palestras em empresas e unidades de atenção à saúde

Capacitação de profissionais da rede de atenção à saúde do município e área

de abrangência

Projetos de prevenção e promoção à saúde

o Saúde Vocal (Secretaria de Esportes/ Secretaria de Educação)

o Liang Gong

MÉDIA DE ATENDIMENTO

100 ATENDIMENTOS MÉDICOS/ MÊS

112 AVALIAÇÕES DE FISIOTERAPIA/MÊS

10 INSPEÇÕES A AMBIENTES DE TRABALHO/MÊS

OBS. OUTROS ATENDIMENTOS REALIZADOS CONFORME DEMANDA

De acordo com o proposto no Plano de Ações para o ano de 2012 o CEREST

apresenta os seguintes resultados:

Foram preenchidas 214 fichas de investigação de acidentes e doenças

relacionadas ao trabalho para notificação no SINAN e realizadas 51 inspeções em

empresas onde se identificou maior gravidade nas lesões provocadas pelos

acidentes. Cabe ressaltar que as inspeções são realizadas em empresas onde

houve acidentes graves ou fatais típicos, isto é, que ocorrem na execução da

atividade de trabalho, excluindo a investigação in loco de acidentes de trajeto.

Ao todo foram realizados 6827 atendimentos pelos profissionais do CEREST, seja

em atendimentos individuais para investigação de casos, atendimentos médicos

para assinatura do campo médico da CAT ou ainda reabilitação em saúde do

trabalhador.

Além dos atendimentos, teve início o processo de capacitação dos

profissionais do CEREST e outros indicados pelos municípios que fazem parte da

71

área de abrangência do CEREST Indaiatuba (VISA, VE, Atenção Básica, Zoonoses),

através do Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador, organizado pela

FIOCRUZ.

Foram desenvolvidos também materiais informativos de orientação à

população sobre questões relacionadas ao cotidiano de trabalho que foram

distribuídos nas unidades de saúde e também disponibilizados às empresas para

entrega em aos trabalhadores durante eventos das SIPAT.

A partir do mês de Outubro até Dezembro iniciou-se também um trabalho de

busca ativa, realizado junto aos hospitais e unidades que realizam o atendimento

público de urgência e emergência no qual se observou a deficiência de informações

qualificadas para planejamento das ações em Saúde do Trabalhador, conforme

gráficos.

Nestes fica demonstrado que do total de atendimentos realizados nas unidades, nos

quais houve declaração do paciente se tratar de um acidente de trabalho, menos de

1% chega ao CEREST para notificação e/ou registro do caso, dificultando a atuação

do CEREST no sentido de visualizar o tamanho do problema dos acidentes de

trabalho no município. Desde então o CEREST tem trabalhado com empenho para

que estas informações sejam repassadas de forma qualificada para organização das

ações desenvolvidas pela equipe de vigilância em saúde do trabalhador.

72

Gráficos 25 e 26

73

6.3.6 Central de Ambulância

Competências:

1. Para melhor atender a população a Central de Ambulâncias junto com as

Unidades e Postos de Saúde do município prestam atendimento e

orientam na forma de procedimento para solicitação e utilização dos

transportes oferecidos;

2. A Central de Ambulâncias disponibiliza à população o 0800-77-19-192

que funciona de 2ª a 6ª das 7h as 18h, que objetiva despachos dos

veículos, orientações / informações sobre transporte e cancelamento de

agendamento;

3. Disponibiliza um funcionário para setor de agendamento de transporte

que funciona de 2ª à 6ª das 8h às 14h, através do telefone 3834-8675.

4. Transportes de Pacientes, seja para tratamentos, consultas e exames

sejam em Indaiatuba ou Cidades vizinhas com referencia especifica.

5. Serviço de emergência 24 horas por dia, para apoio ao Corpo de

Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal (emergência

192)

6. Apoio aos eventos realizados pela Municipalidade ou por entidades sem

fins lucrativos com ambulâncias e enfermagem, dentro do Município.

7. Apoio aos eventos esportivos.

Estatísticas e produção em 2012 por classificação do atendimento

Código 01 - Eventos diversos atendidos com ambulância e enfermagem.

Código 02 - Paciente Transportado através setor de agendamento local e 0800,

(transporte para hospitais, clinicas, UBS, PSF e outros).

Código 03 - Atendimento de emergência e apoio ao Corpo de Bombeiros, Polícia

Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal, Secretaria de Saúde (emergência 192).

74

Código 04 - Agendamento para atendimento com transportes de Pacientes, seja

para tratamentos, consultas ou exames em Cidades vizinhas com referência

específica.

Código 05 - Atendimento específico clinica Thompson (ida e volta).

Código 06 - Atendimento com transporte para pacientes com alta médica em

hospitais (Hospital Dia, HAOC e Mini Hospital).

155 13.896 13.777

92.317

11.222 8.8060

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

Codigo 1 Codigo 2 Codigo 3 Codigo 4 Codigo 5 Codigo 6

Qu

an

tid

ad

e

Códigos das Chamadas

Produção Central de Ambulância/2012

Gráfico 27

75

6.3.8- Assistência Farmacêutica:

Atendimento Diário

Nº pacientes Atendidos 2013

Farmácia Unificada 1400

Farmácia de Alto Custo (5.000 usuários ativos) 380

Farmácia Morada do Sol 485

Liminares Judiciais – compra de medicamento 60

TOTAL 2.315

Tabela 43

Gráfico 28

76

Gráfico 29

Gráfico 30

Destaca-se na Assistência Farmacêutica municipal e de toda região de Saúde de

Campinas a problemática da Judicialização, O município já gasta 72% do total de

recursos destinados ao financiamento deste bloco, indicando a necessidade de

enfrentamento deste nó crítico por todas as esferas de governo .

77

7 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO IMPLANTADOS:

A Secretaria Municipal de Saúde implantou em 2010 o Núcleo de informação

dos diversos programas de informação disponibilizados pelo DATASUS / Ministério

da Saúde. Estes sistemas são de grande importância para avaliação e planejamento

das ações de saúde no município, atualmente trabalhamos com os seguintes

programas:

SIA – Sistema de Informação Ambulatorial

SCNES- Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

SIAB- Sistema de Informação da Atenção Básica

Sigtap- Tabela Nacional de Procedimentos

SISPRENATAL- Programa de Humanização ao Pré- Natal e Nascimento

SISPRENATAL WEB- Programa de Humanização ao Pré- Natal e Nascimento

SISMAMA-Sistema de Informação do Câncer de Mama

SISCAN- EM FASE DE IMPLANTAÇÃO O SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO

CANCER .

SISCOLO-Sistema de Informação do Câncer do Colo de Ùtero

SIHD-Sistema de Informação Hospitalar

SISAIH-Sistema de Captação das Informações Hospitalares

APAC-Sistema de autorização de procedimento de alta complexidade/custo

RAAS- Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde

DEPARA-Sistema que transfere os dados do SCNES para o SIA

VERSIA-Sistema gerador da remessa a ser enviada para o Ministério da Saúde

CIHA- Sistema de Comunicação e Informação Ambulatorial e Hospitalar SUS e não

SUS

TRANSMISSOR DATASUS- É o sistema responsável por transmitir todas as

informações para o Ministério da Saúde

FPO- Sistema de Programação Físico Orçamentário

BPA MAG- Boletim de Produção Ambulatorial

SCNES WEB- Acompanhar validação da base

E SUS – Em analise para implantação para atender solicitação do Ministério da

Saúde

78

SISRCA- EM FASE DE TESTE O SISTEMA DE INFORMAÇÃO,REGULAÇAO ,

CONTROLE E AUDITORIA

CADWEB- Cartão Nacional do SUS

O SISMAMA E SISCOLO será substituído pelo SISCAN

O SIAB ser substituído pelo E SUS

79

8 - CONTROLE SOCIAL:

O Conselho Municipais de Saúde (CMS) é um órgão permanente e

deliberativo com representantes do Governo, dos prestadores de serviço,

profissionais de saúde e usuários. Atuamos na formulação de estratégias e no

controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e

financeiros. Temos a função de avaliar, propor e aprovar ações na área de saúde,

realizadas em Indaiatuba.

O CMS é constituído por 16 membros titulares e igual número de membros

suplentes. Oito deles representam os usuários do sistema de saúde. Os demais

membros representam o governo, os prestadores de serviços do Sistema Único de

Saúde (SUS) e os profissionais de saúde.

O conselho tem sua composição, organização interna, normas de

funcionamento e atribuições determinadas pela Lei Federal nº 8.142 de 1990.

Compõe também de regimento interno.

Neste ano de 2013, o Conselho Municipal de Saúde, renovou seus membros

através de processo eleitoral, e as ações neste período foram à renovação das

Comissões Executiva e Fiscalizadora, e criação de novas Comissões como:

Comissão Gestora do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC); Comissão do

Instituto de Reabilitação e Prevenção em Saúde Indaiá (IRPSI); Comissão de

doenças Crônicas não Transmissíveis; Comissão Gestora Local de Saúde mental e

Reabilitação; ampliamos o espaço físico, organizamos as Reuniões Ordinárias e

Extraordinárias conforme regimento interno, reorganizamos os calendários de

reuniões mensais, criamos uma Logomarca, confeccionamos crachás para todos os

conselheiros (as) com novo Layout, fortalecemos aos Conselhos Gestores de

Unidades, trazendo-os para discussões mensais na sala do conselho, realizamos o

Controle Social na Rede de Saúde.

80

9. SISPACTO 2013

Diretriz 1 - Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em

tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da

política de atenção básica e da atenção especializada.

Objetivo 1.1 - Utilização de mecanismos que propiciem a ampliação do acesso da atenção básica.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

1 U COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADA PELAS EQUIPES DE

ATENÇÃO BÁSICA. 31,00 %

2 U PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À

ATENÇÃO BÁSICA (ICSAB) 19,71 %

3 U COBERTURA DE ACOMPANHAMENTO DAS CONDICIONALIDADES

DE SAÚDE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA 70,00 %

4 U COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADA PELAS EQUIPES BÁSICAS

DE SAÚDE BUCAL. 28,88 %

5 U MÉDIA DA AÇÃO COLETIVA DE ESCOVAÇÃO DENTAL

SUPERVISIONADA 4,00 %

6 E PROPORÇÃO DE EXODONTIA EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS 5,98 %

Objetivo 1.2 - Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo

adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política da

atenção especializada.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

7 U RAZÃO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE MÉDIA

COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE 1,34 /100

8 U RAZÃO DE INTERNAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DE MÉDIA

COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE 4,75 /100

9 E RAZÃO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE ALTA

COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE 3,50 /100

10 E RAZÃO DE INTERNAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DE ALTA 4,89 /1000

Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores 2013

Estado: SP Município: INDAIATUBA

81

COMPLEXIDADE NA POPULAÇÃO RESIDENTE

11 E PROPORÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES COM CONTRATO DE

METAS FIRMADO. 100,00 %

Diretriz 2 - Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de

Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU), de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção.

Objetivo 2.1 - Implementação da Rede de Atenção às Urgências.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

12 U

NÚMERO DE UNIDADES DE SAÚDE COM SERVIÇO DE NOTIFICAÇÃO

DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS

IMPLANTADO

20 N.Absoluto

13 E PROPORÇÃO DE ACESSO HOSPITALAR DOS ÓBITOS POR

ACIDENTE 74,42 %

14 E PROPORÇÃO DE ÓBITOS NAS INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO

DO MIOCÁRDIO (IAM) 13,33 %

15 E PROPORÇÃO DE ÓBITOS, EM MENORES DE 15 ANOS, NAS

UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) 17,97 %

16 E COBERTURA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA

(SAMU 192) 0,00 %

Objetivo 2.2 - Fortalecimento de mecanismos de programação e regulação nas redes de atenção à

saúde do SUS.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

17 E PROPORÇÃO DAS INTERNAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

REGULADAS 0,00 %

Diretriz 3 - Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da

"Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade.

Objetivo 3.1 - Fortalecer e ampliar as ações de Prevenção, detecção precoce e tratamento oportuno

do Câncer de Mama e do Colo de útero.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

82

18 U

RAZÃO DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS DO COLO DO ÚTERO EM

MULHERES DE 25 A 64 ANOS E A POPULAÇÃO DA MESMA FAIXA

ETÁRIA

0,36 RAZÃO

19 U

RAZÃO DE EXAMES DE MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO

REALIZADOS EM MULHERES DE 50 A 69 ANOS E POPULAÇÃO DA

MESMA FAIXA ETÁRIA

0,42 RAZÃO

Objetivo 3.2 - Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir acesso,

acolhimento e resolutividade.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

20 U PROPORÇÃO DE PARTO NORMAL 29,10 %

21 U PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES COM 7 OU MAIS

CONSULTAS DE PRE-NATAL. 85,80 %

22 U NÚMERO DE TESTES DE SÍFILIS POR GESTANTE. 3,00 RAZÃO

23 U NÚMERO DE OBITOS MATERNOS EM DETERMINADO PERÍODO E

LOCAL DE RESIDÊNCIA. 2 N.Absoluto

24 U TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL. 11,87 /1000

25 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS INFANTIS E FETAIS INVESTIGADOS 100,00 %

26 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS MATERNOS INVESTIGADOS 100,00 %

27 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL (MIF)

INVESTIGADOS 100,00 %

28 U NÚMERO DE CASOS NOVOS DE SÍFILIS CONGÊNITA EM MENORES

DE UM ANO DE IDADE 14 N.Absoluto

Diretriz 4 - Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da

dependência de crack e outras drogas.

Objetivo 4.1 - Ampliar o acesso à Atenção Psicossocial da população em geral, de forma articulada

com os demais pontos de atenção em saúde e outros pontos interssetoriais.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

29 E COBERTURA DE CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) 1,43 /100.000

Diretriz 5 - Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doencas

crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e

83

prevenção.

Objetivo 5.1 - Melhoria das condições de Saúde do Idoso e Portadores de Doenças Crônicas

mediante qualificação da gestão e das redes de atenção.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

30 U

TAXA DE MORTALIDADE PREMATURA (<70 ANOS) PELO CONJUNTO

DAS 4 PRINCIPAIS DCNT (DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO,

CÂNCER, DIABETES E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS)

281,80 /100.000

Diretriz 7 - Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de

promoção e vigilância em saúde.

Objetivo 7.1 - Fortalecer a promoção e vigilância em saúde.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

35 U

PROPORÇÃO DE VACINAS DO CALENDÁRIO BÁSICO DE

VACINAÇÃO DA CRIANÇA COM COBERTURAS VACINAIS

ALCANÇADAS

100,00 %

36 U PROPORÇÃO DE CURA DE CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE

PULMONAR BACILÍFERA 82,60 %

37 U PROPORÇÃO DE EXAME ANTI-HIV REALIZADOS ENTRE OS CASOS

NOVOS DE TUBERCULOSE 60,00 %

38 U PROPORÇÃO DE REGISTRO DE ÓBITOS COM CAUSA BÁSICA

DEFINIDA 97,02 %

39 U

PROPORÇÃO DE CASOS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO

COMPULSÓRIA IMEDIATA (DNCI) ENCERRADAS EM ATÉ 60 DIAS

APÓS NOTIFICAÇÃO

39,20 %

40 U PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM CASOS DE DOENÇAS OU

AGRAVOS RELACIONADOS AO TRABALHO NOTIFICADOS. 199 N.Absoluto

41 U

PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS QUE EXECUTAM AS AÇÕES DE

VIGILÂNCIA SANITÁRIA CONSIDERADAS NECESSÁRIAS A TODOS

OS MUNICÍPIOS

100,00 %

42 U NÚMERO DE CASOS NOVOS DE AIDS EM MENORES DE 5 ANOS 0 N.Absoluto

43 E PROPORÇÃO DE PACIENTES HIV+ COM 1º CD4 INFERIOR A 17,40 %

84

200CEL/MM3

44 E NÚMERO DE TESTES SOROLÓGICOS ANTI-HCV REALIZADOS 396 N.Absoluto

45 E PROPORÇÃO DE CURA DOS CASOS NOVOS DE HANSENÍASE

DIAGNOSTICADOS NOS ANOS DAS COORTES 88,70 %

46 E PROPORÇÃO DE CONTATOS INTRADOMICILIARES DE CASOS

NOVOS DE HANSENÍASE EXAMINADOS 100,00 %

47 E NÚMERO ABSOLUTO DE ÓBITOS POR LEISHMANIOSE VISCERAL 0 N.Absoluto

48 E PROPORÇÃO DE CÃES VACINADOS NA CAMPANHA DE VACINAÇÃO

ANTIRRÁBICA CANINA 52,20 %

49 E PROPORÇÃO DE ESCOLARES EXAMINADOS PARA O TRACOMA

NOS MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS N/A %

51 E NÚMERO ABSOLUTO DE ÓBITOS POR DENGUE 0 N.Absoluto

52 E PROPORÇÃO DE IMÓVEIS VISITADOS EM PELO MENOS 4 CICLOS

DE VISITAS DOMICILIARES PARA CONTROLE DA DENGUE 23,00 %

Objetivo 7.2 - Implementar ações de saneamento básico e saúde ambiental para a promoção da

saúde e redução das desigualdades sociais com ênfase no Programa de aceleração do crescimento.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

53 U

PROPORÇÃO DE ANÁLISES REALIZADAS EM AMOSTRAS DE ÁGUA

PARA CONSUMO HUMANO QUANTO AOS PARÂMETROS

COLIFORMES TOTAIS, CLORO RESIDUAL LIVRE E TURBIDEZ

100,00 %

Diretriz 8 - Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS.

Objetivo 8.1 - Ampliar a implantação do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica -

HORUS como estratégia de qualificação da gestão da assistência farmacêutica no SUS.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

54 E PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS COM O SISTEMA HORUS

IMPLANTADO N/A %

Objetivo 8.2 - Qualificar os serviços de Assistência Farmacêutica nos municípios com população em

extrema pobreza..

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

85

55 E

PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS DA EXTREMA POBREZA COM

FARMÁCIAS DA ATENÇÃO BÁSICA E CENTRAIS DE

ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO ESTRUTURADOS

N/A %

Objetivo 8.3 - Fortalecer a assistência farmacêutica por meio da inspeção nas linhas de fabricação de

medicamentos, que inclui todas as operações envolvidas no preparo de determinado medicamento

desde a aquisição de materiais, produção, controle de qualidade, liberação, estocagem, expedição

de produtos terminados e os controles relacionados, instalações físicas e equipamentos,

procedimentos, sistema da garantia da qualidade.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

56 E PERCENTUAL DE INDÚSTRIAS DE MEDICAMENTOS

INSPECIONADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA, NO ANO 100,00 %

Diretriz 11 - Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização

das relações do trabalho dos profissionais de saúde.

Objetivo 11.1 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

57 U PROPORÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE

IMPLEMENTADAS E/OU REALIZADAS 0,00 %

58 E

PROPORÇÃO DE NOVOS E/OU AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE

RESIDÊNCIA DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE E DA

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA/SAÚDE DA

FAMÍLIA/SAÚDE COLETIVA

N/A %

59 E

PROPORÇÃO DE NOVOS E/OU AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE

RESIDÊNCIA MÉDICA EM PSIQUIATRIA E MULTIPROFISSIONAL EM

SAÚDE MENTAL

N/A %

60 E NÚMERO DE PONTOS DO TELESSAÚDE BRASIL REDES

IMPLANTADOS N/A N.Absoluto

Objetivo 11.2 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Desprecarizar o

trabalho em saúde nos serviços do SUS da esfera pública na Região de Saúde.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

61 U PROPORÇÃO DE TRABALHADORES QUE ATENDEM AO SUS, NA 58,78 %

86

ESFERA PÚBLICA, COM VÍNCULOS PROTEGIDOS

Objetivo 11.3 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Estabelecer espaços de

negociação permanente entre trabalhadores e gestores da saúde na Região de Saúde.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

62 E

NÚMERO DE MESAS OU ESPAÇOS FORMAIS MUNICIPAIS E

ESTADUAIS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS,

IMPLANTADOS E/OU MANTIDOS EM FUNCIONAMENTO

N/A N.Absoluto

Diretriz 12 - Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com

centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em resultados, participação social e

financiamento estável.

Objetivo 12.1 - Fortalecer os vínculos do cidadão, conselheiros de saúde, lideranças de movimentos sociais,

agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, educadores populares com o SUS.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

63 U PROPORÇÃO DE PLANO DE SAÚDE ENVIADO AO CONSELHO DE

SAÚDE 1 N.Absoluto

64 U

PROPORÇÃO DE CONSELHOS DE SAÚDE CADASTRADOS NO

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE -

SIACS

1 N.Absoluto

Diretriz 13 - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de

produtividade e eficiência para o SUS.

Objetivo 13.1 - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e

eficiência para o SUS.

Nº Tipo Indicador Meta

2013 Unidade

65 E PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM OUVIDORIAS IMPLANTADAS 1 N.Absoluto

66 E COMPONENTE DO SNA ESTRUTURADO N/A N.Absoluto

67 E PROPORÇÃO DE ENTES COM PELO MENOS UMA ALIMENTAÇÃO

POR ANO NO BANCO DE PREÇO EM SAÚDE N/A N.Absoluto

Tabela 44

87

PARTE 2

Uma vez elaborado o diagnóstico epidemiológico e disponibilizar os

Programas e serviços da rede pública de saúde, o departamento de planejamento

da Secretaria Municipal de Saúde dispôs neste documento o Plano de Ações para o

quadriênio 2014-2017, e para melhor monitorar e fazer o Relatório de Gestão mais

conciso, no SARGSUS, decidiu-se manter as ações estratégicas considerando os

cinco blocos de financiamento: Gestão, Atenção Básica, Média e Alta Complexidade,

Assistência Farmacêutica e Vigilância em Saúde, que por ora será apresentado:

88

10. GESTÃO

Nos próximos quatro anos o objetivo principal da Secretaria Municipal de

Saúde de Indaiatuba é dar continuidade ao processo de implantação do SUS

municipal, centrando esforços para garantir o acesso dos munícipes às ações de

promoção, prevenção e reabilitação das doenças.

Este Plano de Saúde deve indicar as estratégias de enfrentamento para os

principais problemas de saúde da população; os indicadores apontados no

diagnóstico são fundamentais para nortear nossas ações, porém não suficientes.

Faz-se necessário compreender como está organizado o sistema de saúde loco

regional, como os usuários consomem os serviços ofertados e como os

trabalhadores de saúde operam seus núcleos de conhecimento na produção do

cuidado.

O modelo de atenção que se pretende construir em Indaiatuba visa trabalhar

com o entendimento que os processos de saúde e doença envolvem várias

dimensões do cuidado.

O desafio que se coloca é superar a forma ainda hegemônica no SUS de oferecer

procedimentos para que os indivíduos adoecidos recuperem sua saúde baseados

no modelo biomédico que privilegia a consulta médica, os exames diagnósticos e a

medicalização.

Esta forma de organizar os processos de trabalho para produção do cuidado

e defesa da vida só será possível se os trabalhadores forem capacitados para

assumir a responsabilidade pela saúde da população, o que exige mais do que

atender pessoas. Os processos de trabalho para produção do cuidado pressupõem

que os profissionais de saúde trabalhem de forma interdisciplinar, que estabeleçam

vínculos com os usuários e que se responsabilizem pela atenção integral dos

cidadãos.

A Educação Permanente/Qualidade assumem papel estratégico neste

processo e deverá fazer parte das ferramentas utilizadas pelo Grupo Gestor.

A Gestão deve ser capaz de criar dispositivos que possibilitem e favoreçam a

construção de relações entre as equipes e usuários, que produzam qualidade de

vida, autonomia e sentido para ambos.

89

Para isso é necessário criar e/ou fortalecer espaços permanentes de

discussão e reflexão sobre o trabalho e gestão; nossa proposta é que seja

fortalecido o GAB – Grupo de Apoio à Atenção Básica - e que este ordene a

formação de novos grupos técnicos na lógica de que todas as áreas, coordenações

e programas estejam presentes no cotidiano das Unidades Básicas e revejam seus

processos de trabalho para apoiarem as equipes, efetivando as Linhas de Cuidado e

buscando integralidade.

É importante frisar que a integração das áreas é um dos pressupostos

essenciais para a construção do novo modelo de gestão.

O Grupo Gestor também deverá ser fortalecido, tendo em vista sua

responsabilidade pelo planejamento, gestão e avaliação dos serviços e ações de

saúde e, considerando a complexidade inerente à gestão e a diversidade de

formação e experiência deste Grupo, bem como a dificuldade da prática em tomar

decisões compartilhadas, será necessário investir tempo, estudo, além de muita

vontade e comprometimento coletivo para alcançarmos nosso objetivo.

Há que se ressaltar ainda que as novas legislações do SUS, o Decreto

Federal nº. 7.508, a Lei Complementar Federal nº141 e a ferramenta dos Contratos

Organizativos de Ação Pública trouxeram inovações no processo de planejamento, o

que implica na reformulação dos processos e das ações e serviços de saúde. Assim

o município tem participado ativamente no processo de planejamento regional

integrado, da elaboração e revisão do Mapa da saúde, revisão da PPI e pactuação

regional dos indicadores, na elaboração de metas e objetivos, que deverão orientar

a elaboração de uma Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde (

PGASS), com lógica na necessidade de saúde da região e não somente na oferta de

serviço, que possibilite a identificação e priorização dos investimentos necessários,

bem como dos fluxos de referência, quantitativos físicos e financeiros das ações e

serviços de saúde necessários para garantia da integralidade do cuidado de nossos

munícipes.

Por fim, entendendo como fundamental a participação popular, para uma

gestão transparente e democrática, a SMS continuará submetendo suas propostas

ao Conselho Municipal de Saúde e acatando suas deliberações.

90

Diretriz 1- Assegurar a realização de todas as ações programadas para o quadriênio

2014-2017.

Ações Programadas-

1- Apoiar as ações previstas na Atenção Básica;

2 - Apoiar as ações da Média Complexidade;

3 - Apoiar as Ações da Vigilância em Saúde;

4 - Apoiar as Ações da Assistência Farmacêutica;

5 - Apoiar as ações de implantação do Sistema Salus;

6 - Apoiar as ações de Implantação do Centro de Custo nas Unidades de Saúde;

7 - Apoiar a implantação do Modelo de Gestão de Qualidade em todos os níveis de

Atenção à Saúde.

8- Participar dos espaços colegiados do SUS e apoiar a efetivação dos Contratos

Organizativos de Ação Pública – COAP.

9 - Manter a Unidade Orçamentária;

10 – Apoiar as ações do C.M.S.

91

11. ATENÇÃO BÁSICA

Nossa proposta para os próximos anos é consolidar a rede de serviços já

existente em Indaiatuba e investir na qualificação da atenção voltada para a

integralidade, tanto no que diz respeito à maior integração dos serviços e áreas

como para a integralidade do cuidado, o que pressupõe trabalho interdisciplinar das

equipes.

A construção da centralidade na Atenção Básica no Sistema Municipal de Saúde

exigirá mudanças profundas na organização e integração dos serviços.

Para que a Atenção Básica seja de fato a porta de entrada para todo o sistema é

necessário que as equipes sejam capazes de resolver cerca de 80% dos problemas

de saúde da população adscrita por meio de ações programáticas e do atendimento

da demanda espontânea. E isto só será possível se a equipe for capaz de oferecer

atenção integral, superando a oferta de procedimentos, como queixa de conduta e

qualificando-se para compreender e resolver os problemas de saúde e atender as

necessidades da população.

A Secretaria Municipal de Saúde deverá investir para que haja esta

reorganização dos processos de trabalho no sentido de acolher o usuário, fazer uma

escuta qualificada para compreender as necessidades da comunidade e diversificar

o cardápio de oferta das equipes.

Os problemas de saúde que demandam atendimento na Atenção Básica são em

geral pouco estruturados, estão relacionados com o modo de viver das comunidades

e não respondem favoravelmente à oferta de “consultas médicas – exames de apoio

diagnóstico – medicamentos”. Para enfrentar e resolver estes problemas, as equipes

devem trabalhar de maneira interdisciplinar, utilizando conhecimentos dos vários

núcleos profissionais para, por meio de uma clínica ampliada, criar um campo

compartilhado de “saber fazer” que contribua para melhorar o quadro de

morbimortalidade e a qualidade de vida da população.

Este é sem sombra de dúvida um dos maiores desafios dos SUS de Indaiatuba, pois

implica em formar profissionais, por intermédio de processos de educação

permanente, para mudar radicalmente sua forma de trabalhar, bem como

demonstrar e contar com o apoio dos usuários, no sentido de que compreendam que

esta mudança é fundamental para melhorar suas condições de saúde.

92

Esta formação voltada para o cuidado integral pressupõe capacitar as equipes

para organizarem suas atividades para melhorar o atendimento particularmente em

relação às situações de saúde mais frequentes e de maior gravidade, bem como

para ter um olhar diferenciado para os grupos de maior vulnerabilidade. Cada

unidade deverá ser capaz de detectar os principais problemas de saúde do território

e criar ofertas que deem conta de responder a estes problemas. Estas ofertas

devem incluir a busca de autonomia dos sujeitos para lidarem com seus processos

de adoecimento, superando a dependência da consulta médica e dos

medicamentos, utilizados muitas vezes como “muleta” para as dificuldades inerentes

ao modo de viver contemporâneo.

A atenção aos portadores de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT),

aos idosos, às famílias vítimas de violência, às crianças com problemas respiratórios

crônicos agravados pelas moradias insalubres e pela poluição, aos adolescentes

obesos e às adolescentes grávidas exige outra forma de trabalhar e as equipes

precisam ser capacitadas e apoiadas para estas mudanças.

O conhecimento do território e das famílias deve facilitar o acolhimento e a

detecção de problemas colocados pelos usuários quando procuram

espontaneamente a UBS. Um dos objetivos da vinculação da clientela à UBS é

justamente a qualificação da equipe para compreender as necessidades de saúde

da população e poder intervir de forma resolutiva nos seus processos de

adoecimento ou nas ações de prevenção de doenças para aquela população.

Outro desafio do SUS de Indaiatuba consiste exatamente em criar dispositivos para

que cada área contribua com o que tem de melhor em termos de conhecimento e

experiência para apoiar esta reestruturação da Atenção Básica e a qualificação do

cuidado.

Diretriz 1- Qualificar o cuidado na Atenção Básica, integrando as atividades

desenvolvidas pelas Equipes de Referência (SF), Equipes de Saúde Bucal e

Equipes de Apoio, e promovendo a ampliação da clínica para além dos núcleos

específicos de cada formação profissional.

93

Ações Programadas-

1. Reforçar o conhecimento e a análise dos territórios como base para o

planejamento das ações de cada unidade, de modo que as equipes estejam

capacitadas para neles identificarem o que é prioritário e desenvolverem ações

compatíveis com o enfrentamento dos principais problemas de saúde;

2. Qualificar o acolhimento e a escuta aos usuários, por meio da capacitação

dos profissionais das UBS e da discussão de casos pelas equipes de saúde;

3. Adotar a elaboração de projetos terapêuticos singulares como eixo central na

coordenação do cuidado, privilegiando ações multiprofissionais e transdisciplinares

e desenvolvendo a responsabilidade compartilhada.

4. Qualificar a oferta de cuidados nas UBS, favorecendo a apropriação pelas

Equipes de Saúde de ferramentas e ações complementares às consultas, tais

como a terapia comunitária, atividades físicas e outras;

5. Capacitar profissionais da rede e articular apoio com profissionais do

CEREST para o desenvolvimento de ações de saúde do trabalhador nas UBSs;

6. Capacitar profissionais da rede e articular apoio com profissionais do CR

DST/Aids/Hepatites para garantir a qualidade da atenção em relação a esses

agravos;

7. Desenvolver ações de regulação do acesso nas UBSs, por meio do apoio

matricial dos profissionais da Central de Regulação, Avaliação, Controle e

Auditoria e da capacitação das ESF, visando contribuir para qualificação dos

encaminhamentos e buscando sempre dispositivos que possam melhorar a

eficácia das referências e contra referências;

8. Implementar protocolos clínicos e realizar capacitações para atenção aos

problemas de saúde mais frequentes em cada ciclo de vida – criança,

adolescentes, mulher, adulto e idoso – dando ênfase ao uso racional de

medicamentos;

94

9. Implantar/implementar a LC da gestante e puérpera, HA e DM e outras redes

priorizadas pelo MS;

10. Estimular o planejamento de ações de apoio interdisciplinar aos familiares e

outros cuidadores de acamados;

11. Aumentar a responsabilidade das equipes da Atenção Básica em relação às

diferentes necessidades (usuários, famílias e coletivos), garantindo continuidade e

integralidade na atenção;

12. Desenvolver ações educativas e preventivas, junto a crianças e jovens,

voltadas para a melhoria da qualidade de vida;

13. Ampliar o cuidado aos usuários acamados em todas as necessidades, através

da implantação das duas equipes de Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), já

habilitadas pelo MS;

14. Implantar o Núcleo de Apoio à Saúde da Família/Atenção Básica;

15. Implantar 1 Equipe de Consultório na Rua.

16. Qualificar a visita domiciliar, realizada pelo ACS, com capacitações e

monitoramento;

17. Realizar capacitação em Saúde Mental, por meio de aulas formais e apoio

matricial, envolvendo todos os profissionais da rede básica, considerando o seu

potencial de agenciar transformações nos processos de trabalho e modo de cuidar;

18. Capacitar os profissionais das UBS para o atendimento aos portadores de

sofrimento mental leve;

19. Desenvolver capacitações técnicas regularmente para qualificar procedimentos

específicos de campo profissional, tais como imunização, coleta de material para

exames laboratoriais, vigilância epidemiológica e outras, conforme necessidades

detectadas nas UBS

95

Diretriz 2- Adequar, complementar, organizar e integrar as equipes das UBSs para

desenvolver a Estratégia de Saúde da Família (ESF) em todo o território da cidade:

Ações Programadas:

1. Adequar o número de profissionais das Unidades de Saúde ao número de

pessoas cadastradas em cada UBS, adotando como referência parâmetros

relacionados com o número de famílias e com a disponibilidade financeira da

Secretaria Municipal Saúde.

2. No caso dos médicos, implementar equipes com médicos do Projeto Mais

Médicos, conforme planejamento de expansão das equipes.

3. Complementar gradativamente as equipes, contratando os agentes comunitários

de saúde, técnicos de enfermagem e profissionais de nível universitário,

conforme as necessidades dimensionadas e as possibilidades financeiras da

Secretaria Municipal Saúde.

4. Adequar e otimizar o quadro de agentes administrativos, conforme necessidades

dimensionadas a partir de avaliação das funções desempenhadas de acordo com

as possibilidades financeiras da Secretaria Municipal Saúde.

5. Estimular os espaços de discussão e organização dos processos de trabalho em

cada UBS, propiciando a participação dos trabalhadores e o desenvolvimento da

atenção voltada para os usuários

Diretriz 3 - Reestruturar os sistemas de informação da Atenção Básica nas 14 UBS

capacitando e apoiando os profissionais envolvidos com a produção e digitação dos

dados, pactuando fluxos e viabilizando a produção e utilização dos relatórios para o

planejamento e avaliação das atividades das UBS.

Ações Programadas:

1. Disponibilizar regularmente as informações referentes aos nascimentos (Sistema

de Informação sobre Nascidos Vivos – SINASC), óbitos (Sistema de Informação de

Mortalidade – SIM) e as doenças notificadas (Sistema de Informação de Agravos de

Notificação – SINAM) por área de abrangência das UBSs, bem como capacitar e

96

apoiar as ESFs para utilizarem as informações para planejamento de ações

coletivas, voltadas ao enfrentamento dos problemas diagnosticados a partir de

análise das informações.

2. Disponibilizar regularmente às Unidades informações e análises produzidas

pelos Comitês de Mortalidade Infantil e Materna, com o objetivo de subsidiar ações

para seu enfrentamento em cada território.

Diretriz 4- Qualificar a gestão das Unidades Básicas de Saúde, implementando o

apoio da Coordenação de Atenção Básica e de outras coordenações da Secretaria

Municipal de Saúde na reestruturação dos processos de trabalho.

Ações Programadas:

1. Fortalecer a estrutura gerencial da UBS;

2. Promover a integração das Unidades Básicas de Saúde com serviços

especializados, aproximando os profissionais e racionalizando processos de

trabalho, no sentido de qualificar os cuidados ofertados aos usuários da rede de

saúde;

3. Qualificar as ações de Vigilância Epidemiológica (VE) na Atenção Básica, por

meio do apoio matricial dos profissionais da Vigilância Epidemiológica à

reorganização dos processos de trabalho na rede básica de saúde;

4. Aprimorar o apoio institucional da coordenação de Atenção Básica às equipes e

Unidades Básicas de Saúde;

5. Estimular e apoiar o planejamento local das UBSs, incluindo a pactuação de

missão, compromissos e metas e a elaboração de planos anuais de gestão de

cada UBS;

97

6. Dar continuidade à realização de processo de auto avaliação das equipes por

meio do Projeto de Atenção Básica (AMQ) – Avaliação para Melhoria da

Qualidade da Atenção Básica;

7. Monitorar e avaliar o desempenho das equipes por meio de metas e indicadores

pactuados com a Secretaria Municipal Saúde.

Diretriz 5- Melhorar a estrutura da rede básica de saúde, implantando novas

unidades, E REFORMANDO UBS já existentes, adquirindo novos equipamentos e

mobiliário, garantindo limpeza e segurança e adequando os horários de

funcionamento às necessidades de cada região.

Ações Programadas:

1. Adquirir e instalar novos equipamentos e mobiliário para as UBS, modernizando

sua estrutura e melhorando as condições de trabalho e atendimento, por meio da

busca de recursos financeiros junto ao Ministério da Saúde e Governo Estadual,

com contrapartida da Prefeitura;

2. Ampliar a disponibilização de veículos para atividades das Equipes de Saúde nos

territórios;

3. Adequar os períodos de funcionamento das UBS de acordo com as

necessidades especificas de cada região e com a disponibilidade financeira da

Secretaria Municipal Saúde;

4. Inaugurar a UBS João Piolli;

5. Construir e inaugurar a nova UBS do Jardim Itaici; através de adesão já firmada

ao Requalifica UBS/MS e contrapartida Municipal;

6. Construir e inaugurar a nova UBS do Cecap, através de recurso já aprovado do

Requalifica UBS/MS e contrapartida Municipal;

Diretriz 6- Desenvolver ações articuladas com outras secretarias e movimentos

sociais, na perspectiva da promoção da saúde e da qualidade de vida nos territórios.

98

Ação Programada:

1. Elaborar e manter atualizados os cadastros dos recursos sociais da região de

cada UBS e do município e garantir sua disponibilização para as equipes;

Diretriz 7- Ampliar as ações de controle social na Atenção Básica.

Ações Programadas :

1. Aprimorar os mecanismos de controle social nas UBS, valorizando os espaços de

discussão junto aos Conselhos Gestores e outras organizações das

comunidades;

2. Priorizar, nas discussões com a população a temática da mudança de modelo de

atenção, com ênfase na promoção da saúde, prevenção de doenças e

qualificação do cuidado, com objetivo de modificar a cultura hegemônica de

“consumir procedimentos e medicamentos”.

99

12- MÈDIA E ALTA COMPLEXIDADE

Os objetivos principais da Atenção Especializada para os próximos anos

serão: melhorar a qualidade do atendimento especializado oferecido à população e

garantir o sistema de referência e contra-referência com a Atenção Básica.

Atualmente, a maioria dos médicos não se responsabiliza pela linha de

cuidado do paciente, e as equipes da Atenção Básica, que são responsáveis pela

coordenação do cuidado dos usuários, não contam com as informações que

deveriam ser disponibilizadas pelos especialistas. Por isto, devemos definir e montar

o fluxo das informações que os especialistas repassarão para a Atenção Básica, de

cada paciente atendido na Atenção Especializada.

As propostas de ação da Atenção Especializada envolvem a participação na

gestão integrada da saúde da população, por meio do estabelecimento de fórum de

discussão de casos e participação na programação das linhas de cuidado prioritárias

como Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCNT (Hipertensão, Diabetes Mellitus,

doenças pulmonares crônicas), atendimento especializado à criança de risco e

atendimento especializado em saúde bucal. Para isso, os profissionais médicos,

dentistas, de enfermagem e do laboratório de análises clínicas serão chamados para

participar de reuniões clínicas, capacitações, matriciamento, fazendo interface com a

Atenção Básica. Além disso, desenvolverão atividades diretamente com a

população, no sentido de promover a melhoria da qualidade de vida.

Diretriz 1- Efetivar a Gestão da Qualidade com foco na busca de certificação de

organização a ser determinada, através do Núcleo de Qualidade e Educação

Permanente.

Ações Programadas:

1. Reorganizar internamente os serviços com a classificação de risco 24 hs na UPA

e no PS do HAOC, através da efetivação da implantação do sistema SALUS e

disponibilização de vagas nas Unidades Básicas de referência;

2. Reorganizar internamente os serviços com a disponibilização de “cotas” das

especialidades às Unidades Básicas que passarão a regular sua demanda, de

acordo com protocolos de risco.

100

3. Adequar o RH para a introdução/readequação dos serviços;

4. Realizar e manter contratos de manutenção preventiva e corretiva dos

equipamentos médico-hospitalares, visando a utilização plena do parque

tecnológico da Assistência Especializada. Os serviços da Atenção Especializada

(Hospital Dia – Zona Norte e Sul, UPA, CEO, Centro de Especialidades da

Mulher e da Criança, Derefim e CAPS) deverão listar seus equipamentos e

informar ao setor competente o cronograma de manutenção .

5. Elaborar, avaliar e monitorar os fluxos de acesso aos diferentes níveis de

atenção em conjunto com a Regulação;

6. Fazer a gestão da demanda X oferta de serviços de saúde, visando a atenção

integral, em conjunto com a Regulação, envolvendo todas as áreas que se

fizerem necessárias;

7. Instaurar processos de avaliação e auditoria nos Ambulatórios e PS, em conjunto

com a Regulação;

8. Formular, implantar e implementar o monitoramento e revisão dos protocolos de

regulação do acesso a exames de apoio diagnóstico e consultas;

9. Divulgar amplamente (entidades civis, legislativo, etc.) os fluxos de acesso aos

serviços e exames oferecidos, para garantir a equidade no atendimento. É

importante que os Conselhos de Saúde fiscalizem essa ação para garantir a sua

efetivação;

10. Implantar, através de disponibilização da SES, o Sistema CROSS – Central de

Regulação de Oferta de Serviços de Saúde, para regulação Ambulatorial, Leitos

e Urgência/Emergência.

11. Concluir a reforma e adequação do espaço físico do Laboratório Municipal para

implantação da Microbiologia;

12. Implantar o Hospital Dia da Zona Sul ( Centro de Especialidades)

Diretriz 2- Investir na inclusão do portador de transtorno mental no território e junto

à família, através da construção de projetos terapêuticos singulares mais amplos,

que possam dar sentido à sua vida, mesmo sendo uma” vida louca”.

101

Ações Programadas:

1. Democratizar a gestão, por meio de rodas de educação permanente sobre temas

e conceitos estruturantes do processo de desinstitucionalização, com a participação

de trabalhadores, usuários, familiares, gestores, conselheiros de saúde, estudantes

e outras pessoas da comunidade;

2. Fortalecer as capacidades (formação, informação e processos de trabalho) das

equipes para a construção coletiva de respostas eficazes às necessidades das

pessoas com transtornos mentais em seus contatos de vida: aumentar o número e

efetividade de Projeto Terapêutico Singular – PTS, aumentar o número de

acolhimento às crises, ampliar e qualificar a atenção aos familiares e a atenção

domiciliar e aumentar o conhecimento do território;

3. Capacitar e apropriar-se dos fundamentos da reabilitação, no sentido de

possibilitar a criação de projetos de inserção no trabalho, projetos culturais e formas

associativas de organização de usuários e familiares, buscando fortalecer os

profissionais como intermediários e facilitadores das relações dos usuários em seus

territórios, com vistas a ampliar seus poderes de contratualidade;

4. Ampliar e fortalecer ações de Saúde Mental na rede de Atenção Básica de Saúde,

tais como: matriciamento, terapia comunitária, consultório na rua e educação

permanente, entre outras;

5. Potencializar as equipes dos CAPS para o desenvolvimento de suporte e

matriciamento junto à Atenção Básica, especialmente para o combate ao álcool e

drogas – AD;

6. Melhorar a captação de dados e a geração de informação sobre o trabalho

desenvolvido na Rede de Atenção Psicossocial, possibilitando consequente melhoria

nos processos de avaliação e planejamento deste trabalho;

7. Implementar ações de captação de recursos externos e o estabelecimento de

parcerias;

8. Melhorar a qualidade e a otimização do processo de trabalho no CAPS AD,

buscando ampliar o impacto da ação deste junto à população referenciada;

9. Promover ações de Redução de Danos, no CAPS Ad e no território;

10. Instalar leitos de internação em Hospital;

11. Buscar diminuir, progressiva e significativamente, o número de internações/mês

em hospitais psiquiátricos;

102

12. Ampliar o Serviço Residencial Terapêutico;

13. Ampliar a participação nas Redes de Atenção à Pessoas em Situações de

Violência e implementar ações de Prevenção, Detecção e Atenção nos casos de

suicídio (ideação e tentativa);

14. Implementar ações de Controle Social Rede de Atenção Psicossocial;

15. Ampliar e qualificar ações de atenção a pessoas vivendo com Deficiência

Mental;

16. Propor/pactuar ações sistemáticas e a estruturação de equipamentos que

respondam às demandas de suporte social, abrigamento e proteção da clientela

referenciada, definindo e implementando ações e responsabilidades sociais, através

da RAPS;

17. Ampliar a articulação interssetorial, por meio da ativação de maior número de

recursos territoriais, investindo no trabalho dos profissionais do CAPS como

facilitadores da criação de projetos de inserção no trabalho, projetos culturais e de

formas associativas de organização de usuários e familiares;

18-.Implantar o Plano de Governo de enfrentamento às drogas;

19..Articular a rede de serviços de saúde para garantir a integralidade do cuidado

em Saúde Mental, a partir de ações de promoção e prevenção em saúde;

20. Destacar na formação dos trabalhadores de saúde estratégias de ensino-

aprendizagem que ampliem a capacidade clínica para abordar aspectos da

subjetividade dos usuários e também que consigam colocar em análise os valores e

preconceitos dos trabalhadores no cuidado aos portadores de doença mental;

Diretriz 3- Fortalecer a Rede de Urgência e Emergência no município e a articulação

das ações na Região Metropolitana de Saúde de Campinas.

Ações Programadas:

1. Realizar periodicamente capacitações técnicas específicas para os profissionais

dos serviços de urgência e emergência;

2. Dar continuidade à implantação da Política de Humanização nos serviços de

urgência e emergência;

103

3. Aprimorar o acolhimento nos serviços de urgência e emergência com avaliação

de risco;

4. Implantar a pós consulta, qualificando o referenciamento na rede municipal de

saúde, a partir de critérios definidos pela SMS;

5. Garantir fluxo de aviso de alta das unidades de internação diretamente para a

Atenção Básica e/ou SAD, através do Sistema Salus

6. Implantar a regulação municipal de leitos hospitalares (CROSS);

7. Integrar a urgência e emergência à Atenção Básica, SAD e especialidades,

visando condições de acolher os pacientes com indicação de internação e

garantir o seguimento ambulatorial dos pacientes após alta hospitalar e

domiciliar;

8. Implantar o SAD no município com duas equipes EMAD e uma equipe EMAP, já

habilitadas através de portaria;

9. Construir a base do SAMU;

10. Efetivar a regionalização do SAMU;

11. Melhorar a qualidade do atendimento nos serviços de urgência e emergência,

tanto do ponto de vista da resolutividade e capacidade técnica dos profissionais,

como do ponto de vista da humanização do atendimento;

12. Criar mecanismo de apoio e supervisão(Internista) nos plantões noturnos e nos

finais de semana, para que a população tenha seu atendimento garantido e com

qualidade;

13. Implantar processos de Educação Permanente nos serviços de urgência e

emergência para aprimorar o atendimento e a humanização na atenção, com

capacitações específicas;

14. Elaborar, revisar e atualizar os protocolos clínicos compondo linhas de cuidado

por ciclo de vida;

104

13 - Assistência Farmacêutica

Diretriz 1- Qualificar e implementar a Assistência Farmacêutica.

Ação Programada:

1. Elaborar cartilha de padronização confeccionada e distribuída de maneira que

cada consultório médico possua o seu manual padronizado de medicamentos, tanto

na Atenção Básico como no Alto Custo.

2. Efetivar o profissional farmacêutico nas Unidades de Saúde, para dispensação e

orientação aos usuários.

3. Criar uma comissão técnica com médicos, assistentes sociais e farmacêuticos

para elaboração de protocolo para aquisição de medicamentos provenientes de

processos jurídicos.

4. Contratar quatro farmacêuticos e auxiliares de serviço de saúde para este bloco.

5. Criar um novo Centro de especialidades Farmacêuticas na Zona Sul.

6. Promover o uso racional de medicamentos

105

14. Vigilância em Saúde

Na área de vigilância à saúde as propostas, que visam a promoção de saúde,

a prevenção de doenças e a contribuição para a qualificação do cuidado, estão

norteadas pelas seguintes diretrizes gerais: atuação conjunta com a rede municipal

de atenção básica; disseminação do “raciocínio” epidemiológico e controle de riscos

sanitários na rede municipal de saúde; ampliação de ações educativas de

comunicação do risco; ampliação das atividades integradas intra e inter

setorialmente; organização das ações segundo critérios de risco, com base

territorial. Apresentam-se a seguir as propostas de ações específicas, organizadas

por áreas de atuação, destacando-se, primeiramente, algumas ações que permeiam

todas as áreas de Vigilância em Saúde: ampliar a Vigilância Ambiental em Saúde,

realizando ações integradas entre os diversos setores da Coordenadoria de

Vigilância à Saúde e assegurar que as ações de Atenção à Violência sejam

realizadas em rede.

Diretriz 1- Qualificar, descentralizar e integrar as ações de Vigilância em Saúde.

14.1 - Saúde do Trabalhador

1. Ampliar as ações de assistência em Saúde do Trabalhador realizadas pelo

CEREST – serviço de referência especializada para agravos relacionados ao

trabalho, reorganizando o serviço internamente e na sua relação com a rede

municipal de saúde;

2. Estabelecimento de fluxos e protocolos, rotina de contra-referência e apoio

técnico, visando garantir a atenção integral de qualidade;

3. Dar continuidade à s ações de vigilância de ambientes de trabalho

desenvolvidas pelo CEREST, organizando-as com programação a partir de

prioridades eleitas por gravidade de risco, situação epidemiológica, eventos

sentinela e/ou demanda sindical;

4. Desenvolver aços de vigilância em ambientes de trabalho com programação

anual de prioridades;

5. Realizar palestras e oficinas para dirigentes sindicais, cipeiros e outros;

106

6. Implementar ações de educação permanente em Saúde do Trabalhador para

a equipe do CEREST e demais serviços da Vigilância à Saúde, aprimorando a

capacidade técnica dessa área;

7. Implantar ações de Educação Permanente em Saúde do Trabalhador para a

rede municipal de saúde;

14.2 - DST/Aids/Hepatites Virais

1. Intensificar o diagnóstico precoce das DST, Aids e Hepatites Virais,

destacando a sífilis em gestante e a sífilis congênita;

2. Aprimorar o fluxo de referência e contra referência na rede municipal de

saúde, revigorando a qualidade do cuidado;

3. Implantar/implementar o fluxo de acompanhamento para a mãe e criança

portadora de sífilis congênita.

14.3 - Vigilância Epidemiológica

1. Manter coberturas vacinais do calendário básico acima de 95% ;

2. Realizar treinamentos para os profissionais da rede, ampliando a capacidade

técnica no atendimento à população.

14.4 - Vigilância Sanitária

1. Rever o processo de trabalho da equipe, organizando ações programadas a

partir de mapeamento de riscos sanitários;

2. Organizar ações coletivas e informativas para o setor regulado.

14.5 - Controle de Zoonoses

Dengue

1.Elaborar ofícios e memorandos direcionados a vários seguimentos da Sociedade

Civil e Pública com informações de prevenção da doença, sintomas, distribuição de

folders, cartazes, atividades diversas e solicitações de serviços.

Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Saúde da Família e Hospitais.

- 26 unidades

107

- Alerta para que seja intensificada as ações de Combate à Dengue no

período inter-epidêmico;

- Treinamento e reciclagem do Preenchimento correto dos campos da Ficha

Sinan, FIE - Ficha de Investigação e LPI - Local provável de Infecção;

- Preenchimento e entrega para o paciente/suspeito de dengue do Cartão de

Acompanhamento Dengue – Orientação para o paciente e seus familiares;

- Cronograma de atividade de vistorias e mutirões nas áreas das Unidades da

Família em conjunto com o controle de vetores;

Faculdades, Colégios Técnicos, Escolas Estaduais, Particulares e

Municipais

- 83 Unidades

- Fixação de cartazes e distribuição de informativos da doença;

- Palestras;

- Informe de agendamento de palestras sobre o agravo Dengue disponível no

site da Prefeitura.

Contabilidades, Administradoras de Condomínios, Associação

Comercial, Associação dos Engenheiros, Construtoras do setor de

construção civil, Supermercados, Associação Paulista de Medicina,

Imobiliárias e corretores de imóveis autônomos de Indaiatuba,

farmácias, Consultórios e Clínicas Médicas, Laboratórios particulares,

Instituições Religiosas.

- 877 Serviços

- Envio de correspondência com informações de prevenção da dengue para

as empresas a qual prestam serviços, direcionadas aos funcionários,

condôminos, obras e reformas, orientação quanto à realização da Notificação

dos casos suspeitos, sinais e sintomas, segundo a Classificação de Risco e

Manejo do Paciente, Protocolo de envio de material para o IAL, fixação de

Woobler (informativo em forma de lembrete) nas gôndolas (prateleiras) de

medicamentos e produtos do comércio, Informe sobre prevenção da doença

aos Fiéis frequentadores de templos religiosos num tempo aproximado de 40

segundos.

108

Todas as Secretarias Municipais e Autarquias

- Alerta para que seja intensificada as ações de Combate à Dengue no

período inter-epidêmico;

- Serviços de marketing: outdoor, imprensa local, TV, revistas, Cinema, etc.

- Serviços de limpeza pública;

- Outros serviços necessários de outros setores.

Parcerias com Empresas privadas em divulgações e produção de

materiais.

- Arrastões/ Mutirões em áreas prioritárias do município com histórico confirmado

da doença e índices larvários elevados, compreendendo aproximadamente

40.000 imóveis.

- Intensificações na atividade Casa-a-Casa visando principalmente os pratos para

vasos de plantas que correspondem o maior índice de coleta de larvas e criadouros

encontrados nos imóveis.

- Busca ativa de casos suspeitos;

- Bloqueio Contra Criadouros;

- Bloqueio Químico através de terceirizada;

- Atividade volante através de carro de som durante a semana em todos os bairros;

- Tratamento dos PEs com Cloro Granulado 75% quinzenalmente;

- Visitas e prevenção em Imóveis Especiais.

Andamento do Projeto Cidade Limpa é Cidade Saudável

- Andamento da colocação de placas nos Pontos de Ônibus;

- Andamento dos cadastros dos catadores de recicláveis e terrenos;

- Envio de correspondência para os imóveis cadastrados com piscinas informes de

tratamento e limpeza;

- Envio de correspondência para os proprietários dos imóveis desocupados e

recusas com informe dos possíveis criadouros existentes na situação dos mesmos;

- Envio de correspondência para os proprietários dos imóveis vistoriados e aplicados

o Comunicado de Advertência;

- Notificação de todos os terrenos baldios sujos visitados nas atividades Casa-a-

Casa e atendimento 0800;

109

Leishmaniose

- Inquéritos sorológicos caninos;

- Inquéritos entomológicos;

- Ações educativas;

-Eutanásia em cães positivos

110

15 - Grupo de Apoio e Relatoria

- Grupo de Apoio

- Coordenadores de Unidades

- Conselho Municipal de Saúde

- Grupo Gestor da Secretaria Municipal de Saúde

Relatoria

Erich Garcia

Lucilene Codato Pereira

Maria de Fátima Xavier Simoni Maia

Mariana da Silva Castro Vinna

Renata Marciano