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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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Marly Aparecida Sávio Aljonas

METODOLOGIAS DE ENSINO E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PARA ALUNO COM SÍNDROME

DE ASPERGER

Trabalho de conclusão – Artigo Científico, apresentado à DisciplinadeEducação Especial do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação, realizado junto a Universidade Estadual de Londrina, sob orientação da Professora Drª. Karen Ribeiro.

Autora: Marly aparecida Sávio Aljonas

Orientadora: ProfªDrª Karen Ribeiro RESUMO

Este artigo apresenta os resultados doprojeto de intervenção

pedagógica com a proposta de analisar a inclusão de um aluno com Síndrome

de Asperger do ensino médio na rede regular de ensino, bem como,

compreender suas características peculiares e identificar junto aos professores

metodologias de ensino e instrumentos de avaliação que atendam as

necessidades educativas especiais domesmo e articular estratégias

pedagógicas que facilitem o processo ensino aprendizagem. A pesquisa teve a

implementação pedagógica realizada com dez professoras, dois professores,

uma pedagoga, uma diretora auxiliar e diretor do colégio Estadual Pe. José

Pires- Ensino Fundamental e Médio, no município de Centenário do Sul-PR. A

proposta teve como metodologia a formação de um grupo de estudos e

discussão com a duração de 32 horas divididas em 08 encontros de 04 horas

cada, contemplando os desafios da escola na perspectiva da educação

inclusiva, dando ênfase à Síndrome de Asperger, e também, um grupo de

trabalho em rede (GTR) abordando o mesmo tema. Os principais resultados

obtidos foi uma melhora considerável do aluno com relação ao processo

ensino aprendizagem, uma vez que o mesmo concluiu no final do ano letivo de

2014 ao 3ª série do ensino médio, sempre aprovado com todas as médias

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acima de 6,0, não tendo que recorrer á aprovação por conselho de classe, fato

esse que era recorrente nos anos anteriores.

Palavras chave: SÍNDROME DE ASPERGER, INCLUSÃO, AVALIAÇÃO,

ADAPTAÇÔES CURRICULARES, ENSINO.

INTRODUÇÃO

A Síndrome de Asperger é o nome dado a um grupo de dificuldades

que algumas crianças (e adultos) têm quando tentam comunicar-se com

outras pessoas. Esta síndrome foi identificada em 1944, mas só foi

oficialmente reconhecido como critério de diagnóstico em 1994, na quarta

edição revisada do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

(DSM- lV -TR). O Autismo e a síndrome de Asperger são os mais conhecidos

entre os transtornos invasivos do desenvolvimento (TID), é referente aos

transtornos que se caracterizam por prejuízos severos e invasivos em diversas

áreas do desenvolvimento como (a) habilidades de interação social recíproca,

(b) habilidades de comunicação e (c) presença de comportamentos, interesses

e atividades estereotipados. Os prejuízos qualitativos que definem estas

condições apresentam um desvio em relação ao nível de

desenvolvimento/idade do indivíduo, o que afeta sua adaptação social e

educacional. Em geral, as alterações se manifestam nos primeiros anos de

vida e pode aparecer associadas a vários quadros (neurológicos ou

sindrômicos), variando em grau e intensidade de manifestações. Entram nessa

categoria os transtornos autistas, de Asperger, de Rett e os transtornos

desintegrativos da infância. (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA,

1995).

A síndrome de Asperger caracteriza-se por prejuízos na interação

social, bem como interesses e comportamentos limitados, mas seu curso de

desenvolvimento precoce está marcado por uma falta de qualquer retardo

clinicamente significativo na linguagem falada ou na percepção da linguagem,

no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na

curiosidade sobre o ambiente. Interesses circunscritos intensos que ocupam

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totalmente o foco da atenção e tendência a falar em monólogo, assim como

incoordenação motora, são típicos da condição, mas não são necessários

para o diagnóstico.

Em 1944, Hans Asperger, um pediatra austríaco com interesse em

educação especial, descreveu quatro crianças que tinham dificuldade em se

integrar socialmente em grupos. Asperger denominou a condição por ele

descrita como “psicopatia autística”, indicando um transtorno estável de

personalidade marcado pelo isolamento social. Apesar de ter as habilidades

intelectuais preservadas, as crianças apresentavam uma notável pobreza na

comunicação não-verbal, que envolvia tanto gestos como tom afetivo de voz,

empatia pobre e uma tendência a intelectualizar as emoções, uma inclinação a

ter uma fala prolixa, em monólogo as vez incoerente, uma linguagem tendendo

ao formalismo (ele os denominou “pequenos professores”), interesses que

ocupavam totalmente o foco da atenção envolvendo tópicos não-usuais que

denominavam sua conversação, e incoordenação motora. O trabalho de

Asperger, publicado originalmente em alemão, tornou-se amplamente

conhecido no mundo anglófono somente em 1981. A Síndrome de Asperger

não recebeu um reconhecimento oficial antes da publicação da CID-10 e do

DSM-lV, ainda que tenha sido relatada pela primeira vez na literatura da

Alemanha em 1944. (KLIN A.2005)

As últimas décadas do século XX se caracterizaram, em termos sociais,

pela busca de tendências políticas-pedagógicas que promovessem a

participação e o combate à exclusão. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Brasileira (LDBN) 9394/96 (BRASIL, 1996), deixa bem claro isso quando diz

que o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve

se dar em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino,

preferencialmente em classes comuns das escolas, porém, em nossa

sociedade, ainda há momentos de séria rejeição ao outro, ao diferente,

impedindo-o de sentir-se, de perceber-se de respeitar-se como pessoa, mas

isso não nos faz perder a esperança. Freire (2005 p. 95) diz:

No entanto a desumanização que resulta de “ordem” injusta não deveria ser uma razão á perda da esperança, mas, ao contrário, uma razão de desejar ainda mais, e de procurar sem descanso, restaurar a humanidade esmagada pela injustiça.

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No âmbito pedagógico, não devemos focalizar as dificuldades que os

transtornos, as deficiências e as síndromes apresentam, devemos sim, focar o

ensino, as formas e as condições de aprendizagem, que o professor e a

escola podem oferecer. Em vez de procurar a origem de um problema,

devemos proporcionar uma resposta educativa, recursos e apoios que

proporcionem sucesso escolar. No contexto educacional inclusivo que

vivenciamos, os educadores necessitam cada vez mais de orientação e

esclarecimento para que tenham condições de trabalhar com alunos com

algum tipo de necessidades educacionais especiais.

Na escola onde foi realizada a pesquisa, há um aluno que apresenta

síndrome de Asperger, que estuda desde o 6º ano do Ensino Fundamental. A

família apresentou laudo médico que confirmava a mesma, foi realizada uma

avaliação no contexto escolar e montado o processo para solicitação de

professor de apoio permanente em sala. Quando estava no 9º ano foi

reprovado, no ano seguinte passou a ter professor de apoio permanente em

sala, hoje está cursando a 3ª série do Ensino Fundamental. Enquanto

pedagoga me vejo constantemente questionada pelos professores sobre

metodologias de ensino, instrumentos de avaliação diferenciados visando

sucesso pedagógico e socialização do aluno, e percebi também que os

professores não tinham conhecimento com relação ao assunto, diante disso, vi

a necessidade de realizar esta pesquisa, buscando formas de como trabalhar

os conteúdos das disciplinas curriculares do Ensino Médio, bem como,

metodologias de ensino e instrumentos de avaliação de forma diferenciada

que atenda a NEE de aluno com síndrome de Asperger.

Como planejar e desenvolver práticas pedagógicas verdadeiramente

inclusivas, de modo atender a todos e a cada um, valorizando o trabalho na

diversidade, entendida como um recurso e não um obstáculo? O que nos falta

para desenvolver práticas pedagógicas? (CARVALHO, 2005).

Para contribuir para a discussão sobre a inclusão de estudantes com

Síndrome de Asperger é preciso fazer uma breve explanação sobre a

legislação:

O Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo

ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada em

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Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados

produzidos em Salamanca, Espanha, 1994, na conferência Mundial sobre

Necessidades Educacionais Especiais: acesso e qualidade.

A partir da década de 90, a inclusão educacional tem ocupado um

significativo espaço de reflexão em todo mundo. Existem inúmeras e

contraditórias formas de agir e pensar o espaço escolar quando o assunto é

inclusão.

A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, de

1994, em Salamanca, teve grande contribuição para impulsionar a educação

inclusiva em todo o mundo. A ideia central que orientou o texto é a da escola

para todos e não apenas para pessoas com deficiência, como muitos supõem.

Lendo o texto da Declaração, parece não haver dúvidas de que os sujeitos da

inclusão:

[...] são todos: os que nunca estiveram em escolas, os que lá estão e experimentam discriminações, os que recebem as respostas educativas que atendam às suas necessidades, os que enfrentam barreiras para a aprendizagem e para a participação, os que são vítimas das práticas elitistas e injustas de nossa sociedade, os que apresentam condutas típicas de síndromes neurológicas, psiquiátricas ou com quadros psicológicos (1994).

A partir do processo de democratização da escola, evidencia-se o

paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas de ensino universalizam o

acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos

padrões homogeneizadores da escola, cujas garantias estão postas na

Declaração de Salamanca. Discutimos a exclusão e, por isso, deixamos de

discutir as formas de inclusão. A inclusão encontra-se hoje conceitualmente

situada entre grupos que a consideram como utópica, outros como mera

retórica e outros como uma manobra de desvio do foco, face aos problemas

reais da escola (RODRIGUES, 2005).

Para que a escola se torne inclusiva, se faz necessário pensarmos que

ela, desde sua criação, organizou-se com base numa indiferença às

diferenças (RODRIGUES, 2005). As experiências de inclusão na escola

deparam-se ainda com o fato de que esta não é, pela sua história, em seus

valores e práticas, uma estrutura inclusiva e foi, ela mesma, criadora de

exclusão.

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A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) proclama que as

habilidades e necessidades de aprendizagem são únicas e que os sistemas

educacionais devem levar em conta “[...] a vasta diversidade de tais

características e necessidades [...], combatendo toda forma de discriminação”.

A escola tem a função de reconhecer e responder às diversas

dificuldades de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de

aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade para todos

mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de

ensino, recursos e parcerias com a comunidade. Carvalho (2005) nos diz que

a inclusão educacional exige que expliquemos dificuldades escolares não só

tendo os alunos como foco, mas considerando-se as limitações existentes em

nosso sistema de ensino e em nossas escolas. O desafio implica numa nova

visão de NEE que, além das dos alunos, traduzem-se por necessidades das

escolas, dos professores e de todos os recursos humanos que nela trabalham.

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), Lei nº

9.394/96 (BRASIL, 1996 ), no artigo 59, preconiza:

Que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específica para atender às suas necessidades; assegurar a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental em virtude de suas deficiências; e assegura aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar.

Conforme as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na

Educação básica (BRASIL, 2001):

Art. 15. A organização e a operacionalização dos currículos escolares são de competência e responsabilidade dos estabelecimentos de ensino, devendo constar de seus projetos pedagógicos as disposições necessárias para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos, respeitadas, além das diretrizes curriculares nacionais de todas as etapas e modalidades da Educação Básica, as normas dos respectivos sistemas de ensino.

A mesma traz em seu relatório que faz a seguinte afirmação:

A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e

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paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades (BRASIL, 2001, p. 12).

DIFICULDADES E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA FACILIT AR O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO COM SÍNDROME DE ASPERGER

Para incluir um aluno com necessidades educacionais especiais - NEE,

numa classe comum, há necessidade de se criar mecanismos que permitam,

com sucesso, que ele participe educacional, social e emocionalmente com

seus colegas e professores e com os objetivos do conhecimento e da cultura

(CARVALHO, 2005).

É importante conhecer as diferentes teorias de aprendizagem, mas é

imperativo que compreendamos o modo como as pessoas aprendem e as

condições necessárias para a aprendizagem, bem como identificar o papel de

um professor nesse processo. Essas teorias são importantes porque

possibilitam ao professor adquirir conhecimento, atitudes e habilidades que lhe

permitirão alcançar melhor os objetivos de ensino (FREITAS et al, 2006).

Vygotsky (1989) em sua teoria enfatiza o papel da aprendizagem no

desenvolvimento do ser humano, valorizando a escola, o professor e a

intervenção pedagógica. Portanto, considera-se que a aprendizagem, refere-

se a um processo complexo no qual estão incluídas inúmeras variáveis: aluno,

professor, contexto escolar, família, concepção teórica, organização curricular

entre outros.

É de conhecimento dos profissionais da educação, que nem todos os

alunos aprendem do mesmo modo. Deve-se então, criar contextos, que

atendam as dificuldades individuais do educando, a partir de suas

potencialidades e de seus saberes.

Nesta concepção, entende-se que o desenvolvimento humano é um processo

sócio histórico, construído nas inter-relações estabelecidas entre o sujeito e

seu contexto e que, a construção do conhecimento se dá pela mediação de

outros sujeitos. O “outro social” pode apresentar-se por meio de objetos, da

organização do ambiente, do professor e do mundo cultural que rodeia o aluno

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(VYGOTSKY, 1989).

Assim sendo, o professor faz parte deste processo de ensinar e

aprender. Segundo Vygotsky (1989), é papel de o docente promover o

desenvolvimento e mediar o conhecimento dos alunos por meio de sua

interferência na “Zona de desenvolvimento proximal” (ZPD). Esta

aprendizagem acadêmica difere das situações informais, nas quais o aluno

aprende por pertencer e compartilhar um ambiente cultural. Neste âmbito,

Vygotsky (1978) propõe a existência de uma janela de aprendizagem em cada

momento do desenvolvimento dos alunos, o que torna pertinente proporcionar-

lhes um grande manancial de atividades levando-o a aprendizagem.

Procedimentos metodológicos:

Demo (2003, p. 39) nos fala sobre pesquisa:

Pesquisar, assim, é sempre também dialogar, no sentido específico de produzir conhecimento do outro para si, e de si para o outro, dentro de contexto comunicativo nunca de todo devassável e que sempre pode ir a pique. Pesquisa passa a ser, ao mesmo tempo, método de comunicação, pois é mister construir de modo conveniente a comunicação cabível e adequada, e conteúdo da comunicação, se for produtiva. Quem pesquisa tem o que comunicar. Quem não pesquisa apenas reproduz ou apenas escuta. Quem pesquisa é capaz de produzir instrumentos e procedimentos de comunicação. Quem não pesquisa assiste à comunicação dos outros.

Neste sentido, a presente pesquisa propôs refletir com professores do

Ensino Médio, estratégias de ensino para alcançar os objetivos que busquem

metodologia de ensino e instrumentos de avaliação, visando o sucesso escolar

do aluno com Síndrome de Asperger. Para isso, utilizamos o método da

pesquisa-ação como estratégia de pesquisa, conforme preconiza Thiollent

(2000, p. 25): Trata-se de um método, ou de uma estratégia de pesquisa agregando vários métodos ou técnicas de pesquisa social, com os quais se estabelece uma estrutura coletiva, participativa e ativa ao nível da captação de informação.

Thiollent (2000, p.16):

Nesta perspectiva, é necessário definir com precisão, de um lado, qual é a ação, quais são os seus agentes, seus objetivos e

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obstáculos e, por outro lado, qual é a exigência de conhecimento a ser produzido em função dos problemas encontrados na ação ou entre os atores da situação.

Com relação a este tipo de pesquisa, temos Thiollent (2000, p. 8):

Com o desenvolvimento de suas exigências metodológicas, as propostas de pesquisa alternativa (participante e ação) poderão vir a desempenhar um importante papel nos estudos e na aprendizagem dos pesquisadores se tornarem capazes de responder com maior eficiência aos problemas da situação em que vivem, em particular sob forma de diretrizes de ação transformadora. Trata-se de facilitar a busca de soluções aos problemas reais para os quais os procedimentos convencionais têm pouco contribuído. Devido à urgência de tais problemas (educação, informação, práticas políticas, etc), os procedimentos a serem escolhidos devem obedecer a prioridades estabelecidas a partir de um diagnóstico da situação no qual os participantes tenham voz e vez.

Trata-se de uma pesquisa, por meio de grupo de estudos junto aos

professores onde foi realizada a intervenção pedagógica por meio de 8

encontros/oficinas de 4 horas, totalizando 32 horas, tendo a participação de

um grupo de 15 educadores (professores , pedagogo, e direção) do Colégio

Estadual Padre José Pires do município de Centenário do Sul-PR sendo os

mesmos realizados aos sábados no período da manhã.

Tal ação visou a reflexão sobre a prática pedagógica desenvolvida até o

momento, no sentido de que a mesma não seja permeada de exclusão do ser

humano pela deficiência.

Os professores participaram do grupo de estudos em busca de

embasamento teórico, exemplos de adaptação curricular, recursos e

instrumentos de avaliação que facilitem a aprendizagem para o aluno com

necessidade educacional especial. Para isso foi apresentados textos, com

material impresso e virtual e vídeos que abordam o tema “Síndrome de

Asperger” e suas especificidades. Os materiais selecionados possibilitou aos

professores, a realização de práticas pedagógicas que respeitam as diferentes

necessidades encontradas pelo aluno, utilizando uma forma diferente de

avaliar, onde se leva em conta todo o processo de aprendizagem e não tem

com referência apenas um único instrumento de avaliação, a comprovação da

mudança das práticas pedagógicas se dá por meio da verificação das notas

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obtidas pelo aluno no último bimestre, sendo o melhor rendimento

apresentado por ele até então, deixando claro que houve uma aprendizagem

de fato.

Os encontros foram conduzidos da seguinte forma: foi criado um e-mail

para o grupo de estudo, onde foram disponibilizados previamente os textos

referentes àquele encontro para que fosse realizado leitura prévia pelos

participantes, e durante os encontros foi realizado apresentação expositivado

conteúdo, seguindo sempre um roteiro de discussão e reflexões sobre o tema,

buscando sempre relacionar o assunto com as dificuldades e avanços com

relação ao aluno com Síndrome de Asperger da nossa escola, buscando

melhor compreensão acerca das garantias legais com relação a aprendizagem

e socialização dos alunos com necessidades educacionais especiais.

Como avaliação da Intervenção Pedagógica, os professores tiveram a

oportunidade de colocar suas opiniões, oralmente, sobre o que aprenderam

com o grupo de estudos e tecer comentário sobre a contribuição do tema

estudado em suas práticas pedagógicas.

A pesquisa teve os seguintes desdobramentos de trabalho no 1º semestre de

2014:

-Divulgação do projeto de implementação pedagógica e incentivo à

participação dos profissionais da educação da unidade escolar;

- Estudo e reflexão das políticas públicas de educação inclusiva;

- Mediação da aprendizagem a luz da teoria Vygotskiana;

- Levantamento teórico para a especificidade do aluno com síndrome de

Asperger pertencente a esse contexto escolar;

- Levantamento de material que contemple a definição, características,

comportamentos, especificidades da aprendizagem e desenvolvimento do

aluno com Síndrome de Asperger.

No primeiro encontro foi apresentado o projeto de Intervenção

Pedagógica e seus objetivos, e também foi respondido um questionário pelos

professores do Ensino Médio tendo como objetivo coletar dados para subsidiar

a implementação do mesmo e Leitura para reflexão e estudo da legislação da

área:

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• Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996(LDB);

• Constituição Federal de 1998;

• Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001.

• Lei nº 12.764, de Dezembro de 2012 e alteraçãodo § do art. 98 da lei nº

8.112, de Dezembro de 1990.

No segundo encontro fizemos a leitura e discussão sobre os textos:

• Síndrome de asperger – Klin (2005)

• No terceiro encontro o assunto abordado foi políticas de inclusão, e

Análises de Possíveis Impactos do Programa Educação inclusiva á

Diversidade. Autoras – Mônica de Carvalho Magalhães Kassar e Silvia

Márcia Ferreira Meletti

• Declaração de Salamanca, 1994–UNESCO

No quarto encontro o tema abordado foiDefinição de Necessidades

Educacionais Especiais com a leitura e discussão dos seguintes textos:

• Um Sapato Perdido (Ou Quando os Olhares “Sabem” Olhar)

• Vídeo – Filme “O Melhor da Turma”

• Texto para Reflexões em torno do filme

No quinto encontro o tema abordado foiDiversidade e Preconceito por meio de leitura

e discussão dos seguintes textos:

• O Leão de Neméia - Amaral (1998)

• Sobre crocodilos e avestruzes – Amaral(1998)

• Vídeo – Filme O Homem Elefante - Reflexões em torno do filme

No sexto encontro o assunto abordado foi Adaptação Curricular por meio

deleitura e discussão dos seguintes textos:

• Adaptações curriculares, estratégias na escola inclusiva – Sebastian

Heredero (2010)

• Uma visão da Síndrome de Asperger– Vygotsky (1978)

• Avaliação mediadora/processual –Holffimam (2000)

• Métodos de avaliação de ensino e aprendizagem – Luckesi (2005)

No oitavo encontro realizamos o estudo do Projeto Político Pedagógico

(PPP) da escola e suas considerações sobre a inclusão de alunos com algum

tipo de necessidade educacional especial.

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Para os encontros do grupo de estudotodos os educadores fizeram

leitura prévia dos textos, seguida de apresentação expositiva, reflexão sobre

os temas, sugestão de metodologia e instrumentos de avaliação paradiminuir

as dificuldades de aprendizagem no âmbito escolar encontrada pelo aluno

com Síndrome de Asperger.Foi respondido um questionário com o objetivo de

levantar o perfil dos participantes,dados pessoais, formação, tempo de serviço,

as maiores potencialidades apresentada pelo aluno nas diversas áreas de

conhecimento, os instrumentos de avaliação utilizados para avaliar a

aprendizagem, dificuldades e facilidades que encontram nas avaliações

utilizadas, como poderiam ser pensadas as avaliações levando em conta a

adaptação curricular, buscando a verdadeira inclusão do aluno com

necessidade educacional especial na rede regulares de ensino.

Além do grupo de estudo realizado na escola, citado acima, também foi

realizado um grupo de trabalho em rede – GTR,no formato de formação á

distância com a participação de 17 professores que também atual na área de

Educação Especial, onde eu fui a tutora desse grupo.

O grupo de trabalho em rede constitui uma das estratégias utilizadas

pelo programa de desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE,

para socializar, com os demais professores da rede, os estudos que os

professores do PDE realizam no Programa, por meio de encontros virtuais,

para a discussão e socialização da temática de sua área de formação e/ou

atuação. Com auxíliodas seguintes ferramentas: o fórumonde o cursista vai se

conectar on-line e interagir com a tutora e os demais participantes e o diário

onde se interage somente com a tutora.O curso foi distribuído em três

temáticas que tinha como material de estudo o meu Projeto de Implementação

e Produção Didático-Pedagógica tendo como tema: metodologias de ensino e

instrumentos de avaliação para aluno com síndrome de asperger.

Na primeira temática (I), tanto no fórum como no diário, os cursistas

expuseram considerações pontuais e significativas sobre o projeto, e embora

alguns professores não trabalhassem com aluno com Síndrome de Asperger

apenas no ensino regular, levantaram a pertinência do projeto para trabalhar

em qualquer nível ou modalidade, pois a proposta desenvolvida, que é,

metodologia de ensino e avaliação para aluno com Síndrome de Asperger ,

pode ser adequada para qualquer realidade, pois asadaptações curriculares e

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recursos metodológicos diferenciados pode ser utilizados com todo aluno com

algum tipo de necessidade educacional especial.

Na segunda temática (II), a grupo fez apontamentos consideráveis sobre

a Produção Didático-Pedagógica, contribuindo muito para o desenvolvimento

do meu trabalho. Os docentes observaram a relevância dos escritores

abordados no material para enriquecer a parte teórica; a importância de criar

estratégias que possibilitem o repensar da prática pedagógica, além da

necessidade de trabalhar com recursos e metodologias diferenciadas

respeitando cada peculiaridade do aluno com necessidades educacionais

especiais.

A terceira temática (III), proporcionou a discussão da Implementação

Pedagógica na Escola, momento de compartilhar com os cursistas as ações

desenvolvidas no local de aplicação. Houve o relato de experiências

significativas com os alunos, tanto dos professores que já fizeram PDE como

os demais, bem como sugeriram ações pedagógicas que foram implementadas

com alunos com algum tipo de necessidade educacional especial, inclusive

Síndrome de Asperger na escola em que trabalham. Todos contribuíram, por

meio da troca de experiência, com ideias para criar estratégias e metodologias

que contribuam para o sucesso pedagógico, proporcionado aos professores da

rede pública ampliar os seus conhecimentos tanto na parte teórica como

prática. Ressaltando que a troca de experiência foi fundamental para a

interação e as discussões das temáticas.

Na temática I, os cursistas participaram do Fórum 01 e desenvolveram

o Diário 01, com ampliação de ideias sobre o tema proposto no projeto.

Analisaram de forma crítica os objetivos, a justificativa e fundamentação

teórica. E tendo o texto do meu projeto como base,comentaramcomo acontece

o processo educacional na perspectiva inclusiva na escola onde eles

trabalham.

A seguir o comentário postado no fórum:

Sempre comentamos na sala dos professores, que o aluno incluso acaba ajudando outros alunos serem visto em suas diferenças. Já ouvi professores comentando que esse aluno

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fala bem sobre o assunto, porém na hora de por no papel não consegue ser tão claro, ou outras situações... Então muitos de nós temos facilidades em certas áreas e em outras não. Será que este aluno pode ser avaliado somente no momento da prova escrita? Concordo com você quando diz que está na hora de avaliarmos nossas metodologias, e ações educativas.

Um dos objetivos do projeto de implementação pedagógica, é ir de

encontro com anseios dos educadores, buscando conhecimento sobre as

necessidades educacionais especiais.

Na temática II, as (os) cursistas participaram do fórum e diário,

apontando suas observações na Produção Didático-Pedagógica, enfatizando a

relevância do desenvolvimento do trabalho com os alunos com necessidades

educacionais especiais e relatando como a comunidade escolar lida com

inclusão e a integração desses alunos na escola onde trabalha.Foram várias

sugestões e relatos de experiências dentre elas a que segue abaixo:

A seguir o comentário postado no fórum:

Em nossa escola, todos os recursos humanos como foi dito, lidam bem com essas dificuldades, há a abertura do processo educativo onde todos são responsáveis pelo bem estar e melhora na sua qualidade de vida, existe o diálogo entre todos os elementos que tem contato com os alunos, equipe técnica, professores e demais profissionais para que se encontrem soluções específicas para as necessidades do aluno. Apesar de gostar do que vejo aqui hoje, entendo que não aconteceu da noite para o dia, houve sim, dias de “escuridão”, mas implementação de projetos e de formação como o que estamos participando, foram e são fundamentais para que se de continuidade ao nosso dever como escola, de promover independência eautonomia de nossos alunos.

O relato do professor foi pertinente ao assunto em questão, uma vez

que todos devem estar envolvidos no processo de ensino-aprendizagem,

estamos aos poucos avançando, mas a luta ainda é grande com muitas

barreiras a serem enfrentadas.

Na temática III, relataram-se as ações e os resultados de parte da

aplicação do projeto. As (os) cursistas participaram do Fórum 03,

desenvolveram o fórum: Vivenciando a Prática e formularam suas

contribuições sobre a temática abordada. Foram várias sugestões e relatos de

experiências dentre elas a que segue abaixo:

A inclusão é um ato responsável que deve ser pensado em conjunto por todos os segmentos de escola. Digo isso porque trabalho em uma escola especial e quando cogitamos a proposta de incluir, devemos ter parecer favorável de toda a

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equipe e principalmente rever todas as possibilidades de sucesso ou fracasso deste aluno no mundo lá fora, seja na escola ou no trabalho. Já no ensino regular, pensar em inclusão não se difere quando o aspecto é responsabilidade e compromisso dos envolvidos numa ação conjunta para superar os desafios.

Diante do comentário do professor devemos estar ciente que a

Constituição Federal garante aos alunos com necessidades educacionais

especiais o direito à educação de qualidade no ensino regular em instituições

públicas de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho atingiu sua proposta inicial, que foi buscar metodologias de ensino

e instrumentos de avaliação diversificados (avaliação escrita, oral, individual,

em grupo, com maior tempo para realização, pesquisa, etc) que venham de

encontro com as necessidades educacionais especiais do aluno com síndrome

de Asperger. Diante do que foi exposto é evidente que os profissionais da

educação precisam de formação que os oriente em sua prática pedagógica

diária com alunos com alguma necessidade educacional especial e

características específicas da Síndrome de Asperger, como de qualquer outra

síndrome. As mudanças metodológicas, adaptação curricular e variação nos

instrumentos avaliativos só acontecem se houver conhecimento sobre o que

se ensina para quem se ensina e como se ensina.Muito se debateu sobre

estratégias e adaptações necessárias para promover o desenvolvimento das

potencialidades e o aprendizado do aluno com Síndrome de Asperger, de

acordo com suas características e formas de se apropriar dos conteúdos.

Porém, não existe receita acabada, pois, cada educando é único, como são

únicas as diferentes situações de aprendizagem, não podendo generalizar as

necessidades especiais dos alunos e de cada escola, sendo as mesmas

especiais em sua singularidade.

É também importante que os professores troquem informações sobre

estratégias que deram certo, não para que sejam feitas cópias, mas que sejam

tomadas como ponto de partida para que outras sejam pensadas, tendo em

vista o conhecimento sobre o que está sendo feito e que pode funcionar. Para

isso, é fundamental que sejam conhecidos os processos da aprendizagem,

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assim como aspectos relativos às diferentes etapas do desenvolvimento

humano e, nesse sentido, faz-se necessária a formação continuada do

educador, constituindo- se cada vez mais como pesquisador de sua própria

prática pedagógica.

REFERÊNCIAS:

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