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Percepções históricas sobre quilombos no Brasil

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Percepções históricas sobre quilombos no Brasil

Categorias de Quilombo

• Quilombo-rompimento – esconderijo; proteção do cotidiana, sua organização interna.

• Quilombo Abolicionista – lideranças conhecidas; articulação política; contato com a sociedade internalizado.

Palmares• Surgiu com escravos fugidos que se estabeleceram

na Zona da Mata, onde atualmente se localiza Alagoas.

• Primeira expedição portuguesa em 1612.• A sociedade cresceu até 1640, quando os

holandeses consideraram uma ameaça.• Perseguição a minorias étnicas pode ter

influenciado alguns brancos a decidir viver em Palmares.

• Primeira incursão holandesa, dos 31 capturados, sete eram indígenas.

Quilombos nas Minas Gerais do Século XVIII

• A maioria da população escrava do movimento quilombola trabalhava em atividades mineradoras.

• Crescimento da população quilombola na região dependia de dois fatores: adesão de novos escravos fugidos; reprodução interna da própria população quilombola.

Relação Quilombo e sociedade escravista em Minas Gerais:

• Relações comerciais clandestina com contrabandistas, taberneiros, negras de tabuleiro e fazendeiros;

• Ataques a viajantes, tropeiros, fazendas e periferias das vilas e aldeias.

• Rede de informações que começavam dentro das senzalas e terminava dentro dos quilombos.

Quilombos de Mato Grosso

• Trabalho cativo em mineração, agricultura, pecuária e obras públicas.

• Quilombo de Quariterê – imediações do Rio Galera.

• Produção do Quilombo: milho, feijão, mandioca, amendoim, batata.

• Conflito de 1795 foram presos:6 negros, 8 índios e 19 índias.

Pampa Negro

• Propriedades de pardos, livres e libertos assaltadas e queimadas.

• Ataques aos feitores gaúchos• Com a revolta Farroupilha o número de fugas

aumentara. Os farroupilhas assaltavam as fazendas dos inimigos e libertavam os cativos que aceitassem lutar como soldados.

Quilombo de Catucá

• Próximo aos engenhos Mussupinho, Monjope, Utinga, Araripe e Pau Amarelo.

• Possuíram uma hierarquia sólida.• Viviam em constante conflitos.• Era um quilombo móvel, dividido em vários

grupos no meio da floresta.• Possuíam brancos na formação da resistência.

Quilombos Maranhenses

• Diversas formações no século XIX• Movimentos populares contra o governo imperial

levou a um esboço de alianças abrangendo livres e escravos.

• Quilombos sobrevivem graças aos aspectos geográficos e fraqueza do aparelho repressivo.

• Vínculo entre os balaios e os quilombolas.

Mocambos do Baixo Amazonas• Uso de mão-de-obra escrava na região cresceu a

partir da segunda metade do século XVIII.• Instituição familiar como base da organização social

dos mocambos.• Mocambos cresciam pelo aumento natural da

população.• Atividades econômicas: extrativismo, agricultura e

comércio.• Convivência quilombola tranquila com etnias

indígenas Caxuana e Tiriô.

Quilombos do Recôncavo da Guanabara

• Alguns quilombolas procuravam fixar seus acampamentos em locais montanhosos e íngremes.

• Praticavam roubos na região metropolitana.• Comercializavam leite, capim, carvão e

madeiras com comerciantes da região.

Principais Quilombos do Rio de Janeiro nas vésperas da abolição

• Quilombo Senna – Limites da Quinta Imperial.• Quilombo Clapp – Situado no Escritório da

Confederação Abolicionista e em São Domingos de Niterói.

• Quilombo Patrocínio – São Cristóvão• Quilombo Miguel Dias – Catumbi, na casa de Miguel

Antônio Dias.• Quilombo Padre Ricardo – Grande fazenda na

Penha.• Quilombo do Camorim – Jacarepaguá.

A rota de fuga para o Quilombo do Camorim

“Um escravo em fuga para o quilombo do Camorim podia pegar o trem a vapor onde é hoje a estação Central do Brasil e seguir até a estação Cascadura, que já existia desde 1858. Em Cascadura descia do trem e pegava discretamente o bondinho puxado a burro da Companhia Ferro-Carril de Jacarepaguá, que existia desde 1875, e era só seguir em frente até um lugarejo chamado Nossa Senhora do Loreto de Jacarepaguá. Aí descia e fazia a baldeação para o ramal da ponte da Taquara, que seguia até o fim da linha. Depois, como no Leblon e no Jabaquara, tinha que seguir a pé, por uma trilha, ate o esconderijo.”(SILVA, Eduardo. As camélias do Leblon e a Abolição da escravatura: uma investigação de História Cultural. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 22)

Quilombo do Leblon

• Idealizado por José de Magalhaes Seixas.• Protegido pela Confederação Abolicionista.• Cultivo de Camélias – Símbolo abolicionista• Guerra das Flores.

Quilombo do Jabaquara

• Origem – 1882. Cunho Abolicionista.• Iniciativa de um membro da elite santista.• Formado por uma série de casas com armazéns. • Moradores da região protegiam os quilombolas das

incursões da polícia.• Recebia refugiados de diversas regiões de São

Paulo.

Quilombo Ivaporonduva

• Formado no século XVII• Com membros negros e indígenas• Foco de resistência do Vale do Ribeira

Bibliografia:ASSUNÇÃO, Mathias Röhring. Quilombos Maranhenses. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.CARVALHO, Marcus Joaquim M. de. O quilombo de Malunguinho, o rei das matas de Pernambuco. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.FUNARI, Pedro Paulo. A Arqueologia de Palmares: sua contribuição para o conhecimento da história da cultura afro-americana. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.FUNES< Eurípedes A. “Nasci nas matas, nunca tive senhor”: mocambos do baixo Amazonas. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.GOMES, Flavio dos Santos. Quilombos do Rio de Janeiro do século XIX. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.GUIMARÃES, Carlos Magno. Mineração Quilombo e Palmares. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.MAESTRI, Mário. Pampa Negro: Quilombos no Rio Grande do Sul. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.RAMOS, Donald. O quilombo e o sistema escravista em Minas Gerais do século XVIII. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. SILVA, Eduardo. As camélias do Leblon e a Abolição da escravatura: uma investigação de História Cultural. São Paulo: Companhia das Letras, 2003VOLPATO, Luiza Rios Ricci. Quilombos em Mato Grosso: resistência negra em área de fronteira. IN: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.