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    FAMILIA CSAR JULIANO

    Guia Bsico de pesca.Informaes sobre pesca e cuidados com

    equipamento

    Raffael Csar

    15/07/2013

    Um pequeno compndio de achados na internet com dicas e lies para melhorar e ajudar na

    pescaria de praia, bem como um guia rpido para o iniciante.

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    Manual Rpido de Cuidados:

    Cuidados com os passadores:

    muito importante que faamos a limpeza correta dos passadores principalmente depois de

    pescarias em gua salgada. Isso evita que qualquer resduo cause ferrugem e tire a vida til doseu equipamento.

    Para isso use gua doce, sabo neutro e uma esponja ou mesmo uma escovinha de cerdas macias

    (pode ser de dente).

    Cuidados com as linhas:

    As linhas so afetadas por vrios fatores externos, temperatura, sal, raios do sol, entre outros.

    Uma linha em condies deficientes far com que a captura abaixo do limite de peso suportadopela linha, acabe por romp-la.

    Um dos processos mais utilizados para aumentar a vida til das linhas, lav-las muito bem

    aps cada pescaria, mantendo a linha submersa durante vrias horas em gua doce sem

    detergentes, lubrificantes ou qualquer tipo de reagente.

    Cuidados com molinetes:

    De todos os equipamentos de pesca, o molinete o que mais merece a nossa ateno quanto asua manuteno. Constitudo de uma quantidade enorme de pequenas peas e requer umcuidado especial e constante para prolongarmos a sua vida til. Uma das atenes principais,ademais do seu uso correto, lav-lo com gua doce toda vez que retorne de uma pescariamartima, a fim de neutralizar a ao corrosiva do salitre e evitar o endurecimento/desgasteprovocado pelo acumulao de areia. Damos a seguir alguns pequenos conselhos eprocedimentos corretos para manuteno do seu molinete:

    1 - Retire o carretel e a tampa ( lateral) do chassis. Com o dedo colocado no bico da torneirad'agua aberta, a gua sair com presso suficiente para uma lavagem interna e externa domolinete.

    2 - Aps a lavagem, deixe escorrer a gua e seque bem.

    3 - Proceda a lubrificao nas partes mais retentoras de salitre e de peas que se atritam mais;.

    4 - Convm lembrar que a lubrificao das partes internas do molinete devero ocorrer numprazo sempre superior a seis meses (em condies normais ) e a externa, sempre que retornardas pescarias.

    5 - Passe um pano levemente molhado em leo, na parte externa do molinete, ajudar aconserv-lo com aspecto de novo. Guarde o seu molinete em ambiente arejado,preferencialmente bem acondicionado e faa periodicamente uma limpeza geral. Voc

    prolongar a vida do seu equipamento e a certeza que o ter sempre em perfeitas condies deuso.

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    Melhor local para pesca:

    Segundo pescadores simplistas, pescar fcil: quando o peixe puxa pra l, voc puxa pra c.Claro que brincadeira, pois isso qualquer um faz. O problema que, para o peixe "puxar pral", voc tem que estar com seus anzis no lugar onde esto os peixes. Descobrir esses pontos

    que so elas. Por isso, para quem est comeando a praticar a pesca de arremesso, recomendvel que, antes de mais nada, tenha algumas noes elementares sobre o mar, pelomenos dentro da faixa que ir explorar com seus anzis. Se voc invade um elemento que no o seu meio ambiente, mas o habitat das espcies que fisgar, bom conhecer asparticularidades da praia, tais como a natureza e o relevo do fundo, a profundidade da gua eoutros detalhes em funo dos quais os peixes se movimentam no seu dia-a-dia.

    Dizem que uma diferena entre um pescador comum e um expert que o primeiro lanaseus anzis gua para ver que bicho d, enquanto o segundo escolhe o peixe que quer pegar,sabendo o que pode pegar e como pegar. Esta diferena resulta dos conhecimentos de pescaacumulados por um em relao ao outro.

    Se uma praia apresenta vrias linhas de arrebentao, isso significa que ela rasa. Portanto,para alcanar profundidades adequadas com seus arremessos, voc ter de entrar na gua e,ainda, executar lanamentos suficientemente longos. Mas no basta arremessar aleatoriamenteos anzis e ficar esperando que algum peixe morda a isca. Seus anzis podero ter cado forada faixa do peixe, e voc cansar de esperar, quando um bom cardume pode estar um poucopara a frente ou para trs. at possvel que pegue alguns peixes acertando involuntariamenteum canal, mas, c para ns, pescador que se presa no pode ficar na dependncia do acaso ou dasorte, porque a pesca tem cincia, no jogo de azar.

    Quando um annimo pescador de lambari e bagrinho, munido de uma varinha caipira, chega beira de um crrego para pescar, ele no encosta no primeiro barranco, mesmo que no

    conhea o lugar. Faz um reconhecimento das margens, at achar um trecho que lhe pareapromissor: um remanso, geralmente numa curva. porque ele sabe que ali um "poo", umtrecho de guas mais fundas onde, via de regra, h maior concentrao de peixes. Ele pode atno saber por que h mais peixes nesses pontos, mas sabe que h.

    Tambm nas praias h "poos", lugares e faixas de gua mais fundas onde os peixes seconcentram quando esto ativos. So os canais, vales e depresses que existem no fundo domar, ao longo das praias. Esses vales e canais, tal como os "poes" fluviais, alm de teremgua mais funda, acumulam mais alimentos para os peixes.

    Os canais ou vales, que ficam entre as linhas de arrebentao, so os caminhos doscardumes, onde os peixes, quando se aproximam da praia cata de alimentos, costumam andar

    encardumados. Logo, nessas faixas que os anzis devem ser lanados. Tambm nesseslugares (onde comumente h fortes correntezas) que banhistas inexperientes costumam perder op e a vida, afogando-se, porque eles nem sabem da existncia desses canais.

    Mas nem toda praia tem o mesmo esquema, pois cada uma tem suas particularidades,semelhanas e diferenas, inclusive quanto profundidade da gua, inclinao e topografia dofundo, regime das corrente, etc. Sem falar na situao geogrfica na face das praias (leste, sul,oeste,etc.), que influi nessas particularidades por efeito dos ventos predominantes e dascorrentes que eles provocam. Nas praias de fundo de baias e enseadas geralmente no h canaiscomo nas praias rasas de mar aberto. As melhores praias so aquelas que tm canais maisfundos. Mas como eles podem variar, em profundidade e largura, ao longo de uma praia, htambm trechos melhores e piores. Tambm um trecho em que houver ao largo uma laje ou umparcel, embora invisveis por estarem submersos, provavelmente ser um bom ponto. Um

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    detalhe como esse, evidentemente, s pode ser conhecido atravs de informaes deconhecedores do lugar.

    Nos trechos de praia de faixa de areia mais estreita e inclinao maior, em que se formambarrancos, pequenas dunas ou elevaes prximas linha d`gua, pode haver canais, vales e"poes" bem prximos, visveis por causa da gua mais escura resultante da maiorprofundidade. Alcanveis com arremessos curtos, mesmo do seco, so pontos promissores,ainda que pouco comuns, encontrveis em algumas praias, e que podem mudar de lugar,dimenses e profundidade, ou at mesmo desaparecer aps uma grande ressaca ou convulsesno mar.

    Outro bom lugar so os encontros de guas, onde h ondas desencontradas e o mar bate maisque em outros trechos da praia, como acontece nas pontas que dividem duas praias contguas enas barras de rios e canais. Nesses lugares normalmente existem bancos de areia, formandocomo que uma barragem submersa, com buracos e depresses. As beiradas desses "aterrossubmarinos" so sempre promissores.

    As praias chamadas de tombo, de acentuada declividade, so mais fundas, sem o mesmoesquema de canais das praias rasas. A faixa de areia estreita, com areia fofa e grossa, e asondas quebram com mais fora bem prximas linha d`gua, ao encontrarem o barranco dapraia e as ondas de retorno. Os peixes chegam a essa faixa de arrebentao e ao valo bemprximos para comerem. Por isso, a pesca mais confortvel nessas praias, onde no precisoentrar na gua ( e nem deve) e ficar brigando com as ondas. Em compensao, se o peixe noestiver encostando, ser necessrio executar lanamentos extremamente longos comequipamentos apropriado, e nem isso muitas vezes ser suficiente.

    Seja qual for a conformao ou o tipo de uma praia, um fator essencial na piscosidade amaior ou menor oferta de alimentos aos peixes, em quantidade e qualidade. A principal causa damovimentao dos peixes a procura de alimentao para eles, tais como crustceo, moluscos,

    vermes e peixes midos, moradores habituais de guas rasas.

    Nas praias rasas, que so tambm praias de banho por terem pouca inclinao e largas faixas deareia, as ondas comeam a quebrar longe, formando vrias linhas de arrebentao. Essasarrebentaes so causadas pelos canais que existem no intervalo entre elas e so sucessivamentemais fundos medida que se afasta da praia. Da, pode-se deduzir, mesmo de fora da gua, que,atrs de uma linha onde as ondas quebram regularmente, existe um canal, identificvel como umremanso entre as ondas, uma faixa de guas menos turbulentas, e tambm mais fundas. Dessetipo a maioria das praias paulistas, bem como muitas das extensas praias que se estendem peloslitorais de outros Estados.

    A melhor forma de reconhecer na prtica um canal, sua largura, profundidade e distncia dapraia, entrar na gua na mar baixa, principalmente se o mar no estiver muito agitado. Oprimeiro canal, por ficar numa faixa de ondas fracas e pouca correnteza lateral, muitas vezesno chega a carecterizar-se como um canal, e sim, como uma bacia, um rebaixado poucodefinido. Essa faixa mais rasa normalmente freqentada por peixes pequenos, tais comobetarinhas, corvininhas, galhudinhos e outros "inhos". Na mar alta pode-se apanhar nesta faixapeixes um pouco maiores, de tamanho aproveitvel.

    Caso o primeiro canal no tenha peixe ou esteja raso demais, os peixes devero estar maisfora, ou seja, mais no fundo, talvez no canal seguinte, a uns 30/40 m de distncia mais oumenos, conforme a praia e o ponto dela. A ordem, ento, atravessar o rebaixado e seguir, pelo

    banco de areia, at o segundo canal, que estar atrs de uma linha de arrebentao mais forte.Desde que a profundidade ali lhe parea suficiente--pois o canal, que est atrs da linha dearrebentao mais fundo e no d para atravessar----, o jeito lanar os anzis nesse canal.

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    Para no se cansar pulando regularmente ondas altas, levando violentas pancadas de gua nabarriga e na cara, ou firmando os ps no fundo de areia para no ser arrastado, poder voltar umpouco,soltando a linha, at uma altura de guas mais calmas e esperar a resposta do peixe ao seu"telegrama". Estando com equipamento pesado, poder recuar mais e deixar a vara apoiada numcalo ou fincador espetado no raso.

    Se, por efeito de uma vazante mais intensa, o segundo canal tambm no tiver peixe, a sadaser tentar o terceiro canal, desde que seja possvel alcan-lo com fortes arremessos ou vadearo segundo canal sem maiores riscos. Nos canais mais fundos, notadamente nas horas de vazantede mars grandes e guas agitadas, a correnteza muito forte em direo ao fundo. Por isso, ano ser que voc seja um exmio nadador, afeito ao mar, no se aventurem em canais fundosonde possa perder o p,principalmente quando o mar estiver "puxando", isto , estiver numaforte vazante. Nunca se deve desafiar o mar, ainda mais quando ele estiver furioso. A gentepode at se safar de eventuais apuros, mas s vezes no sem levar chumbo... como, porexemplo, a perda total do equipamento de pesca. Se numa dessas d uma cibra, a sim, que abarba cresce.

    Tambm se pode, de certa forma, "sentir" um canal a distncia pelo comportamento dachumbada. Se a chumbada, aparentemente adequada, no parar depois de afundar, poder sersinal que ela no est no canal. Se, parar de rodar, possivelmente caiu no canal e poitou. claroque, se a chumbada for leve demais, rodar sempre, e, se for excessivamente pesada, poderpara em qualquer lugar.

    Esses canais e vales ao largo da praia equivalem, pois aos chamados "poos" que existemnos rios. O que no quer dizer que fora dos canais no se encontrem peixes, j que se apanham,esporadicamente, certas espcies de superfcie ou de meia gua, ou mesmo outras que estejamde passagem por um banco de areia. Tambm no s lanar os anzis num bom canal eesperar boas fisgadas, pois fatores diversos, como condies climticas e outros, podem afastaro peixe da praia ou inibir-lhe o apetite e a movimentao. O fato que, se pretendemos sucesso

    numa pescaria, preciso seguir a lgica, e a lgica, no caso lanarmos nossos anzis nospontos onde normalmente h peixes, e no em locais menos provveis.

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    Pesca Mdia:

    Fora das competies, nas quais se pesca em funo dos resultados e luz dos regulamentos ,fazendo-se o que mais convm em termos de pontuao, na pesca meramente recreativa edescompromissada o material de barra mdia usado pelos pescadores de arremesso com bomproveito. No sendo nem leve demais e nem muito pesado, tem uma larga faixa de utilizao,podendo pegar tanto peixes pequenos quanto os de grande porte, alm do que possibilitapotentes arremessos a longa distncia. Numa praia de tombo, onde se pesca do seco, umarremessador mdio, com um material apropriado, pode ultrapassar a distncia de 100 m semmaiores dificuldades. Um top caster desses mais tcnicos e afeitos a competies delanamento, com uma potente vara de grafite ou outra adequada, molinete e arranque coerentese linha mais ou menos fina, capaz de ir buscar peixe a distncias inatingveis por pescadorescomuns, algo como 175 jardas ou cerca de 160 metros, e at mais.

    Peixes visados: tamanho mdio entre 1 e 2 kg, variando tambm para mais ou para menos,dentro de uma faixa ampla sem limites definidos. Exemplos: betaras gradas, corvinas,ubarama, pampo, caonetes, bagres cabeudos, enchovas, robalos, parus, pescada. xareletes, etc.

    Varas: preferentemente de grafite ou fibra de vidro, de cerca de 3,50 m, no muito pesadasmas firmes, de ao rpida e com potncia suficiente para fortes arremessos de chumbadas de60 a 110 gramas (mais ou menos de 2 a 4 onas)

    Molinetes: entre 400 e 500 gramas, ou de 15 a 18 onas, podendo variar para mais ou paramenos conforme o material de que feito, mas com capacidade para acomodar 300 m ou maisde linha 0,30 mm. Dimetro de boca do carretel entre 5,5 e 6 cm em mdia. Exemplos: Mitchell306/406, Abu Cardinal 66 e 57, Penn710 e 550SS. No que tange capacidade de lanamentoslongos, o Escualo o destaque, apesar de suas deficincias em outros itens. Muitorecomendveis so os melhores modelos long cast da Daiwa, como o WhiskerSport GS-1000,TD-1655H, SS-2000, TG-2600H e outros. Embora sem terem bobinamento perfeito como os

    melhores modelos da Daiwa, os similares da Shimano tambm so bons (TG-L4000, GT-X4000, Biomaster GT-4500, etc.).

    Linhas: espessura mdia 0,30 mm com arranque 0,40 a 0,50 mm, podendo essas medidasvariar um pouco para mais ou para menos.

    Anzis: tamanho mdio entre 6,4,e 2 na escala do farpado Mustad ordem 92247, largamenteutilizado na pesca martima.

    Chumbadas: de 60 a 70 gramas em mdia, podendo chegar a 100 gramas em condiesadversas do mar.

    Iscas: camaro, manjuba, fil de sardinha ou parati, cernamb, tatu, caranguejinho daspedras, e a mais recente vedete da pesca de praia, o crustceo apelidado de "corrupto", etc.

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    Pesca Leve:

    Como o material barra-leve verstil, embora vise basicamente peixes de pequeno porte, tantopode apanhar peixes pequenos, de menos de 50 gramas, quanto exemplares bem maiores,surpreendendo o pescador e obrigando-o a valer-se de calma e percia para colocar a pea no

    seco. Mas nem sempre calma e percia so suficientes. s vezes um grande peixe, no meio docaminho, abocanha o peixinho que est sendo recolhido no material ligeiro e leva tudo de um sgolpe, sem apelao. Um peixe brigador de 1 quilo, por exemplo, fisgado num material leve,ope tanta resistncia que d a impresso de pesar uns 10 quilos. O que muito difcil deacontecer um equipamento exageradamente pesado pegar peixe pequeno. Muito novato pastaporque tem expectativa pouco realistas e, com receio de perder peixes to grandes quepraticamente no existem no lugar, emprega material superdimensionado. Se j no fcil pegarpeixes que existem, pegar o que no existe impossvel.

    Peixes visados: pequenos, em mdia 100 gramas, podendo variar para mais ou para menos,tais como betaras (papa-terra), cangos, savelhas, cngulos, corvinotas, roncadores, parats-barbudos, salteiras (guaiviras), pescadinhas, galhudos, caratingas, corcorocas, carapicus,

    cavalinhas, etc.

    VARAS:: em torno de 2,40 m a 3,00 m, preferentemente do tipo tubular de fibra de vidro ougrafite, leves e sensveis, mas ao mesmo tempo mais ou menos firmes, de boa ao, com castingweightideal ao redor de 30 a 35 gramas, at 60 gramas (cerca de 2 onas)

    MOLINETES: pequenos, de 250 a 350 gramas, ou de 8,5 a 12 onas, mais ou menos, comboa sada de linha e capacidade de carregar entre 200 a 300 metros de linha 0,20 mm. Boca docarretel com o dimetro de 4 a 5 cm aproximadamente.

    LINHAS: de 0,15 mm a 0,20 mm, bobina cheia. recomendvel encher o carretel com uns

    200 m para o caso de precisar dar linha para o peixe e para quando, aps o arremesso, ter deretroceder bastante por fora das condies do mar, alm de, eventuais rompimentos, ainda terlinha no molinete para continuar a pescar com o mesmo material. Para encher o carretel, debom alvitre enrolar no fundo, como calo, linha mais grossa, qual ser emendada a linhaprincipal. Tanto o calo quanto a linha principal no devem ser muito apertados, seno ocarretel poder estourar com a presso exercida por centenas de voltas do nilon. Tambm sepode enrolar, como calo , uma linha multifio (de fios tranados), macia e sem elasticidade, queno se encharque e se acomode bem no carretel, para amortecer a presso do nilonmonofilamento enrolado por cima. H molinetes que vm com um redutor na bobina para queno se tenha de enrolar muita linha desnecessria . Na ponta da linha-mestra costuma-seemendar uma linha de arranque de cerca de 7 metros. Para linha 0,15 mm arranque 0,20 mm;para linha 0,20 mm, arranque 0,30 mm. Com chumbo leve (at 30 g) e canio flexvel , o

    arranque poder ser dispensado, a critrio do pescador.

    Anzis: de ns 18 a 12, mais ou menos, na escala norueguesa comum ou de outra fabricaesde tamanhos equivalentes.

    Chumbadas: 30 gramas em mdia , podendo variar para mais ou para menos em funo domaterial e das condies da pesca.

    Iscas: pedacinhos de camaro descascado, cernamb, minhoca de praia (poliqueta),pedacinhos de sardinha ou manjuba, etc.

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    Chicotes ou rabichos

    O chicote, tambm conhecido como rabicho, o segmento terminal da linha, em que sofixados os anzis e a chumbada. Geralmente uma pea de nilon monofilamento podendo serde fio de ao em casos especficos-, ligada na ponta da linha mestra (ou do arranque, se houver).

    Claro que se pode amarrar os anzis e a chumbada diretamente na linha mestra, no estilo deixaque eu chuto usado por alguns principiantes, sem nenhum sistema de giro nem conexesarticuladas, mas sem dvida se ganha mais seguindo a melhor prtica, com um suprimento dechicotes de tipos e espessuras diferentes.

    Em princpio, em qualquer categoria de pesca de arremesso, o chicote no deve ser nunca oelo mais fraco da corrente formada pelo conjunto linha/arranque/chicote. Ao contrrio, deve sero segmento mais confivel, e por isto deve ser de preferncia mais forte do que o arranque. Nodeve ser mais fino ou mais fraco, seno poder romper-se a um forte arremesso e o arranque,no caso, ficaria sem sentido. J um rabicho destinado pesca pesada deve ser especialmentereforado, com conexes e giradores ainda mais forte do que a linha. Peixes grandes no tmsutileza, e com eles, o material no precisa ser muito elaborado, bastando que seja funcional e,

    acima de tudo, resistente. Isso para que o rabicho, nos momentos cruciais do embicheiramentopossa agentar os violentos embates de um peixe grande e, tambm, eventuais impercias dobicheirador. Impercias essas que, alis, no so eventuais, posto que incontveis arraias eoutros pesos-pesado j foram perdidos por ter o bicheirador, na precipitao, bicheirado ochicote em vez do peixe.

    Portanto, em funo da categoria de pesca, o chicote muda, no s de resistncia, mastambm de enfoque. Na barra leve, com pernadas e anzis mais finos, a preocupao principal com relao sensibilidade e funcionalidade do conjunto. nesse sentido que se adotamsistema de giro e outras sofisticaes destinadas a evitar embaraos no conjunto. Na barramdia, os sistemas de giro ainda so teis, embora o chicote e os empates, mais grossos, noocasionem tantos problemas. No caso da barra pesada, quando se pesca com possibilidades defisgar peas de grande porte, como caes e arraias, o chicote deve ser superdimensionado emtermos de resistncia, inclusive prova de bicheiradores desastrados. No tocante a grandesarraias, especialistas recomendam chicotes feitos de trs fios de monofilamento 0,60 tranados,ou algum sucedneo de resistncia equivalente ou no muito inferior. Para os caes, chicotesde ao igualmente resistentes, que pode ser do tipo encapado de fios de ao vendido em lojas.Para caes menores e outros peixes que costumam cortar a linha, pelo menos os anzis devemser encastoados com fios de ao.

    O rabicho geralmente feito para ser armado com dois ou trs anzis, e para isso pode serduas ou trs pecinhas giratrias (de ao ou de outro material resistente) conhecidos comorotores. nesses rotores que os anzis so ligados atravs de seus empates ou pernadas.

    Tambm se pode usar giradores (destorcedores de linha) como rotores, passando-os na linha dorabicho e fixando-os entre duas miangas retidas por ns de parada. Os rotores so mais prticosporque permitem uma rpida colocao ou substituio dos anzis.

    No rotor simples, o anzol gira em volta do chicote (que o eixo de rotao), junto com orotor ao qual est ligado pela pernada. os melhores modelos so os de rotao dupla, em que apernada (com o anzol) gira num plano, em volta do rabicho, perpendicular ao primeiro, sobre simesmo, independentemente dos giros do rotor. A pernada giratria til na prtica, em razo deque se embaraa ou se enrola menos do que a do tipo fixo. Pois exatamente essa a funodessas articulaes giratrias : impedir problemas da pesca em guas agitadas.

    Embora se possa fazer chicotes e pernadas (para nestas serem fixadas posteriormente osanzis) com uma mesma linha, constituindo uma pea nica, sem articulaes--O chamadorabicho caipira--, o melhor que as pernadas sejam peas separadas e destacveis , articuladas

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    ao rabicho por um sistema de giro. Esses sistemas de giro so mais importantes no materialleve, sujeito a embaraos.

    Num chicote com dois anzis, a distncia entre um rotor e outro pode ser de 40 a 70 cm, maisou menos, conforme se usem pernadas mais curtas ou mais longas, de 30 a 60 cm. Num rabichopara trs anzis, a distncia entre um rotor e outro deve ser menor, de 35 a 50 cmaproximadamente, a no ser que se prefira um rabicho muito comprido. Encurtada a distnciaentre os rotores, as pernadas tambm devem ser proporcionalmente mais curtas. com vistas aevitar que os anzis se embaracem mutuamente. Pernadas curtas opem menos resistncia ao are perdem menos a iscas no arremesso, mas principalmente, enrolam-se menos no rabicho. Emcontrapartida, pernada longas deixam as iscas mais livres no fundo do mar, como se estivessemsoltas, deslocando-se de um lado a outro com o vaivm das ondas, como que podem chamarmais a ateno do peixe, ou podem levar o peixe a engoli-las sem sentir resistncia.

    Nos torneios abertos de pesca de arremessos em que se permite usar trs anzis, comumente oregulamento estipula o limite mximo de 1,50 m para o comprimento do rabicho. Mas ainda queno houvesse tal limitao, aumentar mais o comprimento seria contraproducente. Estando

    dentro do mar, com a gua pela cintura, o pescador nem teria como arremessar com um rabichoexageradamente longo.

    No entanto, em certas situaes particularmente com os ps fora dgua --numa praia detombo-- e diante de um cardume de agulhas e outros peixes de superfcie, convm aumentarbastante o comprimento do chicote, suspendendo os anzis em relao a chumbada, a fim deque as iscas pairem da meia gua para a tona. isso pode ser feito facilmente, colocando umaextenso na ponta do rabicho.

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    Na pesca convencional de fundo, conforme comporte dois ou trs anzis, o rabicho podemedir, de ponta a ponta, entre 50/60 cm e 1,20 m aproximadamente. Em sua extremidade, fixado um grampo ou uma presilha giratria para reter a chumbada. O rabicho armado, comanzis e chumbadas, ligado ao arranque por intermdio tambm de um grampo ou presilhacom girador. O girador tem a funo de evitar que a linha-mestra fique torcida no recolhimentocom a chumbada e/ou peixe em sua ponta. No havendo nenhuma conexo giratria , a linhaficaria de tal maneira torcida que, aps alguns recolhimento, passaria a embaraar-se a cadanovo arremesso. Essas peas (rotores e giradores), logicamente, tambm devem ter tamanhos eresistncia compatveis com o conjunto do material.

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    Mar:

    Muitos pescadores iniciantes quando vo pescar no mar faz isso nos dias e horrios que lhes somais convenientes, raros so os que inicialmente tem a noo da influncia da mar sobre apesca.

    Sabemos que a Lua quem determina as Mars, em cada fase temos uma mar diferente, sendo:

    Nova e Cheia - mars grandes que atingem o limite mximo na cheia e seca; Crescente e Minguante - mars pequenas, tambm chamadas de mars mortas;

    Mesmo dentro das luas a mar varia aproximando-se da prxima, ou seja, no primeiro dia da luacheia a mar estar grande e forte e na medida em que vai se aproximando a lua minguante elavai ficando mais branda e com pouca variao - caracterstica da lua minguante.

    A durao da mar de 6:00 horas (arredondando), isto entre ela estar totalmente cheia at ficartotalmente seca, mas h um intervalo de 30 minutos (aproximadamente) conhecido como

    "Parada", exemplo: na tbua de mar est informado que s 12:00 a mar estar cheia nestehorrio a mar atingir 2 metros de altura, ento entre 12:00 e 12:30 teremos a parada, a marficar sem variar, e s 12:31 ela comear a baixar. Estas paradas so conhecidas como:

    Enchente - parada da seca (baixa-mar); Reponto - parada da cheia (preamar);

    De um dia para outro existe uma defasagem de 45 minutos (aproximadamente), exemplo: Se emum dia a mar estar cheia s 12:00, no outro estar s 12:45. Mas no basta apenas pescar nalua/mar certa, pois outro fator determinante , como dizem os pescadores locais, "A hora dopeixe comer". Isto ocorre pela manh (do nascer do sol at +/- 10:00 horas) e tardinha (de

    16:00 horas at o anoitecer) A mar mais esperada pelos pescadores locais a "Mar deLanamento" que acontece no segundo dia da lua crescente, esta mar indica que estacomeando um novo perodo propcio pesca, e esta mar caindo no reponto entre 6:30 e 9:30da manh isto significa que estaremos com a mar certa e na hora certa (do peixe comer)!

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    Materiais:

    Os ps na areia, o vento no rosto, o som das ondas, o canto das aves marinhas, enfim, umrelacionamento estreio com a natureza que se consuma quando sente-se a ponta da vara curvar-se e comea a briga para recolher a linha sem deixar o prmio escapar no recolhimento, a

    adrenalina sobe, o corao acelera, o suor escorre pelo rosto at que chega na areia o trofu.Essa a Pesca de Praia.

    Praticada ao longo de toda a costa brasileira a Pesca de Praia vem aumentando seu nmero depraticantes, sejam aqueles em busca de umas horas de lazer a ss com a praia e seus mistrios,ou com a famlia em um dia de Sol a beira mar, ou competindo nos mais varidos torneios depesca e gincanas. Seja filiado a um Clube de Pesca ou por iniciativa pessoal o pescador hojeconta com uma infinidade de materiais especficos para esta modalidade de pescaria a um custoacessvel.

    Para iniciar na Pesca de Praia os materiais iniciais no necessitam, obrigatoriamente, ser demarcas de ponta, at porque comum, no incio, cometer erros no manuseio e trabalho do

    equipamento e danific-lo. Porm, a questo do valor algo pessoal, h material para todo tipode gosto e preo. Um kit bsico para iniciante composto de: vara, molinete, chumbada,chicote, anzol, linha de nylon, caixa de pesca, alicate, espera, secretria, tesoura, faca, fioelstico, caixa trmica, toalha de pano.

    Vara

    As varas podem ser telescpicas ou particionadas, com ao ultra-rpida, rpida, mdia e lenta.O que vai determinar a ao da vara de pesca o quanto sua ponta curva-se quando sobre ela aplicada uma fora. Outro fator observado nas varas o blank, que nada mais do que omaterial com que se confecciona o corpo da vara, hoje existem uma gama de composies paraformar o blank, carbono, grafite, fibra composta, etc. Indica-se o carbono por ser um materialbem leve, o que proporciona um maior conforto na hora da pescaria. Quanto a capacidade dearremessar de uma vara de pesca chamamos de casting. O casting o elemento que vai definirqual a massa da chumbada que poderemos associar a vara. Normalmente o casting vem marcadono blank e deve ser respeitado para no causar danos ao material e acidentes no trabalho da varade pesca. Passadores, os passadores so os locais por onde a linha passa do molinete at a pontada vara, podem ser em vrios materiais: alconite, sic, alumnio, etc. Para iniciar na Pesca dePraia indica-se uma vara de trs partes, em carbono ou fibra composta, com comprimento de3,60m a 3,90m, casting at 200g. Com o tempo e a experincia essa vara pode variar detamanho para mais e/ou para menos dependo do objetivo do pescador.

    Molinete

    O molinete tem que se adaptar perfeitamente a vara, ou seja, ele tem que formar um conjuntoharmonioso com a vara. Seu peso tem que ser considerado em relao ao conjunto que faz coma vara, um molinete muito pesado pode deixar o conjunto desequilibrado e tornar a pescadesconfortvel. Outro detalhe a ser observado o tamanho do molinete que deve ser coerentecom o tamanho da vara. Indica-se para uma vara de 3,60m um molinete de tamanho mdio comrelao de recolhimento de 4.1:1, j o suficiente para iniciar. Um molinete de PDP tem quepossuir capacidade de arremessar a isca, visto que o arremesso o que vai levar a isca ao pontoque o pescador deseja.

    Chumbada

    Na pesca de praia as chumbadas mais utilizadas so a pirmide, carambola e beachbomb, devidoa sua capacidade aerodinmica, favorecendo ao aremesso. O que vai definir o formato e massa

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    da chumbada so as condies do local da pesca: correnteza, vento, ondas, etc. Lembrando quea massa da chumbada a ser colocada na vara vai estar limitada pelo casting, que deve serobservado rigorosamente. Uma dica til comear a pescaria com as chumbadas mais indicadaspara arremesso, as carambolas, torpedo, gota d'gua, beachbomb e, caso as condies do marobriguem, utilizar as pirmides e aranhas que proporcionam uma ancoragem melhor da linhamas prjudicam o arremesso.

    Chicote

    Existem os chicotes com pernadas fixas e pernadas de saque. O mais prtico o chicote com aspernadas de saque, pela praticidade de troca rpida das pernadas de anzol. Este tipo de chicote composto por rotores e miangas presas por ns. Nos rotores onde se prende a pernada deanzol, tambm por meio de miangas. Porm no existe uma receita nos chicotes, uma escolhapessoal. Os chicotes com rotores so indicados pois evitam, em muitos casos, que a pernadaembole no chicote.

    Anzol

    Os anzis so algo de escolha pessoal. Existem uma gama de marcas e modelos de anzis, osquais podem apresentar os mais variados formatos e tamanhos. Os anzis podem ser de pata ouolho. O importante a ser observado no anzol que ele deve ser bem amolado para que a fisgadaseja certeira. O tamanho do anzol deve ser compatvel com o tamanho do peixe. Um detalheimportante a chamar a ateno o tamanho do peixe que determinado pela Lei IBAMA queestabelece os tamanhos mnimos de captura para cada espcie de peixe.

    Linha de nylon

    Na Pesca de Praia normalmente utiliza-se linhas de bitolas mais finas para a linha principal e noarranque e chicote utiliza-se as linhas de bitola maior. Isso porque os elementos naturais comovento e correnteza exercem influncia sobre o posicionamento da linha. Uma linha de bitolamais fina sofre menos com a ao desses elementos, permitindo que a linha, econseqentemente a isca, fiquem posicionadas a espera do peixe, por isso comum observar naPesca de Praia linhas de .15mm e .16mm. Para permitir o arremesso da chumbada utilizam-selinhas de maior bitola variando entre .30mm e .50mm. Para iniciar indico uma linha .15mm ou.20m com arranque .30mm e chicote 0.40mm. As pernadas, tambm em linha de nylon, podemser confeccionadas em linhas 0.30mm ou 0.35mm.

    Fio Elstico

    Comumente chamado de Elastricot, este um artifcio utilizado para segurar a isca no anzol. Na

    Pesca de Praia, a isca pode se soltar na hora do arremesso e ento utiliza-se o Elastricot paraevitar a sada da isca do anzol.

    Caixa de Pesca

    Utilizada para levar a tralha de pesca para a praia. Podem ser utilizadas as caixas com partiesinternas e vrios nveis para alocao da tralha de pesca.

    Alicate

    Utilizado para manusear alguns acessrios metlicos e realizar cortes em situaes de acidente

    com os anzis. muito importante ter na tralha um alicate de bico, de corte, etc.

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    Espera

    Espera o equipo que permite apoiar a vara enquanto se executa o manuseio da isca, ou seespera a fisgada do peixe. Normalmente a espera fica enterrada na areia. Existem vrios tipos deespera, cano plstico, alumnio, etc.

    Secretria

    Utilizada para apoiar os materiais para manuseio da isca, alm das prprias iscas a serempreparadas para a iscagem. um equipo muito til na Pesca de Praia.

    Tesoura e faca

    Utilizadas para manuseio da isca e cortes em arremates de ns, etc.

    Caixa trmica

    Utilizada para armazenagem da isca e do peixe que se vai levar para casa, da gua para sehidratar e o alimento.

    Toalha de Pano

    Utilizada para limpar as mos aps manuser a isca evitando que pedaos de isca entrem emcontato com a vara e molinete.

    Como mencionei, esse um kit para iniciar na atividade. Com o passar do tempo os materiaisvo sendo adaptados as necessidade do pescador, os tamanhos das varas, os tipos de molinetevo sendo escolhidos de acordo com os objetivos da pescaria: de fundo, de beirada, pedras, etc.

    Por ser uma prtica de praia, muitas vezes o pescador fica exposto ao Sol, portanto algunscuidados so necessrios como um bom filtro solar, bon, culos polarizados, muita gua parahidratao e alimentos leves como frutas, isso para proporcionar um dia tranqilo de pescariasem dissabores posteriores devido a queimaduras solares e outros perigos da exposiodesprotegida ao Sol.

    Agora s juntar a tralha e seguir direo a paria e passar horas agradveis com os ps na areia.lembrando de sempre praticar uma pescaria segura e sustentvel, com todo o respeito que anatureza merece.

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    Linha

    Existe hoje no mercado uma gama muito boa de linhas. Hoje fala-se muito em multifilamento efluorcarbon, porm estes nomes sero tratados posteriormente.

    Na escolha da linha a ser utilizada deve-se levar em conta os seguintes aspectos: dimetro,resistncia e memria.

    Dimetro , a grosso modo, o tamanho da circunferncia da linha, ou em termos mais tcnicos o dimetro da seco ortogonal a linha.

    Resistncia a capacidade mxima de peso suportado pela linha. A resistncia vai variar emfuno do tamanho do peixe que se deseja pescar. Um fato importante a ser destacado quedentro da gua existe um campo de resistncia muito grande o que ocasiona um maior peso aque a linha submetida na hora do trabalho dentro da gua. Trocando em midos, se o pescadorpega um peixe de 5 Kg, quando dentro da gua o peixe vai exercer uma fora sobre a linha e agua do mar tambm vai exercer uma fora sobre a linha, o que leva ao entendimento de

    compensar a resistncia da linha em termos do esforo total que ela vai exercer dentro da gua.Mas no se trata de algo a ser milimetricamente calculado, pois as condies do mar sofremvariaes infinitas dentro de um curto espao de tempo. Outro fator que merece ateno que,em muitos casos, uma linha de determinado fabricante em dimetro de 0.40mm, por exemplo, menos resistente que uma 0.37mm, de outro fabricante, isso ocorre devido ao processo deconfeco da linha que varia de fabricante para fabricante. Deve-se levar tambm em conta queembaixo da gua a linha pode vir a sofrer atrito com superfcies mais rgidas, como rochasrepletas de mariscos, o atrito com os passadores, etc.

    Memria a propriedade da linha se deformar e retornar a sua forma original. Quanto maioramemria da linha menos capacidade ela tem de voltar a sua forma original aps uma ao quea deforme. As linhas de maior memria so menos indicadas para empate de anzol. A

    deformao da linha pode ocasionar danos e desgastes na mesma.

    Linha Principal:

    Na Pesca de Praia (PDP) os fatores naturais influenciam a maneira de pescar. Correntesmarinhas, vento, ondas, relevo marinho, substrato, tudo vem a exercer ao sobre a linha queest ao sabor do movimento do mar enquanto a isca aguarda o ataque do peixe. Problemas comoa isca sair da posio em que lanada, chumbada no ficar fixada na areia e correr para oslados muitas vezes so problemas ocasionados pela ao dos elementos naturais sobre a linha. complicado falar em padres de material e procedimentos na PDP, porm, como auxlio

    reduo desse desconforto, na hora da pescaria existe o artifcio de utilizar linhas mais finaspara a pescaria na praia. So comuns em pesca de praia a utilizao de linhas de bitolas0.14mm, 0.16mm, 0.20mm e no so raros os casos da retirada de belos exemplares de peixescom essa bitola de linha. O arremesso tambm vem a ser beneficiado pelo uso de linhas debitolas mais finas.Quando do uso de uma linha mais fina, necessitamos do chamado arranque,que nada mais que uma linha de maior bitola atada ou colada linha principal cuja funo suportar o trabalho realizado pelo conjunto chumbada + chicote na hora do arremesso.

    Arranque

    O arranque, mencionado anteriormente, uma linha de maior bitola que a linha principal quevem com a funo de suportar o trabalho realizado pelo conjunto chumbada + chicote durante oarremesso.

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    Os arranques podem ser montados de vrias formas, um dos fatores que podem definir o tipo dearranque a ser utilizado tem relao com o peso da chumbada que se deseja arremessar.Os procedimentos utilizados para atar a linha principal ao arranque so os ns e a colagem.Na confeco dos arranques devemos levar em contra a diferena entre os dimetros da linhaprincipal e a linha do arranque, essa diferena no deve ultrapassar os 0.10mm. Isto porquediferenas acima dos 0.10mm pode ocasionar comprometimento e perda de resistncia daemenda. Nesses casos utilizamos um mtodo que visa derivar as espessuras de linha desde alinha principal at o arranque. Segue um exemplo:

    Linha Principal: 0.20mm

    Arranque: 0.30mm ~ 0.40mm ~ 0.50 mm

    Arranque: 0.25mm ~ 0.30mm ~ 0.35mm ~ 0.40mm ~ 0.45mm ~ 0.50mm

    ChicoteO chicote onde ficam presas as pernadas dos anzis. a parte de baixo do conjunto da linha,anterior a chumbada principal.

    Existem inmeros mtodos para confeco de chicotes, o que vai definir qual chicote a serusado o objetivo da pescaria a ser realizada. Existem chicotes com giradores, rotores, chicotescom ns, chicotes com chumbada oliva, enfim uma gama de montagens que o pescador ter deavaliar segundo o objetivo que almeja em sua pescaria.

    Pernadas

    Pernada a linha que prende o anzol ao chicote.O tamanho da pernada pode variar de acordo com o objetivo da pesca. Quando utilizamos umchicote com mais de uma pernada devemos observar que o tamanho da pernada seja menor queo intervalo entre as mesmas no chicote. Por exemplo, se um chicote possui duas pernadas e elasesto 30cm distanciadas importante que o tamanho da linha da pernada seja um pouco menorque esse intervalo. Esse procedimento interessantes pois visa diminuir o embolo das pernadasque normalmente acontecem pois as mesmas esto ao sabor do mar.

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    NS PARA AMARRAR OU EMENDAR

    Tudo que livro sobre pesca fala de ns, e ns no vamos ser excees regra, ainda maisquando nossa proposta expor os assuntos elementares da pesca de arremesso. Assim como osescoteiros e os homens do mar aprendem a dar nos como um dos primeiros conhecimentos aassimilarem, tambm o pescador, que lida com linhas, fios, emendas e amarras deve aprender adar ns, sempre presentes em sua atividade.

    O n mais clebre referido na Histria deve ser o lendrio n grdio, que ningum conseguiadesatar porque era engenhoso, complicado e sem pontas visveis. Vaticinava o orculo local quequem conseguisse desfazer esse n seria o senhor de todo o Oriente. Quando Alexandre, oGrande, frente de seu exrcito, chegou Frgia (parte da atual Turquia), teria sido apresentadoa ele o indigitado n que ningum conseguira desamarrar. Ao examinar brevemente a pea, ogrande conquistador macednio no pensou duas vezes: desembainhou sua espada e de um sgolpe cortou o n. Como sempre, o orculo estava certo: Alexandre foi senhor de todo oOriente. dominando at alm do imprio persa.

    Pois n de pescador tambm deve ser assim: impossvel de desatar ou afrouxar, sem sercomplicado. Para desfaz-lo, s cortando. Um n ruim pode soltar-se ou partir-se, resultando naperda do peixe ou do material.

    Embora os ns sejam um inconveniente, por formarem pontos fracos na linha, no h comoevita-los num equipa- mento em que se usam segmentos de fios de bitolas diferentes, alm depeas diversas que devem ser amarrados. Uma simples experincia poder mostrar como um nenfraquece a linha. Pegando um pedao de linha de nilon monofilamento digamos, de 0,60mm, com teste de cerca de 42 libras - , enrole as pontas nas mos, para a linha no escorregar epuxe com fora em sentidos opostos, inclusive dando trancos, tentando romp-la. Se voc forum pescador comum, e no uma montanha de msculos, dificilmente conseguir romp-la. Mas,se der uni n cego no meio da linha e pux-la como antes, ela se romper ao primeiro tranco. E

    se romper sempre no n, que ter formado um ponto fraco. Para os do tipo muito forte, claro, aexperiencia dever ser feita com uma linha proporcionalmente mais grossa, e o resultado ser omesmo.

    Se os ns so inevitveis e eles constituem pontos fracos na linha, preciso dar os ns maisapropriados para cada amarra ou emenda que se pretenda fazer. Os melhores ns so aquelesmais fceis de dar e que ao mesmo tempo ficam firmes, com a menor perda possvel deresistncia da linha. Ns ruins so aqueles em que as voltas escorregam com o aperto, podendosoltar-se, ou aqueles que amassam a linha, comprimindo uma volta contra outra, como o caso

    do n cego.

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    Segundo testes de resistncia feitos com aparelhos, alguns tipos de n chegam a reduzir acapacidade da -linha metade. Se um pescador usar um n desses, por exemplo, numa linha0,40 mm, confiante de que a resistncia de sua linha de 18 libras, como declarado no carretelpelo fabricante, na verdade poder estar usando um fio com resistncia equivalente de umalinha 0,30 mm, com 9 libras de teste. Ao perder um peixe grande, poder culpar a linha e seufabricante, quando a culpa poder ter sido do n imprprio.

    Para colocar o arranque s pressas, principalmente durante a pesca, pode-se usar este n deemenda, mais simples.

    Melhor ser se, em vez do n cego na linha mais grossa (arranque), se der um n em forma de"8".

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    N para unir duas linhas monofilamento, conhecido bloot knot pelos pescadores de lnguainglesa.

    Dois dos diversos tipos de ns para empatar anzis de patinha.

    Eis um n de cabresto muito simples: 1) dobrar a linha na poro da extremidade onde se querfazer o cabresto; 2) passar o lao por duas vezes pela volta dupla, para reforar o n; 3) apertar on. aparando a sobra da linha. E Duas maneiras de amarrar a linha no carretel do molinete. Aoempatar um anzol de patinha, aperte o n de forma que a linha fique do lado de dentro, paraevitar que ela sofra atritos contra as bordas da patinha.

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    O n de emenda da linha mestra ao arranque, alm de ser um ponto preocupante, forma umcaroo onde voltas do arranque esbarram na sada. No arremesso e no recolhimento, o caroopassa tropeando nos passadores, mas o atrito mnimo. Com peixe na ponta da linha, onde ocaroo tropea mesmo na ponteira. Embora no represente maior inconveniente na prtica, on (ou o caroo) pode ser substitudo por uma emen- da, com o arranque colado linha mestracom uma cola de nilon, feita de nilon picado e dissolvido em fenol (cido fnico, lquido), emfogo brando. A cola, com a consistncia e a cor do mel de abelha, funde as duas pontas de linhascomo uma solda, e seca um poucas horas. Depois, s aparar as pontas das linhas coladas, semdeixar rebarbas. Escusado recomendar os devidos cuidados com o fenol, que corrosivo.Quanto ao nilon a dissolver na mistura, pode ser linha usada, mas de preferncia incolor, ou

    seja, sem corantes. A mistura dever ser bem feita, porque, havendo excesso de nilon emrelao ao fenol, o caldo resultante ficar grosso e no colar bem. Se faltar nilon na mistura, acola ficar fina demais e corrosiva, e dissolver as linhas em vez de col-las.

    A cola pode ser conservada num pequeno frasco de vidro (de remdio, por exemplo), tampadocom uma rolha de cortia. Com o tempo, fica avermelhada e encorpada, mas no perde suaspropriedades.

    Para emendar duas linhas, s prender as pontas das duas, esticadas, juntas e paralelas, e passara cola no meio, de um lado e do outro, numa extenso de 2 a 3 cm. As duas pontas de linhapodem ser mantidas esticadas, presas nos cortes feitos em duas rolhas de cortia ou dois tarugos

    de borracha. As rolhas ou as peas de borracha devem estar fixadas num pedao de sarrafo demadeira ou uma tabuinha, distanciadas uma da outra uns 10 cm. Um palito de dente ou umarame fino (a ponta aberta de um clipe serve) presta-se bem para passar a cola.

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    Sempre que pescadores estranhos veem nossas linhas de arranque coladas, perguntam se aemenda no se solta ou no enfraquece a linha. A linha emendada, naturalmente, poderromper-se - tanto quanto uma linha no-emendada -, mas no por causa da emenda, e tambmnunca se romper na emenda, at porque nesse trecho h duas linhas.

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    Materiais

    - 1 Cano de PVC de DN 50 mm (70 cm) (branco) - R$ 3,97/metro- 1 Cano de PVC de DN 25 mm (75 cm) (marrom) - R$1,60/metro

    - 3 Pedaos de cano PVC DN 25 mm (9 cm cada)- 3 caps (tampes) de PVC de DN 25 mm (marrom) - R$ 0,90 cada- 1 T cola/rosca DN 25 mm (marrom) - R$ 2,60- 1 T de reduo DN 50/25mm (marrom) - R$ 3,62- 1 bucha de reduo DN 50/25 mm (marrom) - R$ 2,24- 1 adaptador rosquevel para caixa dgua (flange) - R$ 8- 1 adesivo plstico para PVC (17g) (cola) - R$1,50- 1 pedao de madeira (cabo de vassoura) para fechar o tubo junto ao adaptador.- 1 pedao de sandlias havaianas (melhor borracha para usar na bomba).

    Construo

    > Com a lista de materiais e as imagens disponveis, no restam muitos segredos para montar abomba. Ao unir o cano (branco) PVC 50mm (70cm) ao T de reduo DN 50/25mm, no hnecessidade do uso de cola. Ele entra bem justo e, com o tempo de utilizao, se desgasta at aponta quebrar. Assim, fcil retir-lo e substitu-lo.> No cano interno (marrom) de PVC 25 mm (75 cm), faa a rosca de um lado e, na outraextremidade, cole a flange, tampando o tubo com um pedao de cabo de vassoura e cola, paraevitar a entrada de gua e ar.> Recorte uma rodela do dimetro do tubo branco (50 mm) de sandlias havaianas para fazera borracha que vai entre a flange. Essa borracha tem tima durabilidade.> Antes de colar a bucha de reduo ao T de reduo, faa um furo, uma espcie de respiropara a sada de ar na bucha de reduo. No T DN 25 mm , cole 8 ou 9 cm de cada lado, e

    finalize colando um cap (tampo). Aps o tempo de secagem da bomba, s colocar em prticaa engenhoca.

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    Uso

    Ao localizar o buraco do corrupto na praia, posicione a bomba no centro dele,puxando o cabo. Enterre a ponta de 10 a 15 centmetros na areia e acione abomba, puxando o cabo totalmente para cima. s vezes, necessrio dar duasbombadas consecutivas para sugar areia at alcanar a profundidade do animal.

    Dica: leve sempre em sua caixa de pesca borrachas adicionais, pois com o tempoelas ressecam e podem se romper. A ao da bomba tem que ser rpida, para nodar chances para ele escapar.

  • 7/27/2019 Guia Pesca

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    Pernadas:Seus tamanhos so definidos depois da escolha dos chicotes e da distncia entre os rotores.

    Esta normalmente de 60cm, com pernadas de 30cm para no enroscarem entre si. Quando ochicote for de apenas um rotor, o tamanho da pernada pode ser de 60cm ou maior, desde queno ultrapasse o tamanho do chicote.- Dica: as linhas de fluorcarbono so timas para as pernadas. Com pouca memria, ficamesticadas durante toda a pescaria. Caso se dobrem, basta estic-las com fora que voltam aonormal.- Quanto custa: Um carretel com 50m de fluorcarbono 0,40mm custa em mdia R$29,00.

    I scas:A ateno para este ponto total. Afinal, so elas que atrairo (ou no) os peixes para asnossas linhas. O leque grande: camaro, lula, corrupto, sardinha, tatura, minhoca de praia,

    sarnabi e saquarit, entre outras. Quanto mais frescas, melhor. Capriche na forma de coloc-las no anzol, a apresentao correta da isca fundamental. Faa de forma que a ponta doanzol fique exposta. Assim, as chances do peixe escapar diminuem.

    Dica: quando for comprar iscas no mercado (camaro sete-barbas, por exemplo), verifique se

    esto sendo mantidas sem conservantes (metabissulfito de sdio).- Kit bsico para 1 dia de pesca:200g de camaro50 corruptos1 sardinha e 1 pacote de minhoca de praia

    Chumbos:No servem apenas para arremessar as iscas e mant-las no fundo, como muitos pensam.Tambm trabalham na fixao e/ou movimentao das iscas. A variedade de modelos etamanhos grande, podemos citar 2 entre os mais usados:

    - Pirmide: usado para fixar a isca no local desejado (normalmente canais), sem que ela se

    movimente, esperando os peixes que passam por ali. Tambm usada quando h muito arrastede mar.- Carambola: de forma arredondada, beneficia o arremesso. Por rolar em movimento de vai-e-vem, tambm movimenta a isca, chamando a ateno dos peixes e reduzindo as chances de que

    seja roubada por estrelas-do-m

    Pernada com anzol duploUma grande dica usar um chicote com apenas um rotor e uma pernada longa com anzol

    duplo, ou seja, dois anzis na mesma pernada separados por um ou dois centmetros. Asegurana da fisgada bem maior, principalmente quando vamos atrs dos grandes. Num dosltimos testes feitos com a pernada, foram fisgadas uma corvina, uma ubarana e duas betarasde bons tamanhos, sem necessidade de substituio.