perÍodo regencial

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) - PERÍODO REGENCIAL -Após a abdicação de D. Pedro I, o poder político do Brasil ficou dividido entre três grupos diferentes: -Restauradores defendiam um regime absolutista e lutava pela volta de D. Pedro ao poder; representavam os comerciantes portugueses e seu líder era José Bonifácio de Andrada e Silva -Liberais Exaltados lutava pela descentralização do poder, pela autonomia administrativa das províncias e pelo sistema federalista; eram representados por profissionais liberais, pequenos comerciantes, padres, militares de baixa patente,

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PERÍODO REGENCIAL -Após a abdicação de D. Pedro I, o poder político do Brasil ficou dividido entre três grupos diferentes: - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PERÍODO REGENCIAL

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PERÍODO REGENCIAL-Após a abdicação de D. Pedro I, o poder político do Brasil ficou dividido entre três grupos diferentes:-Restauradores defendiam um regime absolutista e lutava pela volta de D. Pedro ao poder; representavam os comerciantes portugueses e seu líder era José Bonifácio de Andrada e Silva-Liberais Exaltados lutava pela descentralização do poder, pela autonomia administrativa das províncias e pelo sistema federalista; eram representados por profissionais liberais, pequenos comerciantes, padres, militares de baixa patente, seus nomes de destaque: Cipriano Barata, Borges da Fonseca e Miguel Frias

Page 2: PERÍODO REGENCIAL

-Moderados defendia a monarquia, a manutenção da escravidão e o respeito à constituição; grandes proprietários rurais, representados por Padre Diogo Antônio Feijó, Evaristo da Veiga e Bernardo Pereira de Vasconcelos

-Estes grupos dominaram a cena política brasileira até o ano de 1834, ano da morte de D. Pedro I, a partir daquele momento destacaram-se os progressistas e regressistas

Page 3: PERÍODO REGENCIAL

-Progressistas: favoráveis a um governo forte e centralizado, dispostos a fazer algumas concessões aos liberais exaltados, como dar maior autonomia administrativa às províncias

Regressistas: favoráveis à valorização do Poder Legislativo e contrários à liberdade administrativa das províncias

-Em 1840, os regressistas passaram a ser denominados de Partido Conservador(saquaremas)

Page 4: PERÍODO REGENCIAL

-Os progressistas passaram a ser denominados de Partido Liberal(Luzias)

-Esses dois grupos dominaram a cena pública brasileira no Segundo Reinado. Do ponto de vista ideológico havia pouca divergência entre eles, as discórdias eram resultado da luta pelo poder

-Oliveira Viana afirmou: Nada mais conservador do que um liberal no poder. Nada mais liberal do que um conservador na oposição

Page 5: PERÍODO REGENCIAL

ETAPAS DO PERÍODO REGENCIAL-O período regencial passou por três

etapas:-Regência Trina Provisória – de 07 de

abril a 17 de junho de 1831-Regência Trina Permanente – de 17 de

junho de 1831 a 12 de outubro de 1835-Regência Una – de 12 de outubro de

1835 a 23 de julho de 1840, compreendendo as regências de Feijó e Araújo Lima

Page 6: PERÍODO REGENCIAL

Regência Trina Provisória(1831)-Composta por Francisco de Lima e Silva,

Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos

-As principais medidas adotadas por eles foi: a convocação de uma Assembleia Geral para elegerem uma Regência Permanente; reintegração do Ministério dos Brasileiros; promulgaram uma lei que restringia as atribuições do Poder Moderador; anistia aos presos políticos (medidas de caráter liberal e antiabsolutistas que duraram até 1837)

Page 7: PERÍODO REGENCIAL

A REGÊNCIA TRINA PERMANENTE-Composta por João Bráulio Muniz, José da

Costa Carvalho e Francisco de Lima e Silva, representavam os interesses dos moderados

-O padre Diogo Antônio Feijó foi nomeado para o cargo de ministro da justiça repreendeu de forma enérgica as agitações populares e os levantes militares, para isso criou a Guarda Nacional(tropas controladas pelos grandes fazendeiros e constituía o braço armado do governo

-Por não conseguir controlar os políticos de oposição, em 1832 renunciou ao cargo

Page 8: PERÍODO REGENCIAL

Ato Adicional de 1834:

Primeira revisão da Constituição. Elaborado pelas várias correntes políticas do período, contribuiu para o avanço e a consolidação do Estado brasileiro

-O Rio de Janeiro tornou-se um município neutro-Conselhos provinciais substituídos pelas

assembleias legislativas-Extinção do Conselho de Estado-Regências passaram de trinas para unas Diogo Feijó foi eleito como regente único, como

estava previsto no Ato Adicional

Page 9: PERÍODO REGENCIAL

A REGÊNCIA DE FEIJÓ(1835-37)-O padre Feijó venceu as eleições contra

Cavalcanti de Albuquerque que representava os moderados e regressistas, a vitória de Feijó foi bem apertada o que dificultou sua administração

-Durante seu governo, explodiram revoltas como a Cabanagem e Farroupilha

-Os regressistas o acusavam de não conseguir impor ordem no país o que o levou a renunciar e o poder foi entregue ao ministro Pedro de Araújo Lima

Page 10: PERÍODO REGENCIAL

REGÊNCIA UNA DE DIOGO ANTÔNIO FEIJÓ(1834-1837 --Feijó criou a Guarda Nacional, para tentar manter a ordem política interna e para combater as rebeliões-Aprovação do Código de Processo Criminal que descentralizou o poder jurídico e político-Diante das oposições políticas e as rebeliões que teve que enfrentar, Feijó renunciou, em 1837, e Araújo Lima assumiu o governo até 1840-Conservador, Araújo Lima tinha uma tendência regressista-A incapacidade de superar a crise representada pelas rebeliões e as dificuldades econômico-financeiras contribuíram para o Golpe da Maioridade-A aristocracia rural articulou o golpe, diante das dificuldades de estabilizar a situação política.

Page 11: PERÍODO REGENCIAL

REVOLTAS REGENCIAIS

-A taxa privilegiada de 15% conseguida pela Inglaterra, em 1810, foi estendida às importações de todos os países e assim a concorrência dos produtos estrangeiros tornava impossível o desenvolvimento da produção nacional-O açúcar e o algodão sofriam com a concorrência dos Estados Unidos e o couro entrou em crise devido à produção dos países platinos, gerando um déficit na economia, no período entre 1821 e 1860

Page 12: PERÍODO REGENCIAL

-A crise econômica contribuiu para gerar foco de descontentamento interno em várias províncias-Além da crise econômica, o que motivou as revoltas foi a ideia de maior autonomia provincial (federalismo), defendida pelas elites agrárias e a crise econômica-Luta de homens livres, pobres e escravos por participação política e melhores condições de vida e trabalhoReferindo-se às diversas revoltas políticas, padre Feijó afirmou que o vulcão da anarquia ameaçava devorar o império

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CABANAGEM- GRÃO PARÁ (1834-1840)

-População que morava em cabanas, na mais completa miséria (negros, índios e mestiços )

O objetivo político era a mudança do quadro econômico e social, acabando com a escravidão, distribuindo terra para o povo e matar os exploradores

Líderes, representantes das mais variadas camadas sociais, como o padre Batista Campos, o jornalista Lavor Papagaio e o latifundiário Feliz Malcher

Os governos cabanos, com o tempo, passaram a ser exercidos por populares, como Francisco Vinagre e Eduardo Angelim

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FARROUPILHA- RS (1835-1845) Criadores de gado, estancieiros, produtores de charque.

Reclamavam da concorrência do charque platino Reivindicavam medidas protecionistas e defendiam o

ideal separatista e republicano, uma luta política entre liberais exaltados (farroupilhas) e os moderados

Proclamação de duas Repúblicas: Piratini, no RS e Juliana, em SC

Houve três líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi

-O povo só participou do movimento como massa de manobra, não havia interesse em acabar com as injustiças sociais e a miséria

Luis Alves de Lima e Silva(Duque de Caxias) repremiu os revoltos e assinou um acordo com os líderes, colocando fim à mais longa revolta brasileira

Page 15: PERÍODO REGENCIAL

Em 1845, os rebeldes assinaram a “Paz dos Dez pontos, atendendo exigências como aumento dos impostos sobre o charque platino, anistia política dos envolvidos no conflito e indenização dos prejuízos sofridos com a guerra.

REVOLTA DOS MALÊS – 1835A maioria da população de Salvador era de escravos de ganho, mas os senhores não pagavam pelos serviços recebidosRebelião influenciada pela independência do Haiti e pelo sonho de uma república negra, foi dizimada pela elite baiana e tropas do governo.

Page 16: PERÍODO REGENCIAL

SABINADA – 1837-8

Comandado por integrantes das camadas médias de Salvador, liderada pelo médico Francisco Sabino que representava uma classe média culta de Salvador, sem a participação de populares

Descontentes com o governo regencial, os rebeldes pretendiam proclamar uma República Bahiense

-Não havia proposta de mudar a situação social dos baianos

Revolta reprimida por latifundiários baianos e Guarda Nacional

Page 17: PERÍODO REGENCIAL

BALAIADA –MARANHÃO 1838-41 Ampla participação de pobres, escravos, negros livres,

vaqueiros e fazedores de balaios -O Maranhão atravessava uma séria crise econômica

devido à concorrência do algodão produzido nos Estados Unidos

A crise econômica e social foi o combustível da rebelião, liderada por Raimundo Gomes, Manuel Francisco dos Anjos e o Preto Cosme, um líder quilombola

-Apesar de desorganizados, os rebeldes conquistaram Caxias, uma importante cidade do Maranhão e o poder foi entregue aos bem-te-vis(Raimundo Gomes)

Movimento combatido e vencido pela elite local, com o apoio de tropas imperiais, comandadas pelo Duque de Caxias

Cosme foi condenado à morte por enforcamento.