olhar(es) 36

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junho de 2012 Publicação trimestral N.º 36 Coordenação: Isabel Vaz Ana Ribeiro Nesta edição Férias com a Biblioteca Florbela, o filme Poesia da vida Prémio Univ. Católica Outros olhares sobre o mundo Lo Real Magico A voz dos Ex-alunos Aprender lá fora Nunca é tarde para... A fazer tijolo… Toca a mexer! Vida humana em risco Modelo Económico para Portugal Aquecimento global 2 2 2,3 3 4,5 6 - 9 10 10 11 12 Supl. Supl. Supl. ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt No âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Activo (2012), o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa lançou o Prémio Inter- Escolas CATÓLICA|Ciência e Saúde 2011, denominado "CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!", para o qual convidou os alunos dos 10º, 11º e 12º anos do curso de Ciências e Tecnologias. A Andreia Nunes e a Sara Félix da ESL conse- guiram a primeira menção honrosa. Parabéns! (cont. p.2) CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS! Tem estado a decorrer na Lourinhã o festival Livros a Oeste, um evento que procura promover a leitura e os livros no concelho da Lourinhã, oferecendo, para tal, um conjunto de actividades, que vão de uma feira do livro a encontros com inúmeros escritores de grande interesse, a lançamentos de livros, a atividades de teatro e música, animação de leitu- ra… O Agrupamento de Escolas da Lourinhã tem participa- do na dinamização deste evento, por intermédio das suas bibliotecas, quer contribuindo com atividades, quer apoiando nas ações de promoção e divulgação. Neste âmbito, os alunos Daniela, Fernando Rafael, Leonardo, Patrícia, Ricardo Correia, Rúben e Tiago, do 10º D, participaram na peça promocional do evento, realizada pela SIC, em associação com a Academia Cultural Sénior da Lourinhã, numa desgarrada enaltecedora da pera Rocha do Oeste, concretizando, desta forma, um verdadeiro diálogo entre gerações, o lema do festival. Diálogo de Gerações

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Jornal da Escola Secundária da Lourinhã, nº36 de junho de 2012

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Page 1: Olhar(ES) 36

junho de 2012 Publicação trimestral

N.º 36

Coordenação: Isabel Vaz Ana Ribeiro

Nesta edição Férias com a Biblioteca Florbela, o filme Poesia da vida Prémio Univ. Católica Outros olhares sobre o mundo Lo Real Magico A voz dos Ex-alunos Aprender lá fora Nunca é tarde para... A fazer tijolo… Toca a mexer! Vida humana em risco Modelo Económico para Portugal Aquecimento global

2 2

2,3 3

4,5

6 - 9

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10

11

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Supl.

Supl.

Supl.

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt

No âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Activo (2012), o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa lançou o Prémio Inter-Escolas CATÓLICA|Ciência e Saúde 2011, denominado "CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!", para o qual convidou os alunos dos 10º, 11º e 12º anos do curso de Ciências e Tecnologias. A Andreia Nunes e a Sara Félix da ESL conse-guiram a primeira menção honrosa. Parabéns!

(cont. p.2)

CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!

Tem estado a decorrer na Lourinhã o festival Livros a Oeste, um evento que procura promover a leitura e os livros no concelho da Lourinhã, oferecendo, para tal, um conjunto de actividades, que vão de uma feira do livro a encontros com inúmeros escritores de grande interesse, a lançamentos de livros, a atividades de teatro e música, animação de leitu-ra… O Agrupamento de Escolas da Lourinhã tem participa-do na dinamização deste evento, por intermédio das suas bibliotecas, quer contribuindo com atividades, quer apoiando nas ações de promoção e divulgação. Neste âmbito, os alunos Daniela, Fernando Rafael, Leonardo, Patrícia, Ricardo Correia, Rúben e Tiago, do 10º D, participaram na peça promocional do evento, realizada pela SIC, em associação com a Academia Cultural Sénior da Lourinhã, numa desgarrada enaltecedora da pera Rocha do Oeste, concretizando, desta forma, um verdadeiro diálogo entre gerações, o lema do festival.

Diálogo de Gerações

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Ao longo deste terceiro período, pudemos contar com várias atividades promotoras do livro, da leitura e da litera-cia, quer no nosso Agrupamento, quer na vila, com a nossa colaboração. No dia 19 de abril, decorreu a IV Edição do “Palavras Sentidas”, no Teatro Cine de Torres Vedras. Nesta actividade, em articulação com várias escolas de Torres, participaram a Secundária e a EB2,3 Dr. Afonso R. Pereira. Os segun-do e terceiro lugares do 1º escalão (2º ciclo) foram arrecadados pelos nossos alunos. Na mesma altura, foi lançada a antologia anual Criações Poéticas, que conta com vários poemas de alunos do nosso Agrupamento e com as ilustrações do 10ºano, de Artes Visuais (vide site do Agrupamento). Uma mostra deste evento foi leva-da ao festival Livros a Oeste, no dia 3 de junho, e, uma vez mais, foi possível apreciar o empenho e o entusiasmo dos nossos alunos, cujo gosto pela poesia ficou bem patente. Pais e Encarregados de Educação puderam, então, assistir a esta mostra, que os deixou, como a nós, cheios de orgulho.

No dia 3 de maio, contámos com a visita do Prof. Daniel Sampaio, que con-versou com os nossos alunos sobre a adolescência e todas as questões e dile-mas próprios dessa fase. Reportou-se, para tal, ao seu livro Tudo o que temos

cá dentro, disponível na Biblioteca para requisição domiciliária. Outro projecto que lançámos e em que apostamos é o Banco de Manuais Escolares, em parceria com a CML, o Agrupamento D. Lourenço Vicente e as Associações de Pais. Fomentar a troca de manuais usados, reduzindo o impacto no ambiente e no orçamento familiar, é o grande propósito deste projeto (para ob-ter mais informações, consulte a página digital do agrupamento). Entretanto, com as aulas a termi-nar, vêm aí longos dias de descanso que podem ser enriquecidos com boas leitu-ras. A Biblioteca, que dispõe de títulos sempre atuais, coloca à disposição da comunidade escolar o serviço de requisi-ção de leituras para férias, basta que o requisitante seja frequentador do Agru-pamento no próximo ano letivo. As ofer-tas são ricas e variadas. Boas leituras!

Se pudesse mudar de vida,

Mudar de Lugar, começar do zero…

Afastar-me dos problemas e da confusão,

É só isso que eu preciso e quero.

Ter uma vida decente, como toda a gente,

Com um bom ambiente,

Com amigos em que possa confiar...

Mas por mais que evite con-fusão,

Mais aparece de repente.

Fujo dos dois exemplos que tenho nesta vida,

E que quem sai aos seus não degenera,

Dou a cara, enfrento, mesmo que pisem na ferida

E para aqueles que duvidam, só dizem “olha e espera”,

Porque eu traço o meu pró-prio destino

Sem me importar se estou ou não sozinho!

FILME FLORBELA O filme Florbela conta com a participação de Dalila Carmo, José Neves, Alba-no Jerónimo e Ivo Canelas. Este filme retrata a vida de Florbela Espanca. Florbela separa-se de forma violenta de António. Apaixonada por Mário Lage, refugia-se num novo casamento para encontrar estabilidade e escrever, mas não consegue amar nem escrever. Ao receber uma carta do irmão Apeles, que está em Lisboa, Florbela corre em busca de inspiração. Com a cumplicidade do irmão aviador, Florbela procu-ra um sopro em cada esquina: amantes, revoltas populares, festas de foxtrot. O mari-do tenta resgatá-la para a normalidade. Entre a realidade e o sonho, os poemas sur-gem. Nesse imaginário agitado de Florbela, neva dentro de casa, esvoaçam folhas na sala, panteras ganham vida e apenas os poemas a mantém bem. Por isso, Florbe-la tem que escrever.

Luana Silva, 11ºF

BIBLIOTECA NAS FÉRIAS

EDITORIAL No momento em que termina mais um ano lectivo, o Olhar(es) dirige-se a toda a comunidade escolar, felici-tando-a pelo seu empenho e dedicação. Aos alunos que inicia-rão a época de Exames, fa-zemos votos de bom traba-lho e de muito sucesso. Aos restantes alunos, que as suas classificações sejam a compensação do seu trabalho e que sirvam de ponto de partida para uma reflexão e (re)definição de objetivos. Que as férias se-jam retemperadoras e vos forneçam a energia de que necessitam para regressar com ânimo e verdadeira von-tade de estudar. Até breve.

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Cronologia de um Ensaio

No âmbito do Ano Europeu do En-velhecimento Activo (2012), o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Ca-tólica Portuguesa lançou o Prémio Inter-Escolas CATÓLICA|Ciência e Saúde 2011, denominado "CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!", para o qual con-vidou os alunos do 10º, 11º e 12º anos do curso de Ciências e Tecnologias. A informação chegou à ESL e… era altura de trabalhar! Tudo começou numa sexta à tar-de, na biblioteca da escola com a esco-lha do nome da equipa, uma tarefa deve-ras árdua. Demorou um tempo tal que a biblioteca já estava a fechar (17h) e o nome ainda não estava escolhido (note- -se que era dos últimos dias para enviar a inscrição) - por este motivo, a equipa chama-se Chá das Cinco. A tarefa que se seguiu foi convidar para professor supervisor, o professor Hugo Pereira. Já tínhamos as informações ne-cessárias para a inscrição: a equipa, o nome para esta e o professor supervisor. Faltavam os dados da escola. Resolve-mos falar com a nossa directora de tur-ma – a professora Teresa Lopes – que foi quem fez a ponte entre a equipa e a direção. Depois veio a parte interessante e mais trabalhosa: a elaboração do ensaio. Sempre em contacto com o professor Hugo, pusemos mãos à obra ou, melhor dizendo, aventurámo-nos no trabalho de campo com um bloco de notas, um tele-móvel e uma caneta: as entrevistas, as infindáveis entrevistas, que se traduziram em infindáveis anexos… Muita coisa a dizer, somente em 4 páginas, num curto espaço de tempo. Contactámos imensas entidades e instituições: a professora Palmira Graça, o professor Francisco Cabrita, o Centro de Saúde, a Dra. Leonor Matias (Médica de Família), a Dra. Bruna Martinho(Interna da especialidade de Medicina

Geral e Familiar), o Lar da Santa Casa da Misericórdia, a Dra. Ana Dias (Assistente Social), Idosos, nomeada-mente, a D. Trindade, a D. Maria Odete, a D. Margarida, a D. Maria de Lurdes, a D. Maria da Conceição, a D. Olga Con-ceição, o Sr. João Carlos e o Sr. António. Mas a lista continua. Contactámos, ain-da, Psicólogos, o Dr. Nuno Almeida e a Dra. Maria João Sá Ferreira, a Câmara Municipal da Lourinhã, a Dra. Mafalda Teixeira (Socióloga) e a Dra. Fátima Quintans, a Dra. Maria Rosário Ferreira (Farmacêutica), a Guarda Nacional Re-publicana (GNR) da Lourinhã, o Cabo Chefe Silva, o Agente Barata e o Agente Gomes. Mas esta lista não estaria com-pleta, sem mencionar a família: avós (D. Maria Carolina, D. Maria da Conceição, Sr. António e Sr. Joaquim Emídio), pais (D. Maria João, D. Isabel, o Sr. António e o Sr. Valentim) e irmãos (Fátima e Gon-çalo). Muitas horas de trabalho e poucas de sono… E, por fim, tudo terminou na véspera do final do prazo para a entrega do ensaio, num dia, ou melhor, numa noite de chuva, tão tarde como nunca pensámos sair da escola... Era tempo então de numerar as páginas e enviar o e-mail. Tudo isto traduziu-se no ensaio “A SOCIEDADE ATUAL E A TERCEIRA IDADE – O RETRATO DE UM CONCE-LHO DO LITORAL DA COSTA DE PRA-TA”, que retrata a população idosa louri-nhanense, apontando defeitos e suges-tões de melhoramento. E, depois, tudo terminou na Universidade Católica Portuguesa, no Auditório Car-deal Medeiros, no dia da Europa (9 de maio). Neste concurso nacional, onde participaram 83 equipas, a Escola Se-cundária da Lourinhã teve o seu momen-to de glória, com o seu nome projetado na tela daquele auditório, aquando da atribuição do 4º lugar e menção honrosa.

O Chá das Cinco: Andreia Nunes e Sara Félix

CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS! Oh vida que passas a correr, com essa alegria prometida que não deixas ter consomes subnutrida a magia do meu ser. Cedo páras, rápida vens e nada te pode deter. Aqui me deixas, aqui me tens morto, mas sem saber.  

Alexandre Henriques, 11ºD

Pessoas entram e saem da nossa vida. Umas entram para ficar, outras para nos dar lições. Umas realmente preocupam-se, outras são apenas curiosas. E o difí-cil é distingui-las umas das outras. Todas parecem raladas, tocadas até, mas, depois, algumas dessas pessoas nem nos olham na cara. E depois de nos abrirmos com elas e de lhes satisfazermos o interesse, acaba a “amizade”. Amigos podem ser a nossa maior riqueza ou o nosso pior pesadelo. Hoje dizem adoro-te, amanhã, são estra-nhos. Mas tudo tem o seu lado bom pois são estas pessoas que nos ensinam lições valiosas. Ensinam-nos que não devemos confiar em toda a gente e que, por vezes, as pessoas não são o que aparentam. Resta-nos crescer com isso e aprender a ver a verdade e a falsidade nos outros. E ter sempre em mente que quem realmente inte-ressa somos nós.

Cláudia Lopes e Tatiana Rodrigues, 11ºD

A vida é como uma rua, onde se caminha, uma noite crua, que enfrento sozinha. Sou um barco sem leme, que vagueia no mar, fingindo que nada teme, tentando não chorar. Sou como um rouxinol, que voa de olhos vendados, por onde não há sol e os verões estão acabados. Sou inacabada, sou oprimida, sou como o nada, que vive sem saber o que é a vida.

Helena Garcia, 11ºD

Ironia / vida Temos de levar a vida com ironia Quase toda a gente só quer que um gajo caia Viver um dia de cada vez até ao dia Que te pregam uma partida E fiques com a vida toda … Pois não existe mentalidade nesses putos Que esperam que a vida lhes dê os frutos Que nunca foram semeados Temos de ser obrigados a ser irónicos Com os altos e baixos, todos ficamos melancólicos, Confiar nos amigos certos com olho bem aberto... Com tanta ironia, um gajo tem de ser esperto Pois alguns são amigos só quando precisam, Quando somos nós, nin-guém vem dar a mão.

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

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O DIA DA FI-LOSOFIA

No dia em que se comemorou (ainda que de forma dis-creta) o Dia da Filosofia na Escola Secundária da Lourinhã, os alu-

nos do 11º B foram desafiados – na aula de Filosofia – a percorrer a escola, entre-vistando uma pessoa que encontrassem no caminho: aluno, professor ou auxiliar. De papel e canela em riste, saímos da sala, em busca de alguém capaz de responder às três questões: “O que é ser filósofo?”; “O que é a Filoso-fia?” e “Qual o sentido da existência?”. De volta à base, que é como quem diz, à sala, leu-se em voz alta as respos-tas que cada um tinha conseguido. E as respostas eram do mais variado possí-vel… Iam do sério, pensado e, de certa forma, acertado, até ao pateta, palerma e gozão.

No ar, havia respostas como: “Ser filósofo é pensar e refletir. É questi-onar-se sobre aquilo que mais ninguém se questiona. É ver tudo com perspetivas diferentes. É ver o outro, não somente olhá-lo”; “A Filosofia serve para exercitar o pensamento. A Filosofia é a arte do pensamento. É a capacidade de abstrac-ção do senso comum”; “O sentido da vida é descobrir o que estamos a fazer neste mundo, qual a nossa missão. O sentido da vida é, de certa forma, uma missão a cumprir. O sentido da vida é

Abraçar a Inutilidade da Arte

No meio de inte-

resses políticos, económi-cos, financeiros e sociais estabeleceu-se um novo paradigma, assente em critérios supremos que ava-liam ratings dos países, dos bancos, das empresas, das famílias, dos indivíduos, determinando a derrocada social a que assistimos, como se de uma inevitabili-dade se tratasse. Apenas o que é tido como necessário e útil permanece intocável. Há muito pouco de verdadeiro no que nos ro-deia: escolhemos um curso porque tem mais emprega-bilidade e não porque é o que queremos fazer; aceita-mos uma situação porque não queremos lidar com as consequências da nossa discordância, e não porque acreditamos nela. Estamos tão acostumados à falsida-de e ao conformismo que nem em tempos em que a revolta é necessária assu-mimos as suas rédeas. É então que nos de-paramos com uma imagem, uma frase, ou uma cor que rompe a monotonia a que nos deixámos sujeitar e que desperta em nós o início de

…a propósito do papel primordial da Filosofia…

O que é de facto importante no âmbito da fenomenologia do ser? Ser e Existir, o espaço indelével e subtil

que separa o ser do não ser, a possibilidade da não existência constituir-se como fenómeno essencialmente distin-

to da morte? Estas são algumas das inúmeras questões que, por exemplo, Sartre aborda de forma superior em O

Ser e o Nada, num exercício de inteligência que, por vezes, roça o absurdo das negações do evidente aparente.

Segundo Sartre, a relação sujeito - objecto, passa inevitavelmente pela concepção do eu e da consciência de si, de

forma que o conhecimento possa assumir perspectivas efectivas de cognição. O objecto é perceptível, se a consci-

ência do ser se situar e se referenciar fora do objecto e, por sua vez, este exista independentemente do ser. "Antes

de qualquer comparação, antes de qualquer construção, a coisa é o que está presente à consciência como não

sendo a consciência" (SARTRE, 1997). Os objectos ao existirem implicam uma ordem de coisas independentes do

ser e do próprio conhecimento. Da mesma forma, é o próprio ser sartriano que existe antes da consciência de si e,

ao negar-se, assume uma característica negativa que somente o realiza enquanto estrutura não substancial. Ser é

antes de (cont.)

Outros olhares um movimento. A beleza, a forma e a parcialidade do que encontrámos é tal que nos impele a agir, assumindo res-ponsabilidade pela hipocrisia que nos rodeia. Gritam-nos: “Faz algo!”. Quando somos tocados pelo poder da arte, a indiferença desaparece e tor-namo-nos donos de uma visão do mundo renovada. Questionamos sistemas, ações, pessoas e nós próprios; a criativi-dade e a imaginação que fomos obriga-dos a adormecer inconscientemente crescem sem medida e é na arte e na sua criação que encontramos sentidos e respostas. Em suma, rumos. Perguntamo-nos que terra é esta que silencia a chave para a salvação da Humanidade. É a terra governada pelos que desconhecem a arte como a chave que abre todas as portas que são tranca-das e que condenam o seu reconheci-mento e ensino. Neste mundo, nestes tempos, a arte nada mais faz do que unir massas críticas, levando-as a agir e a fazer a diferença; a arte abre olhos, mentes e corações e, por isso, de tão útil que se nos (a alguns) revela, é-nos imposta co-mo a maior das inutilidades. Encontramos amarras para onde quer que nos viremos, a que nos sujeita-mos por coisas “úteis”. Sejamos inúteis!

Francisca Pereira Vaz, 10ºA

4 de maio, Dia da Filosofia

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Em muitas regiões do planeta não são ainda respei-tados os Direitos do Homem, o que impede os indivíduos de obterem o que lhes é de-vido, pondo em causa a vali-dade universal destes mes-mos direitos. Na verdade, o que foi decretado pela Declaração,

em muitas ocasiões, não passa de frases escritas num papel. Podemos comprovar isso com os constantes casos de torturas, prisões, inva-sões de domicílio, etc. O que acontece

em muitos casos é que são denunciadas essas situações que ocorrem em determina-dos países, mas depois não há quem queira julgar esses atos. Todos o veem, todos o sentem, mas ninguém é ca-paz de punir os culpados e de proteger quem não se consegue defender. Cabe-nos a nós, cida-dãos de todo o mundo, de-nunciar o que achamos que está mal. Não podemos pen-sar apenas em nós, devemos pensar também nas outras pessoas que estão para nas-cer e que vão viver no mundo que nós (re)criámos. Elas não podem ser sacrificadas pelos erros que nós comete-mos, eles não têm a culpa dos nossos atos.

Rafael Mendes

caminhar para uma felicidade plena, não só a nossa, mas também a dos que nos rodeiam. O sentido da vida é existir e vivê-la, aproveitar todos e cada momen-to. Carpe Diem!”

Estas foram as respostas aceitá-veis… Grande foi a frequência de res-postas como “Não sei”.

Face a tais respostas, afirmo que há alunos na ESL preocupados e res-ponsáveis. Sabem dar respostas “racionais”, pensam, refletem e questio-nam-se sobre o que os rodeia.

No entanto, dadas as respostas omitidas e a avultada frequência de “Não sei”, atrevo-me a adiantar que há alunos que não se questionam acerca do senti-do da sua existência (Já para não falar da total ignorância acerca da Filosofia, disciplina obrigatória, integrante do currí-culo geral dos cursos Científico-Humanísticos a partir do 10ºano). “Existo só porque existo. Pronto”. Será isso sufi-ciente? Porque razão os jovens de hoje não se preocupam com o seu futuro lon-gínquo (não o futuro próximo, porque esse, é, para muitos, passear os livros na escola, “curtir a vida”, tirar uns “dezitos” que cheguem para sair do Se-cundário e começar a ganhar dinheiro, isto, se houver emprego…). Porque ra-zão aos jovens é cada vez mais difícil estabelecer planos a longo prazo? Por-que razão se preocupam em viver inten-samente o momento e não disfrutam da vida em toda a sua plenitude?

Sara Félix, 11ºB

sobre o mundo... DIREITOS HUMANOS

A “Declaração Universal dos Direi-tos do Homem” foi redigida em 1948, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Representa um conjunto de leis, vanta-gens e prerrogativas que devem ser reconhecidas como essenciais pelo indi-víduo para que este possa ter uma vida digna, ou se-ja, para que não seja con-siderado inferior ou superi-or aos outros por ser, por exemplo, de um sexo diferente, de uma etnia diferente ou religião, ou até mesmo por pertencer a um determinado grupo social. São importantes para que se te-nha uma convivência em paz. A função da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” é proteger os indivíduos das arbitrariedades, do autori-tarismo, da prepotência e dos abusos de poder. Os Direitos Humanos represen-tam a liberdade dos seres humanos, es-tão associados a uma ideia de civiliza-ção, de democracia que, em conjunto, refletem uma ideia de igualdade e de dignidade para todos os seres humanos. Até à II Guerra Mundial, muitos dos Direitos Humanos não foram respeita-dos, e, após a II Guerra Mundial, houve a necessidade de que esses direitos fos-sem reconhecidos para todos os indiví-duos. Assim, para que tal ocorresse foi criada a “Declaração Universal dos Direi-tos do Homem” que visa estabelecer a paz entre as nações e o consenso entre os povos.

(cont.)

se pensar porque (pre)existe à consciência de si. Embora para Sartre a consciência configure o absoluto original,

insubstancial e exterior a toda a realidade, ela existe quando ser e consciência de si se encontram no pensamento e

comprovam uma capacidade de integrar e percepcionar a existência do ser. A problemática sartriana do ser parte do

ser e do não ser para o conhecimento do outro, onde a mesma problemática fenomenológica se coloca. E entre o

ser e o não ser há o nada, a não existência que configura a morte, enquanto negação do ser existente e consciente

de si. O que remete para outra ordem de questões, concretamente, o valor da consciência enquanto referencial nor-

mativo de percepção da realidade e convergência com um mundo definido segundo categorias, previamente elabo-

radas, e que se acabarão por assumir, de prova em prova, como convenções e preconceitos. Ou seja, a loucura e a

morte, seriam, a ser assim, iguais no que respeita à questão ontológica do ser e do nada.

O fundamental é referir que, através desta obra superior, poder-se-ão levantar inúmeras questões de teor

existencial que nos levarão cada vez mais longe no conhecimento de nós e dos outros. E não é este o papel primor-

dial da Filosofia? Prof.ªTeresa Lopes

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Page 6: Olhar(ES) 36

El Paraíso

Un cuadro colorido que

nos transmite paz: el paraíso,

con todos estos colores vivos

y exuberantes, can el perfec-

cionismo al redor de sus lí-

neas, creaturas míticas, como

el unicornio que simboliza la

libertad, la pureza y un río

brillante y hermoso con su

vida animal. El puente relacio-

na la casa con la naturaleza, o

sea la vida humana y el am-

biente físico. El sol se contras-

ta con espacios verdes y los

árboles altos e imponentes en

el centro del jardín.

Esta imagen nos ense-

ña un espacio con mucha feli-

cidad, mucha diversión, mu-

cha calma; es un sitio a que

toda la gente le gustaría estar

aunque fuera por un día, una

hora , o unos pocos minutos.

Si todo el mundo fuese así,

prudente, calmo, seríamos

todos mucho más felices. In-

creíble lo es como una ima-

gen tan sencilla consigue ha-

cer con que nosotros pense-

mos en todo el mundo.

Esta imagen ilusoria de 2008, trae

inspiración, aspiración y una calma inte-

rior que muchos a menudo buscamos. Y

tú, ¿cómo encuentras la paz en el hondo

de tu ser?

Rodrigo Costa, 10ºB

¡Dolor, lágrimas derramadas, una vida de

sufrimiento!

Esta campaña quiere llamar la

atención a las personas para la violencia

doméstica de la vida actual.

Los ojos firmes de una mujer; una

mujer que ha sentido el dolor en el hue-

so. Una mujer diferente y al mismo tiem-

po igual a muchas que han sufrido vio-

lencia. El color rojo es fuerte y al mismo

tiempo recuerda un pasado que no se

Habiendo trabajado el tema del arte publicitario, llevamos el con-cepto de “arte” a nuestra vivencia cotidiana, intentando definir lo que es. Las orientaciones fueron muy sencillas: elegir algo que nos despi-erta, que nos emociona. Así que los alumnos optaron por su arte, esta que hacía exacta-mente lo que definimos de forma personal, sencilla, rudimentaria: arte que despierta sensaciones, aguda los sentidos y no sólo nos cuenta algo, sino también nos traslada en su historia. Aquí la tenéis: una exposición de un grupo pequeño aún pudien-te y con potencial, sobre el arte de la imagen fotográfica, la pintura, el arte urbano, el dudar del arte tauromáquico, la danza, la publicidad institucional. Por colmo, encontramos la expresión de este despertar a través de una de las artes más nobles, la escritura, intentando hacerle justicia. Os damos las gracias por pasar un rato con nosotros.

debe lamentar. Puede despertar un sen-

timiento a cada uno de nosotros… El rojo

que sobresale, simboliza la crueldad con

que muchas mujeres son tratadas actual-

mente, pero nos quiere decir algo, un

mensaje… ¡No debemos dejar que al-

guien ponga una mano encima de un ser

humano! ¿Qué harían vosotros si estuvi-

esen en el lugar de esta persona?

“Los ojos son el espejo del alma”

La verdad es que nuestros ojos dicen

todo lo que sentimos. La expresión de su

mirada revela una determinación fuerte y

sin miedo, pero seguro que esta mujer

ha sufrido mucho en las manos de un

hombre. ¿Cómo es posible que alguien

que ha sufrido tanto sea así ahora?

Pues, es que muchas veces somos más

fuertes de lo que parecemos ser. La vio-

lencia hoy en día es algo que sucede

mucho, aunque podamos intentar poner

un fin en todo esto. ¿Alguna vez has

sentido miedo? Si la respuesta es afirma-

tiva, piensa como sería si tuvieses que

esconderte de todo el mundo, si tuvieses

que mostrar a todo el mundo que no se

pasa nada, cuando sí te lo pasas… Pien-

sa antes de poner la mano encima de

alguien, porque puedes estar a causar

6

Page 7: Olhar(ES) 36

marcas que se quedan para el resto de

la vida…

¿Cómo verías la vida después de

pasar por algo tan cruel como esto?

Andreia Ricardo, 10ºB

18:00 horas. Plaza de Las Ventas de

Madrid, día de la la Feria de San Isi-

dro. El torero español, Julio Aparicio,

está a camino del hospital. Sufrió un ac-

cidente en un espectáculo de tauroma-

quia: una cornada en la garganta durante

una lidia. Aparicio perdió el equilibrio y

cayó. El toro lo embistió y le atravesó la

garganta con su cuerno derecho, que

salió por la boca del torero. El animal

retiró el cuerno con rapidez y Aparicio

logró salir del tendido para ser asistido.

Por milagro… sobrevivió. Y por desgra-

cia…sigue luchando.

El toro arrastra el matador por la

boca. Un camino penetrante, angustian-

te, sintiendo el amasijo de la sangre fo-

gosa y del frío del cuerno sucio y lleno de

polvo de arena. Hace despertar ganas de

gritar, pero el cuerno tieso e indomable

desborda de la boca, de cielo a tierra

roja, no deja calmar el dolor. Las banca-

das llenas de personas horrorizadas por

la “tragedia”; se oye un silencio profundo.

El matador siente la fuerza bruta e imper-

donable del toro, ésta que él propio es-

tuvo buscando.

Muchos defienden esta tradición

antigua de una forma repugnante. Lo

llamamos “crimen” torturar de un modo

tan cruel a un ser humano. Es conjunta-

mente perverso asistir al sufrimiento len-

to y atroz de un animal.

No hay que valorar la valentía del

matador, sino la venganza del toro: es

éste que ha dado voz a todos los anima-

les que sufren en silencio.

Y tú que tienes voz, ¿defiendes

esto?

Dominique Martinho e Inés Alfaiate, 10ºB

TANGO

Buenos Aires, Argentina. La cuna,

caliente y apasionada de tango.

Huele seducción, se siente libertad, se

prueba el amor, el contacto harmónico

de dos cuerpos firmes. Calle la casa del

tango, el palco de liberación de sensacio-

nes, donde la pasión gobierna envolvién-

dolo todo.

Varios bailarines pero sólo una

pareja se destaca, demostrando lo que

les rodea y aísla de los de-

más al mismo tiempo: la

pasión y la proximidad. La

interacción de dos cuerpos

en el tango, es transmitir

amor, la complicidad entre

entre dos personas. Cuan-

do se ve el enredo tan pro-

fundo, se siente una liga-

ción muy fuerte con esa

ella. Es algo único que nos

toca el corazón.

El amor es como una danza

entre dos seres humanos

que se entienden mutua-

mente, es una conexión

totalmente diferente con

una persona, donde no

existe con más nadie. Se

crea una complicidad tan

fuerte que nos hace sentir

como uno: esa es la sensa-

ción en el tango. Las pare-

jas danzan como una. La

intimidad es tanta que los

une.

Siempre ha sido un tipo de

danza conocido por ser

muy sensual y envolver

mucha proximidad; uno que

consigue despertar en no-

sotros algo muy íntimo.

¿Serías capaz de aventu-

rarte en esta caja de Pan-

dora que oculte esta her-

mosísima expulsión de sen-

timientos?

Inês Cunha, 10ºB

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Page 8: Olhar(ES) 36

mos libres, sin discursos, sin quejas, sin

desasosiegos.

¿Por qué no nos expresamos más

de esta forma?

Tatiana Amorim, 10ºB

Amor en tiempos de hostilidad

Vancouver, Canadá. Después de

un simple partido de hockey sobre hielo,

la disputa del estadio se llevo a la calle.

La policía de choque intenta controlar,

con métodos ya célebres, el arrebato

irracional de la muchedumbre.

En el medio, una pareja de jóve-

nes, tumbados en el suelo dándose be-

sos, consciente aún desprendida del

caos que la rueda. La imagen revela un

contraste entre lo violento de una lidia

irrazonable del ser humano que se torna

a una masa insensible con razones fúti-

les de protesta, y la felicidad, la paz, el

amor que siente el individuo, no limitán-

dose a su expresión en el oscuro, sino

en el medio de la rivalidad.

Los conflictos no impiden que

nosotros actuemos con amor en tiempos

de hostilidad.

Gonçalo Canoa, 10ºB

La Tomatina

Todo empezó el último miércoles

de agosto del año 1945, cuando unos

jóvenes pasaban el rato en la Plaza del

Pueblo para presenciar el desfile de gi-

gantes y cabezudos y otros actos de la

fiesta. La Tomatina fue prohibida a princi-

pios de los 50, cosa que no disuadió a

sus participantes que llegaron a ser. Pe-

ro el pueblo habló y la fiesta volvió a per-

mitirse, uniéndose más participantes y

tornándose cada vez más frenética. Can-

celada hasta 1957, cuando, en señal de

protesta, se celebró el entierro del toma-

te: una manifestación en la que los veci-

nos portaron un ataúd con un gran toma-

te dentro. Desde entonces, año a año

crece el número de participantes y el

entusiasmo por La Tomatina. El éxito ha

llevado a que La Tomatina de Buñol fue-

ra declarada en 2002 Fiesta de Interés

Turístico Internacional por la Secretaría

General de Turismo.

Las personas se quedan todas

sucias pero la imagen nos muestra una

sensación de alegría, tiene colores muy

fuertes que nos despiertan luego la aten-

ción: las risas, los gritos, el olor del toma-

te manchando las camisetas o los cuer-

pos nudos. Nos divertimos, así, muchísi-

mo. Nos relacionamos con los demás de

esta forma primitiva y sencilla. Nos senti-

 

Llevar una vida en la 

calle… 

 

¡Lluvia! ¡Frío! ¡Calor! ¿Te

consigues imaginar en esta

situación?

Viviendo dentro de una caja

de papel, expuesto a los

diferentes climas ambos

fenomenológicos y socia-

les.

Tiendo apenas en tu pose,

la historia, los dilemas, las

felicidades de tu pasado,

los zapatos que un día

compraste para ir a tu pri-

mer empleo, el libro que

estudiaste celosamente

para aprobar tu último exa-

men.

¿Cómo te sentirías? Si todo

el trabajo a que te habías

dedicado para el futuro, un

futuro que habías imagina-

do diferente, fuese para así

te turnares. Pues, esta si-

tuación puede suceder a

cualquier uno. ¡No gires tu

mirada!

Inés Silva, 10ºB

8

Page 9: Olhar(ES) 36

Fiesta en Madrid 1 de enero. 00:00

horas. Fiesta. Gente. Gritos.

Risas. Música. Ruido. Cohe-

tes. Pies Fríos. El Año Nue-

vo ha llegado en Madrid. Es

un día de mucha emoción y

fiesta.

En primer plano, el

fuego de artificio llenando el

cielo de color y humo. El edi-

ficio con su reloj grandioso y

una pantalla con la palabra

“MADRID” adornan la plaza.

En segundo plano, se ve un

mar de personas, manos

arriba, rodeando la estatua

de un caballo y su caballero

orgulloso. El Año Nuevo en

Madrid, es una fiesta estu-

penda, con mucha anima-

ción y diversión, las perso-

nas saben dar la bienvenida

al Año Nuevo. Se quedan

esperando que la 00:00 ho-

ras lleguen. Salen por la no-

che, pues hay variadísimos

bares donde se pueden pa-

sar el hasta las primeras ho-

ras de madrugada. Las per-

sonas conviven, se relacio-

nan, se divierten. Si algún

día piensas ir a Madrid el

Año Nuevo, aprovecha al

máximo la fiesta en su cum-

bre. Es un óptimo lugar para

quien piensa entrar en gran-

de en el Nuevo Año que tie-

ne adelante. Entonces,

¿cuándo te vas?

Daniela Rolim, 10ºB

Los Sanfermines

¡Escucha bien! Doce del mediodía, seis

de julio. Sienta el calor del verano vasco,

atúrate el ruido. El cohete se está lan-

zando. La populación norteña de España

está lista para recibir las fiestas en honor

a San Fermín, se preparan para hacer

más uno año de historia de muchos si-

glos existentes y se preparan para recibir

millares de turistas que vienen a ver el

suceso por el que más se conoce Pam-

plona en el mundo.

La calle está llena de gente, más hom-

bres que mujeres, pero estas también

crean presencia principalmente en los

balcones de las casas, viendo a sus

hombres muy cerca de los toros. Los

colores que más se destacan son el

blanco, el rojo y el negro, todo para que

los toros se queden más nudosos.

El fotógrafo de esta fabulosa fotogra-

fía aguarda pacientemente horas infinitas

para poder sacar la mejor fotografía de

las fiestas y ha conseguido, ha fotogra-

fiado, rodillas en el suelo para poder sa-

car una visión más alargada y con más

movimiento de las personas y de los ani-

males. Así, esta fotografía nos da una

visión de que toda la gente está corrien-

do para escaparse de los toros.

Las fiestas siguen con mucha gente,

animación y felicidad. Ha llegado lo mo-

mento más famoso, el encierro, sienta el

ruido en el suelo de las personas ejecu-

tando, una carrera de ochocientos cua-

renta y nueve metros delante de los to-

ros, una cosa nunca antes vista en otra

ciudad. ¡Vuelve a escuchar bien! Cator-

ce de julio, la conocida música de despe-

dida “pobre de mí”: encierran las fiestas

de San Fermín.

El año que viene se repite todo ¿te

apuntas?

Raquel Frutuoso-10ºB

Arte urbana

¡Qué vida loca! ¡Estoy hasta las

narices de tanto ruido y de tanto transito!

Estando yendo al trabajo, de repente

veo algo que me tranquiliza el estrés. Un

graffiti que representa un gnomo verde

con barba haciendo una cara que mues-

tra los dientes. El artista en su graffiti ha

creado la idea de que el gnomo está ha-

blando y pretende mandar un mensaje a

los que pasan y lo vean. Pintado en

2007, el artista asume el gusto de lo que

hace. Para mí es un arte, arte urbana.

Pienso que para quien practica este tipo

de arte es como un modo de vida que

suporta sus gustos y sirve también para

exprimirse a través de dibujos.

Exprimir su personalidad y exponer sus

calidades o defectos, o para mostrar a

las personas lo que siente. En la imagen,

el autor intenta opinar y revelar una vida

real llena de dificultades económicas y la

llamada silenciosa de una pared en blan-

co le hace actuar en lo que él sabe hacer

mejor: pintar una voz, un grito en la calle.

Soy a favor del arte urbana, pues ha ex-

quisitos dibujos y todo lo que es garaba-

tos no es arte. Josias Duarte, 10ºB

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Page 10: Olhar(ES) 36

ATIVIDADES INTEGRADORAS No âmbito das respe-tivas atividades integra-doras, as turmas EFA DC TC e EFA S5 da Es-cola Secundária da Lou-rinhã promoveram a rea-lização de um pedipa-per, tendo como desti-natários formandos e formadores dos vários cursos EFA noturnos, atividade que se veio a realizar no passado dia 24 de maio e que con-cretizava alguns objeti-vos relevantes para or-ganizadores, nomeada-mente, o fomento da prática do exercício físi-co e de hábitos alimen-tares saudáveis, a divul-gação do património cultural da Lourinhã, o desenvolvimento do ra-ciocínio lógico e o refor-ço do espírito de equipa e de interajuda.

Esta iniciativa foi vivi-da com grande entusias-mo e as reacções dos vários intervenientes permitem-nos sustentar, sem falsa modéstia, o respetivo êxito. É óbvio que limitações de vária ordem – sobretudo aquelas que se relacio-nam com os horários laborais da grande mai-oria dos participantes – obstaram a que este pedipaper pudesse ter alcançado

O meu nome é Cátia, tenho 19 anos e frequen-

tei a Escola Secundária da Lourinhã entre 2007 e 2010. Apesar de não ter terminado o Secundário na vossa escola, as ferra-mentas que recebi, por parte de vários professores, foram cruciais para as mi-nhas escolhas e para o meu percurso e, quando me refiro a ferramentas, não se trata apenas das académicas, mas tam-bém das pessoais, das da experiência e formação que cada um tinha.

Aquilo que mais me atormentava na altura, com 15/16 anos, eram, de facto, as opções que deveria fazer no futuro. Para mim, era muito importante arrumar isso tudo na minha cabeça e, como felizmente, gostava de tantas coisas e tão diversifica-das, havia alturas em que o meu pensa-mento andava a mil. Hoje, uma vez que já tenho as minhas ideias clarificadas e já defini o rumo que pretendo seguir, é muito mais fácil puder dar-vos o meu testemu-nho que, de certa forma, foge um pouco aos padrões normais e àqueles que já foram relatados.

Terminei o meu percurso na ESL no meu 11º ano e decidi dar-me a oportuni-dade de poder concretizar um dos meus sonhos, o da música. Sempre estive liga-da a ela, desde os meus 6 anos que sem-pre fui tendo aulas, incentivada pela mi-nha mãe. Mais tarde, por volta dos 13 anos, aprendi a tocar guitarra e, aos 16, depois de uns tempos bastante atribula-dos, comecei a ter aulas de canto, algo de que sempre gostei, mas que nunca julguei que se tornasse tão sério e importante para mim. Depois de algum tempo a ter aulas, despertou em mim o gosto e a vo-cação para o canto lírico e para a música erudita. A conselho da minha professora, decidi tentar a minha sorte e candidatar-me ao curso de canto da Escola de Músi-ca do Conservatório Nacional e entrei. A minha vida deu uma volta de 360º, tive de mudar de escola e, nesse ano, o ano leti-vo passado, acabei o 12º ano na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carva-lho. Assim, tive de conciliar os estudos com o curso de canto e, para além disso, tive de deixar o meu porto seguro e vir morar sozinha para Lisboa. A adaptação à cidade e ao ritmo frenético em que anda-va constantemente foi relativamente fácil, o mais difícil foi mesmo conciliar todas as disciplinas que tinha porque, para além das seis que tinha no secundário, ainda tinha mais seis no Conservatório. Se foi complicado? Não foi propriamente fácil, é

óbvio que foi muito difícil manter as mi-nhas notas, tendo em conta que o tempo de que dispunha para estudar era muito menos do que aquele que teria à minha disposição, se estivesse apenas numa escola. Perguntar-me-ão se compensa? A resposta é clara como água. Quando gos-tamos realmente daquilo que fazemos, todo o esforço, dedicação, empenho e estudo valem a pena. Nem sempre o re-torno nos parece o merecido, mas eu acredito que, mais cedo ou mais tarde, receberei o retorno de todo o meu empe-nho nesse ano.

Este ano letivo optei por não ir para a Faculdade e dedicar-me ao estudo da música, digamos que fiz uma pausa para poder dar o máximo naquilo de que gosto. No início, arrependi-me porque os meus colegas de escola já estavam na faculda-de e, de certa forma, senti-me um pouco inferior, mas apercebi-me que estava a ser injusta para comigo mesma. O facto de não ter ido para a faculdade depois de ter terminado o secundário não quer dizer que não vá e que não tenha o mesmo mé-rito dos meus colegas. Em Setembro, quero ingressar no Ensino Superior e já tomei a minha decisão, por isso, seguirei um curso de que gosto, Estudos Artísticos – Artes do Espetáculo ou Música na Co-munidade. São ambos cursos com os quais me identifico, mas, como toda a gente, tenho os pés bem assentes na ter-ra e sei perfeitamente que preciso de ter um plano B para o caso de o meu plano A não se conseguir concretizar como eu espero. Por isso, mais uma vez, terei de acumular dois horários, provavelmente, não conseguirei fazer todas as disciplinas do curso de canto nesse ano, nem na fa-culdade terei notas fantásticas, mas é es-se o preço que terei de pagar para conse-guir fazer aquilo que mais gosto, que é cantar.

Queria deixar-vos o meu exemplo para que vejam que seguir os nossos so-nhos e as nossas ambições nem sempre é um caminho fácil, encontram-se muitas pedras pelo caminho, algumas desilu-sões, fraquezas, choros, mas, quando pomos essas pedras para o lado e segui-mos em frente, a sensação é a melhor do mundo, pois fazemos tudo isso porque temos algo que nos completa e que nos realiza. “A vida sem sonhos é como o céu sem estrelas”, afirma o psiquiatra e escri-tor brasileiro Augusto Cury, por isso, não desistam daquilo em que acreditam e da-quilo que realmente vos possa fazer pes-

A VOZ DOS EX-ALUNOS

10

Continua p. 11

Page 11: Olhar(ES) 36

uma outra dimensão. E, claro, esperando que numa próxima oportunidade se venha a realizar outra activi-dade do mesmo géne-ro, não se deixará en-tão de procurar tornar essa atividade ainda mais aliciante. As su-gestões, recolhidas entre formandos e for-madores a este propó-sito, constituem uma importante mais-valia a reter.

Todos os participan-tes receberam diplo-mas e prémios de par-ticipação, gentilmente disponibilizados pelas empresas Frutas DM, Malaquias & Malaquias - Comércio de Horto-frutícolas, Lda., Louri-coop, C.R.L e Câmara Municipal da Lourinhã. A terminar, uma pala-vra de agradecimento à Direcção do Agrupa-mento de Escolas da Lourinhã e aos funcio-nários que prestaram um precioso auxílio nas tarefas de organi-zação deste evento.

Os Organizadores EFA Técnico de Contabili-

dade e EFA S6

Das muitas atividades desenvolvidas ao longo dos 4 anos que frequentei a ESL, considero que o trabalho desen-volvido para a disciplina de Área de Projeto foi talvez o mais marcante. Mar-cante não só pelo facto de me ter aju-dado a desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo, mas também pela responsabilidade que eu (e todos os outros membros obviamente) tivemos de depositar nas atividades que desen-volvíamos, nos compromissos a que nos propúnhamos. Não querendo tirar mérito a qualquer outra das disciplinas que tive enquanto aluna de Línguas e Humanidades, penso que, se temos que fomentar o espírito de equipa, essa era a disciplina mais indicada para o fazer. É importante ainda destacar, da mi-nha experiência enquanto aluna da ESL, a grande disponibilidade, compe-tência e dedicação de alguns professo-res que sempre se empenharam em preparar-nos da melhor maneira possí-vel. Acho que, se existe algum conselho que se possa dar a todos os alunos que estão agora a começar a sua passagem por esta escola, é o de que aproveitem tudo aquilo que a ESL vos dá, sejam dedicados nas tarefas que vos são pe-didas e, claro, aproveitem para se diver-tirem porque esta é uma das experiên-cias que vão relembrar com muitas sau-

pitorescos. Em suma, foi passando o testemunho de uma época, por muitos esquecida, para outros desconhecida, em que as condições de vida eram pre-cárias e a falta de liberdade era notória e condicionava toda a sociedade. Foi pastor, moleiro, criado de servir, minei-ro nas minas de Vilar Formoso, contra-bandista na raia e, por fim, ironia do destino, agente da Polícia de Seguran-ça Pública, ou seja, passou de “Meia-Leca”, como era denominado pelos co-nhecidos, a ilustre representante da autoridade. Teve uma vida repleta de emoções e sensações. Foram muitos os episódios caricatos por que passou. No entanto, em todas as situações, soube mostrar a grandeza que é própria do ser humano: a de poder ajudar o próximo. Um bem-haja a todos estes adultos que vêm mostrar que, afinal, as “Novas Oportunidades” são como uma porta aberta para o saber, em todos os senti-dos. Prof.ª Beatriz Pinheiro

Esta máxima aplica-se na perfei-ção a José Augus-to dos Santos que, com os seus 86 anos, decidiu re-gressar à escola,

não para acrescentar habilitações que servissem para a vida profissional, mas para combater a solidão. Ver as competências de uma vida reconhecidas e convertidas numa certifi-cação de nível B3, este era o desafio do candidato! Como se fosse possível resu-mir uma longa vida, de saberes e experi-ências feita, numas tantas páginas e numa breve apresentação oral! Na ver-dade, à maneira de um bom contador de histórias, foi expondo os episódios mais marcantes e relevantes da sua vida. Foi apresentando, não só saberes, converti-dos em competências, mas também va-lores através da narração de episódios

A minha passagem pela Escola Se-cundária da Lourinhã foi, sem dúvida, importante. Não só pela maneira como me ajudou a preparar para o futuro, co-mo pelas grandes amizades que fiz. Penso que grande parte de nós, du-rante o período da Secundária, não se apercebe da importância desta fase nas nossas vidas…mas é realmente impor-tante dizer que, se nos prepararmos bem e formos empenhados em tudo o que fazemos, ganhamos bases para aquilo que será a “vida real”, o que nos ajuda muito a enfrentar os novos desafios que vão surgindo.

Continuamos a deixar-vos o testemunho de alunos que passaram pela escola e, à semelhança do que sucede um pouco com todos vós, tiveram as suas dúvidas, anseios e hesitações. Mesmo assim, não deixaram de lutar pelos seus objeti-vos e, de certa forma, já estão a concre-tizá-los. Por vezes, pensamos que não devemos arriscar , mas antes jogar pelo seguro. Ora, todos temos sonhos e a concretização dos mesmos é sinal de grande felicidade! Nesta altura do ano, em que muitos alunos se preparam para realizar os exames nacionais e, no caso dos finalistas, ingressar no ensino supe-rior, a todos desejo muito sucesso. So-bretudo, não desistam e não se esque-çam de que o esforço e a dedicação acabam por ser recompensados!

Prof.ª Beatriz Pinheiro

Nunca é tarde demais para aprender

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Continuação p. 11

A VOZ DOS EX-ALUNOS

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tantas vezes, a constante azáfama des-tes dias de desumanização, de ideias feitas e de recorrente superficialidade nos impede de dar a atenção devida: que, em qualquer processo produtivo, edifícios, máquinas, ferramentas, maté-rias-primas e matérias-subsidiárias são, é óbvio, elementos essenciais, mas as mãos e a inteligência de homens e mu-lheres é que criam e transformam e que essas mãos e essa inteligência perma-necem presentes em tudo o que é cria-do. “Não são de pedras estas casas mas de mãos”1, escreveu o poeta… E, na verdade, quantas e quantas vidas huma-nas envolvidas no fabrico de um simples tijolo? Os homens e as mulheres que extraíram da terra os materiais com que outros homens e mulheres fabricaram as ferramentas e as máquinas que permiti-ram a outros homens e mulheres fabricar outros utensílios e edifícios que permiti-ram… Parece não ter fim este ciclo pro-dutivo. De modo que, ao tocarmos nesse produto final chamado tijolo, sentimos realmente pulsar nele inúmeros pedaços das vidas de tanta e tanta gente.

Claro, ficámos a saber muitas coisas acerca do fabrico do tijolo. Muitas coisas técnicas. E essenciais. Mas termos aprendido ou reaprendido e interiorizado que as vidas dos seres humanos estão presentes naquilo que fabricam foi uma lição de vida de inesquecível e inestimá-vel valor. A terminar, um agradecimento muito grande ao Sr. Ludgero Paulo, o nosso guia sempre disponível, e à Administra-ção da empresa. E um obrigado muito especial, está bem de ver, às Formado-ras Maria João Sousa e Marta Perú, que nos entusiasmaram a abraçar este pro-jeto, e ao nosso mediador, Prof. Delfim Campos. Os formandos do Curso EFA de Dupla Certificação de

Técnico de Contabilidade

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

A Cerâmica do Seixo, sediada em Cabeça Gorda, iniciou a sua atividade em 1971, como sociedade por quotas, alterando a sua classificação jurídica pa-ra sociedade anónima em 1992, com o respetivo capital social exclusivamente nacional. A entidade pertence ao sector de atividade secundário. Foi precisamente a esta empresa que a nossa turma do EFA DC TC efectuou, no passado dia 15 de dezembro, uma visita de estudo. E foi, sem dúvida, uma deslocação que valeu a pena. Porque, na verdade, resultou numa aprendiza-gem muito interessante e importantíssi-ma relativamente à produção de tijolo na Cerâmica do Seixo. Mas, afinal, o que aprendemos nós? Muitas coisas. Ficámos a saber, por exemplo, que a Cerâmica do Seixo tem preocupações com o ambiente muito bem definidas, aplicando nesse domínio a política dos 3 R’s, ou seja, Redução, Reutilização e Reciclagem dos resíduos. E aprendemos também que, para chegar ao produto final, a argila passa por diversas fases, sendo as principais a preparação do barro, a moldagem dos vários tamanhos de tijolo produzido na fieira (extorsão) e, finalmente, a cozedu-ra no forno circular. É conveniente sali-entar, a propósito, que o forno utilizado pela empresa é o único deste tipo no país, com origem num projeto espanhol, e está em funcionamento contínuo vinte e quatro após vinte e quatro horas, com dois turnos de produção. Termos aprendido, ainda que de uma forma muito simplificada, como se faz tijolo, enriqueceu-nos e abriu os nossos horizontes. Não porque tivéssemos fica-do a conhecer em pormenor a tecnologia envolvida e os detalhes mínimos do res-petivo funcionamento – claramente não era esse o nosso objectivo nem isso era coisa que se pudesse apreender em es-cassas horas –, mas, sobretudo, por termos interiorizado algo a que, tantas e

No dia 22 de Maio de 2012, os alunos das turmas 11ºF do Curso Profissional Técnico de Marketing, Relações Públicas e Publicidade, 11ºE de Turismo e 10ºC de Artes Visuais foram a uma visita de estudo ao Mosteiro da Batalha e ao Parque dos Monges em Alco-baça, no âmbito da disciplina de História e Cultura das Artes, com os professores Luís Gonçalves, Cecília Ogando e Marta Perú. A visita de estudo iniciou-se com a passa-gem pela Batalha, onde pudemos conhecer um dos mosteiros mais bonitos de Portugal, o Mosteiro da Batalha. Tivemos a oportunida-de de entrar no mostei-ro e imaginar como era a vida dos monges na sua época. Vimos tú-mulos antigos, uma exposição sobre a épo-ca medieval, pudemos também observar o render da guarda no Túmulo do Soldado Desconhecido, em ho-menagem aos solda-dos de todos os tem-pos. Depois fizemos uma visita ao Parque dos Monges, em Alcobaça, onde pudemos almo-çar, ver alguns animais e fazer algumas ativi-dades ao ar livre, como slide, uma prova de orientação e um workshop de doçaria conventual. Depois desta visita, dirigimo-nos para a Lourinhã e voltámos para casa. Para nós, nesta visi-ta, não houve pontos negativos. Foi interes-sante e conseguimos aprender muitas coisas novas e divertir-nos ao mesmo tempo.

Ana Carolina, Ana San-tos ,11ºF

Mosteiro da Bata-lha e Parque dos

Monges

A FAZER TIJOLO...

Forno circular 

1Manuel Alegre, “O Canto e as Armas”

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tabolismo em repouso nas horas seguintes. Normalmente, a maio-ria dos alunos faz treinos de 45min, 2 vezes por semana. Os treinos podem parecer de pouco tempo, mas é preferível fazer durante menos tempo e mais in-tenso, até para não ser maçador. A palavra-chave é intensidade, mas também depende muito da vontade dos alunos. E - Como é que foi a adesão

dos alunos a esta iniciativa? P- A adesão dos alunos foi boa. Contamos com 25 a 30 alunos em todo o Agrupamento. A maio-ria tinha excesso de peso, no entanto, também temos alunos que não têm excesso de peso, mas que vêm para melhorar a condição física. E- E quais já foram os resulta-dos obtidos? P- Os resultados obtidos pelos alunos têm sido bastante satisfa-tórios. Realçamos duas alunas do 12ºano (Cheila Estrela e Cata-rina) nas quais foi mais visível a perca de peso. Os alunos que vêm para melhorar a condição física têm vindo a aumentar bas-tante as notas.

Para apoiar o testemunho das Professoras, entrevistámos Chei-la Dias, que nos falou um pouco da sua experiência.

E - O que te levou ao Toca a Me-xer? Cheila Dias (CD)- Foi a profes-sora Carla Umbelino. Quando nos pesámos, percebi que esta-va com excesso de peso, e a for-ma como a Profª Carla falou so-bre a iniciativa levou-me a ali-nhar. E - E o teu principal objectivo era

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

O Toca a Mexer, uma iniciativa que envolve professores de Edu-cação Física de todo o Agrupa-mento, tem vindo a ganhar gran-de popularidade entre os alunos. Por esta razão, decidimos reali-zar uma pequena entrevista à coordenadora do programa, Profª Carla Umbelino, à Profª de Edu-cação Física, Joana João, e a uma aluna que participa na inici-ativa, Cheila Estrela.

Entrevistadoras (E) - Como é que surgiu esta iniciativa? Prof.ª (P) - Esta iniciativa surgiu a partir de um estudo realizado ao IMC (Índice de Marca de Cor-poral) na Escola Afonso Rodri-gues Pereira, e ao IMC e à % de Massa Gorda na Escola Secun-dária da Lourinhã. E - O que se concluiu com es-se estudo? P- Que na Escola Afonso Rodri-gues Pereira, dos 564 alunos, 203 não se encontravam dentro da zona saudável relativamente ao IMC e que, na Escola Secun-dária da Lourinhã, dos 392 alu-nos, 89 tinham excesso de peso relativamente ao IMC, e 107 es-tavam acima do peso saudável, relativamente à % Massa Gorda, sendo visível a prevalência da obesidade, que atingiu níveis preocupantes e está a aumentar em muito, devido às mudanças nos hábitos de vida,(sedentarismo, má alimenta-ção…). E - E em que consiste a iniciati-va? P- A iniciativa consiste em acom-panhar alunos obesos e com dis-túrbios alimentares através de planos de treino, específicos pa-ra a perda de peso, e aconselhá-los sobre uma alimentação sau-dável, tendo a ressalva de que não somos nutricionistas. E– De que constam os treinos? P- Estes treinos são específicos para perda de massa gorda. O objectivo é queimar o máximo de calorias possível e, internamente, desenvolver a maior quantidade de músculo, de modo a poder aumentar ao máximo o seu me-

TOCA A MEXER

perder peso ou tornares-te mais saudável? CD - As duas coisas. Perder pe-so porque não gostava de como era antes e tornar-me mais sau-dável. E - E o que é que ganhaste com essa experiência? CD - Saúde. E aprendi que o desporto é essencial sempre, e a alimentação também. No meu caso, tem de ser sempre cuida-da, pois não me posso descuidar muito. O Toca a Mexer, com os seus resultados impressionantes, é uma iniciativa que vai ter conti-nuidade e até, quem sabe, será alargada. Entrevistámos a coor-denadora do projecto, Prof.ª Car-la Umbelino, para nos falar sobre o futuro do mesmo.

E - Quais são as perspectivas para o futuro do projecto? Profª Carla Umbelino - Para já, o nosso objectivo é dar continui-dade ao projecto e alargá-lo ao resto da comunidade educativa, ou seja, ao agrupamento em si, alargando este projecto aos fun-cionários e professores da escola e aos alunos do 1º ciclo. Para além disso, esperamos que os professores, tanto da nossa es-cola como da Afonso Rodrigues Pereira, sejam contemplados com horas nos seus horários pa-ra o Toca A Mexer. Gostaríamos que alguém do grupo de Ed. Físi-ca pertencesse ao PES (Projecto Educação para a Saúde), projec-to obrigatório pelo Ministério da Educação, que nos traria mais horas e, eventualmente, verbas que nos dariam alguma margem de manobra em termos financei-ros. Dia 6 de Junho realizou-se o Dia da Saúde na Escola Secundária da Lourinhã, um dia que contou com rastreios, a presença de uma nutricionista, aulas de grupo para alunos e professores e uma palestra sobre o Toca a Mexer. E não te esqueças: “Um quilo de determinação vale mais… que uma tonelada de sorte”.

Inês Félix e Marta Nobre, 11ªD

Supl.

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O aumento da temperatura: perigos para o Planeta

O mundo está em constante mudança. Após a visualização do documentário “Os 6 graus que mudaram o Mundo”, apercebemo-nos mais facilmente destas alterações a nível global. O Aquecimento Global, isto é, o aumento da temperatura média à superfície terreste, é hoje em dia um fenómeno preocupante para a vida humana. Anteriormente, este acontecimento devia-se a causas naturais, no entanto, essa realidade mudou. A ação do homem tem sido determinante para a intensificação deste problema com crescentes emissões de dióxido de carbono, entre outros gases, para a atmosfera. O Aquecimento Global é um fenómeno normal. O que não é normal e, sim, preocupante é a rapidez com que estas alterações têm ocorrido. No esquema conceptual acima são ilustradas as reações em cadeia que acontecem devido ao aumento da temperatura média de 1ᵒC a 6ᵒC, conduzindo ao fim da vida humana.

Carla Neto, 12ºC

Modelo económico viável para Portugal

Portugal vive hoje uma situação de crise económica e social que se agrava de dia para dia. Tem como principal debi-lidade a falta de competitividade da sua economia, devido a problemas estrutu-rais, que têm revelado uma incapacidade em aumentar consideravelmente a sua produtividade. Deste modo, a insustentabilidade or-çamental é cada vez maior, e o colapso da economia é temido pelos responsá-veis governamentais. Posto isto, é fundamental responder- -lhe com energia, com ações de efeito rápido, com soluções eficazes e com uma visão de futuro para os médio e lon-go prazos. É, sobretudo, importante responder à crise com seriedade, porque só assim se

constrói a cumplicidade e a confiança entre governantes e governados. Portugal vive há doze anos com défi-ces externos sistemáticos, aumentando todos os anos a dívida externa. Por isso, o objetivo central da econo-mia portuguesa tem de ser o reforço da competitividade das empresas, através do incentivo ao investimento, com vista a aumentar, de forma sustentada, as ex-portações. Só assim poderemos criar condições para a defesa e para o cresci-mento sustentado do emprego. É também necessário um esforço por parte dos trabalhadores, pois estes terão de estar dispostos a trabalhar mais horas por dia e mais dias por semana até que a economia de Portugal se estabilize. Desta forma, poderemos diminuir a

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taxa de desemprego, incen-tivar os jovens a abrirem os seus negócios e a exporta-rem produtos nacionais para todo o mundo, tornan-do Portugal num país com-petitivo e capaz de se afir-mar a nível internacional. Concluindo, sem o sec-tor exportador português, o país não poderá atravessar esta crise económica nem terá a mínima hipótese de se aproximar do nível de desenvolvimento dos paí-ses da União Europeia.

Inês Luz, 12º C

Supl.

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