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Page 1: Período Regencial- Camila

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Colégio Guarapiranga

Período Regencial

Nome: Camila Santos Lacerda nº 05

Profª: Magali

Junho/ 2010

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Introdução

O período regencial brasileiro (1831 – 1840) foi o intervalo político entre os mandatos imperiais da Família Imperial Brasileira, pois quando o Imperador Pedro I abdicou de seu trono, o herdeiro D. Pedro II não tinha idade suficiente para assumir o cargo. Devido à natureza do período e das revoltas e problemas internos, o período regencial foi um dos momentos mais conturbados do Império Brasileiro.

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Índice

1. Capa;2. Página de rosto;3. Introdução;4. Índice;5. Abdicação do Imperador/ A disputa pelo poder;6. O Período regencial (1831/1840) / Nomeação dos regentes;7. Governo/ Ministério de 7 de Abril de 1831;8. Regência Trina Permanente (1831/1835) / Eleição do regente/ Governo;9. Imagens;10.Conclusão;11.Bibliografia.

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Período Regencial

Abdicação do imperador

Com o primeiro reinado, instaurado logo depois da Independência do Brasil (1822), o Brasil passou por diversas instabilidades políticas. Depois de graves problemas internos, advindos de crises internacionais (como a disputa da Província Cisplatina e questões hereditárias em Portugal) e de instabilidades políticas no país, o Imperador D. Pedro I não conseguiu suportar a pressão, e se viu obrigado a abdicar do seu posto como Imperador do Brasil. No dia 7 de abril de 1831, o imperador D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, que tinha pouco mais de cinco anos.

A abdicação do Imperador provocou um vazio político no país, acirrando a disputa pelo poder entre as duas principais correntes do império: liberais exaltados e liberais moderados. O grupo dos exaltados era formado, principalmente, pelas camadas médias urbanas, enquanto que os moderados eram constituídos pelos representantes da aristocracia rural. Estas duas correntes políticas compunham o chamado Partido Brasileiro, e tinham se aliado em uma tentativa de intimidação a D. Pedro I, já que estavam insatisfeitos com os rumos absolutistas que o herdeiro do trono português estava seguindo.

Os membros do Partido Português, simpáticos à forma de governo autoritária de D. Pedro I, enfrentaram-se no episódio conhecido como A Noite das Garrafadas (março de 1831).

A disputa pelo poder

Conseguindo o seu intento, a aliança se desfez, e cada grupo passou a lutar para conseguir se instalar no poder. Os liberais moderados redigiram, no dia seguinte à abdicação, um documento intitulado "Proclamação em nome da Assembléia Geral aos povos do Brasil", no qual informavam sobre os acontecimentos, afirmavam seu apoio aos regentes nomeados e aconselhavam prudência e moderação à população, e que observasse a Constituição e respeitasse os novos governantes.

Como D. Pedro II era menor, era preciso escolher um regente. A Constituição de 1824 designava para esta função o membro da família real com mais de 25 anos de idade. Já que não existia ninguém nessas condições, os deputados e senadores elegeram uma regência composta por três membros.

Já o grupo dos liberais exaltados via este momento como a possibilidade de transformações mais radicais, maior liberalização do regime e de mais participação nos destinos do império. Entendia que afastados do governo, junto com D. Pedro I, os portugueses identificados com o absolutismo, haveria condições de aqui se desenvolverem os ideais liberais revestidos de um caráter

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nacionalista. No entanto, os portugueses tinham se reorganizado e lutavam, agora, pela volta de D. Pedro I ao trono brasileiro, sendo por isso chamados de restauradores. E, ao mesmo tempo, o governo era dominado pelo grupo dos moderados. Desta forma, o movimento da abdicação transformou-se, para os exaltados, numa verdadeira "Journée des Dupes" (Jornada ou Dia dos Logrados), pois não conseguiram chegar ao poder, além de verem suas propostas esquecidas, apesar de terem participado ativamente para a deposição de D. Pedro I. Perceberam, portanto, que tinham lutado pelos outros. Assim, são três as tendências políticas em jogo no cenário político brasileiro a partir de 1831: os restauradores, ou caramurus; os liberais moderados, ou chimangos; e os liberais exaltados, ou farroupilhas ou, ainda, jurujubas.

Em meio a este quadro de agitações políticas era necessário organizar o novo governo, já que a Constituição do Império estabelecia que, no caso de abdicação do imperador, o governo brasileiro seria exercido por um conselho de três regentes, eleitos pelo Legislativo, enquanto D. Pedro de Alcântara, o príncipe herdeiro, não atingisse a maioridade. Desse modo, cumprindo o preceito constitucional, teve início o governo das regências, que passou por três etapas.

O período regencial (1831 – 1840)

O período regencial se inicia em 17 de julho de 1831, cerca de dois meses após a abdicação de D. Pedro I. Segundo a constituição de 1824, caso um monarca não pudesse assumir, deveria ser formada uma regência composta por três pessoas, a chamada Regência Trina. O que impossibilitava a ascensão de D. Pedro II ao trono do Brasil por causa de sua idade. Ele tinha apenas 5 anos de idade em 1831.

Nomeação dos regentes

Como no dia da abdicação de D. Pedro I o parlamento brasileiro encontrava-se em férias, não havia no Rio de Janeiro número suficiente de deputados e senadores que pudesse eleger os três regentes. Os poucos parlamentares que se encontravam na cidade elegeram, em caráter de emergência, no dia 7 de abril de 1831, a chamada Regência Trina Provisória, formada para conter as revoltas que vinham ocorrendo desde que D. Pedro I abdicou ao trono do Brasil, além de organizar a eleição da Regência Trina Permanente.

Esta regência, que governou o país por aproximadamente três meses, era composta pelos senadores Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, e José Joaquim Carneiro de Campos — marquês de Caravelas — e pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva — barão de Barra Grande e pai do Duque de Caxias. As três grandes correntes políticas do Brasil Imperial estavam assim representadas: os liberais, representados pelo senador Campos Vergueiro, os conservadores, por Carneiro de Campos, e os militares, pelo brigadeiro Lima e Silva, que ficaria conhecido como "Chico Regência".

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Apesar de manter as estruturas políticas do império autoritário, mantendo inalterada a Constituição de 1824, a Regência Provisória tinha um caráter liberal e antiabsolutista. Era o início do chamado avanço liberal, que durou até 1837, quando os grupos políticos das províncias alcançaram um maior grau de autonomia.

Governo

A Regência Provisória, por ter entrado no poder em caráter extraordinário, e como o próprio nome indica (provisória), não fez profundas mudanças na sociedade e na instituição. Entre outras medidas tomadas por ela destacam-se:

Reintegração do Ministério dos Brasileiros, demitido por D. Pedro I em abril de 1831, após a Noite das Garrafadas;

Promulgação da Lei Regencial, que restringia as atribuições do Poder Moderador, que temporariamente seria exercido pelos regentes, vetando-lhes o direito de dissolver a Câmara dos Deputados, decretar a suspensão das garantias constitucionais e conceder títulos de nobreza e condecorações;

Anistia aos presos políticos, para abafar a agitação política; Proibição dos ajuntamentos noturnos em praça pública, tornando

inafiançáveis os crimes em que ocorresse prisão em flagrante.

Neste momento, a rivalidade entre brasileiros e portugueses se aprofundava. No final de abril, as manifestações antilusitanas se acirraram, devido à inflamada sensação de nacionalismo e liberdade contra o jugo português. Estabelecimentos comerciais portugueses eram atacados e saqueados, funcionários públicos eram removidos de seus cargos, e a população promovia verdadeiros confrontos contra os portugueses que permaneceram no Brasil.

Ministério de 7 de abril de 1831

Ministro do Império: Bernardo José da Gama, Manuel José de Sousa França

Ministro dos Estrangeiros: Francisco Carneiro de Campos Ministro da Guerra: Manuel da Fonseca de Lima e Silva Ministro da Marinha: José Manuel de Almeida Ministro da Justiça: Manuel José de Sousa França Ministro da Fazenda: José Inácio Borges

Regência Trina Permanente (1831 – 1835)

Esta Regência foi escolhida para governar até que D. Pedro II atingisse a maioridade, mas funcionou somente até 1835, quando a Regência passou a ser uma Assembléia Geral.

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Eleição dos regentes

Uma vez instalada a Assembléia Geral, foi eleita em 17 de junho de 1831 a Regência Trina Permanente, que ficou composta pelos deputados José da Costa Carvalho - marquês de Monte Alegre -, político do sul do país, João Bráulio Muniz, do norte, e novamente pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Tal composição representava, por um lado, uma tentativa de equilíbrio entre as forças do norte e do sul do país; por outro lado, a permanência do brigadeiro Francisco de Lima e Silva representava a busca pelo controle da situação e manutenção da ordem pública.

Governo

Característica importante desta Regência era sua composição por deputados, ao contrário da anterior, formada por senadores. A Câmara dos Deputados simbolizava a defesa da liberdade, e era representativa dos interesses do grupo dos moderados. A Câmara tornou-se um centro de pressão em favor das mudanças constitucionais, em contraste com o Senado, que simbolizava a oposição às reformas e era considerado pelos moderados um "ninho de restauradores".

Porém, a grande força política deste período não foram os regentes mas, sim, o Padre Diogo Feijó, ministro da Justiça, cargo que assumiu sob a condição de que lhe garantissem grande autonomia de ação. Feijó teve carta branca para castigar os desordeiros e os delinqüentes, o direito de exonerar e responsabilizar os funcionários públicos negligentes ou prevaricadores e a possibilidade de manter um jornal sob sua responsabilidade direta. Feijó teve atuação enérgica na repressão às agitações populares e aos levantes militares que ocorreram na capital e em diversos pontos do país neste período. Para garantir a integridade territorial e a defesa da ordem pública criou, em 18 de agosto de 1831, o Corpo de Guardas Municipais Permanentes, no Rio de Janeiro, e a Guarda Nacional na Corte e em todas as províncias. Órgãos subordinados ao Ministério da Justiça se constituíram na principal força armada do Império. Acabou por concentrar os poderes nacionais em suas mãos, até outorgar, em 1834, o Ato Adicional, que mudava a constituição de 1824, criando a Regência Una e as Assembléias Provinciais.

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Imagens

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Conclusão

Ao realizar o trabalho de história, sobre Período Regencial pude concluir que saída de Dom Pedro I do Governo Imperial representou uma nova fase para a história política brasileira. Não tendo condições mínimas para assumir o trono, Dom Pedro II deveria aguardar a sua maioridade até alcançar a idade exigida para tornar-se rei. Nesse meio tempo, os agentes políticos daquela época disputaram o poder entre si no chamado Período Regencial, que vai de 1831 até 1840. Sendo fruto da Constituição de 1824, em meio às reuniões e debates que aconteceriam para a organização da ordem regencial, temos o aparecimento de três grupos políticos mais importantes: os liberais moderados, os liberais exaltados e os conservadores. Os moderados representavam os setores mais conservadores que defendiam irrestritamente o poder monárquico e a manutenção da estrutura política centralizada. Já os exaltados acreditavam que a ordem política deveria ser revisada no sentido de dar maior autonomia às províncias. Alguns outros integrantes desse mesmo grupo chegavam a cogitar a adoção do sistema republicano. Por fim, havia os restauradores, que acreditavam no retorno de Dom Pedro I ao poder. Com a morte de Dom Pedro I, o cenário político reduziu-se às agitações dos moderados e exaltados. Mesmo sendo transitória, a regência acabou sendo marcada por vários levantes e rebeliões que evidenciavam a precária hegemonia do Estado brasileiro. No ano de 1834, tentando aplacar o grande volume de revoltas, os liberais conseguiram aprovar o Ato Adicional de 1834, que concedia maiores liberdades às províncias. Outra medida importante foi o estabelecimento da Guarda Nacional, novo destacamento militar que deveria manter a ordem vigente. Sendo controlada e integrada por membros da elite.

Entre as maiores revoltas da regência podemos destacar a Cabanagem (PA), a Balaiada (MA), a Revolta dos Malês e a Sabinada (BA), e a Guerra dos Farrapos (RS/SC). Na maioria dos casos, todos estes eventos denunciavam a insatisfação geral para com o desmando e a miséria que tomavam a nação. A forte instabilidade do período regencial acabou instigando o desenvolvimento de dois outros importantes eventos. O primeiro deles foi a aprovação da Lei Interpretativa do Ato Adicional, de maio de 1840, que retirava a autonomia concedida às províncias. Dois meses depois, os exaltados conseguiram se aproveitar dos vários conflitos para que o Golpe da Maioridade antecedesse a chegada de Dom Pedro II ao poder, colocando um fim à Regência.

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BibliografiaPt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_regencial

3.bp.blogspot.com/_uO3D1yr6LLM/RraMNnQcHEI/AAAAAAAAAF0/2NeWapxYuBY/s400/f5002.jpg

Passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/imagens/2_reinado_4.jpg

Profclaudio. files.wordpress.com/2009/07/f5040.jpg

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