oficina da pesquisaoficinadapesquisa.com.br/apostilas/eps/ap.6.eps.socio.pdf · este pensador...

32
OFICINA DA PESQUISA ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE Prof. Msc. Carlos José Giudice dos Santos [email protected] www.oficinadapesquisa.com.br

Upload: doanlien

Post on 17-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

OFICINA DA PESQUISA

ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE

Prof. Msc. Carlos José Giudice dos Santos

[email protected]

www.oficinadapesquisa.com.br

A FORMAÇÃO DA MORAL OCIDENTAL

A FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

O NASCIMENTO DA SOCIOLOGIA

Períodos da Filosofia

História da

Filosofia

Filosofia antiga - séc. VI a.C. ao séc. VI d.C.

Filosofia patrística - séc. I ao séc. VII

Filosofia medieval - séc. VIII ao séc. XIV

Filosofia da Renascença - séc. XIV ao séc. XVI

Filosofia moderna - séc. XVII a meados do séc. XVIII

Filosofia da Ilustração (Iluminismo) – meados do séc. XVIII até início do séc. XIX

Filosofia contemporânea – meados do séc. XIX até hoje

GregaLatina

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA [1]Na visão de De Santi (2013), depois que Kant pôs um pontofinal na pretensão filosófica de tentar conhecer as coisastais como elas são, a filosofia tornou-se basicamente umagrande teoria do conhecimento. A grande questãofilosófica passou a ser: “O que é realmente possívelconhecer tendo em vista os limites da razão humana?”

Em paralelo a esse processo de reavaliação filosófica,começaram a surgir correntes de pensamento dentro dafilosofia que deixaram de questionar os fenômenos emseus aspectos subjetivos e passaram a estudá-los demaneira objetiva. Entravam em cena as ciências humanas:sociologia, psicologia, antropologia, história e geografia.

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA [2]A filosofia começou a perder o seu “trono” de vez a partirdas ideias de Augusto Comte, mentor de uma corrente depensamento denominada positivismo. Comte acreditava quea filosofia deveria se resignar a um papel de coadjuvanteem relação ao conhecimento, refletindo apenas sobre osresultados e os significados dos avanços científicos, estessim considerados como o “verdadeiro” conhecimento.

Assim, “a filosofia se resignou a estudar o conhecimentopor vias mais sólidas que o pensamento puro”, eespecialmente, continuou estudando a ética, que semprefoi e nunca deixou de ser um tema essencialmentefilosófico (DE SANTI, 2013).

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA [3]A grande “estrela” entre as ciências humanas que surgiram apartir do século XIX foi a sociologia, e seus pensadores darealidade social questionaram, entre outras coisas, a grandedualidade “liberdade do homem” x “aprisionamento social”.

Inúmeros são os pensadores deste período especialmenteprolífico: Friedrich Nietzche, Georg Hegel, Kierkegaard,Schopenhauer, Ludwig Wittgenstein, Bertrand Russel,Willian James, Edmund Husserl, Jean Paul Sartre,TeodorAdorno, Max Horkheimer, Hannah Arendt, Heidegger, KarlPopper, Michel Foucault, entre outros. Entretanto, para osfins de nosso estudo (sociologia), vamos estudar apenasquatro pensadores: Augusto Comte, Émile Durkheim, KarlMarx e Max Weber.

Este pensador francês é considerado o fundador dasociologia moderna, sendo a primeira pessoa a utilizaro termo “sociologia”.

Suas reflexões começaram a partir do caos socialdeixado pela Revolução Francesa. Foi também ocriador de uma corrente de pensamento denominadapositivismo, a partir da qual desenvolveu a “Lei dostrês estágios”. Segundo Comte (e esta lei), os homensexplicam todos os fenômenos do universo passandopor três fases ou estágios:

AUGUST COMTE (*1798/ †1857) [1]

• Primeiro estágio – Fase teológica: todos os fenômenossão explicados em função da vontade de seressobrenaturais. Em outras palavras, o pensamento éguiado por ideias religiosas e pela crença de que asociedade é uma expressão da vontade divina (idadeantiga até a renascença).

• Segundo estágio – Fase metafísica: os fenômenos e asociedade passaram a ser vistos em termos naturais, enão mais sobrenaturais (renascença até o Iluminismo).

• Terceiro estágio – Fase positiva: a explicação dosfenômenos e da sociedade são decorrentes dos avançoscientíficos (do Iluminismo até o tempo atual).

AUGUST COMTE (*1798/ †1857) [2]

Para Comte, a sociologia deve aplicar os mesmos métodoscientíficos rigorosos de estudo sobre a sociedade, damesma maneira que os físicos e químicos, por exemplo,aplicam para estudar o mundo físico.

O positivismo de Comte sustenta que a ciência deve sepreocupar apenas com entidades observáveis e que possamser conhecidas pela experiência direta.

Assim, uma abordagem positivista sobre a sociedade tem ointuito de produzir conhecimentos sociais com base emevidências empíricas obtidas por meio de observação,comparação e experimentação (GIDDENS, 2012).

AUGUST COMTE (*1798/ †1857) [3]

Para o francês Durkheim, Comte não conseguiuestabelecer uma sociologia com bases científicasporque suas ideias eram vagas demais.

Durkheim argumentava que os sociólogos deveriamestudar a vida social da mesma maneira que oscientistas estudam o mundo natural, ou seja, os fatossociais deveriam ser tratados como coisas eanalisados com o mesmo rigor quanto os objetos efenômenos da natureza.

Assim, para Durkheim, a unidade básica de estudo dasociologia são os fatos sociais.

ÉMILE DURKHEIM (*1858/ †1917) [1]

Cabe aqui a definição de Durkheim para fato social, que sãoaspectos da vida social que moldam nossas ações comoindivíduos, como por exemplo, a situação econômica de um paísou região ou a influência religiosa.

Para Durkheim, as sociedades tem uma realidade própria quenão pode ser considerada simplesmente sobre o ponto de vistade ações e interesses de seus membros individuais (GIDDENS,2012).

Durkheim considerava os fatos sociais difíceis de estudar porserem invisíveis e intangíveis, ou seja, não podem serobservados diretamente, mas apenas indiretamente, por meiode suas expressões escritas (leis, textos religiosos e regras deconduta escritas).

ÉMILE DURKHEIM (*1858/ †1917) [2]

Na visão de Giddens (2012), Durheim, assim comooutros estudiosos da sociologia, estava preocupadocom as mudanças que a sociedade de seu tempoestava enfrentando.

Durheim se interessou especialmente pelasolidariedade social e moral, ou seja, aquilo que uneuma sociedade e a impede de cair no caos.

Durkheim também verificou que a divisão do trabalho(assunto de uma de suas obras) gerou uma distinçãoentre dois tipos de solidariedade: a solidariedademecânica e a solidariedade orgânica.

ÉMILE DURKHEIM (*1858/ †1917) [3]

A solidariedade mecânica ocorre em sociedadestradicionais (atrasadas), caracterizadas por umabaixa divisão do trabalho. Uma vez que as pessoasdesse tipo de sociedade possuem ocupaçõessemelhantes, elas são unidas pela experiência comume crenças compartilhadas. Assim, existe um poder nascrenças compartilhadas que pune qualquer indivíduoque ouse desafiar o modo de vida convencional daquelasociedade.

Desse modo, a solidariedade mecânica baseia-se noconsenso e similaridade de crenças.

ÉMILE DURKHEIM (*1858/ †1917) [4]

Já a solidariedade orgânica surge a partir do momento em quea urbanização e principalmente a industrialização levam a umadivisão cada vez maior do trabalho. Os trabalhadores começama se especializar cada vez mais em funções específicas eperdem a noção do todo (lembrem-se do filme “TemposModernos”, de Charles Chaplin, em que seu personagem seespecializa em apertar porcas).

Assim, neste tipo de sociedade, a crescente especialização detarefas e diferenciação social levava as pessoas a umainterdependência econômica, ou seja, as pessoas ficavam maisdependentes umas das outras na medida em que precisavam debens e serviços fornecidos por pessoas de ocupaçõesdiferentes.

ÉMILE DURKHEIM (*1858/ †1917) [5]

Assim, na solidariedade orgânica, as relações de dependênciamútua e de reciprocidade econômica substituem as crençascompartilhadas, substituindo as crenças compartilhadas paracriar um consenso social. Surge aqui a noção da sociedade comoum organismo social, ou seja, assim como em um organismobiológico, se determinado órgão funciona mal, o organismocomo um todo pode entrar em colapso.

Assim, a sociedade tem de contribuir para o todo, ou seja, cadaórgão deve desempenhar bem sua função, baseado em regraspara que não se formem patologias que coloquem em risco asociedade. Durkheim afirmava que devemos compreender cadaelemento da sociedade como ele é, e não como queríamos queele fosse.

ÉMILE DURKHEIM (*1858/ †1917) [6]

Nasceu em Tréveris (atual Alemanha) e morreu exilado emLondres, pobre, esquecido e sem pátria. Em seu velóriocompareceram apenas 11 pessoas, incluindo o coveiro.

Em sua juventude, as atividades políticas de Marx o levarama ser expulso da Alemanha. Marx foi para a França por umbreve período, até que se estabeleceu definitivamente naInglaterra, onde permaneceu até o final de sua vida.

Do mesmo modo que Comte e Durkheim, Marx queriaexplicar as transformações que a Revolução Industrialestavam provocando na sociedade de seu tempo, mas seusescritos concentravam-se menos nos aspectos sociais paraprivilegiar mais as questões econômicas.

KARL MARX (*1818/ †1883) [1]

Assim, suas ideias contrastavam com as ideias de Comte eDurkheim, e não tiveram muita influência no século XIX.Entretanto, suas ideias influenciaram bilhões de pessoasno início do século XX, começando pelo seu “Manisfesto doPartido Comunista”, financiado pelo seu amigo FriedrichEngels, até a sua obra máxima, mundialmente conhecida (OCapital).

O seu “Manifesto” conclamou os trabalhadores a selevantarem contra as classes dominantes, o que levou àorigem de várias revoluções sociais pela Europa. A grandemaioria dessas revoluções foram esmagadas, mas elasajudaram a abrir o caminho para as reformas sociais.

KARL MARX (*1818/ †1883) [2]

Os temas centrais das obras de Marx são o capitalismo, a lutade classes e a concepção materialista da história (conhecidatambém como materialismo dialético histórico).

Para Marx, o capitalismo é um sistema econômico totalmentediferente dos sistemas econômicos anteriores porque estimulao surgimento de duas classes:

• A classe dominante, que detém o capital (ou meios deprodução – dinheiro, máquinas, equipamentos, fábricas etc),ou seja, tudo aquilo que pode ser usado ou investido paracriar recursos futuros.

• A classe dos trabalhadores ou proletariado, que segundoMarx, tinha o seu trabalho explorado pelos donos dos meiosde produção.

KARL MARX (*1818/ †1883) [3]

De acordo com Marx, o capitalismo é um sistemaclassista, no qual as relações sociais sãocaracterizadas pelo conflito. É preciso notar quetanto os donos do capital quanto os trabalhadoresprecisam uns dos outros – os capitalistas precisam damão de obra dos trabalhadores e os trabalhadoresprecisam dos salários – mas essa relação dedependência é muito desequilibrada, pois a relaçãoentre essas duas classes é de exploração do trabalho.

Assim, Marx enxergou que à medida que os recursoseconômicos se tornassem mais escassos, o conflito declasses seria algo inevitável.

KARL MARX (*1818/ †1883) [4]

Para Marx, a principal fonte de lucro dos capitalistas temcomo origem a exploração da mão de obra dostrabalhadores.

Marx também considerava que as mudanças sociais nãosão o fruto de ideias e valores que os seres humanospossuem. Em sua visão Marx considera que todas asmudanças sociais tem origem ou são influenciadas poraspectos econômicos. Esta visão de Marx é conhecidacomo concepção materialista da história.

Segundo essa visão, todos os sistemas sociais fazemtransição de um modo de produção para outro por causade contradições em sua economia.

KARL MARX (*1818/ †1883) [5]

Marx considerava que as contradições econômicaspróprias de uma sociedade classista levariam a uminevitável conflito de classes. Assim como oscamponeses se uniram e conseguiram derrubar aordem feudal, o capitalismo também seria derrubadopelos trabalhadores com uma implantação de uma novaordem, uma sociedade sem classes: o comunismo.

Vale lembrar que praticamente todos os países queadotaram este sistema político-econômico tiveramseus governos derrubados (caso da União Soviética)ou tiveram que mudar a sua economia (caso da China).

KARL MARX (*1818/ †1883) [6]

Os críticos de Marx dizem que a transição capitalismo –socialismo – comunismo fracassou. Isto é em parte verdade, o quenos leva a crer, por exemplo, que os poucos sistemas comunistasque ainda existem no mundo (caso de Cuba e Coréia do Norte) vãoruir, ou seja, é apenas uma questão de tempo.

Entretanto, os marxistas acreditam que a doutrina de Marx,apesar de muitos equívocos, possuem algumas análises precisas eque ainda hoje seguem atuais. É o caso, por exemplo, do“Manifesto” que apontava que a sociedade capitalista iria mudar oformato familiar vigente até o final do século XIX.

Demorou um pouco, mas em 1998 o historiador Eric Hobsbawn (ummarxista convicto) escreveu que nas sociedades ocidentais maisavançadas, praticamente metade das crianças são geradas oueducadas por mães solteiras.

KARL MARX (*1818/ †1883) [7]

Nascido na Alemanha, foi um dos mais prolíficospensadores do final do século XIX e início do séculoXX. Seus escritos cobriam os campos da economia, dodireito, da filosofia, da história comparativa e claro,da sociologia (GIDDENS, 2012).

Weber também tentou entender a natureza e ascausas das mudanças sociais de seu tempo. Foi um doscríticos de Marx, rebatendo a sua concepçãomaterialista da história. Weber considerava que osaspectos econômicos são importantes, mas que asideias e os valores humanos possuem também umagrande influência nas mudanças sociais.

MAX WEBER (*1864/ †1920) [1]

A obra mais famosa de Weber no campo da sociologia foi“A ética protestante e o espírito do capitalismo”, na qualpropõe que os valores religiosos possuem uma importânciafundamental para criar uma perspectiva capitalista.

Weber lança o conceito de ação social como objetofundamental de estudo da sociologia, ao contrário de seuscolegas anteriores, que se debruçavam nas estruturassociais. Entretanto, para entender o que é ação social,temos antes que entender um outro conceito criado porWeber: o tipo ideal.

Weber considera tipos ideais como modelos conceituaisque podem ser usados para entender o mundo.

MAX WEBER (*1864/ †1920) [2]

Weber considera que no mundo real, os tipos ideais quasenunca existem – apenas alguns de seus atributos estãopresentes. Entretanto, ele considera estas construçõeshipotéticas bastante proveitosas, porque é possível entenderqualquer situação do mundo comparando com um tipo ideal. Emoutras palavras, os tipos ideais são pontos de referênciasfixos. Isto não significa que os tipos ideais são perfeitos oudesejáveis, mas apenas um forma “pura” de determinadofenômeno.

Entendido o que é tipo ideal, podemos entender aquilo queWeber chama de ação social, que são aquelas em que oindivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação a partirde suas ações com as demais pessoas.

MAX WEBER (*1864/ †1920) [3]

As ações em que os indivíduos agem de acordo com aorientação de ações dos outros são consideradas porWeber como ações individuais (ações imitativas).

Weber criou quatro tipos ideais de ações sociais, a saber:

1. Ação social racional com relação a fins, na qual aação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é,então, racionalmente buscado. Há a escolha dosmelhores meios para se realizar um fim (por exemplo,pessoas que se esforçam muito para passar em umconcurso público, ou trabalhar além do que é pedidovisando uma promoção);

MAX WEBER (*1864/ †1920) [4]

2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é ofim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso,político ou estético (por exemplo, fazer doações parainstituições de caridade, ou não aceitar suborno de qualquernatureza);

3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida porsentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão,inveja, medo, etc (por exemplo, proteger o seu filho ou filhacom a sua vida, ou a relação entre fãs e seus ídolos ou entretorcedores e seus times);

4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora oscostumes ou hábitos arraigados (por exemplo, quando umapessoa age de certa maneira porque seu pai ou avô agiamassim).

MAX WEBER (*1864/ †1920) [5]

Como podemos notar, os dois últimos tipos de açõessociais não são racionais.

Outro conceito importante estudado por Weber é o deburocracia. Segundo Weber, o capitalismo não é dominadopela luta de classes, conforme afirmava Marx, mas pelaascensão da ciência e da burocracia como único meio deorganizar grandes quantidades de pessoas.

A partir deste conceito, Weber começou a estudar arelação entre dominantes e dominados que se apoiam embases legítimas. Este estudo resultou em três tipos puros(ideais) de dominação legítima, a saber:

MAX WEBER (*1864/ †1920) [6]

1. Dominação Legal (em virtude de estatuto): o tipo maispuro de dominação legal é a dominação burocrática. Aideia básica é que qualquer direito pode ser criado emodificado mediante um estatuto sancionado entre aspartes. Neste tipo de dominação, a associação dominanteé eleita ou nomeada. O dever de obediência, nesse caso, ébaseado numa hierarquia de cargos, com subordinação dosinferiores aos superiores. A burocracia constitui o tipotecnicamente mais puro da dominação legal. Toda aevolução do capitalismo moderno se identifica com aburocratização crescente, especialmente nas grandesorganizações. Em geral, quanto maior é a organização,maior é a formalidade e a burocracia.

MAX WEBER (*1864/ †1920) [7]

2. Dominação tradicional (em virtude da crença nasantidade das ordenações e/ou dos poderes senhoriais). Otipo mais puro da dominação tradicional é a dominaçãopatriarcal, e a associação dominante tem geralmentecaráter comunitário. O tipo ideal que ordena é o “senhor”e quem obedece são os “súditos”. Nesse caso o dever deobediência acontece em relação a uma pessoa em virtudede sua dignidade própria, santificada pela tradição(fidelidade). Em geral não é possível criar novos direitosdiante das normas e da tradição. A classe dominada érepresentada pelos dependentes pessoais do senhor,parentes, amigos pessoais e pessoas que estejam ligadaspor um vínculo de fidelidade.

MAX WEBER (*1864/ †1920) [8]

3. Dominação carismática (em virtude de devoção afetivaà pessoa do senhor e/ou a seus dotes sobrenaturais). Ostipos mais puros da dominação carismática são adominação do profeta, a do herói guerreiro e a do grandedemagogo. A associação dominante tem geralmentecaráter comunitário. O tipo ideal que manda é o “líder” equem obedece são os “apóstolos” ou discípulos. Porexemplo, o político carismático (demagogo) é um produtoda cidade. A autoridade carismática baseia-se geralmentena visão de um sonho do líder, compartilhado com os seusliderados como um objetivo possível de ser atingido.

MAX WEBER (*1864/ †1920) [9]

Bibliografia ConsultadaARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução àfilosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993.CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática,2005.DE SANTI, Alexandre (Editor). Guia da filosofia. São Paulo:Abril, 2013.GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Penso,2012MADJAROF, Rosana. Mundo dos Filósofos. 1997-2011.<Disponível em: www.mundodosfilosofos.com.br>. Acesso em: 27mar. 2015.