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O SEGUNDO REINADO: O PERÍODO REGENCIAL Natania Nogueira [email protected] www.historiadoensino.blogspot.co m

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Resumo de matéria sobre o período Regencial no Brasil.

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Page 1: Período regencial

O SEGUNDO REINADO: O

PERÍODO REGENCIAL

Natania [email protected]

www.historiadoensino.blogspot.com

Page 2: Período regencial

Em 1831, D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho Pedro de Alcântara, que

tinha apenas 5 anos de idade. Conforme as regras da Constituição do

império, o Brasil seria governado por um conselho de três regentes, eleitos pelo Legislativo, enquanto Pedro de Alcântara não atingisse a maioridade (idade de 18 anos).

O período regencial foi marcado também por importantes revoltas políticas e sociais que, agitaram a vida do país.

O PERÍODO REGENCIAL

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A vida pública do país foi dominada por três grupos principais que disputavam o poder político: restauradores, liberais moderados e liberais exaltados.

Em 1834, D. Pedro morreu em Portugal, aos trinta e seis anos de idade. Com sua morte, teve fim o objetivo do grupo dos restauradores.

Este grupos, por fim, acabaram dando origem aos partidos Conservador e Liberal, que disputaram o poder durante todo o II Reinado.

OS GRUPOS POLÍTICOS E A DISPUTA PELO PODER

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- No dia 7 de abril de 1831 (data da abdicação), o Parlamento brasileiro estava em férias. Os poucos políticos que se encontravam na cidade resolveram, como solução de emergência, eleger uma Regência Provisória para governar a nação, até que se elegesse a regência permanente.

A Regência Trina Provisória governou o país durante quase três meses. Participaram dela: senador Carneiro de Campos, senador Campos Vergueiro e brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

Regência Trina Provisória

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Após reunir deputados e senadores do país, a assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente, no dia 17 de junho de 1831.

Durante a Regência Trina Permanente, destacam-se:• A criação da Guarda Nacional (uma polícia de confiança

do governo e das classes dominantes agrárias)• O Ato Adicional de 1834 (uma reforma na constituição

do império - uma tentativa de satisfazer as diversas forças políticas que brigavam no país).

A Regência Trina Permanente

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O padre Diogo Antônio Feijó ganhou as eleições para regente, com uma margem pequena de votos.

Feijó sofreu grande oposição de conservadores e liberais, não conseguindo agradar a nenhum dos grupos e acabou tendo que governar sem apoio no legislativo.

Quando ainda faltavam dois anos para terminar seu mandato, Feijó decidiu renunciar ao cargo de regente. Provisoriamente, a regência foi entregue a Pedro de Araújo Lima, senador pernambucano que representava os regressistas.

A regência do Padre Feijó

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Ao assumir o poder, Araújo Lima montou um ministério composto só de políticos conservadores.

Combateu as revoltas provinciais com violência.

As rebeliões separatistas ameaçavam a unidade territorial do país.

A Lei Interpretativa do Ato Adicional (12 de maio de 1840), que reduzia o poder das províncias e colocava os órgãos da Polícia e da Justiça sob o comando do poder central.

A regência de Araújo Lima

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O período regencial foi marcado por uma série de revoltas com objetivos separatistas.

Destaca-se a repressão violenta aos amotinados e o tratamento diferenciado dado às revoltas de cunho popular em comparação às revoltas lideradas pela elite.

Em muitos destes movimentos podemos identificar princípios liberais e republicanos, como a defesa do federalismo e substituição da Monarquia pela República.

REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL

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Chamou-se cabanagem a rebelião que, marcada por enorme violência, irrompeu na província do Grão-Pará (Pará e Amazonas atuais) e mobilizou as camadas mais pobres da população contra o poder central e as elites, sobretudo os portugueses.

A eclosão do movimento deveu-se ao abandono político e a miséria da população (que vivia em cabanas).

A massa rebelde chegou a tomar o governo, porém, não havendo consenso entre os cabanos sobre que rumo tomaria o levante e ocorrendo traições internas, essa rebelião acabou sendo massacrada em 1840 com um saldo de 40 mil mortes, numa população que não chegava a 100 mil habitantes.

A Cabanagem

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Movimento autonomista ocorrido na Bahia entre 1837 e 1838.

Setores políticos da província ligados aos liberais radicais e à maçonaria defendem os ideais federativos contra o centralismo monárquico.

Liderada pelo médico Francisco Sabino da Rocha Vieira, a rebelião começa em Salvador, em 7 de novembro de 1837.

Os "sabinos" denunciam a ilegitimidade do regime da Regência e proclamam a República, prevista para durar até a maioridade legal do imperador.

Três líderes são executados e outros três deportados. Sabino Vieira é confinado na província de Mato Grosso.

O movimento contou com a participação maciça da classe média urbana.

A Sabinada

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A Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul, 1835 a 1845): Seu nome se originou dos precários trajes dos revoltosos.

Seus principais líderes foram Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi.

As causas principais foram os altos impostos sobre produtos gaúchos e exigência por mudanças políticas.

A revolta resultou na criação da República Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul e na República Juliana, em Santa Catarina. Os revoltosos foram anistiados.

A Farroupilha

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A Balaiada( Maranhão, 1838 a 1841): Seu nome deriva do fato que parte dos revoltosos eram fabricantes de balaios.

A Balaiada se iniciou no Maranhão e caracterizou-se por ser popular, e tinha como líderes o vaqueiro Raimundo Gomes, o fabricante de balaios, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, e o chefe de um quilombo, o negro Cosme.

As causas principais foram a insatisfação com o presidente nomeado pelos regentes e as precárias condições de vida dos vaqueiros, fazedores de balaios e escravos.

O movimento que abalou o Maranhão, apesar das mortes, inclusive de Manuel Francisco, “o Balaio”, apenas foi pacificado após ser nomeado o Presidente da Província, o Coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias)

A Balaiada

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A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835.

Os revoltos eram os negros islâmicos (Malês) que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo.

Os revoltosos estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros.

A revolta terminou com a morte de boa parte dos participantes e a prisão dos sobrevivente.

Os líderes foram condenados a pena de morte. Os demais foram condenados a trabalhos forçados, açoites e degredo.

A Revolta dos Malês

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Os Liberais fora do poder fundaram o Clube da Maioridade, organização política cujo objetivo era lutar pela antecipação da maioridade do príncipe a fim de que ele pudesse assumir o trono.

Em 1840, a Assembleia Nacional aprovou a antecipação da idade do príncipe Pedro de Alcântara. Era a vitória do Clube da Maioridade.

Assim, o jovem Pedro foi aclamado imperador, como título de D. Pedro II, em 23 de julho de 1840. Iniciava-se o Segundo Reinado, período que durou quase meio século (1840 a 1889).

O GOLPE DA MAIORIDADE