paulo braga - metro1.com.br · como antiguidade é posto, bacalhau por bacalhau, o mais antigo é o...

Jornal da Metrópole, Salvador, 5 de abril de 20182

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Bárbara Silveira Projeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Alexandre Galvão, Bárbara Silveira, Gabriel Nascimento e Matheus MoraisRevisão Bárbara Silveira

Fotos Tácio MoreiraComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

Boca quente

... SEM CHORARE Dizem também que o clima entre Ar-thur Maia e alguns membros do PPS não era dos melhores. O deputado que-ria mandar mais do que podia, o que acabava deixando muita gente subindo nas tamancas. Nem um bolinho de des-pedida deve ter tido...

... ou à merechal?Como antiguidade é posto, bacalhau por bacalhau, o mais antigo é o feito pelo presidente da Assembleia, An-gelo Coronel (PSD) - que anda doido para virar marechal - e além de apre-sentador e radialista, também quebra um galho na cozinha. A base do go-verno agradece!

acaBou... Dizem nos bastidores que mesmo tro-cando o PPS pelo DEM, do prefeito ACM Neto, o deputado federal Arthur Maia corre grande risco de não se re-eleger. O rapaz teria ficado queima-díssimo no cargo de relator da reforma da Previdência, que não conseguiu ser aprovada pelo governo Temer.

BACAlHAu à CORREiA...Candidatíssimo a deputado estadual, o vereador Tiago Correia (PSDB) anda se aventurando na cozinha ultimamen-te. Na páscoa, deu uma de Ana Maria Braga, preparou um bacalhau na brasa e postou o vídeo nas redes sociais. Para virar Elíbia Portela só faltou dar receita. É cada uma...

tom de despedidaO prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) só vai anunciar se será candidato ao Go-verno do Estado no sábado (7), mas já anda discursando em tom de despedida. Na inauguração do Hospital Municipal, o democrata chorou e não deixou de cutucar: “Chegamos para fazer história e matar de inveja”.

FAkECom as eleições cada vez mais próximas e em tempo de fake news, os candida-tos já começaram a coçar os bolsos para comprar seguidores e mais seguidores afim de turbinar suas redes sociais. Se duvidar, tem até defunto no pacote dos fantasmas.

marcelo macedo/camara dos deputados tacio moreira/metropress tacio moreira/metropress

reproducao/instagram

reproducao/instagram reproducao/instagram

Jornal da Metrópole, Salvador, 5 de abril de 2018 3

A Prefeitura entregou uma obra histórica. Chegou o 10 Hospital Municipal de Salvador.

Nunca uma prefeitura fez tanto por nossa cidade.

A Prefe i t u ra d e S a l va d o r a ca b a d e e n t re g a r o p r i m e i ro H os p i ta l M u n i c i p a l d a c i d a d e, inaugurando um novo ciclo na sua história. Um moderno complexo hospitalar com 18.000m2 de área constru ída e local izado em um dos bai r ros mais carentes da capita l : Boca da Mata. Há 500 anos, Salvador esperava uma entrega como esta, que muda a vida de todos.

210LEITOS

30DE UTI

2.400EXAMES POR MÊS

60 MILPROCEDIMENTOS POR MÊS


Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

“Trabalhamos juntos e vencemos as dificuldades e os boicotes. Não foi fácil”

– Mário Kertész

Inovadora, ousada, irreve-rente. A única rádio falada com o jeito e o sotaque da Bahia chegou aos 18 anos — para a alegria de uns e desagrado de outros. Fruto de um projeto inovador liderado por Mário Kertész, a Metrópo-le mostrou ao público baiano, a partir dos anos 2000, que o rádio poderia ser uma ferramenta de serviço para além da diversão.

Desde então, com os micro-fones sempre abertos, a emis-sora onde todo mundo fala e todo mundo ouve se consolidou como um espaço para troca de ideias, debates e críticas. Tudo isso aliado à capacidade inesgo-tável de inovação e ao conteú-do de qualidade, reportagens, informações precisas, e claro, muito bom humor. E o resul-tado não poderia ser melhor: a conquista da credibilidade e ca-rinho do ouvinte baiano.

Jornalismo de qualidade e com aquela pitada de humor bem baiano fazem parte do DNA da Metrópole desde a fundação

Especial

A “radinha”, como carinho-samente chamamos, deu seus primeiros passos ainda em 1990, com a antiga Rádio Cidade. Na época, a emissora já conquis-tava ouvintes com uma progra-mação que mesclava música e pequenas participações com in-formações.

Mas, o espírito inquieto da família Kertész decidiu fazer as coisas mudarem e, a partir de rápidos comentários sobre eco-nomia e, principalmente políti-ca, a antiga Cidade deu espaço à atual Rádio Metrópole, exclusi-vamente jornalistica, mas sem deixar de lado o bom humor.

de cidade à metrópole

Há 18 anos todo mundo falaRádio Metrópole chega a maioridade com paixão pela inovação e língua mais afiada que nunca

2000 2004 2005 2006

A Rádio Cidade passa a se chamar Metrópole, com programa-ção voltada para o jornalismo e inovando com a interatividade.

João Henrique, então candidato a prefeito pela pri-meira vez, tenta calar a Metrópole ameaçando tirar a rádio do ar.

Fizemos a primeira grande reformulação no nosso site — que ainda se chamava ra-diometropole.com.br. Veio mais interativi-dade e mais notícias.

Levamos às ruas a campanha ‘Devolva meu Bahia’, que uniu a torcida na luta pela implantação da de-mocracia no clube. Demorou, mas veio!manuela cavadas/metropress


“De uma importância imensa para a cidade, trazendo informação e fiscalização”

“Dezoito anos que está no ar informando de forma correta e fidedigna, liderada pelo meu amigo Mário Kertész e toda a sua equipe”

– Leo Prates, presidente da Câmara Municipal– Otto Alencar, senador

Ex-presidente Lula conversou com Mário Kertész por diversas vezes, inclusive diretamente dos estúdios da Metrópole, em Salvador Ex-governador da Bahia, Paulo Souto ressaltou o bom jornalismo praticado pela Metrópole

Especial

Já passaram pelos micro-fones da Metrópole políticos e personalidades como os ex--presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, o atual presidente, Michel Te-mer, e o senador Antônio Car-los Magalhães.

Em uma entrevista de 2005, ACM fez elogios públicos

àquele que fora seu parceiro e, depois, inimigo político.

“É um prazer grande falar para a rádio que é cada vez mais prestigiada pelo povo baiano. Eu e você somos mais administradores do que polí-ticos, tivemos muito êxito na Prefeitura e eu agradeço muito a você”, falou à época.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), citou a inovação da Metrópole como um diferencial da emissora. “São dezoito anos de um jeito novo de fazer rádio, com vários tipos de programa, com jornalismo, esporte, lazer. Marcou época e cravou seu es-paço na comunicação da Bahia, com democratização e, definiti-

vamente, um novo jeito de fazer rádio”, avaliou o chefe do execu-tivo estadual.

Para o ex-governador da Bahia e atual secretário da Fa-zenda de Salvador, Paulo Souto (DEM), a Metrópole significa transformação. “Muita criativi-dade, mudando completamente a feição do rádio”, completou.

presidentes e personalidades passaram pelos microfones da rádio

“um jeito novo de fazer rádio”, ressalta rui

10 anos

é o tempo de lançamento do Jornal da Metrópole, que teve início em 2008.

2007 2008 2010 2011Nasce a Revista Metrópole, fazen-do muito barulho na cidade. De dis-tribuição gratuita, teve vida curta, mas incomodou.

Em julho de 2008, os baianos acordaram com mais uma no-vidade: o Jornal da Metrópole, que trou-xe um novo modo de discutir.

A Metrópole é a única FM a cobrir ‘in loco’, da abertura ao encer-ramento, a Copa da África do Sul em 2010. Uma transmissão com o sotaque baiano.

Em 1º de agosto surgiu o moto-repórter, com informações do trânsito fornecidas por Walldo Silva, o rei dos bordões na informação dos en-garrafamentos.

Lei Seca traz mais fiscalização e menos dinheiro para os bares de Salvador. Páginas 10 e 15

Bahia dá adeus ao sonho da Toyota

Página 3

COM A CONFIRMAÇÃO DA ida

da Toyota para Sorocaba (SP), a

Bahia pode dar adeus ao sonho

de ter outra

montadora –

pelo menos por

enquanto. O anúncio

só confirmou o que a

imprensa já dava como certo e

colocou o governador Jaques

Wagner em maus lençóis.

Ele havia declarado que o presi-

dente Lula iria intervir em favor da

Bahia. Ao que parece, a ajuda não

foi suficiente para impressionar

os executivos japoneses. O que

sobrou foram as críticas da oposi-

ção e o silêncio quase absoluto do

governo estadual, que limitou-se

a emitir uma nota, lamentando a

má sorte baiana. Esse foi o terceiro

investimento consecutivo perdido

pelo Estado. Braskem e GM já

haviam abandonado o barco.

JORNAL DA18 JUL08

UM REINADO A SETE PALMOS: O PRIMEIRO ANO DA MORTE DE ACM pág. 6

A FESTA DA DEMOCRACIA já está nas ruas. Bottons, bandeiras, jingles e cartazes começam a poluir a cidade e a encher

a paciência do eleitor. Nessa época, os políticos assumem seu lado mais chato e pedem votos de todas as formas, a qualquer

hora. Com campanhas que têm gosto de prato requentado, o povão ficará com o saco cheio nos próximos meses.

Corpo-a-corpo com os eleitores

já começou

Robô baiano vai à China provar que é bom de bola em copa do mundo virtual

Estado muda a cor das viaturas para ajudar a combater a criminalidade

Em troca de obras, Barradão está mais perto dos tricolores

tecnologia 16

polícia 12

esportes 13

Polícia Federal brinca de estica e puxa com delegado da Satiagraha

brasil 14COPERPHOTO

ADRIANO MACHADO/AE

Campanha eleitoral: a chatice está nas ruas.

Páginas 4 e 5


Especial

2013 2016 2017 2018Consolidamos a ideia de pôr a rádio na rua, fortalecendo os pro-gramas transmitidos do estúdio móvel, e confirmamos a che-gada de Zé Eduardo.

Tem início o projeto Escola Metrópole de Comunicação, oferecendo imersão na prática profissional multimídia.

A Metrópole passa a ser retransmitida por mais de 30 rádios no interior da Bahia e, para ajudar a comu-nicação, lançamos o 0800 gratuito.

Sempre de olho nas novidades, os pro-gramas da Metrópole passam a ser trans-mitidos ao vivo via Facebook qual quali-dade profissional.

Desde quando se consoli-dou como um espaço onde todo mundo fala e todo mundo ouve, a Rádio Metrópole ganhou mui-tos admiradores e alguns inimi-gos — é verdade. Mas o número de ouvintes que compartilha conosco há anos parte de suas rotinas faz tudo faler a pena. “Ainda adolescente eu já ouvia a radinha. Antes mesmo de ela ser

a Metrópole. Hoje, percebo que mais da metade da minha vida tenho vocês ao meu lado. Sendo

informada, emocionando-me e tendo todos vocês como compa-nhia”, relatou a ouvinte Letícia.

no coraÇÃo de milHares de oUVintes

A ousadia sempre foi o nosso principal diferencial, e 18 anos depois, temos o orgu-lho de ter a inovação no san-gue. Em 2017, a inquietude de Mário Kertész e Chico Kertész trouxe mais novidades para a Metrópole: os principais pro-gramas da Rádio Metrópole passaram a ser transmitidos ao vivo via Youtube, aumen-tando a interatividade com os ouvintes que acompanham a radinha diariamente.

inovaÇÃo Como diferenCial diário

Tecnologia sempre marcou a evolução da Metrópole no rádio da Bahia

“Minha melhor companhia de mais de 10 anos pra aguentar uma rotina de trabalho”

“Percebo que mais da metade da minha vida tenho vocês ao meu lado”

– Kall, ouvinte da Metrópole– Letícia, ouvinte da Metrópole

15 anos

A Metrópole deixava de ser só rádio para ganhar mais um membro: o site.

“Aqui ajudamos a quebrar o monopólio político do grupo carlista que era hegemônico politicamente e fechava os espaços para todos aqueles que eram de oposição. Foi aqui que o PT começou a falar, Lula, Ciro Gomes, Jaques Wagner, Valdir Pires, Roberto Santos, e tantos outros que falavam abertamente. Abrimos os microfones para qualquer pessoa falar com o slogan mais verdadeiro para todos nós: Aqui todo mundo fala e todo mundo ouve. A grande dificuldade foi convencer as pessoas de que elas podem e devem ouvir todo o tipo de opinião, mesmo não concordando com elas. Assim se constrói democracia e democracia sem ódio. Todas as pessoas têm direito de votar em quem querem, de defenderem as ideias. Fico muito feliz de estar completando a maioridade da Metrópole (...) Em tudo, sempre estivemos abertos e estaremos até o fim. Esse é o projeto básico do Grupo Metrópole”.

Mário Kertész

há

daniele rodrigues/metropress


Política

supremo derrotado no

Com desempate de Cármen Lúcia, maio-ria do STF nega habeas corpus de Lula


“Não há justiça nesta decisão. Há uma combinação de interesses políticos e econômicos”

– Partido dos Trabalhadores

Política

Mesmo com a negativa do Supremo, de acordo com a de-fesa, o ex-presidente Lula só poderá ser preso após o esgo-tamento dos recursos que ain-da correm no Tribunal Regio-nal Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.

De acordo com a Folha de

S. Paulo, o costume do TRF-4 é rejeitar as ações prote-latórias sem julgá-las – e a tendência deve se repetir. No caso de uma rejeição, um ofí-cio será encaminhado ao juiz Sergio Moro, responsável por ordenar a prisão, que será exe-cutada pela Polícia Federal.

Em nota, o Partido dos Traba-lhadores definiu a decissão como uma agressão. “Nossa Constitui-ção foi rasgada por quem deveria defendê-la e a maioria do Supre-mo Tribunal Federal sancionou mais uma violência contra o maior líder popular do país”, afir-

mou, garantindo que, “ao negar a Lula um direito que é de todo cidadão, o de defender-se em li-berdade até a última instância, a maioria do STF ajoelhou-se ante a pressão escandalosamen-te orquestrada pela Rede Globo”, completou a legenda.

lula ainda nÃo pode ser preso; entenda

“constitUiÇÃo rasgada”

Voto da ministra Cármen Lúcia desempatou questão e decidiu pelo veto ao benefício

“Vozes individuais vão cedendo em favor de uma voz institucional”

Coube a presidente do Su-premo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, decidir, na ma-drugada desta quinta-feira (5), pela rejeição do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em sessão que se arras-tou por mais de 10 horas, seis ministros votaram contra o pedido da defesa de Lula, en-quanto cinco foram favoráveis. “Não há ruptura ou afronta ao princípio da não culpabilidade penal este início de cumpri-mento da pena determinada quando já exaurida a fase de provas, que se extingue exa-tamente após o duplo grau de jurisdição”, justificou a presi-dente durante o voto.

O ministro Edson Fachin, que é relator do pedido, tam-

bém negou a solicitação da defesa. “O STJ, ao chancelar a determinação emanada do TRF-4 se limitou a proferir decisão compatível com a ju-risprudência desta Suprema Corte e. por expressa impo-sição legal, deve manter-se íntegra e estável e coerente”, disse. Os ministros Alexan-dre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux também se posicionaram contra o habeas corpus.

Votaram a favor do bene-fício ao ex-presidente — que tentar evitar ser preso por

conta da condenação no caso do tríplex de Guarujá — os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewan-dowski, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.

Em janeiro, Lula foi con-denado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região – a 8ª tur-ma do TRF4 julgou os embar-gos de declaração da defesa, e se negou a fazer mudanças no teor da pena. Mas apenas da nova derrota, prisão do petista ainda depende de novos des-dobramentos.

– Rosa Weber, ministra

Texto Bárbara [email protected]

fernando frazao/abr

jose cruz/abr


Deputado chegou a gastar R$ 114 mil para

divulgar mandato

Levantamento de dadosDe acordo com o deputado estadual Reinaldo Braga, a verba é usada para “conhecer melhor a região”. “Levantamento de dados, informati-vos”, disse ao Jornal da Metrópole.

Redes sociaisO deputado Mário Negromonte Jr. justificou o gasto com investi-mentos nas redes sociais. “É a evolução, né? A maioria [dos deputa-dos federais] faz isso. Tem que investir”, ressaltou.

Política

quASE à rEvEliA Só em 2018, deputados federais e estaduais baianos torraram mais de R$ 3,7 milhões com gastos de divulgação

Em ano eleitoral, qual polí-tico não quer ganhar uma aju-dinha na divulgação das suas atividades? No Brasil, tal “ajuda” acontece pela via institucional.Os deputados – estaduais e fe-derais – gozam de verba exclu-siva para bancar a “divulgação do mandato parlamentar” e, so-mente este ano, já torraram mais de R$ 3,7 milhões.

Levantamento feito pelo Jor-nal da Metrópole na Assem-bleia Legislativa da Bahia (AL--BA) e na Câmara dos Deputados elencou os campeões de gastos e os que evitaram usar o recurso.

Na AL-BA, a situação é mais

alarmante. Dos 63 deputados, só quatro não utilizaram a ver-ba. Os demais consumiram R$ 2,6 milhões do orçamento da Casa em atividades que têm como o objetivo dar publici-dade às suas ações. Cada par-lamentar estadual, de acordo com resolução aprovada em 2015, pode gastar até R$ 92 mil mensais, dinheiro que pode ser empregado em aquisição de material de escritório, viagens, contração de pessoal e material para publicidade.

Na Câmara, dos 39 deputados federais baianos, oito não uti-lizaram o dinheiro com fins de divulgação. Os outros colegas, no entanto, consumiram R$ 694 mil dos cofres da União.

assembleia acUmUla gastos extraVagantes

Deputado há 35 anos, Rei-naldo Braga (PSL) parece ter muito o que divulgar da sua ati-vidade na AL-BA. Ele ocupa o topo do ranking com uso de R$ 114,7 mil para divulgar as ações do mandato.

A medalha de prata fica com

um velho conhecido do eleitor, o ex-presidente da Casa, Marcelo Nilo (PSB). Pré-candidato a de-putado federal, ele já gastou R$ 109,7 mil. O bronze vai para Fa-brício Falcão (PCdoB). O comu-nista gastou R$ 103,2 mil e quer renovar sua cadeira na Casa. Levantamento do Jornal da Metrópole traz relação de parlamentares baianos que também andam exagerando quando o assunto é gasto

Câmara Federal ostenta alto gasto com divulgação de campanhas; deputados argumentam que é preciso divulgar ações do mandato

Texto Alexandre Galvã[email protected]

luis macedo/camara dos deputados

Foto Tácio Moreira


Quase R$ 700 milSomente nos primeiros meses de 2018, os deputados federais torraram R$ 694 mil dos cofres da União para custear a divulgação dos mandatos em todo o país.

nem todosDe acordo com levantamento feito pelo Jornal da Metrópole, oito deputados federais e quatro deputados estaduais não usam a verba extra para divulgação do mandato.

Política

Nem só de gastos são feitas as Casa Legislativas. Há também quem não empenhe um real na divulgação. São eles: Antônio Brito (PSD), Antonio Imbassahy (PSDB), Fernando Torres (PSD), José Carlos Aleluia (DEM), José

Carlos Araújo (PR), José Rocha (PR), João Carlos Bacelar (PR) e Paulo Magalhães (PSD), em Brasília. Adolfo Menezes (PSD), Pastor Sargento Isidório (Avan-te), Paulo Câmera (PDT) e Robi-nho (PP), no CAB.

algUns depUtados ainda prezam pela economia

“tem que divulgar”

Baiano que mais empregou verbas na divulgação da ativida-de parlamentar, Reinaldo Braga (PSL) tentou normalizar o uso dos mais de R$ 100 mil em ape-nas três meses.

De acordo com o deputado, ele investe mais nas homena-gens aos municípios: “Às vezes uma cidade tem mais festa em um mês e a gente tem que ir, ti-rar foto. Tem meses que tem me-nos”. Um dos deputados federais que mais gasta, Negromonte Jr. justifico: “Temos que divulgar”.Deputado Mário Negromonte Jr. justificou a necessidade de investir em novas mídias

“É a divulgação do nosso mandato, tem que divulgar o que a gente está fazendo”

– Mário Negro Monte Jr, deputado federal

alex ferreira/camara dos deputados


Presidente da Associação Nacional dos Membros do Mi-nistério Público, Victor Hugo Azevedo, é contra a prisão após decisão da Justiça em se-gunda instância. Em entrevis-ta à Rádio Metrópole na última quarta-feira (4), o promotor citou como exemplo o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF) . “A Constituição

não pode ser vista pela expres-são de um único artigo. Ela tem que ser confrontada com princípios do Direito natural e internacional. E nesse con-texto, desses princípios, é que o STF manteve há mais de 80 anos prisão em segunda ins-tância. Não é obrigatória, diz que é possível. O Direito Penal não existe para colocar pesso-as na cadeia”, disse.

Presidente da Associação Brasileira de Advogados Cri-minalistas, Jader Marques, reclamou da espetaculariza-ção do caso do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tri-bunal Federal, em entrevista à Rádio Metrópole na última quarta-feira (4).

“Essa questão de Lula é

muito grave, pois fica reche-ada de política partidária, de eleição, aquilo que, para nós, advogados e juízes, torra a paciência. Nosso trabalho é técnico. Estamos há 300 anos produzindo jurisprudência a respeito do que seja melhor. Depois de muitos anos, che-gamos à conclusão de que as pessoas têm o direito de defe-sa e de que, ao final, elas serão presas”, afirmou Marques.

O promotor ressaltou que crê na independência do Supremo e afirmou que o julgamento não deve ser alterado por conta da pro-ximidade da decisão recente sobre a prisão após segunda instância. “Se nós formos

mudar o entendimento do STF por culpa do processo, não podemos mais dizer que vivemos na égide do Estado Democrático de Direito, mas sim do compadrio. E isso é repugnante. Não espero que seja por aí”, finalizou.

“isso é repugnante”

Foto Tácio Moreira

Entrevista

“direito penal nÃo existe para colocar pessoas na cadeia”

“se as pessoas sÃo Criminosas, vÃo ser presas”

Associação é contra prisão após decisão em 2ª instância e cobra in-terpretação correta da Constituição Federal

Associação critica “espetacularização” do julgamento do ex-presidente Lula e reação popular nas redes

Victor Hugo Azevedo, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público

Jader Marques, presidente da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas

Ainda de acordo com o pre-sidente da Abracrim, certas manifestações nas redes sociais agravam a imagem das institui-ções do país. “Se as pessoas são criminosas e perigosas, vão ser presas preventivamente. Agora, até o Exército se manifesta [...] e o TRF do Rio Grande do Sul vai lá e curte o tweet do general. As coisas viraram espetáculo. Todos precisam dos seus cinco minutos de fama”, reclamou.

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Tomada de Preços nº 01/2018Processo nº. 01502.000296/2018-16. A Coordenação Administrativa da Superintendência do IPHAN na Bahia torna público aos interessados que realizará no dia 07 de maio de 2018, às 09:30, horário de Brasília, a licitação, na modalidade de Tomada de Preços, para execução indireta pelo regime de empreitada por preço global, tipo técnica e preço, referente à CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E RESTAURAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA ORIENTAR AS OBRAS DE RESTAURAÇÃO DO CONVENTO E IGREJA DE SANTO ANTÔNIO, SITUADO NA PRAÇA MARECHAL DEODORO, Nº 1, MUNICÍPIO DE CAIRU, BAHIA, devidamente descrito no edital e nos documentos anexos que o compõem. O Edital, em sua íntegra, encontra-se disponível na sede do Órgão, situada à Rua Visconde de Itaparica, 08, Barroquinha, Salvador-BA, CEP 40.024-080, e também nos sítios www.comprasnet.gov.br e https://sei.iphan.gov.br/sei/modulos/pesquisa/md_pesq_processo_pesquisar.php?acao_externa=protocolo_pesquisar&acao_origem_externa=protocolo_pesquisar&id_orgao_acesso_externo=0.

IABI BANDEIRA MACÊDOPresidente da Comissão de Licitação

AVISO DE LICITAÇÃO

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL-IPHANSUPERINTENDÊNCIA DO IPHAN NO ESTADO DA BAHIA

MINISTÉRIO DA CULTURA

Fotos Tácio MoreiraTexto Gabriel [email protected]

Biblioteca foi inaugurada em 1970

e tem rico acervo

Partindo da entrada, os pri-meiros passos em um hall de-serto, angustiam. Pelo chão, ra-chaduras; ao redor, estruturas metálicas tomadas por ferrugem; em uma das salas, livros cobertos de poeira e sons atordoantes. Isso poderia ser parte de uma história de suspense ou terror, mas é ape-nas a descrição de uma breve visi-ta à Biblioteca Pública do Estado da Bahia, nos Barris, em Salvador.

Há quase 48 anos numa das regiões centrais da cidade, a bi-blioteca é sinônimo de tristeza e frustração para os apreciadores de uma boa leitura. “Ela não se

modernizou. Você chega para fa-zer uma pesquisa digital, não tem como. Não tem computador pú-blico na biblioteca pública. Não oferece senha de wi-fi para quem frequenta. São muitas críticas à administração”, disse a jornalista Rebeca Tavares, salientando que lugar foi fundamental para a sua formação, mas “parou no tempo”.

Também jornalista, Vanessa Costa tocou em outro ponto: o

mau atendimento dos funcioná-rios. “Eu estudava no Largo da Soledade e a referência era a Bi-blioteca Central. Desde essa épo-ca, a gente tinha dificuldade com o atendimento. Era ruim e hoje acho que está pior ainda. Você não encontra funcionário para explicar, indicar [bibliotecário]. A biblioteca já era suja naquela época, não tinha uma organiza-ção boa dos livros”, relatou.

Cidade

Caos na biblioteCa públiCaRecorrer a Biblioteca Pública dos Barris, ultimamente, tem sido tarefa quase que impossível


O setor de jornais possui 291 títulos de periódicos baianos

Sem ar-condicionado, espaço não oferece estrutura adequada aos visitantes Reforma promete revitalizar área dos banheiros que foram vandalizados no prédio

Cidade

Outro motivo frequente de queixas se dirige ao setor de consultas, que, estranhamente, não permite acesso direto aos livros. “A gente chega e tem que ter o título decidido, não pode olhar para escolher. Em qual-quer livraria ou biblioteca que se preze, manusear o acervo faz parte da experiência de ler, aqui não. E pior é que as fun-cionárias, na maioria dos casos, não atendem bem”, reclama a psicóloga Ângela Magalhães. Já a escritora Katherine Funke tem um depoimento ainda mais contundente: “Doei exemplares de livros meus para a Biblioteca. Um dia estive lá e pedi, mas ouvi que não tinha”.

Durante a visita na terça (20), a Metrópole constatou a maioria das queixas rela-cionadas à infraestrutura e presenciou também obras – responsáveis pela atordoante zoada citada.

Segundo a assessoria de comunicação do Governo, as intervenções começaram nes-

te mês. “Entre as ações estão a reforma dos sanitários, que já foi iniciada, da fachada e das esquadrias, que começam na próxima semana. Em seguida, ocorrem as intervenções na es-trutura elétrica, climatização e cobertura”, informou em nota. O texto diz também que há um investimento de R$ 1,2 milhão.

Segundo o diretor-geral da FPC, a parte mais demorada da intervenção é a que envolve o ar-condicionado . “A primeira etapa termina dentro de 30 dias. A etapa final, do ar-condiciona-do, termina em julho. Leva em torno de quatro meses”.

Zulú Araújo prometeu ainda uma agenda para estimular vi-sitas este ano. “Vamos montar uma programação especial para fazer daquela biblioteca um complexo cultural. Inclusive, vai incluir alguns equipamen-tos do entorno”, afirmou.

experiência de leitUra é Vetada; freqUentadores criticam atendimento

governo promete r$ 1,2 milHÃo em investimento

no calor por mais Um tempo

33miL

livros fazem parte do acervo da Biblioteca dos Barris.

Questionado sobre a de-mora para ações efetivas, o diretor-geral da Fundação Pe-dro Calmon (FPC), responsável pela administração do espaço, Zulú Araújo, preferiu não falar sobre gestões anteriores – já que assumiu o posto em 2015 –, mas reconheceu que a bi-blioteca necessita evoluir.

“O Brasil vive uma crise profunda e nem tudo pode ser feito. Há necessidade de reno-vação dos equipamentos, mo-dernização. Se não foi possível, foi porque tivemos que fazer opções”, disse.

diretor reConHeCe atraso: “Crise”

Ferrugem toma conta de equipamentos instalados na Biblioteca dos Barris


à espera de um milagre Vinci promete, mais uma vez, tirar do papel tão esperadas melhorias para o Aeroporto de Salvador

Quando o assunto é o Ae-roporto Internacional de Sal-vador, a lista de reclamações é extensa. Problemas frequentes com o ar-condicionado que não funciona, escadas rolantes paradas e falta de infraestru-tura digna deram ao espaço o título de “Aeroporto de Mer...”, condecoração que é aceita pela maioria dos passageiros. “É muito difícil querer incentivar o turismo desse jeito. Já en-

frentei cada barbaridade nesse aeroporto que fico com vergo-nha de trazer um amigo para Salvador”, reclama a nutricio-nista Helena Reis.

Mas, segundo a Vinci Air-

ports, empresa que administra o terminal, em abril as inúmeras promessas de melhorias vão sair do papel, já que a Agência Na-cional de Aviação Civil (Anac) aprovou a execução da primeira fase das obras. “Entre as inter-venções previstas estão a ex-pansão do terminal, a moderni-zação dos banheiros e fraldários, melhorias no ar-condicionado e nos sistemas de ventilação, a implantação de seis pontes de embarque de aeronaves e im-portantes adequações nas pis-tas”, citou a empresa.

O Contrato de Concessão do aeroporto prevê que as obras de melhorias devem ser divididas em duas etapas, B1 e C1 com conclusão até

2021. “A fase 1C tem previsão de conclusão para outubro de 2021. Os prazos são acompa-nhados pela Anac”, explicou a Vinci em nota.

melHorias até 2021No início de março, par-

te da estrutura de proteção do scanner de bagagens do aeroporto desabou, deixan-do dois funcionários feridos. Poucos dias depois, foi a vez dos fingers, as passarelas que conectam o saguão de passageiros aos aviões, apre-sentarem defeito. De acordo com passageiros, os fingers 11, 12, 7 e 8 apresentaram problema com frequência.

desabamento, defeitos e mUita reVolta

Falta de infraestrutura tira a paciência de passageiros que usam o Aeroporto de Salvador

Guichês de check-in são sempre cheios no aeroporto; Vinci promete melhorias em breve

4 meses

é o tempo que a Vinci assumiu o aeroporto integralmente.

Cidade

Consórcio português vai executar

obra no aeroporto

Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]


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Shopping Baixa dos Sapateiros já foi o maior da região

Cidade

NEM o ShoPPiNG AGuENTARedução de ônibus na Baixa dos Sapateiros afeta movimento de um dos mais antigos shoppings de rua da região

Fundado ainda na década de 1980, mais precisamente no ano de 1983, o Shopping Baixa dos Sapateiros, que funciona na Avenida J.J Se-abra, chegou a ser conside-rado um dos melhores shop-pings populares de Salvador, mas hoje passa por tempos sombrios.

Com um total de 92 lojas, apenas 45 funcionam, o sho-pping que se divide em lojas de aparelhos eletrônicos, lan-chonetes, lojas de brinquedos e uma extensão do Núcleo de Assistência Jurídica (NAJ) também é vítima da grave cri-se no comércio que atingiu a região da Baixa dos Sapatei-

ros e da Barroquinha.Segundo a administração

do centro comercial, uma das principais queixas dos clien-tes é a diminuição das linhas de ônibus que circulavam no local. “Está todo mundo re-clamando porque tiraram os ônibus que traziam os clien-tes para cá, a crise é no co-mércio todo daqui. Nós esta-mos fazendo parcerias para alavancar o shopping, espe-ramos conseguir”, ressaltou Miguel Scaldaferri, um dos diretores do estabelecimento.

A equipe do Jornal da Me-trópole esteve no Shopping Baixa dos Sapateiros e encon-trou diversas lojas fechadas, outras sem funcionamento e muitas com placas de “vende--se” ou “aluga-se”.

Jornal da Metrópole visitou o Shopping Baixa dos Sapateiros e encontrou lojas fechadas e comerciantes revoltados com a falta de ônibus

De acordo com os comerciantes, a redução no número de linhas de ônibus que rodam na região causa o baixo movimento no localSem movimento na região, até o núcleo do Tribunal de Justiça fechou as portas


“Não tem gente para comprar nem nos camelôs, veja lá nas lojas”

– Francisco Sena, historiador

Cidade

Redução de ônibus na Baixa dos Sapateiros afeta movimento de um dos mais antigos shoppings de rua da região O presidente da Associação dos Lojistas da Baixa dos Sapa-teiros e Barroquinha (Albasa), Ruy Barbosa, afirmou que a Câ-mara de Vereadores vai discutir nesta quinta-feira (5) a crise do comércio da região e da Rua do Paraíso, no bairro de Nazaré. Na oportunidade, também será de-batido o estado de degradação dos terminais de ônibus do Aqui-dabã e da Barroquinha.

“Não podemos ficar parados. Vamos debater na Câmara e já estamos planejando levar isso para a Câmara dos Deputados, em Brasília. Não pode é ficar do jeito que está”, disse.

querem soluÇÃo

“baixa ViroU qUase Um cemitério do comércio”

Ex-morador do bairro da Saúde e frequentador da re-gião, o historiador Francisco Senna relembrou a impor-tância do Shopping Baixa dos Sapateiros para o comércio local. “Ele não tem a fama do Shopping da Bahia e nem do Shopping Salvador, mas é importante no sentido que

é um shopping de bairro que atende a diversos serviços de cartório, documentação, além das lojas. Mas a maioria das lojas estão fechando, não é? A Baixa dos Sapateiros virou quase um cemitério de comér-cio, não tem gente para com-prar nem nos camelôs, veja lá nas lojas”.

Lojistas cobram uma solução da Prefeitura de Salvador para o caos no comércio

.18- Maior audiência, maior qualidade, maior preferência popular. A gente é de maior:

18 anos

paulo braga - metro1.com.br · como antiguidade é posto, bacalhau por bacalhau, o mais antigo é o...

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