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ORIENTADOR DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

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Page 1: ORIENTADOR DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO • NR 01 – Disposições ... • NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA . . . . . . . . . . 27 • NR 06 –

ORIENTADOR DESEGURANÇAE SAÚDE NOTRABALHO

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ÍNDICEApresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .07

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Siglas utilizadas em Segurança e Saúde no Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

• Estrangeiras com aplicação em Seg . e Saúde no Trabalho do Brasil . . . .10

• Nacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

• Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - SGSST . . . . . . . . 13

Previdência Social e Segurança do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

• Fator Acidentário de Prevenção – FAP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

• Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP . . . . . . . . . . . . . . . .16

• Perfil Profissiográfico – PP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

• Pessoas com Deficiência – PCDs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

• Empresas Contratadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

e Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Dano Moral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

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Normas regulamentadoras (NRs)– Segurança e Saúde do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22

• NR 01 – Disposições Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

• NR 02 – Inspeção Prévia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

• NR 03 – Embargo e Interdição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

• NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

• NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA . . . . . . . . . .27

• NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI . . . . . . . . . . . . . . . . 28

• NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

• NR 08 – Edificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

• NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA . . . . . . .32

• NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade . . . . . . . .35

• NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36

• NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . 37

• NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

• NR 14 – Fornos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

• NR 15 – Atividades e Operações Insalubres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

• NR 16 – Atividades e Operações Perigosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

• NR 17 – Ergonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50

• NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51

• NR 19 – Explosivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52

• NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53

• NR 21 – Trabalho a Céu Aberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54

• NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração . . . . . . . . . . . . . . .55

• NR 23 – Proteção Contra Incêndios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55

• NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho . . . 56

• NR 25 – Resíduos Industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

• NR 26 – Sinalização de Segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

• NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança no Ministério do Trabalho e Emprego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

• NR 28 – Fiscalização e Penalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

• NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

• NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário . . . . . . . . . . . . . . . . . .63

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APRESENTAÇÃOO Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul – SIMECS, abrange 17 municípios da região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul e representa mais de 3 .000 empresas dos setores Auto-motivo, Eletroeletrônico e Metalmecânico, oportunizando 66 mil postos de trabalho .

Por sua representatividade, o SIMECS busca as mais diversas alternativas para atender às necessidades de seu empresariado e, nesta oportunidade, oferece especialmente às pequenas e médias empresas da categoria um instrumento de consulta – o Orientador de Segurança e Saúde no Trabalho - SIMECS .

Nesta 2ª edição estão reunidos os principais temas, situações e questões vol-tadas à saúde e segurança que as empresas enfrentam diariamente e, diante desta, o Orientador Simecs passa a ser um facilitador para as ações de plane-jamento .

Este trabalho foi elaborado pela Comissão de Saúde e Segurança do SIMECS e contou com a orientação dos Coordenadores Vitor Hugo Facchin e Arlindo Marçal dos Santos e a supervisão e revisão de Odacir Conte .

Estar a serviço de suas empresas é o maior ideal do SIMECS, que há mais de meio século acredita no trabalho como fonte de realização .

GETULIO FONSECA Presidente do SIMECS

• NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63

• NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde . . . . . . . .63

• NR 33 – Segurança e Saúde no trabalho em Espaços Confinados . . . . . . 64

• NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

• NR 35 – Trabalho em Altura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67

• NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

• Anexo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

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INTRODUÇÃOSegurança e saúde no trabalho são questões que a cada dia precisam assumir maior relevância no planejamento e ações das empresas, pois além de seu in-discutível valor social e moral têm merecido por parte do governo um intenso trabalho de atualização da legislação trabalhista e previdenciária, visando di-minuir os acidentes do trabalho no Brasil e os custos decorrentes a eles asso-ciados .

Em virtude disto, além da revisão e inclusão de diversas normas regulamen-tadoras desde a última edição deste Orientador, estão sendo aprimorados os mecanismos de controle dos infortúnios decorrentes do trabalho, bem como da busca de ressarcimento por parte da Previdência Social, via judiciário .

Assim, além do custo humano dos acidentes de trabalho, que por menores que sejam são sempre de valor inestimável pelas suas consequências pessoais, fa-miliares, da empresa e da sociedade, correm as organizações o risco de sofre-rem pesadas multas e indenizações, quer por parte da Previdência Social, quer por parte dos empregados que sofreram danos .

Igualmente, há no contexto da prevenção a atuação cada vez maior do Minis-tério Público do Trabalho que, através de Termos de Ajuste de Conduta – TAC ou Ações Civis Públicas, tem agido de modo que a legislação seja cumprida em sua integralidade em seus múltiplos aspectos .

Paralelo ao arcabouço legal vigente sobre SST, nos últimos anos têm aumen-tado de forma significativa as demandas sobre o que se convencionou denomi-nar de Dano Moral, expressão que abrange aspectos muitas vezes intangíveis, como assédio moral, assédio sexual, perda ou diminuição da autoestima ou do convívio harmonioso com familiares e demais entes sociais.

Em virtude deste novo desdobramento da área trabalhista acidentária, traze-mos na versão atual do Orientador algumas observações aos empresários no sentido da prevenção a ações ou omissões que possam dar origem a este tipo de demanda, extremamente danosa ao bom relacionamento que deve preva-lecer no ambiente de trabalho, independentemente do porte da empresa .

Por fim, destacamos que cada vez mais há a necessidade das empresas dispo-rem de pessoas capacitadas a orientar e cuidar da atualização das normativas em vigor, bem como de cuidarem diuturnamente do afastamento de seus em-pregados, inclusive e principalmente quando os mesmos são amparados pela Previdência Social .

Importante, ainda, salientar de que os diversos preceitos legais existentes, bem como as Normas Técnicas Brasileiras, não podem ser olhadas e aplicadas de modo isolado umas das outras .

Necessário e imprescindível de que sejam examinadas em suas interações umas com as outras .

Os empresários devem ter o maior conhecimento e informação possíveis sobre as ingerências em seu negócio e em no ambiente de trabalho que propicia aos seus empregados, bem como na qualidade e conformidade legal de seus for-necedores ou terceiros .

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SIGLAS UTILIZADAS EM SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOEstrangeiras com aplicação em Segurançae Saúde no Trabalho do Brasil

ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Higyenists (Confe-rência Governamental Americana de Higienistas Ocupacionais)

NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health (Instituto Na-cional para Segurança e Saúde Ocupacional)

OSHA – Occupational Safety and Health Administration (Administração da Se-gurança e Saúde Ocupacional)

GHS – The Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Che-micals (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas)

Nacionais

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AGU – Advocacia Geral da União

AR – Ações Regressivas

ART – Anotação de Responsabilidade Técnica

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

CA – Certificado de Aprovação

CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho

CAI – Certificado de Aprovação de Instalações

CID – Classificação Internacional de Doenças

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

dB – Unidade de medida logarítmica de uma grandeza

dB(A) – Medida da Intensidade sonora na escala A

EPI – Equipamento de Proteção Individual

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

eSocial – Sistema de Informações centralizado dos empregados

FAP – Fator Acidentário de Prevenção

FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental

FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

GRTE – Gerência Regional do Trabalho e Emprego (nível regional)

LO – Licença de Operação

LT – Limite de Tolerância

LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho

MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social

MPT – Ministério Público do Trabalho

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

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NBR – Norma Brasileira

NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

NR – Norma Regulamentadora

NT – Nota Técnica

PCA – Programa de Conservação Auditiva

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PPR – Programa de Proteção Respiratória

PP – Perfil Profissiográfico

PT – Permissão de Trabalho

OHSAS – Occupacional Health and Safety Assessment Series (Séries de Avalia-ção de Segurança e Saúde Ocupacional)

OS – Ordem de Serviço

PPCI – Plano de Prevenção contra Incêndios

SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho

SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Nível de Estado)

TAC – Termo de Ajustamento de Conduta

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - SGSST

A Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho é um importante e indispensável instrumento para o sucesso das organizações em suas metas gerenciais de re-dução ou mesmo eliminação de acidentes e doenças do trabalho, propiciando em consequência ambientes de trabalho saudáveis e seguros .

Pode ser definida como um conjunto de regras, ferramentas e procedimentos que visam eliminar, neutralizar ou reduzir as lesões e os danos decorrentes das atividades desenvolvidas nos diversos ambientes laborais .

Uma das principais ferramentas dessa gestão denomina-se Gestão de Riscos, que atua no reconhecimento dos perigos e da classificação dos riscos (Risco Puro) .

Assim, um sistema de gestão bem sucedido deve se fundamentar em:

• uma política de segurança e saúde apropriada para a companhia;

• a identificação dos riscos e exigências legais de saúde e segurança ocupacional;

• a graduação dos riscos do improvável ao praticamente certo, bem como sua gravidade;

• a priorização das soluções a serem adotadas;

• objetivos, metas e programas que assegurem o desenvolvimento harmonio-so das soluções compatibilizando prioridades e necessidade de investimentos;

• atividades de gestão que controlem os riscos de saúde e segurança ocupa-cional;

• monitorar o desempenho do sistema de saúde e segurança ocupacional;

• revisões, avaliações e aperfeiçoamentos contínuos do sistema.

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Atualmente, os Sistemas de Gestão de SST estão baseados em normas inter-nacionais, tais como OHSAS 18001, que consiste em um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacionais, assim como a ISO 9001 o qual cuida da Gestão da Qualidade .

A OHSAS, porém, tem seu foco voltado para a saúde e segurança ocupacio-nais . Em outras palavras, a OHSAS 18001 é uma ferramenta que permite uma empresa atingir e sistematicamente controlar e melhorar o nível do desempe-nho da Saúde e Segurança do Trabalho por ela mesma estabelecido .

OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety Assessment System, cuja tradução é Sistema de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacio-nal . Assim como os Sistemas de Gerenciamento Ambiental e de Qualidade, o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional também possui objeti-vos, indicadores, metas e planos de ação .

Atualmente, o Minsitério do Trabalho e Emprego está na fase de elaboração de Norma Regulamentadora sobre o tema .

Esta Norma Regulamentadora deverá substituir, uma vez consensada e apro-vada, a atual NR 01: Disposições Gerais .

PREVIDÊNCIA SOCIAL E SEGURANÇADO TRABALHOAbordaremos, a seguir, de forma suscinta, alguns dos dispositivos legais insti-tuídos pela Previdência com vistas ao controle e redução dos acidentes e do-enças do trabalho .

Fator Acidentário de Prevenção – FAP

Medida adotada pela Previdência Social, por força de lei, a criação do Fator Acidentário de Prevenção – FAP tem como base a dicotomia “bônus - malus”, ou seja, empresas com menos acidentes e doenças do trabalho (bônus) reco-lhem alíquotas de Seguro Acidente do Trabalho menores, sendo que aquelas que ultrapassarem a média de acidentalidade (malus) de seu segmento de atu-ação deverão recolher a maior . Estes valores são estipulados a partir de um multiplicador – o FAP – , cujo valor pode variar entre 0,5 e 2 conforme o maior ou menor grau de investimentos em programas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho e proteção contra os riscos ambientais do trabalho, res-pectivamente .

O FAP traz reflexos imediatos na organização empresarial relativas à seguran-ça e saúde do trabalhador, pois o investimento nessa área implica em menor ou maior alíquota de contribuição das empresas.

O FAP é calculado considerando os eventos (benefícios concedidos pelo INSS), quer relativos às CAT emitidas, quer os que trazendo indicação estatístico-epi-demiológica de nexo-técnico, que não foram contestados a contento pelas empresas .

Neste cômputo são computados o número de acidentes e doenças do traba-lho, a sua gravidade (medida em dias de afastamento) bem como os custos da Previdência com o atendimento a estas ocorrências .

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Estes dados são sempre relativos aos dois anos anteriores àquele em que é pu-blicado o FAP . A publicação ocorre em 30 de setembro do ano corrente e come-ça a vigir em janeiro do ano seguinte .

Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP

O NTEP faz-se a partir do cruzamento das informações de código da Classifica-ção Internacional de Doenças – CID-10 –, e do código de Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE .

Este cruzamento aponta a existência de relação entre a lesão, ou agravo, e a atividade desenvolvida pelo trabalhador .

A indicação de NTEP está embasada em estudos científicos alinhados com os fundamentos da estatística e epidemiologia.

Esta ferramenta auxiliar serve de aporte para análises e conclusão sobre a na-tureza da incapacidade ao trabalho apresentada na Perícia Previdenciária, se de natureza comum, conhecida como B 31, ou de natureza acidentária, de-nominadas de B 91, auxílio doença acidentário, B 94, auxílio acidente, B 92, aposentadoria por invalidez acidentária e B 93, pensão por morte acidentária laboral .

Perfil Profissiográfico – PP

Até recentemente denominado de PPP (Dec . 8 .123/13 – Art . 68 – III - § 8), o agora Perfil Profissiográfico é um documento histórico-laboral preenchido pela empresa e que deverá ser entregue ao trabalhador para fins de concessão de aposentadoria especial, entre outros benefícios previdenciários.

A empresa é obrigada a fornecer cópia autentica do PP ao trabalhador em caso de desligamento, sendo passível de multa pelo não cumprimento.

As informações ambientais devem ter por base os documentos LTCAT ou PPRA, desde que este último preencha todos os requisitos exigidos pelo LTCAT .

Os documentos deverão ser expedidos por profissional Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, ambos com certificação legal de atua-ção profissional.

No PP, entre outras informações, deverá constar os agentes ambientais a que o segurado esteja exposto, bem como as medidas de controle (equipamentos de proteção coletiva e individual) desenvolvidas pela empresa .

A fiscalização das informações transcritas neste documento está sob responsa-bilidade da perícia do INSS e da Receita Federal do Brasil.

Pessoas com Deficiência – PCDs

Conhecida como Lei de Cotas, a Lei Nº 8 .213/1991, implementada em 1999 pelo decreto 3 .298/1999, é um dos mecanismos de inclusão social utilizados pelo governo para esta parcela da população .

O Decreto 3.298/1999 define deficiência como: “toda perda ou anormalidade de estrutura psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano .” (art 3º, I)

Posteriormente, o Decreto 5.296/2004 altera a redação das definições de defi-ciências especificadas no decreto anterior.

A lei estabelece reserva de vagas de emprego para pessoas com deficiências (habilitadas), ou para aquelas que realizam processo de reabilitação profissio-nal, mediante certificado emitido pela Previdência Social.

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A obrigação vale para empresas que possuem 100, ou mais funcionários, e as cotas variam de 2 a 5% dos postos de trabalho, conforme descrito abaixo:

I – de 100 a 200 empregados, 2%;

II – de 200 a 500 empregados, 3%;

III – de 500 a 1000 empregados, 4%;

IV – de 1001 empregados em diante, 5% .

São válidas para o cumprimento das cotas as pessoas com deficiência carac-terizadas no Decreto Nº 3 .298, em conformidade com a NT 91 da Previdência Social (INSS) . A legislação prevê penalização para as empresas que não se ade-quarem ao cumprimento desta normativa .

A despedida sem justa, causa de trabalhador reabilitado ou de deficiente ha-bilitado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto, respeitando as condições previstas no Decreto Nº 5.296, de forma a manter a cota mínima prevista neste decreto .

Para assegurar o pleno exercício, faz-se necessário analisar e adequar espaços físicos e equipamentos de forma a garantir a acessibilidade, de acordo com os requisitos da legislação federal . Entende-se por acessibilidade, a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segu-rança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos . (NBR 9050/2004)

Além disso, é importante considerar aspectos relacionados a transporte, ali-mentação, vestiários, banheiros, bem como outras diretrizes e normas da ABNT a respeito da acessibilidade .

Empresas Contratadas

A empresa contratante responde solidariamente com a empresa contratada sobre toda e qualquer situação adversa que venha existir em questões traba-lhistas que envolvam acidentes e doenças do trabalho, tanto cível quanto pe-nalmente .

Sendo assim, é importante que sejam tomadas todas as precauções possíveis antes da terceirização de um determinado serviço ou obra:

• firmar contrato prévio entre as partes, onde conste a obrigatoriedade do cumprimento dos requisitos legais, incluindo os aspectos de segurança e saúde ocupacional, pertinentes à atividade;

• exigir recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) às em-presas contratadas para obras ou serviços técnicos;

• solicitar documentação, que comprove a regularidade trabalhista, previden-ciária e legal, da empresa contratada e de seus funcionários;

• solicitar ficha de controle de entrega de EPIs, com o respectivo comprovante de treinamento dos empregados da contratada;

• solicitar comprovantes de treinamentos de acordo com a atividade que será realizada;

• solicitar o PPRA (NR 09) e o PCMSO (NR 07) da empresa contratada . Quando a atividade envolver construção civil, deverá ser solicitado PCMAT (NR 18) .

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e SocialBrevemente, todas as empresas brasileiras estarão sob a égide de um sistema de informações sobre seus trabalhadores, centralizados no denominado e Social .

A partir de sua vigência, todas as informações relativas ao empregador e aos empregados deverão ser alimentadas em tempo real em sua maioria ou ime-diatamente após ocorrerem, sendo armazenadas no denominado ambiente do e Social .

Todas estas informações serão acessadas pelos ministérios envolvidos (Fazen-da, Previdência Social, Trabalho e Emprego) bem como pela Caixa Econômica Federal, Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho, entre outros em convênios que estão sendo elaborados .

Além destes organismos, todo o trabalhador terá acesso aos dados informados pela empresa relativos ao seu contrato de trabalho e a seu histórico laboral .

Das informações requeridas pelo sistema, uma parcela importante refere-se a questões relacionadas à Segurança e a Saúde dos trabalhadores e servirão de base para a geração eletrônica do PP .

Assim, importante que sejam auditadas e sanadas eventuais irregularidades ou inconsistências quanto ao cumprimento das disposições legais, sob o risco da empresa poder ter negado o envio de suas informações ou, inclusive, o recebi-mento de multas e auto de infrações automaticamente, pelo próprio sistema, quando do cruzamento das diversas informações em seu banco de dados .

DANO MORALO pedido de dano moral está cada dia mais presente nas ações trabalhistas movidas por empregados contra seus empregadores .

De igual forma, o Ministério Público do Trabalho tem ingressado com ações de-nominadas de Dano Moral Coletivo, sempre que entender ter sido ofendido um direito dos trabalhadores em âmbito coletivo . Estas ações, normalmente resul-tam em condenações de elevados valores que devem ser recolhidas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, ou a instituições, ou trabalhos específicos de prevenção, ou reparação dos danos supostamente causados .

Este tipo de ação vem em um crescente devido, principalmente, à ausência de conhecimentos específicos dos empreendedores dos procedimentos e postu-ras que devem adotar em suas atividades, agindo preventivamente .

Falta de política clara quanto à forma de atuação de seus empregados, seja no tratamento e atitudes dentro do mesmo nível hierárquico, seja, e este de forma mais grave, entre superiores e subordinados .

As empresas deve buscar aconselhamento junto aos seus consultores jurídicos, para elaborarem medidas a serem divulgadas e implementadas por todos, do mais graduado ao mais humilde dos trabalhadores, de modo a preservar-se a harmonia e o respeito, mesmo em situações em que medidas disciplinares se-jam imperativas .

Como sob a denominação genérica de danos morais estão pleitos de indeniza-ção por assédio moral (vexames, humilhações, destrato público, isolamento de trabalhador), ou assédio sexual, algumas vezes de difícil fronteira entre o flerte e a inconveniência), bem como por incapacidades decorrentes de Acidentes de Trabalho, as empresas devem buscar maneiras claras e documentadas .

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Especial cuidado deve ser tomado quanto à questão de gêneros. Chefias de-vem estar atentas para que situações vexatórias, piadas e insinuações não te-nham maneira de prosperar dentro da organização .

NORMAS REGULAMENTADORAS (NRs)– SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHOAs Normas Regulamentadoras – NRs –, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos ór-gãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente, e ainda, constitui em ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento de suas obrigações com a segu-rança do trabalho .

Sua origem remonta à Portaria Nº 3214/78, de 8 de junho de 1978 . Atualmente, são trinta e seis as Normas Regulamentadoras, cuja descrição de forma sintéti-ca passaremos a abordar a seguir .

NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS(Esta NR encontra-se em revisão)

Determina que as normas regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados regidos pela CLT .

A SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego determina as res-ponsabilidades do empregador e a responsabilidade dos empregados .

Compete, entre outras atribuições, à SRTE:

• impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e re-gulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

• embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;

• notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutraliza-ção de Insalubridade .

Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segu-rança e medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciên-cia aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;

c) informar aos trabalhadores sobre os riscos profissionais que possam ori-ginar-se nos locais de trabalho, os meios para prevenir e limitar tais riscos e

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as medidas adotadas pela empresa, os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico, aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos e os resultados das avaliações ambientais realizadas nos lo-cais de trabalho;

d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho .

Cabe ao empregado:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeter-se aos exames médicos previstos na NR 07;

d) colaborar com a empresa na aplicação das NRs;

O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador e ao empregado a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente .

NR 02 – INSPEÇÃO PRÉVIA

Determina, a partir da publicação da Portaria Nº 3214/78, de 08/06/1978, que todo estabelecimento novo, ou quando ocorrerem modificações substanciais nas instalações e/ou equipamentos já existentes, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o CAI – Certificado de Aprovação de Instalações, por meio de modelo pré-estabelecido na própria NR .

Embora dificilmente as empresas obtenham o CAI, devem protocolar o seu pe-dido junto ao órgão competente do MTE, para comprovarem de que estão em dia com esta obrigação .

NR 03 – EMBARGO E INTERDIÇÃO(Última atualização: Portaria SIT Nº 199, de 17 de janeiro de 2011)

A SRTE poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máquinas, setor de serviços se os mesmos demonstrarem grave e iminente risco para o trabalha-dor, que é toda condição ambiental de trabalho que possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do tra-balhador, mediante laudo técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais.

Caso haja interdição ou embargo em um determinado setor, os empregados receberão os salários como se estivessem trabalhando .

O levantamento da interdição ou embargo poderá ser feito somente pela pró-pria SRTE .

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NR 04 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO – SESMT(Última atualização: Portaria MTE Nº 2018, de 23 de dezembro de 2014)

A obrigatoriedade de implantação e manutenção do SESMT depende da gra-dação do risco da atividade principal da empresa (Quadro I) obtido através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e do número total de empregados do estabelecimento (Quadro II) .

Em 2014, a NR sofreu uma revisão e prevê a possibilidade do técnico de enfer-magem do trabalho integrar o SESMT . Os SESMTs devem ser compostos por engenheiro de segurança, médico do trabalho, técnico de segurança do traba-lho, enfermeiro do trabalho e auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho . A contratação de dois médicos do trabalho é permitida para o cumprimento da jornada do SESMT .

As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, anexo a esta NR, poderão proporcionar assistência na área de segurança e medicina do trabalho a seus empregados através de serviços contratados .

Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro pro-fissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo conselho profissional, quando existente .

A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho .

O impedimento da atuação dos profissionais que compõem o SESMT, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções constituem infrações .

NR 05 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃODE ACIDENTES – CIPA(Última atualização: Portaria SIT Nº 247, de 12 de julho de 2011)

A CIPA tem como objetivo desenvolver atividades de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanen-temente o trabalho pela preservação da vida e a promoção da saúde do traba-lhador .

As empresas deverão constituir CIPA, composta de representantes do empre-gador e dos empregados, de acordo com os Quadros III ou II e o Quadro I des-ta norma, sendo que se a empresa não se enquadrar na obrigatoriedade de possuir CIPA, deverá designar um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR .

Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles de-signados; enquanto os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem os empregados interes-sados, ou seja, a candidatura é voluntária .

O empregador designará entre seus representantes o presidente da CIPA e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presiden-te . Também será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da comissão .

Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na vota-ção, não haverá a apuração dos votos, sendo necessário a realização de nova eleição .

O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição, sendo vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do em-pregado eleito (efetivo e suplente) desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, efetivos

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e suplentes, antes da posse, quando em CIPA já existente, com carga horária mínima de 20 horas.

O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

Toda a documentação referente ao Processo Eleitoral deverá ficar no estabele-cimento à disposição da fiscalização do MTE. De igual modo deverá ser enca-minhada ao Sindicato dos Trabalhadores da categoria, quando solicitada .

Obs .: deverá, anualmente, ser observado se permanece na Convenção Coletiva a cláusula que determina prazo após as eleições para comunicar ao sindicato profissional a relação dos membros eleitos da CIPA.

NR 06 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI(Última atualização: Portaria MTE Nº 505, de 16 de abril de 2015)

As empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados equipamentos de proteção individual gratuitamente, em perfeito estado de conservação e fun-cionamento, destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalha-dor .

Todo equipamento deve ter o CA – Certificado de Aprovação –, expedido pelo MTE, sendo observado seu prazo de validade .

Compete ao SESMT, ou à CIPA, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade .

Cabe, ainda, ao empregador orientar, treinar e fiscalizar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda, conservação e higenização do EPI, bem como sua substituição imediata, quando danificado ou extraviado. Recomenda-se que a entrega do EPI seja registrada em formulário próprio (ANEXO), mediante assi-natura do trabalhador por ocasião da entrega/recebimento .

Sempre deverá ser priorizada a utilização de equipamentos de proteção coleti-va – EPC . O uso de EPI ocorrerá:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do tra-balho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência .

NR 07 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO(Última atualização: Portaria MTE Nº 1 .892, de 09 de dezembro de 2013)

Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de to-dos os empregadores e instituições, do PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde dos trabalhadores, prevenindo, rastreando e diagnos-ticando precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversí-veis à saúde dos trabalhadores .

O seu planejamento e implantação deverá ter como base os riscos à saúde dos trabalhadores, identificados nas avaliações ambientais, tendo como obrigato-riedade a efetiva implementação através da realização dos exames admissio-nal, periódico, troca de função, retorno ao trabalho e demissional, acrescidos de exames complementares conforme necessidade e periodicidade definidas no próprio programa, subsidiados exclusivamente pelo empregador .

A periodicidade na realização dos exames periódicos e complementares, de-finidos pelo médico coordenador, e previamente estabelecida nesta Norma, podem ser alterada com intervalo reduzido a critério do médico coordenador deste programa .

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Os demais exames médicos deverão obedecer ao seguinte critério de realiza-ção:

- admissional, antes que o trabalhador assuma suas atividades;

- de retorno ao trabalho, obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao traba-lho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto;

- de mudança de função, antes da data da mudança;

- demissional, até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de:

- 135 dias para empresa de grau de risco 1 e 2 (vide Quadro 1 da NR 04);

- 90 dias para grau de risco 3 e 4 (vide Quadro 1 da NR 04)

Obs.: deve ser verificada a convenção coletiva vigente, quanto à eventual alte-ração de prazos .

Para cada exame médico ocupacional realizado, o médico emitirá o ASO – Atestado de Saúde Ocupacional –, em 2 vias, sendo a primeira pertencente à empresa e a segunda, ao trabalhador, mediante assinatura de ambos .

O médico coordenador deverá manter sob sua responsabilidade um prontuário clínico individual, contendo todos os registros médicos e exames complemen-tares, por um período mínimo de 20 anos após o desligamento do trabalhador. Havendo substituição do médico coordenador, os arquivos deverão ser trans-feridos para seu sucessor .

Deverá ser emitido relatório anual discriminado, por setores da empresa, con-tendo o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, devendo ser apresentado e discutido na CIPA, quando houver .

Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 04, com até 25 (vinte e cinto) emprega-dos e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR 04, com até 10 (dez) empregados, que por sua vez ficam dispensadas de elaborar o relatório anual .

Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais ou do trabalho, o médico coordenador deverá solicitar a emissão de CAT – Comunica-ção de Acidente de Trabalho –, e indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho, além de encaminhar o tra-balhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho.

Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à pres-tação dos primeiros socorros, mantido em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.

Obs .: este material deverá estar em local com acesso controlado e somente conter aqueles devidamente receitados por profissional médico.

NR 08 – EDIFICAÇÕES(Última atualização: Portaria SIT Nº 222, de 06 de maio de 2011)

Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham, obser-vando as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.

As áreas de circulação, como pisos e as aberturas dos locais de trabalho, devem ser protegidas que forma que impeça a queda de pessoas e/ou objetos . Devem ser protegidas da umidade .

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As partes externas devem observar as normas técnicas oficiais relativas à resis-tência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade .

Nos locais de trabalho, as coberturas devem assegurar proteção contra as in-tempéries e insolação excessiva ou falta da mesma .

NR 09 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIEN-TAIS – PPRA(Última atualização: Portaria Nº 1 .471 de 24 setembro de 2014)

Esta norma estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do PPRA, visando a preservação da saúde e integridade física do trabalhador, através de ações de prevenção e controle dos riscos ambientais .

Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos (ex.: ruído), químicos (ex.: poeiras, fumos de solda) e biológicos (ex.: vírus, bactérias), incluindo também os riscos ergonômicos (ex .: postura inadequada) e os riscos de acidentes (ex .: queda, choque elétrico) .

O PPRA deverá estar descrito em um documento, elaborado por profissional legalmente habilitado, o qual deve ser revisado pelo menos uma vez ao ano, para avaliação do seu desenvolvimento, bem como, ser apresentado e discuti-do em reunião da CIPA .

Deverá ser mantido pelo empregador um registro de dados, de forma a consti-tuir um histórico do desenvolvimento do PPRA, o qual deverá estar disponível aos trabalhadores e para as autoridades competentes . Recomenda-se seu ar-quivamento por prazo indeterminado embora a respectiva norma determine 20 anos, no mínimo.

Alguns aspectos a serem observados, para validação do programa, são: afe-rição por laboratório credenciado dos equipamentos utilizados para medição de ruído, iluminação, calor e outros; emissão de ART – Anotação de Respon-sabilidade Técnica –, por parte do engenheiro responsável; demonstração de que o programa servirá de base para verificação de questões relacionadas à aposentadoria especial .

As questões relacionadas à insalubridade e periculosidade, devem ser tratadas em Laudo especifico para tal.

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Equipamento para medição de ruído Sistema de Ventilação Local Exaustora

Enclausuramento para controle de ruído

NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE(Última atualização: Portaria GM Nº 598, de 07 de dezembro de 2004)

Esta NR estabelece a necessidade de implementação de um sistema de gestão de segurança nas fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, com o objetivo de adequar as medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com ele-tricidade .

Devem constar no sistema de gestão de segurança, por exemplo, treinamento específico com carga horária definida, EPIs e ferramental próprio, procedimen-tos de trabalho, diagramas unifilares, identificação de áreas classificadas, entre outros, documentados em prontuário elétrico sob responsabilidade de profis-sional legalmente habilitado .

Há a necessidade de autorização da empresa para os trabalhadores em eletri-cidade poderem exercer suas atividades .

Estabelece as medidas de segurança mínimas para o trabalho em eletricidade, bem como define níveis de tensão (extra baixa, baixa e alta) e as denominadas zonas de risco, controlada e livre, determinando, ainda, quais as competências das pessoas, conforme definidas em NBR, para a entrada em cada uma destas zonas .

As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos con-tratantes e contratados envolvidos .

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NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENA-GEM E MANUSEIO DE MATERIAIS(Última atualização: Portaria SIT Nº 82, de 01 de junho de 2004)

Destina-se à operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras, que deverão ser calculados e construídos de ma-neira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança, me-diante comprovação de responsável técnico .

Todos os equipamentos de transporte, movimentação, armazenagem e ma-nuseio de materiais deverão ser permanentemente inspecionados, de forma a serem mantidos em perfeitas condições de trabalho, inclusive no que se refere a emissão de gases .

Na operação de equipamentos de transporte, com força motriz própria, o ope-rador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habi-litará nessa função . Além disso, só poderão dirigir se portarem um cartão de identificação com nome e foto em lugar visível, devendo realizar anualmente os exames previstos no PCMSO (NR 07) .

Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de adver-tência sonora (buzina) .

Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas trans-portadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados, a fim de manter as concentrações de monóxido de carbono abaixo de limites definidos pela legislação.

Transporte de sacas

Para a atividade de transporte de sacas, devem ser atendidos requisitos de peso, distância máxima para transporte manual, tração, auxílio na operação manual, altura máxima da pilha de sacos, mecanização, cobertura e piso ade-quados, entre outros .

NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS(Última atualização: Portaria MTE Nº 1 .893, de 09 de dezembro de 2013)

PRINCÍPIOS GERAIS

Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a in-tegridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a pre-venção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, im-portação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras – NR, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis .

Entende-se como fase de utilização a construção, transporte, montagem, ins-talação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e des-monte da máquina ou equipamento .

O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos traba-lhadores, e medidas apropriadas, sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho .

ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES

Este item da NR define:

• como devem ser instaladas as máquinas e equipamentos;

• como deve ser a definição das vias de acesso;

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• a organização das ferramentas de uso pessoal e coletivo;

• manutenção e conservação dos pisos para instalação das máquinas e equi-pamentos .

INSTALAÇÕES E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS

Este item da NR 12 define como devem ser projetadas e mantidas as instala-ções elétricas das máquinas e equipamentos de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR 10 .

DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA

Item específico na norma que define como devem ser construídos e instalados os dispositivos de partida, acionamento e parada a ser instalados nas máquinas e equipamentos .

SISTEMAS DE SEGURANÇA

O projeto, instalação e definição dos modelos e os requisitos necessários para os sistemas de segurança, fixos ou móveis estão definidos neste item da norma regulamentadora os quais devem seguir os requisitos abaixo:

a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes deterioradas ou danificadas;

b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de proje-ção de peças, materiais e partículas;

c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos;

d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções;

e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;

f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;

g) impedir que possam ser burladas;

h) proporcionar condições de higiene e limpeza;

i) impedir o acesso à zona de perigo;

j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário;

k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo; e

l) não acarretar riscos adicionais .

DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA

Este item específico da NR 12 determina a necessidade das máquinas e equi-pamentos deverem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo laten-tes e existentes .

Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como dis-positivos de partida ou de acionamento .

Os dispositivos de parada de emergência devem:

a) ser selecionados, montados e interconectados de forma a suportar as condi-ções de operação previstas, bem como as influências do meio;

b) ser usados como medida auxiliar, não podendo ser alternativa a medidas adequadas de proteção ou a sistemas automáticos de segurança;

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c) possuir acionadores projetados para fácil atuação do operador ou outros que possam necessitar da sua utilização;

d) prevalecer sobre todos os outros comandos;

e) provocar a parada da operação ou processo perigoso em período de tempo tão reduzido quanto tecnicamente possível, sem provocar riscos suplementa-res;

f) ser mantidos sob monitoramento por meio de sistemas de segurança; e

g) ser mantidos em perfeito estado de funcionamento .

A parada de emergência deve exigir rearme, ou reset manual, a ser realizado somente após a correção do evento que motivou o acionamento da parada de emergência .

MEIOS DE ACESSO PERMANENTES

As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixa-dos e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e intervenção constante .

Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus .

Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos acima, poderá ser utilizada escada fixa tipo marinheiro.

Este item da norma define parâmetros para a construção dos meios de acesso acima citados .

COMPONENTES PRESSURIZADOS

Toda vez em que a máquina ou equipamento utilizar tubulações e demais componentes pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecânicos e outros agentes agressivos, devem ser adotadas medidas adicionais de proteção das mangueiras . Este item da Norma cita alguns parâmetros para avaliar a necessi-dade de proteção dos itens pressurizados .

TRANSPORTADORES DE MATERIAIS

Os movimentos perigosos dos transportadores contínuos de materiais devem ser protegidos, especialmente nos pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios, roldanas, amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalhei-ras, correntes, guias, alinhadores, região do esticamento e contrapeso e outras partes móveis acessíveis durante a operação normal.

ASPECTOS ERGONÔMICOS

As máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos com observância aos seguintes aspectos:

a) atendimento da variabilidade das características antropométricas dos ope-radores;

b) respeito às exigências posturais, cognitivas, movimentos e esforços físicos demandados pelos operadores;

c) os componentes como monitores de vídeo, sinais e comandos, devem pos-sibilitar a interação clara e precisa com o operador de forma a reduzir possibili-dades de erros de interpretação ou retorno de informação;

d) os comandos e indicadores devem representar, sempre que possível, a dire-ção do movimento e demais efeitos correspondentes;

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e) os sistemas interativos, como ícones, símbolos e instruções devem ser coe-rentes em sua aparência e função;

f) favorecimento do desempenho e a confiabilidade das operações, com redu-ção da probabilidade de falhas na operação;

g) redução da exigência de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou tor-ção dos segmentos corporais;

h) a iluminação deve ser adequada e ficar disponível em situações de emergên-cia, quando exigido o ingresso em seu interior .

RISCOS ADICIONAIS

Para fins de aplicação desta Norma, devem ser considerados os seguintes ris-cos adicionais:

a) substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes quí-micos em estado sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato com a pele, olhos ou mucosas;

b) radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenien-tes de substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas;

c) radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integri-dade física dos trabalhadores;

d) vibrações;

e) ruído;

f) calor;

g) combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosa-mente;

h) superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras cau-sadas pelo contato com a pele;

i) provenientes da emissão ou liberação de agentes químicos, físicos e biológi-cos pelas máquinas e equipamentos;

j) as máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam com-bustíveis, inflamáveis, explosivos ou substâncias que reagem perigosamente;

k) queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies aquecidas de máquinas e equipamentos;

l) trabalhos em máquinas que possuam espaços confinados.

MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, PREPARAÇÃO, AJUSTES E REPAROS

Este item da Norma cita a obrigatoriedade das máquinas e equipamentos se-rem submetidos à manutenção preventiva e corretiva, na forma e periodicida-de determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacio-nais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais .

MANUAIS

As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em to-das as fases de utilização .

Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou equipamentos que apresentem riscos deve ser reconstituído pelo empregador, sob a respon-sabilidade de profissional legalmente habilitado.

Os manuais devem:

a) ser escritos na língua portuguesa, Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhado das ilustrações explicativas;

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b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compre-ensão;

c) ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados;

d) permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA

Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos, pa-dronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise de risco .

Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de proteção adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados comple-mentos e não substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias para a garantia da segurança e saúde dos trabalhadores .

Ao início de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou equipamento, o operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a segurança, as atividades devem ser interrompidas, com a comunicação ao su-perior hierárquico .

PROJETO, FABRICAÇÃO, IMPORTAÇÃO, VENDA, LOCAÇÃO, LEILÃO, CES-SÃO A QUALQUER TÍTULO, EXPOSIÇÃO E UTILIZAÇÃO

O projeto deve levar em conta a segurança intrínseca da máquina ou equi-pamento durante as fases de construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação, desmonte e sucateamento por meio das referências técnicas indicadas nesta Norma, a se-rem observadas para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título, exposição e utilização de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto nesta Norma .

CAPACITAÇÃO

A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualifica-dos, capacitados ou autorizados para este fim.

Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação pro-videnciada pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde os riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, nos termos desta Norma, para a prevenção de acidentes e doenças .

Os operadores de máquinas e equipamentos devem ser maiores de dezoito anos, salvo na condição de aprendiz, nos termos da legislação vigente .

A capacitação deve:

a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função;

b) ser realizada pelo empregador, sem ônus para o trabalhador;

c) ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o horário normal de trabalho;

d) ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II desta Nor-ma; e

e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com supervisão de profissional legalmente habilitado que se responsabilizará pela adequação do conteúdo, forma, carga horária, qualificação dos instruto-res e avaliação dos capacitados .

OUTROS REQUISITOS ESPECÍFICOS DE SEGURANÇA e DISPOSIÇÕES FINAIS

Estes itens devem ser avaliados no escopo desta norma regulamentadora .

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ANEXOS

I – Distâncias de segurança e requisitos para o uso de detectores de presença optoeletrônicos

II – Conteúdo programático para capacitação

III – Meios de acesso permanentes a máquinas e equipamentos

IV – Glossário

V – Motosserras

VI – Máquinas para panificação e confeitaria

VII – Máquinas para açougue e mercearia

VIII – Prensas e similares

IX – Injetoras de materiais plásticos

X – Máquinas para calçados e afins

XI – Máquinas e implementos para uso agrícola e florestal

XII- Equipamentos de guindar para elevação de pessoas e realização de traba-lho em altura .

NR 13 – CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO(Última atualização: Portaria MTE Nº 594 de 28 de abril de 2014)

Esta NR estabelece requisitos mínimos para caldeiras a vapor, vasos de pressão (ex .: compressores de ar, autoclaves etc .) e suas tubulações de interligação, nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, in-cluindo documentações obrigatórias .

É considerado risco grave e iminente, podendo ocasionar acidente de grande proporção, se o equipamento, por exemplo, não possuir válvula de segurança, manômetro indicativo de pressão, sistema de controle do nível de água (para caldeiras), entre outros .

Destaca-se a obrigatoriedade de realização de inspeção de segurança, por enge-nheiro com habilitação e com registro no CREA, para emissão de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica .

Toda caldeira a vapor deve ter acompanhamento, enquanto estiver em funcio-namento, de operador de caldeira, que tenha realizado treinamento obrigatório, incluindo reciclagens . Nesse sentido, observar quanto à necessidade de opera-dores substitutos, como exemplo, em intervalos de refeições e período de férias.

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NR 14 – FORNOS(Última atualização: Portaria SSMT Nº 12, de 06 de junho de 1983)

Estabelece requisitos para instalação e utilização de fornos no que se refere à localização, segurança, tipos e combustíveis, emissão de gases, conforto tér-mico, acessos, entre outros .

Deve-se observar, também, as legislações pertinentes nos níveis federal, esta-dual e municipal .

NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

(Obs .: em processo de alteração)

Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, bem como seus limi-tes de tolerância (LT), e as condições daí decorrentes que determinam o paga-mento do adicional de insalubridade, quando os trabalhadores não estiverem adequadamente protegidos .

Há, atualmente, 14 anexos, sendo 13 deles em plena vigência .

A caracterização dos agentes insalubres poderá ser feita de forma qualitativa (presença ou não do agente), ou quantitativa (através de monitoramento para verificar a intensidade ou concentração do agente, se ultrapassa, ou não, o LT), mediante laudo técnico a ser elaborado por Engenheiro de Segurança, ou Mé-dico do Trabalho .

Entende-se como Limite de Tolerância a concentração, ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante sua vida laboral .

A eliminação, ou neutralização, da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo, que poderá ocorrer:

a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

b) com a utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI .

O pagamento do adicional de insalubridade corresponde a um percentual do salário mínimo, conforme a graduação abaixo:

- 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau máximo;

- 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio;

- 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas consi-derado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa .

O simples fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual não é sufi-ciente para descaracterizar o direito ao Adicional de Insalubridade, devendo a empresa instruir sobre finalidade e forma adequada de utilização, inicial e periodicamente, fornecer o EPI adequado, controlar o fornecimento, obrigar o seu uso e fiscalizar adequadamente para que o trabalhador efetivamente faça uso dele .

NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS(Ùltima atualização: Portaria MTE Nº 05, de 07 de janeiro de 2015)

Esta NR descreve as atividades e operações perigosas ligadas a trabalhos com explosivos, inflamáveis líquidos e/ou gasosos, radiações ionizantes, em que haja risco de assaltos e violência física bem como com trabalhos em eletricida-de e em motocicletas .

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O exercício de atividades nas condições citadas nos seis anexos desta NR é ca-racterizado como periculoso, assegurando ao trabalhador a percepção de adi-cional de 30% sobre seu salário, sendo que em caso de o trabalhador ter direito também a adicional de insalubridade, cabe a ele optar por um dos adicionais, não sendo devido, legalmente, o recebimento simultâneo de ambos os adicio-nais .

Considerando-se a questão de áreas de risco e operação com inflamáveis e ex-plosivos, e que podem caracterizar a necessidade de pagamento do referido adicional, é importante estabelecer regras que limitem o acesso dos trabalha-dores e regulem a operação envolvendo os respectivos produtos .

Áreas que servirão como: depósito de inflamáveis e explosivos, deverão ser projetadas atendendo à legislação pertinente, de forma a não gerar riscos adi-cionais, bem como necessidade de pagamento do adicional de periculosidade .

Particularmente, cabe salientar especial cuidado com as modificações introdu-zidas com a Portaria que regulamentou o Adicional de Periculosidade por tra-balhos com eletricidade, quanto às interações que foram criadas com a NR 10 .

NR 17 – ERGONOMIA(Última atualização:Portaria SIT Nº 13, de 21 de junho de 2007)

Esta norma estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho abordando as condições de trabalho que incluem os aspectos relacionados aos fatores bio-mecânicos (força, movimentos repetitivos, vibração e postura), ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais (iluminamento, conforto térmico e acústico), do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho .

Saliente-se que a Análise Ergonômica do Trabalho é diversa de um Laudo Er-gonômico, devendo envolver em sua realização um Comite de Ergonomia e a obediência ao Manual de Aplicação da NR 17, disponível no endereço eletrônico do Ministério do Trabalho e Emprego .

Com o objetivo de evitar as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Traba-lho (DORT) é de responsabilidade do empregador tomar medidas para a ade-quação dos postos de trabalho de acordo com os parâmetros estabelecidos nes-ta norma .

Esta Norma define, ainda, quais são os parâmetros e as diretrizes mínimas para adequação das condições de trabalho dos operadores de checkout e teleatendi-mento/telemarketing visando à prevenção dos problemas de saúde e segurança relacionados ao trabalho .

NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT(Última atualização: Portaria MTE Nº 597, de 07 de maio de 2015)

Esta norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sis-temas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio am-biente de trabalho na indústria da construção .

Prevê medidas mínimas de higiene e segurança nos canteiros de obra, como áreas de vivência para os trabalhadores, com instalações sanitárias, vestiários, local limpo e adequado para as refeições, e para os trabalhadores alojados é obrigatório instalação de alojamentos, lavanderia e área de lazer . Quando se tratar de frentes de trabalho com 50 trabalhadores ou mais, deverá dispor de ambulatório .

Prevê medidas de proteção contra quedas nos trabalhos em altura .

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Medidas de Proteção Coletiva e Individual: redes e telas de segurança, me-didas de proteção para elevadores de carga e de pessoas, para operação de gruas, guindastes, para a instalação de andaimes, instalações elétricas e os equipamentos de proteção individual, treinamentos de segurança obrigatórios admissional e periódicos .

PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indús-tria da Construção: documento obrigatório nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos e a obrigatorieda-de do cumprimento dos aspectos previstos nessa norma . Deve contemplar as exigências contidas na NR 09, mantida à disposição no empreendimento para fins de fiscalização e deve ser elaborada por profissional legalmente habilitado.

A implementação do PCMAT é de responsabilidade do empregador ou condo-mínio. O PCMAT é o PPRA da construção civil, portanto, é vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam as-segurados pelas medidas previstas nesta norma e compatíveis com a fase da obra, sendo que a observância do estabelecido nesta norma não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou muni-cipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho .

NR 19 – EXPLOSIVOS(Última atualização: Portaria SIT Nº 228, de 24 de maio de 2011)

Esta Norma determina parâmetros para o depósito, manuseio, inspeção, transporte e armazenagem de explosivos .

Todos os envolvidos deverão conhecer os requisitos de segurança e estar devi-damente treinados e habilitados para atividades com explosivos .

NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COMINFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS(Última alteração: Portaria MTE Nº 1 .079, de 16 de julho de 2014)

Estabelece requisitos mínimos para a Gestão da Segurança e Saúde no Traba-lho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de: ex-tração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

Faz-se necessário classificar as instalações através da Tabela I do item 20.4.1 através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, por tipo de instalação e tomando por base os riscos ou pela capacidade de armazena-mento de inflamáveis e líquidos combustíveis temporários ou fixos. Não é apli-cável às instalações com menos de 1m³ de líquidos e/ou 1 ton de gases.

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A Norma direciona para a elaboração ou agrupamento de uma série de docu-mentações tais como inventário dos volumes de inflamáveis e líquidos com-bustíveis, projeto de instalações, análise de riscos, prevenção e controle de va-zamentos, derramamentos, incêndios e emissões fugitivas e plano de resposta a emergências .

O empregador deve elaborar, documentar, implementar, divulgar e manter atualizados procedimentos operacionais que contemplem aspectos de segu-rança e saúde no trabalho, em conformidade com as especificações do projeto das instalações classes I, II e III e com as recomendações das análises de riscos .

Ainda prevê a capacitação dos trabalhadores conforme Anexo II da referida NR . Estabelece, também, a necessidade de controle de fontes de ignição de acordo com a NR 10, abrangendo o conceito de áreas classificadas (área na qual uma atmosfera explosiva está presente, ou na qual é provável sua ocorrência a pon-to de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos) .

A comunicação de ocorrências envolvendo acidentes com líquidos combustí-veis e inflamáveis devem ser informadas aos órgãos competentes de acordo com os critérios do item 20 .15 .

Já o item 20.17 estabelece critérios para instalação de tanques de líquidos infla-máveis no interior de edifícios.

NR 21 – TRABALHO A CÉU ABERTO

Nos trabalhos realizados à céu aberto serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umi-dade e os ventos inconvenientes, bem como condições de abrigo, higiene, sa-nitárias e de moradia .

NR 22 – SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONALNA MINERAÇÃO

Esta Norma destina-se aos trabalhos em minerações subterrâneas ou à céu aberto, garimpos, beneficiamento de minerais e pesquisa mineral.

NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Esta Norma estabelece que todas as empresas devem possuir: proteção contra incêndio, saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço em caso de incêndio, equipamento suficiente para combater o fogo em seu início e pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos .

Ainda, é dever do empregador fornecer locais de trabalho com saídas em nú-mero suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses lo-cais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência .

As empresas devem fornecer extintores, hidrantes e demais equipamentos para combate a incêndio conforme as normas do Corpo de Bombeiros sobre o assunto, devendo as mesmas manterem um Plano de Prevenção contra In-cêndios (PPCI) .

Devem ser organizados exercícios de combate ao fogo periodicamente, obje-tivando: que o pessoal reconheça o sinal de alarme; que a evacuação do local se faça em boa ordem; que seja evitado qualquer pânico; que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas .

Obs .: o cumprimnento desta NR não desobriga ao cumprimento das disposi-ções legais vigentes nos Estados e Municipios, desde que mais restritivas do que o previsto na NR 23 .

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NR 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitó-rios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando à higiene dos locais de tra-balho e à proteção à saúde dos trabalhadores .

Abaixo, principais tópicos da norma.

Instalações Sanitárias:

• as áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais . É considerada satisfatória a metragem de 1 (um) metro quadrado, para cada sanitário, por 20 operários em atividade e separadas por sexo;

• os locais onde se encontrarem instalações sanitárias, deverão ser submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho;

• será exigido no conjunto de instalações sanitárias um lavatório para cada 10 trabalhadores nas atividades ou operações insalubres;

• o lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou seca-gem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas .

Vestiários:

• em todos os estabelecimentos industriais, e naqueles em que a atividade exi-ja troca de roupas; ou seja, imposto o uso de uniforme, haverá local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de sexos;

• a área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de 1,50 m² para 1 (um) trabalhador;

• os locais destinados às instalações de vestiários serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletro-ducos e manter ilu-minamento mínimo de 100 lux;

• os armários, de aço, madeira, ou outro material de limpeza, deverão ser es-sencialmente individuais;

• deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas, podendo tam-bém ser sobrepostos .

Refeitórios:

• nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 empregados é obriga-tória a existência de refeitório;

• o refeitório terá área de 1,00 m² por usuário, abrigando de cada vez 1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho;

• o refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando di-retamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos;

• nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30, até 300, empregados embora não seja exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalhado-res condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições.

Cozinhas:

• deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, atra-vés de aberturas por onde serão servidas as refeições;

• as áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão

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ser de 35% e 20% respectivamente, da área do refeitório;

• deverão ter pé direito de 3,00 metros no mínimno.

Alojamentos, local destinado ao repouso dos operários:

• a capacidade máxima de cada dormitório será de 100 empregados;

• os dormitórios deverão ter áreas mínimas de acordo com os módulos adota-dos (camas/armários) e capazes de atender ao efeito a ser alojado;

• os alojamentos deverão ser localizados em áreas que permitam atender não só as exigências construtivas como, também, evitar o devassamento aos pré-dios vizinhos .

Condições de higiene e conforto por ocasião das refeições:

• a empresa que contratar terceiro para prestação de serviços em seus estabe-lecimentos deve estender aos trabalhadores da contratada as mesmas condi-ções de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios empregados;

• as empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de água po-tável e fresca em quantidade superior a ¼ de litro (250 ml) por hora/homem trabalho;

• os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade. O serviço de limpeza será realizado, sempre que possível, fora do horário de trabalho e por processos que reduzam ao mínimo o levanta-mento de poeiras .

NR 25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS

(Última alteração: Portaria SIT Nº 253, de 04 de agosto de 2011)

Essa Norma trata do gerenciamento dos resíduos provenientes dos processos industriais . Preconiza que a empresa deve buscar a redução na geração dos resíduos adotando tecnologias e gerenciamento adequados.

Resíduos gasosos

É proibido o lançamento ou a liberação nos ambientes de trabalho de quais-quer contaminantes gasosos sob a forma de matéria ou energia, direta ou in-diretamente, de forma a serem ultrapassados os limites de tolerância estabe-lecidos pela Norma Regulamentadora – NR 15, ou norma internacional usada como referência para elementos não descritos nesta NR .

Resíduos líquidos e sólidos

Os resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações industriais deverão ser convenientemente tratados e/ou dispostos de forma a evitar riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores. Os resíduos sólidos e líquidos de alta toxicidade, periculosidade, risco biológico e os resíduos radioativos deverão ser dispostos com o conhecimento e auxílio de entidades especializadas.

As medidas, métodos, equipamentos ou dispositivos de controle do lançamen-to ou liberação dos contaminantes deverão ser submetidos ao exame e à apro-vação dos órgãos competentes .

É importante ressaltar que, além da NR 25, os resíduos industriais sólidos, líqui-dos e gasosos devem seguir e atender aos dispostos nas legislações ambientais competentes nos níveis federal, estadual e municipal.

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NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA(Última alteração: Portaria MTE Nº 704, de 28 de maio de 2015) Cor na segurança do trabalho

Esta Norma tem por objetivo fixar as cores e as formas de identificação e eti-quetagem dos produtos químicos, no ambiente laboral.

As cores, em conformidade com as Normas da ABNT, devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.

A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador .

A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por palavras.

Foco principal da última revisão da NR 26, quanto à rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde, enfatiza a necessidade do conhecimento dos produtos utilizados no ambiente de trabalho, para que seja acentuado os cui-dados e a prevenção de acidentes e doenças do trabalho .

A Norma define a utilização dos procedimentos definidos pelo Sistema Glo-balmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas .

A rotulagem preventiva deve conter a identificação e composição do produto químico, pictograma de perigo, palavra de advertência, frases de perigo, frases de precaução e informações complementares .

Igualmente, são especificadas a obrigatoriedade de cursos de capacitação dos trabalhadores, bem como do conhecimento das Fichas de Informações de Se-gurança de Produtos Químicos, conforme normas especificas da ABNT.

Todos os produtos químicos devem ter sua identificação e dados de segurança em português, sendo vedadas outras línguas ou pictogramas diversos daqueles previstos no GHS .

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NR 27 – REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGU-RANÇA NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

Revogada pela Portaria GM Nº 262, 29/05/2008

NR 28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES

Estabelece os procedimentos a serem adotados pelos auditores fiscais, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho .

A empresa pode solicitar prorrogação de prazo para execução das adequações, até no máximo 10 (dez) dias a contar da data de emissão da notificação.

As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentares, sobre segurança e saú-de do trabalhador, terão as penalidades aplicadas conforme valores estabele-cidos na própria NR .

NR 29 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOPORTUÁRIO

Esta NR regula a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais aos trabalhadores portuários, tanto a bordo quanto em terra, objetivando faci-litar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições de trabalho, saúde, segurança e higiene .

NR 30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOAQUAVIÁRIO

Esta Norma regulamentadora tem como objetivo a proteção e a regulamenta-ção das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários a bordo das embarcações de pesca comercial e industrial .

NR 31 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRI-CULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLO-RESTAL E AQUICULTURA

Esta Norma tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o pla-nejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, sil-vicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho .

- Silvicultura é a ciência que trata do cultivo de florestas.

- Aquicultura pode ser definida como o processo de produção em cativeiro, de organismos com habitat predominantemente aquático, tais como peixes, ca-marões, rãs, entre outras espécies .

NR 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVI-ÇOS DE SAÚDE

A NR 32 tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implemen-tação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral .

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Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edi-ficação destinada à prestação de assistência à saúde da população e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabe-lecidos no PCMSO .

NR 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPA-ÇOS CONFINADOS Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identi-ficação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramen-to e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços .

Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventila-ção existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio, tais como reservatórios, galerias, câmaras frias, silos etc .

Responsabilidades

Do Empregador:

• indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta Norma;

• identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento e manter es-sas informações atualizadas, mapeando e sinalizando com a identificação de espaço confinado;

• identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

• implementar procedimento de trabalho seguro em espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção (Permissão de Entrada e Trabalho – PET – e de-vidas medições preventivas), administrativas, pessoais, plano de ação em caso de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambien-tes com condições adequadas de trabalho;

• garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medi-das de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;

• garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito da PET – Permissão de Entrada e Trabalho, que é válida somente para cada entrada;

• fornecer às empresas contratadas todas as informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus tra-balhadores, acompanhando e provendo os meios e condições para exercerem suas atividades de forma segura;

• interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local .

Dos Trabalhadores:

• colaborar com a empresa no cumprimento dos procedimentos previstos na presente Norma;

• utilizar de forma adequada todos os meios e equipamentos de segurança for-necidos pela empresa;

• comunicar situações de risco;

• cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com re-lação aos espaços confinados.

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Todo trabalho a ser realizado em um espaço confinado deve contemplar no mínimo dois trabalhadores, onde um sempre será o vigia.

O trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser sub-metido a exames médicos específicos à função e estar capacitado conforme sua função .

Capacitação:

• Trabalhador autorizado e Vigia - capacitação inicial com carga horária mí-nima de 16 horas e conteúdo programático conforme descrito nesta Norma;

• Supervisor de entrada: capacitação inicial com carga horária mínima de 40 horas e conteúdo programático conforme descrito nesta Norma;

Todos os trabalhadores autorizados, vigias e supervisores de entrada devem receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de 08 horas .

Os instrutores designados devem possuir comprovada proficiência no assunto.

NR 34 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segu-rança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval .

São consideradas atividades da indústria da construção e reparação naval to-das aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lan-chas, plataformas fixas ou flutuantes, dentre outras.

NR 35 – TRABALHO EM ALTURA (Última atualização: Port . MTE Nº 1 .471 de 24 de setembro de 2014)

Estabelece requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta e indireta-mente com esta atividade .

Considera-se trabalho em altura toda atividade executada em que haja dife-rença de níveis iguais ou superiores a 2 m (dois metros), entre o nível superior e o inferior, em que haja risco de queda .

A Norma determina que todo o trabalhador que executar atividades em altura deverá estar capacitado, devendo ser submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático .

A carga horária determinada pela referida NR é de, no mínimo, 8 horas. O trei-namento deverá ser inicial e periódico . Ainda, a empresa deve avaliar o estado de saúde dos trabalhadores, sendo a aptidão do trabalho em altura ser consig-nada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador .

Necessário também que todo o trabalho em altura deva ser precedido de análi-se de risco, sendo que para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode ser contemplada em procedimento operacional . As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas pela PT .

Todo o trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade. Ainda, o empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura . Medidas de controle para trabalho em altura são fundamentais, podemos citar como medidas de controle: escadas, guarda-corpo, andaimes, sistemas de ancoragem, sistemas contra queda, li-nhas de vida horizontal, plataforma de trabalho aéreo .

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Já os equipamentos de proteção individual que são necessários para o traba-lho em altura são cinto de segurança tipo paraquedista; talabarte duplo; trava--quedas, capacete com jugular (podendo ser necessários outros tipos de EPIs, de acordo com o trabalho a ser executado) .

Os sistemas de proteção contra quedas devem ser projetados por profissional legalmente habilitado bem como devem atender também ao disposto na NR 18 e Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) . Os equipa-mentos de proteção individual devem possuir o certificado de aprovação em dia bem como atender também ao disposto nas normas vigentes .

NR 36 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EMEMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS(Última atualização: Portaria MTE Nº 555, de 18 de abril de 2013)

O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saú-de e a qualidade de vida no trabalho .

ANEXO IFICHA DE CONTROLE DE ENTREGA DE EPI

(Com base em disposições legais da CLT e das Normas Regulamentadoras NR 01 e NR 06, do Ministério do Trabalho e Emprego)

O objetivo desta guia é servir de meio de entrega e controle dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que ficarão aos cuidados do empregado abaixo identificado.

Nome do empregado: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Nº de Matrícula: ...........................

Data da entrega Quantidade Descrição do EPI Nº do CA* Assinatura

empregado

* O número do Certificado de Aprovação (CA) encontra-se impresso em carac-teres indeléveis e bem visíveis no EPI e deverá ser verificado e confirmado atra-vés de assinatura do responsável pela entrega .

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Declaro para todos efeitos legais que recebi os Equipamentos de Proteção In-dividual constantes da lista acima, novos e em perfeitas condições de uso, e que estou ciente das obrigações descritas na NR 06, baixada pela Portaria MTb 3214/78, sub-ítem 6.7.1, a saber:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado .

Declaro ainda que estou ciente das disposições do item 1 .8 da NR 01, em espe-cial daquela do subitem 1.8.1, de que constitui ato faltoso à recusa injustificada de usar EPI fornecido pela empresa, incorrendo nas penas da Lei .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de 20 . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (assinatura do empregado)

Maio 2015 - 1 .000 exemplares

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