página sindical do diário de são paulo - 4 de agosto de 2014 - forca sindical

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Trabalhadores metalúrgicos da empresa Tupy aprovam a PLR em assembleia Central pressiona para que a lei que acaba com os lixões seja cumprida Foto: Divulgação Foto: Ilton Barbosa A Secretaria de Meio Ambiente da Força Sindical reunirá os secretários das instân- cias estaduais da Central para definir uma posição conjunta sobre a Política Nacio- nal de Resíduos Sólidos. Sancionada em 2/08/2010, a lei fixou prazo de quatro anos para que as cidades brasileiras aca- bem com os lixões a céu aberto. O prazo terminou sábado, mas apenas 2.202 municípios, de um total de 5.570, estabeleceram até agora medidas para de médio e pequeno portes decidiram adiar as negociações, por isto muitos acordos ainda estão sendo discutidos. Com a Copa do Mundo e as eleições neste ano as negociações não têm sido fáceis, pois qualquer evento é O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá transferiu para a renda da categoria R$ 40 mi- lhões procedentes de PLR (Participa- ção nos Lucros ou Resultados), que deverão ser gastos na região do ABC. Grande parte desse montante já foi injetada na economia local entre os meses de junho e julho, quando as grandes empresas, como Tupy, Mag- neti Marelli, Paranapanema, Prysmian e Keiper pagaram a primeira parcela do benefício aos trabalhadores. Para ter uma ideia do que representa este montante, basta fazer uma com- paração com a previsão orçamentária de Rio Grande da Serra, de R$ 68,2 milhões para este ano. Ou seja, o to- tal que será injetado pelos acordos da PLR fechados pelo Sindicato equivale a 58,6% dos recursos que a prefeitura de Rio Grande da Serra, município em que muitos trabalhadores da base re- sidem, terá para gastar durante o ano de 2014, incluindo os investimentos. Vale destacar, contudo, que esses números referentes à PLR ainda são parciais, pois 2014 tem sido um ano atípico. Com a realização da Copa do Mundo no Brasil, inúmeras empresas Santo André e Mauá: R$ 40 mi em PLR O valor representa 58,6% dos recursos que a prefeitura de Rio Grande da Serra terá para gastar em 2014. Meio Ambiente Força Sindical reunirá secretários das instâncias estaduais Trabalho Publieditorial A Força Sindical vem, já há algum tempo, pres- sionando o Congresso pela regulamentação da terceirização no País. A terceirização é um me- canismo pelo qual uma empresa contrata tra- balhadores para prestar seus serviços a outra empresa, que é beneficiada pela mão de obra só que sem criar vínculos de emprego com esses trabalhadores. A terceirização é bastante utilizada por empre- sas que buscam reduzir custos ou que precisam de um tipo de serviço não condizente com suas atividades. Os trabalhadores terceirizados re- Miguel Torres Presidente da Força Sindical Regulamentar a terceirização para garantir direitos aos trabalhadores Opinião cebem salários menores e não têm direito aos mesmos benefícios sociais e trabalhistas que têm os trabalhadores regidos pela CLT. E esta forma injusta e discriminatória de contratação, que achata os salários e não estimula a ge- ração de postos de trabalho, vem aumentando a cada dia. Em suma, a verdade é que a terceirização não pode servir de instrumento para a exclusão social, para o aumento da rotatividade e da precarização das relações de trabalho ou para retroceder o desenvolvimento econômico. E o nosso desafio está justamente em definir parâmetros para esse tipo de contrato que não permitam que os trabalhadores terceirizados sejam penalizados. motivo para as empresas usarem como pretexto para tentar reduzir o valor ou deixar de pagar a PLR, um direito asse- gurado aos trabalhadores por lei. Apesar do “chororô” dos patrões, na maioria dos acordos fechados pelo Sin- dicato foi conquistada, pelo menos, a reposição da inflação em relação ao va- lor da PLR do ano passado. Em muitos casos foi aplicado o mesmo percentual da campanha salarial de 2013, que foi de 8%. Uma das razões dessas conquistas é o fato de o Sindicato submeter todos os acordos de PLR à aprovação dos traba- lhadores em assembleias, independen- temente do porte da empresa. Assim tem sido até mesmo com empresas que possuem menos de dez funcionários. “A organização e mobilização dos tra- balhadores têm sido decisivas para conseguir bons acordos, mesmo com todas as dificuldades colocadas pe- los empresários nas negociações”, diz José Braz Fofão, presidente em exercí- cio do Sindicato. O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá foi um dos pioneiros na luta pela PLR. Ainda no início da década de 1990 já mobilizava a categoria pela participação nos lucros, que só foi ins- tituída pela Lei nº 10.101 no ano de 2000. garantir destinação adequada do lixo que não pode ser reciclado ou usado em com- postagem. “Defendemos medidas para acabar com a poluição, e os lixões geram muita contaminação”, declara Herbert Passos, secretário de Meio Ambiente da Central. “Temos que pressionar para que a lei seja cumprida”, afirma. Para ele, a medi- da e a educação têm de andar juntas para o bem-estar de toda a população. Se a lei for cumprida à risca muitas cida- des podem ser punidas porque não terão o aterro sanitário a tempo de se enqua- drar à lei. Sabedora da situação, a Con- federação Nacional de Municípios pediu ao Congresso Nacional que o prazo para elaboração dos planos municipais de gestão de resíduos sólidos seja prorroga- do por mais um ano, e que as prefeituras tenham mais três anos, a partir da fina- lização do plano municipal, para acabar com os lixões. Metalúrgicos

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Destaques: Força Sindical reunirá secretários das instâncias estaduais para discutir meio ambiente; Opinião do presidente da Força Sindical, Miguel Torres: 'Regulamentar a terceirização para garantir direitos aos trabalhadores'; Santo André e Mauá: R$ 40 mil em PLR

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 4 de agosto de 2014 - Forca Sindical

Trabalhadores metalúrgicos da empresa Tupy aprovam a PLR em assembleia

Central pressiona para que a lei que acaba com os lixões seja cumprida

Foto: Divulgação

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A Secretaria de Meio Ambiente da Força Sindical reunirá os secretários das instân-cias estaduais da Central para definir uma posição conjunta sobre a Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos. Sancionada em 2/08/2010, a lei fixou prazo de quatro anos para que as cidades brasileiras aca-bem com os lixões a céu aberto. O prazo terminou sábado, mas apenas 2.202 municípios, de um total de 5.570, estabeleceram até agora medidas para

de médio e pequeno portes decidiram adiar as negociações, por isto muitos acordos ainda estão sendo discutidos.Com a Copa do Mundo e as eleições neste ano as negociações não têm sido fáceis, pois qualquer evento é

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá transferiu

para a renda da categoria R$ 40 mi-lhões procedentes de PLR (Participa-ção nos Lucros ou Resultados), que deverão ser gastos na região do ABC. Grande parte desse montante já foi injetada na economia local entre os meses de junho e julho, quando as grandes empresas, como Tupy, Mag-neti Marelli, Paranapanema, Prysmian e Keiper pagaram a primeira parcela do benefício aos trabalhadores.Para ter uma ideia do que representa este montante, basta fazer uma com-paração com a previsão orçamentária de Rio Grande da Serra, de R$ 68,2 milhões para este ano. Ou seja, o to-tal que será injetado pelos acordos da PLR fechados pelo Sindicato equivale a 58,6% dos recursos que a prefeitura de Rio Grande da Serra, município em que muitos trabalhadores da base re-sidem, terá para gastar durante o ano

de 2014, incluindo os investimentos.Vale destacar, contudo, que esses números referentes à PLR ainda são parciais, pois 2014 tem sido um ano atípico. Com a realização da Copa do Mundo no Brasil, inúmeras empresas

Santo André e Mauá: R$ 40 mi em PLRO valor representa 58,6% dos recursos que a prefeitura de Rio Grande da Serra terá para gastar em 2014.

Meio Ambiente

Força Sindical reunirá secretários das instâncias estaduais

TrabalhoPublieditorial

A Força Sindical vem, já há algum tempo, pres-sionando o Congresso pela regulamentação da terceirização no País. A terceirização é um me-canismo pelo qual uma empresa contrata tra-balhadores para prestar seus serviços a outra empresa, que é beneficiada pela mão de obra só que sem criar vínculos de emprego com esses trabalhadores.A terceirização é bastante utilizada por empre-sas que buscam reduzir custos ou que precisam de um tipo de serviço não condizente com suas atividades. Os trabalhadores terceirizados re-

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical

Regulamentar a terceirização para garantir direitos aos trabalhadoresOpinião

cebem salários menores e não têm direito aos mesmos benefícios sociais e trabalhistas que têm os trabalhadores regidos pela CLT. E esta forma injusta e discriminatória de contratação, que achata os salários e não estimula a ge-ração de postos de trabalho, vem aumentando a cada dia.Em suma, a verdade é que a terceirização não pode servir de instrumento para a exclusão social, para o aumento da rotatividade e da precarização das relações de trabalho ou para retroceder o desenvolvimento econômico. E o nosso desafio está justamente em definir parâmetros para esse tipo de contrato que não permitam que os trabalhadores terceirizados sejam penalizados.

motivo para as empresas usarem como pretexto para tentar reduzir o valor ou deixar de pagar a PLR, um direito asse-gurado aos trabalhadores por lei.Apesar do “chororô” dos patrões, na maioria dos acordos fechados pelo Sin-dicato foi conquistada, pelo menos, a reposição da inflação em relação ao va-lor da PLR do ano passado. Em muitos casos foi aplicado o mesmo percentual da campanha salarial de 2013, que foi de 8%.Uma das razões dessas conquistas é o fato de o Sindicato submeter todos os acordos de PLR à aprovação dos traba-lhadores em assembleias, independen-temente do porte da empresa. Assim tem sido até mesmo com empresas que possuem menos de dez funcionários.“A organização e mobilização dos tra-balhadores têm sido decisivas para conseguir bons acordos, mesmo com todas as dificuldades colocadas pe-los empresários nas negociações”, diz José Braz Fofão, presidente em exercí-cio do Sindicato. O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá foi um dos pioneiros na luta pela PLR. Ainda no início da década de 1990 já mobilizava a categoria pela participação nos lucros, que só foi ins-tituída pela Lei nº 10.101 no ano de 2000.

garantir destinação adequada do lixo que não pode ser reciclado ou usado em com-postagem. “Defendemos medidas para acabar com a poluição, e os lixões geram muita contaminação”, declara Herbert Passos, secretário de Meio Ambiente da Central. “Temos que pressionar para que a lei seja cumprida”, afirma. Para ele, a medi-da e a educação têm de andar juntas para o bem-estar de toda a população.Se a lei for cumprida à risca muitas cida-

des podem ser punidas porque não terão o aterro sanitário a tempo de se enqua-drar à lei. Sabedora da situação, a Con-federação Nacional de Municípios pediu ao Congresso Nacional que o prazo para elaboração dos planos municipais de gestão de resíduos sólidos seja prorroga-do por mais um ano, e que as prefeituras tenham mais três anos, a partir da fina-lização do plano municipal, para acabar com os lixões.

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