pitsiro 2 2012 final
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A EIBC– Pamáali inaugurou a Série Kaawhiperi Yoodzawaaka com o Lançamento do livro O
que a GENTE precisa para VIVER e ESTAR BEM no mundo, em São Gabriel da Cachoeira e Cas-
telo Branco ainda no começo do ano. A coleção é composta por 13 monografias, resultado
de anos de pesquisas realizados pelos alunos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Kaa-
likattaadapa -CPDEK e coordenado por professores da Escolas Baniwa e Coripaco. A série 1
traz versão em Baniwa e Português.
PITSIRO PAMÁALI Boletim Informativo da Escola Indígena Baniwa Coripaco Pamáali. N° 4. Edição 2/2012
Equipe Austríaco visitou escola Pamáali em abril
Intercambio de experiência do Grupo Koikwa (Povos Xikrin e Krahô) na Escola Pamáali
Rede de Escolas Baniwa e Coripaco realiza oficina de organização e revisão de material para publi-
cação das Escolas Herieni e Kayakaapali.
Escola Pamáali instalou mini-usina de hidro-cinética
A escola Pamáali recebeu visitas durante o primeiro semestre deste
ano. Apesar de chegarem com um objetivo de trabalho como a
equipe da escola Heriene (Oficina), Laíse Diniz (consultoria), foram
chamadas de visitas. Na foto grupo Koikwa, na EIBC na primeira
semana de maio.
Escola Pamáali na primeira etapa letiva realizou seminários
de apresentação de pesquisas desenvolvidas por grupos de
alunos. Na foto, aluno Genivaldo Pereira apresentando so-
bre as ―Fontes de Energias Limpas‖, durante um seminário
na escola.
EIBC– Pamáali lançou o primeiro livro da série Kaawhiperi
Yoodzawaaka
P u b l ic a ç õ e s | E s c o l a P am á a l i | M o v i m en t o I n d í g en a | S u s t en t a bi l i da d e | A c on t e c eu
©Laíse Diniz/ISA
© RAIMUNDO BENJAMIM © RAIMUNDO BENJAMIM
EIBC- Pamáali 2012
Coordenador Geral
Raimundo M. Benjamim
Coordenador Adjunto
Alfredo Brazão
Administrador
Tiago Pacheco
Relacionamentos Institucionais
Juvêncio Cardoso
Orientadora Pedagógico
Cleunice Apolinário
Conselheiro Educacional
Abraão Mendes Viera
Núcleo de Gestão e Empreendedorismo Indígena
Elton José
Editorial
Chegamos a mais uma edição do Pitsiro Pamáali.
Esse número cobre as principais atividades e acon-
tecimentos do primeiro semestre deste ano, refer-
ente à primeira etapa letiva.
A primeira etapa letiva aconteceu entre março à
primeira quinzena de junho. As próximas duas etap-
as acontecerão no segundo semestre.
A Escola Pamáali começou o ano (em Março) com
o lançamento da Públicação 1 da Série Kaawhiperi
Yoodzawaaka em São Gabriel da Cachoeira no
inicio de março. E semanas depois, em Castelo
Branco, no Encontro Baniwa e Coripaco, realizado
pela Coordenadoria das Associações Baniwa e
Coripaco– EIBC, a manchete desta edição.
E nesse ano, a escola recebeu mais duas turmas de
alunos, uma de Ensino fundamental e de Ensino
médio. Com a chegada dessas turmas, somam-se
atualmente sete turmas, com 78 alunos no total.
Visitas, oficinas de formação, atividades de sus-
tentabiliade, experiências e curiosidade com-
pletam essa edição do Pitsiro Pamáali.
E para que o nosso boletim fique cada vez melhor
e conhecido, contamos com você nosso leitor na
divulgação, sugestões e críticas.
Boa leitura!
REALIZAÇÃO PARCERIA APOIO
pamaali.wordpress.com
__________________________
Raimundo M. Benjamim
Responsável pelo Boletim
__________________________
Em São Gabriel da Cachoeira:
Fones: (97) 8124-9785/3471-1156
CONTATOS
Raimundo M. BenjamimRaimundo M. BenjamimRaimundo M. Benjamim
Editor e Coordenador Geral da Escola PamáaliEditor e Coordenador Geral da Escola PamáaliEditor e Coordenador Geral da Escola Pamáali
Pitsiro Pamáali é uma publicação do Setor de Comunicação da Escola Pamáali. Sem periodici-
dade. Os autores de textos são alunos e professores da escola. Circula nas comunidades na
forma impressa e digital por e-mail e no blog da escola. Os textos podem ser reproduzidos para
fins educacionais (palestras, aulas, pesquisas), desde que a fonte seja citada. As imagens são de
autoria reservada aos autores. Os artigos de opinião são de responsabilidade dos autores, não
refletem necessariamente a visão da Escola Pamáali sobre os assuntos.
EIBC– Pamáali lançou o primeiro livro da série Kaawhiperi Yoodzawaaka
PUBLICAÇÕES
A pesar de a Escola Pamáali já ter públicado al-
guns livros, como o ―Kophenai Nako‖, antes, foi
a primeira vez que lançou uma obra em diferentes
lugares e públicos.
No final de 2011, na última etapa, o livro 1 da série
Kaawhiperi Yoodzawaaka foi apresentando pela
primeira vez aos alunos numa cerimônia de lan-
çamento na própria escola.
No dia 2 de março deste ano, foi organizado um lan-
çamento em São Gabriel da Cachoeira, onde par-
ceiros com a FOIRN, ISA, FUNAI/SGC, SEDUC/SGC,
SEMEC, IDAM e a imprensa local compareceram ao
Espaço Público do ISA, onde o evento foi realizado.
Na ocasião, as instituições participantes, receberam
as duas versões do livro.
E três semanas depois, o livro foi apresentando no
―Encontro Baniwa e Coripaco‖, realizado pela Coor-
denadoria das Associações Baniwa e Coripaco—
CABC, na comunidade de Castelo Branco, Médio
Içana. Na cerimônia, todas as comunidades partici-
pantes, que somaram mais de 30, receberam as
versões do livro em Baniwa e Português.
É a primeira vez que o público Baniwa e Coripaco
folheia um trabalho da Escola Pamáali, por meio do
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Kaali-
kattaadapa—CPDEK, nas versões em Baniwa e Portu-
guês. O que não aconteceu com o Livro Kophenai
Nako, que saiu somente em Baniwa.
O livro aborda assuntos variados relacionados ao Mane-
jo de Recursos e Ambientes importantes para viver e es-
tar bem no Mundo. Reúne 13 monografias de alunos de
ensino médio, trabalho iniciado em 2005 que contou
com a colaboração de várias pessoas ao longo do pro-
cesso de construção.
Kaawhiperi Yoodzawaaka, nome da série é como os
Baniwa-Coripaco chamam à vitalidade e interde-
pendência entre os diferentes seres, objetos, ambientes,
bens, que são importantes para viver e estar bem na
bacia do Içana e no mundo. O termo é talvez a ex-
pressão Baniwa-Coripaco que guarda uma relação
mais estreita com o conceito de biodiversidade segun-
do os jovens Baniwa que participaram na construção da
obra. Os organizadores deixam claro que o termo
(biodiversidade/Kaawiperi Yoodzawaaka) poderá ser
aprimorado na medida em que mais pessoas começem
a participar da construção e passar a fazer parte do
vocabulário diário dos Baniwa e Coripaco.
A série promete mais edições para esse ano das esco-
las: Escola Herieni da comunidade Ukuqui do Alto Ayarí
e um da Rede de Escolas Baniwa e Coripaco, que pre-
tende reunir monografias de várias escolas que fazem
parte da rede. Que é uma forma de contribuição dos
povos do Rio Negro na discussão das questões im-
portantes na atualidade. E um convite para pensar por
um momento: O que a gente precisa para viver e estar
bem no mundo?
Koaka wakanakaitali WEEMAKARO nheette MATSIAKARO WHAA aaha HEEKOAPI riko?
Da esq. pra direita: Livro Kaawhiperi Yoodzawaaka no balaio durante o lançamento e Juvêncio, um dos organizadores apresentando ao público presente o livro em São Gabriel
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ESCOLA PAMÁALI
Equipe Austríaco visitou a Escola Pamáali e algumas comunidades Baniwa
do Médio Içana.
Histórico
O desejo de conhecer o Içana pelo Heinz Grüber e irmãos, aconte-
ceu há sete anos atrás , numa viagem de comemoração de seus 60
anos com seus melhores amigos no Rio Solimões (AM).
E no meio destes aventureiros, estava o fotógrafo Pedrão (Pedro Mar-
tinelli), conhecido pelos Baniwa, na época da demarcação, arte
baniwa e outras viagens pelo Içana com lideranças da OIBI. Um dos
ícones da fotografia com suaa especialidade, a Amazônia. E numa
das ocasiões , disse ao Heinz que existe um lugar que valeria apenas
conhecer antes de ―partir‖, o Rio Içana e seus povos. De lá, o Heinz
nunca desistiu de conhecer o Içana.
Para concretizar ―sonho‖ de vinda para a região do Içana, foi forma-
lizada em forma de convite, assinada pela coordenação da escola,
lideranças Baniwa e apoiada pelo Instituto Socioambiental.
A visita
A equipe composta por seis pessoas (Heinz, dois irmãos, um amigo de
São Paulo e sua esposa), acompanhadas pelo Adeilson Lopes/ISA e
André Baniwa chegaram na escola Pamáali no dia 13 de abril, de-
pois de dois dias de viagem.
Na escola conheceram os setores de atividades como a Estação de
Piscicultura, Trilha de Ciências, Viveiros de peixes, Telecentro, Casa
de Ciências, Secretaria e Administração. Ainda tiveram um período
do dia de aventura no igarapé Pamáali. Foram programadas apre-
sentação de dramatizações e danças tradicionais nas ―noites cultu-
rais‖. .
Visita para comunidade também foi incluída na programação que
foi realizado no domingo (15/04) para Maúa Cachoeira. E no en-
cerramento a avaliação da visita foi positivo tanto por parte da
coordenação da escola e como para os visitantes. Desceram na
escola no dia 17/04.
Professores da escola Pamáali conversam com os visitantes Austríacos na Escola Pamáali, abril de 2012.
©RAIMUNDO BENJAMIM
©JUVÊNCIO CARDOSO
©ELTON JOSÉ
©ELTON JOSÉ
ESCOLA PAMÁALI
Representantes dos Povos Xikrin e Krahô visitaram a Escola
A Escola Pamáali recebeu visitantes, representantes dos povos
Xikrin ( Pará) e Krahô (Tocantins) nos dias 03 a 05 de maio.
A proposta de intercambio foi encaminhada pelo professor Fran-
klin Paulo (ex-professor da EIBC), a coordenação da escola no
inicio do ano e formalizado apenas em março.
Composto por professores e alunos, o grupo ―Koikwa‖, acompa-
nhando pelo Franklin, Rosiclaúdio - Coordenador da CTL de Tunuí
Cachoeira, Tulio da FUNAI/SGC e Raylene Andrade, chegou na
Escola Pamáali no dia 03/05. Foram recebidos com cantos pelos
alunos da escola, no centro comunitário.
No dia 04/05, caminharam para conhecer os setores de ativida-
des da escola, como o viveiro de mudas, estação de piscicultura,
trilha de ciências, viveiros de engorda de peixes e outros.
No mesmo dia, conheceram o histórico da escola Pamáali, apre-
sentado pelo professor Juvêncio Cardoso, presidente da ACEP.
Onde além do que conheceram no campo, foi lhes apresentado
o processo histórico de discussão, implantação e implementação
da escola.
E os visitantes por sua vez apresentaram aos alunos e professores
documentários sobre rituais que realizam nas comunidades de
onde vieram. Comentaram cada vídeo passado.
Antes de saírem de volta, foi realizado o momento de considera-
ções finais e agradecimentos. Segundo, os visitantes, por apenas
um dia que ficaram, conheceram várias experiências que
servirão de inspiração para desenvolverem atividades nas suas
comunidades.
O intercambio foi fundamental para fortalecerem as iniciativas
que estão fazendo, diante de muitos problemas que estão en-
frentando, como a Construção da Barragem do Belo Monte, In-
vasão constante dos madeireiros em suas terras e outros proble-
mas que enfrentam.
Saíram da escola, debaixo de muita chuva, no dia 05/05, sába-
do, para continuar a programação de visita em outras escolas.
Z O O M
> Em 2012, o número de alunos da
Escola Pamáali subiu para 78. A
escola só havia conseguido che-
gar nesse número em 2005.
> De 2000 a 2012, a Escola
Pamáali atendeu alunos vindos de
39 comunidades da bacia do Iça-
na. Hoje, 2012, atende alunos de
19 comunidades.
> Desde 2004, ano de conclusão
da primeira turma da escola até
agora 2012, (em quarto turmas for-
madas), três ex-alunos já assumi-
ram o cargo de Coordenador
Geral (Juvêncio Cardoso/2008,
Vigico Rivas/2010 e Raimundo Mi-
guel/2012).
> Desde a implantação da Es-
tação de Piscicultura já foram
produzidas mais de 1 milhão de
alevinos.
Na foto, da esq. para dir. Visitantes apresentando videos e Reunião de Apresentação do histórico da Escola Pamáali.
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Todo aluno formado na Escola Pamáli apresentou monografia com temas relacionados
à cosmologia Baniwa e Coripaco, história, organização social e manejo. Neste ano
(2012), 26 alunos de Ensino fundamental irão concluir o curso de Ensino fundamental.
Escola Pamáali recebeu mais alunos neste ano
A escola Pamáali recebeu mais duas turmas de alunos neste ano , uma de ensino fundamental
e ensino médio. Os alunos se increveram no final do ano passado, e chegaram na primeira etapa letiva,
com os demais alunos ―veteranos, como são chamados quando chegam novas turmas de alunos. O
número de alunos passou para 78 (com alunos de ensino fundamental e somados com alunos do ensino
médio). Os alunos novatos são da faixa etária de 10 a 21 anos. É a primeira vez que a escola recebeu
alunos das comunidades Coripaco: Matapí, Coracy e Pana-Panã do Alto Içana. Na primeira semana os
―calouros‖realizaram o reconhecimento da area da escola.
Professores da Escola Pamáali 2012
N este ano, houve apenas duas mudanças no
Quadro de Professores em relação a do ano
passado, saíram do quadro o professor Arcindo
Brazão e Abílio Júlio (Secretário). O primeiro ficou
na Escola Pamáali por três anos (2009-2011), e o
segundo ficou apenas um ano. Houve, também
algumas mudanças na ocupação de cargos da
organização interna. O professor Raimundo Mi-
guel Benajmim, passou para o Cargo de Coor-
denador Geral, Alfredo Brazão para Coordenador
Adjunto, Tiago Pacheco para cargo de admin-
istrador. E as novidades no quadro deste ano são:
Elton José que assumiu o Núcleo de Gestão e Em-
preendedorismo, o professor Francinaldo (para
Ensino Médio) e professora Cleunice Apolinário.
Os auxiliares de escola contratados são: Terezinha
Custódio Paiva da comunidade Juivitera
(cozinheira) e Roberto Miguel (Serviços Gerais) da
comunidade de São José.
Apesar de reivindicado com a SEMEC/SGC, a es-
cola não conseguiu um Secretário para esse ano,
com a justificativa de que o número de alunos
nesse ano é pouco (51 do ensino fundamental).
Segundo, a Secretaria de Educação uma escola
só pode contratar um secretário se tiver um
número acima de 100.
Raimundo M. Benjamim Abraão M. Viera
Alfredo M. Brazão
Cleunice A. Venceslau
Juvêncio Cardoso—Dzoodzo
Tiago Pacheco
Francinaldo Farias
Alunos do Novatos do Ensino Fundamental, que chega-
ram em na Escola Pamáali em março deste ano.
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Terezinha C. Paiva
Roberto Miguel
Alunos do ensino médio (1ª e 2ª série), da Sala de Exten-
são de Escola Nossa Senhora de Assunção do Içana.
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ESCOLA PAMÁALI
FOTOS: ACERVO EIBC
Seminários na Escola Pamáali
Na foto acima, aluno Genivaldo Pereira, do 9º ano de fundamental e do GT Inovação e Sustentabilidade da Escola Pamáali, apresenta sobre
Energia Elétrica– Fontes de Energia Limpa.
©RAIMUNDO BENJAMIM
U m trabalho a mais. Alunos organizados em
grupos temáticos relacionados à atividades
que o grupo desenvolve no campo, além de fazer
os ―deveres de casa‖, ainda passam mais um tem-
po pesquisando em livros, organizado e realizando
entrevistas com os professores, e depois, em grupos
discutem e tiram suas conclusões sobre um tema
de interesse.
O resultado é organizado em slides usando o power
point e, é apresentado no ―Seminário da Semana‖,
aos alunos e professores da escola.
A prática já é usada na escola há alguns anos.
Mas, somente nesse ano, passou a ser considerada
―prioritária‖, como forma de ―complemento‖, à
prática de ensino– aprendizagem que a escola
desenvolve com seus alunos.
Os temas abordados nesses trabalhos são diversos.
Desde as práticas de Saneamento Básico, passan-
do pelas técnicas de reprodução de peixes até al-
ternativas de energia limpa.
Segundo o professor Juvêncio Cardoso, essa forma
de trabalho acrescenta ainda mais o conhecimen-
to dos alunos e professores. E acabam fazendo
séries de coisa, como a organização de
apresentação usando programas de computador.
―Muitos assuntos que não são aprendidos nas aulas,
acabam sendo conhecidos nas palestras, e o
melhor nisso, é que esses conhecimentos são explo-
rados pelos próprios alunos e nós acabamos
aprendendo com eles‖- disse animado com os re-
sultados dos seminários realizados na escola, nessa
primeira etapa letiva.
Alunos organizando as apresentações usando programas de computador (power point).
Professor Juvêncio Cardoso, fazendo considerações finais depois de um seminário realizado na Escola
Pamáali. Segundo ele, alunos e professores acabam ganhando com essa forma de trabalho.
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ESCOLA PAMÁALI
A Escola Pamáali recebeu alunos e professores da Escola Herieni, do Alto Ayarí.
Uma semana respirando arte, história, calculos ma-
temáticos e produção textual.
Uma semana de trabalho e aula. Para iniciar o tra-
balho, a coordenação da Oficina, apresentou os pas-
sos e a metodologia de trabalho para a semana.
Começando pelo formato da publicação da série
até orientações de como realizarem as estimativas de
consumo do recurso estudado por pessoa, por família,
por comunidade e na Bacia do Içana.
No quadro branco, pendurado na sala, em letras
maiuculas, para servir de orientação e alerta na hora
dos calculos: ―Cuidado para não SUBESTIMAR ou SU-
PERESTIMAR‖. Foram considerados as 93 comunidades
da bacia do Içana, com uma media de 20 famílias por
comunidade e 7 pessoas por famílias.
Para que se tenha uma base de calculos das estima-
tivas, é necessário antes de começar, avaliar o con-
sumo do recurso. Tomemos como exemplo o con-
sumo de pimenta. ―Tem pessoas que consume pouco,
muito e só um pouquinho‖-disse o aluno Elton José,
responsável pelo calculo do consumo de pimenta. ―E
ainda, é preciso pensar e usar as unidades de me-
didas conhecidas ou usadas pelas pessoas quando o
assuntos é pimenta, como o litro, por exemplo, usada
sempre pelas mulheres produtoras de pimenta‖- com-
pleta. .
Foi uma semana em que histórias de origem foram
ilustradas, calculos matemáticos, textos em Baniwa e
Coripaco elaborados e compartilhados numa única
sala.
O encerramento da Oficina foi realizada no dia 30 de
abril com a participação de todos os professores e
alunos da escola Pamáali. Onde alguns trabalhos do
encontro realizado foram apresentados.
A Rede de Escolas Baniwa e Coripaco.
D epois de criada, em 2008 ao som das flautas sa-
gradas na comunidade Ukuqui Cachoeira, a
Rede de Escolas Baniwa e Coripaco, vem propor-
cionando várias formas de fortalecimento da cultura e
consolidação da Educação Escolar Baniwa e Cori-
paco na região do Içana. Um desses primeiros resulta-
dos é a compilação da série Kaawhiperi
Yoodzawaaka, que foi inaugurada pela Escola
Pamáali, com o Lançamento do Livro ― O que a Gen-
te precisa para viver e ESTAR bem no mundo‖, lan-
çado na Escola Pamáali no final de 2011, em São Ga-
briel da Cachoeira e Comunidade de Castelo Branco
no mês de março deste ano.
A Oficina
Nos dias 24 a 30 de abril, professores e alunos da esco-
la Heriene da comunidade de Ukuqui do Alto Ayarí, ex
-alunos da Escola Kayakaapali (atualmente alunos de
ensino médio da EIBC) e mais alunos do último ano do
ensino médio da Pamáali se reuniram na Estação de
Pisicultura EIBC, na Oficina de ―Revisao de Material
para Publicação‖, com objetivo de organizar materiais
produzidos nessas escolas nos últimos 3 anos para os
próximos números da série Kaawhiperi Yoodzawaaka.
Durante 7 dias de Oficina, com a assessoria do Adeil-
son Lopes do Instituto Socioambiental e coordenação
do Tiago Pacheco, professor da EIBC, os participantes
da Oficina produziram textos, desenhos com base nas
orientações do formato da série.
A Escola Heriene chegou para a Oficina com os ex-
professores da Pamáali, a Nazária Andrade Montene-
gro e Pedro Fontes, e mais alguns alunos. Segundo, a
Naza, na Oficina foram trabalhados 18 monografias
(cada monografia um tema), e para cada tema
foram produzidos sete desenhos. ―Os desenhos feitos
são relacionados ao recurso trabalhado, como a dis-
tribuição na região do Içana e micro-região /
comunidade, origem e também ilustração ―-disse.
Participantes da Escola Herieni em atividades durante a Oficina. Em destaque Orlando Fontes, Graciela e professor Pedro Fontes.
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Ilustração da origem da cobra jararaca. Desenho: Geovane
Paiva/aluno de Ensino Médio.
ESCOLA PAMÁALI
ESCOLA PAMÁALI
N o rio Negro, foram selecionadas
apenas duas escolas indígenas: Es-
cola Pamáali e Escola Tuyuka.
O Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas– INEP enviou uma consultoria
para as escolas selecionadas com o ob-
jetivo de conhecer melhor a Educação
Escolar Indígena e através disso saber
como poderiam ser formuladas e aplica-
das as provas usadas para a Avaliação
do Índece de desenvolvimento da edu-
cação no Brasil.
Para esse trabalho, foi convidada a Laíse Diniz, assessora do Instituto Socioambien-
tal—ISA, do Programa Rio Negro, que colabora com o Projeto de Educação no Rio
Negro, desde 2001.
A Escola Pamáali recebeu a consultora entre os dias 02 à 05/05. Realizando entrevis-
tas com professores e alunos da escola. As entrevistas foram orientadas por um ques-
tionário elaborado pelo próprio INEP.
Desde que foram implantadas as escolas indígenas do Rio Negro, especialmente as
chamadas ―diferenciadas‖ainda não participaram das avaliações usadas pelo Min-
istério da Educação, como a Prova Brasil, Provinha Brasil para avaliar dar a nota da
Educação no Brasil.
Essas avaliações são formuladas e enviadas para todas as escolas, seja elas
indígenas ou não. E com os resultados, é dada uma nota para a escola, e a média
de todas as escolas de um municipio é que determina a nota do município e a mes-
ma coisa acontece com os estados e consequentemente a nota da Educação do
país, que é comparada com as notas de outros países.
Todas as avaliações apresentadas acima, não consideram as ―diferenças existentes‖
das entre uma escola indígena e não-indígena. Por isso, a reivindicação das escolas
e professores indígenas é que essas avaliações respeitassem e considerassem a diver-
sidade, portanto, fossem diferenciados, para que elas (as escolas indígenas), partici-
passem delas. Diante dessa reivindicação, o Ministério de Educação, quer saber co-
mo fazer e aplicar essas avaliações para as escolas indígenas de todo país.
Segundo, a Laíse Diniz, não é certo que o MEC vai mesmo fazer e aplicar as
avaliações para as escolas indígenas, diante da complexidade. Pois, cada escola
teria que ter sua própria avaliação, e em muitos casos, na própria lingua do povo. E,
isso, é muito complicado. Por isso considera que o caminho mais provável (indicada
pelas pesquisas realizadas), que a avaliação teria que ser para os professores,
lideranças e outros envolvidos nos projetos de educação escolar de um povo ou co-
munidade.
―A Proposta é boa, mas, é complicado, porque, as escolas indígenas são muito
diferentes de uma para a outra, ou de um povo para outro. Só pra se ter uma idéia,
na semana passada estive fazendo este mesmo trabalho, na Escola Tuyuka (alto
Tiquié). E lá é completamente diferente do que aqui (escola Pamáli). As fichas de
Avaliação dos alunos, são feitas na língua Tuyuka. Para eles, as provas teriam que
ser na língua Tuyuka. E, a escola Tuyuka não é muito longe daqui, está na mesma
região (do Rio Negro). Imagine uma escola de outras regiões mais distantes‖- disse.
Escola Pamáali recebeu consultora do INEP
Z O O M
Visita de despedida da
Laíse
A Laíse Diniz, chegou pela
primeira vez na escola
Pamáali em 2001. Forma-
da em Pedagogia pela
Universidade Federal do
Pará , conheceu a escola
apenas como visitante. E
depois, foi convidada pa-
ra trabalhar no Instituto
Socioambiental, para as-
sessorar o Projeto de Edu-
cação do Rio Negro da
parceria ISA/FOIRN/OIBI.
Com uma atuação inicial-
mente mais centralizada
na Escola Pamáali. Em 10
anos, com a criação da
Rede de Escolas Baniwa e
Coripaco, chegou a atu-
ar também em algumas
escolas da região, ainda
que seja, indiretamente.
Em 2010, realizou seu tra-
balho de campo do curso
de mestrado pela UFAM,
analisando as relações e
trajetórias dos jovens Ba-
niwa e Coripaco (ex-
alunos da EIBC).
E depois de 11 anos de
atuação e colaboração
com a Escola Pamáali
(Baniwa e Coripaco), se
afasta para fazer outras
atividades e ser mãe pela
primeira vez. Visite nosso blog na internet
Encontro Baniwa e Coripaco realizado pela CABC aconteceu na comunidade de
Castelo Branco nos dias 27 a 30 março.
MOVIMENTO INDÍGENA
A comunidade Castelo Branco localizado no
médio Içana, recebeu o Encontro Baniwa e
Coripaco, com o lema ―Direitos e Desenvolvi-
mento Sustentável das Comunidades‖, nos dias 27
a 30 de março, pela Coordenadoria das Associ-
ações Baniwa e Coripaco – CABC.
O encontro reuniu representantes das comuni-
dades de toda a região do Içana, desde a foz,
Alto Içana e afluentes Cuyarí e Ayarí. Comparece-
ram no evento professores, alunos, lideranças das
associações, representantes de instituições gov-
ernamentais como SEIND, FUNAI-SGC e parceiros
como o Instituto Socioambiental - ISA.
Durante os três dias de evento, os participantes
poderam participar de grupos de trabalho que
trataram assuntos como: Educação, Sustenta-
bilidade/Saúde, Cultura e Identidade, Economia,
Política e Gestão Territorial. E nas noites acon-
teceram palestras e exibição de documentários
Baniwa, como o ―Documentário sobre a musica
Baniwa‖ na direção do Moises Baniwa de Itacoati-
ra Mirim/SGC.
Coordenados por duas pessoas, os grupos le-
varam os resultados das discussões para o centro
comunitário, onde foram apresentados, discutidos
e encaminhados pelos presentes no evento.
Nas noites foram organizadas palestras como pes-
soas indicadas e outras atividades culturais.
Escola Pamáali no Encontro
Representado pelo Coordenador Geral, Raimundo
Benjamim e mais alunos, a Escola Pamáali participou
das discussões relacionados à educação e outros
temas. E ainda lançou o Livro 1 da série Kaawhiperi
Yoodzaawa.
Alguns resultados e encaminhamentos
Ao final do encontro foram encaminhados as se-
guintes propostas:
Carta de Manejo de Pesca para as comunidades.
Definição de localidade de Centrais de Abasteci-mento.
Carta de Consentimento Prévio para o Projeto MANAKAI.
Carta para SEIND sobre a necessidade de apoio aos estudantes Baniwa e Coripaco nas univer-sidades.
Indicação de 5 capitães para participar de en-contro com governador.
Definição de equipe para elaboração do Projeto para Segurança Alimentar.
Definição de equipe para a elaboração do Pro-jeto Identidade e Cultura.
Criação da Comissão para discutir a criação de um Conselho de capitães da região do Içana.
Mudança do nome ―capitão‖ para Eenawi de líderes responsáveis eleitos pelas comunidades.
―Direitos e Desenvolvimento Sustentável das Comunidades‖
Grupo de Trabalho ―Política‖ (André Fernando e dois capitães) apresenta resultados de discussão para assembleia duran-te o encontra Baniwa e Coripaco em Castelo Branco. Durante o evento foram formados 6 grupos temáticos.
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AN
IEL
BEN
JAM
IM
SUSTENTABILIDADE
Z O O M
Escola Pamáali sem inter-
net desde setembro de
2011.
Durante esses últimos me-
ses a internet ficou com
problemas. Motivo que difi-
cultou a comunicação e a
atualização das páginas
na escola na internet, co-
mo as redes sociais e blog.
Apesar das tentativas de
contato com a Central de
Atendimento da Embratel,
desde ano passado não
foram suficientes para re-
solver problema.
No inicio desde ano, foram
retomados as tentativas,
passado meses, a escola
depois de muito esforço
conseguiu apresentar a
demanda de manutenção
e troca de equipamentos
do Ponto de Presença EIB-
C/GESAC.
Até na data (inicio de ju-
nho), quando a edição
desse boletim foi fechada,
o técnico ainda não tinha
chegado na escola.
Produção de alevinos na Estação EIBC
N esse ano, a Estação de Pisicultura EIBC produziu 72 mil alevino, as es-
pécies reproduzidas foram: 46 mil alevinos de Aracú de três pintas
(Leporinus Agassizi) e 26 mil de Jandiá (Randian Iaukidi).
O método de reprodução Asiática, foi o procedimento usado pelos téc-
nicos da estação para conseguir esse número. Em poucas semanas, os ale-
vinos já estavam transferidas das incubadoras para os viveiros-berçarios da
estação.
Segundo o Juvêncio Cardoso, Coordenador Técnico e professor de Pisicultu-
ra da EIBC-Pamáali, as tentativas tiveram bom resultados. ―Apesar de não
conseguirmos as piracemas, conseguimos reproduzir as espécies que temos
na escola. Conseguimos resultados positivos. Os alunos e principalmente os
novos monitores técnicos da estação participaram da atividade de repro-
dução‖- disse.
Por falta de meios de transporte fez com que a equipe perdesse as pirace-
mas, o que não tinha acontecido nos anos passados ( A estação perdeu o
motor e boteno ano passado).
Desde o inicio de funcionamento a Estação de Pisicultura vem servindo co-
mo ambiente de ensino-aprendizagem na Escola Pamáali. Os alunos partic-
ipam as atividades de todas as fases de reprodução, como no manejo dos
peixes nos viveiros de engorda da escola.
Grupo de Atividade de Piscicultura da Escola Pamáali realizando trans-
ferência de peixes para outra represa. Foram transferidos mais de 2 mil
peixes das espécies de jandiá, domé, Aracú, araripirá e koana.
© Adeilson Lopes/ISA
© Elton José/EIBC
© Elton José/EIBC
© ELTON JOSÉ/EIBC
SUSTENTABILIDADE
Escola Pamáali implantou mini-usina hidro-cinética para
D esde que o Ensino Médio foi implantado na Escola Pamáali , ainda que anexa à Escola de Assunção do Içana,
foi também criado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Kaalikattaadapa—CPDEK, com objetivo de se
tornar um espaço de formação e incentivo a inovação e pesquisa aos alunos do ensino médio. Desde então, várias
experiências e pesquisas vem sendo desenvolvidas. Como a extração de oleo de patauá (Oenocarpus bataua) e
Warhe. E nos últimos anos, por meio de um grupo de pesquisa (alunos), coordenado pelo professor Juvêncio Cardo-
so e incentivo/colaboração de várias pessoas (Adeilson Lopes/ISA, Gustavo Tosello Pinheiro, Jorge Nava) e com
apoio financeiro da CAFOD (Agência Americana para o Desenvolvimento), através do Programa Indígena/
Mudanças Climáticas foi instalado a turbina hidro-cinética na EIBC-Pamáali. Com capacidade para gerar 1000
watts. A turbina foi instalada a 2 km da escola em um igarapé. A turbina foi adquirido no Vietnã, outro lado do
mundo (no continente Asiático), pelo Instituto Socioambiental-ISA, que vem apoiando essa iniciativa. A proposta é
expandir essa experiência para a região do Rio Içana, e futuramente para o Rio Negro. Essa tecnologia deve ser
implantada na região, pois, ajudaria bastante na redução de emissão do dióxido de carbono (co2), e consequen-
temente colaboraria na luta contra a crise planetária (Mudanças Climáticas), efeitos que estamos começando a
sentir hoje na região.
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ES/ISA
RECURSOS PESQUEIROS: Carta de Proposta de Manejo de Recursos Pesqueiros para a
subsistência dos Povos Baniwa e Coripaco na região do Içana e afluentes.
A carta de “Proposta de Manejo” completará 4 anos em 18 de julho. O docu-
mento foi elaborado com base nos resultados do Projeto Kophe Koyanaale,
pesquisa realizada em algumas comunidades de abrangência da Organização
Indígena da Bacia do Içana- OIBI, no período de 2005 a 2008.
Os dados apontaram que apesar da maioria dos pescadores afirmarem que as pes-
carias ainda são ―ótimas‖, pescar tem se tornado uma atividade que começa a
exigir do pescador mais tempo para conseguir o alimento para o sustento da famí-
lia. Os mais velhos em seus depoimentos, afirmam que antigamente ainda existia
mais peixes do que hoje.
O recurso pesqueiro está ficando cada vez mais escasso no Içana. E os motivos para isso são vários, dede o uso ina-
dequado de instrumentos de pesca, até ao aumento da população Baniwa e Coripaco, com estimativa de 100/
ano. A OIBI na assembleia realizado em julho de 2008, através de um grupo de trabalho discutiu e elaborou propos-
tas de manejo para enviar para as comunidades e associações da região para participar da discussão e implemen-
tação da proposta. Na região dos lagos, dois lagos considerados importantes para a reprodução e distribuição de
peixes para a bacia foram ―escolhidos‖, para preservação. Mas, depois de 4 anos, as pescarias continuam sendo
praticadas intensamente, principalmente na época de seco.
E pior, somente neste ano, depois do Encontro Baniwa e Coripaco, realizado em Castelo Branco, que algumas asso-
ciações da região se comprometeram a levar a carta para apresentar e discutir nas comunidades onde atuam.
Muitos nesse evento, afirmaram não ter conhecimento do documento. Mas, a boa notícia é que a maioria dos parti-
cipantes consideraram importante a implementação dessa proposta na região, pois, o problema não é somente na
área de atuação da OIBI, mas, em toda a bacia do Içana.
SUSTENTABILIDADE
Núcleo de Gestão e Empreendedorismo
Elton José, novo Gerente do Núcleo de Gestão e Empreendedorismo.
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E lton Jose, 22, ex-aluno da Escola Pamáali (Turma 2007), assumiu
em março deste ano, na primeira etapa letiva, o Núcleo de
Gestão e Empreendedorismo Indígena, substituindo o Armindo Brazão
da Organização Indígena da Bacia do Içana—OIBI, que ocupou o
cargo deste 2011.
O Núcleo de Gestão e Empreendedorismo Indígena, foi criado em
2008, com a finalidade e objetivo de promover a formação dos alunos
do ensino médio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Kaali-
kataadapa em Gestão de Negócios, identificando oportunidades e
necessidades para atender a demanda da escola e das comuni-
dades.
Apesar de estar há alguns anos funcionando, o Núcleo vem aos
poucos se estruturando nesses ultimos anos. E com a entrada da nova
equipe para o Núcleo, a expectativa é que as propostas e objetivos
comecem a ser alcançados.
Com esse objetivo, atualmente as atividades realizadas pelo núcleo
são: Construção da Casa de Pimenta e início de plantio de pimen-
teiras na escola Pamáali.
Além de Gerente de Núcleo, o Elton é estudante do ultimo curso de
ensino médio do CPDEK. E ainda acumúla cargos de Monitor Técnico
e líder da turma com qual estuda.
©Elton José
Gráficos EIBC 2012
©Elton José
Pimenta Baniwa
Apesar de ter iniciado
desde o ano passado, a
construção da casa de
pimenta da escola
Pamáali vem tendo
paralizações, especial-
mente nos meses em que
a escola entrou de reces-
so no final do ano pas-
sado.
Na primeira etapa letiva deste ano foi dado a con-
tinuidade da construção. Até ao final da etapa os
trabalhos estavam bem avançados. E terá uma
equipe para continuar os trabalhos durante a entre-
etapa, que será nos meses de junho e julho.
A expectativa é que a casa fique pronta ainda em
julho. E quando a escola voltar para a segunda eta-
pa letiva na primeira semana de agosto, a casa já
estará concluído.
Para que isso aconteça a coordenação da escola e
ténica está priorizando como nunca a construção. E
as atividades de plantio de pimenteiras já
começaram (ver na página seguinte).
A previsão de lançamento da Pimenta Baniwa no
mercado está prevista para o segundo semestre des-
se ano. E será mais um produto da marca Arte Ba-
niwa.
Mas, ainda faltam superar alguns desafios para che-
gar até lá. Diante disso a Escola Pamáali, por meio do
Núcleo de Gestão junto com a rede de parceria está
se esforçando para que o produto chegue na mesa
do resto do Brasil ainda nesse ano.
Outros: Em 2012, a Escola Pamáali recebeu um aluno da
etnia Tariano, vindo do Rio Tiquié.
SUSTENTABILIDADE
Wadiatsenakha wadeenhi Aatti ipana Pamaalinomanaa
L hiada hamolikeehe wadiatsenakha wadeenhi lhia
Atti ipanawaa ayahaa Pamaalinomanaa. Ñamepi-
atsa matsiakanhe wadenhipiakanoadani pawalhialiko,
kadzaokaro wadiapiatsenakha ni.
Wadeepena wattaitaka ni pandza. Tsopetsatha watsa
kanakaika wapedza. Lhiada wakeñoetaka wanoka Pa-
malirhe, wadiatsenakha whereeta nhaa lipheedawa.
Waparatsakha malama itsikole lipananawa.
Neenika nhaa paana ikadzeekatakakapewa ideenhiri-
kani, nhaa paana nakitsindata katseeka nhaa. Lhia
Aphemi, ikadzeekatakaita Pamaaliriko nheette Elton Jo-
sé, ikatsa nhaa ikapakape naika nhaa idenhikape.
Matsiatsa phiome liakawa lhiehe idenhikhetti walhio.
Manopetsakha waanheka ianhekhetti walhiwawa. Ima
horeka pakapaka ianhekhetti padeenhikadanako.
Wapietawatsa wanotsenakha, ikatsa pandzawatsa
wattaitaka lhie pantti. Kadzodali ima wakeñoetena
tsakha wapanaka aati ayanha wadzakaleriko Pamáali.
Nheette phia ileekada lhiehe, kanakai tsakha piapiñee-
taka linako, ima pada idenhikhetti matsiadalika watsani
walhio ayaha wemakawaliko.
Neenideena phiome nhaa littadawa, nadeenhix-
oopape watsa nhaa idenhikawapewatsa lirikoda. Lhia
wamolittoehe likeñoena watsa lhia lidenhikanaa ayaha
Pamaalinomanaa.
160 pés de pimenta foram plantada na primeira etapa
Você sabia?
Chefs de cozinha desfrutaram da poderosa Pimenta Baniwa em São Paulo. O evento ocorreu no dia 23
de agosto de 2011 e foi uma etapa de testes para o aprimoramento do plano de lançamento da
―Pimenta Baniwa" no mercado, previsto para o segundo semestre de 2012. Tudo foi preparado com an-
tecedência pelo ISA e pela OIBI, com apoio da Eibc-Pamáali. O Chef Alex também convidou outras 13
pessoas para a degustação, entre eles oito chefs e outros apreciadores da boa gastronomia. A jiquitáia
foi provada em combinação com macaxeira frita, peixe e abacaxi.
Em 2011 a atividade não foi realizada e nesse ano, na primeira etapa
foram feitas 6 jardins de pimentas na Escola Pamáali.
O Elton José, responsável e um dos monitores técnicos disse que a meta
da etapa era chegar em 200 pés, e foram plantadas 160 pés. As pimen-
teiras vieram das comunidades de São José, Jandú Cachoeira e Maúa
Cachoeira, encomendadas com as mães dos alunos.
Segundo, o Elton, o próximo passo será a abertura de uma roça de pi-
menta na area da escola, onde os pés de pimenteiras serão dobrados.
―Estamos planejando uma roça de pimenta na area da escola,
onde poderemos aumentar o número de pimenteiras‖-disse.
A escola Pamáali está finalizando a construção (ver o texto acima),
e a previsão de funcionamento está prevista para o segundo semestre desse ano. A meta para esse ano é lan-
çar a Pimenta Baniwa com pimenta produzida na EIBC.
Aluna da escola plantando pimenta na Escola Pamáali.
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AGENDA PAMÁALI 2012 Maio/2012
- Visita e Troca de experi-
encia na Escola Pamáali
com representantes das
etnias Xikrin e Krahô.
Junho/2012
- 08 – Encerramento
da primeira etapa
letiva.
Julho/2012
- Entre-etapa.
- Curso de Formação de
professores (Licenciaturas
da UFAM).
Agosto/2012
- Segunda semana, ini-
cio da segunda etapa
letiva.
Setembro/2012
- Semana da patria em
Macedônia/Rio Ayarí.
- Semanas de Oficinas
de formação.
ACONTECEU
Merenda e material escolar chega nas Escolas do Rio Içana, somente em maio, além de atrasado, incompleta.
A última vez que os alunos das escolas da região do Içana receberam merenda escolar, foi exatamente
um ano atrás. A remessa para o segundo semestre de 2011 não chegou. Apesar de a Secretaria de Edu-
cação pedir para os professores passarem lá para pegar a merenda no final do ano ou inicio de desde
ano, mas, não é a mesma coisa e não justifica o atraso e a não chegada nas escolas.
E Nesse ano parece que não sera diferente. As aulas na maioria das escolas iniciaram na primeira ou se-
gunda semana de março. Mas, a merenda e material chegaram apenas na segunda quinzena de maio.
E para completar, incompleta. Segundo os responsáveis, alguns itens não vieram porque os fornecedores
ainda não tinham entregado ainda para a secretaria, e que iriam ainda entregar. Na foto acima, barco
de entrega da merenda no porto da Escola Pamáali, no dia 23 de maio .
Fique sabendo…
Depois de formar a IV turma de ensino fundamental em 2009, a
escola Pamáali está se preparando para V Formatura, que acon-
tecerá no final deste ano. E desde que o ensino médio começou
a funcionar como Sala de Extensão da Escola Estadual Nossa Sen-
hora de Assunção em 2008, neste ano também será ano de
formatura da II turma. Mas, será a primeira vez que acontecerá
formatura de turmas de ensino fundamental e médio na EIBC. A
primeira turma de ensino médio, desceu para a sede (Assunção)
em 2010. para fazer a formatura.
O evento está previsto para final do ano, depois da Assembléia
Geral e Eletiva da Associação
do Conselho da Escola
Pamáali—ACEP, que qcontecerá na terceira etapa
letiva, nos meses de outubro a dezembro de 2012. A
data ainda será definida pela coordenação da escola
junto com a diretoria da ACEP para depois ser divulga-
da na próxima etapa letiva.
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Expediente:
Pitsiro Pamáali. |Edição e Design: Raimundo M. Benjamim | Textos: Raimundo M. Benjamim, Valdecir Miguel, Rosimere Lourenço, Josivaldo Paiva, Ismael Braga, Verônica Garcia, Auxiliadora Rivas, |Fotos: Adeilson Lopes/ISA, Elton José, Raimundo Benjamim, Juvêncio Cardoso, Francinaldo Farias, Laise Diniz/ISA|Revisão: Raimundo M. Benjamim, Juvêncio Cardoso, Cleunice Apolinário, Elton José da Silva e Francinaldo Farias.
Dia 19 de Abril foi comemorado na
Escola Pamáali. Alunos e professores
organizaram uma programação es-
pecial para comemorar o 19 de abril,
dia do Indio. Foram realizados jogos e
brincadeiras. A noite, as turmas
apresentaram números sobre assuntos
variados, como cantos e drama-
tizações.
Dia das Mães foi comemorado na
Escola Pamáali. O dia dedicado as
mães também foi um motivo que re-
uniu os alunos e professores da escola
para comemorar. Organizado pelos
alunos, a programação foi recheado
de apresentações de cantos e brin-
cadeiras.
Seminário de Avaliação do Curso
de Licenciatura Intercultural da
UFAM.
Professor Alfredo Brazão participou
do Seminário de Avaliação do
Curso Políticas Educacionais e
Desenvolvimento Sustentável, re-
alizado pela Universidade Federal
do Amazonas, nos dias 03 a 05 de
maio em Manaus
Laíse Diniz deu uma palestra aos
alunos do ensino médio da EIBC
sobre “Relações e Trajetórias de
jovens Baniwa da Escola
Pamáali”. Tema de dissertação
de Mestrado em Antropologia
Social pela Universidade Federal
do Amazonas—UFAM, a pesquisa
envolveu alguns ex-alunos da es-
cola Pamáali, que buscou
conhecer as histórias de trajetórias
e relações desses jovens antes e
depois de vida escolar na EIBC.
A pesquisa procurou conhecer e
entender as fases da juventude
na cultura Baniwa. Passando por
como a escola é entendido pelos
pais e para a sociedade Baniwa.
ACONTECEU
Equipe de Saúde do Pólo Base de Tucumã realizaram atendimento na EIBC. Durante a primeira etapa letiva a escola
recebeu duas vezes a equipe de saúde do Pólo Base Tucumã. Nas visitas de atendimento, a equipe deu palestra aos
alunos e professores sobre os cuidados necessarios à saúde.
Durante a primeira etapa letiva, foram realizadas várias atividades como: pesquisas, aulas, seminários e atividades de campo.
Todas elas com objetivos voltados para a formação dos jovens Baniwa e Coripaco que estudam na Escola Pamáali.
© ELTON JOSÉ © RAIMUNDO BENJAMIM
Escola Pamáali: Uma educação que se consolida na prática, aberta à construção do próprio modelo educativo, incen-
tivando os alunos a avaliar criticamente o que está sendo ensinado e a participar ativa e continuamente da escola, preparan-
do e capacitando profissionalmente nossos jovens alunos para viver as questões importantes do presente, confirmando,
entretanto, o valor do passado e a história do nosso povo.
Banda Pamáali foi formada na primeira
etapa letiva. Coordenado pelo Elton
José, o grupo é formado por alunos da
escola. As primeiras musicas já foram
apresentadas no encerramento da
primeira etapa letiva.