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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – POLO HULHA NEGRA PROJETO DE AÇÃO NA ESCOLA: Apresentando os Objetos Virtuais de Aprendizagem e suas possibilidades dentro da sala de aula 1

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Projeto de Ação na Escola (PAE)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDEESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA

EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – POLO HULHA NEGRA

PROJETO DE AÇÃO NA ESCOLA:Apresentando os Objetos Virtuais de Aprendizagem e suas possibilidades dentro da

sala de aula

Nadiane Carolina de Souza Momo SpencerCandiota/RS

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Sumário

Resumo....................................................................................................................................3

1. Introdução........................................................................................................................4

2. Justificativa......................................................................................................................5

3. Objetivos..........................................................................................................................8

4. Pressupostos teóricos....................................................................................................9

5. Considerações...............................................................................................................14

6. Metodologia....................................................................................................................16

6.1 Cronograma.............................................................................................................17

8. Referências....................................................................................................................19

9. Anexos............................................................................................................................20

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Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar aos professores que lecionam na 8ª

série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Neli Betemps em Candiota/RS, as

possibilidades que os Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) possuem para o

melhor desenvolvimento dos conteúdos e assimilação do aluno. Para tal será

realizada uma Oficina para que vivenciem o uso dos OVAs e possam apropriarem-se

dos repositórios e consequente utilização. Os educadores terão o período de um

semestre letivo para assumir o desafio e demonstrarão os resultados através de

relatórios que comprovarão a eficácia do projeto.

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1. Introdução

Há vários teóricos que conceituam educação, desde os mais tradicionais aos

mais contemporâneos e, a maioria dos conceitos deságua na característica de

ensinar. Porém a educação não está estanque a sala de aula e muito menos à

escola. Ela está presente nos mais variados contextos sociais e grupos, assim como

defende Brandão (2005) que afirma que “não existe modelo de educação, a escola

não é o único lugar onde ela ocorre e nem muito menos o professor é seu único

agente”. 

Mas a escola precisa estar atenta aos demais meios de aprendizagem e

inclusive às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e não ser uma

instituição alheia aos cenários que proporcionam aprendizado e sim, trabalhar de

forma conjunta e fomentando a criticidade nestes espaços.

A importância do professor na formação crítica e cidadã de qualquer criança

e/ou adolescente é incontestável. Tamanho é o papel do profissional na vida

estudantil que este é acompanhado anos e anos por suas memórias e

ensinamentos. A instituição escolar é um ambiente social percorrido por todas as

classes sociais, independente de religião ou cultura e por sua expressão, deve ser

um lugar prazeroso, cativante e acolhedor.

Não mais é atraente um formato tradicional de ensino, até porque este

compete com avanços tecnológicos criativos e integradores, por isso o professor

além de ser multimídia, deve ser um professor engajado as Tecnologias de

Informação e Comunicação (TICs), e ainda capaz de percebê-las e utilizá-las no

processo de ensino-aprendizagem. É a pedagogia do futuro batendo à porta e não a

mais como ser indiferente.

Levar a comunidade escolar uma real reflexão sobre as TICs ou, em primeiro

momento até questionar esta comunidade escolar sobre como estão sendo

utilizadas as ferramentas no contexto pedagógico é o principal objetivo deste Projeto

de Ação na Escola que visa apresentar aos docentes a possibilidade que os Objetos

Virtuais de Aprendizagem (OVAs) possuem para o desenvolvimento de conteúdos.

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2. Justificativa

A escola precisa, portanto, aproveitar as possibilidades das ferramentas

tecnológicas, tanto é possível, que na referida há o projeto Um Computador Por

Aluno (UCA) que é um projeto federal, que contemplou com laptops os alunos da

instituição e foi pioneiro no Estado. Porém, o propósito do projeto – que é de usar o

computador com uma tecnologia multidisciplinar a favor do ensino – não está sendo

alcançado e os atores sociais envolvidos, estão com dificuldades de executá-lo de

maneira adequada. O uso dos OVAs nos laptops do projeto UCA então se

apresenta - se executado com eficiência – como uma importante TIC que só vem a

colaborar no processo de ensino-aprendizagem.

O projeto UCA tem uma finalidade muito interessante, que é fazer com que os

professores utilizem os computadores, a internet e os softwares de forma

interdisciplinar, integrando as disciplinas e fazendo com que as crianças e jovens

tenham uma melhor compreensão dos conteúdos. Mas, por falta de capacitação

adequada dos professores e, até mesmo por falta de tempo, não foi feito ainda um

planejamento de como dinamizar o uso dessa ferramenta.

Através do PAE a ser desenvolvido junto aos professores e aos alunos,

poderei apresentar-lhes propostas e sugestões. Há diversas ferramentas

interessantes há serem utilizadas. Além dos laptops do projeto UCA e o pleno

funcionamento do projeto, há muitos outros meios para que as TICs possam ser

executadas em seu propósito eficaz. Hoje em dia temos várias mídias que podem

ser usadas na educação, há a Televisão, Rádio, Internet e seus derivados bem-

vindos ao processo. Todas estas mídias podem se tornar Ambientes Virtuais de

Aprendizagem (AVAS) de total interesse ao aluno que não é mais um mero

expectador da educação. Conforme defendem Vieira e Vaniel (2011) “tal fato é

possível, uma vez que seu cenário de entrada é criativo e lúdico, colaborando com a

receptividade dos sujeitos”, referem-se.

Portanto, temos como recursos diversas ferramentas em Ambientes Virtuais

de Aprendizagem e também os Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) que

tratam-se de softwares ou programas que podem ser utilizados de forma virtual, ou

seja na internet mesmo, ou também baixados para os computadores e utilizados

offline. Porém, já na busca por objetos é preciso atenção. Conforme Flôres e

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Tarouco (2010) “uma quantidade enorme de materiais estão sendo desenvolvidos

para suportar a educação e aprendizagem, entretanto avaliar suas qualidade e

aplicabilidade para aprendizagem é muito difícil”.

Mais uma observação importante apontada por Souza, Yonezawa e Silva

(2007) é que a “a qualidade do uso de TIC e não necessariamente a quantidade que

irá determinar a contribuição dessas tecnologias no desempenho escolar”, enfim,

mais uma vez aparece o bom senso do professor e a importância dele ser um

mediador da tecnologia nesta nova escola. Tanto se faz necessário adotar esta

postura que segundo os autores:

A nova Lei de Diretrizes e Bases para a Educação é uma política de desenvolvimento profissional que considera a escola não só como um espaço de trabalho, mas também de formação, ou seja, um local onde os saberes possam ser produzidos e compartilhados, em um processo formativo permanente e integrado à prática docente. (SOUZA, YONEZAWA e SILVA pág. 50).

Trazendo estes conceitos para a esfera prática, podemos ver no cronograma

de estudos do ENEM de 2011 a presença de diversos quesitos relacionados a

Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que por óbvio, deveriam começar a

ser construído dentro dos ensinos médio e fundamental.

Mas o que é ser um mediador? Como se configura um professor mediador no

século XXI. A primeira característica que um mediador precisa possuir é a

propriedade sobre o tema no qual vai mediar. Ou seja, ele precisa estar apropriado

do assunto a ser abordado para poder cumprir com eficácia o seu papel dentro da

sala de aula ou atividade proposta.

O termo mediação pedagógica tem origem na época da pedagogia

progressista – que visa a formação de cidadãos participativos – e em contraposição

a pedagogia tecnicista – que colocava o aluno em uma postura passiva.

Mas para que o professor seja um mediador, conforme Masetto (2003), ele

precisa adotar uma postura de iniciativa, de forma a motivar e incentivar o

aprendizado com base em muito diálogo.

Assim, a postura reflexiva que surge no processo de mediação pedagógica, faz com que a colaboração e a cooperação floresçam mais facilmente no processo, aumentem a intensidade do diálogo e melhorem a sua qualidade, revelando que o diálogo externo é precedido do diálogo interno. (MORAES, 2003, p. 215-216).

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Moraes (2003 pág. 213) reforça ainda que o professor precisa estar aberto as

possibilidades desta forma de ensino-aprendizado que visa também ter o aluno

como um condutor do conhecimento. O professor precisa despir-se de presunções e

compreender que tem tanto a ensinar como a aprender. “Essa vivência faz com que o

professor se desapegue, se despoje de um saber onipotente, muitas vezes prepotente, e

procure ficar mais atento ao saber local e contextual que emerge da interação”.

Acreditamos que o “operar do docente na mediação pedagógica com o uso das TIC pode possibilitar a autonomia e a reflexão, processos estes, indispensáveis na construção do conhecimento. (VANIEL, HECKLER, ARAÚJO, 2011, p. 04)

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3. Objetivos

Geral

- Apresentar aos professores da escola Neli Betemps os Objetos Virtuais de

Aprendizagem e suas possibilidades a serem executadas através dos laptops do

projeto UCA;

Específicos

- Proporcionar aos professores o conhecimento dos repositórios e forma de

acesso;

- Oportunizar aos professores a possibilidade de utilizar e mediar algum OVA

em sala de aula;

- Perceber a expectativa dos professores e dos alunos da turma beneficiada

antes e depois da execução do projeto;

- Identificar através do relato dos docentes, as dificuldades e possibilidades

do desafio apresentado.

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4. Pressupostos teóricos

Não se pode transferir para a mídia ou para as TICs o papel de educar, pois

um professor e sua figura em frente às classes sempre será essencial para conduzir

os processos de aprendizagem. Desta forma entende Schlemmer (2011) que

aponta o professor que:

Assume o papel de animador da inteligência coletiva dos grupos com os quais está interagindo, centrando sua atividade no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: problematizando, desafiando, incitando a curiosidade, a troca de saberes, proporcionando a autonomia no processo da aquisição de novos saberes, desenvolvendo a cooperação, a mediação relacional e simbólica, etc. (SCHLEMMER, pág. 8)

Ou seja, esse novo professor urge de uma era digital e ressurge de uma era

tradicional. Ele é convocado a estar ciente dos processos tecnológicos e ainda

compreendê-los e aplicá-los. Tudo reflexo de um momento em que, conforme

Schlemmer, “a integração crescente entre mentes e máquinas está alterando

fundamentalmente o modo pelo qual nascemos, vivemos, aprendemos, trabalhamos,

produzimos, consumimos, sonhamos, lutamos ou morremos”.

Nesta era digital, os avanços são impostos de forma vertiginosa em todos os

setores, na medicina, comunicação e não seria e nem teria porque ser diferente na

educação. Há um novo perfil de aluno, novas vontades, mentes digitais,

conhecimentos selecionados. A sala de aula precisa ser mais ou tão interessante

quanto às redes sociais, precisa instigar a curiosidade dos sujeitos “aprendentes” e

fazer com que queiram permanecer pelo prazer do conhecimento. É neste sentido

que Vieira e Vaniel (2011) reforçam o papel dos Ambientes Virtuais de

Aprendizagem (AVAs) tão presentes nesta nova era da mediação pedagógica:

Articulados com outros recursos como: sites, slides e audiovisual colaboram para a transformação das práticas pedagógicas, desde que os professores estejam abertos a essas possibilidades de uso das tecnologias digitais, buscando aguçar no educando a pesquisa constante de novos recursos para sua aprendizagem, possibilitando-o a (re) construir seus conhecimentos de forma interativa. (VIEIRA e VANIEL, pág. 6)

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Em termos práticos e objetivos, AVAS são softwares, utilizados como

ferramentas de ensino e aporte aos professores e alunos. O Sócrates, Moodle e o

Solar são alguns exemplos de experiências bem sucedidas, especialmente para a

Educação da Distância (EAD).

Mas para que os AVAS sejam realmente esse aporte interessante e uma

alternativa dinâmica, é preciso, como bem pondera Haguenauer (2003), que “sua

adoção como suporte ao ensino presencial, dependa fortemente da existência de

uma infraestrutura adequada e de uma proposta pedagógica eficiente, fatores

primordiais na promoção de uma melhoria significativa do processo ensino –

aprendizagem”.

O apontamento acima expressa o que de fato ocorre na maioria das escolas

brasileiras. Ou há um professor desinteressado em aperfeiçoar-se lecionando em

uma escola com todos os recursos tecnológicos, ou, há um professor digital em uma

escola onde os computadores são obsoletos ou inexistentes e a conexão com a

internet precária.

Essa escola sem tecnologia, sem espaços virtuais não é mais uma instituição

atraente. Ao contrário dos tempos remotos em que a escola já foi talvez, a única

fonte de saber, hoje em dia é apenas um dos nichos de aprendizado, pois, a

identidade do sujeito, sofre forte influência do contexto das instituições das quais

participa, ou seja, da família, amigos, grupo social (clube, atividades

extracurriculares, grupo ideológico ou religioso) e também agora através da mídia.

Parte integrante da formação infantil está instituída de modo subjacente pela

mídia, nos meios de comunicação como um todo. Torna-se cada vez mais comum o

uso do cinema, televisão e outros meios como material didático e de integração das

crianças também em atividades fora da escola. Com o avanço da tecnologia e

mudanças sociais rápidas, a escola se defronta com o desafio imediato e

fundamental: formar verdadeiros cidadãos, capazes de analisar o mundo, cada vez

mais tecnológico, e construir opinião própria, com a consciência de seus direitos e

deveres.

Como a escola é agora mais um meio burocrático onde se está na

maioria das vezes por mera determinação da sociedade é preciso que a instituição

de reformule e proporcione espaços de expressão, assim como aponta Gutiérrez

(1994, pág 69), “Obrigar um jovem a expressar-se unicamente por meio da

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linguagem verbal é enclausurá-lo em um estereótipo insuportável. Os processos

expressivos dos meios (pintura, fotografia, filmadora, etc.) ampliam

consideravelmente as vias de expressão do educando”. O teórico é prolixo ao

afirmar que os meios de comunicação atuais são a fonte onde se autoexpressam os

jovens.

Mas o processo de consolidação dos AVAS, como as plataformas, blogs,

sites, OVAs chats entre outros é delicado e requer habilidade do professor que não

pode deixar dominar-se pelos avanços tecnológicos e precisa estar atento aos

caminhos direcionados a pesquisas e demais projetos de aprendizagem.

Costa e Franco (2010) atentam para a facilidade dos AVAS, que ao mesmo

tempo em que tem se disseminado no contexto da educação a distância, “não exige

dos professores um domínio mais aprofundado de informática, sendo necessárias

apenas poucas horas de cursos de formação a partir do uso do ambiente”.

Enfim, as possibilidades são infinitas e se apresentam como alternativas

interessantes, desde que o professor tenha iniciativa e haja espaço técnico

disponível para execução dos projetos através dos AVAS.

Todas as atividades que envolvem tecnologia tornam-se realmente

interessantes, no sentido em que possibilitam uma resignificação dos conteúdos e o

que é mais importante, integra de fato o aluno no processo de aprendizagem,

quando através da própria ação enquanto estudante, os conteúdos são

aprofundados e tornam-se ainda mais interessante. Esta apropriação se dá através

da educação pela pesquisa, na qual ao mesmo tempo em que os alunos vão

pesquisando sobre um determinado conteúdo, eles também vão aprendendo sobre

ele. É um processo organizado, mas que tem a flexibilidade da construção coletiva

do conhecimento.

Assim denotamos que cada vez mais o professor além de docente, precisa

ser pesquisador. Um novo professor precisa emergir das profundezas do radicalismo

tradicional. As características tecnológicas, as TICs e, principalmente o perfil do

aluno, exige da atividade docente um novo trabalho pedagógico, sem deixar é claro,

de utilizar-se dos recursos que sempre foram bem-vindos, mas integrando-se a toda

possibilidade tecnológica existente.

Galiazzi e Moraes (2002) apresentam muito bem essa necessidade, quando

expressam que os professores precisam migrar de “licenciados de objetos a sujeitos

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de ação pedagógica”. Ou seja, o professor não pode ser mais aquele que fica em

frente ao quadro-negro repassando pura e simplesmente um conteúdo. Não poder

ser mais o único detentor do saber e precisa também de humildade, acreditando que

está ali também para aprender.

Uma máxima diz que o bom mestre tem que fazer com que o aprendiz o

supere. Entretanto, a maior parte dos educadores permanece na hierarquia do “eu

que sei aqui”. Não oportuniza espaços que possam modificar a sua própria

programação. Galiazzi e Moraes destacam que o professor precisa sim elaborar

seus argumentos e defende-los criticamente, mas, também precisa ensinar seus

alunos a fazê-lo.

Este novo professor, moderno, humilde, criativo e proativo, deve ainda

segundo os autores, incentivar a pesquisa, por seus vários benefícios, tais como o

de integrar todos os agentes envolvidos e por ser uma atividade dialética, em

espiral, onde são considerados tanto os conhecimentos científicos, como os

empíricos, aqueles presentes nas vivencias e realidades dos alunos. A pesquisa que

almejam os autores deve ser constante e até mesmo, cotidiana em sala de aula.

Os teóricos apresentam de uma forma muito dinâmica o passo a passo da

pesquisa, que está dividido em questionamento, argumentação e comunicação.

Portanto, é preciso expor para um grupo de alunos o porquê está se fazendo, o que

se quer, e como vai ser feito, sendo estas as características da metodologia.

Mas creio que esse procedimento é ainda distante do conhecimento de

muitos dos professores e de forma exponencial, dos alunos. O professor precisa

também respeitar o tempo e contexto onde estão inseridos os alunos. Analisar as

características daquela turma de forma coletiva e porque não de forma intelectual.

Romero, Andrade e Pietrocola (2011) reforçam a importância de tornar a sala

de aula um espaço atraente e reforçam o papel das TICs. “Apresentam a

possibilidade de inovação no trabalho educacional, ao trazerem proposta atraentes

para alunos habituados, em sua maioria, somente à comunicação e informação

audiovisual, dinâmica e sucinta”. Segundo eles, esta necessidade se dá pelo avanço

no uso dos computadores e principalmente da internet, sem esquecer é claro das

considerações da própria Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Brasil que incentiva e

Educação a Distância (EAD). Porém, os teóricos lembram que um bom objeto de

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aprendizagem é aquele que atenta a todos os quesitos lúdicos e não apenas

entretêm os alunos. Precisam ter objetivos claros, conteúdo instrucional e feedback.

Os investimentos e as expectativas com relação as TICs são altos, e como resultado temos hoje uma grande variedade de OAs disponíveis nos repositórios on-line dos sites de simulações. Sendo assim, torna-se indispensável, para o desenvolvimento efetivo de objetos de aprendizagem, uma análise detalhada dos roteiros que favoreça a aproximação entre a expectativas do uso das TICs e a realidade. O computador é uma ferramenta adequada para auxiliar nas dificuldades quanto à inserção de no vos conteúdos e no interesse e motivação de aprendizagem do “aluno tecnológico”. Porém seu potencial pedagógico só poderá ser explorado plenamente quando aliado a propostas educativas de qualidade, com uma boa articulação entre o currículo escolar e a prática real da sala de aula. (ROMERO, ANDRADE e PIETROCOLA, 2011 p. 9)

A tecnologia realmente está presente como instrumento de pesquisa, mas

uma orientação é necessária. A pesquisa é um instrumento rico, mas que precisa

ser implantando de forma ascendente, onde a cada momento, quando se considerar

oportuno, o professor apresenta informações e possibilidades, considerando o ritmo

da turma. Diante desta realidade PE que os Projetos de Aprendizagem apresentam-

se como alternativas consistentes, globalizado o saber, aproximando os conteúdos

da realidade, tornando o aluno um sujeito ativo, flexibilizando o uso e tempo dos

espaços escolares.

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5. Considerações

A dificuldade de acesso às tecnologias é item perturbador da atividade

docente que se almeja na atualidade. O professor nos bancos acadêmicos, sequer

tem o preparo para atuar como mediador tecnológico, quando de repente, por um

ápice tecnológico do século XXI obriga-se a adotar posturas modernas e

condizentes com uma geração de alunos digitais. Enfrenta burocracia muitas vezes

dentro da escola, da secretaria municipal ou estadual, que muitas vezes nada

oportuniza como preparo e qualificação. Diante deste cenário, é preciso considerar

que nenhuma mudança de forma hierárquica despertará no professor a necessidade

de aprimoramento.

O desejo de mudança está dentro de cada profissional, no magistério ou em

qualquer profissão, mas muitas vezes fica submerso à vaidades e orgulho do não

saber compartilhar dúvidas, da vergonha de perguntar, do medo em sofrer deboches

ou ser desrespeitado. Por isso, percebe-se que muitos se acomodam no trivial

justamente por desconhecimento, por não saber como começar e, é exatamente

esta semente de curiosidade, com uma proposta desafiadora, mas, bem subsidiada,

que está alicerçado este Projeto de Ação na Escola (PAE) com o objetivo inicial de

apresentar-lhes os Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) e suas possibilidade,

mostrando como os professores podem mediar-lhes e repassar os conteúdos com

muito mais atrativos.

Este despertar é exaltado por Boganika e Reis (2009) quando resumem que o

este “novo estilo de pedagogia depende da intenção inicial do professor”. Em outro

vídeo sobre Tecnologia Assistiva (2010) o texto esclarece que as tecnologias

fomentam não só a curiosidade dos alunos, mas também do professor, pois apesar

de estarem relacionados por áreas, apresentam conceitos de transversalidade e

planejados por uma equipe de acordo com a necessidade de cada conteúdo. Ou

seja, são professores, educadores e profissionais da área de tecnologia elaborando

um OVA.

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Além da vontade individual o trabalho coletivo pode proporcionar também

muitos benefícios. Júnior e Lopes (2007) defendem este formato e apontam as

vantagens da “perspectiva de que os professores universitários que trabalham a

investigação da formação inicial e continuada de docentes poderiam formar

parcerias com os professores do ensino médio e fundamental com o intuito de

desenvolver projetos destinados ao trabalho no cotidiano da escola”. Ou seja, as

vezes uma movimentação individual pode acarretar em um grande trabalho

educacional que transponha as esferas da escola.

Da mesma visão compartilha Souza, Yonezawa e Silva (2007), ao exporem

que “para o professor assumir novas tarefas e responsabilidades, como membro da

comunidade e como agente de mudança no sistema social, ele precisa estar atento

e procurar construir conhecimentos ao invés de apenas transmiti-los”.

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6. Metodologia

O Projeto de Ação na Escola conta com a metodologia construtivista através

da educação através de projetos e se dará gradualmente através de alguns passos.

O primeiro deles já foi realizado que foi o contato com a direção da escola Neli

Betemps que autorizou a realização de um projeto neste sentido junto aos

professores, reconhecendo a carência de propriedade em relação as tecnologias da

informação e comunicação. O próximo passo será um encontro com a turma da 8ª

série quando será aplicado um questionário (anexo 1) onde conhecerei a visão da

turma sobre os recursos tecnológicos. Para isso com os alunos utilizarei slides que

serão projetados em um data-show com imagens e formas que conversem na

linguagem dos adolescentes sobre o tema internet e computador e as possibilidades

de estudo.

Para obter um parecer dos alunos, sobre como eles avaliam o projeto e se

eles utilizam o questionário será de extrema valia. Através deste contato feito em

4h/aula, poderei repassar alguns conceitos sobre as ferramentas e demonstrar-lhes

que é possível aprender de uma forma prazerosa, tendo como instrumento o

computador e consequentemente um repositório.

Como a metodologia educativa é baseada num plano concreto com

delineações bem elaborados de um projeto, ela precisa ter também uma finalidade

concreta, por isso, o PAE é o primeiro passo de um trabalho monográfico que

deverei construir ao longo dos próximos meses junto à escola.

Como já exemplificado, após esta aula onde será executado o PAE, será

possível perceber se há receptividade em se utilizar algum objeto de aprendizagem,

pois depende também da disponibilidade técnica da escola e se os alunos têm

proximidade com as ferramentas, em casa ou na escola. Esse contato com os

alunos se dará no encerramento do primeiro semestre de 2011.

Portando o relatório dos questionários e apropriada da visão dos alunos em

relação às TICs, farei uma segunda visita a escola, desta vez com os professores,

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ainda também no primeiro semestre de 2011. Nesta visita se dará a “Oficina

vivenciando o uso dos Objetos Virtuais de Aprendizagem”, quando irei expor aos

professores o que são os OVAS (anexo 2) e também apresentar-lhes-ei os sites dos

repositórios. Durante este encontro lançarei também um questionário (anexo 3) e a

proposta, que será de que eles usem algum OVA em algum momento no segundo

semestre de 2011 para algum dos conteúdos. Pedir-lhes-ei um relatório simples da

experiência onde os resultados serão apresentados. Após também farei uma nova

visita a turma para que eles possam analisar a atividade (anexo 4). Ao final do ano

de 2011, terei um parecer completo sobre como os professores utilizaram as TICs.

Todo este conteúdo resultará no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

6.1. Cronograma

Atividade Quando

Apresentação breve das TICs aos

alunos da 8ª série

Aplicação de questionários

Final do 1º Semestre de 2011

Dia 15/06/2011 às 8h30min

Duração: 4h/aula

Apresentação do projeto e dos

OVAs aos professores da 8ª série

Apresentação do resultado dos

questionários

Realização da Oficina

Final do 1º Semestre de 2011

Dia 30/06/2011 às 8h

Duração: 2h

Avaliação das Expectativas dos

Professores e Auxilio a eles no

trabalho

Meses de agosto, setembro e outubro

Visita a turma beneficiada e

aplicação dos questionários

avaliando a tarefa

Novembro

Visita aos professores e coleta

dos relatórios da experiência

Novembro

Análise dos resultados das

observações dos alunos e

professores e construção do

referencial teórico e TCC

1º Semestre de 2012

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7. Recursos Materiais

Para a realização do passo a passo descrito na metodologia, precisarei

primeiramente dos questionários impressos para aplicação junto aos alunos e

professores. Também precisarei de um data-show para expor aos alunos sobre as

TICs onde projetarei slides e para os professores sobre os OVAs, assim como um

computador com internet disponível para que possamos acessar os sites dos

repositórios.

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8. Referências

BRANDÃO. Carlos R. O que é educação. Editora Brasiliense: São Paulo. 1995. 

GALIAZZI, Maria do Carmo; MORAES, Roque. “Educação pela pesquisa como modo, tempo e espaço de qualificação da formação de professores de ciências”. Disponível em: <http://www2.fc.unesp.br/cienciaeeducacao/viewarticle.php?id=200&layout=abstract>. Acesso em: 11 mai 2011.

HECKLER, V.; ARAÚJO, R. R. de. Investigando a inserção das TIC e suas ferramentas no ensino de

física: estudo de caso de um curso de formação de professores. In: XIX SIMPÓSIO NACIONAL DE

ENSINO DE FÍSICA: QUALIDADE NO ENSINO DE FÍSICA PERSPECTIVAS E DESAFIOS NO SÉC

XXI, 2011, Manaus. Anais do XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física, 2011. Disponível em:

<www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xix/sys/resumos/T0587-2.pdf>. Acesso em: 12 jun 2011.

FLÔRES, M. L. P.; TAROUCO, L. M. R. Diferentes tipos de objetos para dar suporte a

aprendizagem.Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/14513>. Acesso em: 12 jun 2011.

MASETTO, M. T. Mediação Pedagógica e o uso da Tecnologia. In: Novas Tecnologias e Mediação

Pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

MORAES, M. C. Educar na biologia do amor e da solidariedade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

HAGUENAUER, Cristina. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Revista Mídia e Educação.

Disponível em: <http://www.latec.ufrj.br/educaonline/index.php/artigos-tecnicos/49-ambientes-virtuais-

de-aprendizagem.html>. Acesso em: 11 mai 2011.

ROMERO, T. R. L.; ANDRADE, R. PIETROCOLA; M. Parâmetros para análise de roteiros de objetos de aprendizagem. Disponível em: <http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/sys/resumos/T0238-1.pdf>. Acesso em: 12 jun 2011.

PRATA, C. L.; NASCIMENTO, A. C. A. A. (org.) Objetos de Aprendizagem: uma proposta de recurso

pedagógico. SEED/MEC, 2007. Disponível em: <http://rived.mec.gov.br/artigos/livro.pdf>. Acesso em: 12 jun 2011.

SCHLEMMER, Eliane. Projetos de Aprendizagem Baseados em problemas: uma metodologia

interacionista/construtivista para formação de comunidades em Ambientes Virtuais de

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Aprendizagem. Disponível em: <http://www.uab.furg.br//mod/resource/view.php?

inpopup=true&id=12203>. Acesso em: 11 mai 2011.

VIEIRA, VANIEL. Rita Andréa Cipriano e Berenice Vahl. Ambientes virtuais de aprendizagem: Uma

possibilidade de aprendizagem prazerosa no ensino fundamental. Disponível em:

<http://www.uab.furg.br//mod/resource/view.php?inpopup=true&id=12202>. Acesso em: 22 abr 2011.

9. Anexos

Anexo 1

Questionários aos alunos

1. Idade

2. Sexo

3. Acessas a internet com frequência: ( ) Sim ( ) Não

3. 1 Quantas vezes por semana: ( ) 1 ou 2 ( ) 3 ou 4 ( ) 5 ou mais

4. De onde acessas a internet: ( ) Casa ( ) Escola ( )Trabalho ( ) Cyber

( ) Casa dos Amigos ( ) Outros lugares

5. És cadastrado em alguma rede social: ( ) Sim ( ) Não

5. 1 Qual: : ( ) Orkut ( ) Facebook ( ) Twitter ( ) Outras

6. Já usaste a internet para fazer algum trabalho ou estudar:

( ) Sim ( ) Não

7. Já usaste o computador para fazer algum trabalho ou estudar:

( ) Sim ( ) Não

8. Acreditas que e interessante aprender através da internet ou do computador:

( ) Sim ( ) Não

8.1 Por quê?____________________________________________________

9. Seus pais ou professores conversam contigo sobre a internet e/ou

computador ou ensinam a usá-lo para estudar?

( ) Sim ( ) Não

9.1 De que forma?_______________________________________________20

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10.Gostarias que teus professores utilizassem alguma tecnologia para ensinar

algum conteúdo?

( ) Sim ( ) Não

10.1 Em que matéria?___________________________________________

Anexo 2

Objetos Virtuais de Aprendizagem

Uma nova pedagogia se apresenta no contexto educacional. E os caminhos

dessa pedagogia moderna se voltam para as Tecnologias da Informação e

Comunicação (TICs). O professor passa a exercer o papel de mediador

pedagógico, podendo utilizar na escola recursos tecnológicos que tornem as aulas

mais atraentes e competitivas ao universo que o “aluno digital” vive. É preciso aliar a

vontade individual às potencialidades existentes e a semente de uma nova

educação pode brotar. Sabe-se que a hierarquia não cumpre um papel motivador e

sim, o querer próprio do docente, em proporcionar atividades interessantes.

Para isso, existem a disposição as ferramentas de ensino, denominadas

Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) que podem ser acessadas de maneira

prática. Estes são chamados também de repositórios e podem ser encontrados nos

seguintes sites:

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/recursos.html

http://www.labvirt.fe.usp.br/

http://www.ludoteca.if.usp.br/ripe/index.php

http://videoseducacionais.cptec.inpe.br

Fiquem a disposição para quaisquer esclarecimentos

E-mail [email protected]

MSN [email protected]

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Blog http://alfabetismocritico.blogspot.com

Telefones (53) 91089624 – 99649734

Nadiane Carolina de Souza Momo Spencer

Especializanda em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação (TIC_EDU –

FURG)

Anexo 3

Questionário aos professores

Acreditas que é possível desenvolver junto as turmas 8ª série do ensino fundamental da Escola Neli Betemps um trabalho na tua disciplina incluindo alguma TIC e OVA através dos computadores do projeto UCA? Sim ou não? Justifica expondo os benefícios que atribuis ao desafio e os empecilhos que deves encontrar.

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Anexo 4

Questionário aos professores

Conseguiste utilizar alguma TIC/OVA no desenvolvimento de algum conteúdo junto as turmas 8ª série do ensino fundamental da Escola Neli Betemps na tua disciplina in através dos computadores do projeto UCA? Sim ou não? Justifica expondo os benefícios do desafio e os empecilhos que encontrastes.

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