obtenção de matérias primas

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Caracterização dos elementos e ciência em torno da obtenção de uma boa qualidade de matéria prima vegetal para alimento ou processamento industrial

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Obteno de matrias primas

Obteno de matrias primasSolo, Nutrio e Proteo das PlantasProf. Dr. Adriana DantasUERGS, Caxias do Sul, RSIntroduoAs plantas so a matria-prima vegetal Desenvolvimento depende:Calor: Temperatura, a umidade e a luz Nutrientes do solo (Em cultivos hidropnicos o solo a soluo nutrititva)Clima conjunto de condies metereologicas mdias da atmosfera de uma regioInfluenciado pela topografia e pelos ventosO solo, o suporte das plantas, fixam as razes e fornece os nutrientesA terra, formada por uma camada de solo e outro de subsolo. Este compacto e tem estrutura prpria, de acordo com os minerais de que formado.

TIPOSCaule: Cana-de-acar Melado; RapaduraCereais: Arroz, Aveia, Centeio, Cevada, Milho, Sorgo, TrigoBulbos: Alho, CebolaLeguminosas: Amendoim, Ervilha, Feijo, Fava, Gro-de-bico, Lentilha, Soja, TremooTubrculos: Beterraba, Cenoura, Nabo, RabaneteRazes: Aipim, Batata doce, Batata inglesa, Car, Inhame, MangaritoInflorescncias (Estrutura floral em que h mais de uma flor num pednculo) : Brcolis, Couve-florFrutas frescas: Abacaxi, Ameixa, Bacuri, Banana, Caju, Cereja, uva, damasco, pssegoVerduras, legumes e outras hortalias

Aproveitamento das matrias-primasPreparao de alimentosElaborao de produtos secos ou dessecadosfrutas dessecadasFabricao de produtos de extraoextratos, sucos, leos, nctarProduo de alimentos mistosdoces em pastas, picles sortidos, salada de frutas etcComplementao de outros produtossubstncias amilcias, suco de limo, vinagreConstituio de produtos liofilizados, super gelados e pr-cozidosObjetivosA matria-prima deve satisfazer as exigncias: Valor nutritivo;Normalidade de seus caracteres organolticos;Sanidade;Capacidade de resistir s etapas dos processamentos;Adequao forma de industrializaoPLANEJAMENTO PARA A PRODUO DE MATRIAS-PRIMAS Produzi-las dentro das tcnicas, visando: maior rendimento em quantidade;qualidade e particularidades especficasboa seleo depende vigilncia das vrias cincias que leva a um bom condicionamento da produo da matria-primaCultura Seletiva Seleo da Planta

Escolha do alimentoPlanta de mais fcil cultivo;De maior produo quanto sua quantidade e maior nmero de ciclos;pronta aceitabilidade dos consumidores.competio entre os produtores;crescente interesse do mercado na aquisio de verduras e de frutas:de maior variedade;caracteres organolticos mais atraentesProcessos tecnolgicos na melhoria de vegetaisenxertia - abreviao e melhor produo em plantas de maior rusticidade,a hibridao,aplicao de fertilizantes,de pesticidas,irrigao artificial,emprego da mecanizao da lavoura etc,Exerccio da cultura seletiva e benefcios compensadores.melhor matria-prima melhor produto alimentcio.

o processo de propagao no qual ocorre a induo do enraizamento adventcio em segmentos destacados da planta - me, que uma vez submetidos a condies favorveis, originam uma muda.

Enxertia borbulhia

Objetivo da cultura seletiva

melhoria da matria-prima quanto a :caracteres organolticosvalor nutritivocaractersticas de crescimentoqualidades de maturaopropriedades funcionaisCaracteres Organolticos

Conservao no produto: da cor, sabor, forma, aspecto e estrutura.Algumas matrias-primas modificam os seus caracteres organolticos.Coras alteraes de cor, de alimentos sensveis s temperaturas, impedem, muitas vezes, o seu aproveitamento industrial, por tornarem-se aps elaborados, produtos de m aparncia.Ex: Vegetais e frutas por razes diversas, podem apresentar alteraes de cor.A perda de colorao da matria-prima - sua correo por corantes admitidos.Ex: cerejas, que perdem sua cor, pela sada dos pigmentos para o xarope.Modificao da colorao de matrias-primas favorece a finalidade de seu aproveitamento.Ex: fritura de batatas, na qual o amarelecimento beneficia o produto final.

Caracteres Organolticos

SaborA maioria no conserva o gosto original aditivos.Alguns no podem ser transformados em produtos, pelas modificaes adquiridas.Ex: laranjas - selecionadas nos packing-houses, (galpes de embalamento e processamento pscolheita) para exportao (no atendendo especificaes impostas, so aproveitadas para o consumo in natura, sucos, doces etc.);tomate - casca fina e lisa, em vez de pelo rugosa e irregular;batatas de pele lisa e sem olhos profundos, quando destinadas ao descascamento mecnico.

Estrutura da matria primaAtender s caractersticas do produto pretendido.Seleo de variedades deve ser levada em conta.Estrutura de vrios alimentos respondem diferentemente s manobras e processos de industrializao. Ex: variedades de pssegos e de tomates, de pelculas mais resistentes, so utilizados para no serem traumatizados durante a sua classificao e descascamento. Enlatamento e Congelamento - perda da rigidez Exemplo: Enlatamento de pssegos - variedade predileta: fruta mais amarelada e caroo colado polpa; Banana dgua ou nanica - banana-passa. Valor nutritivo Melhoria do padro nutritivo de vegetais - programa de vrios centros de pesquisa (protena). Ex: de vegetais selecionados, portadores de AA de melhor valor biolgico: variedades de soja, de feijes, o milho opaco-2 etc.

Melhoria dos hbitos de crescimentoMaior facilidade da colheita mecnicacom melhores hbitos de crescimento do vegetal.

Cultivo de certas variedades de leguminosas e de frutassua disposio junto planta se desprendem com facilidade, sob a ao vibratria de mquinas colhedeiras. Qualidades de maturao O processo de maturao - importante para: consumo de frutas e de vegetais in naturamatria-prima, para a fabricao de produtos.

Maturao irregular do alimento repercute desfavoravelmente:na qualidade do produto no sucesso da forma de seu processamento. A seleo de variedades de produo assegura maior fartura de matrias primas; alargamento de seu perodo de colheitaPropriedades funcionais Seleo feita para conseguir matria-prima, com propsito funcional definido. Ex: As farinhas extradas do trigo segundo a variedade do gro utilizado e o tipo de moagem, so empregadas na confeco de vrios produtos: po - trigo duro;macarro - trigo durssimoprodutos de confeitaria - trigo mole, misturado, duro;

Frutas: uvas-segundo a variedade fabricao de diferentes tipos de vinho. Frutas ricas em pectina fabricao de gelias.ENCAMINHAMENTO DA MATRIA-PRIMA Etapas de operaes do encaminhamento: - colheita, - higienizao, - transporte, - pr-preparo - processamento. Importante para a obteno do produto padro ideal. Em todas as fases de encaminhamento, as matrias-primas de procedncia animal ou vegetal devem receber tratamentos adequados, visando principalmente preservao de suas qualidades sensoriais e de sanidade. COLHEITA momento exato da colheita (alimento, por suas condies principalmente de maturao, deve ser colhido).meios manuais e mecnicos; sem as tcnicas exigidas=perdas da qualidade de alimento. PR-PREPARO E PROCESSAMENTO Pr-preparo visando finalidade de manter e assegurar o mais alto padro da matria-prima

Fase executada sob normas rgidas quanto a seleo, limpeza e subdiviso da matria prima: eliminao das partes inconvenientes;eliminao de microrganismos.

ProcessamentoA preservao da matria-prima se realiza de maneira:direta - manuteno das qualidades j asseguradas ao alimento,indireta, pela ausncia de fatores negativos, inerentes ao meio, aos utenslios, ao equipamento e aos manipuladores.ARMAZENAMENTORegras - quanto temperatura, umidade composio da atmosfera. Tempo de armazenamento de matrias primasde curto prazo, o necessrio para aguardar o seu aproveitamento no processo.

Deteriorao da matria-prima ocorre por:ao de organismos vivos (insetos, microrganismos, etc.); processos fsicos (fenmenos resultantes de congelamento, recristalizao, etc.), e por influncia biolgica (rancificao, etc) Matrias-primas perecveis- conservao atravs de cmaras a distintos graus de temperatura.Anlise qumica do tecido vegetalComum encontrar cerca de meia centena de elementos qumicosentretanto, nem todos so considerados nutrientes de planta.Isso ocorre porque as plantas tm habilidade de absorver do solo ou da soluo nutritivaOs elementos qumicos disponveis podem ser um nutriente ou um elemento benfico e/ou txico. Nutriente - definido como um elemento qumico essencial s plantas, ou seja, sem ele a planta no vive. NutrientePara que um elemento qumico seja considerado nutriente, preciso atender aos dois critrios de essencialidade, o direto ou o indireto ou ambos, que foram propostos por Arnon & Stout (1939), fisiologistas da Universidade da Califrnia, conforme segue:

Direto:O elemento participa de algum composto ou de alguma reao, sem a qual a planta no vive;Indireto:Na ausncia do elemento a planta no completa o seu ciclo de produo (vegetativo e reprodutivo).O elemento no pode ser substitudo por nenhum outro.

Nutrientes de PlantasO elemento deve ter um efeito direto na vida da planta e no exercer apenas o papel de, com sua presena no meio, neutralizar efeitos fsicos, qumicos ou biolgicos desfavorveis ao vegetal. A literatura mundial considera dezesseis elementos qumicos como nutrientes de plantas, a saber: C, H, O, N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Mn, Zn, Cu, B, Cl e Mo. Os nutrientes so importantes para a vida, porque desempenham funes importantes no metabolismo da mesma, seja como substrato (composto orgnico) ou em sistemas enzimticos. De forma geral, tais funes podem ser classificadasEstrutural faz parte da estrutura de qualquer composto orgnico vital para a planta;

Constituinte de enzimafaz parte de uma estrutura especfica, grupo prosttico/ativo de enzimas;

Ativador enzimticono faz parte da estruturaNutrienteNo s ativa como, tambm, inibe sistemas enzimticos, afetando a velocidade de muitas reaes no metabolismo do vegetal; Quando um dado nutriente desempenha tais funes na planta, so afetados diversos processos fisiolgicos importantesfotossntese, respirao etctm influencia no crescimento e produo das culturas.

A fotossntese uma reao fsico-qumica mais importante do planeta, uma vez que todas as formas de vida dependem dela. Processos fotossintticoOcorre dentro dos cloroplastos, que so plastdeos localizados em clulas do mesfilo palidico e do lacunoso. O nmero de cloroplastos por clula varia de um a mais de cem, dependendo do tipo de planta e das condies de crescimento. Os cloroplastos tm forma discide com dimetro de 5 a 10 micras, limitado por uma dupla membrana (externa e interna). A membrana interna atua como uma barreira controlando o fluxo de molculas orgnicas e ons dentro e fora do cloroplasto. Molculas pequenas como CO2, O2 e H2O passam livremente atravs das membranas do cloroplasto. Internamente, o cloroplasto composto de um sistema complexo de membranas tilacoidais, que contm a maioria das protenas necessrias para a etapa fotoqumica da fotossntese. As protenas requeridas para a fixao e reduo do CO2 esto localizadas na matriz incolor denominado estroma. As membranas tilacoidais formam os tilacides, que so vesculas achatadas com um espao interno aquoso chamado lumen. Os tilacides, em certas regies, se dispem em pilhas chamadas de granum .Assim, a primeira etapa da fotossntese ocorre nas membranas internas dos cloroplastos, os tilacides, enquanto que a segunda etapa acorre no estroma dos cloroplastos, a regio aquosa que cerca o tilacides.

Pode-se adiantar que o processo fotossinttico em s depende tambm de alguns nutrientes que atuam com funo estrutural ou enzimtica e ainda, os produtos formados pela fotossntese, como a glicose tambm depender dos nutrientes para produzir outros compostos orgnicos vitais para o desenvolvimento e a produo das plantas,. Assim, percebe-se a importncia dos nutrientes na vida das plantas. Nutrio de PlantasMacronutrientesSo os nutrientes que so absorvidos ou exigidos pelas plantas em maiores quantidades: N, P, K, Ca, Mg e S (expresso em g kg -1 de matria seca). macronutrientes primrios que so N, P e Kmacronutrientes secundrios que so o Ca, Mg e S.

MicronutrientesSo os nutrientes que so absorvidos ou exigidos pelas plantas em menores quantidades: Fe, Mn, Zn, Cu, B, Cl e Mo (expresso em mg kg -1 de matria seca). Culturas acumuladoras de determinados micronutrientes pode apresentar teor deste nutriente maior que um macronutriente

Classificao dos nutrientesMengel & Kirkby (1987)Agrupados em quatro grupos em funo do papel (bioqumico) que desempenha na vida da planta.:O primeiro grupo formado pelo C, H, O, N e S,considerados nutrientes estruturais constituinte da matria orgnicaparticipao em sistemas enzimticos; assimilao em reaes de oxi-reduo. O segundo grupo composto pelo P e o B, e em algumas culturas o Siformam com facilidade ligaes do tipo ster (transferidores de energia). O terceiro grupo formado pelo K, Mg, Ca, Mn, Cl, (Na)responsveis pela atividade enzimtica e tambm atuam na manuteno do potencial osmtico, no balano de ons e no potencial eltrico, especialmente o K e Mg. E no ltimo grupo tm-se o Fe, Cu, Zn e Moatuam como grupos prostticos de sistemas enzimticos e tambm participam no transporte de eltrons (Fe e Cu) para diversos sistemas bioqumicos. Composio relativa de nutrientes nas plantas Planta colhida fresca, dependendo da espcie, pode-se observar que a maior proporo de sua massa, de 70 at 95%, constitudo por gua (H2O). Aps a secagem desta planta em estufa (circulao forada de ar, a 70C por 24-48 horas), evapora-se a gua e obtm-se a matria secaQuando submetida a mineralizao seja em forno mufla (300 C) ou cido forte, separa-se o componente orgnico e o mineral (nutrientes).

Acmulo de nutrientes pelas culturas e a formao de colheita Representam as quantidades de macro e micronutrientes que as plantas retiram do solo, ao longo do cultivo para atender a todas as fases de desenvolvimento, expressando em colheitas adequadas (mximas econmicas). Observa-se, assim, que as culturas em geral, (cana-de-acar, soja e trigo, etc) apresentam como regra, alta exigncia em nitrognio e/ou potssio e em cobre e molibdnio (Tabela 3); Ordem padro, decrescente de extrao das culturas em geral, a seguinte: Macronutrientes: N > K > Ca > Mg > P S Micronutrientes: Cl > Fe > Mn > Zn > B > Cu > Mo

Exportao de nutrientes para colheitaNa prtica, as culturas que exportam com a colheita grande parte dos nutrientes absorvidos, ou aquelas que o produto colhido toda a parte area (cana-de-acar, milho silagem, pastagem) deixam muito pouco restos de cultura e, assimmerecem mais ateno em termos de necessidade de reposio destes nutrientes, por meios de adubao de manuteno. A aplicao dos fertilizantes pode no estar satisfazendo as exigncias nutricionais das culturas, e consequentemente, a produo agrcola pode ser limitada. Este fato pode ser verificado, quando se compara a exigncia nutricional das plantas e o consumo mdio de fertilizantes utilizados nas respectivas culturas (Tabela 4). A exigncia das culturas foram obtidas para nvel de produtividade prxima da mdia nacional.

Exigncia nutricional especfica para a espcie e at para o cultivar/variedade de uma mesma espcie. A agricultura moderna exige a mxima produo econmica com respeito ao meio ambiente. O produtor brasileiro tem um grande desafio, frente baixa fertilidade dos solos tropicais e alto valor dos fertilizantes, fonte dos nutrientes. A agricultura em bases sustentveis deve adaptar a planta ao solo a partir do uso de culturas/cultivares que sejam eficientes no processo de formao de colheita fazendo mais com menos. Como a absoro, o transporte e a redistribuio de nutrientes apresentam controle gentico, existe a possibilidade de melhorar e, ou, selecionar cultivares mais eficientes quanto ao uso de nutrientes Exigncia NutricionalPara que a planta apresente alta eficincia de uso dos nutrientes, preciso otimizar diversos processos fisiolgicos e bioqumicos para formao da colheita. Os possveis mecanismos de controle das necessidades nutricionais das plantas abrangemaquisio dos nutrientes do ambiente (solo ou soluo nutritiva), movimentao por meio das razes e liberao no xilemadistribuio nos rgos e utilizao no metabolismo

Neste sentido, um determinado hbrido de trigo A pode acumular a mesma quantidade de nitrognio, por exemplo, que um hbrido B. O hbrido B usa o N para maior produo de gros, comparado ao hbrido A que prioriza maior produo de rgos vegetativos (restos culturais). Assim, para a mesma produo de matria seca (6 t ha -1 ), o hbrido B produz 40% mais gros que o hbrido A, entretanto, ambos acumulam na parte area a mesma a quantidade de N (90 kg ha -1 ) (Figura 3).

Outros elementos qumicos de interesse na nutrio vegetal Alm dos elementos ditos essenciais vida das plantas, existem outros considerados benficos e, tambm, o grupo dos elementos txicos.

Quanto ao elemento benfico, este definido como aquele que estimula o crescimento dos vegetais, mas que no so essenciais ou que so essenciais somente para certas espcies ou sob determinadas condies

O silcio e o cobalto so considerados benficos ao crescimento de certas plantas, bem como o Na, o Ni e o Se. Salienta-se que mesmo um nutriente ou elemento benfico, quando presente em concentraes elevadas na soluo do solo, poder ser txico s plantas. Elementos txicos considerado um elemento txico, o que no se enquadra como um nutriente ou elemento benfico. mesmo em concentraes baixas no ambiente, podem apresentar alto potencial malfico, acumulando-se na cadeia trfica e diminuindo o crescimento podendo levar morte o vegetal.

Al, Cd, Pb, Hg etc. O alumnio tem sido muito estudado tem em vista que os solos tropicais tm reao cida com alta concentrao do Al+3 txico. A presena deste elemento debilita e reduz o crescimento das razes, interferindo na absoro de nutrientes (como P, Mg, Ca e K) Selecionar gentipos tolerantes e buscar os mecanismos que as plantas utilizam para atenuar o efeito txico do elemento. Importncia do SilicioAumento da rigidez da clula devido a maior produo de compostos como a lignina.A maior rigidez celular melhora a arquitetura foliar da planta e favorece a fotossntese.Aumenta a resistncia das plantas a doenas fngicas.Reduz a taxa de senescencia foliar Alivia a toxicidade de Fe, Mn e Al Maior utilizao do P. Reduo da transpirao excessiva.Melhora a taxa de fertilidade da planta

Cultivo hidropnicoPreparo e uso de solues nutritivas O termo hidroponiado grego: hydro = gua e ponos = trabalho relativamente novo, designado como cultivo sem solo. Ultimamente, o sistema de cultivo alternativo, via hidroponia, pode otimizar a produo com maior nmero de safras por ano e, conseqentemente, maior produo, comparado ao sistema convencional (Tabela 6). Entretanto, a aplicao do cultivo hidropnico est restrito as culturas de ciclo rpido e de pequeno porte, como as hortalias, flores entre outras.

Hidroponia x estufa

Utilizao da hidroponiaa) Demonstrao da essencialidade de nutrientes;b) Definio de sintomatologia de desordem nutricional, seja por deficincia, seja por excesso (toxicidade);c) Conhecer a exigncia nutricional das plantas;d) Seleo de plantas tolerantes a estresse nutricional; e) Mecanismos de absoro, transporte e redistribuio inica;f) Controle de doenas;g) Qualidade de produtos em hidroponia (ex.: acmulo de nitrato).

Sintomatologia de deficincias e excessos nutricionais a) Deficincia Comprovando-se tratar de desordem nutricional, no caso da deficincia de nitrognio, o sintoma tpico de deficincia um amarelecimento da folha por falta de clorofila, que deixa de ser sintetizada, ou degradada (hidrlise e redistribuio de protenas), para a liberao do nitrognio para suprir a deficincia nas folhas novas. O sintoma aparece nas folhas mais velhas devido ao transporte do nitrognio dessas Entretanto, com o tempo, tem-se agravamento da deficincia, com clorose atingindo todas as folhas, seguida de necrose. Existem outros sintomas de deficincia de nitrognio nas plantas em geral: Pequeno ngulo de insero entre folhas e ramos; Diminuio de flores e dormncia de gemas lateraisProduo reduzida;Cloroplastos pequenos;Baixo contedo de clorofila e protenas; Excessos desvio de carboidratos para as protenas, promove excesso de desenvolvimento vegetativo da parte area, em detrimento do reprodutivo (produo)aumento da relao parte area/raiz, prejudicando o desenvolvimento do sistema radicular, diminui a capacidade de resistncia das plantas a perodos secos (veranicos) e, ainda, o acamamento das plantas. Excesso da aplicao do nitrognio alm de promover problemas na planta, danos ao meio ambiente, devido alta mobilidade do nitrato no perfil do solo, que pode atingir o lenol fretico.

Diagnose FoliarNo caso de desordem nutricional, os sintomas apresentam as seguintes caractersticas:

Disperso o problema nutricional ocorre de forma homognea no campo, pois em casos de doenas/pragas, por exemplo, estes ocorrem em plantas isoladas ou em reboleiras.

Simetria em um par de folhas, a desordem nutricional ocorre nas duas folhas.

Gradiente em um ramo ou planta, os sintomas respeitam um gradiente, apresentando um agravamento dos sintomas nas folhas velhas para as novas ou vice-versa.

Sintomas visuais de deficincia nutricionalcrescimento reduzido;clorose uniforme ou em manchas nas folhas;clorose internerval;necrosecolorao purpreo;deformaes.

Diagnose foliar

Mtodo de diagnose com menor grau de limitao que a diagnose visual, por meio da anlise qumica das folhas de forma que passa a ser um mtodo mais utilizado no monitoramento do estado nutricional das culturas.Uso do teor de nutrientes nas plantas para indicar o estado nutricional das plantas foi iniciamente proposta na dcada de 30 (Lagatu & Maume, 1934).

Consiste na avaliao do estado nutricional de uma planta tomando uma amostra de um tecido vegetal e comparando-a com seu padro pre estabelecido. Uma planta que apresenta todos os nutrientes em propores adequadas, capaz de propiciar condies favorveis para que a mesma expresse seu mximo potencial gentico para a produo. Critrios de amostragem de folhas

Ser vlido um resultado de anlise foliar se houver um padro para que o mesmo seja comparado;Existem variaes entre espcies e intra-espcies,dificultando sobremaneira a generalizao dos padres;

Controle rigoroso destes critrios que garantir a validade do resultado da anlise qumica foliar, sua interpretao e a correo das deficincias com as futuras adubaes. Soma-se a isto, o fato de que na etapa de amostragem que ocorre a maioria dos erros que podem comprometer um programa de adubao. Critrios para amostragem correta da folha-diagnose Tipo de folhaQuanto ao tipo de folha, normalmente a recm-madura totalmente desenvolvida, pois esta deve ter uma maior sensibilidade para refletir o real estado nutricional da planta, alm de ter sofrido pouco efeito da redistribuio dos nutrientes. Esta folha chamada de folha-diagnose ou folha-ndice

poca de coleta A padronizao da mesma importante visto que a folha mais velha apresenta maior concentrao de nutrientes pouco mveis (Ca, S e micros) e a muito nova tem maior concentrao dos nutrientes mveis (N, P e K).

Diagnstico foliarDRIS Sistema Integrado de diagnose e recomendaoBaseia-se no estabelecimento de padres para plantas produtivas e na comparao das concentraes dos nutrientes das amostras com esses padres. Vantagem de poder ser desenvolvido em glebas comerciais, portanto, prximo das condies reais de cultivo utilizado pelo produtor.

O DRIS foi idealizado como um processo de diagnstico capaz de superar as limitaes do mtodo convencional (nvel crtico ou faixa adequada ou de suficincia),minimizar os efeitos de diluio ou de concentrao dos nutrientes em relao s variaes no acmulo de matria seca pelos tecidos vegetais. A comparao de uma amostra qualquer com o padro deve gerar indicao vlida somente quando se tm as mesmas condies edafoclimticas :temperatura, disponibilidade de gua, de outros nutrientes, reao do solo, entre outras

A proteo de plantasInclui o controle de doenas, pragas e plantas invasorasRealizada com o objetivo de reduzir os danos causados por esses problemas fitossanitrios s culturas, estimados em 30% da produo agrcola. Os mtodos utilizados para a proteo de plantas podem ser classificadosmtodos genticos, fsicos, qumicos, culturais e biolgicos; Preocupao da sociedade com o impacto da agricultura no ambiente e a contaminao da cadeia alimentar com pesticidas vem alterando esse cenrio, produzir sem uso de pesticidas, portar selos informando de que os pesticidas foram utilizados adequadamente.

AGRICULTURA SUSTENTVEL O conceito de agricultura sustentvel envolve o manejo adequado dos recursos naturais, evitando a degradao do ambiente de forma a permitir a satisfao das necessidades humanas das geraes atuais e futuras. Esse enfoque altera as prioridades dos sistemas convencionais de agricultura em relao ao uso de fontes no renovveis, principalmente de energia, e muda a viso sobre os nveis adequados do balano entre a produo de alimentos e os impactos no ambiente. As alteraes implicam a reduo da dependncia de produtos qumicos e outros insumos energticos e o maior uso de processos biolgicos nos sistemas agrcolas. A proteo de plantas nos mt

o controle biolgico e fsicotermoterapia de rgos de propagao e frutos; a energia solar para controle de fitopatgenos do solo (solarizao); a radiao ultravioleta para o controle de patgenos em pscolheita;emprego de plsticos que filtram determinados comprimentos de onda com consequente controle de doenas e pragas;a premunizao de plantas ctricas contra a tristeza dos citros;o Baculovirus anticarsia para o controle da lagarta da soja;o nematide Delademus siricidicola para o controle da vespa-da-madeira;

CONSIDERAES FINAIS O desenvolvimento da proteo de plantas em sistemas de cultivo de maior grau de sustentabilidade necessita que se estude a estrutura e o funcionamento dos agro ecossistemas, com ateno especial s condies nutricionais, estrutura e biota do solo, biodiversidade funcional, elevao dos teores de matria orgnica do solo e outros fatores que permitam um adequado manejo dos sistemas de cultivo. Somente estudos que incluem o monitoramento de sistemas de produo nas diferentes reas do conhecimento fornecero informaes suficientes para o entendimento das diferentes interaes