pesca

32
Atividade Piscatória

Upload: manuela-paredes

Post on 09-Feb-2017

280 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Atividade Piscatória

• A principal área de pesca em Portugal é o Mar Territorial (zona até 12 milhas da costa).

Principais áreas de pesca

Principais áreas de pesca• Atualmente, Portugal pratica a pesca longínqua no Noroeste e Nordeste Atlântico, no Atlântico Centro e no Atlântico Sul.

Zona Económica Exclusiva• Depois da entrada de Portugal na União Europeia, o acesso às áreas

de pesca dificultou-se, uma vez que o nosso país tem a obrigação de respeitar as normas comunitárias e a Política Comum de Pescas. Atualmente, Portugal apresenta a frota mais pequena entre os estados-membros, sendo cada vez mais difícil obter licenças para pescar fora da Zona Económica Exclusiva (ZEE).

• O que é a Política Comum de Pescas?

Política Comum de Pescas

A política comum das pescas é um conjunto de regras que se aplicam à gestão das frotas de pesca europeias e à conservação das unidades populacionais de peixes. Concebida para gerir um recurso comum, esta política confere a todas as frotas de pesca europeias igualdade de acesso às águas e aos pesqueiros da UE e permite uma concorrência leal entre os pescadores. Os países da UE tomaram medidas para assegurar a sustentabilidade da indústria da pesca europeia e evitar que esta comprometa a dimensão e a produtividade das unidades populacionais a longo prazo.

Política Comum de Pescas• Quais os objetivos da Política Comum de Pescas?

• Garantir que a pesca e a aquicultura são sustentáveis do ponto de vista ambiental, económico e social e que constituam uma fonte de alimentos saudáveis para os cidadãos europeus;

• Promover um setor de pescas dinâmico e garantir um nível de vida justo para as comunidades piscatórias;

• Estabelecer limites para que as práticas de pesca em demasia não prejudiquem o bem estar dos peixes. Face a isto, a Política Comum de Pescas estipula que entre 2015 e 2020 vão ser estabelecidos limites de captura sustentáveis.

Política Comum de Pescas• Quais os objetivos da Política Comum de Pescas?

• A política comum das pescas adota, assim, uma abordagem prudente, reconhecendo o impacto da atividade humana sobre todos os elementos do ecossistema, procura tornar as frotas de pesca mais seletivas nas suas capturas e acabar com a prática das devoluções de peixes indesejados.

Clique

Política Comum de Pescas

A Política Comum das Pescas divide-se em quatro grandes áreas:• Gestão da pesca;• Política internacional;• Política de mercado e política comercial;• Financiamento da política:

FEP 2007-2013FEAMP 2014-2020

As infraestruturas portuárias As infraestruturas portuárias são

muito importantes pois permitem:• a realização de operações de carga e descarga do pescado;• a conservação do pescado e o escoamento do pescado. Em Portugal, estas infraestruturas têm constituído um impedimento à boa conservação e seu rápido escoamento no mercado, devido:• às técnicas de descargas serem ainda rudimentares; Porto de Mar de Vila

Praia de Âncora

As infraestruturas portuárias

•à pequena dimensão, uma vez que a sua capacidade de cargas e descargas é de pequeno volume;• à ausência de barreiras protetoras e de cais de acostagem e desembarque;• à sua localização, pois são de difícil acesso;• à falta de instalações para a conservação do pescado;• à existência de algumas lotas sem as mínimas condições higiénicas.

As infraestruturas portuáriasAções de modernização:

• o processo de venda direta vai passar a ser feito por um sistema eletrónico e informatizado, o que permitirá uma maior rapidez e transparência;• a melhoria das ações de fiscalização do cumprimento das regras de captura e higiene;• o aumento e desenvolvimento dos equipamentos de apoio aos portos, como câmaras frigoríficas, túneis de congelação e fábricas de gelo, para apoio às atividades de comercialização;• o desenvolvimento de serviços de apoio como escritórios, centro e abastecimento de combustíveis, bancos, restaurantes, etc.

Porto de Mar de Lisboa

Porto de Mar do Douro

Tipos e áreas de pesca• A frota de pesca portuguesa de acordo com a área pode classificar-se como frota de:- pesca local e costeira quando as embarcações são nas águas nacionais;- pesca do largo ou longínqua, quando as embarcações atuam em águas internacionais.

Pesca Local

Pesca Costeira

Pesca do Largo ou Longínqua

• A pesca local é caracterizada por ser praticada em águas interiores ou perto da costa até 6 milhas como, por exemplo: rios, lagos, praias, entre outros; Está associada: - à utilização de artes de pesca com linhas, armadilhas…;- ao tempo de permanência no mar ser curto; - a um elevado número de embarcações de pequena dimensão;- à criação de maior número de posto de trabalho;- ao desembarque do pescado fresco de maior valor comercial como a pescada, o pargo, a lampreia, etc.

Tipos e áreas de pesca

Tipos e áreas de pesca• A pesca costeira é caracterizada por ser praticada em áreas afastadas da costa a uma distância superior a 6 milhas da linha da costa.Está associada:- à utilização de embarcações de maior autonomia;- às melhores condições de conservação do pescado a bordo;- Ao facto do tempo de permanência no mar ser de 2 a 3 semanas.

Tipos e áreas de pesca• A pesca do largo ou longínqua é caracterizada por ser praticada em águas internacionais nomeadamente no atlântico norte, na costa ocidental africana e no atlântico sul.Está associada:- à utilização de navios, equipados com tecnologias que permitem a transformação, conservação e congelação do pescado;- ao tempo de permanência no mar que é, normalmente, de semanas ou meses.

Tecnologia UtilizadaAs técnicas bem como a forma de captura do pescado permitem classificar a pesca como artesanal/tradicional ou industrial.PESCA ARTESANAL:• Predomina nos países em desenvolvimento.• As técnicas de capturas são rudimentares e pouco seletivas.• As embarcações caracterizam-se como frágeis de pequena dimensão e com equipamentos simples.• Opera nas zonas costeiras.• O destino do pescado é o autoconsumo e lotas ou mercados. • As capturas são feitas em pequenas quantidades.• A tripulação é reduzida.

PESCA INDUSTRIAL:• Predomina nos países desenvolvidos.• As técnicas de captura são sofisticadas.• As embarcações caracterizam-se como resistentes de grande dimensão e com equipamento sofisticado (semelhante ao de fábricas)• Opera, muitas vezes, em países estrangeiros e em alto mar.• O destino do pescado é o abastecimento de grandes mercados e de indústrias conserveiras.• As capturas são feitas em grandes quantidades.• A tripulação é numerosa.

Tecnologia Utilizada

A frota• A frota nacional esta classificada em embarcações de pesca local costeira e do largo

e engloba as embarcações registadas nos portos do continente, na Região Autónoma dos Açores, e da Região Autónoma da Madeira. As principais espécies desembarcadas de peixe fresco e refrigerado são: a sardinha, a cavala, os polvos, os carapaus, o peixe-espada preto entre outras espécies similares.

Polvo

Carapau

CavalaSardinha

Peixe-Espada Preto

A frota• A frota de pesca nacional registada a 1 de janeiro de 2015 é composta por 8161

embarcações com uma capacidade total de arqueação bruta de 98343 GT e uma capacidade total em potência de 362627 kW. Em termos de dimensão da frota comunitária, Portugal ocupa o quarto lugar relativamente ao estado membro com o maior número de embarcações.A frota divide se em três tipos:

• Frota de pesca local: são embarcações de pequena dimensão pois são de curto período de tempo, onde se ocupa de águas do interior como os rios ou lagunas e perto da costa. São utilizados métodos artesanais e captura se espécies de maior valor e ocupa maior parte dos pesca costeira: tem embarcações de 9 a 33pescadores;

• Frota de metros: Usa-se alguns meios modernos de captura como o cerco e o arrasto.

• Frota de pesca do largo: tem autonomia para permanecer no mar durante longos períodos. Usa se técnicas modernas de detenção e captura de cardumes, no entanto tem navios de conservação da pescada com o apoio dos navios-fábrica.

A frota• Características da mão-de-obra: o número de pescadores tem vindo a sofrer uma

diminuição devido: - Ao abandono da atividade; - Reforma; - Modernização funcional da frota.

Licenciamento O licenciamento da atividade de pesca marítima em águas internacionais tem como objetivo a utilização das oportunidades de pesca de que Portugal dispõe, de acordo com o Princípio de Estabilidade Relativa consagrado na Política Comum de Pesca (PCP) de 1983, em águas de alto-mar geridas por Organizações Regionais de Pesca (ORP).

Organizações Regionais de Pesca do Norte:• Operam atualmente 13 navios que dirigem a sua atividade essencialmente à captura de bacalhau, cantarilho e palmeta. • No Atlântico Noroeste, na área da NAFO - Northwest Atlantic Fisheries Organisation, a frota portuguesa captura essencialmente cantarilho, bacalhau e palmeta, a par de outras quotas disponíveis para Portugal, como abrótea e raia.

Licenciamento • As condições de operação são fixadas pelas Medidas de Conservação e Cumprimento que estabelecem também as quotas anuais atribuídas para as diferentes espécies às Partes Contratantes.• As condições de operação são estabelecidas pelas Recomendações adotadas anualmente para as espécies regulamentadas - arenque, verdinho, sarda, cantarilho, arinca e espécies de profundidade - e pelo Esquema de Controlo.• No mar Mediterrâneo, a CGPM - Comissão Geral de Pescas para o Mediterrâneo, cuja origem remonta a 1949, adota recomendações relativas à conservação e gestão das pescas na respetiva área da Convenção.Organizações Regionais de Pesca do Sul:• A ICCAT - International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas tem vindo a estabelecer restrições à captura de espécies como o espadarte, atum rabilho, atum voador e atum patudo em todo o Atlântico, com implicações sobre as quotas da UE e, consequentemente, portuguesas.

• As águas internacionais do Oceano Índico são regulamentadas por organizações que adotam resoluções, condições e limitações ao exercício da pesca. • Portugal não tem acesso ao licenciamento na zona da Convenção da sua frota palangreira de superfície, estando proibida, nessa zona, a pesca de espadarte. • É ainda de referir a existência de uma Organização Regional de Pesca cuja área regulamentar se situa para lá dos limites das Zonas Económicas Exclusivas de Angola, Namíbia e África do Sul que visa a conservação e gestão de espécies transzonais do Atlântico Sudeste e estabelece condições de operação específicas, entre as quais o embarque obrigatório de observador científico a bordo durante toda a campanha de pesca.

Licenciamento

Licenciamento Organizações:ICES - International Council for the Exploitation of the Sea;NAFO - Northwest Atlantic Fisheries Organisation;NEAFC - North-East Atlantic Fisheries Commission;CGPM - Comissão Geral de Pescas para o Mediterrâneo;ICCAT - International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas;IOTC - Indian Ocean Tuna Commission;SIOFA - South Indian Ocean Fisheries Agreement;WCPFC – Western Central Pacific Fisheries Commission;SPRFMO - South Pacific Regional Fisheries Management Organisation;IATTC/CIAT - Inter-American Tropical Tuna Commission; SEAFO - South East Atlantic Fisheries Organisation.

Pesca Descarregada

Atum e Similares Carapau Sardinha Bacalhau0

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

70,000

80,000

Peixe Descarregado - 2008

Total

Atum e Similares Carapau Sardinha Bacalhau 0

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

60 000

70 000

Peixe Descarregado - 2010

Total

Pesca Descarregada

Pesca Descarregada

Atum e Similares Carapau Sardinha Bacalhau0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

Peixe Descarregado - 2012

Total

Pesca Descarregada

Atum e Similares Carapau Sardinha Bacalhau0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

Peixe Descarregado - 2014

Total

Pesca Descarregada

2008 2010 2012 20140

50,000

100,000

150,000

200,000

250,000

Total Peixe Descarregado

Total

Pesca Descarregada• 2008- Crise económica que afetou drasticamente o nosso país

inclusive todas as atividades existentes incluindo a atividade piscatória;

• Diminuição do Peixe Descarregado de 2008 a 2014, passando de 213 556 para 166 302, respetivamente;

• Diminuição da Sardinha descarregada que ultrapassava as 75 mil toneladas e que atualmente ultrapassa apenas as 15 mil toneladas;

• Contrariamente aos resultados da Sardinha surge o Carapau, que tem sofrido um aumento, registando em 2010 um valor de 12 402 e em 2012 de 18900.

• O Bacalhau é um peixe que não regista uma pesca descarregada linear mas comparativamente a 2008 apresenta valores superiores em 2014. EM 2008 este peixe apresentava um descarga de 3 237 e em 2014 apresenta valores de 5 978.

• Por fim, o Atum que por sua vez, também não é constante exibe em 2014 um total de 12 349 e em 2012 de 14699, sendo o seu pico mais alto em 2010 de 18 924.

LOBATO Cláudia; OLIVEIRA Simone. Ensino Secundário. Geografia 10ºano: R@io-X 10

http://saberesnet.webnode.pt/disciplinas/geografia/a9%C2%BA%20ano/resumos/pesca/http://ec.europa.eu/fisheries/cfp/index_pt.htm http://www.dgrm.mam.gov.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&actualmenu=1470572&selectedmenu=1470597&xpgid=genericPageV2&conteudoDetalhe_v2=1473862https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=128975&PUBLICACOEStema=55505&PUBLICACOESmodo=2

Bibliografia/Webgrafia

Trabalho Realizado Por: Juliana Oliveira Nº 19Rosa Inês Nº 24 Sara Oliveira Nº 27Sofia Teixeira Nº 28

10ºLH2