ANOXIII -Nº3.308-R$ 1,00 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeiro de2018

Temporal em meio à seca

A chuva forte do último sábado, com direito agranizo em vários bairros da cidade, provocouenchente em diversas ruas, derrubou árvores edestelhou várias casas. A cobertura de um shop-

ping também foi danificada. População pedeapoio da prefeitura. É gente que perdeu roupas eaté mantimentos. Defesa Civil ainda faz balançodos estragos. PÁGINA 4

PALIATIVO-Com transferências e altasmédicas, pronto-socorro voltou a abrir,mas problemas estruturais continuam, segundo pacientes

COBRANÇA–Moradores cobramda prefeitura soluções para enchentes constantes

Funorte ofereceestágio de fériasno Mário Ribeiro

Objetivo do “Projeto de Verão” é ampliar os co-nhecimentos práticos dos estudantes da área desaúde. A duração é de um mês e o calendário vaiaté 20 de fevereiro. Interessados devem procurarNúcleo de Extensão. PÁGINA 9

A bola começa a rolar pra valer amanhã peloCampeonato Mineiro. Técnicos de Atlético, Cru-zeiro e América entram em campo de olho naconquista da cobiçada taça. Doze clubes estãona disputa. PÁGINA 10

Um dos diretores da instituição que coordena omaior pronto-socorro da região Norte de Minasnão descarta a possibilidade de novamente fechar

as portas, caso um novo quadro de superlotação serepita, como ocorreu na última sexta-feira. Ontem,o número de pessoas internadas no setor de urgên-

cia caiu para 38, após transferência de pacientes pa-ra outras unidades. Prefeitura acusa hospital de“transferir a responsabilidade”. PÁGINA 3

Calendário de corridas para 2018 talvez seja omais apertado dos últimos 10 anos, o que preo-cupa o presidente da Associação dos Corredoresdo Norte de Minas. PÁGINA 11

Comandantes embusca de títuloinédito no Estadual

Sem garantia de socorrode urgência na Santa CasaMÁRCIA VIEIRA

Competições alémda conta na cidade

CRISTINE ANTONINI

Assinaturas, publicidade e Serviço de Atendimento ao Cliente: (38) 98838 8075 - 3221 7215

DIVULGAÇÃO

PÁGINA 6

A artecontemporânea

de Iuri Sarmentoé destaque

CULTURA

LAVA JATOO presidente da ADPF diz entender a crise, masindaga: “O combate à corrupção é prioridade ounão? A PF é um investimento que dá muito retor-no ao país – vide a Lava Jato e outras grandesoperações”. O último concurso para delegados daPF foi realizado em 2012.

LACUNANa Polícia Rodoviária Federal (PRF) o cenário é omesmo: vários servidores se aposentaram nos últi-mos quatro anos, deixando uma lacuna de quase 3mil vagas em aberto. A Federação Nacional dos Po-liciais Rodoviários Federais (FenaPRF) já apresen-tou aoMinistério do Planejamento estudos que co-locam como ideal o efetivo de 15.605 policiais nasruas. Atualmente, a corporação conta com 10320agentes – abaixo do efetivo legal, de 13.098.

ENCRENCADOSAntes da votação da reforma da Previdência, pre-vista para o dia 19 de fevereiro, a Câmara dosDeputados irá definir o futuro político dos depu-tados presidiários Celso Jacob (PMDB-RJ), PauloMaluf (PP-SP) e de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA),irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, tam-bém preso.

CASSAÇÃOOrientado pela assessoria jurídica, o presidenteda Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), irá questio-nar a determinação do STF de afastamento (nocaso Lúcio Vieira) e de perda de mandato de Ma-

luf. O democrata reafirma posição de que cabe àCasa deliberar sobre a perda de mandato de parla-mentares. As cassações do ex-governador e ex-pre-feito de São Paulo e de Celso Jacob já estão seladas.Nenhum deputado está disposto a salvar os colegasencarcerados por corrupção em ano eleitoral.

DÉJÀ-VUEm 2014, a Câmara cassou por 467 votos (do totalde 513) o mandato do deputado Natan Donadon –condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supre-mo Tribunal Federal (STF).

VOLTANo Senado, fala-se nos bastidores que Renan Calhei-ros (PMDB-AL) iniciou as articulações para voltar acomandar a Casa em 2019. Tem o aval da oposiçãopelos constantes ataques ao governo de Michel Te-mer e apoio aberto ao ex-presidente Lula.

COMO ASSIM?A Coluna conseguiu, com nome e e-mail inexisten-tes, assinar o manifesto “Eleição sem Lula é frau-de”. Não há qualquer tipo de verificação. Até a tar-de de ontem, erammais de 178 mil assinaturas, massabe-se lá quantas, de fato, verdadeiras.

VAQUINHANomes como o de Cristina Kirschner e José Mujicaaparecem entre os que apoiam o manifesto. Assimque o nome é inserido, o partido faz dois pedidos:dinheiro para a “vaquinha” e compartilhamentonas redes sociais.

As moscas volantes não gozam da popularidade detranstornos visuais comomiopia, astigmatismo, pres-biopia, conjuntivite, ceratocone, catarata ou glauco-ma,mas também é sintoma de doença do olho, carac-terizado pela presença de incômodas falhas nas ima-gens, dando a impressão de verdadeiros bichos voa-dores, que, de fato não existem. A pessoa que sofre oproblema chega a abanar as fantasmagóricas visões,tentando em vão livrar-se delas. Nem se lembra dequando surgiram, mas estão perturbando, e se am-pliando. Podem acontecer num só olho ou em am-bos, sendo mais frequentes após os 45 anos, e tão co-muns que se chegam a banalizá-las, numa buscaconstante pela habituação, já que se livrar delas é im-possível. Quando perguntado, o paciente dirá que avisão está ruim. A menos que aconteça uma piorasúbita e rápida, os oftalmologistas não se impressio-nam com a queixa, que, na idade que surge, vem re-cheada de outros problemas, como necessidade deóculos para leitura, olhos secos, além da catarata,quando a idade avançamais.Essas imagens podem ter vários formatos, como

pontos pretos, manchas escuras arredondadas oucompridas e acompanham a mudança de direçãodo olhar, indo de um lado para outro, ora subindo,ora descendo. Podem adquirir a aparência de umaampla cortina tipo teia de aranha, algo sujo, impe-dindo de ver a imagem corretamente, com falhasno campo visual, e uma urgência em limpar o am-biente. Fixar os olhos sobre uma parede dará desta-que ao problema, definindo-se melhor o número,tamanho e desconforto causado pelas moscas vo-lantes. O incômodo é mais acentuado durante a lei-tura, pois elas ficam na frente das letras, estandona verdade dentro do olho. Com o tempo, a vítimahabitua-se e consegue não vê-las, dando a impres-são de que reduziram a quantidade, até quandovem outra piora.De acordo com especialistas, o humor vítreo é um

fluído gelatinoso que preenche a estrutura do globoocular e que vai se contraindo com a idade, afastan-do-se da região posterior em alguns pontos. Ele estácolado à retina, estrutura delicada onde se forma aimagem. Com o tempo esse vítreo vai se afastando,

e, quando solto, forma dobras e sombras que cau-sam as imagens perturbadoras, na verdade, umacondensação de proteínas que ficam flutuando den-tro do líquido.Durante o processo de descolamento do vítreo, po-

dem ocorrer imagens nas laterais do campo visual,que sugerem raios ou flashes de luz, bastante descon-fortáveis. Quando isso ocorre, é preciso verificar senão está havendo um descolamento e rasgos da pró-pria retina, situação grave, que exige cirurgia. Paradiagnóstico, são feitos exames de fundo de olho, ul-trassom e tomografia da retina. Afastado o problemamais sério, é não prestar atenção às imagens, tentan-do fingir que elas não existem.Não adianta mudar os óculos, não há cirurgia nem

remédios e nemdietas. A passagemdasmoscas sobrea linha de visão bloqueia a luz, afetando a formaçãoda imagem, pois causa sombras na retina. Sem ras-gos na retina, não é necessário tratamento, mas seacontecerem poderá ser feita cirurgia com Laser deArgônio ou Crioterapia para evitar o descolamentototal da retina, o que causa cegueira.

COLUNA ESPLANADA

ARTIGO

Baixoefetivo

Moscasvolantes

Preocupante o posicionamento de um diretorda Santa Casa afirmando que a instituição vaifechar as portas novamente caso a situação desuperlotação do setor de urgência e emergênciada unidade se repetir.Devemos lembrar que estamos falando de um

hospital que é a referência no serviço ambulato-rial não só para a cidade, mas também para 86municípios mineiros e mais alguns do Sul daBahia. Qualquer decisão que seja tomada esta-mos falando de centenas de milhares de pes-soas impactadas.Esse, definitivamente, não é o modo mais ade-

quado de se resolver a questão da superlotação.Se a Santa Casa está com problemas para geren-ciar o atendimento ou suprir a demanda, que pro-cure os órgãos responsáveis e busque a solução.Em outras ocasiões,

os diretores da SantaCasa mostraram bas-tante proximidadecom a atual gestão daprefeitura da cidade,que também deveriaestar mais interessadaem buscar uma solu-ção, afinal, é a popula-ção da cidade que for-ma a maior parte dospacientes. O municí-pio foi procurado pa-ra tentar encontrarum caminho? Se foi, deu alguma sugestão?Mesmo que seja uma forma de chamar a aten-

ção para o problema, esse destaque nunca deveser feito às custas de prejuízo justamente paraquem não tem nada a ver com questões de gestãoe política: o morador da cidade e do Norte de Mi-nas. E muitos foram prejudicados com o fecha-mento, mesmo que momentâneo, do hospital. Equem vai compensar esse prejuízo?Esse é mais um exemplo de que a população

não é a prioridade atualmente na cidade.

EDITORIALreportagem@colunaesplanada.com.br

Opinião

Se a Santa Casaestá com problemaspara gerenciar oatendimento ousuprir a demanda,que procure osórgãos responsáveise busque a solução

LEANDRO MAZZINI

A Polícia Federal está enfrentando “um problema sério” de efetivo com mais de 600 cargos de delega-dos vagos. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal(ADPF), Edvandir Felix de Paiva. À Coluna, ele lembra que, em 2015, havia a expectativa da realizaçãode concurso para 491 delegados para repor os quadros abertos por aposentadorias e exonerações. “A PFestá minguando aos poucos assim”, afirma. Segundo Paiva, o efetivo para cobrir todas as atribuições daPF no Brasil inteiro está cada dia “mais curto” e preocupa a falta de perspectiva em relação à realizaçãode concurso para reforçar a corporação.

Povoàmercê

Jornalista e médica

ComWalmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

Mara Narciso

DEMINAS

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2 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeirode2018 onorte.net

PRETO NOBRANCO

PS da Santa Casapode fechar de novo

Saúde para a Saúde

Márcia Vieira

Repórter

Principal prontoatendimento do NortedeMinas, a Santa CasadeMontes Claros pode-rá fechar as portas no-vamente para a popu-lação, sem aviso pré-vio, caso a situação desuperlotação ocorridana última sexta-feirase repita. A informa-ção foi dada pelo Dire-tor de Negócios da ins-tituição, Hugo Soares,ao ser abordado on-tem na porta do hospi-tal pela reportagem deONORTE.Ontem o setor de ur-

gência estava com 36pessoas internadas,bem menos que as 58damanhã de sexta-fei-ra, o que teria motiva-do o acionamento doPlano de Contingên-cia e a suspensão doatendimento.“Não tínhamos leitos

para atender a todos.Se ultrapassarmos no-vamente o número(36), vamos acionar oplano para que as auto-ridades responsáveistomem providência”,afirmou Soares.Segundo a assessoria

de imprensa da SantaCasa, no domingo vá-rios pacientes foramtransferidos para ou-tras unidades hospita-lares da região a fim dedesocupar o espaço epermitir a retomadado serviço.“Tivemos nove

transferências paraos Hospitais Univer-sitário, Dílson Godi-nho e Aroldo Touri-

nho, 13 altas e estamoscom 36 pacientes”, in-formou a assessoria.O alívio momentâ-

neo, no entanto, nãosignificou melhora noatendimento. Váriaspessoas que procura-ram o ambulatório dainstituição ontem en-frentaram problemas.A estudante Bruna Al-

ves da Silva, de BrasíliadeMinas, buscou atendi-mento para o sobrinho,de três anos, que engoliuuma moeda. Chegou aohospital por volta das 3hda madrugada e até às14h ainda aguardava poruma vaga. “Ele está semcomer e sem beber águadesde ontem. Por sercriança, disseram que épreciso sala especial e te-mos ainda que esperarsurgir uma vaga no blo-co cirúrgico”, lamentou.Fidelcino Santos veio

de Porteirinha paraacompanhar o tio, que so-freu uma queda. O pa-ciente foi colocado nu-ma maca no corredor,onde permaneceu portrês dias, segundo ele, esó ontem recebeu o diag-nóstico. “Falaram que eletem que usar um colete,mas a moça ligou paraPorteirinha e lá não tem.É preciso tirar medida emandar fazer. Até agoranão falaram comigo oque vai acontecer”.Luana de Jesus, mora-

dora doBairro Cidade In-dustrial, procurou a San-ta Casa com suspeita depedra nos rins. Contaque foi levada até umasala e lá permaneceu pormais de 40 minutosaguardando atendimen-to. “O médico me deixou

sentada lá, gritando, e sóme atendeu porque che-gou alguém da diretoriae me perguntou o que eutinha. Ele só apertou mi-nha barriga, passou ummonte de exames, e ago-ra vou ter que ir ao PSFdomeu bairro pra tentarmarcar um exame quenão sai com menos deseis ou oito meses. O re-médio que ele me deu eupoderia ter tomado emcasamesmo”, reclamou.

COBRANÇA

Durante o fim de sema-na, o fechamento dopronto socorro da Santa

Casa foi o assunto maiscomentado nas redes so-ciais entre os moradoresda cidade. A populaçãocobrou solução da direto-ria do hospital e do pre-feito Humberto Souto,que está de férias.A assessoria de comu-

nicação da prefeituraemitiu apenas uma no-ta dizendo que “sobroumais uma vez para aprefeitura a responsabi-lidade de atender à po-pulação”, e informouque algumas unidadesde saúde e o Hospital Al-pheu de Quadros esta-riam de prontidão.

Montes Claros

Jornalista, articulista, analista político e empresarial

RETOMADA-Ontem, as pessoas estavam sendo atendidas,masmuitas reclamaramda demora

Diretor da instituição diz que plano de contingência seráimplantado sempre que limite de atendimento for atingido

Os últimos acontecimentos no setor desaúde em Montes Claros, a exemplo de aten-dimentos nos pronto-socorros, falta de lei-tos em CTIs e outros, é um problema históri-co, cuja maioria dos protagonistas levaramo assunto para a exploração política e o in-teresse pessoal. Os principais problemas eautores foram revelados e denunciadosanos atrás e por conveniência, mudaram oenredo, transformando vítimas em vilões.Hoje, muitos dos que ignoraram erros prati-cados pelos hospitais saíram de cena eagem como se tudo estivesse normal.

Vagas existemEstamos assistindo fatos na área da saú-

de que, simplesmente, não encontro explica-ções. Agora por exemplo, vários pacientesestão sendo obrigados a retornarem paracasa, sobre a alegação de que não existemvagas. A informação que recebemos é quevagas existem, mais hospitais não encami-nham, por exemplo, para o Hospital das Clí-nicas que conta com 30 leitos a disposiçãodo SUS e de sexta-feira até ontem (15), sócontava com 3 leitos ocupados. Este assun-to será levantado da tribuna da Câmara Mu-nicipal pelo vereador Idelfonso que faz par-te da Comissão de Saúde daquela Casa.

Morte anunciadaOs constantes acidentes verificados na

BR-251, grande parte com vítimas fatais, aexemplo do que ocorreu neste final de se-mana, não é nenhuma novidade diante dodescaso da própria classe política. Na práti-ca, dos deputados federais que se intitu-lam representante do Norte de Minas esta-mos assistindo apenas a deputada federalRaquel Muniz (PSD) assumindo de fato abandeira de cobrança com pedido não sóda melhoria do piso, como também da du-plicação e melhoria pelo menos nos tre-chos mais críticos. Não basta e não justifi-ca manifestar em favor das melhorias ape-nas no discurso.

Ano atípicoEm ano de eleições, se por um lado existe

a expectativa de que o Governo abre os co-fres para tentar a reeleição, ou eleger seusucessor, também é fato de que muitas ma-térias importantes deixam de serem vota-das, seja por falta de tempo ou por enten-der que poderá prejudicar a reeleição dosparlamentares. Este ano não será diferente.Tanto a Assembleia Legislativa, quanto a Câ-mara Federal e Senado, vão concentrar to-das as votações neste primeiro semestre. Éque o segundo semestre será dedicado aseleições de outubro.

Desenho PolíticoBaseado na entrevista do senador Aécio

Neves, concedida a rádio da capital, nestefinal de semana, onde afirma que será can-didato a reeleição, é possível afirmar queo processo começa a ser definido, dentrodo principal grupo de oposição no Estado.Um ponto importante na entrevista é a deque o candidato ao Governo de Minas sai-rá de entendimento, mas que existe umconsenso em torno do nome do senadorAntônio Anastásia.

Problemas nas gestões do provedor Eli Penido e dosuperintendente Maurício Sérgio de Souza

Junho de 2015 – Máfia das Próteses – Médicos eintegrantes da diretoria da Santa Casa sãosuspeitos de participar de um esquema queindicava a compra de próteses pelo SUS, mas queeram usadas em clínicas particulares. A prática foialvo da Polícia Federal em uma operação em 2015.Vários médicos e funcionários de empresas queforneciam as próteses foram presos, mas aindanão houve julgamento da ação

Junho de 2016 – Suspensão de Planos de Saúde –A Agência Nacional de Saúde Suplementarsuspendeu a comercialização de novos planos doSaúde Santa Casa Família, por causa deirregularidades e reclamações feitas por clientesquanto ao descumprimento dos prazos máximospara realização de consultas, exames e cirurgiasou negativa de cobertura assistencial.

Janeiro de 2017 – Exclusividade no trabalho dosmédicos – Parecer do Conselho Regional deMedicina de Minas Gerais considerouinconstitucional medida da Santa Casa de MontesClaros, de obrigar os médicos admitidos no corpoclínico a assinar contrato de exclusividade. Para oCRM-MG, medida era “incompatível com oexercício da profissão”.

Aldeci Xavieraldecixavier@gmail.com

SAIBA MAIS

Santa Casa de polêmicas

MÁRCIA VIEIRA

onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeirode2018 3

PLENARINHO

5 horas da manhã. Madrugada com ventosfrios e o silenciosos será quebrada. A 90 qui-lômetro de Montes Claros eis que surge umacarreta e invade a pista contrária e vai deencontro a outra carreta. A batida, envolveusete veículos, aconteceu na BR-251, próximoao povoado de Bocaina, que pertence ao mu-nicípio de Grão Mogol. A suspeita da PolíciaRodoviária Federal (PRF) é que a carreta, quecarregava outro caminhão, perdeu o contro-le, colidiu com outras duas carretas, um mi-cro-ônibus, um ônibus e uma van. Uma carre-ta que transportava papel pegou fogo.

Como encontrar culpado?A questão principal é como encontrar o

culpado, ou os culpados, por mais uma tra-gédia que marca a vida de famílias que via-javam para o nordeste com o objetivo depassar férias junto aos familiares e que nun-ca mais serão vistos. Como vem se tornan-do rotina o transporte público, sem a devi-da estrutura, vai se tornando clandestinocada vez mais e em muitas vezes funcionaem mãos despreparadas e sem noção desuas responsabilidades. São vans que reali-zam viagens na “calada da noite”, sem segu-ro e nada mais. Quais são os culpados? Oscarreteiros? Os motoristas de ônibus e vansque cortam as nossas estradas. Mais umatragédia que fica sem apuração, e que ochoro e a dor das perdas duram apenas atéo outro dia. Nas semana que vem tem mais.Até quando?

Santa CasaA sociedade montes-clarense e norte-mi-

neira foi apanhada de surpresa com o anun-cio do fechamento do Pronto Socorro daSanta Casa de Misericórdia que, definitiva-mente, mostra as vísceras de sua estruturae de funcionamento. Usada politicamentecomo “pano de fundo” em eleições, ela ago-ra agoniza e muitas questões serão cobra-das daqui para frente.

Santa Casa IIAliás, menos de 24 horas depois de anun-

ciar o fechamento por falta de vagas e dei-xando centenas de pessoas em frente aosportões fechados, a Santa Casa, que haviacomunicado que “não havia mais leitos”nem material para atender a população, fezaparecer de repente leitos, médicos, enfer-meiros e técnicos para atender as vítimasdo acidente. É preciso registrar que aquelainstituição recebe recursos mensais por fa-zer parte da REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊN-CIA. Só que para isso é preciso atender 24horas as vítimas de acidentes. Com o graveacidente ocorrido e que provocou 13 mortese outros 39 feridos, a estrutura foi colocadaem prática. Estranho!

GranizoA cidade praticamente parou com as chu-

vas que caíram na tarde de sábado passado,inclusive com direito a granizo. Com córre-gos e rios transbordando e invadindo Mon-tes Claros, registra-se que a tímida DefesaCivil demorou para agir. É preciso inclusiveuma nota oficial para explicar em detalhesos reflexos da tempestade e as providênciaque foram e serão tomadas.

Tem culpado?

Jornalista, radialista, psicólogo e professor

universitário

Moradores aindacontam o prejuízo

Artur Leitejorarturleite@gmail.com

Depois da chuva de sábado, população ainda contabilizaos estragos e pede soluções contra alagamentos

Cidade

ENCHENTE–Emalgumas partes da cidade o trânsito ficou impedido

A chuva que caiu emMontes Claros no últi-mo sábado provocouvários estragos. Em al-guns bairros, o granizodanificou telhados, in-cluindo a cobertura deum shopping. O Corpode Bombeiros regis-trou cerca de 25 ocor-rências de inundaçõese duas quedas de árvo-res. Na avenida Vicen-te Guimarães pedes-tres e veículos ficaramimpossibilitados deatravessar.Os bairrosmais afeta-

dos foram Maracanã,Vila Greice, São Judas,Ciro dos Anjos e Cane-las, onde, de acordocom a moradora Ma-ria Alice de oliveira, jáforam três inunda-ções. Desta vez ela per-deu colchões, roupas emantimentos.“A última vez que is-

so aconteceu foi há cin-co anos e teve ajuda daprefeitura, que entre-gou colchões e chamouo Exército para ajudar.Dessa vez não recebe-mos nem um auxílio”,relataMaria.A dona de casa Vera

Lima mora no bairroVargem Grande e dizter ficado assustada.“Foi horrível. O córre-

go encheu e invadiu ascasas. Várias pessoasperderam tudo. O quemaisme comoveu foi ocaso de uma idosa queperdeu tudo”, diz Vera.A forte chuva coinci-

diu com o início do pro-cesso de indução de nu-vens carregadas para pro-vocar precipitações artifi-ciais na região da Barra-gem de Juramento. A Co-

pasa informou que os tra-balhos contratados paraindução de chuvas são de-senvolvidos apenas na re-gião da bacia hidrográfi-ca da barragem, com-

preendendo os municí-pios de Juramento eGlaucilândia, não tendoqualquer interferênciacom as chuvas ocorridasemMontes Claros.A Companhia ainda co-

municou que o abasteci-mento de água na cidadecontinua sendo feito nor-malmente, conforme ta-bela de rodízio. A barra-gem de Juramento atual-mente está com21,55% doseu volume.Até o fechamentoda edi-

ção aDefesa Civil deMon-tes Claros ainda não ti-nha fechado o balanço so-bre os estragos provoca-dos pela chuvanomunicí-pio e zona rural.

(*) Texto produzido pelo

estagiário Vitor Costa, sob

supervisão do editor.

5Atrás, forte chuva também causou

estragos. Na ocasião, doações foramfeitas e Exército foi acionado.

anos

Cristine Antonini

Repórter

Treze pessoas morre-ram e mais 39 ficaramferidas num grave aci-dente na BR-251 na ma-nhã do último sábado.Um dos sobreviventesda tragédia, o motoristado caminhão que leva-va outro veículo, DanielAlves da Silva conta co-mo o acidente aconte-ceu. Ele é suspeito de terocasionado a batidaqueenvolveuoutros cin-coveículos.“Não foi minha culpa.

Estava indo a cerca de80km quando uma car-reta branca veiona con-tramão, tentei desviar,

mas não consegui. Saí docinto de segurança, tenteitirar meu amigo (que ain-da estava vivo) que nãousava o cinto, mas nãoconsegui. Saí do cami-nhão me arrastando pelaestrada pedindo socorro”,dizDanielAlves.O passageiro que seguia

viagem com Daniel era odono do caminhão e vizi-nho dele. Adilson MolinaBordu morreu carboniza-do, juntamente com a fi-lha, após o caminhão pe-gar fogo.Há dez anos, Daniel tra-

balha como motorista deveículos pesados. Desem-pregado, receberia R$200 para fazer a viagemde 35 horas.

“Saí de Recife às 12h, pa-ramos às 15h para descan-sarpor trêshoras; às2hpa-ramos para lanchar e ‘cor-tei direto’”.

APRFaindaapuraas cau-sas do acidente. Daniel Al-ves da Silva permanece in-ternadonohospitalUniver-sitárioClemente deFaria.

Motorista se defende

UMAVERSÃO–Motorista relata acidente na 251

MÁRCIA VIEIRA

4 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15 e 16de janeirode2018 onorte.net

CONVERSAINTELIGENTE

O primeiro método para estimar ainteligência de um governante é olharpara os homens que tem à sua volta.Maquiavel

PENSANDO...

A “continuada divulgação” de bons indicado-res da economia mostrará à população que orebaixamento da nota de crédito soberano doBrasil pela agência de classificação de riscoStandard & Poor’s (S&P) não afeta o crescimen-to econômico, afirmou neste sábado o ministroda Fazenda, Henrique Meirelles. O ministro esti-ma que serão criadas cerca de 2,5 milhões devagas de emprego formal ao longo de 2018, con-forme os registro do Caged.

Horas extrasNa ausência da apresentação de cartões de

ponto, a prova oral deve servir para embasarcasos nos quais se discute o pagamento por ho-ras extras. Com esse entendimento, a 9ª Turmado Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região(TRT-MG) acolheu recurso de uma empresa eafastou condenação de pagar horas extras.

Meu candidatoO empresário Jorge Paulo Lemann, dono da

Ambev e homem mais rico do Brasil, que apoiouomovimento Vem pra Rua, agora estimula a can-didatura de Luciano Huck, da Globo.

Pente-finoPara evitar fraudes no pagamento em benefí-

cios como o acúmulo indevido de auxílios, pen-sões e aposentadorias, o Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) vai reforçar as fiscalizaçõesem 2018. Até 30 de janeiro, será elaborado umplano de ação com metas, prazos e medidas pa-ra evitar as irregularidades.

Xadrez políticoAumentam os rumores de que o governador

Fernando Pimentel (PT) poderá sair candidatoao Senado e a esposa, a jornalista Carolina deOliveira, disputaria uma vaga na Câmara Fede-ral. O problema é o receio de Pimentel em deixaro governo nas mãos do vice-governador Antô-nio Andrade (MDB) – seu desafeto político. Tudovai depender agora do humor das pesquisas, se-gundo políticos ligados ao governador. Ou seja,tudo pode acontecer, inclusive nada.

Haja impostosEm 2017, os brasileiros tiveram que trabalhar

153 dias apenas para pagar impostos. Segundoestimativa da Associação Comercial de São Pau-lo (ACSP), com a marca recorde de R$ 2,172trilhões, sendo o ano que em tributos mais exi-giu do trabalhador.

Otimismo

Apresentador de TV e observador da cena política

Will Nuneswillnunesjornalonorte@gmail.com

Cidades terão contaem cooperativasA partir de agora, municípios de todo o país poderão abrirconta nessas instituições financeiras

Minas do Norte

Filipe Motta

Do Hoje em Dia

As prefeituras pas-sam a contar, a partirdeste mês, com a pos-sibilidade de abertu-ra de contas em coo-perativas financeiras.A Lei Complementar161/2018, que regula-menta operações en-volvendo municípiose essas instituições,foi sancionada pelaPresidência da Repú-blica após quase oitoanos de discussão noCongresso e de pres-são dos prefeitos so-bre os deputados.O argumento da no-

va legislação é o deque a medida facilita-rá a gestão financeirade municípios ondenão há agências daCaixa Econômica Fe-deral e do Banco doBrasil – nas quais, atéentão, as prefeituraseram obrigadas a rea-lizar a quase totalida-de das suas operaçõesbancárias. Dos 853municípios minei-ros, 345 não possuemnenhuma agência eem 154, as cooperati-vas financeiras são a

única opção bancária,apontam dados do Si-coob Credicom.

FACILIDADE

O prefeito de Moema,Julvan Lacerda (PMDB),presidente na Associa-ção Mineira de Municí-pios, exemplifica. “Nomeu caso, as agênciasdos bancos oficiais es-tão em Bom Despacho(a 25km de distância),enquanto a cooperativade crédito da cidade éem frente a prefeitura.A lei fortalece uma ins-tituição local e aindapode diminuir o custo

de operações bancá-rias”, afirma, se refe-rindo às taxas meno-res normalmente co-bradas por esse mode-lo de instituição.Além disso, os prefei-

tos avaliam que a leifortalecerá as coopera-tivas – na maior partedas vezes constituídaspor empresários lo-cais – que ganharãolastro girando recur-sos das pequenas pre-feitura, ainda que, nototal, as cifras não se-jam muito grandes.Somente os chamados

recursos “não carimba-

dos”, como a arrecada-ção de IPTU, IPVA e ISSpoderão passar pelas coo-perativas. A lei tambémestabelece um limite decirculação de até R$ 250mil de uma prefeituranas contas de cada coope-rativa. Para valores supe-riores será preciso autori-zação do ConselhoMone-tário Nacional (CMN).

VANTAGEM

Autor do projeto delei complementar, o de-putado federal Domin-gos Sávio (PSDB-MG)também defende a cir-culação dos recursosda prefeitura em insti-tuições locais. Na suaavaliação, as cooperati-vas atuarão mais comobancos de suporte, semque Caixa e Banco doBrasil percam comple-tamente o vínculo comas administrações.“As cooperativas ga-

nham força para finan-ciar projetos no mesmomunicípio. Será peque-na a perda de movimen-tações para a Caixa e oBanco do Brasil, quecontinuarão a ser ca-nais das transferênciasda União e do governodo Estado”, diz.

em minas gerais possuemsó a cooperativa de crédito como

única opção de atendimento,segundo o sicoob

154municípios

PequenascidadesagradecemMinas Gerais conta

hoje com 187 cooperati-vas de crédito operan-do em 438 municípios(51% do total), com 723postos de atendimento.“No Brasil, 564 municí-pios só têm cooperati-va de crédito, sem ne-nhuma agência bancá-ria”, diz Ronaldo Scuca-to, presidente do Sindi-cato e Organização dasCooperativas de Minas(SistemaOcemg).“O principal impacto

da lei seráparaosmuni-cípios pequenos. Em al-gunsháproblema inclu-

sivenopagamentode salá-riosdos servidores, por fal-ta de agência”, afirma ocoordenador do curso deCiências Econômicas doIbmec,Márcio Salvato.

RESISTÊNCIA

A aprovação do projetode lei complementar,que permite a movimen-tação financeira das pre-feituras em cooperativas,foi tema de resistênciada área econômica do go-verno, incluindo ominis-tro da Fazenda, Henri-que Meirelles, além deter sido alvo de críticas

dos grandes bancos. Daío estabelecimento de li-mites para a movimenta-ção de recursos. Um fun-do garantidor nacionalassegurará também asprefeituras contra even-tuais “quebras” dessascooperativas. Além disso,o Banco Central deve de-finir, a partir de agora,novas informações queas cooperativas deverãooferecer para a seguran-ça das operações.

MENOS AGÊNCIAS

A médio prazo, MárcioSalvato avalia que den-

tre as consequências damedida pode estar a re-dução do número deagências da Caixa e doBanco do Brasil em cida-des onde o custo opera-cional para o seu funcio-namento é elevado, o re-torno é baixo, mas exis-tem cooperativas.“Não vale a pena para

eles ter agência nesses lu-gares somente por contadas movimentações dasprefeituras. Com a possi-bilidade de as cooperati-vas assumirem parte dasoperações pode haver fe-chamentos”, disse.

onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeirode2018 5

RAQUELMUNIZ

De Montes Clarospara o mundoDividido em três cidades, artista plástico Iuri Sarmento sedestaca no cenário da arte contemporânea

Cultura

Cerca de 46 mil crianças e adolescentes. Esseé o número atual de brasileiros que vivem emabrigos. Desses, 7,4 mil estão aptos para seremadotados. No entanto, quase 38 mil pessoasaguardam na fila nacional de candidatos apais adotivos. Para corrigir lacunas deixadaspela Lei da Adoção, sancionada em 2009, o en-tão Ministério da Justiça e Cidadania (hoje Mi-nistério da Justiça e Segurança Pública) lan-çou, em 2016, uma consulta pública com pro-postas para alterá-la.

As sugestões alteraram o Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA) e mudaram as re-gras do processo de adoção. A Lei13.509/2017, sancionada em novembro de2017 trouxe celeridade aos procedimentos edesburocratizou as estratégias que assegu-ram direito ao convívio familiar.

A nova lei, que tem origem no Projeto de Leida Câmara (PLC) 101/2017 e já está em vigordesde o ano passado, traz mudanças importan-tes como preferência na fila de adoção parainteressados em adotar grupos de irmãos oucrianças. Também passa a ter prioridade quemquiser adotar adolescentes com deficiência,doença crônica ou necessidades específicas desaúde. Essa medida foi incluída no Estatuto daCriança e do Adolescente (ECA).

Além disso, o texto prevê a estabilidade deemprego ao adotante por cinco meses depoisda concessão da guarda, licença-maternidadepara quem adota, independentemente da ida-de da criança, diferente da atual legislaçãoatual que limita a concessão do benefício amães de crianças com até 12 anos.

Para se ter ideia da lentidão do processo deadoção antes da nova lei, em 2016 foram adota-das 1.226 crianças e adolescentes em todo oPaís por meio do Cadastro Nacional de Ado-ção, coordenado pela Corregedoria do Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ). Os estados commaior número de adoções foram Paraná, SãoPaulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e MinasGerais. Esses dados retratam que o Brasil estámuito aquém do ideal nessa temática, pois ape-nas 18% desse público conseguiu sair dos abri-gos e ter um lar.

No caso do nosso estado, a aprovação da no-va Lei da Adoção se justifica porque, de acordocom a Coordenadoria da Infância e da Juventu-de do Tribunal de Justiça do Estado de MinasGerais, 587 crianças e adolescentes aguardampela adoção, sendo 71 delas em Belo Horizonte.

Apesar de os abrigos serem um apoio impor-tante para essa parcela da população, não énada fácil viver nesses lugares. Por mais queos funcionários e monitores sejam compreen-sivos e amorosos, nada substitui o afago deum pai, uma mãe e de uma família. Muitashistórias são realmente dramáticas e, paraum grupo considerável, esperança e motiva-ção são atributos encontrados apenas nashistórias dos livros.

Estou certa de que esse novo instrumentolegal não somente dinamizará os trâmites,mas também trará mais alegria e alento a es-sa meninada.

Mais do que receber uma criança ou umadolescente no seio da família, é preciso terem mente que adotar é uma atitude tão no-bre que só pode ser praticada por pessoascorajosas, que ousam amar incondicional-mente, pois o amor não está ligado ao san-gue, e sim ao coração.

Adotar, portanto, é um grande gesto de amor!

Nova Lei da Adoção: umanova chance para o amor

FOCO– Iuri Sarmentopassou por Salvador e hoje vive e trabalha emSãoPaulo

Deputada Federal

“Estou relendo olivro “ArteModerna” deGiulio CarloArgan. Minhaplay list é bemvariada, amomúsica popularbrasileira”

“O que sinto éque tenho aindamuito queaprender edesenvolver omeu trabalho,viver é sempreestaraprendendo.Estou sócomeçando.Muitas águasvão rolar”

SIDNEY ROCHARTE

Adriana Queiroz

Iuri Sarmento ini-ciou sua carreira nasartes plásticas aos 23anos, em Belo Hori-zonte, onde se formoupela Escola de ArtesGuignard. O norte-mi-neiro se especializouem pintura contempo-rânea, história da artee técnicas em gravu-ras, além de vários cur-sos complementares.Iuri tem obras em di-

versas coleções impor-tantes e acervos demu-seus. Ele possui ainda,clientes espalhados pe-los quatro cantos domundo. Em entrevistaa O NORTE, ele fala so-bre prestígio nacionale seus planos.

Fale de sua infância eadolescência em Mon-tes Claros e quando co-meçou a se interessarpor arte.Foi definitivamente

muito rica e só tenhoboas recordações.Meus pais foram de ex-trema importância,pois sempreme incenti-varamaomáximo a de-senvolver meus donsartísticos. Logo cedo,bem pequeno, comeceia me interessar pelapintura. Maria ClaraMariani, avó da minhaprima e companheirade infância de LauraEugênia, é uma grandepintora e dava aulas depintura para mim, pa-ra os meus irmãos eprimos. Eu adorava!Foi com certeza minhaprimeira mestra e in-centivadora. Ela tam-bém sempre falavaque quando eu fossepara a faculdade iriaestudar na escola Guig-nard em Belo Horizon-te, e assim foi.

Como seu trabalho co-meça?De várias formas.

Normalmente umacriação vem logo segui-da de outra, o exercíciodiário da disciplinasempre aponta um no-vo trabalho. Às vezesquando é alguma enco-menda, a troca com ocliente é muito espe-cial, conheço um pou-co da personalidade,mostro várias imagensdos meus trabalhos eassim vou conhecendo

um pouco do universo elogo vem a imagem.

Quais são suas princi-pais influências? Que ar-tista você considera impor-tante e por quê?O mundo como um to-

do. Estar aberto a todasas informações, o viverdiário, o observar a tudoe a todos, a rua, a cultu-ra, o povo, a história, oolhar sempre aberto emconstante busca pelo no-vo, por estar sempre sereinventando. Gostomuito dos pintores da re-nascença, do barroco,dos impressionistas, daarte moderna e amo artecontemporânea.

Montes Claros, Salva-dor, São Paulo... Conte umpouco de cada experiêncianessas cidades.MontesClaros,minhaci-

dade querida, cidade daminha infância e adoles-cência, onde aprendi mui-tas coisas importantes. Ci-dade das minhas origens,do meu coração. Sempreestará nas minhas lem-branças, onde cresci livre,aprendi os verdadeiros va-lores da família, da educa-ção, muito rica cultural-mente, minhas primeirasreferências, minha raiz.Salvador é minha cidadedo coração, local que merecebeu de braços abertos,me acolheu, me ajudou aamadurecer, onde memostrou um pouco maisdeste nosso Brasil. Quedeu luz e cor a minhaobra. Cidade de uma ri-queza sem igual, de umpovo caloroso, onde co-nheci varias pessoas ma-ravilhosas, que me pega-rampelamão eme ajuda-ram a chegar onde estouhoje. SãoPaulo está sendominha nova paixão. Digoque hoje, me sinto umadolescente, descobrindoa “pauliceia”. Estou aindachegando, mesmo estan-dohá 2 anos, ainda conhe-cendo a cidade. Tenhomuito a descobrir, masmuitas coisas boas já

aconteceram. Fiz minhaprimeira exposição indivi-dual, no fimdo ano passa-do e estou trabalhandocom uma ótima galeria.Sinto que vem muita coi-sa boapor ai.

Que tipo de coisa chamasua atenção nomundo?De tudo um pouco, sou

super curioso e gosto deestar atento a todas as no-vidades, claro que espe-cialmente amo as artes.

Que experiências comar-te foram importantes pa-ra você?Trabalhei dando aula

de pintura contemporâ-nea nas oficinas do mu-seu de arte moderna, So-lar do Unhão em Salva-dor. Foi uma das expe-riências mais enriquece-doras, a troca com os alu-nos foi de uma importân-cia sem igual, jamaisvou esquecer.

6 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeiro de2018 onorte.net

VemaíoPré-Carnaval de JJ, famosoagito carnava-lesco de clubes no interiormineiro, realizado amaisde20anos comgrandeanimação. Aguardem!

No nosso Pré-Carnaval de Clubes, vocês confe-rem a nossa famosa exposição da história do Car-naval de rua deMontes Claros, inclusive os desfileshistóricos nadécada de 70, na Av. Coronel Prates.

No dia 3 de fevereiro, o caldeirão do Arena Show,no circuito da Lagoa Interlagos, vai ferver como su-per showdo famosocantorEduStrada, homenagea-doemsetembropela coluna. Educomeçaaseproje-tar nacionalmente e vem fazendo shows por todo oBrasil. Certamenteexplodiráesteano.

E em março, teremos aquela que é consideradaumadaspromoçõesdemaior sucessoda sociedadeno interiormineiro. Trata-sedeVipsdeMinaseCele-bridades com a entrega do troféu e diploma Dr. Pe-dro Santos aos grandes nomes da sociedade mon-tes-clarense e mineira. Vale destacar que Dr. Pedromarcou época com sua administração humana esensível, asfaltou todoopercursodocentrodeMon-tes Claros até o aeroporto, em seu primeiromanda-to, trouxe o conservatório Lorenzo Fernandes, celei-ro dos maiores talentos da cultura, dentre outrosinúmeros feitos, como por exemplo, a implantaçãodoDistrito Industrial. Haja emoção para reverenciaroguardiãodoshumildes.

Se antes estava uma zorra total a situação dosfuncionários fantasmas da prefé, agora então emperíodo de férias a situação piorou. Perguntarnão ofende: Aqueles fantasminhas do primeiro esegundo escalão de Souto, denunciados pela co-luna no final do ano passado, não irão devolver odim dim que receberam sem trabalhar?

Colará grau em Santos-SP no próximo dia 23 dejaneiro de 2018 em Medicina Veterinária pela Uni-versidade Monte Serrat- UNIMONTE , a jovemmon-tes-clarense Raphaela Gabrielle Brito Sousa, filhada querida professora universitária Dirce EfigêniaBrito Lopes e Oliveira e enteada do nosso grandeamigo Fábio de Oliveira Santos Lopes. Mesmo an-tes de colar grau, Raphaela foi aprovada no ulti-mo dia 12 de dezembro no Mestrado em Reprodu-ção Animal da USP , o que não podia ser diferentepois vem de uma família tradicional de educado-res e estudiosos que tiveram como exemplo a gran-de matriarca sua avó a saudosa Maria José BritoLopes, competente Inspetora Educacional de Mon-tes Claros. Sendo assim merece nossos parabénspor duas vezes. Sucesso Dra. Raphaela GabrieleBrito Sousa!

Estranhamente continuam as férias do “honesti-nho”. Mas e o vice Adauto Marques? Por que éque não assume o cargo, se Souto, o titular, estáem férias? Nem em 2010, quando o prefeito naépoca, Tadeu Leite, em atrito com o grupo do de-putado Gil Pereira, que o tinha apoiado, se ne-gou a dar posse a sua vice Cristina Pereira. Nãosó deu posse, saiu de férias durante 30 dias epermitiu que democraticamente sua vice ocupas-se o cargo, ao contrário de Souto que teme emver Adauto Marques ocupando a prefeitura. Éuma vergonha!

Exposição

Show no Arena

Dr. Pedro Santos

Fantasmas brilhando

Colação de Grau

Férias sem prefeito

O retorno dos vereadores à Câmara Municipalde Montes Claros no próximo dia 23 de janeiro,traz uma pergunta que a tempos não quer calar:quando é que a Câmara, na sua maioria, vai co-locar no cantão da parede a pior e mais lentaadministração municipal da terrinha de JJ?

Pré-Carnaval de JJ

No momento em que gloriosamente a nível fe-deral, o Ministério Público é o braço forte nestagrande empreitada de levantar e passar verda-deiramente a limpo, o Brasil no combate a cor-rupção, em Montes Claros, a sociedade clamapor uma resposta ou por um posicionamento des-te respeitado órgão que defende a população so-bre a questão do pagamento de parte dos ex-ser-vidores comissionados e contratados, demitidosem dezembro de 2016, que vergonhosamente se-gue até hoje sem receber. Em conversa ou embusca de explicações nos bastidores da justiça,conversamos com advogados e autoridades di-versas sobre o assunto e a maioria dessas pes-soas acharam um mau exemplo as declaraçõesdo atual prefeito deMontes Claros Humberto Sou-to, que recentemente em entrevista ao MG Inter-

TV, declarou que não quitará as dívidas com partedestes trabalhadores. Trata-se de um desafio aoMi-nistério Público, pois no momento como já disse-mos que o Brasil dá as mãos contra as mazelas dacorrupção e do desmando, o homem que foi ex-mi-nistro do Tribunal de Contas usa em uma famosaemissora integrada à Rede Globo um discurso quedesqualifica os trabalhadores chamando alguns,como taxou os vigilantes, de desonestos, e desa-fiando a justiça ao alegar que não pagará os comis-sionados. Em outras gestões, o MP esteve semprepresente, vigilante e atuante, agora mais do quenunca dar-se a necessidade de uma resposta aostrabalhadores e a sociedade. Afinal, o calote está aíaos olhos vivos de todos e nós como cidadãos. Cla-mamos por justiça esperando por uma resposta omais rápido possível deste respeitado órgão.

Saindo de cima do muroSouto desafia Ministério Público

e dá mau exemplo

AS QUENTES DA POLÍTICA

EM SOCIEDADE TUDO SE SABE

João Jorgejoaojorgemoc@hotmail.com

A estrela

desta

terça é a

montes-

clarense

Raphaela

Gabrielle

Brito, se

forman-

do na

cidade de

Santos

SP.

JJ em Dose Dupla

Com JJ, o casal político que brilhará em 2018, Ruy

Muniz e deputada federal Raquel Muniz

A estrela desta coluna, Graça Dias, com o esposo,

Raúl, aniversariou recentemente e foi

festejadíssima, inclusive com a presença do

deputado Marcelo Aro, detalhes nas próximas.

No júri do Pré

Carnaval de JJ

2017: Mônica

Ferreira, de

BH, Lucas

Pereira, a

apresentadora

drag do Canal

20, Vó Safroa, e

o vitorioso

empresário

Mineirinho.

LÉO QUEIROZ

onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeirode2018 7

Estratégia contra a crise

AÇÕESSegundo a coordenadora do “Sementes Presentes”,Beth Fillizzola, há três macro-ações para o projeto,começando pela organização do mercadoinstitucional das compras de alimentação escolar.

PARCERIAPara isso foi firmada parceria do governoestadual com o Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae), que faráconsultoria no prazo de um ano para atender àscentenas de escolas estaduais inseridas noprocesso de aquisição de alimentos. “O Sebraetrabalha no apoio do aprimoramento das compraspara facilitar o acesso do pequeno produtor a essemercado. Enquanto isso, a Seplag nos ajuda namodernização da gestão pública”, afirma Beth.

PRODUÇÃOA segunda macro-ação é a organização das áreas deprodução, coordenada pela Emater-MG e Sedese,visando ao fortalecimento dos pequenos produtoresrurais inscritos no CadÚnico. Comunidadesquilombolas, indígenas e assentamentos recebeminsumos e têm assistência técnica.

MERCADOEsses grupos priorizados e os agricultoresfamiliares que possuem a Declaração de Aptidãoao Pronaf (DAP) física ou jurídica têmpossibilidade de comercializar os produtos nasescolas estaduais por meio do Programa Nacionalde Alimentação Escolar (PNAE). Osestabelecimentos de ensino já adquirem alimentosregularmente de forma planejada, com editais ecronogramas definidos.

SAIBA MAIS

Especial

Estado distribui sementes para ajudar agricultor em vulnerabilidade no campo

famílias irão receber, neste início deano, um kit horta com sementes dealface, cenoura, quiabo, beterraba,abobrinha e repolho; ao todo serão

entregues 156 mil saquinhos

26

INCLUSÃO–Beneficiários foram selecionados a partir do CadastroÚnico (Cadúnico), pormeio dos Centros deReferência deAssistência Social (Cras) e da Emater

mil

DIVULGAÇÃO/SEDESE

A distribuição de se-mentes foi umadasme-didas adotadas pelo go-verno de Minas Geraispara atender agriculto-res e assentados duran-te a crise econômicabrasileira.Nessa estraté-gia de enfrentamentoda pobreza, 100 mil fa-mílias de 258 municí-pios selecionados doscinco territórios de de-senvolvimento estãosendobeneficiadas.Os trabalhos são reali-

zados em duas frentes.OPlanodeApoioàAgri-cultura Familiar do Ins-tituto de Desenvolvi-mento do Norte e Nor-deste de Minas Gerais(Idene-Sedinor) atendepequenosprodutoresor-ganizados em associa-çõese sindicatos empar-ceria comprefeituras.O outro é o “Semen-

tes Presentes”, lideradopela Secretaria de Tra-balho e Desenvolvi-mento Social (Sedese),comapoio de outras se-cretarias estaduais emunicipais, e da Em-presa de AssistênciaTécnica e Extensão Ru-ral (Emater-MG).“Comasperdas dos di-

reitos do trabalhadorbrasileiro promovidaspelo governo federal,precisamos facilitar oacesso do pequeno agri-cultor aomercado insti-tucional e a permanên-cia das famílias no cam-po com uma alimenta-ção mais nutritiva e au-mento da renda”, frisa asecretáriadaSedese,Ro-sileneRocha.

AÇÕESLançada em 2016 pe-

lo governador Fernan-do Pimentel, a estraté-gia de combate à po-breza envolve 20 ór-gãos do Estado, 37ações e mais de R$ 245milhões em recursos.O sistema Idene-Sedi-

nor incrementou o Pro-grama de Desenvolvi-mento do Norte e Nor-deste, com investimen-tos de R$ 4,6 milhões,em 2017, para atendi-mento a 50 mil agricul-tores. No ano passado

foram distribuídas 450 to-neladas de sementes demilho, sorgo e feijão. Emseguida, as prefeituras dis-tribuíram o produto naspropriedades rurais.Liderado pela Sedese, o

Sementes Presentes orga-nizou a produção em trêstipos de agricultores, sen-do os primeiros contem-plados os com renda deaté meio salário mínimo.“Estamos imaginando queessas famílias vão come-çar a plantar, se alimentarmelhor e, com o exceden-te de produção, trabalhara comercialização”, expli-

ca Beth Fillizzola, coorde-nadoradoprojeto.

FACILITAÇÃOUmdos próximos passos

é o lançamento de editaiscoletivos por grupos de es-colas. A iniciativa buscamfacilita a vida dos peque-nos agricultores. Com isso,espera-se que o trabalhodas famílias beneficiadas,de formamais organizada,melhore as condições daspessoasquevivemnocam-poemsituações adversas.Na organização do mer-

cado será possível saber oque é importante produzir

paraas instituiçõesdeensi-no comprarem. Dessa for-ma, os agricultores reuni-dos em cooperativas serãofortalecidos para tambémvenderemosprodutos.As ações estão sendo ali-

nhadas. À entidades par-ceirasdoprojeto será apre-sentado o mapa das com-pras para que possam, nu-ma rodada de negócios,atender os compradores.“Quando o edital for lan-çado, eles saberão que na-quele município poderãoconcorrer com prioridadepara a venda”, asseguraBethFillizzola.A gestão do projeto é

uma ação intersetorialcom a Secretaria de Esta-do da Educação, que coor-dena o programa de com-pras institucionais paraalimentação escolar; coma Emater, que presta assis-tência técnicaaosproduto-res; e com a Secretaria dePlanejamentoeGestão (Se-plag), com a moderniza-çãodagestãopública.Existe ainda o apoio das

áreas de desenvolvimentodo Estado, como aCompa-nhia de DesenvolvimentoEconômico de Minas Ge-rais (Codemig) e o Bancode Desenvolvimento deMinasGerais (BDMG).

8 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15 e 16de janeirode2018 onorte.net

DIRETO DEBRASÍLIA

Funorte ofereceestágio nas férias

Na manhã de domingo (14), o presidente Mi-chel Temer se reuniu com ministros para avaliaro cenário econômico, as medidas para reduzir ainflação, a geração de empregos, além da refor-ma da Previdência. Na semana passada, a agên-cia de classificação de risco Standard & Poor’srebaixou a nota do Brasil e justificou a decisão,entre outros fatores, pela demora do país emimplementar reformas estruturantes. Participa-ram do encontro os ministros da Secretaria-Ge-ral da Presidência da República, Moreira Franco;da Fazenda, Henrique Meirelles; da Justiça, Tor-quato Jardim, e o subchefe para Assuntos Jurídi-cos da Casa Civil, Gustavo Rocha, que substituiuo ministro Eliseu Padilha, que está de férias.

Contrariando a opiniãoApesar de as pesquisas mostrarem uma rejei-

ção da população ao governo, durante conversano palácio do Jaburu, o presidente Michel Temerdisse acreditar que o eleitor brasileiro está can-sado da confluência de crises “e vai querer acontinuidade, a manutenção do nosso progra-ma de governo, que está recuperando a econo-mia e a tranquilidade. Ninguém quer aventura”.De acordo com o presidente, a população vai vo-tar na “segurança e na serenidade” em outubro,o que ajuda a desenhar o perfil dos candidatosà Presidência com chances de vitória.

Sucessão presidencialCotado para compor dobradinha na corrida à

sucessão presidencial nas próximas eleições, aolado do governador Geraldo Alckmin, o ministroda Fazenda, Henrique Meirelles, não conta coma anuência do presidente Michel Temer, pelo me-nos nesse primeiro momento. Temer diz que pre-fere que o ministro continue na Fazenda a dispu-tar a eleição. Ao que tudo indica, a simpatia dopresidente está voltada para o deputado Rodri-go Maia junto com Alkmin.

Cenário econômico

Jornalista, assessora de comunicação

OPORTUNIDADE-Estudantes optarampor

estagiar durante as férias

Jerusia Arrudajerusia@gmail.com

“Projeto de Verão” disponibiliza vagas no Hospital dasClínicas para estudantes de diversas áreas da saúde

Com o objetivo deampliar os conheci-mentos práticos deacadêmicos da área dasaúde, a Diretoria doNúcleo de ExtensãoFunorte (NEX), em par-ceria com o Hospitaldas Clínicas Dr. MárioRibeiro da Silveira,criou o “Projeto de Ve-rão”, que oferece está-gios extracurricularespara os estudantes du-rante as férias.Segundo a diretora

do Hospital, LucianaSantana, esta ação é im-portante porque garan-te maior aprendizado eprepara o estudante pa-ra atuar na profissão.“É uma oportunidade

que os alunos têm defazer uma comple-mentação do que viven-ciaram na vida acadê-mica. Assim, adquiremmais conhecimento,além de experiênciaprática emummomen-to em que geralmenteos demais estudantesda faculdade estão emrecesso”, destacou.Os estágios terão du-

ração de 30 dias paracada acadêmico e ocor-rem até o dia 20 de fe-vereiro de 2018, nos tur-

nos damanhã e da tarde.

VAGAS

Adiretora doNEX,Mar-cela Pamponet, ressaltaque foram oferecidas 60vagas com atuação emdi-versas áreas da saúde.“As vagas foram distri-buídas entre acadêmicosdos cursos de Enferma-gem,Medicina, Fisiotera-pia, Nutrição e Farmácia.Neste período, elesatuamnas áreas de Clíni-ca Médica, Clínica Cirúr-gica, Bloco Cirúrgico,Ma-ternidade/Bloco Obstétri-co, Pediatria, Gestão, Aco-lhimento/Recepção, Far-mácia Central/Satélite,Fisioterapia e Nutrição erealizam atividades pro-gramadas pelo Centro deEstudos”.A seleção de alunos

aconteceu por meio deavaliação curricular feitapelo NEX. Marcela frisa,ainda, as vantagens desteestágio. “É uma atividademuito concorrida entreos alunos por oferecercertificação, além disso,eles conseguem descan-sar, pois o estágio temcar-ga horária de apenas 20horas semanais”.Durante a prática eles

realizam procedimentos

como admissão e transfe-rência de pacientes,medi-cações, orientações nopré e pós-operatório, cui-dados diversos de e ativi-dades específicas da de-manda de cada paciente.

EXPERIÊNCIA

Lucas Faustino, alunodo curso de Enfermagem,destaca que a experiênciacontribui de diversas for-mas para sua formação.“Durante a graduação

não temos a possibilida-de de aproveitar de tudodentro dos estágios curri-culares. No estágio de ve-rão eu tenho a oportuni-dade de vivenciar e reali-zar mais atividades, vistoque, o período de tempoque estou inserido na clí-nica é maior que o do es-tágio curricular, que acon-tece emapenas quatro en-contros. Além disso, du-rante o processo de sele-ção nós tivemos a oportu-nidade de escolher a clíni-ca onde desempenharía-mos o estágio, podendooptar pela área de afinida-de ou em qual tínhamosmais dificuldades”.Também do curso de

Enfermagem, NadineAntunes Teixeira esco-

lheu atuar na área deMaternidade/Bloco Obs-tétrico. Ela explica o queaprendeu e sua visão so-bre o estágio.“Atuando na materni-

dade tenho oportunida-de de aprender os cuida-dos da Enfermagem àmãe, ao bebê, ao proces-so de amamentação, deprestar orientações e detantos outros cuidadospráticos, além da partegerencial que o enfer-meiro também faz. Éuma experiência única.Muito aprendizado”, dis-se a estudante.(*) Texto produzido pela

estagiária Greiciely Rodrigues,

sob supervisão do editor.

Educação

FOTOS: DIVULGAÇÃO

DISPUTA–Atividade concorrida entre alunos

“Não tem nadamelhor quepoder praticaralgo que segosta. Sairei doestágio de verãocom outramente e outraacadêmica”

Nadine Antunes

Teixeira

Estudante

onorte.net MONTES CLAROS, segunda e terça-feira, 15 e 16 de janeiro de 2018 9

Batalha dos ‘professores’Técnicos de Atlético, Cruzeiro e América buscam conquista inédita no Mineiro

Esportes

Disputam o estadual deste ano emturno único; os oito melhores

colocados se classificam para a fasede mata-mata

12clubes

Rodrigo Gini

Do Hoje em Dia

“Estadual só serve pa-ra derrubar treina-dor”. Quem nunca ou-viu a afirmação, espe-cialmente nos últimosanos, em que as com-petições nacionais e in-ternacionais passa-ram a ter maior pesono calendário dos ti-mes da Série A? Paramuitos, vencer a dispu-ta não é mais do queobrigação e qualqueroutro resultado sinôni-mo de fracasso.É bem verdade que o

charme dos tempos ro-mânticos ficou paratrás, que em algunsmomentos a ordem époupar jogadores eapostar em times al-ternativos, mas Atléti-co, Cruzeiro e Améri-

ca iniciam 2018 com avolta olímpica dia 8 deabril nos planos.E mais do que o desejo

de passar incólumes pe-la disputa que começaquarta-feira, seus treina-dores têm a chance deacrescentar uma con-quista inédita ao currícu-lo, nos três casos, de bas-tante respeito.

SOBREVIVENTE

Do trio, o único que so-breviveu ao campeona-to de 2017 foi EndersonMoreira, na esteira doótimo trabalho feito nareta final do Brasileirodo ano anterior, que po-de não ter sido suficien-te para evitar a queda àSérie B, mas lançou asbases para a campanhado bicampeonato e do re-torno à elite.Se entrava em campo

na condição de últimocampeão (com GivanildoOliveira à frente), o Coe-lho acabou superado peloCruzeiro nas semifinais,depois de uma primeirafase apenas discreta (le-vou a melhor sobre a

URT na definição do ter-ceiro lugar apenas no sal-do de gols). Felizmente adiretoria soube ter paciên-cia e não se deixou levarpela tentação de mexerno comando.Enderson conquistou

dois estaduais, ambos pe-loGoiás. Chegou a coman-dar Santos e Internacio-nal nos anos emque oPei-xe e o Colorado se torna-riam os melhores de SãoPaulo e Rio Grande doSul, mas não resistiu atéo fim das campanhas.

‘ESTREANTES’

Para Mano Menezes,trata-se do primeiro Mi-neiro – em 2015, o gaúchode Passo do Sobrado che-gou já para a disputa doBrasileiro, no lugar deVanderlei Luxemburgo.Fazer bonito em esta-duais, no entanto, não énovidade no currículo doex-técnico da Seleção Bra-sileira, que ganhou proje-ção nacional justamentegraças ao trabalho nomo-desto Caxias, de ondesaiu para oGrêmio.Num intervalo de ape-

nas quatro anos, ele le-vantou o troféu de cam-peão estadual três vezes –2006 e 2007, com o trico-lor gaúcho, e 2009, com oCorinthians. Desde então,prossegue o jejum, o quenão é o caso quando o as-sunto é a Copa do Brasil,vencida três vezes.Estreia também para o

mais experiente e vence-dor dos três. Oswaldo deOliveira disputa o primei-ro estadual em Minas de-pois de uma trajetóriaque inclui o Mundial deClubes de 2000, o tricam-peonato da J-League (Ja-pão) e dois títulos brasilei-ros. Ele tem recentes lem-branças de iniciar umatemporada como cam-peão: em 2013, levou o Bo-tafogo a conquistar o ca-rioca. Em 2006, ele co-mandou o Cruzeiro, masapenas no Brasileiro.

OS FAVORITOS

OSWALDO DE OLIVEIRA

67 anosTÍTULOSMundial de Clubes'2000 (Corinthians)J-League'2007, 2008 e 2009 (Kashima Antlers)Copa do Japão'2011 (Kashima Antlers)Supercopa do Japão'2009 e 2010 (Kashima Antlers)Copa Mercosul'2000 (Corinthians)Brasileiro'1999 (Corinthians) e 2000 (Vasco)Paulista'1999 (Corinthians)Carioca'2002 (Fluminense) e 2013 (Botafogo)

MANOMENEZES

55 anosTÍTULOSCopa do Brasil 2009 (Corinthians), 2013 (Flamengo)

e 2017 (Cruzeiro)Brasileiro Série B'2005 (Grêmio) e 2008

(Corinthians)Gaúcho'2006 e 2007 (Grêmio)Paulista'2009 (Corinthians)

ENDERSONMOREIRA

46 anosTÍTULOSBrasileiro Série B'2012 (Goiás) e 2017 (América)Goiano'2012 e 2016 (Goiás)

FLÁVIO TAVARESBRUNO CANTINI/ATLÉTICO DANIEL HOTT/AMÉRICA

10 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeirode2018 onorte.net

ESPORTESGERAES

Calendário cheiopara corredores

Esportes

Nairlan Clayton Barbosanairlanclayton@hotmail.com

Ocorreu neste fim de semana mais uma roda-da da Copa dos Campeões com as partidas reali-zadas no Estádio Rubens Durães Peres, o Campoda Liga. Foram realizadas as partidas de ida dasQuartas de Finais. Se enfrentaram no sábado,13, Castelo e Novo América com resultado de 2 x0 para a equipe do Castelo. Na sequência, se en-frentaram Aparecida 1 x 1 Boca FC. No domingo,foi a vez de se enfrentarem Olária 2 x 1 Avaí ePaysandu 2 x 0 Independência. A Copa que é pro-movida pela Secretaria de Esportes terá suaspartidas de volta no próximo fim de semana.

Montes Claros Vôlei

Depois de um jejum de vitórias, o MontesClaros voltou a vencer fora de casa e dessavez a equipe do Juiz de Fora Vôlei. Com avitória por 3 sets a 1 (parciais de 25/23,25/20, 20/25 e 25/23). O time assumiu a 9ªposição após critério de desempate e agoraestá a 7 pontos da última posiçãoclassificatória dos play-offs decisivos. Des-taque para o oposto Lorena que recebeu oTroféu Viva Vôlei. Agora a equipe espera oapoio da torcida na partida contra o Minasna sexta-feira

Corrida dos Bombeiros

O 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros Mili-tar de Montes Claros está com as inscriçõesabertas para a sua 2ª Corrida Rústica “Juntospela Vida”. Neste ano, a competição será dife-rente do ano anterior, pois agora aconteceráno período noturno, no dia 24 de fevereiro de2018, às 19h. A concentração será na Motopis-ta do bairro Ibituruna. A expectativa é de quecerca de duas mil pessoas prestigiem o even-to. A edição anterior reuniu 700 competido-res, e neste ano, por volta de mil pessoas de-vem participar da prova. As inscrições podemser feitas por meio do site www.7bbm.com.br,ou pessoalmente, na sede do 7º Batalhão deBombeiros, que fica na Rua Pires e Albuquer-que, 200, Centro, Montes Claros/MG, no horá-rio: segunda a sexta, de 9h às 17h. Outras in-formações: (38) 3214 0917.

Excesso de competições no ano preocupa presidente deassociação, que promete encontros para debater o tema Copa dos Campeões

Jornalista, cronista esportivo, radialista, e

vice-diretor da Associação Mineira dos Cronistas

Esportivos BH (AMCE) para a região Norte de Minas

12

SEQUÊNCIA–Grande número de corridas viroumotivo de preocupação

Estão marcadas para ocalendário de corridas

para atletas deMontes Claros

CAMISA 12

Saúde deve ser o focoA ACNM pretende

promover até o finaldo mês de fevereiroum seminário que vaitratar dos cuidados ne-cessários que devemser mantidos pelosatletas, além de umareunião com os princi-pais organizadores pa-ra ajustar o calendáriode corridas.“Nossa preocupação

é que não haja surpre-sas desagradáveis en-

tre os praticantes das cor-ridas e que ao mesmotempo o calendário pos-sa possibilitar a partici-pação de todos semônus”, completou Cleu-diomar Gonçalves.Quem pretende partici-

par de todos estes even-tos, precisará de cuidadosextremos para não acu-mular problemas relacio-nados ao esforço físico.Segundo o cardiologis-

ta Nabyl Gorayeb, o que

deveria sermotivo de ale-gria para diversos atle-tas, pode se transformarnuma tremenda dor decabeça se não houvermo-deração. “Recentes pes-quisas científicas apon-tamque pessoas altamen-te ativas podem enfren-tar riscos à saúde ao faze-rem exercícios de intensi-dade muito elevada. Oque é ótimo remédio, po-de acabar em overdose”,afirma o especialista.

Nairlan C. Barbosa

Ocalendário de corri-das para 2018 talvez se-ja o mais apertado dosúltimos 10 anos. A fe-bre do esporte tomouconta da cidade e con-quistou mais adeptosdo que qualquer outramodalidade esportivanos últimos dois anos.É o que garante o presi-dente da Associaçãodos Corredores do Nor-te de Minas, Cleudio-mar deQueiroz.No entanto, para

Cleudiomar, a alegriada prática esportivavem acompanhada dapreocupação em sa-ber exatamente quaisos reais objetivos decada corrida, a dife-rença entre corrida eevento, e como os atle-tas têm reagido a umcalendário apertadocom competições pra-ticamente em todos osfins de semana.“Nossa maior preocu-

pação é exatamentecom a integridade físi-ca dos atletas que parti-cipam das corridas du-rante todo o ano. O des-gaste produzido pelaparticipação nos even-tos, além do investi-mento financeiro de ca-da um, pode onerar eprejudicar o objetivo

do que deveria ser a pro-moção da saúde e o bem-estar dos competidores”,avisa Cleudiomar.

PROVAS

Depois de uma tempora-da apertada no ano quepassou, o site Gammadospor Corridas traz as prová-veis datas para as corri-das em 2018. Além da Cor-

rida de Santos Reis, queabriu a temporada no dia7 de janeiro, haverá mais12 competições conside-ras importantes pelos cor-redores: a 2ª Corrida dosBombeiros, o Trial Rundo Espinhaço, o Desafiodas Pedras, a 6ª CorridaElas de Rosa, a CorridaReis dos Montes, a Corri-da da Polícia Federal, em

Belo Horizonte. a Corridado Trabalhador, a Corri-da do Batalhão, a MeiaMaratona do Maracanã,a Corrida do Outubro Ro-sa, o Circuito de Corridasdo Sesc e a volta Interna-cional da Pampulha, nodia 2 de dezembro.Some-se a isso, as corri-

das do Bairro Planalto, deSão Sebastião, que ocorre-ria em janeiro e foi adia-da para outubro, a do Pa-pai Noel, do bairro SantoAntônio, do SESI-Fiemg eoutras que não estão ofi-cialmente computadas,mas que contam com aparticipação de atletas deMontes Claros.

competições

“Nossa maior preocupação éexatamente com a integridade físicados atletas que participam dascorridas durante todo o ano”

Cleudiomar de Queiroz

Presidente da ACNM

onorte.net MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15e 16de janeiro de2018 11

Os modelos da Quality Models brilharam em 2017. Não custa nada relembrar algumas das atuaçõesde nosso cast no ano que passou: Já está marcado para os dias 23, 24 e 25 de feve-

reiro a próxima turma do curso de modelos daQuality Models. Os interessados já podem garantirsuas vagas a partir de hoje, comparecendo à Quali-ty Models, no Shopping Ibituruna.

“ENTRE ASPAS” -

Giu Martins.com

“Tenha amigos vencedores.

Campeões falam de e com campeões. Perdedores só tocam na tecla dos perdedores. Aproxime-se de pessoas com alegria de viver e afaste-se de

gente baixo-astral. Resolva!

As pessoas deste milênio vão limpar de sua vida as situações mal-resolvidas e entenderão que os problemas são necessários ao nosso

amadurecimento.”

TevetambémdesfilebeneficentedaCynthia

MaisonnoFavoritto Jardins, comapresença ilustre

denosso internacionalíssimaBárbaraFialho

Nossos modelos Quality foram

Convidados especiais para a inauguração do

Celeiro Music Bar

O homem da comunicação em Montes Claros foi o

cumprimentadíssimo aniversariante deste

domingo. Elias Siufi é um dos nomes mais

admiráveis de nossa cidade. Parabéns Elias!!!

CéliaCaldeiratambémsoprouvelinhasnestedomingo.

Queridacomoelaé,teveoseudomingopequenopara

asinúmerashomenagens.ParabénsCélia!!!

Giu Martins

giumartins.com

Os modelos Quality foram presenças marcantes no Show do Léo Santana, durante o Copa Med

Juliana Cansoni

(formanda em

Fisioterapia) foi

destaque nos desfiles do

Ibituruna Center)

Marina Almeida foi

destaque nos desfiles

do Ibituruna Center

Os desfiles beneficentes para o Rotary Montes Claros Sul, realizados na Toyota Terra Forte, foram

aplaudidíssimos e contaram com a participação de blogueiras de sucesso de nossa cidade (Taíra Maciel,

Camila Ribeiro e Malu Aquino)

Modelos de sucesso em 2017

Nãopodemosesquecera

presençadenossa

maravilhosaAnaCarolina

Jorgenosdesfilesdo

MontesClarosShopping

Vinicius Fróes foi

modelo revelação nos

desfiles do Montes

Claros Shopping Center

CursoparamodelosQualityModels

Ilustresaniversariantes

12 MONTESCLAROS, segundae terça-feira, 15 e 16de janeirode2018 onorte.net