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Optimização da concepção de sistemas de amortecimento por atrito Cristiana da Silva Feliciano Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil Orientador(es): Prof. Luís Manuel Coelho Guerreiro Prof. António Manuel Figueiredo Pinto da Costa Júri Presidente: Prof. José Joaquim Costa Branco de Oliveira Pedro Orientador: Prof. António Manuel Figueiredo Pinto da Costa Vogal: Prof. Jorge Miguel Silveira Filipe Mascarenhas Proença Outubro 2015

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Optimização da concepção de sistemas deamortecimento por atrito

Cristiana da Silva Feliciano

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Orientador(es): Prof. Luís Manuel Coelho GuerreiroProf. António Manuel Figueiredo Pinto da Costa

Júri

Presidente: Prof. José Joaquim Costa Branco de Oliveira PedroOrientador: Prof. António Manuel Figueiredo Pinto da Costa

Vogal: Prof. Jorge Miguel Silveira Filipe Mascarenhas Proença

Outubro 2015

ii

Agradecimentos

Muitas pessoas ajudaram a tornar este trabalho possıvel.

Gostaria de agradecer aos Professores Luıs Guerreiro e Antonio Pinto da Costa por terem

aceite ser meus orientadores dando-me oportunidade de poder realizar a dissertacao sobre este

tema e ainda pela disponibilidade, pela partilha de conhecimentos, pelas opinioes, crıticas e

total colaboracao no solucionar de problemas que foram surgindo ao longo do tempo.

Gostava de agradecer ao Filipe Fortes pela cedencia do servidor da PT e a Claudia Carvalho

pela cedencia do seu computador pessoal que tornou possıvel obter resultados de forma rapida.

Dirijo um agradecimento especial aos meus pais e irmaos, pelo seu apoio, incentivo, paciencia,

preocupacao e carinho demonstrados.

Ao Pedro Melo pelas opinioes e crıticas ao trabalho e por toda a ajuda, apoio e tranquilidade

transmitida ao longo desta etapa.

Obrigado a todas as pessoas que contribuıram para este trabalho e estiveram ao meu lado

durante estes tempos.

iii

iv

Resumo

Esta dissertacao trata da simulacao numerica de estruturas planas equipadas com dissipado-

res de atrito. Usou-se um metodo de integracao numerica no tempo, o metodo de θ, construıdo

especificamente para lidar com o caracter nao linear da lei de atrito de Coulomb, implemen-

tado em ambiente Matlab. Este metodo foi associado a um algoritmo genetico (da Toolbox

do Matlab) para a optimizacao das forcas maximas de atrito dos dissipadores. O metodo θ

programado foi testado com exemplos simples, para os quais se conhece bem a resposta, com

o objectivo de validar o programa. Fez-se um estudo com cinco estruturas planas com pare-

des estruturais de diferentes dimensoes, com um amortecedor por piso, que foram sujeitas a

accao de sete acelerogramas de sismos reais, de modo a compreender a importancia de paredes

estruturais na distribuicao das forcas maximas dos dissipadores. Com o proposito de redu-

zir simultaneamente deslocamentos e aceleracoes adoptou-se uma optimizacao multi-objectivo.

Consideraram-se dois tipos de distribuicao das forcas maximas dos dissipadores: (i) uniforme

em altura e (ii) variada em altura. Concluiu-se que a distribuicao optima e aproximadamente

uniforme. Apresentam-se comparacoes entre as respostas das estruturas aos sete sismos sem

dissipadores e com dissipadores dimensionados para a forca maxima optima, demonstrando-se

a eficacia dos mesmos.

Palavras-chave: Proteccao sısmica passiva, Atrito, Optimizacao multi-objectivo,

Algoritmo genetico

v

vi

Abstract

The work summarized in the present dissertation is about the numerical simulation of plane

structures equipped with frictional damping devices. A numerical time integration method spe-

cifically tailored to deal with the non-regular character of Coulomb’s friction law, the θ-method,

was programmed in Matlab. It was conjugated with a genetic algorithm (from the Toolbox of

Matlab) for the optimization of the slip forces of the frictional energy dissipators. Initially, the

θ-method was tested with simple examples for which we know the response in order to validate

the program. Then, five plane structures with structural walls of different sizes, with a frictio-

nal damper in each floor, under a set of seven real earthquake records were used in this study

in order to understand the importance of structural walls in the distribution of the dissipators’

slip force. In order to simultaneously reduce displacements and accelerations a multi-objective

optimization was used. Two types of dissipators’ maximal forces distributions were conside-

red: (i) uniform, and (ii) non-uniform. It was concluded that the optimal distribution is not

very different from the uniform one. The efficiency of the friction dampers as anti-seismic sys-

tems is emphasized by the comparison of the seismic response of the optimal designs with the

uncontrolled frames.

Keywords: Passive seismic protection, Friction, Multi-objective optimization, Genetic

algorithm

vii

viii

Conteudo

Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v

Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii

Lista de sımbolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiii

1 Introducao 1

2 Amortecimento de Coulomb em estruturas: modelos elementares 5

2.1 Amortecimento viscoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2.2 Amortecimento de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2.3 Ciclos de histerese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2.3.1 Amortecimento viscoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2.3.2 Amortecimento por atrito de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2.4 Alguns comentarios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3 Modelacao analıtica e simulacao numerica de estruturas com sistemas de dissipacao

por atrito 17

3.1 Equacoes do movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

3.1.1 N graus de liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

3.1.2 Formacao da matriz W . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3.2 Algoritmo de integracao numerica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

3.2.1 Metodo θθθ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

3.3 Exemplos Numericos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

3.3.1 Exemplos numericos de um grau de liberdade . . . . . . . . . . . . . . 29

3.3.2 Exemplos numericos com dois graus de liberdade . . . . . . . . . . . . 31

ix

4 Algoritmos geneticos aplicados a optimizacao do dimensionamento de dissipadores

por atrito 37

4.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

4.2 Optimizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

4.2.1 Operadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

4.2.2 Criterios de paragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

4.3 Exemplo numerico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

5 Optimizacao de sistemas de dissipacao em porticos com paredes estruturais 49

5.1 Definicao das estruturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

5.1.1 Amortecimento de Rayleigh . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

5.2 Definicao dos sismos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

5.3 Criterios de optimizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

5.4 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

5.4.1 Um calculo previo: a pesquisa de intervalos eficazes de forcas maximas

dos dissipadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

5.4.2 Optimizacao segundo o criterio 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

5.4.3 Optimizacao segundo o criterio 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

6 Conclusoes e sugestoes para futuros trabalhos 67

Referencias 69

A Matrizes relativas as cinco estruturas planas analisadas no capıtulo 5 71

B Resultados da optimizacao 77

B.1 Optimizacao segundo o criterio 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

B.1.1 Distribuicao uniforme em altura das forcas nos dissipadores . . . . . . 77

B.1.2 Distribuicao variada em altura das forcas nos dissipadores . . . . . . . 81

B.2 Optimizacao segundo o criterio 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

B.2.1 Distribuicao uniforme em altura das forcas nos dissipadores . . . . . . 87

B.2.2 Distribuicao variada em altura das forcas nos dissipadores . . . . . . . 88

Lista de tabelas 91

x

Lista de figuras 95

xi

xii

Lista de sımbolos

Caracteres latinos

c Coeficiente de amortecimento viscoso.

ci Coeficiente de amortecimento do amortecedor imediatamente abaixo do i-esimo piso.

C Matriz de amortecimento viscoso.

CT Matriz de amortecimento viscoso total.

d(t) Deslocamento absoluto da fundacao.

fs Forca maxima de atrito de um dissipador de atrito.

F (t) Forca excitadora.

f Frequencia natural.

fsi Forca maxima de atrito do dissipador de atrito imediatamente abaixo do i-esimo piso.

g Aceleracao da gravidade.

h Passo de tempo de integracao do metodo θ.

i Vector dos impulsos tangentes.

k Rigidez de uma mola elastica linear.

ki Rigidez transversal dos pilares imediatamente abaixo do i-esimo piso.

kbi Rigidez do sistema de suporte do dissipador imediatamente abaixo do i-esimo piso.

K Matriz de rigidez.

KT Matriz de rigidez total.

xiii

m Massa.

mi Massa do i-esimo piso.

M Matriz de massa.

MT Matriz de massa total.

p Vector que contem os valores preditores dod impulsod tangentes (metodo θ).

p Frequencia angular natural de um oscilador de 1 grau de liberdade.

ri Forca de atrito instantanea mobilizada no i-esimo dissipador i.

r(t) Vector das reaccoes de atrito no instante t.

Td Perıodo de oscilacao fundamental.

v Vector das velocidades relativas de deslizamento nos dissipadores.

W Matriz (em geral rectangular) que transforma as reaccoes tangentes locais em reaccoes

generalizadas.

WF Trabalho realizado num ciclo de oscilacao pela forca F .

Wdiss Energia dissipada num ciclo.

x(t) Deslocamento relativo a fundacao no instante t.

x(t) Velocidade relativa a fundacao no instante t.

x(t) Aceleracao relativa a fundacao no instante t.

X(t) Deslocamento absoluto no instante t.

xb(t) Coordenada que mede o movimento da ligacao entre a mola e o dissipador numa associacao

em serie mola-dissipador.

Xi Deslocamento absoluto do i-esimo piso.

Xbi Coordenada que mede o movimento da ligacao entre o sistema de suporte e o dissipador

do i-esimo piso.

xi(t) Deslocamento relativo a fundacao do i-esimo piso, no instante t.

xiv

x Vector que agrupa os deslocamentos relativos a fundacao de todos os pisos.

xT Vector que agrupa os deslocamentos relativos a fundacao de todos os graus de libertade.

xb Vector que agrupa os deslocamentos relativos a fundacao da coordenada que mede o

movimento da ligacao entre os sistemas de suporte e os dissipadores em todos os pisos.

Caracteres gregos

δ Decremento logarıtmico.

ε Tolerancia do erro.

ζ Factor de amortecimento.

θ Constante de integracao do metodo θ.

µ Coeficiente de atrito de Coulomb.

ω Frequencia angular de excitacao.

xv

xvi

Capıtulo 1

Introducao

Durante o tempo de vida util de uma estrutura uma das accoes mais destrutivas a que esta

pode estar sujeita e a accao sısmica, que resulta frequentemente em perdas de vidas e danos

materiais avultados. Dependendo da magnitude, a accao sısmica pode transmitir grandes quan-

tidades de energia a estrutura a partir dos deslocamentos impostos nas suas fundacoes. Estima-

se que o sismo de Sichuan, na China, que ocorreu a 12 de Maio de 2008, com magnitude de

8.0 na escala de Richter (figura 1.1a, imagem da pagina da internet Dynamic Earth), causou

mais de 85 mil mortos e mais de 358 mil feridos (Wikipedia - 2008 Sichuan earthquake, 2015).

Mais recentemente, a 16 de Setembro de 2015, o sismo de Illapel no Chile com epicentro a 46

km da costa (figura 1.1b, imagem da pagina da internet In Habitat), com magnitude de 8.3 e

com varias replicas com magnitudes superiores a 6.0 (USGS - science for a changing world,

2015) causou tambem grande destruicao tendo a zona costeira sofrido a accao de um tsunami

(figura 1.1c, imagem da pagina da internet CCTV - English).

(a) (b) (c)

Figura 1.1: Imagens da destruicao causada por diversos sismos: (a) Sismo Sichuan (China,2008), (b) Sismo Illapel (Chile, 2015), (c) Tsunami em consequencia do Sismo Illapel.

A resposta de uma estrutura quando actuada por uma accao sısmica depende da rigidez

dos seus elementos estruturais e da sua capacidade de dissipar energia. Dimensionar estru-

1

turas com alguma dimensao recorrendo exclusivamente a capacidade resistente da estrutura

esta fora de causa por razoes economicas, sendo de grande utilidade recorrer a dissipacao de

energia para melhorar o comportamento sısmico das estruturas diminuindo os valores de pico

dos esforcos. Os regulamentos actuais, nomeadamente a norma EN1998-1:2004 (de aqui em

diante tambem designado por EC8), permitem/sugerem uma ideia convencional de dimensio-

namento que previne o colapso da estrutura pela dissipacao de energia inerente ao comporta-

mento nao linear de alguns elementos estruturais. Este metodo de dimensionamento admite

a ocorrencia de danos nalguns elementos estruturais, e consequentemente que existam custos

associados a reparacao/substituicao dos mesmos. De modo a prevenir estes prejuızos e mesmo

assim obter um bom comportamento sısmico, nas ultimas decadas tem-se desenvolvido siste-

mas de proteccao sısmica. Estes sistemas alteram as propriedades dinamicas da estrutura para

controlar a resposta sısmica reduzindo os danos estruturais e aumentando a seguranca. O con-

trolo estrutural pode ser dividido em quatro grupos (Housner et al, 1997): controlo passivo,

controlo activo, controlo hıbrido e controlo semi-activo. O controlo passivo consiste na melho-

ria das capacidades de dissipacao de energia de uma estrutura durante a resposta a uma accao

externa. Inclui os sistemas de isolamento base e os sistemas de dissipacao de energia. Estes

ultimos podem por exemplo ser amortecedores por atrito, tratados nesta dissertacao. Existem

outros sistemas de dissipacao passiva de energia como amortecedores metalicos, que dissipam

energia pelo comportamento elasto-plastico de pecas metalicas adicionadas a estrutura ou os

amortecedores viscoelasticos que dissipam energia por exemplo pela deformacao de camadas

de materiais viscoelasticos.

Os dissipadores por atrito (figura 1.2, imagens da pagina da internet Damptech) permitem

dissipar energia pelo deslizamento relativo entre duas superficies rugosas. Dimensionam-se

dissipadores para permitirem o deslizamento para uma determinada forca maxima, dissipando

assim energia que de outro modo teria que ser dissipada pelos elementos estruturais em regime

nao linear (levando a acumulacao de danos na estrutura) ou acomodada em regime elastico

pelos elementos estruturais, o que encareceria extraordinariamente a estrutura. Os dissipado-

res podem ser usados na ligacao entre edifıcios adjacentes ou entre pisos consecutivos de um

edifıcio com o objectivo de tirar partido da ocorrencia de deslizamentos relativos, podendo ser

usados em estruturas metalicas, de betao e mistas. Dado que sao sistemas leves, faceis de pro-

duzir, de instalar e de manter, tornam-se bastante economicos em comparacao por exemplo com

amortecedores de fluido viscoso.

2

(a) Figura esquematica de um dissipador deatrito.

(b) Dissipador de atrito no processo de monta-gem.

Figura 1.2: Dissipadores por atrito: (a) esquema, (b) pormenor de aplicacao num edifıcio.

Optar pela solucao de sistemas passivos de proteccao sısmica cabe ao Dono de Obra em

conjunto com o Projectista, e nao existe regulamentacao especifica que guie o dimensionamento

dos sistemas tratados na presente dissertacao. Portanto a motivacao desta dissertacao foi a

identificacao de estrategias de dimensionamento das forcas maximas optimas nos dissipadores

com base em estudos de porticos planos e a avaliacao da eficiencia dos dissipadores de atrito no

amortecimento de vibracoes induzidas por sismos reais (continuacao do estudo apresentado em

(Monica, 2013)). Estes estudos recorrem a uma ferramenta de calculo automatico, desenvolvida

nesta dissertacao em ambiente Matlab (Matlab, 2014), para analisar o comportamento dinamico

de estruturas planas equipadas com dissipadores de atrito, sujeitas a accao de sismos, associada

a um algoritmo de optimizacao (algoritmo genetico) ja existente em ambiente Matlab (mais

especificamente na Optimization Toolbox), para optimizar as forcas maximas nos dissipadores.

No ambito da optimizacao da concepcao de sistemas de amortecimento por atrito existem

muitos trabalhos dos quais mencionamos os dois que inspiraram a realizacao desta dissertacao:

a tese de doutoramento (Moreschi, 2000) e o artigo (Fallah e Honarparst, 2013). Debrucam-se

ambos sobre a optimizacao do dimensionamento de sistemas de dissipacao passiva de energia

em porticos planos, tıpicos dos que se encontram em estruturas de Engenharia Civil. Note-se

que ambos recorrem ao algoritmo genetico para o processo de optimizacao, tal como na presente

dissertacao. Em (Moreschi, 2000) optimizaram-se as forcas nos dissipadores de uma estrutura

minimizando os deslocamentos, o que e desvantajoso por conduzir a aceleracoes elevadas, con-

cluindo entao o autor ser vantajoso optimizar as forcas nos dissipadores por minimizacao com-

binada das aceleracoes e dos deslocamentos. Estes autores obtiveram distribuicoes de forcas

bastante irregulares em altura, quando se permite que a forca em cada dissipador seja uma

variavel independente; quando se distribui a forca pelos dissipadores uniformemente e se com-

3

para a resposta da estrutura com a optimizacao em que se admite forcas diferentes nos dissi-

padores, as diferencas sao diminutas, pelo que se conclui que uma solucao uniforme em al-

tura e, em geral, uma boa opcao de dimensionamento. O artigo (Fallah e Honarparst, 2013)

faz a optimizacao das forcas maximas nos dissipadores procurando minimizar deslocamentos,

aceleracoes e ainda a forca de corte basal e chega a mesma conclusao que Moreschi (2000),

ou seja, quando a optimizacao permite que a forca em cada dissipador seja uma variavel inde-

pendente a distribuicao de forcas nos dissipadores em altura e bastante irregular, mas quando

se distribui a forca uniformemente pelos dissipadores a resposta da estrutura nao apresenta

diferencas significativas da da distribuicao variada.

O presente capıtulo destinou-se a apresentar o ambito do trabalho desenvolvido e o lugar

ocupado pelos sistemas de dissipacao de atrito na vastıssima area designada por controlo es-

trutural. O capıtulo 2 aponta diferencas entre o funcionamento dos amortecedores viscosos

e o dos amortecedores por atrito, com base em modelos estruturais muito simples. Nesse

capıtulo apresentam-se os ciclos de histerese de diversas associacoes entre molas, amortece-

dores viscosos e dissipadores por atrito de Coulomb. No capıtulo 3 deduzem-se as equacoes

que regem o movimento de um portico de N pisos e mostra-se como estas se podem integrar

numericamente para simular os movimentos dos pisos para a accao sısmica. Descreve-se o al-

goritmo de integracao numerica desenvolvido em ambiente Matlab no ambito desta dissertacao

e apresentam-se simulacoes de diversos sistemas simples que permitem validar o algoritmo

e a sua implementacao. O capıtulo 4 destina-se a apresentar um conjunto de algoritmos de

optimizacao, algoritmos geneticos, e os resultados da sua aplicacao a um portico plano de tres

pisos. No capıtulo 5 procede-se a optimizacao das forcas maximas nos dissipadores em cinco

estruturas planas de 20 pisos considerando (i) comportamento linear nos pilares por se admitir

a eficiencia dos dissipadores em limitar as amplitudes do movimento, (ii) massas dos porticos

concentradas ao nıvel dos pisos e (iii) accoes sısmicas caracterizadas por acelerogramas reais.

No ultimo capıtulo explicam-se conclusoes e apontam-se sugestoes para futuros trabalhos.

4

Capıtulo 2

Amortecimento de Coulomb em

estruturas: modelos elementares

As estruturas reais sao sistemas em que a massa, a rigidez e o amortecimento estao, quase

sempre, distribuıdos continuamente. No entanto, e sempre possıvel aproxima-las por sistemas

discretos em que aquelas propriedades sao concentradas em determinados locais e segundo

determinadas direccoes (“lumped systems” em Ingles). A consideracao de sistemas em que

a massa, a rigidez e o amortecimento estejam concentrados num numero finito de pontos e

direccoes facilita extraordinariamente a sua analise, uma vez que o modelo sera discreto (com

um numero finito de graus de liberdade) em vez de contınuo (numero infinito de graus de liber-

dade). Estes sistemas discretos, por mais complexos que sejam, podem sempre ser concebidos

como associacoes em serie e/ou paralelo de massas, molas, amortecedores ou elementos com

leis constitutivas nao lineares, sendo pois pertinente dedicar um pequeno capıtulo a analisar mo-

delos simples resultantes de associacoes em serie e/ou paralelo de elementos basicos: a massa

concentrada, a mola elastica linear, o amortecedor viscoso e o dissipador por atrito de Coulomb.

A pertinencia deste capıtulo e reforcada pelo facto de nesta dissertacao se analisarem porticos

planos equipados com dissipadores de atrito e pelo facto de nao ser (ainda) ensinada no mes-

trado integrado em Engenharia Civil a reologia desse tipo de dissipadores. Neste capıtulo poe-se

em evidencia as principiais diferencas qualitativas e quantitativas entre amortecedores viscosos

e dissipadores de atrito baseados no modelo classico de atrito de Coulomb. Para varios tipos de

associacoes entre molas, amortecedores viscosos e dissipadores de atrito mostram-se os ciclos

de histerese em regime permanente para um movimento prescrito de tipo sinusoidal, alem de,

em certos casos, se deduzirem equacoes.

5

2.1 Amortecimento viscoso

A figura 2.1 representa um sistema de um grau de liberdade formado pela associacao em

paralelo de uma mola de rigidez k e de um amortecedor viscoso de coeficiente de amorteci-

mento c, ambos ligados em serie com uma massa m. A equacao que rege este sistema e a bem

conhecida equacao homogenea, x+2ζpx+p2x = 0, em que p =√k/m e a frequencia angular

natural nao amortecida do oscilador e ζ =c

2mpe o factor de amortecimento (Craig, 1981). No

caso mais usual e util em Engenharia Civil de amortecimento subcrıtico (ζ < 1) a solucao e

do tipo oscilatorio de amplitude exponencialmente decrescente, pelo que uma medida natural

para quantificar a taxa de decaimento das amplitudes e o decremento logarıtmico, definido pelo

logaritmo Neperiano do quociente entre dois deslocamentos medidos com uma diferenca de um

perıodo e algebricamente dado por δ = ζpTd em que Td = 2π/pd e o perıodo fundamental

amortecido(pd = p

√1− ζ2

). Uma simples manipulacao permite obter δ =

2πζ√1− ζ2

que,

para amortecimento pequeno (digamos ζ < 0.2) conduz a δ ∼= 2πζ , formula correntemente

usada em estruturas de Engenharia Civil.

m

k

cc

x(t)

Figura 2.1: Sistema classico {massa, mola} nao forcado, de um grau de liberdade, equipadocom um amortecedor viscoso.

2.2 Amortecimento de Coulomb

Um outro tipo de amortecimento e o proporcionado pelo escorregamento entre superficies

rugosas sujeitas a uma compressao transversal. Consideramos nesta seccao o caso do amorteci-

mento proporcionado pela lei de atrito de Coulomb. A figura 2.2 representa um sistema de um

grau de liberdade amortecido exclusivamente por atrito.

Quando duas superficies rugosas deslizam entre si existem forcas (de atrito) que se opoem

ao movimento. A lei de Coulomb determina que, quando dois corpos estao em contacto a forca

fs necessaria para produzir movimento e proporcional a forca normal ao plano de contacto.

6

mk µ

x(t)

Figura 2.2: Oscilador harmonico simples amortecido pela accao do atrito.

Pode afirmar-se que no caso do sistema da figura 2.2 a forca fs = µmg, pois a forca normal

ao contacto e o peso mg do bloco, sendo µ a constante de proporcionalidade, designada de

coeficiente de atrito (Rao, 2004).

A “equacao”

0 ∈ mx+ fssign(x) + kx, (2.1)

e a entidade diferencial que rege o movimento deste sistema, em que sign(x) = +1 se x > 0,

sign(x) = −1 se x < 0 e sign(0) = [−1, 1]. Na realidade (2.1) nao e uma equacao, mas sim uma

inclusao diferencial, uma vez que o membro direito, no caso de a velocidade de escorregamento

x ser nula, e um conjunto (um intervalo) e nao apenas um numero.

A inclusao (2.1) pode ser interpretada como uma equacao diferencial fortemente nao li-

near (com um termo descontınuo), pelo que nao existe uma solucao analıtica simples. Pode

no entanto construir-se solucoes analıticas por trocos, separados por instantes consecutivos de

velocidade nula, isto e, uma solucao por trocos em que no interior de cada troco o sentido do

movimento e sempre o mesmo. A inclusao (2.1) encerra a descricao dos tres casos a considerar:

deslizamento com velocidade positiva (Caso 1), deslizamento com velocidade negativa (Caso

2) e o bloqueamento instantaneo associado a uma velocidade nula (Caso 3), independentemente

do sinal do deslocamento. No primeiro caso, o movimento da-se da esquerda para a direita

(sign(x) = +1), e a solucao geral da inclusao (2.1) toma a forma

x(t) = A sin(pt) +B cos(pt)− fsk, para x(t) > 0. (2.2)

Para o segundo caso, em que o movimento se da da direita para a esquerda (sign(x) = −1), a

solucao da inclusao corresponde a

x(t) = C sin(pt) +D cos(pt) +fsk, para x(t) < 0. (2.3)

7

No terceiro caso, a inclusao (2.1) impoe apenas que a soma da forca de inercia com a forca da

mola deve pertencer ao intervalo admissıvel das forcas de atrito: mx(t) + kx(t) ∈ [−fs,+fs].

As expressoes (2.2) e (2.3) indicam que cada meio ciclo e harmonico, com a posicao de

equilıbrio ora em −fsk

, ora em +fsk

, respectivamente. Vamos seguidamente construir a solucao

analıtica assumindo um deslocamento inicial x(t = 0) = x0 > 0 e uma velocidade inicial

x(t = 0) = 0 (repouso). Com estas condicoes iniciais no primeiro meio ciclo o movimento

da-se da direita para a esquerda, regido pela equacao (2.3); as condicoes iniciais determinam

que C = 0 e D = x0 −fs

k, sendo que a solucao que rege o movimento para o primeiro meio

ciclo toma a forma

x(t) =

(x0 −

fsk

)cos(pt) +

fsk, para 0 ≤ t ≤ π

p. (2.4)

As condicoes iniciais para o meio ciclo seguinte sao as finais do meio ciclo anterior. Assim,

para o 2o meio ciclo, em que o movimento se da da esquerda para a direita, o movimento rege-se

pela equacao (2.2) com as condicoes iniciais

x = x

(t =

π

p

)= −x0 +

2fsk, (2.5a)

x = x

(t =

π

p

)= 0. (2.5b)

Estas condicoes de transicao entre os primeiros e segundo meios ciclos determinam as constan-

tes A = 0 e B = x0− 3fs

k, ficando a solucao que rege o movimento para o segundo meio ciclo

na forma

x(t) =

(x0 −

3fs

k

)cos(pt)− fs

k, para

π

p≤ t ≤ 2

π

p. (2.6)

Portanto, ao fim de um ciclo completo o deslocamento e dado por x(

p

)= x0 −

4fsk

, desde

que a forca maxima de atrito fs seja suficientemente pequena por forma a permitir o desliza-

mento durante o 1o perıodo de tempo[0,

p

].

Se o raciocınio anterior for replicado em perıodos subsequentes concluımos que, enquanto

o sistema se mantiver em deslizamento, quaisquer dois valores de pico de deslocamento con-

secutivos do mesmo sinal (por exemplo Xm−1 e Xm) relacionam-se por Xm = Xm−1 −4fsk

.

Conclui-se portanto que o oscilador de um grau de liberdade amortecido por um dissipador de

atrito instalado em paralelo com a mola exibe uma taxa de decaimento que e linear de valor

8

2fs

π√mk

ao contrario do oscilador com amortecimento viscoso que exibe uma taxa de decai-

mento logarıtmica. Quando |Xm| ≤ fs/k, a forca de restituicao exercida pela mola (kx) e

inferior a forca de atrito fs, sendo essa a condicao que determina a paragem do oscilador, o

que ocorre sempre num intervalo de tempo finito apos o inicio do movimento. O leitor podera

consultar (Rao, 2004) (seccao 2.7) ou (Craig, 1981) (seccao 3.4), que tem a solucao analıtica

por trocos de um oscilador de um grau de liberdade amortecido por atrito de Coulomb.

2.3 Ciclos de histerese

2.3.1 Amortecimento viscoso

O sistema simples representado na figura 2.3a associa em paralelo uma mola e um amorte-

cedor viscoso. Este sistema e actuado por uma forca F (t) = kx(t) + cx(t) que toma a forma

F (t) = kX sin(ωt) + cXω cos(ωt) = kx(t)± cω√X2 −X2 sin2(ωt)

= kx± cω√X2 − x2 (2.7)

k

cc

x(t) = X sin(ωt)

F (t)

(a) Barra rıgida vertical que associa em para-lelo uma mola de rigidez k e um amortece-dor viscoso de coeficiente de amortecimento c.O sistema e actuado por uma forca F (t) porforma a garantir um movimento sinusoidal dex(t) = X sin(ωt).

x(t)

F (t)

X

−X

k1

cω√X2 − x2

cω√X2 − x2

cωX

−cωX

(b) Ciclo histeretico do sistema da figura 2.3a.

Figura 2.3: Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em paralelo com um amorte-cedor viscoso.

A figura 2.3b representa a trajectoria (F (t), x(t)) para um ciclo, isto e, para t ∈ [0, 2π/ω];

e uma elipse distorcida na direccao vertical pela funcao kx. A energia dissipada num ciclo, ou

9

seja, a area do ciclo de histerese, e πX2cω, como se pode verificar fazendo o calculo

Wdiss = WF =

∫ 2πω

0

F (t)x(t)dt = πX2cω (2.8)

A energia dissipada depende linearmente do coeficiente de amortecimento e quadraticamente

da amplitude do deslocamento.

k cc

xb(t)

x(t) = X sin(ωt)

F (t)

(a) Associacao em serie de uma mola de rigidezk e um amortecedor viscoso de coeficiente deamortecimento c. O sistema e actuado por umaforca F (t) por forma a garantir um movimentosinusoidal de x(t) = X sin(ωt).

x(t)

F (t)

X

−X

k(cω)2

k2 + (cω)2

1

k2cω

k2 + (cω)2√X2 − x2

k2cωX

k2 + (cω)2

− k2cωX

k2 + (cω)2

(b) Ciclo histeretico do sistema da figura 2.4a.

Figura 2.4: Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em serie com um amortecedorviscoso.

Com o proximo exemplo pretende-se perceber o funcionamento de uma associacao em serie

de uma mola com um amortecedor (figura 2.4a). Neste sistema existe um grau de liberdade (xb)

que nao existia no anterior. Esse grau de liberdade mede o movimento da ligacao entre a mola

e o dissipador, pois existe a necessidade de determinar a posicao desse ponto para saber a forca

exercida na mola e a velocidade relativa x − xb para quantificar a forca no amortecedor. Este

sistema e actuado por uma forca F (t) = kxb(t) = c (x(t)− xb(t)) e a equacao diferencial

que rege a evolucao da coordenada xb e kxb + cxb = cXω cos(ωt), com a solucao particular

xbp(t) = A sin(ωt) + B cos(ωt) em que A =c2Xω2

k2 + c2ω2e B =

kcXω

k2 + c2ω2. Assim, a solucao

particular toma a forma xbp(t) =cXω

k2 + c2ω2[cω sin(ωt) + k cos(ωt)]. Sabendo que a barra

rıgida esta animada de um movimento harmonico simples, a forca necessaria aplicar a barra

10

para garantir esse movimento e

F (t) = kxb(t) =kcω

k2 + c2ω2

[cωx+ k

√X2 − x2

], (2.9)

e a trajectoria (F (t), x(t)) para um ciclo toma a forma representada na figura 2.4b que e,

como no caso anterior, uma elipse distorcida na direccao vertical, mas desta vez pela funcaok(cω)2

k2 + (cω)2x. Para este sistema a energia dissipada num ciclo e

Wdiss = WF =

∫ 2πω

0

F (t)x(t)dt = πX2cωk2

k2 + (cω)2. (2.10)

2.3.2 Amortecimento por atrito de Coulomb

Apresenta-se agora um modelo que associa em paralelo uma mola e um dissipador por atrito

de Coulomb (figura 2.5a). O sistema e actuado por uma forca F (t) = kx(t) + fssign (x(t)).

k

fsfs

x(t) = X sin(ωt)

F (t)

(a) Barra rıgida vertical que associa em para-lelo uma mola de rigidez k e um dissipador deatrito de forca maxima fs. O sistema e actuadopor uma forca F (t) por forma a garantir ummovimento sinusoidal de x(t) = X sin(ωt).

x(t)

F (t)

X

−X

k1

fs

fs

fs

−fs

(b) Ciclo histeretico do sistema da figura 2.5a.

Figura 2.5: Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em paralelo com um dissipa-dor de atrito.

Neste caso, visto que o amortecedor dissipa energia por atrito, a forca depende da forca maxima

no dissipador e do sinal da velocidade. Por forma a representarmos a trajectoria (F (t), x(t)) ao

longo de um ciclo (figura 2.5b), e conveniente obter as expressoes de F (t) nos casos em que a

11

velocidade e positiva, negativa e nula,

F1(t) = kx(t) + fs, para t ∈

[0;

1

4

ω

[∪

]3

4

ω;2π

ω

], (2.11a)

F2(t) = kx(t)− fs, para t ∈

[1

4

ω;3

4

ω

[, (2.11b)

F3(t) ∈ [−fs, fs], para t ∈

{1

4

ω;3

4

ω

}. (2.11c)

De notar o ciclo de histerese (figura 2.5b) que e um rectangulo distorcido na direccao vertical

pela funcao kx. A energia dissipada num ciclo e

Wdiss =WF =

∫ 2πω

0

F (t)x(t)dt

=

∫ 14

2πω

0

F1(t)x(t)dt+

∫ 34

2πω

14

2πω

F2(t)x(t)dt+

∫ 2πω

34

2πω

F1(t)x(t)dt

= 4fsX. (2.12)

Observa-se que a energia dissipada depende linearmente da forca maxima no dissipador e da

amplitude do deslocamento.

Dedicamos agora a nossa atencao a um sistema que associa em serie um amortecedor por

atrito de Coulomb e uma mola (figura 2.6a). A abordagem deste caso torna-se especialmente

pertinente numa vez que, como se vera no capıtulo seguinte, a forma de modelar o conjunto

{dissipador, sistema de apoio do dissipador} entre dois pisos consecutivos de um portico e

precisamente pela associacao de uma mola em serie com o dissipador.

Tal como para o sistema que associa em serie um amortecedor viscoso e uma mola, e pelas

mesmas razoes, neste sistema tambem existe mais um grau de liberdade (xb), que quantifica o

deslocamento do ponto de ligacao entre a mola e o dissipador. Este sistema e actuado por uma

forca F (t) = kxb(t) = fssign (x(t)− xb(t)). Existem dois casos a considerar nesta analise.

Primeiro, o caso trivial em que kX ≤ fs. Neste caso nao ha deslizamento no dissipador, pelo

que xb(t) = x(t) e F (t) = kx(t). A trajectoria no espaco (F (t), x(t)) esta contida numa recta

com a inclinacao k, pelo que nao ha dissipacao de energia nesta situacao. No segundo caso,

kX ≥ fs, ja existe deslizamento no dissipador, o que implica que haja dissipacao de energia, e

claro, xb(t) 6= x(t), sendo ja mais trabalhoso determinar a funcao F (t). Nesse processo ha que

determinar em que instantes se inicia ou cessa o deslizamento no dissipador.

12

k

xb(t)

fsfs

x(t) = X sin(ωt)

F (t)

(a) Barra rıgida vertical que associa em serieuma mola de rigidez k e um dissipador de atritode forca maxima fs. O sistema e actuado poruma forca F (t) por forma a garantir um movi-mento sinusoidal de x(t) = X sin(ωt).

x(t)

F (t)

X

−X

fs

−fs

k1 X − fs

k

−X +fsk

A B≡F

CD

E

(b) Ciclo histeretico do sistema da figura 2.6a.

Figura 2.6: Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em serie com um dissipadorde atrito.

O primeiro instante notavel ocorre quando kx(t∗1) = fs, que e quando a forca na mola

atinge a forca maxima do dissipador e se inicia pela primeira vez o processo de deslizamento

no dissipador (ponto A no diagrama na figura 2.6b): t∗1 =1

ωarcsin

(fskX

). Para t > t∗1 inicia-

se a fase em que xb(t) permanece constante e igual a fs/k e x(t) cresce, havendo uma forca

de traccao constante na mola. Quando x(t =

π

)= X a velocidade do movimento prescrito

muda de sinal, pelo que o dissipador bloqueia e a mola inicia um processo de encurtamento a

uma taxa igual a do movimento da haste rıgida vertical (ponto B do diagrama da figura 2.6b).

Durante o processo de recuo da haste (segmento BC) xb =fsk−x(t). Ainda antes de completar

um ciclo existe mais um intervalo de tempo em que o dissipador desliza, sendo que agora o

instante em que se inicia o deslizamento no sentido oposto ocorre quando kxb(t∗2) = −fs, o

que conduz a t∗2 =1

ωarcsin

(1− 2fs

kX

)(ponto C). O deslizamento para novamente quando

x(t) = −X , para t =3π

2ω, instante em que a velocidade da haste vertical volta novamente a

ser positiva. Nesse instante o dissipador bloqueia novamente ate que quando x(t) voltar a ser

suficientemente grande (ponto E) inicia-se o deslizamento no sentido em que ha afastamento

entre as extremidades do dissipador.

A trajectoria (F (t), x(t)) para um ciclo toma a forma da figura 2.6b, que e um rectangulo

distorcido na direccao horizontal pela funcao kx. Em resumo, a forca aplicada ao longo de um

ciclo e

13

F (t) = kxb(t) ≡

F1(t) = kx(t) +X − fs para [0; t∗1]

F2(t) = fs para[t∗1;

π

]

F3(t) = kx(t) −X + fs para[ π

2ω; t∗2

]

F4(t) = −fs para[t∗2;

]

F5(t) = kx(t) +X − fs para[

2ω;2π

ω

]

, (2.13)

o que nos permite calcular a energia dissipada num ciclo,

Wdiss =WF =

∫ 2πω

0

F (t)x(t)dt

=

∫ t∗1

0

F1(t)x(t)dt+

∫ π2ω

t∗1

F2(t)x(t)dt+

∫ t∗2

π2ω

F3(t)x(t)dt+∫ 3 π2ω

t∗2

F4(t)x(t)dt+

∫ 2πω

3π2ω

F5(t)x(t)dt

= 4fs

(X − fs

k

). (2.14)

A energia (2.14) poderia tambem ser calculada simplesmente a partir da area sombreada do

grafico da figura 2.6b.

2.4 Alguns comentarios

Ao longo deste capıtulo apresentaram-se alguns aspectos que caracterizam o comporta-

mento de amortecedores viscosos e de dissipadores de atrito com recurso a modelos simples.

Relembram-se agora as principais diferencas. A equacao do movimento para o amortecimento

viscoso e linear; para os modelos incluindo dissipadores de atrito o movimento e regido por

uma “equacao” fortemente nao linear (com um termo descontınuo). O amortecimento viscoso

modifica as frequencias naturais; ao contrario, o atrito de Coulomb em modo de deslizamento

nao modifica as frequencias naturais em relacao a estrutura sem dissipadores. Um sistema

14

amortecido por um amortecedor viscoso apresenta uma taxa de decaimento logarıtmica, em que

os deslocamentos tendem assimptoticamente para o zero em regime livre. Num sistema amor-

tecido por atrito o decaimento e linear o que leva a sua imobilizacao num intervalo de tempo

finito.

15

16

Capıtulo 3

Modelacao analıtica e simulacao numerica

de estruturas com sistemas de dissipacao

por atrito

Neste capıtulo deduzem-se as equacoes que regem o movimento de um portico plano generico

com N pisos. Nesse portico, entre dois pisos consecutivos ha um amortecedor viscoso e um

dissipador por atrito associado em serie com uma mola representativa da rigidez finita do sis-

tema de apoio do dissipador (figura 3.1). O sistema de equacoes sera posteriormente integrado

numericamente para se simular os movimentos dos pisos para a accao de diversos sismos. Neste

capıtulo descreve-se ainda o algoritmo de integracao numerica (metodo θ) bem como se apre-

sentam os resultados das simulacoes de diversas estruturas simples.

3.1 Equacoes do movimento

3.1.1 N graus de liberdade

No portico de N pisos equipado com dissipadores de atrito representado na figura 3.1

assume-se que a massa esta toda concentrada ao nıvel dos pisos, supostos rıgidos para esforcos

de membrana, e que as coordenadas generalizadas principais sao os deslocamentos (horizontais)

dos pisos. O deslocamento absoluto da base e representado por d(t) e o deslocamento absoluto

do i-esimo piso por Xi(t). A massa, a rigidez e o coeficiente de amortecimento viscoso imedi-

atamente abaixo do i-esimo piso representam-se respectivamente por mi, ki e ci. A quantidade

17

fundacao

m1

fundacao

c1c1

kb1fs1

k12

k12

d(t)

X1(t)

Xb1(t)

m2

c2c2

kb2fs2

k22

k22

X2(t)

Xb2(t)

m3

c3c3

kb3fs3

k32

k32

Xb3(t)

mN

mN

cNcN

kbNfsN

kN2

kN2

XN(t)

XbN(t)

..

.

y

x

Figura 3.1: Portico plano regular de N pisos com um sistema de amortecimento misto (viscosoe por atrito), sujeito a um movimento horizontal prescrito na fundacao dado pela historia dedeslocamentos d(t).

18

fsi designa a forca maxima de atrito no i-esimo dissipador e a quantidade kbi representa a rigi-

dez horizontal associada ao sistema de contraventamento onde se insere o dissipador por atrito

logo abaixo do i-esimo piso. A modelacao do sistema de contraventamento onde se inserem os

dissipadores de atrito faz-se pela introducao de uma mola de rigidez horizontal finita em serie

com o dissipador; a consideracao dessa mola em serie com o dissipador requer a introducao de

um novo grau de liberdade (sem massa associada) por cada par {mola, dissipador}, que permita

separar a deformacao da mola do movimento ocorrido no dissipador; na figura 3.1 esses graus

de liberdade sao parametrizados pelas coordenadas generalizadas Xbi(t).

r1 k1(X1 − d) c1(X1 − d)

r2 k2(X2 −X1) c2(X2 − X1) m1X1

Figura 3.2: Representacao grafica da segunda lei de Newton aplicada ao piso 1.

Com base na segunda lei de Newton deduziremos as equacoes que regem os movimentos

dos diferentes pisos. Assim, para o 1o piso, o membro esquerdo da equacao ideografica da

figura 3.2 contem todas as forcas actuantes provenientes das ligacoes da massa m1, a fundacao

e ao 2o piso. As forcas r1 e r2 denotam as forcas mobilizadas nos dissipadores do piso 1 e 2

respectivamente. Em termos algebricos a equacao do movimento∑FX = m1aG exprime-se

em qualquer das seguintes formas equivalentes

− r2 + r1 + k2(X2 −X1)− k1(X1 − d) + c2(X2 − X1)− c1(X1 − d) = m1X1

⇔ m1x1 + (c1 + c2)x1 − c2x2 + (k1 + k2)x1 − k2x2 = −m1d+ r1 − r2. (3.1)

A ultima equacao esta expressa em termos do deslocamento relativo a base, x1(t) = X1(t) −

d(t). Para qualquer dos pisos define-se xi(t) = Xi(t) − d(t). As forcas dos dissipadores

sobre a massa do 1o piso seguem a lei de atrito de Coulomb, r1 ∈ −fs1sign(x1 − xb1) e r2 ∈

−fs2sign(x2 − xb2), em que sign(v) = +1 se v > 0, sign(v) = −1 se v < 0, sign(v) ∈ [−1, 1]

se v = 0, xb1(t) = Xb1(t) − d(t) e xb2(t) = Xb2(t) − d(t). Quando a velocidade relativa das

superficies em contacto num dissipador se anula a aplicacao sign vale, instantaneamente, nao

um valor real mas um intervalo de valores reais ([−1, 1]). Para alem da lei de Newton que rege

a dinamica da massa m1 ainda se deve ter em conta a relacao entre a forca mobilizada em cada

19

dissipador e a forca na mola associada em serie com esse dissipador,

r1 =− kb1(Xb1 − d)⇔ r1 = −kb1xb1 , (3.2a)

r2 =− kb2(Xb1 −X1)⇔ r2 = −kb2(xb1 − x1). (3.2b)

As equacoes do movimento de um dos pisos intermedios e do ultimo piso deduzem-se de

uma forma analoga ao que foi feito para o primeiro piso. As figuras 3.3 e 3.4 contem as

representacoes graficas da segunda lei de Newton para um dos pisos intermedios e para o ultimo

piso. De uma forma analoga ao que foi feito para o 1o piso a expressao algebrica da equacao do

movimento e

− ri+1 + ri + ki+1(Xi+1 −Xi)− ki(Xi −Xi−1)

+ ci+1(Xi+1 − Xi)− ci(Xi − Xi−1) = miXi

⇔mixi − cixi−1 + (ci + ci+1)xi − ci+1xi+1 − kixi−1 + (ki + ki+1)xi − ki+1xi+1

= −mid+ ri − ri+1. (3.3)

ri ki(Xi −Xi−1) ci(Xi − Xi−1)

ri+1 ki+1(Xi+1 −Xi) ci+1(Xi+1 − Xi) miXi

Figura 3.3: Representacao grafica da segunda lei de Newton aplicada a um piso intermedio(i = 2, ..., N − 1).

As forcas que os amortecedores exercem na i-esima massa sao dadas pelas inclusoes: ri ∈

−fsisign(xi − xbi) e ri+1 ∈ −fsi+1sign(xi+1 − xbi+1

). Uma vez que os dissipadores estao

instalados em serie com sistemas de apoio (contraventamento) de rigidez finita, as forcas nos

dissipadores relacionam-se com as forcas nos sistemas de apoio pelas equacoes ri = −kbi(xbi−

xi−1) e ri+1 = −kbi+1(xbi+1

− xi).

A massa mN do ultimo piso tem apenas forcas provenientes da sua ligacao a massa mN−1

do piso abaixo, tal como ilustrado na figura 3.4.

20

rN kN(XN −XN−1) cN(XN − XN−1)

mNXN

Figura 3.4: Representacao grafica da segunda lei de Newton aplicada ao ultimo piso.

A equacao do movimento pode ser expressa por qualquer uma das formas seguintes,

rN − kN(XN −XN−1)− cN(XN − XN−1) = mNXN

⇔mN xN − cN xN−1 + cN xN − kNxN−1 + kNxN = −mN d+ rN (3.4)

e a forca no dissipador satisfaz a inclusao rN ∈ −fsN sign(xN − xbN ) onde rN = −kbN (xbN −

xN−1).

A partir das equacoes apresentadas acima pode-se construir um sistema que engloba todas

as equacoes do movimento do modelo. Agrupando primeiro as equacoes (3.1), (3.3) e (3.4) e

depois as equacoes (3.2) e as equivalentes para os restantes pisos obtemos

M 0

0 0

x

xb

+

C 0

0 0

x

xb

+

K 0

KbA KbB

x

xb

= −

M 0

0 0

1

1

d(t) +

rx

rxb

(3.5)

onde

x

xb

=

x1...

xN

xb1...

xbN

, (3.6)

M = diag(m1, ...,mN), (3.7)

21

C =

c1 + c2 −c2 0 · · · 0

−c2 c2 + c3...

0. . . 0

... −cN cN + cN−1 −cN−1

0 · · · 0 −cN−1 cN

, (3.8)

K =

k1 + k2 −k2 0 · · · 0

−k2 k2 + k3 −k3...

0. . . . . . . . . 0

... −kN kN + kN−1 −kN−1

0 · · · 0 −kN−1 kN

, (3.9)

KbA =

0 · · · 0

−kb2 0

0 −kb3 0...

... 0. . . 0

0 · · · 0 −kbN 0

, (3.10)

KbB = diag(kb1 , ..., kbN ), (3.11)

rx

rxb

=

r1 − r2...

rN−1 − rNrN

−r1...

−rN−1

−rN

(3.12)

e 1 e um vector de uns de dimensao N .

22

3.1.2 Formacao da matriz W

As equacoes (3.5) que regem o movimento podem ser escritas na forma mais compacta

MTxT(t) + CTxT(t) + KTxT(t) = F(t) + Wr(t), (3.13)

em que as matrizes MT, CT e KT sao facilmente identificadas em (3.5),

F(t) =

−M1d(t)

0

, (3.14)

xT(t) =

x

xb

, (3.15)

0 e o vector nulo de dimensao N e o vector r = (r1, ..., rN) agrupa as forcas de atrito nos

dissipadores.

A matriz W presente em (3.13) tem a funcao de distribuir pelas varias forcas generalizadas

do sistema as contribuicoes das forcas dos diferentes dissipadores. De acordo com (3.12)

Wr(t) =

r1 − r2...

rN−1 − rNrN

−r1...

−rN−1

−rN

, (3.16)

23

pelo que a matriz

W =

1 −1 0 0

0 1. . . 0

... 0. . . −1

0... 0 1

−1 0... 0

0 −1 0...

... 0. . . 0

0 · · · 0 −1

(3.17)

e uma matriz rectangular com um numero de linhas igual ao dobro do numero de pisos do

portico e um numero de colunas igual ao numero de dissipadores.

3.2 Algoritmo de integracao numerica

3.2.1 Metodo θθθ

Para a determinar os deslocamentos, velocidades e aceleracoes ao longo do tempo ha a

necessidade de integrar as equacoes do movimento (3.13) juntamente com as leis constitutivas

(lei de Coulomb) que regem o comportamento das interfaces com atrito dos dissipadores. Um

sistema complexo como o tratado nesta dissertacao nao admite, obviamente, solucao analıtica

pelo que se adoptou um metodo de integracao numerica, o “metodo θ” (Jean, 1999). Este

metodo decompoe o intervalo de tempo da simulacao em pequenos subintervalos de duracao h

e aproxima as velocidades e os impulsos das forcas de atrito nos dissipadores no fim de cada

um desses subintervalos. Assume-se entao que se k e k + 1 designarem os numeros de ordem

de dois instantes consecutivos de aproximacao do movimento, h = tk+1 − tk e

xk+1T = xkT + hθxk+1

T + h(1− θ)xkT, θ ∈ [0, 1]. com k = 0, 1, 2, ... (3.18)

Comeca-se por integrar ambos os membros da equacao (3.13) no intervalo de tempo [tk, tk+1]

de duracao h,

∫ tk+1

tkMTxT(t)dt =

∫ tk+1

tk[F(t)−KTxT(t)− CTxT(t)]dt+

∫ tk+1

tkWr(t)dt. (3.19)

24

De seguida o metodo θ adopta as aproximacoes seguintes,

∫ tk+1

tkMTxT(t)dt ≈MT(xk+1

T − xkT), (3.20)

∫ tk+1

tk[F(t)−KTxT(t)− CTxT(t)]dt ≈

≈hθ[F(tk+1)−KTxk+1T − CTxk+1

T ] + h(1− θ)[F(tk)−KTxkT − CTxkT], (3.21)

∫ tk+1

tkWr(t)dt = Wik+1, (3.22)

em que ik+1 tem as dimensoes de impulso pois resulta da integracao das forcas nos dissipadores

durante um passo de tempo de duracao h. A substituicao das aproximacoes (3.20), (3.21) e

(3.22) em (3.19) conduz a

MxT(t)k+1 = Fk

+ Wik+1, (3.23)

em que,

M := MT + hθCT + h2θ2KT, (3.24)

Fk

:= [MT − h(1− θ)CT − h2θ(1− θ)KT]xkT − hKTxkT + h[θFk+1 + (1− θ)Fk]. (3.25)

A lei de atrito de Coulomb tambem tem que ser discretizada no tempo, operacao que sera

realizada na versao impulsional da lei de Coulomb, ou seja, ik+1 ∈ −fshsign(vk+1), em que

vk+1 = xk+1i − xk+1

bidesigna a velocidade relativa de deslizamento entre o grau de liberdade

correspondente ao deslocamento horizontal do piso e o grau de liberdade correspondente ao

deslocamento horizontal do sistema de contraventamento desse mesmo piso. A inclusao ante-

rior e equivalente a equacao nao regular ik+1 = proj[−fsh,+fsh](ik+1 − cvk+1), em que c e um

parametro real estritamente positivo (nao confundir a constante c correspondente ao coeficiente

de amortecimento). O operador projeccao num intervalo limitado define-se por: proj[a,b](v) = a

se v < a, proj[a,b](v) = v se v ∈ [a, b] e proj[a,b](v) = b se v > b.

25

Este algoritmo pretende calcular deslocamentos, velocidades e aceleracoes a cada passo de

tempo em cada grau de liberdade do sistema. Para tal, e necessario o acelerograma do sismo,

as caracterısticas da estrutura, nomeadamente as matrizes MT, CT, KT e W e ainda o valor dos

parametros do metodo θ que, na presente dissertacao, serao θ = 0.5 e c = 1.0. A figura 3.5

apresenta o fluxograma com os passos seguidos pelo algoritmo. A quantidade T designa o

tempo maximo de simulacao. Parte-se do princıpio que no instante inicial o deslocamento e

a velocidade relativos a base sao nulos em todos os graus de liberdade, isto e, xk=0T = 0 e

xk=0T = 0. Calcula-se a aceleracao a partir da velocidade com o metodo das diferencas finitas

(diferencas centrais),

xkT =xk+1

T + xk−1T

2h. (3.26)

26

Dados:Acelerograma,

Estrutura

Calculo de M:(3.24)

Calculo de Fk:

(3.25)

Calculo de:xk+1

T e ik+1

Calculo de xk+1T :

(3.18)

Calculo de xkT:(3.26)

t > T

Resultados:xT(t), xT(t), xT(t)

A Ver a figura 3.6

Sim

Nao

Figura 3.5: Algoritmo de integracao numerica (metodo θ).

27

A

Primeira estimativa o vector das velocidadespara uma forca nula em todos os dissipadores:

xk+1,iT = M

−1Fk

Calculo das velocidades relativas:vk+1 = xk+1 − xk+1

b

pk+1,j+1 = ik+1,j − cvk+1,j

Para i = 1, ..., N :ik+1,j+1i = proj[−fsih,fsih](p

k+1,j+1i )

Recalcular o vector das velocida-des, ja com a forca dos dissipa-

dores calculada no passo anterior:xk+1,j+1

T = M−1

Fk

+ M−1

Wik+1,j+1

Criterios de paragem:‖xk+1,j+1

T − xk+1,jT ‖ < ε

‖ik+1,j+1 − ik+1,j‖ < ε(ε suficientemente pequeno)

j ← j + 1

Figura 3.6: Algoritmo de integracao numerica (metodo θ) (Cont.).

28

3.3 Exemplos Numericos

Nesta seccao apresentam-se seis exemplos numericos com o intuito de testar o algoritmo

programado em Matlab no ambito da presente dissertacao. Conceberam-se propositadamente

exemplos de pequena dimensao, com um ou dois graus de liberdade, e um comportamento

mecanico simples, que nos permitem intuir facilmente se as solucoes numericas obtidas com

o metodo θ estao correctas. Em todos os exemplos nesta seccao usou-se um passo de tempo

h = 0.001 s e uma tolerancia de erro ε = 10−10.

3.3.1 Exemplos numericos de um grau de liberdade

O primeiro exemplo de que nos ocuparemos esta representado na figura 2.1: e composto

por uma massa de 2 kg e uma mola com rigidez de 100 N/m ligada em paralelo a um amor-

tecedor de coeficiente de amortecimento de 0.75 Ns/m. Partindo do repouso com um deslo-

camento inicial de 1.5 m o oscilador tem a historia de deslocamentos da figura 3.7. O decai-

mento exponencial dos maximos locais do deslocamento satisfaz as previsoes analıticas bem

conhecidas da disciplina de Mecanica da licenciatura. Por exemplo entre os picos A e B sepa-

rados de 4 perıodos o quociente entre amplitudes satisfaz a expressaoXA

XB

= eζpdNTd na forma

1.0748

0.55182= e0.02652×7.0711×4×0.8889 = 1.9477.

Figura 3.7: Deslocamento em funcao do tempo para o oscilador de um grau de liberdade dafigura 2.1.

Os proximos exemplos tem por objectivo testar o programa de integracao numerica desen-

volvido para casos em que o amortecimento seja do tipo Coulomb. O segundo exemplo consiste

29

num oscilador harmonico simples amortecido exclusivamente por atrito entre a superfıcie da

massa e a superfıcie de suporte em contacto (figura 2.2). A figura 3.8 representa a historia de

deslocamentos para uma massa de 2 kg, e uma mola de rigidez 100 N/m e um coeficiente de

atrito µ de 0.1, correspondente a um deslocamento inicial de 1.5 m e uma velocidade inicial

nula, tal como no exemplo anterior em que o amortecimento era exclusivamente viscoso. Para

um valor de µ fixo a forca de atrito maxima e fs = µmg. Da comparacao das figuras 3.7

e 3.8 concluımos que, enquanto no caso do amortecimento viscoso o decaimento e exponen-

cial tendendo assimptoticamente para zero, no caso do amortecimento por atrito de Coulomb

o decaimento e linear provocando a imobilizacao da massa ao fim de um intervalo de tempo

finito. Pode por exemplo prever-se analiticamente a amplitude XB sabendo que XA = 1.343

m, bastando para tal usar a formula apresentada no capıtulo anterior: XB = XA − 4 × 4fsk

com fs = 1.962 N, o que da XB = 1.0291 m valor que coincide com o resultado da integracao

numerica.

Figura 3.8: Deslocamento em funcao do tempo para o sistema de um grau de liberdade dafigura 2.2 com m = 2 kg, k = 100 N/m e µ = 0.1 (fs = µmg = 1.962 N).

Para completar o conjunto de testes de modelos com um grau de liberdade, apresenta-se

na figura 3.9 a historia de deslocamentos para o sistema do exemplo anterior, mas com um

deslocamento sinusoidal imposto da fundacao dado por d(t) = 0.1 sin(10t) m, mas agora com

um valor do coeficiente de atrito µ de 1 para que a forca maxima de atrito fs = 19.62 N,

seja muito proxima da (mas inferior a) forca de inercia maxima experimentada pela massa

correspondente a situacao de bloqueamento do dissipador, F = 20 = mdmax = 2 × 0.1 × 102

N. Uma vez que a forca maxima de atrito e menor que a forca de inercia maxima mobilizavel, o

30

dissipador entrara em deslizamento. Mas uma vez que a diferenca entre fs e a forca de inercia

maxima e pequena a amplitude dos deslocamentos tambem e pequena. Note-se que bastaria

que a forca maxima de atrito excedesse a forca de inercia maxima mobilizada (20 N) para nao

ocorrer deslizamento no dissipador e o bloco acompanhasse permanentemente o movimento

sinusoidal da base. Da observacao da simulacao apresentada na figura 3.9 verifica-se que ao

fim de algum tempo a massa passa a oscilar em torno do valor medio de deslocamento relativo

nulo. Note-se que, dada a pequena diferenca entre fs e mdmax os deslocamentos relativos sao

pequenos, de uma ordem de grandeza de 10−4.

Figura 3.9: Deslocamento relativo x = X − d em funcao do tempo para o sistema de um graude liberdade da figura 2.2 com um deslocamento imposto a fundacao de d(t) = 0.1 sin(10t) m.

3.3.2 Exemplos numericos com dois graus de liberdade

O sistema mecanico representado na figura 3.10 e constituıdo por duas massasm

2ligadas

entre si por um dissipador com forca maxima fs2 . A massa da esquerda esta ligada a fundacao

por uma mola de rigidezk

2em paralelo com um dissipador de forca maxima fs1 . A massa

da direita esta ligada a fundacao apenas por uma mola de rigidezk

2. Adopta-se o seguinte

conjunto de dados: m = 4 kg, k = 200 N/m e fs1 = fs2 = 4 N. Prescrevem-se as condicoes

iniciais seguintes: um deslocamento inicial de 3 m para a direita no grau de liberdade 1, um

deslocamento inicial nulo no grau de liberdade 2 e velocidades iniciais nulas. As equacoes do

31

movimento sao

m2 0

0m

2

x1x2+

k2 0

0k

2

x1x2

=

1 1

0 −1

r1r2 , (3.27)

m

2

m

2

k

2

fs1fs1

k

2

x2x1

fs2fs2

Figura 3.10: Sistema de duas massas ligadas entre si por um dissipador de atrito e ligadas aoexterior por molas e por outro dissipador.

Figura 3.11: Deslocamento em funcao do tempo dos graus de liberdade do sistema da fi-gura 3.10.

em que r1 ∈ −fs1sign(x1) e r2 ∈ −fs2sign(x1− x2). A figura 3.11 representa historia de deslo-

camentos dos dois graus de liberdade do sistema. Uma vez libertado com as condicoes iniciais

indicadas, o sistema entra em movimento devido a forca de restituicao da mola do lado esquerdo

que parte de um estado tracionado devido ao deslocamento inicial para a direita da massa m1.

O movimento da massa do lado esquerdo transmite-se a massa do lado direito pelo dissipador

numero 2 que as une (figura 3.10). A figura 3.11 mostra o resultado da simulacao dos primeiros

20 s. Observamos uma primeira fase em que o movimento da massa esquerda e amortecido a

32

uma taxa linear enquanto a amplitude da massa direita cresce linearmente. Aproximadamente

seis segundos apos o inıcio do movimento relativo as massas estao sıncronas deixando de haver

movimento relativo entre ambas, passando ambas a mover-se solidariamente com um amorte-

cimento exercido apenas pelo amortecedor do lado esquerdo. Na fase inicial do movimento as

massas nao estao solidarias, pelo que o declive da envolvente dos maximos da massa esquerda

pode ser calculada como num sistema de um grau de liberdade de massa igual am

2e rigidez

k

2,

em que o valor de fs corresponde a soma das forcas maximas nos dois dissipadores activos. A

partir do momento em que o dissipador central deixa de estar activo o sistema passa a ter ape-

nas um grau de liberdade de massa m e rigidez k, em que o valor de fs e igual a forca maxima

do amortecedor do lado esquerdo. Tem interesse observar que as taxas de decaimento linear

da massa do lado esquerdo na fase em que ainda nao sao solidarias e de ambas as massas na

fase final em que ambas ja estao solidarias podem ser previstas ou verificadas analiticamente.

Assim, uma vez que os picos A e B distam temporalmente de 2 perıodos,

XB = XA − 2× 4(fs1 + fs2)

k= 2.36− 2× 4× 8

100= 1.72 m. (3.28)

Analogamente os picos C e D distam temporariamente de tres perıodos, pelo que

XD = XC − 3× 4fs1k

= 0.84− 3× 4× 4

200= 0.60 m. (3.29)

Tambem e possıvel mostrar que o incremento entre dois picos consecutivos de deslocamento do

grau de liberdade 2 na fase inicial do movimento quando os dois dissipadores estao activos e

igual a 4fs2/k (k = 100 N/m correspondente a mola do lado direito).

A figura 3.12 representa um sistema composto por duas massas de 10 kg cada, e duas molas

de rigidez 40π2 N/m. Existe atrito de Coulomb na superfıcie de contacto entre as massas, com

fs = 2 N. Nao existe movimento da fundacao. As condicoes iniciais sao um deslocamento ini-

cial de 0.3 m no grau de liberdade 1 e de−0.3 m no grau de liberdade 2, com velocidades iniciais

nulas. A simulacao numerica permitiu obter os graficos de deslocamentos da figura 3.13. Dada

a simetria das propriedades mecanicas e anti-simetria das condicoes iniciais, as massas oscilam

em oposicao de fase apresentando o decaimento linear como se estivesse cada massa a oscilar

isoladamente sobre uma base imovel com atrito. As massas atingem simultaneamente picos

de deslocamento de sinais opostos e passam tambem simultaneamente nas posicoes em que as

molas estao indeformadas. Verifica-se que o declive da envolvente de maximos de qualquer dos

33

graus de liberdade calculado pelo metodo θ e igual ao teorico. Por exemplo, entre dois picos de

deslocamento distando temporalmente de quatro perıodos, verifica-se XA −XB = 4× 4fsk

, ou

seja 0.23921− 0.15815 = 4× 4× 2

40π2= 0.81064 m.

m1

m2

k1

k2

fs

x1

x2

Figura 3.12: Sistema de dois graus de liberdade composto por dois osciladores harmonicossimples em contacto mutuo com atrito.

Figura 3.13: Deslocamento em funcao do tempo dos graus de liberdade do sistema representadona figura 3.12.

O ultimo exemplo corresponde ao sistema da figura 3.14, analogo ao sistema anterior, mas

em que agora a massa inferior e 100 vezes maior do que a massa superior e a rigidez da mola

superior e 100 vezes maior do que a rigidez da mola inferior: m1 = 10 kg, m2 = 1000 kg,

k1 = 40π2 N/m, k2 = 0.4π2 N/m e fs = 2 N. Se os osciladores estivessem desacoplados a

frequencia natural do oscilador de cima seria 100 vezes a frequencia natural do oscilador de

baixo. Essas diferencas justificam que, quando se da um deslocamento inicial de 0.3 m a massa

superior com deslocamento inicial nulo da massa inferior e velocidades iniciais nulas a ambas as

massas, os deslocamentos da massa inferior sejam quase imperceptıveis em face dos da massa

34

superior (figura 3.15). O declive da envolvente dos picos da massa m1, e igual ao do exemplo

anterior, verificando-se XA −XB∼= 0.81 m.

m1

m2

k1

k2

fs

x1

x2

Figura 3.14: Sistema de dois graus de liberdade amortecido exclusivamente por atrito,

Figura 3.15: Deslocamentos em funcao do tempo dos graus de liberdade so sistema da fi-gura 3.14.

35

36

Capıtulo 4

Algoritmos geneticos aplicados a

optimizacao do dimensionamento de

dissipadores por atrito

Este capıtulo tem por objectivo fazer uma breve apresentacao de um importante conjunto de

algoritmos de optimizacao a que se da o nome de algoritmos geneticos, mostrando as vantagens

da sua utilizacao em problemas de optimizacao em que a funcao objectivo nao tem expressao

analıtica nao sendo possıvel calcular gradientes. Neste capıtulo ainda se mostra como o metodo

θ apresentado no capıtulo anterior, associado a um algoritmo genetico, permite optimizar os

valores das forcas maximas dos dissipadores de um portico simples, quer quando se impoe

uniformidade das forcas nos dissipadores quer quando se admite uma distribuicao variada em

altura das forcas maximas dos dissipadores.

4.1 Introducao

O conceito de algoritmo genetico foi primeiramente introduzido por Holland (1975). Na ac-

tualidade existem inumeras variantes do algoritmo original que foram desenvolvidas ao longo

do tempo (Whitley, 1994). Os algoritmos geneticos baseiam-se num conjunto de modelos ins-

pirados na seleccao natural que simulam a evolucao de um ecossistema, onde os indivıduos

mais aptos tem uma maior probabilidade de sobreviver e produzir descendencia. E um metodo

de optimizacao que nao necessita de usar o gradiente de uma funcao objectivo conhecida ex-

plicitamente. O recurso aos algoritmos geneticos deve-se ao objectivo da presente dissertacao

37

ser a determinacao do valor optimo para as forcas maximas nos dissipadores, nao havendo uma

funcao com expressao analıtica que se pretenda optimizar e que possa ser derivada para usar

metodos classicos de optimizacao que recorram ao gradiente. Para alem de nao ser possıvel

neste problema usar o gradiente para encontrar o valor optimo, existem ainda algumas van-

tagens da utilizacao do algoritmos geneticos, sendo uma delas a de estes metodos evitarem a

convergencia para um optimo local. Por exemplo, o algoritmo genetico considera, de forma

simultanea, varias opcoes no espaco de resultados e recorre a probabilidades para prosseguir

com a evolucao do ecossistema, em vez de usar regras determinısticas como nos algoritmos

baseados no gradiente. O algoritmo genetico e bastante geral, aplicavel a uma vasta gama de

problemas, pelo que, se existir algum algoritmo mais especıfico para um dado tipo de problema

o mesmo deve ser utilizado pois, provavelmente, sera mais eficaz (Whitley, 1994). No caso

do presente problema nao existe um metodo de optimizacao especifico, pelo que se optou por

explorar a aplicacao do algoritmo genetico. E de referir que (Camp, 1998) procurou optimizar

o dimensionamento de uma pequena estrutura metalica recorrendo aos algoritmos geneticos,

demonstrando a sua aplicabilidade em problemas de Engenharia Civil.

4.2 Optimizacao

Nesta seccao descrevemos o que e um algoritmo genetico. O leitor encontrara a terminologia

anglo-saxonica o que porventura tornara a leitura mais difıcil. No entanto tomou-se esta opcao

de nao traduzir termos tecnicos para minimizar equıvocos e facilitar ao leitor comparacoes com

a literatura.

Antes de prosseguirmos com a explicacao de alguns constituintes dos algoritmos geneticos

convem definir tres elementos basicos:

• Indivıduo: Agrupa os valores das variaveis independentes que representam uma eventual

solucao. No nosso problema, um indivıduo e um conjunto de valores de forcas maximas

de atrito, uma por cada dissipador, agrupados num vector, isto e, um dimensionamento

possıvel dos dissipadores.

• Gene: Um valor de uma variavel independente. No nosso problema, um gene e o valor

da forca maxima de atrito num dissipador.

• Populacao/Geracao: E um conjunto de indivıduos.

38

Como ja foi dito, o algoritmo simula a evolucao de um ecossistema, criando geracoes sucessivas

de indivıduos que sao possıveis candidatos a solucao do problema. O processo de optimizacao

evolui com a melhoria dos indivıduos de geracao para geracao. No inıcio e gerada uma primeira

populacao constituıda por um certo numero de indivıduos. Esta primeira populacao pode ser

gerada de forma aleatoria ou pode ser um dado do problema.

Segue-se a fase de avaliacao, em que cada indivıduo e avaliado com base numa fitness

function dada (para o seu resultado ser minimizado), sendo-lhe atribuıdo um fitness value =fif

,

onde fi corresponde a avaliacao do indivıduo i e f a media das avaliacoes dos indivıduos da

populacao. Deste modo, percebe-se que quanto maior for o fitness value mais apto estara o

indivıduo para representar a solucao do problema de optimizacao (Whitley, 1994).

Uma vez avaliada a populacao ha que criar uma nova populacao a partir da anterior, com o

objectivo de promover uma melhoria a cada nova geracao. Para tal, e construıda uma geracao

intermedia a partir de uma seleccao de indivıduos da populacao anterior que se reproduzem

para darem origem a uma nova geracao (com a aplicacao dos operadores Crossover e Mutation).

Avalia-se a nova geracao e repete-se o processo. O algoritmo cria geracoes sucessivas e avalia-

as ate satisfazer algum dos criterios de paragem definidos, que serao apresentados mais a frente.

4.2.1 Operadores

Os operadores que se descrevem seguidamente estao tambem descritos no artigo (Houck

et al., 1996) onde se mostra a implementacao em ambiente Matlab. O artigo (Whitley, 1994)

descreve com bastante pormenor a estrutura do algoritmo genetico. O guia de utilizador (Opti-

mization toolbox, 2015) do Matlab e uma boa fonte de ajuda na implementacao computacional.

4.2.1.1 Avaliacao

A avaliacao de uma populacao e feita pela funcao que se quer minimizar. Neste caso, a

avaliacao da funcao que se pretende minimizar (por exemplo, o deslocamento do ultimo piso

relativamente a fundacao) provem dos resultados do algoritmo que integra as equacoes do mo-

vimento (metodo θ). O algoritmo genetico minimiza este resultado a custa da variacao das

forcas nos dissipadores. De forma a facilitar a seleccao, a avaliacao converte os valores que

saem do metodo θ em valores ordenados por ordem decrescente de merito: ao melhor indivıduo

atribui-se n = 1, ao segundo melhor indivıduo atribui-se o valor n = 2 e assim sucessivamente.

O valor da avaliacao de cada indivıduo e fi = 1/√n. Esta forma de avaliacao tem o nome de

39

Rank.

4.2.1.2 Seleccao

A seleccao consiste em copiar indivıduos da geracao anterior para uma geracao intermedia

que serve de base a formacao da geracao seguinte. Esta operacao e baseada no fitness value

de cada indivıduo que constitui a populacao anterior, podendo ser feita de diferentes formas.

Apresentam-se seguidamente algumas das opcoes.

• Seleccao do tipo Stochastic uniform: Este tipo de seleccao comeca por criar um vector

composto por pequenos vectores. Cada componente de um dos vectores mais peque-

nos contem o nome de um mesmo indivıduo. Cada um dos sub-vectores tem dimensao

proporcional ao seu fitness value. Por exemplo, numa populacao com quatro indivıduos

{I1, I2, I3, I4} em que o mais apto e o I2 o segundo mais apto e o I1, o terceiro mais apto e

o I4 e por fim o menos apto e o I3, o vector poderia ser{I2, I2, I2, I2, I2, I1, I1, I1, I4, I4, I3

}.

A partir desse vector o algoritmo selecciona indivıduos que passarao a geracao intermedia:

escolhe o primeiro e os seguintes sao escolhidos a intervalos regulares. Por exemplo, no

vector anterior, a seleccao dos indivıduos sublinhados foi feita com saltos de dois in-

divıduos.

• Seleccao do tipo Roulette: Este tipo de seleccao simula uma roleta, onde cada divisao

representa um indivıduo. A area de cada divisao e proporcional ao fitness value do in-

divıduo que representa. Geram-se numeros aleatorios para seleccionar na roleta quais os

indivıduos que passam a geracao intermedia. A probabilidade de um indivıduo ser selec-

cionado e proporcional a sua area na roleta que, por sua vez, e proporcional ao seu fitness

value.

• Seleccao do tipo Remainder: O algoritmo selecciona todos os indivıduos com fitness

value superior a 1 e copia-os para a geracao intermedia. O numero de copias deste in-

divıduo que passam a geracao intermedia e igual a parte inteira do seu fitness value, e

ainda e deixada uma copia na geracao de origem com um fitness value correspondente

apenas a parte decimal. O passo seguinte e a aplicacao de outro metodo de seleccao

a geracao de origem para completar a geracao intermedia, que e do tipo Roulette. Por

exemplo, um indivıduo com um fitness value de 3.4 tera num primeiro passo 3 copias

na geracao intermedia (valor inteiro de 3). Ele fica ainda com 0.4 de fitness value para

40

competir com os restantes indivıduos na seleccao do tipo Roulette, o que lhe pode dar

acesso a mais copias na geracao intermedia.

• Seleccao do tipo Tournament: Esta opcao de seleccao forma a geracao intermedia com

indivıduos que vencem uma competicao directa com os outros, isto e, de forma aleatoria

selecciona 2 indivıduos (ou mais) e cria uma copia na geracao intermedia do que apresenta

melhor fitness value.

4.2.1.3 Reproducao

A reproducao especifica a forma de o algoritmo criar os indivıduos da proxima geracao a

partir da geracao intermedia. Na reproducao existem dois valores essenciais a definir: (1) o

tamanho da Populacao Elite que e a percentagem da populacao que passa directamente para

a proxima geracao sem alteracoes — esta percentagem de populacao inclui os melhores can-

didatos a solucao do problema (indivıduos com os mais elevados valores do fitness value da

populacao inteira) o que garante que nao se perdem os melhores indivıduos no processo de

reproducao, (2) a fraccao de Crossover, que especifica a fraccao da proxima geracao, para alem

dos da elite, que serao reproduzidos por Crossover entre indivıduos (ver a proxima seccao). No

nosso caso optou-se por uma populacao de elite que fosse 5% do tamanho da populacao e que

80% fossem gerados por Crossover, podendo os restantes 15% sofrer ou nao Mutation apos a

aplicacao do operador Crossover.

4.2.1.3.1 Crossover

O operador de Crossover e o que permite o algoritmo combinar dois indivıduos (proge-

nitores) da geracao intermedia (incluindo os da Populacao de Elite pois isso favorece a con-

vergencia) por forma a criar um indivıduo da proxima geracao. Existem varias formas de criar

novos indivıduos, todas comecam por seleccionar de forma aleatoria dois indivıduos da geracao

intermedia e sendo-lhes aplicado o operador Crossover que cria um novo indivıduo para a nova

geracao. Este processo que e repetido ate se completar a fraccao de Crossover da nova geracao.

Apresentam-se seguidamente alguns tipos de Crossover que podem ser utilizados no algoritmo

genetico.

• Crossover do tipo Scattered: Nesta opcao cria-se um vector binario aleatorio, com di-

mensao igual a dimensao de um indivıduo, onde 1 corresponde ao Individuo 1 e 0 ao

41

Individuo 2. O novo indivıduo e composto pelos genes dos seus dois progenitores nas

posicoes indicadas pelas entradas do vector binario auxiliar.

• Crossover do tipo Single point: Gera-se aleatoriamente um numero inteiro n entre 1 e

a dimensao de um indivıduo. De seguida cria-se o novo Individuo sendo os genes deste

de 1 a n os n primeiros genes do Individuo 1 e de n + 1 em diante os do Individuo 2. A

tıtulo de exemplo, imagine-se que sao seleccionados os Indivıduos I1 = [a b c d e f g] e

I2 = [1234567], e que o numero aleatoriamente gerado e n = 3 entao, o novo indivıduo

sera INovo = [a b c 4 5 6 7].

• Crossover do tipo Two point: Este e um processo muito semelhante ao anterior. Em vez

de usar um ponto usa dois, isto e, geram-se de forma aleatoria dois numeros inteiros, m

e n (sendo m o menor). De seguida cria-se o novo Indivıduo com uma combinacao dos

2 indivıduos seleccionados, onde os genes deste sao de 1 a m os genes do Individuo 1

nessas posicoes, de m+ 1 a n os genes do Individuo 2 (nas mesmas posicoes) e, por fim,

de n + 1 em diante serao os genes do indivıduo 1 novamente. Exemplificando, com os

seguintes progenitores I1 = [a b c d e f g h] e I2 = [1 2 3 4 5 6 7 8], com m = 3, n = 6, o

novo indivıduo sera INovo = [a b c 4 5 6 g h].

• Crossover do tipo Arithmetic: E de todos o mais simples, em que os genes do novo

indivıduo sao a media aritmetica dos genes dos progenitores.

4.2.1.3.2 Mutation

Apos a aplicacao do operador Crossover aplica-se a populacao o operador Mutation. Este

operador especifica a forma de o algoritmo proceder a pequenas alteracoes nos indivıduos de

modo a distanciar-se do rumo da convergencia e procurar solucoes noutras zonas do espaco de

resultados. O uso da mutacao permite que haja diversidade genetica, e uma procura ampla no

espaco de resultados. Relembra-se que so 15% da populacao e susceptıvel de sofrer Mutation.

Existem varios tipos de Mutation, que sao descritos em seguida.

• Mutation do tipo Gaussiana: Consiste em adicionar um numero aleatorio retirado de

uma distribuicao gaussiana de media 0 a cada entrada (gene) do vector do Individuo que

esta a sofrer mutacao.

42

• Mutation do tipo Uniforme: Aplicam-se dois processos ao indivıduo que esta a sofrer

mutacao. Primeiro e seleccionada uma fraccao do indivıduo para mutacao onde cada

gene tem probabilidade 0.01 de sofrer mutacao. Depois, substitui-se cada uma destas

entradas por um numero aleatorio (este numero e o mesmo em todas as entradas que

sofrem mutacao).

4.2.2 Criterios de paragem

Existem varios criterios para definir se um indivıduo representa adequadamente o optimo da

funcao que se pretende optimizar (criterios de paragem). Os criterios usados no nosso problema

foram (i) o limite do numero de geracoes, (ii) o limite de Stall Generations (numero de geracoes

consecutivas em que o valor optimo da populacao nao melhorou) e (iii) a tolerancia de 10−4 en-

tre valores da funcao a minimizar. Fizeram-se pequenos testes exploratorios com cada uma das

opcoes de seleccao tendo-se optado pelo Tournament em detrimento das outras para a seleccao

pois foi a que apresentou a convergencia mais rapida para o tipo de problema desta dissertacao,

em que o numero de indivıduos seleccionados de cada vez e 4. Tal como se escolheu uma das

opcoes para a seleccao tambem se escolheu para o operador Crossover a opcao de Two point e

para o operador Mutation a opcao Gaussiana. Na figura 4.1 apresenta-se a sequencia pela qual

sao aplicados os operadores.

43

Geracao da pri-

meira populacao

Primeira

populacao

Populacao

avaliada

Populacao

intermedia

Populacao

nova

Verifica-se algum

criterio de paragem?

A procura termina:

encontrou-se uma

distribuicao optima

de valores de fs

Avaliacao:

Rank

Seleccao:

Tournament

Avaliacao:

Rank

Reproducao

Populacao Elite:

5% Populacao

Crossover:

Two point

Mutation:

Gaussiana

Processo iterativo de

criacao de geracoes

Nao

Sim

Figura 4.1: Algoritmo genetico: sequencia de aplicacao dos diversos operadores do algoritmo.

44

4.3 Exemplo numerico

Apresenta-se agora uma aplicacao do algoritmo genetico, com os parametros principais

definidos na seccao anterior, para a optimizacao da distribuicao dos valores das forcas maximas

de atrito do portico (do tipo representado na figura 3.1) de 3 pisos do artigo (Lu and Lin, 2006),

com o sismo de El Centro de 1940, obtido na pagina (Vibration Data, 2015) com um tempo

total de 53.74 segundos. A funcao objectivo e

f =

√f1

2 + f22, (4.1)

em que

f1 =xmax,c

xmax,se f2 =

Xmax,c

Xmax,s, (4.2)

onde xmax,c representa o deslocamento maximo relativo a base do ultimo piso para a estrutura

equipada com dissipadores, xmax,s o deslocamento maximo relativo a base do ultimo piso para

a estrutura sem dissipadores, a quantidade Xmax,c corresponde a aceleracao absoluta maxima

do ultimo piso para a estrutura equipada com dissipadores, enquanto que Xmax,s e a aceleracao

absoluta maxima do ultimo piso para a estrutura sem dissipadores.

As matrizes de massa, rigidez e amortecimento totais sao, respectivamente, dadas por

MT =

11.213 0 0 0 0 0

0 11.213 0 0 0 0

0 0 10.914 0 0 0

0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0

t, (4.3)

45

fundacao

m1

fundacao

c1c1

kb1f 1s

k12

k12

d(t)

X1(t)

Xb1(t)

m2

c2c2

kb2f 2s

k22

k22

X2(t)

Xb2(t)

m3

c3c3

kb3f 3s

k32

k32

X3(t)

Xb3(t)

y

x

Figura 4.2: Representacao esquematica do portico de tres pisos com um sistema de amorteci-mento misto.

KT =

9186.159 −5452.178 1172.190 0 0 0

−5451.810 8753.602 −4556.112 0 0 0

1172.960 −4555.417 3673.845 0 0 0

0 0 0 11203.047 0 0

−11203.047 0 0 0 11203.047 0

0 −11203.047 0 0 0 11203.047

kN/m,

(4.4)

46

CT =

2.325 −0.209 0.093 0 0 0

−0.209 2.364 −1.131 0 0 0

0.093 −1.131 2.124 0 0 0

0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0

kNs/m. (4.5)

Note-se que o 1o bloco de 3 por 3 da matriz de rigidez nao e simetrico por a matriz ter

sido obtida experimentalmente (Lu and Lin, 2006). A rigidez associada ao sistema de suporte

dos dissipadores e o triplo da rigidez dos pilares que unem os penultimo e ultimo pisos. A

matriz que, multiplicada pelas reaccoes locais devidas ao atrito nos dissipadores, permite obter

as forcas generalizadas devido ao atrito e dada por

W =

1 −1 0

0 1 −1

0 0 1

−1 0 0

0 −1 0

0 0 −1

. (4.6)

Para o estudo da forca optima nos dissipadores assumindo uma distribuicao uniforme de

forcas maximas em altura usou-se uma populacao de 30 indivıduos e um limite de 200 geracoes,

tendo-se obtido um valor de forca maxima optima de 44.40 kN, com f = 0.436. A utilizacao

de 30 indivıduos justifica-se para um problema apenas com uma variavel para que cada geracao

tenha dimensao suficiente para realizar uma boa procura no espaco de resultados. Para o estudo

da forca optima nos dissipadores com distribuicao variada em altura usou-se uma populacao de

100 indivıduos e um limite de 200 geracoes, tendo-se obtido um valor de forca maxima optima

para o primeiro piso de 76.52 kN, para o segundo de 64.56 kN e para o ultimo de 32.21 kN

com f = 0.385. Neste caso usou-se uma populacao de 100 indivıduos pois neste caso existem

3 variaveis, logo ha necessidade de ter uma populacao com dimensao suficiente para realizar

uma procura ampla no espaco de resultados. Para o caso especıfico deste problema poder-se-ia

ter usado uma dimensao inferior, mas usou-se 100 para ficar em conformidade com os testes do

capıtulo seguinte onde existem 20 variaveis.

47

Na tabela 4.1, para a estrutura sem dissipadores, com dissipadores com uma distribuicao

de forcas uniforme e ainda com dissipadores mas com uma distribuicao de forcas variada,

apresentam-se os valores do deslocamento horizontal do ultimo piso relativo a base, da aceleracao

absoluta no topo e da forca de corte basal, com o objectivo de quantificarmos a influencia dos

dissipadores na atenuacao dos efeitos do sismo na estrutura. Da observacao da figura 4.3 e da

tabela 4.1 torna-se claro o efeito benefico da presenca dos dissipadores na resposta da estrutura.

Por outro lado, quando de compara as respostas da estrutura quando equipada com dissipadores

com distribuicao uniforme ou variada em altura conclui-se que a diferenca nao e significativa;

no entanto a distribuicao variada de forcas em altura permite uma melhor optimizacao.

Figura 4.3: Comparacao das respostas da estrutura com e sem dissipadores.

Tabela 4.1: Tabela que compara a resposta da estrutura com e sem dissipadores

x3,max [m] X3,max [m/s2] Rmax [kN]

Sem dissipadores 0.2351 11.51 761.078Distribuicao uniforme de forcas 0.0588 4.111 259.942Distribuicao variada de forcas 0.0335 4.118 210. 065

48

Capıtulo 5

Optimizacao de sistemas de dissipacao emporticos com paredes estruturais

Nos capıtulos anteriores apresentou-se o algoritmo de integracao numerica no tempo das

equacoes do movimento e das leis constitutivas que regem a dinamica de porticos equipados

com dissipadores de atrito, e o algoritmo genetico que usa os resultados de muitas simulacoes

numericas devidas as accoes de varios sismos, com o objectivo de optimizar os valores das

forcas maximas dos dissipadores. Neste capıtulo usaremos os dois algoritmos mencionados para

optimizar as forcas maximas nos dissipadores de atrito instalados em cinco estruturas diferen-

tes. O algoritmo de integracao numerica, que tem como resultado o parametro que se pretende

minimizar (deslocamentos maximos relativos a fundacao, aceleracao absoluta maxima, forca de

corte basal maxima) fornece o valor da fitness function do algoritmo genetico. Definem-se as

estruturas estudadas e os sismos utilizados na analise e discutem-se os criterios de optimizacao.

Apresentam-se ainda os resultados do estudo e tecem-se algumas consideracoes sobre os mes-

mos.

5.1 Definicao das estruturas

Usaram-se cinco modelos simples de estruturas para determinacao da distribuicao optima

das forcas dos dissipadores em altura (figura 5.1), com o objectivo de perceber o impacto da

utilizacao de dissipadores num portico como tambem a influencia da presenca de uma parede es-

trutural na distribuicao das forcas maximas dos dissipadores. A primeira estrutura e um portico,

digamos, “puro”. As restantes quatro estruturas diferem da primeira no pilar central cuja di-

mensao aumenta progressivamente da Estrutura 1 para a Estrutura 5 (o pilar central da Estrutura

1 passa a ser uma parede de largura crescente da Estrutura 2 para a Estrutura 5). A Estrutura

49

1 e um portico de 20 pisos, com 5 pilares de 0.80 m ×0.80 m espacados de 4, 5, 5 e 4 metros

respectivamente e vigas de 0.25 m ×0.75 m. No lugar do pilar central a Estrutura 2 tem uma

parede de 2.50 m ×0.20 m. As dimensoes das restantes paredes nas estruturas 3, 4 e 5 sao

respectivamente 5.00 m ×0.20 m, 7.50 m ×0.20 m e 9.20 m ×0.20 m. A tabela 5.1 apresenta

as massas e as tres primeiras frequencias naturais para cada estrutura.

(a) Estrutura 1 (b) Estrutura 2 (c) Estrutura 3 (d) Estrutura 4 (e) Estrutura 5

Figura 5.1: Conjunto de estruturas planas usadas nas simulacoes. Da Estrutura 1 para a Estru-tura 5 ha o aumento progressivo da importancia da parede estrutural.

Tabela 5.1: Massas por piso e tres primeiras frequencias naturais das cinco estruturas ilustradasna figura 5.1.

Estrutura 1 Estrutura 2 Estrutura 3 Estrutura 4 Estrutura 5

M (t) 110.95 109.52 114.62 119.71 123.18f1 (Hz) 0.4421 0.5597 0.7058 0.8121 0.8459f2 (Hz) 1.3866 1.7819 2.5053 3.3591 3.7092f3 (Hz) 2.5091 3.2860 5.0548 7.4778 8.6328

Usou-se o software SAP2000 (SAP2000 v17, 2014) para calcular as matrizes de massas e

rigidez das cinco estruturas. Efectuou-se para cada estrutura uma analise plana com a “funcao

50

diafragma” activa em cada piso. A activacao da funcao diafragma levou a que dos tres graus

de liberdade de cada no (translacoes horizontal e vertical e ainda rotacao) os deslocamentos

horizontais dos nos de um mesmo piso fossem todos iguais, o que conduziu a apenas a 1 grau

de liberdade horizontal por piso. De referir que a modelacao da parede se baseou na criacao

de um elemento frame em altura com as dimensoes da parede e a adicao de trocos constituıdos

por vigas rıgidas ao nıvel de cada piso para garantir o comportamento estrutural de parede. O

algoritmo de integracao numerica apresentado no capıtulo 3 tem como graus de liberdade da

estrutura apenas os deslocamentos horizontais de cada piso; dado que nesta analise cada no

tem 3 graus de liberdade, houve a necessidade de recorrer a uma matriz de rigidez compacta

que tenha explicitamente os deslocamentos horizontais de cada piso e de forma implıcita a

influencia das rotacoes e do deslocamento axial nos pilares. O procedimento para o calculo

da matriz de rigidez foi entao o de calcular a matriz de flexibilidade para os deslocamentos

horizontais e posteriormente proceder a sua inversao. Quanto a matriz de massas o SAP2000

fornece-a de forma directa. As matrizes de rigidez e massas usuais (de 20 × 20) referentes

as cinco estruturas encontram-se no anexo A, usam-se estas matrizes para a construcao das

matrizes totais (apresentadas no capıtulo 3), onde se optou por uma rigidez dos sistemas de

contraventamento dos dissipadores igual em todas as estruturas, com o valor de 18808845 kN/m,

sensivelmente 10 vezes superior a rigidez do piso mais rıgido da Estrutura 1 (neste caso, piso

1).

5.1.1 Amortecimento de Rayleigh

Adoptou-se uma matriz de amortecimento viscoso C de tipo Rayleigh, que corresponde a

uma combinacao linear entre as matrizes de massa e rigidez, C = a0M + a1K. Os valores de

a0 e a1 calculam-se por forma a garantir factores de amortecimento ζi e ζj em dois modos de

vibracao, i e j, de frequencias naturais angulares respectivamente iguais a pi e pj , de acordo

com a0a1 =

2pipjpj2 − pi2

pjζi − piζj

− ζipj

+ζjpi

. (5.1)

No caso da presente dissertacao adoptou-se ζ = 2% para o primeiro e quinto modos de vibracao,

por forma garantir amortecimento abaixo de 2% nos modos entre estes. As matrizes de amorte-

cimento de cada estrutura encontram-se tambem no anexo A.

51

5.2 Definicao dos sismos

Nos processos de optimizacao da distribuicao das forcas maximas pelos dissipadores apre-

sentados nesta dissertacao usaram-se os sete sismos listados na tabela 5.2. A escolha destes

sismos baseou-se no espectro de resposta do EC8, para a zona de Lisboa com um terreno tipo

B e classe de importancia do tipo II. Introduziu-se esse espectro de resposta na pagina da in-

ternet da (PEER Ground Motion Database) e procurou-se sismos com um espectro de resposta

semelhante. Os sismos seleccionados foram depois rescalados para uma aceleracao de pico de

0.34g (uniformemente) de modo a que o espectro de resposta medio fosse muito proximo do

pretendido (calculado a partir do EC8).

Tabela 5.2: Os sete acelerogramas usados nas simulacoes.

Nome Data Localizacao Estacao Direccao PGA (g) Duracao (s)

Almiros 11/08/1980 Grecia Almiros WE 0.0714 22.5792Caldiran 24/11/1976 Turquia Maku S49E 0.0975 28.35

Chuetsu-oki 16/07/2007 Japao Joetsu Kita EW 0.1763 59.98Darfield 03/09/2010 Nova Zelandia ADCS N42W 0.1127 149.99Irpinia 23/11/1980 Italia Arienzo 270 0.0346 24.65

Managua 23/12/1972 Nicaragua Managua, ESSO 90 0.2628 47.88Manjil 20/06/1990 Irao Abbar L 0.5146 53.48

Cada um dos registos correspondentes nos sismos mencionados na tabela 5.2 foi medido

em estacoes diferentes, com tempos de gravacao diferentes, sendo alguns dos registos mani-

festamente demasiado longos em relacao aos intervalos de tempo que contem o seu conteudo

mais relevante. Consequentemente, de modo a poupar tempo computacional no processo de

optimizacao, truncou-se cada registo por forma a aproveitar apenas a parte que efectivamente

contem o sismo. A tabela 5.3 mostra os intervalos de tempo que se considerou em cada sismo

para efeitos das integracoes numericas das equacoes que regem o movimento (metodo θ). Em

todos os sismos usou-se um passo de tempo de integracao proximo de 0.01 s.

5.3 Criterios de optimizacao

O algoritmo genetico minimiza um parametro calculado pelo algoritmo de integracao numerica

(deslocamento maximo do ultimo piso relativamente a fundacao, aceleracao absoluta maxima

do ultimo piso, forca de corte basal maxima ou outro). A optimizacao pode ter apenas um

objectivo ou varios. Um bom criterio de optimizacao pode ser procurar minimizar os danos

52

Tabela 5.3: Instantes inicial e final usados para cada sismo e passos de tempo do registo e daintegracao numerica.

NomeInstante

inicial (s)Instantefinal (s)

Passo de tempodo acelerograma (s)

Passo de tempo husado (s)

Almiros 0.0000 10.0032 0.0024 0.0096Caldiran 0.0000 10.0000 0.0100 0.0100

Chuetsu-oki 12.0000 35.0000 0.0100 0.0100Darfield 9.0000 51.0000 0.0050 0.0100Irpinia 0.0000 24.6500 0.0029 0.0116

Managua 0.0000 10.0000 0.0050 0.0100Manjil 0.0000 20.0000 0.0200 0.0200

no pilares do res-do-chao, limitando o deslocamento relativo entre o 1o piso e a fundacao. Al-

ternativamente pode-se limitar o deslocamento do ultimo piso relativo a base o que acaba por

minimizar todos os deslocamentos relativos, se a estrutura vibrar principalmente de acordo com

o primeiro modo de vibracao. Contudo, uma optimizacao que so minimize o deslocamento

no topo relativo a base, pode tornar a estrutura demasiado rıgida, afectando de forma negativa

as aceleracoes nos pisos, que ficariam demasiado elevadas, alem de sobrecarregar o sistema

de contraventamento de suporte dos dissipadores e promover o aumento dos esforcos normais

nos pilares. Optou-se entao por fazer uma optimizacao multiobjectivo que nao so minimiza o

deslocamento horizontal relativo a base do ultimo piso como tambem minimiza as aceleracoes

absolutas (tambem no ultimo piso). Em suma, a opcao de minimizar o deslocamento horizontal

relativo a base do ultimo piso pretende reduzir os danos na estrutura, nomeadamente nos pilares

pela accao combinada do momento flector e do esforco transverso, e a minimizacao simultanea

das aceleracoes absolutas no ultimo piso pretende por outro lado moderar as forcas maximas nos

dissipadores e evitar um sobredimensionamento do sistema de contraventamento (de suporte)

dos dissipadores.

Outro criterio para melhorar o comportamento sısmico de uma estrutura que se pode consi-

derar importante e a reducao da forca de corte basal Fb = k1x1 + kb1xb1 . Pode tambem haver

interesse em minimizar esta forca para tornar mais economico o dimensionamento dos pilares

e fundacoes. E claro que, se o comportamento do edifıcio for principalmente controlado pelo

primeiro modo, ao minimizarmos o deslocamento horizontal do ultimo piso relativo a base, ja

estamos implicitamente a minimizar a forca de corte basal. No entanto tambem conjugaremos

este criterio de optimizacao com os dois ja mencionados para se perceber qual o impacto na

disposicao optima das forcas nos dissipadores. Assim, consideramos

53

• Criterio 1 - Minimiza o deslocamento horizontal do ultimo piso relativo a base em si-

multaneo com a aceleracao absoluta no ultimo piso. A funcao objectivo e dada por (4.1)

(apresentada no capıtulo 4).

• Criterio 2 - Este criterio conjuga o criterio 1 em simultaneo com a minimizacao da forca

de corte basal, ou seja, minimiza a funcao

f =

√f1

2 + f22 + f3

2, (5.2)

em que

f3 =Rmax,c

Rmax,s, (5.3)

onde Rmax,c representa a forca de corte basal maxima para a estrutura equipada com dis-

sipadores e Rmax,s representa a forca de corte basal maxima para a estrutura sem dissipa-

dores.

5.4 Resultados

5.4.1 Um calculo previo: a pesquisa de intervalos eficazes de forcas maximas

dos dissipadores

Antes de recorrermos ao algoritmo genetico para optimizar as forcas maximas nos dis-

sipadores fez-se um estudo em que se calcularam os parametros envolvidos nos criterios de

optimizacao apresentados, para uma forca maxima nos dissipadores uniforme em altura, com

um valor inicial de 50 kN variando com incrementos de 50 kN. Fizeram-se estes testes com o

objectivo de determinar para cada combinacao sismo-estrutura o intervalo mais eficaz de carga

nos dissipadores, isto e, um intervalo de forcas maximas nos dissipadores que melhorem sig-

nificativamente a resposta da estrutura, e portanto onde sera mais provavel que se encontre a

solucao do problema de optimizacao. Este estudo serviu para posteriormente fornecer ao algo-

ritmo genetico um dos elementos da populacao inicial, o que acelera o processo de optimizacao

pois aproxima os valores maximos iniciais das forcas dos valores optimos das forcas maximas

nos dissipadores. Este procedimento nao vicia os resultados pois o operador Mutation garante

uma procura ampla no espaco de resultados.

Na figura 5.2 estao representados os graficos que representam a dependencia em relacao a

54

forca maxima dos dissipadores do deslocamento relativo a base do ultimo piso, da aceleracao

absoluta do ultimo piso e da forca de corte basal, para duas combinacoes sismo-estrutura, calcu-

lados para uma distribuicao uniforme em altura de forcas maximas nos dissipadores, admitindo

apenas valores discretos com intervalos (50 kN). Pela observacao da figura conclui-se, que o

aumento de forca nos dissipadores melhora significativamente o deslocamento, embora a partir

de um certo valor o ganho face ao aumento de forca seja diminuto. No entanto, como seria de

esperar, o mesmo nao acontece para a aceleracao absoluta maxima no ultimo piso, isto e, com

o aumento da forca dos dissipadores as aceleracoes diminuem para forcas baixas a moderadas

mas, a partir de um certo nıvel de forca as aceleracoes maximas no topo aumentam. Este au-

mento da forca maxima nos dissipadores conduz a um aumento de rigidez da estrutura pois o

estado de bloqueamento dos dissipadores passa a ser cada vez mais frequente, fazendo com que

haja uma maior transmissao das aceleracoes do solo ao ultimo piso. No caso limite de uma

rigidez infinita dos sistemas de apoio dos dissipadores e de um valor infinito de forca maxima

dos dissipadores, a estrutura comportar-se-a como um corpo rıgido oscilando solidariamente

com a fundacao e exibindo as mesmas aceleracoes do sismo. O andamento da forca de corte

basal e semelhante ao das aceleracoes maximas.

A observacao atenta da figura 5.2 leva-nos a concluir que e pertinente a utilizacao de um

criterio de optimizacao multiobjectivo, para as forcas maximas dissipadores por forma a que a

solucao optima nao permita grandes deslocamentos relativos a base mas simultaneamente limite

as aceleracoes maximas absolutas, ou seja, limite as forcas transmitidas ao sistema de apoio dos

dissipadores. Note-se que minimizacao da aceleracao em simultaneo com o deslocamento nao

vai piorar de forma significativa a resposta da estrutura ao nıvel do deslocamento pois as forcas

para as quais ocorrem as menores aceleracoes correspondem ainda a valores diminutos dos des-

locamentos. Dos graficos ressalta ainda que para os deslocamentos traca-se facilmente uma

linha de tendencia monotona pela qual se podem tirar conclusoes acerca do efeito no desloca-

mento dos sucessivos incrementos de 50 kN na forca maxima de atrito. Contudo as aceleracoes

e as forcas de corte basal ja nao tem um andamento monotono, pois existem muitos mınimos

e maximos locais, nao sendo facil prever se o comportamento melhora com o aumento ou

diminuicao de forcas nos dissipadores. Justifica-se por isso a utilizacao de um algoritmo de

optimizacao associado a um algoritmo de integracao numerica que calcula o comportamento da

estrutura ao longo do tempo, para muitos valores das forcas maximas dos dissipadores.

55

Figura 5.2: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta do topoe forca de corte basal maxima para as estruturas 1 e 5 e os sismos Managua (1972) e Manjil(1990).

5.4.2 Optimizacao segundo o criterio 1

5.4.2.1 Distribuicao uniforme em altura das forcas dos dissipadores

Comecamos pela optimizacao com uma variavel apenas, ou seja, impondo uniformidade em

altura nas forcas maximas dos dissipadores usando o algoritmo genetico da Toolbox do Matlab

com a funcao objectivo (4.1). Uma vez que neste caso ha apenas uma variavel, usa-se uma

populacao de dimensao 30 e um limite de 200 geracoes (em nenhum dos casos o algoritmo

necessitou de 200 geracoes). Com o intuito de poupar tempo computacional, um dos elementos

da primeira populacao e o indivıduo mais apto encontrado na analise do intervalo eficaz forcas

dos dissipadores (seccao 5.4.1). No anexo B.1.1 apresentam-se os resultados que o programa

fornece directamente para esta analise.

Na tabela 5.4 apresentam-se os resultados dos processos de optimizacao das forcas unifor-

mes em altura para todas as combinacoes sismo-estrutura. Apercebemo-nos que, com excepcao

56

da ultima estrutura, a forca necessaria nos dissipadores em cada estrutura aumenta com o au-

mento da dimensao da parede. Tal ocorrencia pode dever-se ao facto de um aumento das di-

mensoes da parede corresponder a um aumento da massa da estrutura e consequentemente das

forcas de inercia. Entre as estruturas 4 e 5 provavelmente os efeitos do aumento de rigidez

ultrapassam os do aumento de massa, fazendo com que a rigidez muito elevada da parede da

Estrutura 5 alivie as forcas necessarias nos dissipadores. Deve-se referir tambem que, embora

os sismos tenham sido reescalados igualmente, para o mesmo perıodo os seus acelerogramas

tem aceleracoes diferentes o que justifica que, para a mesma estrutura os valores necessarios de

forca nos dissipadores sejam tao dispersos no conjunto dos sismos.

Tabela 5.4: Valores da forca maxima optima dos dissipadores para uma distribuicao uniformede forca em altura. Criterio 1. Valores em kN arredondados a unidade.

Sismo Estrutura 1 Estrutura 2 Estrutura 3 Estrutura 4 Estrutura 5

Almiros 724 1109 2323 2421 2128Caldiran 608 500 611 1369 458

Chuetsu-oki 1504 1851 2846 2873 2972Darfield 689 971 1388 1858 2040Irpinia 1348 1058 1576 1831 1583

Managua 997 1931 3164 3626 3396Manjil 913 1310 1380 1361 1376

Media 969 1247 1898 2191 1993

E interessante saber qual a resposta das estruturas quando se usa o valor medio da forcas

maximas nos dissipadores de todos os sismos (ultima linha da tabela 5.4) e compara-la com a

resposta quando se usa o valor optimo da forca maxima nos dissipadores determinado para essa

combinacao sismo-estrutura. O valor optimo da forca na Estrutura 1 para o sismo Caldiran e

de 608 kN, com x20,max = 0.022 m e X20,max = 1.10 m/s2; quando se toma a forca media, ou

seja, 969 kN, os valores anteriores passam respectivamente a 0.020 m e 2.01 m/s2. Reforca-se

portanto a conclusao de que com o aumento da forca nos dissipadores a diferenca em termos de

deslocamento e diminuta mas a aceleracao maxima aumenta devido ao efeito de rigidificacao

da estrutura promovido pelo aumento da percentagem de tempo em que os dissipadores estao

bloqueados. No entanto, uma vez que a aceleracao absoluta no ultimo piso para a Estrutura

1 sem dissipadores e de 6.47 m/s2 (tabela 5.5), a eficacia dos dissipadores e indiscutıvel quer

para fs = 608 kN quer para fs = 969 kN. Observando agora outro caso, a forca optima nos

dissipadores para a Estrutura 3 e actuada pelo sismo Almiros e 2323 kN, com x20,max = 0.030

m e X20,max = 3.22 m/s2. Quando se toma a forca media, ou seja, 1898 kN, obtem-se x20,max =

57

0.044 m e X20,max = 3.78 m/s2. Mais uma vez se observa que com diminuicao de forca nos

dissipadores o deslocamento maximo aumenta, como seria de esperar. Neste caso a diminuicao

da forca maxima dos dissipadores teve o efeito de aumentar a aceleracao maxima do ultimo piso,

facto que tambem nao e de estranhar se tivermos em conta a irregularidade da dependencia das

aceleracoes maximas na forca maxima (recordar o graficos intermedios da figura 5.2). Mas,

mais uma vez, para uma combinacao onde a aceleracao absoluta do ultimo piso para a Estrutura

3 sem dissipadores e de 7.63 m/s2 (tabela 5.5) a melhoria ainda e bastante significava.

Tabela 5.5: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta no topoe forca de corte basal para as cinco estruturas e sete sismos, sem dissipadores. x20,max em m,X20,max em m/s2 e Rmax em kN.

Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

Estrutura 1x20,max 0.200 0.115 0.446 0.409 0.177 0.318 0.355X20,max 6.43 6.47 7.80 8.46 8.53 6.20 6.78Rmax 15631 8320 31403 22653 15610 16575 22869

Estrutura 2x20,max 0.168 0.104 0.339 0.228 0.364 0.312 0.129X20,max 8.35 6.88 6.53 12.53 12.71 7.81 9.06Rmax 27036 14721 39095 34768 45443 34632 18695

Estrutura 3x20,max 0.165 0.100 0.366 0.182 0.225 0.239 0.125X20,max 7.63 8.19 11.06 15.52 14.77 12.66 12.05Rmax 62020 56099 109073 86932 110554 97863 66849

Estrutura 4x20,max 0.267 0.063 0.403 0.244 0.264 0.143 0.089X20,max 10.79 12.64 13.95 23.95 14.59 7.03 8.64Rmax 173982 101012 254281 242518 199244 99874 93431

Estrutura 5x20,max 0.321 0.047 0.436 0.231 0.212 0.137 0.073X20,max 14.38 16.99 18.18 16.34 11.96 7.78 7.78Rmax 322871 160031 426695 270527 243655 142059 108968

5.4.2.2 Distribuicao variada em altura das forcas dos dissipadores

Depois de na seccao anterior termos procedido a optimizacao impondo uniformidade das

forcas maximas nos dissipadores em altura admitimos agora uma distribuicao variada em altura,

isto e, uma optimizacao que sera feita com 20 variaveis independentes, passando o algoritmo

genetico a ter uma populacao de 100 indivıduos, mantendo-se as 200 geracoes (tambem no caso

variado nunca o algoritmo chegou as 200 geracoes). O aumento na dimensao da populacao

de 30 para 100 indivıduos deve-se a a necessidade de em cada geracao explorar o espaco de

resultados possıveis, o que com 20 variaveis independentes so e possıvel fazer se se usar uma

populacao suficientemente numerosa. A figura 5.3 apresenta o resultado da optimizacao das

58

forcas dos dissipadores depois de se efectuarem as medias dos valores obtidos para os diferentes

(7) acelerogramas,que se econtram no anexo B.1.2.

Figura 5.3: Forcas dos dissipadores para as cinco estruturas. A forca correspondente a barraindicada em cada dissipador e igual a media das forcas maximas optimizadas nesse dissipadorpara os sete sismos.

Tal como na optimizacao com forcas nos dissipadores iguais em altura, para a optimizacao

da forca nos dissipadores variada em altura, em termos medios, a forca optima aumenta com

o aumento da dimensao da parede (a excepcao da Estrutura 5, tal como anteriormente). Os

graficos da figura 5.3, indicam que a distribuicao da forca optima em altura e muito proxima

de uma distribuicao uniforme, notando-se ainda que, sensivelmente a meia altura, em algumas

estruturas mais do que noutras, a forca necessaria nos dissipadores diminui um pouco.

Na figura 5.4 apresentam-se tres graficos, todos relativos a Estrutura 1. No grafico do lado

esquerdo comparam-se os deslocamentos dos pisos para o instante em que o deslocamento re-

lativo a base do ultimo piso e maximo, (i) para a estrutura sem dissipadores, (ii) para a estrutura

com dissipadores mas com forcas iguais em altura e ainda (iii) para a estrutura com dissipado-

res com forcas variadas em altura. No grafico central da mesma figura ainda se representam as

59

aceleracoes absolutas de cada piso para o instante em que a aceleracao no ultimo piso e maxima.

No grafico do lado direito representam-se os deslocamentos relativos entre pisos consecutivos

para o instante em que ocorre o maximo deslocamento relativo entre pisos. Como se pode ver

no caso da figura 5.4 o deslocamento maximo, para a situacao (i), ocorre entre o 17o e o 18o

pisos, entao os deslocamentos relativos representados nesse grafico para a situacao (i) sao todos

referentes a esse instante.

Figura 5.4: Estrutura 1 sujeita ao sismo Caldiran. Deslocamento horizontal relativo a base,aceleracao absoluta e deslocamentos relativos entre pisos para a estrutura sem e com dissipa-dores (distribuicoes uniforme e variada), nos instantes em que o deslocamento relativo a base emaximo (a) a aceleracao do ultimo piso e maxima (b) e o deslocamento relativo entre dois pisose maximo (c).

Para este caso, em que a distribuicao e variada em altura, e importante tambem saber qual

a resposta das estruturas quando se usa o valor medio das forcas maximas optimizadas para

cada dissipador em cada sismo. Portanto observando os resultados da Estrutura 1 com os va-

lores optimos das forcas nos dissipadores, para o sismo Irpinia apresenta x20,max = 0.040 m e

X20,max = 1.86 m/s2. Quando a forcas nos dissipadores forem as medias dos valores optimos

dos sete sismos obtem-se x20,max = 0.062 m e X20,max = 1.70 m/s2, isto e, o deslocamento rela-

60

tivo a base do ultimo piso piora, mas as aceleracoes melhoram, estando no entanto todos estes

valores muito abaixo dos da estrutura sem dissipadores. Observe-se agora o caso da Estrutura

4 sujeita ao sismo Caldiran com a distribuicao optima das forcas pelos dissipadores tem um

deslocamento maximo no ultimo piso de 0.018 m e aceleracao absoluta de 2.81 m/s2; quando a

distribuicao de forcas maximas em altura for a media das distribuicoes optimas dos sete sismos

o deslocamento maximo relativo no topo passa a 0.017 m e a aceleracao maxima absoluta no

topo passa a 3.93 m/s2. Com o aumento da forca nos dissipadores a diferenca no deslocamento

e pequena mas melhora, embora aumente a aceleracao, pois tal como ja se indicou anterior-

mente, o aumento das forcas maximas tem como efeito obrigar a estrutura a acompanhar mais

o movimento do solo. Note-se que para esta combinacao sismo-estrutura a aceleracao absoluta

no topo para a estrutura sem dissipadores e de 12.64 m/s2.

Tabela 5.6: Medias dos valores maximos (sete sismos) do deslocamento relativo a base doultimo piso, para uma forca em cada dissipador que e a media dos valores optimos para cadasismo determinadas com o criterio 1.

Deslocamento (m) Estrutura 1 Estrutura 2 Estrutura 3 Estrutura 4 Estrutura 5

Sem dissipadores 0,289 0,235 0,200 0,210 0,208Distribuicao uniforme de forcas 0,068 0,057 0,042 0,036 0,040Distribuicao variada de forcas 0,071 0,060 0,044 0,037 0,040

Tabela 5.7: Medias dos valores maximos (sete sismos) da aceleracao absoluta do ultimo piso,para uma forca em cada dissipador que e a media dos valores optimos para cada sismo determi-nadas com o criterio 1.

Aceleracao (m/s2) Estrutura 1 Estrutura 2 Estrutura 3 Estrutura 4 Estrutura 5

Sem dissipadores 7,24 9,13 11,70 13,08 13,34Distribuicao uniforme de forcas 2,39 2,94 3,87 4,72 4,57Distribuicao variada de forcas 2,11 2,60 3,50 4,43 4,83

Na tabela 5.6 apresentam-se valores medios (sobre os sete sismos) do deslocamento do

ultimo piso relativo a base para cada uma das estruturas em analise e na tabela 5.7 mostram-se

os valores medios (tambem sobre os sete sismos) da aceleracao absoluta no ultimo piso, para

cada uma das cinco estruturas analisadas. Estes valores foram calculados para as forcas medias

optimas determinadas anteriormente para cada caso. Com base nas tabelas 5.6 e 5.7 pode-se

afirmar que no caso da Estrutura 1 quando se compara a resposta da estrutura sem dissipadores

para a resposta da estrutura com dissipadores com distribuicao uniforme de forcas obtem-se

melhorias de0, 28851− 0, 06804

0, 28851× 100% = 76% e

7, 238− 2, 387

7, 238× 100% = 67% para os

61

deslocamentos e aceleracoes, respectivamente. Quando se comparam na mesma estrutura os

mesmos parametros mas agora com distribuicao variada de forca nos dissipadores tem-se uma

melhoria de 75% para o deslocamento e de 71% para as aceleracoes. Note-se que a passagem

de distribuicao uniforme para distribuicao variada de forcas nos dissipadores em altura os des-

locamentos aumentam ligeiramente e as aceleracoes diminuem ligeiramente. Analisando estas

duas tabelas pode-se concluir que em termos do deslocamento relativo a fundacao a melhor

distribuicao de dissipadores e a uniforme, mas as diferencas para a distribuicao variada sao

muito pequenas (variacoes nao excedendo poucos milımetros numa estrutura com 20 pisos).

Conclui-se ainda que a distribuicao variada tem aceleracoes maximas absolutas mais modera-

das que a distribuicao uniforme. Quanto maior for a parede mais rıgida sera a estrutura, logo

ocorrem menores deslocamentos relativos e maiores aceleracoes. Note-se que para obter o

mesmo deslocamento maximo no topo em todas as estruturas seria necessario mais forca nos

dissipadores da Estrutura 1 do que na estrutura com a maior parede, Estrutura 5, o que seria de

esperar dado que a Estrutura 5 e mais rıgida.

Figura 5.5: Historia de deslocamentos do ultimo piso relativos a fundacao para a Estrutura 2actuada pelo acelerograma do sismo Irpinia. Sem dissipadores e com a distribuicao uniformeoptima de forcas dos dissipadores.

A figura 5.5 pretende mostrar a eficacia da utilizacao de dissipadores de atrito na reducao

dos deslocamentos do ultimo piso relativos a base. Nessa figura mostra-se que o deslocamento

do vigesimo piso relativamente ao solo da estrutura equipada com dissipadores dimensionados

para o valor optimo (uniforme em altura) da forca maxima de atrito (1058 kN, tabela 5.4)

e muito menor do que no caso em que a estrutura esta desprovida de dissipadores. Para o

mesmo acelerograma, na figura 5.6 mostra-se a combinacao das historias de deslocamentos do

62

Figura 5.6: Historia de deslocamentos do ultimo piso relativos a fundacao para a Estrutura 2actuada pelo acelerograma do sismo Irpinia. Estrutura com dissipadores com forcas maximasuniformes em altura e estrutura com dissipadores com forcas maximas variadas em altura.

ultimo piso da Estrutura 2 relativamente ao solo nas duas situacoes seguintes: a disposicao

uniforme optima de forcas maximas de atrito e com a disposicao variada optima. Verifica-

se que as diferencas dos valores de pico nao sao significavas, embora os deslocamentos da

distribuicao uniforme, para este acelerograma, sejam ligeiramente inferiores. Os deslocamentos

serem menores no caso da distribuicao uniforme pode dever-se a que o criterio de optimizacao

tambem engloba aceleracoes, pelo que uma distribuicao de forcas maximas nos dissipadores

variada alivia a forca maxima em alguns dissipadores de modo a reduzir as aceleracoes, o que

tem como consequencia o aumento dos deslocamentos.

Na tabela 5.8 apresentam-se os valores medios da forca de corte basal, sendo mais uma

vez evidente o efeito benefico da utilizacao dos dissipadores (mesmo neste criterio em que a

forca de corte basal nao esta incluıda explicitamente na funcao objectivo). Por exemplo, para

a Estrutura 5 a forca de corte basal sem dissipadores (media para os sismos) e de 239258 kN;

quando se dimensiona cada dissipador para uma forca de 1993 kN, a forca de corte basal passa

a 70336 kN, isto e, ha uma reducao de 70%.

Tabela 5.8: Medias dos valores maximos (sete sismos) da forca de corte basal, para uma forcaem cada dissipador que e a media dos valores optimos para cada sismo determinadas com ocriterio 1.

Forca de corte basal (kN) Estrutura 1 Estrutura 2 Estrutura 3 Estrutura 4 Estrutura 5

Sem dissipadores 19009 30627 84198 166335 239258Distribuicao uniforme de dissipadores 8511 12980 30577 50639 70764Distribuicao variada de dissipadores 7685 12525 26510 49535 71336

63

5.4.3 Optimizacao segundo o criterio 2

5.4.3.1 Distribuicao uniforme em altura das forcas maximas dos dissipadores

Na tabela 5.9 apresentam-se os resultados da optimizacao dos dissipadores da Estrutura 1,

agora para o criterio 2, isto e, o criterio em que o algoritmo genetico minimiza a funcao (5.2) que

considera explicitamente a forca de corte basal, neste caso impondo uniformidade em altura nas

forcas dos dissipadores. Nas tres ultimas colunas indicam-se os valores das quantidades usadas

no criterio de optimizacao. De um modo geral, a forca necessaria nos dissipadores para este

novo criterio e menor, e que a melhoria da forca de corte basal nao e muito significativa, isto e,

o criterio 1, tal como esperado, ja minimiza este valor de uma forma implıcita por minimizar o

deslocamento maximo do ultimo piso relativamente ao solo.

Tabela 5.9: Estrutura 1. Comparacao entre criterios para distribuicao de dissipadores uniforme.

fs (kN) x20,max (m) X20,max (m/s2) Rmax (kN)

AlmirosCriterio 1 724 0.055 1.36 7137

Criterio 2 672 0.055 1.33 6425

CaldiranCriterio 1 608 0.022 1.10 4939

Criterio 2 668 0.020 1.43 3431

Chuetsu-okiCriterio 1 1504 0.131 2.59 15489

Criterio 2 1264 0.152 2.63 12045

DarfieldCriterio 1 689 0.059 1.34 7313

Criterio 2 680 0.059 1.70 6236

IrpiniaCriterio 1 1348 0.042 2.46 11968

Criterio 2 777 0.064 1.72 8135

ManaguaCriterio 1 997 0.092 1.77 12047

Criterio 2 837 0.101 2.17 10327

ManjilCriterio 1 913 0.034 1.39 7638

Criterio 2 727 0.040 1.51 5593

O abaixamento da forca de corte basal, neste caso, da-se a custa de um aumento do deslo-

camento e da aceleracao, pois o criterio 2 nao atende apenas a minimizacao de uma funcao

64

objectivo que combina deslocamento e aceleracao mas que combina deslocamento, aceleracao

e forca de corte basal.

5.4.3.2 Distribuicao variada em altura das forcas maximas dos dissipadores

Para o caso do sismo Managua (figura 5.7) pode-se observar que, tal como para a forca uni-

forme em altura, quando se adiciona no criterio a forca de corte basal, a forca nos dissipadores

diminui. Para o mesmo sismo e estrutura, a tabela 5.10 contem os valores de x20,max, X20,max

e Rmax podendo-se concluir que, quando e usada a media das forcas nos dissipadores (dos sete

sismos) para a Estrutura 1 actuada pelo sismo Managua o valor da forca de corte basal aumenta,

como e de esperar quando as forcas nos dissipadores nao sao as optimas mas sim a media dos

valores optimos para todos os sismos. Note-se que para este caso, quando se toma o valor

medio das forcas em cada dissipador, os valores das forcas de corte basal dos dois criterios sao

proximos; reforca-se pois a conclusao de que o criterio 1 ja minimiza a forca de corte basal de

forma implıcita, podendo mesmo considerar-se que optimiza de forma eficiente nao havendo a

necessidade de utilizar o criterio 2.

Tabela 5.10: Estrutura 1. Comparacao entre criterios para distribuicao variada das forcasmaximas dos dissipadores (sismo Managua).

Managua x20,max (m) X20,max (m/s2) Rmax (kN)

Criterio 1Original 0.0868 1.422 8035Media 0.0973 2.003 10248

Criterio 2Original 0.0947 1.491 7437Media 0.1072 2.062 9899

65

Figura 5.7: Estrutura 1. Comparacao entre criterios para distribuicao variada em altura dasforcas maximas nos dissipadores (Sismo Managua).

66

Capıtulo 6

Conclusoes e sugestoes para futuros

trabalhos

Nesta dissertacao faz-se uma analise numerica do comportamento dinamico de estruturas

planas equipadas com dissipadores de atrito e sujeitas a accao sısmica. Mostra-se a capacidade

dos mesmos em dissipar a energia transmitida as estruturas. Esta capacidade de dissipar energia

deve-se aos ciclos de histerese rectangulares tıpicos dos dissipadores por atrito sendo potenci-

ada se a distribuicao das forcas maximas de atrito nos dissipadores obedecer a um criterio de

optimizacao.

Comecou-se por implementar em ambiente Matlab o “metodo θ” para integrar as equacoes

do movimento de porticos planos equipados com dissipadores de atrito. Com recurso a exem-

plos simples e com solucoes conhecidas analiticamente demonstra-se a precisao do mesmo.

Seguidamente, com o objectivo de criar um programa que optimize as forcas maximas nos dis-

sipadores, associou-se o algoritmo de integracao numerica programado a um algoritmo genetico

(da Toolbox do Matlab) e demonstrou-se a sua eficacia na optimizacao das forcas maximas nos

dissipadores de um portico de 3 pisos. Com o proposito de reduzir simultaneamente desloca-

mentos e aceleracoes usou-se uma optimizacao do tipo multi-objectivo.

Para um criterio de optimizacao mono-objectivo de tipo deslocamento, quanto maiores as

forcas nos dissipadores menores serao os deslocamentos. Contudo os resultados do andamento

das aceleracoes e da forca de corte basal nao e monotono o que tornou necessario o uso de um

algoritmo de optimizacao (optou-se por um algoritmo genetico) para implementar um criterio

de optimizacao multi-objectivo, que envolve aceleracoes e/ou a forca de corte basal para alem

dos deslocamentos.

67

Por fim, fez-se um conjunto de simulacoes numericas em cinco estruturas planas com pa-

redes estruturais de diferentes dimensoes, com um dissipador por piso, sujeitas a accao de sete

registos de sismos reais, com o objectivo de compreender a importancia das paredes estruturais

na distribuicao das forcas maximas dos dissipadores ao longo da altura. E tendo em conta as

estruturas analisadas chegou-se a conclusao de que o aumento da dimensao da parede, que leva

a um aumento da massa total da estrutura, tambem leva ao aumento da a forca total maxima

necessaria nos dissipadores.

Para a avaliar a melhor disposicao de dissipadores em altura procedeu-se a optimizacao das

forcas nos dissipadores impondo quer uniformidade em altura, quer variabilidade em altura,

tendo-se concluıdo que a distribuicao optima e proxima da uniforme. Uma vez que as respos-

tas das estruturas para distribuicoes uniformes das forcas maximas nao apresentam diferencas

significativas das das distribuicoes variadas, conclui-se que, em termos de dimensionamento,

em geral, a distribuicao uniforme e a melhor opcao. E de referir que nesta dissertacao se usa-

ram dois criterios de optimizacao diferentes, um com o objectivo de minimizar deslocamentos

e aceleracoes e outro que alem de minimizar deslocamentos e aceleracoes minimiza tambem

a forca de corte basal. Conclui-se que criterios de optimizacao diferentes levam a solucoes

diferentes, e ainda que o criterio multi-objectivo que minimiza simultaneamente deslocamen-

tos e aceleracoes oferece uma boa resposta dinamica da estrutura, nao se achando necessaria a

utilizacao do segundo criterio de optimizacao, pois o primeiro minimiza de forma implıcita a

forca de corte basal.

Como sugestao para investigacao futura em estreita ligacao com as questoes abordadas no

presente trabalho sugere-se:

• Campanha de simulacoes numericas para identificar estrategias de dimensionamento em

funcao do numero de pisos, da relacao massa-rigidez dos pisos e do conteudo das frequencias

do sismo, para na pratica evitar o recurso a um algoritmo de optimizacao, podendo-se

mesmo assim obter resultados muito proximos do optimo.

• Desenvolvimento de um programa que faca a analise de estruturas tridimensionais equi-

pados com dissipadores de atrito em mais que uma direccao.

• Implementacao de um programa experimental para validar os resultados previstos na

analise numerica de sistemas de dissipacao de energia por atrito.

68

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70

Anexo A

Matrizes relativas as cinco estruturasplanas analisadas no capıtulo 5

W =

1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 −1

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−1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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12

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)

C=

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010.

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4−

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0.02

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6.49

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980.

010.

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0.06

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0−

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−0.

26−

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27−

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28−

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710.

720.

720.

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850.

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34−

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2−

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9249

6.48

−10

80.8

967

4.31

kNs/

m

(A.7

)

73

Est

rutu

ra3:

M=

diag

(114.6

2,...,

114.

62)t

(A.8

)

K=

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2214

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109

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225

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3227

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410

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412

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765

2352

2265

4−

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557−

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7775

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2039

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156

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6−

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5−

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1200

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295

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)

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6911.3

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090.

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1−

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1−

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1216

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−42.9

511.2

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080.

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6911.2

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669.

1416

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−0.

240.

32−

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−66

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07−

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5−

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−66

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6911.4

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6−

6911.5

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5−

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−42.9

611.2

3−

2.80

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−0.

851.

890.

040.

130.

76−

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8−

42.9

316

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−66

9.14

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4−

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5−

6911.6

326

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5−

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2516

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−42.8

911.0

5−

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−0.

081.

980.

210.

030.

050.

80−

2.67

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5−

42.9

516

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−66

9.25

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5−

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395

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8−

6911.6

226

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8−

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4−

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8−

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1516

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−42.5

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080.

140.

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8−

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9−

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060.

020.

110.

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050.

080.

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3−

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070.

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−66

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011.

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241.

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511.

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982.

861.

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87−

22.3

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−40

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5−

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014

89.1

1

kNs/

m

(A.1

0)

74

Est

rutu

ra4:

M=

diag

(119.7

1,...,

119.

71)t

(A.1

1)

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−30

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−18

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4472

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−25

6375

6795

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1994

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4884

69−

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7226

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−42

2032

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−25

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2011

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2332

−89

513

12−

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−62

526

07−

4374

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−42

2032

1958

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32−

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−41

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4−

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−13

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0−

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−11

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−42

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−41

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9−

2594

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−12

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−25

255

220

49−

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−26

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5203

4−

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1644

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−42

1863

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1644

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−41

1682

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1−

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2569

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−14

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1390

−86

227

00−

1649

385

3385

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(A.1

2)

C=

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8157

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180.

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1901

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−13

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0−

1380

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1901

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0−

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−0.

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54−

4.58

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3−

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−13

47.1

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0−

1380

9.87

1901

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2−

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22.6

1−

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−13

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0−

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4−

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1−

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−0.

320.

76−

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2.01

−4.

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7−

84.6

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−13

48.2

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82.7

1−

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1901

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7−

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−84.4

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00.

48−

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−4.

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5−

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−13

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83.0

9−

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2−

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1901

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−0.

320.

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0−

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75−

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13−

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540.

740.

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7−

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1870

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−0.

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7−

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880.

850.

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052.

013.

503.

436.

433.

4523.0

0−

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−79

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1−

5472.6

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0

kNs/

m

(A.1

3)

75

Est

rutu

ra5:

M=

diag

(123.1

8,...,

123.

18)t

(A.1

4)

K=

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3−

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−81

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720

9855

8−

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−36

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2−

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56−

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1006

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−49

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−11

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049−

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7200

3051

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−77

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219

8240

0−

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−59

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1−

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−81

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−77

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0−

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5011

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−64

29−

1506

519

866

−79

4934

27−

625

3170

−31

7167

927

6320

9855

8−

7727

422

3039

6539

−76

5536

9310

4539

266−

7655

2233

3038

4902

−76

9334

419

5937

1−

4750

8011

3125

−87

00−

2942

4721

−20

918

8528

7−

215

352

2531

−51

6089

1982

400

−77

0523

930

3922

96−

7655

2233

1045

3264

6−

7654

5681

3037

9748

−76

9350

119

6368

8−

4801

0412

0743

−23

984

1220

9−

2092

3150

−33

7059

23−

5046

5144

1431

04−

4935

9519

7696

6−

7702

929

3038

4902

−76

5456

8110

4529

689−

7654

6399

3038

2680

−76

9984

719

7076

2−

4897

9113

5159

−36

032

1672

8−

4606

5262

−26

0810

3239

00−

3612

313

8868

−49

0912

1967

680

−76

9334

430

3797

48−

7654

6399

1045

2987

7−

7654

6352

3038

6492

−77

0837

119

8151

3−

4999

2214

0289

−36

028

1407

821

6−

186

−13

9462

0125

532

−36

539

1309

60−

4796

5019

5937

1−

7693

501

3038

2680

−76

5463

5210

4529

339−

7655

2677

3039

9008

−77

1940

319

8517

8−

4983

7513

6722

−29

524

4333

7636

−55

7482

76−

1307

916

888

−21

898

1165

64−

4750

8019

6368

8−

7699

847

3038

6492

−76

5526

7710

4542

630−

7656

8365

3040

7511

−77

1864

719

8188

4−

4962

7613

1075

−21

351

1577

−18

798

1566

5352

44−

5964

−64

2911

3125

−48

0104

1970

762

−77

0837

130

3990

08−

7656

8365

1045

5345

5−

7656

8927

3040

1509

−77

1426

919

8040

4−

4929

3212

4883

−19

042

−12

3813

758

5356

−12

336

2366

5−

1506

5−

8700

1207

43−

4897

9119

8151

3−

7719

403

3040

7511

−76

5689

2710

4545

204−

7655

9412

3039

5830

−77

1226

919

7784

2−

4900

4212

5494

−30

406

2284

1−

3737

1399

9−

1843

119

866

−29

42−

2398

413

5159

−49

9922

1985

178

−77

1864

730

4015

09−

7655

9412

1045

3870

0−

7655

7576

3039

4691

−77

1031

219

7208

4−

4818

6010

4567

1019

010

06−

5936

1127

1−

7949

4721

1220

9−

3603

214

0289

−49

8375

1981

884

−77

1426

930

3958

30−

7655

7576

1045

3871

6−

7655

6499

3039

1330

−77

0585

319

6406

9−

4728

8911

2516

1855

2137

−22

2434

27−

209

−20

9216

728

−36

028

1367

22−

4962

7619

8040

4−

7712

269

3039

4691

−76

5564

9910

4534

217−

7655

1748

3037

8548

−76

7045

918

2572

6−

2452

1968

9−

9794

9−

625

1885

3150

−46

0614

078

−29

524

1310

75−

4929

3219

7784

2−

7710

312

3039

1330

−76

5517

4810

4525

154−

7652

4334

3027

2961

−72

6964

212

6475

9−

4951

3225

−25

9831

7028

7−

3370

5262

216

4333

−21

351

1248

83−

4900

4219

7208

4−

7705

853

3037

8548

−76

5243

3410

4401

020−

7607

4601

2848

2055

−45

5124

510

883

−67

4557

63−

3171

−21

559

23−

2608

−18

676

3615

77−

1904

212

5494

−48

1860

1964

069

−76

7045

930

2729

61−

7607

4601

1027

0828

7−

6936

2532

1852

4831

−11

105

5909

−48

9867

935

2−

5046

1032

−13

94−

5574

−18

7−

1238

−30

406

1045

67−

4728

8918

2572

6−

7269

642

2848

2055

−69

3625

3275

8869

49−

2914

7742

6023

7336

5227

6325

3151

4439

0062

0182

7698

1513

758

2284

110

190

1125

16−

2452

1912

6475

9−

4551

245

1852

4831

−29

1477

4213

9478

72

kN/m

(A.1

5)

C=

3622

5.55

−22

605.

7686

81.5

4−

2196.9

056

3.04

−13

8.47

38.3

9−

9.69

6.85

−3.

511.

781.

44−

1.00

0.27

0.50

0.18

−1.

332.

92−

2.98

1.62

−22

605.

7628

600.

41−

2066

8.97

8186.5

9−

2073.2

653

1.88

−13

2.43

37.2

6−

9.80

4.53

1.41

−3.

313.

76−

1.59

0.57

−0.

030.

87−

1.81

1.59

0.02

8681.5

4−

2066

8.97

2810

5.50

−20

545.

1881

55.3

5−

2067.3

053

0.42

−13

1.71

35.1

4−

5.88

−1.

606.

35−

4.94

3.02

−0.

600.

25−

0.70

1.55

−1.

310.

98−

2196.9

081

86.5

9−

2054

5.18

2807

4.23

−20

539.

2581

54.2

1−

2066.6

952

7.93

−12

8.69

31.2

7−

1.72

−4.

045.

33−

2.13

0.92

−0.

170.

85−

0.85

0.18

0.74

563.

04−

2073.2

681

55.3

5−

2053

9.25

2807

2.99

−20

538.

8681

52.2

3−

2064.1

152

5.70

−12

7.46

30.3

5−

2.33

−0.

791.

27−

0.06

0.51

0.08

−0.

060.

090.

68−

138.

4753

1.88

−20

67.3

081

54.2

1−

2053

8.86

2807

1.22

−20

537.

1081

50.8

4−

2064.1

652

6.85

−12

8.81

32.4

0−

6.43

3.28

−0.

560.

85−

0.90

1.59

−1.

351.

3838.3

9−

132.

4353

0.42

−20

66.6

981

52.2

3−

2053

7.10

2807

0.42

−20

537.

2981

51.6

3−

2065.8

652

8.75

−13

1.41

36.2

6−

9.67

4.49

−1.

241.

41−

0.70

0.28

1.05

−9.

6937.2

6−

131.

7152

7.93

−20

64.1

181

50.8

4−

2053

7.29

2807

0.47

−20

537.

2881

52.6

5−

2068.1

453

1.64

−13

4.13

37.6

4−

9.67

3.78

0.06

−0.

05−

0.37

1.66

6.85

−9.

8035.1

4−

128.

6952

5.70

−20

64.1

681

51.6

3−

2053

7.28

2807

0.33

−20

538.

9881

56.0

1−

2071.1

053

2.62

−13

3.71

36.6

8−

7.92

1.16

2.05

−1.

502.

22−

3.51

4.53

−5.

8831.2

7−

127.

4652

6.85

−20

65.8

681

52.6

5−

2053

8.98

2807

3.89

−20

543.

1881

58.2

9−

2070.9

053

1.74

−13

3.15

35.1

7−

5.73

0.42

−0.

052.

631.

781.

41−

1.60

−1.

7230.3

5−

128.

8152

8.75

−20

68.1

481

56.0

1−

2054

3.18

2807

6.80

−20

543.

3481

56.6

8−

2069.7

353

1.34

−13

2.25

33.5

1−

5.11

−0.

333.

691.

44−

3.31

6.35

−4.

04−

2.33

32.4

0−

131.

4153

1.64

−20

71.1

081

58.2

9−

2054

3.34

2807

4.58

−20

540.

7881

55.1

6−

2069.1

953

0.65

−13

1.48

33.6

7−

8.16

6.13

−1.

003.

76−

4.94

5.33

−0.

79−

6.43

36.2

6−

134.

1353

2.62

−20

70.9

081

56.6

8−

2054

0.78

2807

2.84

−20

540.

2981

54.8

5−

2068.6

752

9.11

−12

9.28

28.0

62.

730.

27−

1.59

3.02

−2.

131.

273.

28−

9.67

37.6

4−

133.

7153

1.74

−20

69.7

381

55.1

6−

2054

0.29

2807

2.84

−20

540.

0081

53.9

5−

2067.4

752

6.96

−12

6.88

30.1

90.

500.

57−

0.60

0.92

−0.

06−

0.56

4.49

−9.

6736.6

8−

133.

1553

1.34

−20

69.1

981

54.8

5−

2054

0.00

2807

1.64

−20

538.

7381

50.5

2−

2057.9

748

9.84

−65.7

90.

18−

0.03

0.25

−0.

170.

510.

85−

1.24

3.78

−7.

9235.1

7−

132.

2553

0.65

−20

68.6

781

53.9

5−

2053

8.73

2806

9.21

−20

531.

3781

22.1

9−

1950.4

333

9.33

−1.

330.

87−

0.70

0.85

0.08

−0.

901.

410.

061.

16−

5.73

33.5

1−

131.

4852

9.11

−20

67.4

781

50.5

2−

2053

1.37

2803

5.90

−20

410.

7176

41.7

0−

1221.0

92.

92−

1.81

1.55

−0.

85−

0.06

1.59

−0.

70−

0.05

2.05

0.42

−5.

1133.6

7−

129.

2852

6.96

−20

57.9

781

22.1

9−

2041

0.71

2758

1.74

−18

609.

8749

70.1

9−

2.98

1.59

−1.

310.

180.

09−

1.35

0.28

−0.

37−

1.50

−0.

05−

0.33

−8.

1628.0

6−

126.

8848

9.84

−19

50.4

376

41.7

0−

1860

9.87

2038

5.62

−78

20.3

01.

620.

020.

980.

740.

681.

381.

051.

662.

222.

633.

696.

132.

7330.1

9−

65.7

933

9.33

−12

21.0

949

70.1

9−

7820.3

037

67.4

5

kNs/

m

(A.1

6)

76

Anexo B

Resultados da optimizacao

B.1 Optimizacao segundo o criterio 1

B.1.1 Distribuicao uniforme em altura das forcas nos dissipadores

Tabela B.1: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uniformeem altura para o criterio 1. Para a Estrutura 1 e os respectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

fs (kN) 724 608 1504 689 1348 997 913f 0.3479 0.2573 0.4437 0.2133 0.3711 0.4062 0.2265f1 0.2766 0.1930 0.2941 0.1435 0.2343 0.2890 0.0950f2 0.2110 0.1701 0.3322 0.1579 0.2878 0.2855 0.2056f3 0.4566 0.5936 0.4932 0.3228 0.7667 0.7268 0.3340

x20,max (m) 0.0553 0.0222 0.1312 0.0587 0.0415 0.0918 0.0337X20,max (m/s2) 1.3575 1.1008 2.5899 1.3352 2.456 1.7698 1.3929Rmax (kN) 7137 4939 15489 7313 11968 12047 7638

Tabela B.2: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uniformeem altura para o criterio 1. Para a Estrutura 2 e os respectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

fs (kN) 1109 500 1851 971 1058 1931 1310f 0.4463 0.2494 0.5468 0.1965 0.2205 0.3658 0.2670f1 0.3510 0.1986 0.3206 0.1280 0.1603 0.1892 0.1623f2 0.2758 0.1508 0.4430 0.1490 0.1513 0.3130 0.2120f3 0.3979 0.4254 0.5152 0.2520 0.2697 0.5026 0.4629

x20,max (m) 0.0591 0.0206 0.1088 0.0292 0.0583 0.059 0.0209X20,max (m/s2) 2.3033 1.0379 2.8946 1.8671 1.9232 2.4451 1.9215Rmax (kN) 10759 6262 20143 8761 12258 17406 8655

77

Tabela B.3: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uniformeem altura para o criterio 1. Para a Estrutura 3 e os respectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

fs (kN) 2323 611 2846 1388 1576 3164 1380f 0.4601 0.2425 0.3514 0.2278 0.2407 0.2943 0.2044f1 0.1839 0.1702 0.1346 0.1543 0.1500 0.1354 0.1253f2 0.4218 0.1728 0.3246 0.1676 0.1882 0.2613 0.1615f3 0.4331 0.2258 0.4154 0.2265 0.2518 0.3782 0.3147

x20,max (m) 0.0303 0.017 0.0492 0.028 0.0337 0.0323 0.0157X20,max (m/s2) 3.2172 1.416 3.5909 2.6009 2.7806 3.3094 1.9463Rmax (kN) 26862 12670 45304 19693 27833 37011 21040

Tabela B.4: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uniformeem altura para o criterio 1. Para a Estrutura 4 e os respectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

fs (kN) 2421 1369 2873 1858 1831 3626 1361f 0.3161 0.3359 0.2857 0.1736 0.2707 0.5487 0.3045f1 0.0788 0.2827 0.0927 0.0960 0.1495 0.1657 0.2070f2 0.3062 0.1814 0.2702 0.1446 0.2257 0.5231 0.2233f3 0.2323 0.3246 0.2311 0.1510 0.2536 0.5885 0.3545

x20,max (m) 0.021 0.0177 0.0374 0.0234 0.0395 0.0237 0.0184X20,max (m/s2) 3.3046 2.2929 3.7698 3.4619 3.2922 3.6777 1.9295Rmax (kN) 40412 32790 58758 36631 50530 58780 33126

Tabela B.5: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uniformeem altura para o criterio 1. Para a Estrutura 5 e os respectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

fs (kN) 2128 458 2972 2040 1583 3396 1376f 0.2495 0.5228 0.2274 0.2326 0.3789 0.5246 0.3612f1 0.0860 0.4492 0.0757 0.0878 0.1905 0.1838 0.2534f2 0.2342 0.2675 0.2144 0.2154 0.3275 0.4914 0.2574f3 0.2074 0.2430 0.2105 0.1872 0.2686 0.5379 0.4071

x20,max (m) 0.0276 0.0212 0.033 0.0203 0.0403 0.0252 0.0186X20,max (m/s2) 3.369 4.5442 3.8976 3.5195 3.9153 3.822 2.0023Rmax (kN) 66964 38882 89811 50639 65453 76414 44357

78

Tabela B.6: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta no topoe forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura 1com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.1, fs = 969kN.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.4068 0.3569 0.6372 0.2476 0.4411 0.4516 0.3472f1 0.2591 0.1757 0.4125 0.0882 0.3241 0.2956 0.0928f2 0.3136 0.3107 0.4857 0.2314 0.2992 0.3415 0.3345

x20,max (m) 0.0518 0.0202 0.184 0.0361 0.0574 0.0939 0.0329X20,max (m/s2) 2.0175 2.0105 3.7866 1.9566 2.5533 2.1166 2.2667Rmax (kN) 7089 5045 13163 6801 8441 11373 7662

Tabela B.7: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta no topoe forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura 2com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.2, fs = 1247kN.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.4883 0.4948 0.7408 0.2549 0.2589 0.4251 0.3104f1 0.3337 0.1697 0.4343 0.1162 0.1353 0.2373 0.2104f2 0.3564 0.4648 0.6001 0.2269 0.2207 0.3527 0.2281

x20,max (m) 0.0562 0.0176 0.1474 0.0265 0.0492 0.074 0.0271X20,max (m/s2) 2.9766 3.1993 3.9211 2.8432 2.8056 2.7546 2.0674Rmax (kN) 14122 7392 20546 8569 13235 17425 9570

Tabela B.8: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta no topoe forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura 3com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.1, fs = 1898kN.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.5630 0.4914 0.4793 0.2717 0.3274 0.4174 0.2814f1 0.2664 0.1532 0.2714 0.1306 0.1585 0.2456 0.1484f2 0.4959 0.4669 0.3950 0.2382 0.2865 0.3376 0.2391

x20,max (m) 0.0439 0.0153 0.0992 0.0237 0.0356 0.0586 0.0186X20,max (m/s2) 3.7829 3.8249 4.3695 3.697 4.2323 4.2747 2.8816Rmax (kN) 29262 20659 49237 19885 26366 35276 33351

79

Tabela B.9: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta no topoe forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura 4com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.1, fs = 2191kN.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.3944 0.4238 0.4251 0.1987 0.4388 0.9294 0.4337f1 0.0975 0.2780 0.1857 0.0858 0.1555 0.3580 0.2205f2 0.3822 0.3199 0.3825 0.1792 0.4103 0.8577 0.3734

x20,max (m) 0.026 0.0174 0.0749 0.0209 0.0411 0.0512 0.0196X20,max (m/s2) 4.1249 4.0428 5.3353 4.2915 5.9846 6.0304 3.2269Rmax (kN) 42615 37152 79035 37749 48820 67479 41623

Tabela B.10: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura5 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.1, fs =1993 kN.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.3096 0.3904 0.3907 0.2848 0.4295 0.9048 0.4843f1 0.1050 0.3347 0.2047 0.0908 0.2013 0.4114 0.2738f2 0.2913 0.2008 0.3328 0.2699 0.3794 0.8059 0.3994

x20,max (m) 0.0337 0.0158 0.0892 0.021 0.0426 0.0564 0.0201X20,max (m/s2) 4.1901 3.4113 6.0486 4.4107 4.5356 6.2682 3.1071Rmax (kN) 69296 51598 112723 54337 68707 86909 51780

80

B.1.2 Distribuicao variada em altura das forcas nos dissipadores

Tabela B.11: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para a Estrutura 1 e osrespectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil Media

fs1 730 605 1447 729 1354 1038 907 973fs2 717 678 1476 757 1391 1025 889 990fs3 718 623 1498 658 1326 934 881 948fs4 744 682 1509 787 1347 978 30 868fs5 709 638 1555 755 1352 1018 900 990fs6 736 650 1470 733 1368 979 909 978fs7 740 637 1496 695 1345 970 940 975fs8 725 663 1462 753 1333 996 34 852fs9 43 624 1502 656 1379 1033 874 873fs10 740 26 1513 701 1406 23 933 763fs11 710 624 72 713 3 5 913 434fs12 726 649 49 35 1348 1004 913 675fs13 722 580 1549 696 1333 1033 913 975fs14 709 608 1491 734 1343 1075 913 982fs15 722 625 1521 734 1347 977 913 977fs16 692 665 1504 654 1374 988 913 970fs17 705 619 1504 708 1368 926 913 963fs18 730 614 1508 685 1352 1038 906 976fs19 709 620 1566 686 1343 962 919 972fs20 711 656 1492 742 1334 1024 885 978∑

13738 12086 27183 13613 25746 18025 16400 18113fsmedio 687 604 1359 681 1287 901 820 906f 0.325 0.214 0.444 0.203 0.315 0.357 0.210f1 0.265 0.174 0.321 0.151 0.228 0.273 0.121f2 0.189 0.125 0.307 0.135 0.217 0.230 0.171f3 0.399 0.447 0.464 0.294 0.471 0.485 0.388

x20,max (m) 0.0529 0.02 0.1433 0.0618 0.0404 0.0868 0.043X20,max (m/s2) 1.2179 0.8065 2.3943 1.1458 1.856 1.4228 1.1595Rmax (kN) 6243 3717 14574 6663 7359 8035 8873

81

Tabela B.12: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para a Estrutura 2 e osrespectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil Media

fs1 1139 497 1851 943 1084 1923 1301 1248fs2 1097 514 1851 983 1038 1906 1286 1239fs3 1095 50 1851 1023 1069 1892 1295 1182fs4 1118 45 1851 1012 1042 1886 1299 1179fs5 1128 586 1851 950 1056 1960 1316 1264fs6 1108 494 1851 997 1062 24 1352 984fs7 1114 542 1851 904 1070 58 1314 979fs8 1068 544 1851 976 1054 14 1340 978fs9 1098 569 1851 1041 20 1925 1299 1115fs10 1109 554 1851 1000 6 1924 1297 1106fs11 1109 494 1851 954 1080 1919 1305 1245fs12 1109 523 1851 68 1093 1968 1296 1130fs13 1109 534 1851 1051 1064 1931 1309 1264fs14 1122 532 1851 953 1078 1900 1334 1253fs15 1069 420 1851 940 1042 1965 1310 1228fs16 1100 6 1851 992 1063 1931 1310 1179fs17 1109 491 1851 945 1038 2001 1310 1249fs18 1109 452 1851 992 1059 1969 1310 1249fs19 1119 598 1851 975 1050 1896 1310 1257fs20 1094 399 1851 970 1035 1924 1324 1228∑

22120 8843 37029 18669 19103 32917 26218 23557fsmedio 1106 442 1851 933 955 1646 1311 1178f 0.4369 0.2074 0.5468 0.1892 0.2043 0.2943 0.2556f1 0.3498 0.1803 0.3206 0.1416 0.1551 0.1632 0.1530f2 0.2618 0.1025 0.4430 0.1254 0.1330 0.2448 0.2048f3 0.4015 0.3994 0.5152 0.2491 0.3244 0.2896 0.4962

x20,max (m) 0.0589 0.0187 0.1088 0.0323 0.0564 0.0509 0.0197X20,max (m/s2) 2.1861 0.7056 2.8946 1.5715 1.6908 1.9124 1.8556Rmax (kN) 10855 5880 20143 8660 14743 10030 9276

82

Tabela B.13: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para a Estrutura 3 e osrespectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil Media

fs1 2326 604 2846 1325 1582 3151 1415 1893fs2 2339 611 2846 1375 1569 3105 1405 1893fs3 2277 611 2846 1358 1570 3142 1361 1881fs4 2335 611 2846 1369 1587 3181 1399 1904fs5 2378 653 2846 1414 1548 3096 1404 1906fs6 2309 588 2846 1418 1551 21 1388 1446fs7 2332 602 2846 1425 1574 12 1337 1447fs8 2346 611 2846 1461 1572 19 1408 1466fs9 2354 34 2846 1341 1602 51 1390 1374fs10 2340 607 2846 1385 1591 2 1384 1451fs11 21 639 2846 1365 1587 3208 1352 1574fs12 54 593 2846 1393 1553 3193 1401 1576fs13 2338 642 2846 1357 1597 3135 1396 1902fs14 2290 611 2834 1419 39 3178 1402 1682fs15 2331 611 2857 1377 1592 3164 1390 1903fs16 2311 611 2841 104 1536 3164 1401 1710fs17 2351 611 2846 1409 1570 3164 1405 1908fs18 2317 611 2846 1338 1579 3166 1376 1890fs19 2308 666 2846 1374 1574 3162 1348 1897fs20 2334 674 2846 1358 1584 3176 1372 1906∑

41993 11799 56914 26366 29959 47492 27735 34608fsmedio 2100 590 2846 1318 1498 2375 1387 1730f 0.4293 0.2310 0.3435 0.2314 0.2314 0.2734 0.2061f1 0.2245 0.1652 0.1349 0.1526 0.1585 0.1752 0.1317f2 0.3659 0.1615 0.3159 0.1740 0.1686 0.2098 0.1586f3 0.4063 0.2111 0.4152 0.2387 0.2488 0.1879 0.3302

x20,max (m) 0.037 0.0165 0.0493 0.0277 0.0356 0.0418 0.0165X20,max (m/s2) 2.7908 1.3234 3.4942 2.6996 2.4909 2.6575 1.9113Rmax (kN) 25198 11842 45292 20748 27503 18392 22076

83

Tabela B.14: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para a Estrutura 4 e osrespectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil Media

fs1 2416 1356 2873 1849 1831 3626 1333 2183fs2 2429 1367 2873 1813 1831 3626 1374 2187fs3 2481 1382 2873 1836 1831 3626 1417 2206fs4 2418 1347 2873 1863 1831 3626 1361 2188fs5 2435 1317 2873 1830 1831 3626 1332 2178fs6 2376 1386 2873 1848 1831 3626 1365 2186fs7 2475 1358 2873 1848 20 3626 1326 1932fs8 2417 1362 2873 1820 6 3626 1347 1922fs9 2426 1369 2873 1879 1831 3626 1384 2198fs10 2374 1376 2873 1858 1831 3626 1353 2184fs11 2331 1374 2873 1857 1831 3626 1352 2178fs12 2405 1353 2873 1870 1817 3626 1330 2182fs13 2387 1356 2873 1841 31 3626 1356 1924fs14 2379 1367 2873 1817 1831 3626 1340 2176fs15 2463 1368 2849 1883 1831 3626 1383 2200fs16 2350 1379 2887 1872 1831 3626 1372 2188fs17 2392 1354 2885 1883 1831 3626 1353 2189fs18 2415 1380 2873 1824 1831 3626 1357 2187fs19 2493 1342 2873 1824 1831 3626 1337 2189fs20 2411 1376 2873 1886 1831 3626 1396 2200∑

48273 27271 57456 37000 31165 72526 27169 42980fsmedio 2414 1364 2873 1850 1558 3626 1358 2149f 0.3282 0.3620 0.3024 0.1874 0.2899 0.5487 0.3214f1 0.0780 0.2843 0.0927 0.0956 0.1472 0.1657 0.2047f2 0.3188 0.2240 0.2878 0.1612 0.2497 0.5231 0.2478f3 0.2221 0.3191 0.2314 0.1536 0.2259 0.5885 0.3434

x20,max (m) 0.0208 0.0178 0.0374 0.0233 0.0389 0.0237 0.0182X20,max (m/s2) 3.4405 2.8313 4.0152 3.8608 3.6428 3.6777 2.1409Rmax (kN) 38649 32229 58847 37259 45005 58780 32085

84

Tabela B.15: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para a Estrutura 5 e osrespectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil Media

fs1 2130 491 2999 2022 1574 3389 1390 1999fs2 2114 433 3005 2044 1585 3402 1407 1998fs3 2100 454 2962 2057 1583 3423 1376 1993fs4 2111 491 2956 2035 1583 3407 1376 1994fs5 2143 446 2979 2068 1615 3426 1376 2008fs6 2133 432 2948 2028 1583 3397 1376 1986fs7 2128 26 2960 2077 1583 3390 1376 1934fs8 2119 11 2933 2081 1594 3417 1374 1933fs9 2158 6 2972 2021 1586 3376 1393 1930fs10 2129 15 2983 17 1559 3379 1377 1637fs11 2102 18 2965 2058 1596 3386 1382 1930fs12 2128 5 2936 2003 1562 3387 1366 1912fs13 2128 453 2958 2040 1535 3418 1346 1983fs14 2128 465 2973 2032 1587 3352 1383 1989fs15 2128 444 3007 2036 1572 3402 1422 2002fs16 2125 466 2959 2023 1607 3389 1344 1988fs17 2115 422 2981 2029 1568 3364 1359 1977fs18 2100 505 2975 2063 1601 3378 1376 2000fs19 2163 474 2993 2010 1567 3400 1376 1998fs20 2183 430 2971 2034 1609 3399 1353 1997∑

42565 6486 59416 38777 31649 67881 27531 39186fsmedio 2128 324 2971 1939 1582 3394 1377 1959f 0.2493 0.5472 0.2318 0.2489 0.4446 0.4990 0.3760f1 0.0900 0.4746 0.0748 0.1081 0.1933 0.1867 0.2575f2 0.2325 0.2725 0.2194 0.2242 0.4004 0.4627 0.2740f3 0.2068 0.2372 0.2024 0.1980 0.2681 0.5540 0.4204

x20,max (m) 0.0289 0.0224 0.0326 0.025 0.0409 0.0256 0.0189X20,max (m/s2) 3.3445 4.6282 3.9875 3.6639 4.7871 3.5992 2.132Rmax (kN) 66784 37967 86361 53575 65320 78707 45806

Tabela B.16: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.11.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.375 0.431 0.571 0.278 0.404 0.445 0.260f1 0.276 0.163 0.421 0.100 0.352 0.306 0.098f2 0.253 0.399 0.386 0.259 0.199 0.323 0.240

x20,max (m) 0.0552 0.0188 0.1878 0.0408 0.0623 0.0973 0.0347X20,max (m/s2) 1.6306 2.582 3.0107 2.1917 1.6967 2.0035 1.6289Rmax (kN) 5986 4813 10480 6289 9817 10248 6161

85

Tabela B.17: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura2 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.11.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.5186 0.3787 0.7147 0.2285 0.2529 0.3800 0.2910f1 0.3474 0.1794 0.4558 0.1210 0.1551 0.2466 0.2073f2 0.3851 0.3335 0.5505 0.1938 0.1997 0.2891 0.2042

x20,max (m) 0.0585 0.0186 0.1547 0.0276 0.0564 0.0769 0.0267X20,max (m/s2) 3.2158 2.2957 3.5968 2.4281 2.5383 2.2581 1.8504Rmax (kN) 12658 6486 23260 6826 14393 16045 8006

Tabela B.18: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura3 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.11.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.5759 0.4028 0.5257 0.2622 0.2587 0.3693 0.2704f1 0.3070 0.1612 0.2960 0.1344 0.1465 0.2527 0.1253f2 0.4872 0.3692 0.4345 0.2251 0.2132 0.2693 0.2396

x20,max (m) 0.0506 0.0161 0.1082 0.0244 0.0329 0.0603 0.0157X20,max (m/s2) 3.7162 3.0242 4.8059 3.4933 3.1499 3.4109 2.8877Rmax (kN) 28252 16334 50112 16978 22933 33277 17684

Tabela B.19: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura4 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.11.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.3599 0.4149 0.4220 0.1888 0.3338 1.0204 0.4207f1 0.1092 0.2748 0.1926 0.0870 0.1464 0.3699 0.2227f2 0.3430 0.3109 0.3755 0.1675 0.2999 0.9510 0.3569

x20,max (m) 0.0291 0.0172 0.0777 0.0212 0.0387 0.0529 0.0198X20,max (m/s2) 3.702 3.9301 5.2384 4.0116 4.3749 6.6862 3.0838Rmax (kN) 47109 36939 78407 38360 45882 63136 36914

86

Tabela B.20: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 e f2) para a Estrutura5 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.11.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.3236 0.4298 0.3700 0.2650 0.5155 0.9480 0.4525f1 0.1146 0.3369 0.1923 0.0973 0.1957 0.4216 0.2670f2 0.3026 0.2669 0.3161 0.2465 0.4769 0.8491 0.3653

x20,max (m) 0.0368 0.0159 0.0838 0.0225 0.0414 0.0578 0.0196X20,max (m/s2) 4.3525 4.5341 5.7445 4.0276 5.7012 6.6047 2.8418Rmax (kN) 72008 47632 122113 48380 65114 90108 53997

B.2 Optimizacao segundo o criterio 2

B.2.1 Distribuicao uniforme em altura das forcas nos dissipadores

Tabela B.21: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uniformeem altura para o criterio 2. Para a Estrutura 1 e os respectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

fs (kN) 672 668 1264 680 777 837 727f 0.3457 0.2829 0.4788 0.2472 0.4126 0.4741 0.2499f1 0.2766 0.1765 0.3403 0.1437 0.3602 0.3192 0.1139f2 0.2073 0.2211 0.3369 0.2011 0.2012 0.3505 0.2224f3 0.4110 0.4124 0.3836 0.2753 0.5212 0.6230 0.2446

x20.max (m) 0.0553 0.0203 0.1518 0.0588 0.0638 0.1014 0.0404X20.max (m/s2) 1.3338 1.4307 2.6260 1.7006 1.7171 2.1729 1.5071Rmax (kN) 6425 3431 12045 6236 8135 10327 5593

Tabela B.22: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f . f1. f2 e f3) para a Es-trutura 1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.21.fs = 804 kN.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.3807 0.3386 0.7051 0.2808 0.4593 0.5461 0.2555f1 0.2726 0.1730 0.4654 0.1083 0.4116 0.3340 0.1089f2 0.2657 0.2911 0.5298 0.2591 0.2038 0.4320 0.2312f3 0.4816 0.5462 0.4530 0.2892 0.6732 0.8243 0.3228

x20.max (m) 0.0545 0.0199 0.2076 0.0443 0.0729 0.1061 0.0386X20.max (m/s2) 1.7095 1.8834 4.1298 2.1909 1.7397 2.6781 1.5662Rmax (kN) 7528 4545 14226 6551 10508 13663 7383

87

B.2.2 Distribuicao variada em altura das forcas nos dissipadores

Tabela B.23: Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 2 e valor medio da forca em cada dissipador. Para a Estrutura 1 e osrespectivos 7 acelerogramas.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil Media

fs1 748 886 1264 678 798 888 759 860fs2 808 850 1264 693 805 1014 761 885fs3 702 689 1264 705 792 921 695 824fs4 713 784 1264 691 776 855 760 835fs5 642 4 1264 692 815 841 745 715fs6 672 4 1264 675 725 830 715 698fs7 664 713 1264 699 792 897 4 719fs8 630 674 1264 702 737 886 670 795fs9 656 684 1264 695 763 851 703 802fs10 627 693 1264 690 26 19 698 574fs11 77 685 1264 709 59 45 665 501fs12 653 25 1264 647 829 806 724 707fs13 711 716 1264 690 779 827 697 812fs14 746 640 1264 673 34 876 730 709fs15 642 605 1264 18 778 854 702 695fs16 646 675 1229 698 755 911 742 808fs17 718 672 1264 676 787 844 754 816fs18 642 645 1245 701 717 784 703 777fs19 639 667 1275 706 777 824 752 806fs20 681 746 1264 700 767 902 748 830∑

13016 12056 25242 13140 13308 15672 13728 15166fsmedio 651 603 1262 657 665 784 686 758f 0.3554 0.1941 0.4883 0.2227 0.4204 0.3831 0.2429f1 0.2826 0.1496 0.3407 0.1557 0.3828 0.2981 0.1359f2 0.2155 0.1237 0.3498 0.1593 0.1737 0.2406 0.2013f3 0.3264 0.2382 0.3836 0.3070 0.4929 0.4487 0.2288

x20.max (m) 0.0565 0.0172 0.1520 0.0637 0.0678 0.0947 0.0482X20.max (m/s2) 1.3863 0.8004 2.7272 1.3469 1.4824 1.4913 1.3642Rmax (kN) 5102 1982 12045 6954 7694 7437 5232

88

Tabela B.24: Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f . f1. f2 e f3) para a Es-trutura 1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dos valores optimos da tabela B.23.

Sismo Almiros Caldiran Chuetsu-oki Darfield Irpinia Managua Manjil

f 0.3627 0.3403 0.6410 0.2491 0.4554 0.4739 0.2799f1 0.2736 0.1974 0.4604 0.1193 0.4139 0.3374 0.1190f2 0.2381 0.2772 0.4460 0.2187 0.1900 0.3327 0.2533f3 0.4410 0.5745 0.3911 0.2696 0.5885 0.5972 0.3257

x20.max (m) 0.0547 0.0227 0.2054 0.0488 0.0733 0.1072 0.0422X20.max (m/s2) 1.5315 1.7932 3.4767 1.8492 1.6214 2.0623 1.7163Rmax (kN) 6893 4780 12282 6107 9187 9899 7448

89

90

Lista de tabelas

4.1 Tabela que compara a resposta da estrutura com e sem dissipadores . . . . . . . 48

5.1 Massas por piso e tres primeiras frequencias naturais das cinco estruturas ilus-tradas na figura 5.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

5.2 Os sete acelerogramas usados nas simulacoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 525.3 Instantes inicial e final usados para cada sismo e passos de tempo do registo e

da integracao numerica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 535.4 Valores da forca maxima optima dos dissipadores para uma distribuicao uni-

forme de forca em altura. Criterio 1. Valores em kN arredondados a unidade. . 575.5 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta no

topo e forca de corte basal para as cinco estruturas e sete sismos, sem dissipa-dores. x20,max em m, X20,max em m/s2 e Rmax em kN. . . . . . . . . . . . . . . . 58

5.6 Medias dos valores maximos (sete sismos) do deslocamento relativo a basedo ultimo piso, para uma forca em cada dissipador que e a media dos valoresoptimos para cada sismo determinadas com o criterio 1. . . . . . . . . . . . . . 61

5.7 Medias dos valores maximos (sete sismos) da aceleracao absoluta do ultimopiso, para uma forca em cada dissipador que e a media dos valores optimospara cada sismo determinadas com o criterio 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

5.8 Medias dos valores maximos (sete sismos) da forca de corte basal, para umaforca em cada dissipador que e a media dos valores optimos para cada sismodeterminadas com o criterio 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

5.9 Estrutura 1. Comparacao entre criterios para distribuicao de dissipadores uni-forme. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

5.10 Estrutura 1. Comparacao entre criterios para distribuicao variada das forcasmaximas dos dissipadores (sismo Managua). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

B.1 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uni-forme em altura para o criterio 1. Para a Estrutura 1 e os respectivos 7 acelero-gramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

B.2 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uni-forme em altura para o criterio 1. Para a Estrutura 2 e os respectivos 7 acelero-gramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

B.3 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uni-forme em altura para o criterio 1. Para a Estrutura 3 e os respectivos 7 acelero-gramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

B.4 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uni-forme em altura para o criterio 1. Para a Estrutura 4 e os respectivos 7 acelero-gramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

91

B.5 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uni-forme em altura para o criterio 1. Para a Estrutura 5 e os respectivos 7 acelero-gramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

B.6 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.1, fs = 969 kN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

B.7 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 2 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.2, fs = 1247 kN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

B.8 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 3 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.1, fs = 1898 kN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

B.9 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 4 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.1, fs = 2191 kN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

B.10 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 5 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.1, fs = 1993 kN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

B.11 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para aEstrutura 1 e os respectivos 7 acelerogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

B.12 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para aEstrutura 2 e os respectivos 7 acelerogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

B.13 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para aEstrutura 3 e os respectivos 7 acelerogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

B.14 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para aEstrutura 4 e os respectivos 7 acelerogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

B.15 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 1 e valor medio da forca em cada dissipador. Para aEstrutura 5 e os respectivos 7 acelerogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

B.16 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

B.17 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 2 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

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B.18 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 3 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

B.19 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 4 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

B.20 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f , f1 ef2) para a Estrutura 5 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

B.21 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao uni-forme em altura para o criterio 2. Para a Estrutura 1 e os respectivos 7 acelero-gramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

B.22 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f . f1. f2e f3) para a Estrutura 1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.21. fs = 804 kN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

B.23 Resultados da optimizacao das forcas nos dissipadores com distribuicao variadaem altura para o criterio 2 e valor medio da forca em cada dissipador. Para aEstrutura 1 e os respectivos 7 acelerogramas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

B.24 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta notopo e forca de corte basal e parametros usados na optimizacao (como f . f1. f2e f3) para a Estrutura 1 com forca uniforme nos dissipadores igual a media dosvalores optimos da tabela B.23. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

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Lista de figuras

1.1 Imagens da destruicao causada por diversos sismos: (a) Sismo Sichuan (China,2008), (b) Sismo Illapel (Chile, 2015), (c) Tsunami em consequencia do SismoIllapel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.2 Dissipadores por atrito: (a) esquema, (b) pormenor de aplicacao num edifıcio. . 3

2.1 Sistema classico {massa, mola} nao forcado, de um grau de liberdade, equipadocom um amortecedor viscoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2.2 Oscilador harmonico simples amortecido pela accao do atrito. . . . . . . . . . 72.3 Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em paralelo com um

amortecedor viscoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.4 Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em serie com um amor-

tecedor viscoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.5 Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em paralelo com um

dissipador de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112.6 Modelo e ciclo histeretico da associacao de uma mola em serie com um dissi-

pador de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3.1 Portico plano regular de N pisos com um sistema de amortecimento misto (vis-coso e por atrito), sujeito a um movimento horizontal prescrito na fundacaodado pela historia de deslocamentos d(t). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

3.2 Representacao grafica da segunda lei de Newton aplicada ao piso 1. . . . . . . 193.3 Representacao grafica da segunda lei de Newton aplicada a um piso intermedio

(i = 2, ..., N − 1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.4 Representacao grafica da segunda lei de Newton aplicada ao ultimo piso. . . . . 213.5 Algoritmo de integracao numerica (metodo θ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273.6 Algoritmo de integracao numerica (metodo θ) (Cont.). . . . . . . . . . . . . . 283.7 Deslocamento em funcao do tempo para o oscilador de um grau de liberdade da

figura 2.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293.8 Deslocamento em funcao do tempo para o sistema de um grau de liberdade da

figura 2.2 com m = 2 kg, k = 100 N/m e µ = 0.1 (fs = µmg = 1.962 N). . . . 303.9 Deslocamento relativo x = X − d em funcao do tempo para o sistema de um

grau de liberdade da figura 2.2 com um deslocamento imposto a fundacao ded(t) = 0.1 sin(10t) m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

3.10 Sistema de duas massas ligadas entre si por um dissipador de atrito e ligadas aoexterior por molas e por outro dissipador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3.11 Deslocamento em funcao do tempo dos graus de liberdade do sistema da fi-gura 3.10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3.12 Sistema de dois graus de liberdade composto por dois osciladores harmonicossimples em contacto mutuo com atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

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3.13 Deslocamento em funcao do tempo dos graus de liberdade do sistema represen-tado na figura 3.12. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

3.14 Sistema de dois graus de liberdade amortecido exclusivamente por atrito, . . . 353.15 Deslocamentos em funcao do tempo dos graus de liberdade so sistema da fi-

gura 3.14. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

4.1 Algoritmo genetico: sequencia de aplicacao dos diversos operadores do algoritmo. 444.2 Representacao esquematica do portico de tres pisos com um sistema de amor-

tecimento misto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464.3 Comparacao das respostas da estrutura com e sem dissipadores. . . . . . . . . 48

5.1 Conjunto de estruturas planas usadas nas simulacoes. Da Estrutura 1 para aEstrutura 5 ha o aumento progressivo da importancia da parede estrutural. . . . 50

5.2 Deslocamento maximo no topo relativo a base, aceleracao maxima absoluta dotopo e forca de corte basal maxima para as estruturas 1 e 5 e os sismos Managua(1972) e Manjil (1990). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

5.3 Forcas dos dissipadores para as cinco estruturas. A forca correspondente a barraindicada em cada dissipador e igual a media das forcas maximas optimizadasnesse dissipador para os sete sismos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

5.4 Estrutura 1 sujeita ao sismo Caldiran. Deslocamento horizontal relativo a base,aceleracao absoluta e deslocamentos relativos entre pisos para a estrutura seme com dissipadores (distribuicoes uniforme e variada), nos instantes em queo deslocamento relativo a base e maximo (a) a aceleracao do ultimo piso emaxima (b) e o deslocamento relativo entre dois pisos e maximo (c). . . . . . 60

5.5 Historia de deslocamentos do ultimo piso relativos a fundacao para a Estru-tura 2 actuada pelo acelerograma do sismo Irpinia. Sem dissipadores e com adistribuicao uniforme optima de forcas dos dissipadores. . . . . . . . . . . . . 62

5.6 Historia de deslocamentos do ultimo piso relativos a fundacao para a Estrutura2 actuada pelo acelerograma do sismo Irpinia. Estrutura com dissipadores comforcas maximas uniformes em altura e estrutura com dissipadores com forcasmaximas variadas em altura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

5.7 Estrutura 1. Comparacao entre criterios para distribuicao variada em altura dasforcas maximas nos dissipadores (Sismo Managua). . . . . . . . . . . . . . . . 66

96