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PROBLEMA DE MISTURA DE MATÉRIAS-PRIMAS MINERAIS (ARGILAS) João Cabral Valentim Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia e Gestão Industrial Júri Presidente: Professor Acácio Manuel de Oliveira Porta Nova Orientador: Professor Fernando de Oliveira Durão Vogal: Professor João Carlos da Cruz Lourenço Outubro 2012

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PROBLEMA DE MISTURA DE MATÉRIAS-PRIMAS MINERAIS (ARGILAS)

João Cabral Valentim

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia e Gestão Industrial

Júri

Presidente: Professor Acácio Manuel de Oliveira Porta Nova

Orientador: Professor Fernando de Oliveira Durão

Vogal: Professor João Carlos da Cruz Lourenço

Outubro 2012

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AGRADECIMENTOS

A DEUS, que deu-me a vida e tudo mais.

Aos meus Pais, à Isabel Cabral e ao Augusto Valentim, que muito me apoiam.

Ao meu orientador científico, Professor Fernando de Oliveira Durão, o meu muito

obrigado, que sem a sua sábia orientação, disponibilidade e amizade, não poderia ter

levado a cabo a tarefa a que me propus.

A todos aqueles, como o vogal do júri e outros, que leram e deram a sua colaboração na fase

do projeto.

Agradeço-me também, pelo esforço pessoal e pelo empenho no âmbito do cumprimento dos

objetivos.

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iii

RESUMO

A satisfação das especificações físicas de produtos cerâmicos finais depende das

condições do processo de cozedura e das propriedades químicas e mineralógicas das

matérias-primas minerais. Para as empresas mineiras que exploram várias jazidas de argilas,

de qualidade muito variável, as propriedades químicas e mineralógicas da matéria-prima final é

assegurada através de fórmulas de mistura de vários tipos de argilas, cuidadosamente

elaboradas em laboratórios bem equipados, segundo demorados processos de tentativa e erro.

Com base num registo histórico das propriedades químicas e mineralógicas de pastas

cerâmicas e das correspondentes propriedades físicas e químicas dos produtos cerâmicos

finais, o objetivo desta dissertação de Mestrado é contribuir com novos desenvolvimentos e

implementação, sob a forma de aplicação informática, de metodologia de apoio à formulação

automática de misturas de matérias-primas minerais de pastas cerâmicas que assegurem a

realização de valores desejados das propriedades físicas/tecnológicas dos produtos finais,

realização esta sujeita à satisfação de restrições ao nível da composição química da pasta

cerâmica e ao cumprimento de requisitos tais como o número de matérias-primas minerais na

mistura dever estar compreendido entre um mínimo e um máximo. O desenvolvimento da

metodologia de apoio à formulação automática das misturas abrange as seguintes etapas:

- Modelação das relações entre propriedades físicas dos produtos e propriedades químicas das

pastas;

- Formulação do problema de mistura como um modelo de programação não linear mista, com

satisfação de múltiplos critérios;

- Avaliação de técnicas de resolução do modelo de otimização e implementação em aplicação

informática amigável da técnica de resolução selecionada.

. Palavras-chaves. Otimização, regressão, múltiplos objetivos, aplicação informática

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ABSTRACT

The satisfaction of physical, mechanical and chemical specifications of ceramic end

products depends on the conditions of the firing process, and fundamentally of chemical and

mineralogical properties of clays, mineral raw materials used in the production of the respective

ceramic pastes. For mining companies that explore various clay deposits, of very variable

quality, chemical and mineralogical properties of the raw material is ensured through final

mixing formulas of various types of clays, carefully prepared in well-equipped laboratories,

according to lengthy trial and error processes.

Based on a historical record of the chemical and mineralogical properties of ceramic pastes and

the corresponding physical, mechanical and chemical properties of the final ceramic products,

the aim of this Master's thesis is to contribute with new developments and implementation, in

the form of a friendly computer application, of the methodology supporting the automatic

formulation of mixtures of clays meeting all physical / chemical and technological specifications.

The development of the methodology to support the automatic formulation of mixtures

comprises the following steps:

- modeling the relationships between physical, mechanical properties of the final ceramic

products and chemical and mineralogical properties of the ceramic pastes (mixtures of

clays);

- Formulation of the mixing problem of mineral raw materials as a mixed-integer non

linear programming model satisfying multiple criteria;

- Evaluation of several approaches of solving the optimization model and implementation,

as a user friendly computer application, of the selected solution technique;

Key word: optimization, regression, multiple objectives, user friendly computer application

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GLOSSÁRIO DE TERMOS

BB- algoritmo ou metodologia Branch and Bound.

OA – algoritmo ou metodologia de aproximações externas (outer-approximation decomposition

algorithm).

QG – algoritmo de Quesada e Grossmann.

Hyb - algoritmo de aproximação externa híbrida baseada no algoritmo de Branch & Cut (hybrid

outer-approximation based branch-and-cut algorithm).

iFP - algoritmo Bomba de Admissibilidade iterada (iterated Feasibility Pump) .

MINLP- Mixed-Integer Non Linear Programming

Absor- absorção

Cont- contração linear

CORRESPONDÊNCIAS DE TERMINOLOGIAS

Lógia vaga - lógica difusa

Constrangimentos - restrições

optmização multicritério - otimização multiobjectivo

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................ i

RESUMO ............................................................................................................................................. iii

ABSTRACT .......................................................................................................................................... v

GLOSSÁRIO DE TERMOS ................................................................................................................ vii

ÍNDICE DE TABELAS......................................................................................................................... xii

ÍNDICE DE FIGURAS ....................................................................................................................... xiiii

CAPITULO 1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1

1.1. Objetivo ..................................................................................................................................... 2

1.1.1.Objetivo geral ...................................................................................................................... 2

1.1.2.Objetivo específico .............................................................................................................. 2

1.2. Organização da dissertação de Mestrado ................................................................................ 3

CAPITULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E CONTRIBUTO ........................................................... 5

2.1. Revisão bibliográfica ................................................................................................................. 5

2.1 Aplicações informáticas ............................................................................................................. 5

2.2. Contributo ................................................................................................................................ 10

CAPITULO 3 - DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA DE APOIO À FORMULAÇÃO

AUTOMÁTICA DAS RECEITAS ................................................................................................. 11

3.1. Modelação das relações entre varáveis .................................................................................. 11

3.1.1. Descrição do registo histórico .......................................................................................... 11

3.1.2. Análise estatística dos dados ...................................................................................... 12

3.1.3. Modelos de regressão inspirados no sistema de inferência lógica difusa (neuro fuzzy)

15

3.1.4. Ajustamento dos Parâmetros no Modelo Takagi-Sugeno da primeira ordem e de ordem

zero ...................................................................................................................................... 18

3.1.5. Síntese do exercício da construção dos modelos de regressão Takagi-Sugeno de

primeira ordem ou de ordem zero ........................................................................................ 22

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3.2. Modelo de otimização ............................................................................................................. 24

3.2.1. Formulação dos modelos de otimização .......................................................................... 24

3.3. Técnicas de resolução de problemas de Otimização Não Linear Mista (Mixed-Integer Non

Linear Programming – MINLP) ................................................................................................ 35

3.3.1. Resumo do método Branch & Bound ............................................................................... 36

3.4. Resumo da metodologia desenvolvida ................................................................................... 39

CAPITULO 4 – ESTRUTURA, EXPERIMENTAÇÃO E ANALISE DA APLICACÃO INFORMÁTICA

..................................................................................................................................................... 41

4.1. Estrutura de programação da aplicação informática .............................................................. 42

4.1.1. Introdução de informação ................................................................................................. 42

4.1.2.Preparação da formulação do modelo matemático .......................................................... 43

4.2. Avaliação e resolução do problema ........................................................................................ 45

4.2.1. Análise do espaço de soluções ........................................................................................ 45

4.2.2. Resolução do problema de otimização ............................................................................ 46

4.3. Experimentação das opções algorítmicas pospostas na resolução do problema do tipo

MINLP ...................................................................................................................................... 46

4.3.1. Avaliação do desempenho das opções algorítmicas de Bonmin ..................................... 46

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 63

Conclusões ..................................................................................................................................... 63

Limitações ...................................................................................................................................... 65

Recomendações sobre os objetos de investigação ....................................................................... 66

Apoios ............................................................................................................................................ 66

Bibliografia ............................................................................................ Erro! Marcador não definido.

Anexos ............................................................................................................................................... 71

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Estatísticas básicas do histórico de dados ...................................................................... 13

Tabela 2 - Matriz dos coeficientes de correlação linear .................................................................... 14

Tabela 3- erros dos dados de teste associado a cada variável, para cada grupo ........................... 23

Tabela 4- modelos de regressão associado a cada uma das propriedades físicas/tecnológicas .... 23

Tabela 5 – Resumo da metodologia desenvolvida ............................................................................ 40

Tabela 6- Tempo CPU (segundos) –L1 ............................................................................................. 50

Tabela 7- Tempo CPU (segundos)-L2 .............................................................................................. 53

Tabela 8 - Tempo CPU (segundos)- L∞ ............................................................................................. 56

Tabela 9 - Tempo CPU (segundos)- Programação de metas........................................................... 59

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- interface do aplicativo informático HiperGlaze. [3] ............................................................... 6

Figura 2- interface gráfico da aplicação informática Claymix (versão para MATLAB) ........................ 7

Figura 3 - interface gráfica de versão mais recente da aplicação informática Claymix (Interrogação

de base de dados) ......................................................................................................................... 8

Figura 4 - Interface gráfica da versão mais recente da aplicação informática Claymix ...................... 9

Figura 5 - Amostra de catálogo de cores em função dos parâmetros L, a e b. ................................. 13

Figura 6- Representação esquemática do modelo de regressão como uma rede neuronal, adaptada

de [10] .......................................................................................................................................... 17

Figura 7- Modelo de otimização: Formulação de Programação de Metas ........................................ 31

Figura 8- Modelo de otimização: Formulação Norma infinita (L∞) ..................................................... 32

Figura 9-Modelo de otimização: Formulação Norma Euclideana (L2) .............................................. 33

Figura 10- Modelo de otimização: Formulação Norma soma (L1) .................................................... 34

Figura 11- Algoritmo básico Branch and Bound ................................................................................ 37

Figura 12- Perfil de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução (métrica

L1) ................................................................................................................................................ 49

Figura 13- Gráfico associado ao valor optimal da função objetivo em função da coleção de

problemas .................................................................................................................................... 51

Figura 14 - Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas ..................... 51

Figura 15- Perfis de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução (métrica

L2) ................................................................................................................................................ 52

Figura 16- Gráfico associado ao valor optimal da função objetivo em função da coleção de

problemas .................................................................................................................................... 54

Figura 17- Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas ...................... 54

Figura 18 - Perfis de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução

(métrica L∞) .................................................................................................................................. 55

Figura 19 - Gráfico associado ao valor optimal da função objetivo em função da coleção de

problemas .................................................................................................................................... 57

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Figura 20 - Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas ..................... 57

Figura 21 - Perfis de desempenho das opçoes algorítmicas para o tempo CPU de execução

(Programação de metas) ............................................................................................................. 58

Figura 22 - Gráfico associado ao Valor optimal da função objetivo em função da coleção de

problemas .................................................................................................................................... 60

Figura 23 - Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas ..................... 60

Figura 24- gráfico associado à métrica tempo CPU em função das variantes do modelo de

otimização ................................................................................................................................... 62

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CAPITULO 1- INTRODUÇÃO

A abordagem ao problema da mistura pode ser feita à luz de duas questões

fundamentais:

- A necessidade da otimização de recursos (matérias-primas), centrada no

desenvolvimento sustentável (a utilização dos recursos naturais de modo a não

colocar em perigo as próximas gerações);

- A competitividade do mercado (alterações no preço induzidas pela escassez de

recursos ou matérias-primas) que, por sua vez, conduz as indústrias à

necessidade de uma maior eficiência no processo de produção.

O tema aqui proposto aborda a otimização e gestão da apropriação de matérias-

primas minerais não metálicos (em concreto as utilizadas na indústria cerâmicas), tendo

como referência ambas as questões enunciadas.

Os materiais cerâmicos domésticos (utensílios de uso doméstico como loiça,

copos, materiais de decoração), bem como os cerâmicos aplicados na construção civil

(mosaicos, azulejos, tijolos etc.) são exemplos de produtos cerâmicos obtidos segundo

diferentes processos de produção, mas que apresentam em comum o modo como são

preparadas as suas matérias-primas. A matéria-prima, que consiste na mistura de diversos

minerais, é designada por pasta cerâmica.

A pasta cerâmica é, normalmente, o produto final apresentado pela empresa que

efetua a exploração de jazidas de argilas e é produzida conforme as especificações dos

clientes. De um modo geral, as especificidades de uma pasta cerâmica são expressas nas

propriedades físicas/tecnológicas obtidas nas peças cerâmicas finais. Essas propriedades

dependem da composição química e mineralógica das matérias-primas minerais.

Deste modo, para o cliente final das pastas cerâmicas, a satisfação das

especificações físicas /tecnológicas do produto cerâmico final, depende das condições do

processo de cozedura, e fundamentalmente, das propriedades químicas e mineralógicas

das matérias-primas minerais utilizadas na produção dessas mesmas pastas cerâmicas.

Uma vez que as empresas mineiras exploram jazidas de argilas de qualidade muito

variável, as propriedades químicas e mineralógicas da matéria-prima final são asseguradas

através de fórmulas de mistura de vários tipos de argilas, cuidadosamente elaboradas com

base ensaios realizados em laboratórios bem equipados, segundo demorados processos

de tentativa e erro.

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As argilas extraídas das jazidas podem ser de boa ou de má qualidade, variando

segundo os minerais que se encontram na sua composição. Os minerais (compostos químicos

naturais) presentes nas argilas podem tornar-se indesejáveis (impurezas) ou desejáveis

consoante a aplicação da argila. Quando os minerais são indesejados, pode ser necessário

proceder à sua remoção. Todavia, o processo tecnológico de separação entre os minerais

argilosos e os restantes num dado minério, pode não existir (dado que não foi encontrado na

pesquisa realizada). Por norma, as empresas deste sector ultrapassam esse problema a partir

da gestão de matérias-primas disponíveis nas jazidas. Ou seja, procede-se à gestão de

inventário (argila nas jazidas) com base na mistura das argilas desejadas com as argilas

indesejadas. Assim, busca-se corresponder à procura no mercado, às características exigidas

pelo cliente e à diminuição do armazenamento de matérias-primas indesejadas. Contudo, essa

mistura é efetuada segundo um processo empírico laboratorial não otimizado. Coloca-se então,

o problema de otimização das quantidades de argilas e de outras matérias-primas na mistura,

tendo-se em conta um conjunto de especificações ou constrangimentos/restrições.

O conjunto de especificações considerado é definido por 5 parâmetros

físicos/tecnológicos, que são: a luminosidade L, a cromaticidade a, a cromaticidade b, a

absorção e a contração linear. Cada um destes parâmetros depende, em parte, do conjunto

das propriedades químicas e mineralógicas da pasta cerâmica. O conjunto das propriedades

químicas e mineralógicas compreende os teores (concentrações mássicas) de quatro

elementos sob a forma de óxidos (alumina -Al2O3, sílica SiO2, óxido de ferro -Fe2O3 e óxido de

potássio K2O) e as perdas por ignição (Loss on Ignition – LOI), expressa em percentagem

mássica.

1.1. Objetivo

1.1.1.Objetivo geral

A questão central em investigação consiste no desenvolvimento e na implementação

de uma aplicação informática que apoie a formulação automática de matérias-primas minerais,

tendo em conta as especificações físicas/tecnológicas do produto final (peça cerâmica final),

fazendo uso de um registo histórico de composições químicas e mineralógicas das matérias-

primas e das correspondentes propriedades físicas/mecânicas/tecnológicas dos produtos finais

na indústria cerâmica.

1.1.2.Objetivo específico

Desenvolver uma metodologia subjacente à aplicação informática que apoie a

formulação e a resolução do problema de mistura de matérias-primas minerais a partir de um

histórico de dados disponíveis. Sugerir algoritmos alternativos aos aferidos como principais e

incorporá-los na mesma aplicação. Esta aplicação será desenvolvida dentro do ambiente de

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programação proporcionado pelo programa MATLAB, num intervalo de tempo equivalente a um

semestre.

1.2. Organização da dissertação de Mestrado

Esta dissertação organiza-se da seguinte forma.

O primeiro capítulo introduz e enuncia o problema, numa base explicativa sobre a

necessidade da intervenção do método científico;

No segundo capítulo faz-se referência às diferentes aplicações informáticas

disponíveis, que têm como objetivo auxiliar/apoiar a resolução do problema da mistura

de matérias-primas minerais não metálicas tais como argilas.

O terceiro capítulo começa com uma análise de correlação no conjunto dos dados

históricos disponíveis, descreve e aplica uma metodologia de regressão não linear

baseada nos sistemas de inferência lógica vaga, de Takagi-Sugeno, para aproximar as

relações desconhecidas entre variáveis dependentes (propriedades físicas/mecânicas

do produto cerâmico final) e independentes ou explicativas (composição

química/mineralógica da mistura – pasta cerâmica), identifica as variáveis de

otimização, contínuas e binárias, e elabora variantes do modelo de

programação/otimização matemática de apoio à formulação automática do problema

da mistura e apresenta o método de otimização de problemas do tipo MINLP; ainda

neste capítulo, resumem-se os principais métodos numéricos de otimização não linear

inteira mista, envolvendo variáveis de otimização contínuas e discretas (binárias),

descrevem-se os algoritmos computacionais (solvers) selecionados a par da escolha

do ambiente de experimentação computacional (MATLAB) adotado.

No quarto capítulo descreve-se sucintamente a estrutura de programação da aplicação

informática; a metodologia de geração de coleção de problemas e faz-se a avaliação

dos vários algoritmos aplicados às diferentes variantes do modelo de programação

matemática, mediante a apresentação de gráficos de perfis de desempenho e de

tabelas para algumas métricas (tempo de execução e valor ótimo da função objetivo);

por fim, é feita uma análise sobre os resultados.

Finalmente, no quinto capítulo, tiram-se as conclusões e fazem-se algumas

recomendações para trabalhos futuros.

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5

CAPITULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E

CONTRIBUTO

2.1. Revisão bibliográfica

O problema de mistura de matérias-primas minerais ou, mais concretamente, o da

formulação de receitas de pastas cerâmicas é um tema que tem atraído a atenção contínua de

investigação de várias empresas e instituições de investigação. Pode verificar-se que o fruto

desta investigação é a existência de várias aplicações informáticas que têm como função

apoiar a resolução do mesmo problema. Entre essas aplicações as mais destacadas são:

INSIGHT, Glaze Calculation, HyperGlaze, Claymix, Glazechem, Ceramics Today Glaze

Database, CeramDat, Glaze Simulator, Glaze Workbook Aplicação informática, Materials

Analysis Page, Matrix Glaze Calculation.

Segundo a pesquisa realizada, já nos anos 2000 e 2002 que as aplicações informáticas

como INSIGHT, Matrix Glaze Calculation e o HyperGlaze se encontravam no mercado. De

salientar que a primeira versão da aplicação informática INSIGHT foi introduzida no mercado

em 1979, para os sistemas operativos Windows e Linux. A Digitalfire, instituição proprietária da

aplicação informática INSIGHT, continuou a lançar diversas atualizações da mesma aplicação

informática durante o período de 1979 a 2011, e atualmente este aplicativo é utilizado por

várias empresas. Para além da eliminação dos erros (bugs) nos aplicativos informáticos, na

medida em que se foi atualizando, a Digitalfire focou-se no aumento da informação disponível

na interface gráfica e no enriquecimento da base de dados associada à aplicação informática.

Observa-se também que a primeira versão do Claymix foi publicada em 2000; e a última, em

2005. As últimas modificações do Claymix contemplaram a integração da tecnologia de gestão

de bases de dados (DBMS) com a utilização da linguagem estruturada de interrogação (SQL)

de base de dados e acrescentando à descrição da composição química/mineralógica das

matérias-primas disponíveis a quantidade (tonelagem) das matérias-primas minerais de

diferentes tipos ou depósitos disponíveis [1]

2.1 Aplicações informáticas

Nesta secção, descrevem-se resumidamente as aplicações informáticas encontradas

na pesquisa realizada.

INSIGHT. É uma aplicação informática, disponível no mercado, que permite obter as

percentagens ponderadas ou as quantidades aproximadas de cada tipo de argilas na mistura

de forma iterativa e não automatizada (por via experimentos). Esse também permite ao

utilizador observar as características físico-químicas da mistura de forma iterativa, na medida

em que se adiciona ou se retiram as matérias-primas minerais. Essa aplicação informática

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possui uma base de dados que contem diversos tipos de pasta cerâmica (receitas) e permite

armazenar as novas receitas obtidas no processo de mistura. Este aplicativo foi desenvolvido

pela Digitalfire. [1]

HyperGlaze. Consiste numa aplicação informática que tem como finalidade auxiliar o processo

da formulação das receitas das pastas cerâmicas. As matérias-primas são adicionadas

manualmente até que se obtenha uma pasta cerâmica com as características desejadas pelo

utilizador. Essa aplicação informática está direcionada aos artistas que utilizam materiais

cerâmicos. [2]

Figura 1- interface do aplicativo informático HiperGlaze. [3]

Claymix. É uma aplicação informática com uma interface gráfica intuitiva, capaz de auxiliar no

solucionamento do problema da ponderação do peso de cada tipo de argila na mistura tendo

em conta as propriedades físicas/tecnológicas desejadas no produto final ou na peça cerâmica.

O modelo matemático subjacente ao Claymix tem em conta a proporção mássica das argilas

na mistura, a não negatividade nas variáveis de decisão, o rácio máximo e mínimo entre as

concentrações mássicas e a concentração mássica máxima e mínima. A função objetivo é

constituída por quatro critérios ou subfunções e formula-se com o auxílio do método dos Pesos

Ponderados. A figura 2 ilustra à interface gráfica de uma primeira versão do programa. [4]

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Figura 2- interface gráfico da aplicação informática Claymix (versão para MATLAB)

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Figura 3 - interface gráfica de versão mais recente da aplicação informática Claymix (Interrogação de base de dados)

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Figura 4 - Interface gráfica da versão mais recente da aplicação informática Claymix

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Restantes aplicações informáticas no mercado. Existem ainda outras aplicações

informáticas no mercado, no qual não se dispõe a informação. Estes são: Glazechem,

Ceramics Today Glaze Database, CeramDat, Glaze Simulator, Glaze Workbook, Materials

Analysis Page, Matrix Glaze Calculation. [5]

2.2. Contributo

A busca de aplicações informáticas que auxiliam na resolução do problema de

formulação de misturas, realizada na seção anterior, mostra que, na sua maioria, as aplicações

informáticas existentes procuram simular o modo como as misturas são realizadas no

laboratório. O processo de formulação de receitas de mistura no laboratório é realizado por via

tentativa e erro. Ou seja, fazem-se tentativas de misturas de argilas ou de matérias-primas

minerais até que se alcance a mistura que assegura os valores desejados das propriedades

físicas/tecnológicas do produto final. Contudo, a aplicação informática que se pretende

desenvolver não tem como finalidade simular a forma como as misturas são realizadas no

laboratório, mas sim, a partir das propriedades físicas/tecnológicas do produto final, obter a

receita da mistura de forma automática. O Claymix é a única aplicação informática encontrada,

na pesquisa realizada, que resolve o problema de misturas de argilas ou de matérias - primas

minerais de forma automática.

A formulação de uma receita consiste em identificar as diferentes matérias-primas

minerais disponíveis incluídas na mistura e as respetivas proporções mássicas (ponderais). O

cálculo automático da formulação da receita é realizado através da resolução de modelo (s)

matemático(s) de otimização, os quais traduzem, com o recurso a variáveis de decisão

contínuas e binárias, as metas a atingir e as restrições a satisfazer. Então, o modelo de

otimização subjacente à aplicação informática desenvolvida nesta dissertação é uma extensão

do modelo matemático associado ao Claymix. Tendo em conta o conjunto de constrangimentos

associado ao Claymix, essa dissertação acresce contributos a partir da introdução de variáveis

inteiras (binárias) que, por sua vez, possibilitam a inclusão de novas restrições, tais como: o

número máximo e mínimo de argilas e/ou de outras matérias-primas minerais na mistura. Isto

implicará um acréscimo de complexidade na formulação e na resolução do problema, assim

como também, o enriquecimento da formulação do modelo de otimização. O carácter

multicritério ligado à definição da função objetivo do problema é aqui aprofundado com a

proposta de abordagens alternativas: Normas ponderadas da diferença , no espaço dos

critérios, dos vetores de valores alcançados e valores desejados e programação de metas com

a conceptualização dos critérios como metas a atingirem.

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11

CAPITULO 3 - DESENVOLVIMENTO DA

METODOLOGIA DE APOIO À FORMULAÇÃO

AUTOMÁTICA DAS RECEITAS

O desenvolvimento da metodologia de apoio à formulação automática de misturas

abrange as seguintes etapas:

- Modelação matemática das relações entre propriedades físicas e mecânicas dos

produtos cerâmicos e propriedades químicas e mineralógicas das pastas cerâmicas

(misturas de argilas). É apresentado e utilizado o modelo de regressão inspirado no

sistema de inferência lógica vaga;

- Formulação do problema de mistura de matérias-primas minerais como um modelo de

programação/otimização não linear inteira mista. O modelo de otimização compreende

múltiplos critérios ou objetivos e vários constrangimentos/restrições. Os

constrangimentos traduzem leis de conservação de massa, composição química dos

produtos finais, condições lógicas (números mínimo e máximo de tipos de argilas na

mistura e implicações lógicas várias) e condições de não negatividade e tonelagens

disponíveis;

- Apresentação dos métodos de resolução de problemas do tipo MINLP: apresentam-se

o algoritmo BB (Branch and Bound), como principal, e outros algoritmos alternativos

com o objetivo de proceder a análise comparativa de desempenho.

3.1. Modelação das relações entre varáveis

Nesta secção, é realizado um estudo de estatística descritiva básica sobre o histórico

de dados disponíveis; apresentam-se, de seguida, os conceitos sobre as redes inspiradas nos

sistemas de inferência logica vaga ou difusa; desenvolve-se a metodologia de construção de

uma rede inspirada nos sistemas de inferência lógica vaga; e por fim, a partir do histórico de

dados, de propriedade químicas, mineralógicas e físicas/tecnológicas, constroem-se os

modelos de regressão que têm como finalidade estimar os valores das propriedades

físicas/tecnológicas a partir das propriedades químicas e mineralógicas.

3.1.1. Descrição do registo histórico

O registo histórico (histórico de dados) é um conjunto de dados obtidos em

experiências laboratoriais. O universo de dados utilizados no estudo é constituído por 67

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12

amostras caracterizadas pelas propriedades físicas/tecnológicas, químicas e mineralógicas.

Este conjunto de dados encontra-se no anexo 1.

3.1.2. Análise estatística dos dados

A análise estatística é realizada sobre o registo histórico que pode ser visto no anexo 1.

O histórico de dados pode ser dividido em dois grupos de variáveis. E estas são: as variáveis

independentes e as variáveis dependentes.

3.1.2.1. Variáveis independentes

As variáveis explicativas ou independentes (composição química/mineralógica) podem

subdividir-se em dois grupos, sendo o primeiro grupo formado pelas percentagens mássicas ou

ponderais de óxidos de elementos químicos: óxido de alumínio - alumina (Al2O3), óxido de

silício – sílica (SiO2), óxido de ferro (Fe2O3) e óxido de potássio (K2O); e o segundo, pela perda

percentual de massa/peso por ignição (Loss on Ignition - LOI).

3.1.2.2. Variáveis dependentes

As variáveis dependentes expressam as propriedades físicas/tecnológicas da peça

cerâmica final, depois de cozida a uma temperatura de 1185 e arrefecida até à temperatura

ambiente [6]. As variáveis dependentes ou os parâmetros físicos/tecnológicos são:

Absorção – é o indicador que mede a capacidade de um material (pasta cerâmica,

peça cerâmica final) absorver a água ou um dado líquido;

Contração linear – é o indicador que mede a contração do material depois de seco ou

cozido;

L, a e b são parâmetros relacionados com a cor da peça cerâmica. Onde L é o

parâmetro da luminosidade; a e b são parâmetros relacionados com as coordenadas da

cromaticidade do sistema de cores (CIE- International Illumination Commission) que

representa com a maior precisão a sensibilidade do olho humano. [7]

A fim de se ter uma ideia do significado prático destes parâmetros de um espaço de

cor, apresenta-se na figura 5 uma amostra de catálogo de cores em função dos parâmetros L,

a e b.

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13

Figura 5 - Amostra de catálogo de cores em função dos parâmetros L, a e b.

3.1.2.3. Estatísticas básicas

Na Tabela 1 apresentam-se os valores de algumas estatísticas básicas, que são: valor

máximo, valor mínimo, média e o desvio padrão de cada variável em estudo. As variáveis L, a,

b, LOI, absorção e contração são adimensionais e estão expressas em %; e as restantes

exprimem concentrações mássicas, também em %.

Tabela 1 – Estatísticas básicas do histórico de dados

L a b Absorção Contração LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O

Média 73,99 3,98 15,03 6,39 4,61 6,69 21,21 63,00 2,33 2,05

Máximo 82,40 10,30 24,70 10,90 9,60 10,30 27,31 88,01 4,55 3,58

Mínimo 46,50 1,60 7,90 1,70 1,40 3,90 9,15 6,62 1,37 0,40

Desvio Padrão 6,64 1,84 3,61 2,44 1,90 1,19 3,55 9,35 0,77 0,68

3.1.2.4. Coeficiente de correlação linear

O coeficiente da correlação linear de Pearson é uma medida de associação linear entre

duas variáveis e que se encontra no intervalo entre -1 a +1. Este toma o valor: -1 quando a

relação é perfeita negativa (quando uma das variáveis cresce a outra decresce e vice-versa); 0

quando não há nenhuma relação; +1 quando a relação é perfeita positiva (ambas as varáveis

crescem ou decrescem simultaneamente).Dado um conjunto de pares de observações das

variáveis e 1, o coeficiente de correlação linear, , é dado pela seguinte fórmula:

1

2 2

1 1

( )( )

( ) ( )

n

i i

i

n n

i i

i i

Y Y g g

r

Y Y g g

(3.1)

Onde e são as médias associadas às variáveis e , respetivamente. é o i-ésimo

par de observação no conjunto de pares de observações, . A medida de 1 Modificou-se a notação tradicional para , isto porque, no capítulo modelo de otimização a

notação é reservada para as variáveis de decisão e para as concentrações mássicas.

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14

associação linear entre duas variáveis pode ser classificada, qualitativamente, da seguinte

forma: Se , existência de uma fraca correlação linear; se ,

existência de uma moderada correlação linear; se , existência de uma forte

correlação linear; se , existência de uma correlação linear muito forte. [8]

Mostra-se na Tabela 2, a matriz dos coeficientes da correlação linear, calculados

para todos os pares possíveis de variáveis

Tabela 2 - Matriz dos coeficientes de correlação linear

L A b Absorção Contração LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O

L 1.00 -0.75 -0.27 0.39 -0.13 -0.25 -0.06 0.06 -0.69 -0.21

a -0.75 1.00 0.53 -0.19 0.02 0.01 -0.08 0.05 0.56 0.15

b -0.27 0.53 1.00 -0.44 0.28 0.13 0.19 -0.23 0.22 0.28

Absorção 0.39 -0.19 -0.44 1.00 -0.88 -0.54 -0.70 0.58 -0.20 -0.62

Contração -0.13 0.0220 0.28 -0.88 1.00 0.59 0.76 -0.59 0.05 0.53

LOI -0.25 0.0095 0.13 -0.54 0.59 1.00 0.810 -0.53 0.25 0.54

Al2O3 -0.06 -0.08 0.19 -0.70 0.76 0.81 1.00 -0.66 0.02 0.69

SiO2 0.06 0.05 -0.23 0.58 -0.59 -0.53 -0.66 1.00 -0.07 -0.46

Fe2O3 -0.69 0.56 0.22 -0.20 0.05 0.25 0.02 -0.07 1.00 0.13

K2O -0.21 0.15 0.28 -0.62 0.53 0.54 0.69 -0.46 0.13 1.00

Da análise desta tabela, constata-se que:

As variáveis luminosidade L e cromaticidade a relacionam-se com todas as variáveis

independentes, sendo esta relação forte ( ; ) com o

óxido de ferro e fraca ( ) com as restantes;

A cromaticidade b relaciona-se fracamente ( ) com todas as variáveis

independentes;

A Absorção relaciona-se com todas as variáveis independentes, sendo esta relação

moderada com as variáveis da sílica e LOI; forte com as variáveis de alumina e óxido

de potássio;

A Contração relaciona-se fortemente com a alumina, moderadamente com o óxido de

potássio, sílica, LOI e fracamente com o óxido de ferro.

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15

3.1.3. Modelos de regressão inspirados no sistema de inferência lógica

difusa (neuro fuzzy)

As relações entre as propriedades físicas e mecânicas dos produtos cerâmicos finais e

a composição química e mineralógica das pastas cerâmicas (mistura de matérias primas

minerais), são aproximadas, no âmbito deste trabalho, por modelos de regressão não linear

múltipla baseados nos paradigmas das Redes Neuronais Artificiais Multicamadas e da Teoria

de Sistemas de Inferência Lógica Vaga ou Difusa. Estes modelos são correntemente

designados por modelos fuzzy (vagos) ou neuro-fuzzy.

Concretamente, considerar-se-ão variantes de modelo de regressão não linear

múltipla, cuja estrutura pode ser vista como combinações lineares de transformações não

lineares das variáveis explicativas ou independentes ou, alternativamente, como combinações

lineares convexas de modelos de regressão linear múltipla.

As transformações não lineares são definidas por classes de funções com pelo menos

um parâmetro ajustável, conferindo ao modelo de regressão não linear um carácter híbrido. Isto

é, o modelo de regressão proposto é não linear nos parâmetros das funções de transformação

de variáveis e, para valores fixados daqueles, linear nos demais parâmetros. Este carácter

híbrido permite, na etapa de estimação ou ajustamento de parâmetros, decompor o

correspondente problema de otimização (mínimos quadrados não lineares) em dois ou mais

níveis hierárquicos. Num nível hierárquico superior, os parâmetros das transformações não

lineares são ajustados com recurso a algoritmos de otimização não linear. Os valores correntes

destes parâmetros são transmitidos ao nível hierárquico inferior, onde os valores optimais dos

restantes parâmetros são determinados resolvendo um problema de mínimos quadrados linear.

Com base nestes valores optimais, a função critério ou objetivo é avaliada. Os critérios de

convergência são então testados no nível superior, conduzindo ao término ou à atualização dos

valores dos parâmetros não lineares que são de novo transmitidos ao nível inferior, até que

aqueles critérios sejam satisfeitos.

A interpretação, tanto dos valores dos parâmetros como da própria estrutura é feita

fazendo uso de conceitos básicos da Teoria de Sistemas de Inferência Lógica Vaga, como

sejam os conceitos de conjunto vago e função de pertença associada e regras vagas.

O modelo de regressão inspirado nos sistemas de inferência lógica vaga foi

desenvolvido por Jang. A literatura apresenta vários modelos neuro fuzzy, mas os mais

utilizados são os do tipo de Mamdani e Takagi- Sugeno (TS). [9] [10]

As variantes principais consideradas do modelo de regressão são conhecidas por

modelos de Takagi-Sugeno de ordem zero (zero-order Takagi Sugeno Inference System) e de

primeira ordem (first-order Takagi Sugeno Inference System). A variante de ordem zero é

estrutural e funcionalmente equivalente a variante de Redes Neuronais Artificiais com funções

básicas radiais (Radial Basis Function Network- RBFN). Como a variante de ordem zero pode

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16

ser vista como um caso particular da variante de primeira ordem, todos as referências

subsequentes cingir-se-ão à variante de primeira ordem como a principal e o de ordem zero,

secundário ou alternativo.

3.1.3.1. Modelos de Takagi-Sugeno de primeira ordem e de ordem zero

A seleção da classe de modelos de regressão não linear é o primeiro passo para, com

base num conjunto de valores observados das variáveis, descrever ou aproximar a relação

desconhecida entre um conjunto de variáveis ditas explicativas ou independentes, elementos

de um vetor , e a correspondente variável resposta ou variável dependente, .

Dado um conjunto de pares de valores observados ou medidos das variáveis

explicativas-respostas , a dependência de de é aproximada por f(g)

com a estrutura geral seguinte:

1

1

| |

|

r

r

N

j j j

j

N

j

j

j

j

g f g

f g

g

w

w

(3.2)

com em geral muito menor que .

Na expressão (3.2), |j jw g , , são funções não lineares de e do

conjunto de parâmetros ajustáveis j .

As funções |j jf g , , são combinações lineares dos elementos

do vetor com coeficientes ajustáveis elementos do vetor j ; essa função é variável nos

modelos de primeira ordem e constante, nos de ordem zero. As funções básicas

|j jw g , são usualmente definidas como:

| | ; 1, 2,..,kN

j

j k k j r

k

j g ww g j N (3.3)

No contexto dos sistemas de inferência lógica vaga, o valor previsto da variável

dependente, para valores dados das variáveis independentes, é interpretado como o resultado

de processo de inferência baseado num conjunto de proposições condicionais designadas por

regras ou implicações vagas.

Com o auxílio de uma rede simples e bem definida, representada na Figura 6, explica-

se o funcionamento do modelo de regressão inspirado no modelo de Takagi-Sugeno de

primeira ordem. Onde: kg é a k-ésima coordenada ( 1,2k ) de uma observação. O número

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17

de regras é igual a 2. são rótulos linguísticos associados à primeira coordenada e

definidos cada por um conjunto vago, e os conjuntos vagos são subconjuntos do conjunto

universal. são rótulos linguísticos associados à segunda coordenada e definem-se

como os da primeira coordenada é a função linear que ocorre como consequência

de acontecimentos simultâneos dos rótulos e (primeira regra). é a função linear

que ocorre como consequência de acontecimentos simultâneos dos rótulos e (segunda

regra). A rede adaptativa possui cinco camadas. representa o grau de ativação de uma regra

associado a uma corrdenada e o resultado do modelo de previsão.

A1

A2

B1

B2

N

N

g1

g2

g1 g2

g1 g2

1w

2w

1w

2w

1 1w f

2 2w f

f

Camada 1

Camada 2 Camada 3

Camada 4

Camada 5

1w

2w

Figura 6- Representação esquemática do modelo de regressão como uma rede neuronal, adaptada de

[10]

Primeira camada. A primeira camada recebe uma observação e calcula o grau de

pertença das suas coordenadas em cada um dos subconjuntos do conjunto universal.

A primeira coordenada pode pertencer aos dois conjuntos vagos ‘ ’ e ‘ ’,mas com

diferentes ou iguais graus de pertença. De igual modo, se interpretam os termos ‘ ’ e

‘ ’ relacionados com a segunda coordenada. O grau de pertença, µ, de uma

coordenada ao j-ésimo conjunto vago é calculado da seguinte forma:

2

1   ,   1,2,..,   , 1,2( )

2

k

k

j

j

j

g cexp kg j Nµ

(3.4)

Onde é o desvio padrão (parâmetro que explica a dispersão dos valores) associado

ao j-ésimo conjunto vago e , o centro. é o número de subconjuntos do conjunto

universal ou de conjuntos vagos.

Segunda camada. Nesta camada, recebe-se o resultado proveniente da primeira

camada, que consiste nos graus de pertença de cada coordenada aos conjuntos

vagos, e calcula-se o grau de ativação de cada uma das regras. O grau de

ativação de uma regra associada a uma coordena em um dado subconjunto é

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18

calculado pela multiplicação dos graus de pertença das coordenadas associadas a este

subconjunto.

1

| , ( ), 1  , 2,.., k

j k j

n

j j

k

w g c g jµ N

(3.5)

Terceira camada. Esta camada recebe os graus de ativação de uma regra associada

a uma observação e normaliza-os. O cálculo da normalização é realizado da seguinte

forma:

1 2

1 22 2

1 1

( ) ( )

j j

j j

w ww g w g

w w

(3.6)

Onde ( ) é o grau de ativação normalizado.

Quarta camada. Os nós na quarta camada recebem os graus de ativação de cada

regra, proveniente da terceira camada, e a observação. Estes têm como função

calcular o valor da previsão em cada conjunto vago com base na observação, a partir

das funções consequências e , e associá-los ao grau de ativação da regra do

mesmo conjunto vago.

j j jo w f (3.7)

Quinta camada. A quinta camada consiste em uma unidade processual somatório que

faz a soma de todos os resultados obtidos na quarta camada, . Este tem como

resultado o valor do modelo de previsão . [11]

1

g g| ;cj

j

N

j

j

gf f w

(3.8)

3.1.4. Ajustamento dos Parâmetros no Modelo Takagi-Sugeno da

primeira ordem e de ordem zero

No exercício do ajustamento dos parâmetros no modelo de Takagi-Sugeno de primeira

ordem é necessário primeiro preparar os conjuntos de dados, que serão utilizados na

construção e no teste do próprio modelo de regressão; e, só então, em seguida fazer o

ajustamento dos parâmetros no mesmo. O ajustamento dos parâmetros é feito em duas fases.

Na primeira fase procede-se a inicialização dos parâmetros no modelo de regressão e na

segunda, a otimização dos valores desses parâmetros.

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19

3.1.4.1.Preparação dos dados

Numa primeira etapa, na construção dos modelos de regressão é necessário dividir os

dados em dois ou mais grupos, os de treino e os de teste. Os dados de treino são aqueles

utilizados na construção do modelo de regressão. Já os dados de teste são utilizados no

cálculo do coeficiente de correlação, na validação do modelo de regressão ou no calculo do

ponto em que se da o overfitting.

No entanto, surge a necessidade de saber se esse conjunto de dados teste é

apropriado. Deste modo, procura-se ter mais conjuntos de dados teste, e entre esses

selecionar apenas um. Segundo [12], dado um modelo de regressão, escolhe-se o conjunto de

dados teste que apresenta o menor valor do erro de previsão associado ao mesmo conjunto. A

escolha dos dados teste para uma certa variável é independente das restantes variáveis.

A análise da preparação de dados é feita para todas as variáveis dependentes, ou seja,

para cada uma das propriedades físicas /tecnológicas.

3.1.4.2. Inicialização dos parâmetros de modelo difuso (fuzzy) de ordem zero e de

primeira ordem de Takagi-Sugeno

Na inicialização dos parâmetros é utilizado o algoritmo de classificação não hierárquica

e não supervisionada denominada Substrative clustering. Segundo [13] e [14], esse algoritmo

foi desenvolvido por Chiu e é geralmente utilizado no processo de partição de dados. Cada

subconjunto obtido a partir desse algoritmo representa um comportamento específico do

sistema ou do conjunto universal e está associado a um centro ( ) e um desvio padrão ( ).

Esse comportamento característico quando modelado matematicamente origina a função

consequência associada a um dado subconjunto.

Descrição do algoritmo

O algoritmo Subtractive Clustering associa a todos os pontos no espaço um certo

potencial, e quanto maior for o potencial associado a um dado ponto, maior é a probabilidade

deste ponto em tornar-se o centro. O primeiro centro consiste no ponto que tiver o maior

potencial. Os restantes centros são calculados a partir do primeiro. O algoritmo termina quando

forem satisfeitos os critérios de paragem ou convergência.

Seja a j-ésima observação de um conjunto constituído por observações e

composta por kg coordenadas, 1,2,..., kk n , então o potencial associado a essa é calculada da

seguinte forma.

[

∑ (

)

] (3.9)

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20

Onde: j-ésima observação candidata ao centro; i-ésima observação, ; é o

desvio padrão ou o raio do subconjunto; é o potencial associado à j-ésima observação.

Uma observação com muitas amostras vizinhas tem um potencial mais elevado do que

uma outra isolada. As amostras que se afastam para além do valor do raio de um centro têm

pouca influência no valor do potencial dessa amostra.

Depois de calculado o potencial associado a todas as observações, escolhe-se aquela

com o maior potencial como sendo o primeiro centro ( ) e passa a ser o primeiro elemento

no conjunto dos centros. No conjunto de dados, retira-se a observação associada ao centro

previamente encontrado e atualizam-se os restantes potenciais a partir da seguinte fórmula.

[(

)

‖ ‖ ] (3.10)

Onde:

Fator de esmagamento; geralmente é igual a 1.5; diferença entre dois centros; j-

ésimo potencial (potencial associado ao ultimo centro calculado); j-ésimo centro (ultimo

centro calculado); i-ésima observação; I-ésimo potencial atualizado.

Após a atualização de todos os restantes potenciais, seleciona-se a observação com o

maior potencial, , como sendo o candidato ao próximo centro e testam-se os seguintes

critérios de aceitação.

Primeiro critério: o rácio entre o valor do potencial associado à observação candidata e

o potencial do primeiro subconjunto deve ser superior ao raio de aceitação.

(3.11)

Segundo critério: caso o valor do potencial esteja entre o raio de rejeição e o raio de

aceitação (o raio de rejeição é menor que o raio de aceitação) ambos multiplicados do

valor do potencial do primeiro centro, então tem-se em conta a magnitude do potencial

e a diferença da observação candidata ao centro em relação a todos os centros

calculados previamente.

**

**

1 1

1

                    1mim i

i

a

d Praioderejeição P P raiodeaceitação P

r P (3.12)

Onde é a diferença mínima entre a observação candidata a centro e os restantes

centros previamente calculados; é o potencial associado ao primeiro centro; é o

potencial associado a observação selecionado anteriormente como candidato ao

próximo centro; raio de aceitação e rejeição são constantes que multiplicados pelo

valor do potencial associado ao primeiro centro proporcionam o limite inferior dos

potenciais a serem definidos como centro.

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Caso satisfeito um dos critérios acima, a observação candidata passa a pertencer ao

conjunto dos centros e é retirada do conjunto das observações. Em seguida atualizam-se os

restantes potenciais; seleciona-se novamente um candidato e testa-se o critério de aceitação.

Em caso de não satisfação do critério de aceitação a observação é rejeitada como centro e o

seu potencial é reduzido a zero. A seguir, seleciona-se a observação com o maior potencial e

aplica-se o mesmo teste. O algoritmo termina quando o rácio entre o potencial associado a

observação candidata e o potencial associado ao primeiro centro for menor que o raio de

aceitação.

(3.13)

Segunda fase – Backpropagation e algoritmo hibrido

Depois de obtidos os valores iniciais dos parâmetros na primeira fase, o centro e o

raio (ra), passa-se para a segunda fase. Nessa fase são determinados os valores optimais

associados aos parâmetros calculados na primeira fase.

Backpropagation

O algoritmo Backpropagation é utilizado no problema de ajustamento dos parâmetros

nas redes neuronais, modelos de regressão inspirados na lógica vaga etc. Esse, em primeiro

lugar, calcula as derivadas parciais da função objetivo em ordem aos parâmetros na rede (de

modo a encontrar a direção de maior decréscimo), e em seguida atualiza os parâmetros com

base na nova direção encontrada. No âmbito desta dissertação, esse não é aprofundado, mas

sim aplicado. Esse algoritmo encontra-se explicado nas referências [15] e [10]. No âmbito desta

dissertação, o Backpropagation (Hibrido) é utilizado na otimização de modelos de regressão de

primeira ordem (ordem zero).

Algoritmo hibrido

O algoritmo hibrido é uma combinação entre a metodologia dos mínimos quadrados e o

Backpropagation. No âmbito desta dissertação, que é aplicada na construção dos modelos de

Takagi-Sugeno de ordem zero. Esse algoritmo encontra-se explicado na referência [15].

Critério de convergência

Na utilização do algoritmo Backpropagation ou hybrido é necessário definir o critério de

convergência. O processo de otimização dos parâmetros na rede é feito com base na

minimização do erro associado aos dados de treino. Contudo, é possível analisar o

comportamento do erro associado aos dados de teste na medida em que ocorre a otimização

dos parâmetros na rede. A partir do comportamento do erro associado aos dados de treino é

possível escolher o número de iterações que corresponde ao erro mínimo, mas este ponto não

deve ser superior ao número máximo de iterações. Sendo assim, é necessário determinar o

máximo número de iterações. O número máximo de iterações corresponde ao ponto

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antecedente ao ponto em que se dá o overfitting2. Logo, o número de iterações escolhido, e

que correspondente ao erro mínimo, deve ser sempre menor ou igual que o numero máximo de

iterações. Desta forma, são definidos os seguintes critérios de convergência: o algoritmo

converge quando se alcança o erro mínimo ou quando o número de iterações é igual a 10000.

Segundo [12], o modo como se desenvolvem os modelos de regressão garante desde

já a validação dos meemos, à medida que são desenvolvidos.

3.1.5. Síntese do exercício da construção dos modelos de regressão

Takagi-Sugeno de primeira ordem ou de ordem zero

Nesta secção desenvolvem-se os modelos de regressão inspirados em neuro fuzzy. No

desenvolvimento de um modelo de regressão é necessário primeiro selecionar um bom

conjunto de dados de treino. Na seleção de um conjunto de dados de treino é necessário que

todos os parâmetros associados ao algoritmo substrative clustering estejam definidos. Todavia,

desconhece-se ainda o valor associado ao parâmetro .

3.1.5.1. Seleção do parâmetro

O parâmetro é estimado de modo a que se obtenha um número de regras igual a 3.

Caso contrário, procede-se que um número de regras igual a 4 corresponde a um número de

parâmetros na rede igual a 68, e esse número de parâmetros na rede não é admissível, isto

porque é superior ao número de observações (57) utilizado na construção dos modelos

regressão. Por outro lado, as redes construídas com o número de regras igual a 2 possuem

uma capacidade explicativa menor ou igual que a das redes com o número de regra igual a 3.

Deste modo, estimam-se os valores associados ao parâmetro ,que correspondem ao

número de regras igual a 3 para cada variável dependente, na medida em que se constroem os

modelos de regressão.

3.1.5.2. Seleção do grupo de dados de teste associado a cada variável dependente

Depois de encontrado o modo de estimar o parâmetro , que melhor se ajusta a cada

variável, então já é possível definir o conjunto de dados de teste e de treino para essas

mesmas variáveis. Para cada variável dependente é feita o seguinte: dado o número escasso

de observações, 67, a divisão dos dados é feita da seguinte forma. Reagrupam-se os dados de

forma aleatória e dividem-se os dados em 2 grupos. O primeiro possui 10 observações; e o

restante,57 observações;

2Segundo [12], overfitting no processo de otimização ocorre quando o erro associado aos

dados do conjunto de treino decresce e o erro associado aos dados do conjunto de teste cresce.

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23

3.1.5.3.Concretização dos modelos de regressão e qualidade de ajustamento

A partir dos dados de treino e de teste escolhidos na secção anterior, são construídos

os modelos de regressão de primeira ordem utilizados na modelação do comportamento das

propriedades físicas/tecnologias das peças cerâmicas. Porém, reparou-se que na extrapolação,

há situações em que os valores dos parâmetros físicos /tecnológicos encontram-se fora dos

limites máximos e mínimos, apresentados nas estatísticas básicas. Por exemplo, o modelo de

regressão de Takagi-Sugeno de primeira ordem da variável L apresenta valores negativos, na

extrapolação de algumas observações. O que não é admissível para este parâmetro (verificar

no anexo 2).

Sendo assim, utiliza-se o modelo de Takagi-Sugeno de ordem zero na construção dos

modelos de regressão. Esse modelo possui uma característica especial: o valor extrapolado de

uma dada variável resposta nunca ultrapassa os limites, em geral.

A informação acerca do parâmetro ra e do número de iterações que se encontra na

Tabela 3, serve para o modelo de ordem zero.

Tabela 3- erros dos dados de teste associado a cada variável, para cada grupo

Iteração

L 0,6 22

a 0,6 55

b 0,7 80

Aabsor 0,7 25

Cont 0,8 5

Na Tabela 4, sintetiza-se a informação acerca dos modelos de regressão de Takagi-

Sugeno de ordem zero, que consiste na qualidade do ajustamento de cada modelo de

regressão, número de observações utilizado na construção do modelo de regressão, número

de parâmetros na rede, e as respetivas variáveis. Para medir a qualidade do ajuste utiliza-se o

coeficiente de determinação VAF (Variance Accounted For).

Tabela 4- modelos de regressão associado a cada uma das propriedades físicas/tecnológicas

Variáveis R2 R Regras Nº observações Nº parâmetros na rede

L 0,24 0,49 3 57 48

a 0,35 0,59 3 57 48

b 0,029 0,17 3 57 48

Absor 0,74 0,86 3 57 48

Cont 0,7 0,84 3 57 48

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24

3.2. Modelo de otimização

Nesta secção é apresentado o modelo de otimização, as diferentes abordagens na

construção da função objetivo e o conjunto de constrangimentos associado ao problema de

mistura de argilas, em particular, ou de matérias primas-minerais, em geral.

3.2.1. Formulação dos modelos de otimização

O problema da mistura de argilas é definido como um problema de programação

matemática que consiste em encontrar as proporções mássicas , , dos tipos

de argilas na mistura de modo a se obter uma pasta cerâmica que, depois de cozida, garanta

um produto final com as propriedades físicas/tecnológicas definidas. A formulação do problema

contempla os passos habituais de identificação de parâmetros/constantes do problema, de

definição das variáveis de decisão ou otimização, de formulação da função objetivo e de

tradução algébrica das restrições ou constrangimentos.

3.2.1.1.Parâmetros

número de tipos/depósitos de matérias-primas minerais (minérios) disponíveis;

número de componentes químicos e/ou mineralógicos que caracterizam a composição de

cada tipo de depósito

número de razões (rácios) de concentrações mássicas

número de propriedades físicas/tecnológicas do produto final

concentração mássica da componente química/mineralógica j no depósito de matéria prima

mineral i ( , ).

quantidade de matéria- prima mineral do tipo/depósito i ( )

concentração mássica máxima da componente química/mineralógica j, , na

mistura

concentração mássica mínima da componente química/mineralógica j, , na

mistura

razão (rácio) de concentrações mássicas/mineralógicas s e t na mistura ( ;, );

limite superior da razão (rácio) de concentrações mássicas s e t na mistura ( ; );

limite inferior da razão (rácio) de concentrações mássicas s e t na mistura ( ;

, );

e são subconjuntos do conjunto

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25

concentração mínima de matéria-prima mineral de um tipo/deposito na mistura;

concentração máxima de matéria prima mineral de um tipo/deposito na mistura;

quantidade requerida de mistura (lote encomendado);

número mínimo de matérias-primas minerais de diferentes tipos na mistura;

número máximo de matérias-primas minerais de diferentes tipos na mistura;

valor da propriedade física/tecnológica do produto de mistura como função da

composição do produto da mistura , .

valor desejado (nível de aspiração/metas) da propriedade física/tecnológica do produto de

mistura como função da composição do produto da mistura, .

3.2.1.2.Variáveis de decisão ou otimização

percentagem mássica de argila na mistura , (i = 1, 2, …, nc);

variável inteira binária que toma o valor igual a 1, se a argila i pertencer(integrar a) à

mistura, e 0 no caso contrario (i = 1, 2, …, nc).

3.2.1.3. Função objetivo

O cálculo das quantidades ou percentagens de matérias-primas na mistura é feito com

base na minimização da diferença entre o valor da propriedade física/tecnológica previsto pelo

modelo de regressão e o valor desejado. Ou seja, quando a propriedade física/ tecnológica

prevista pelo modelo regressão for igual (aceitável) ao valor desejável, então as percentagens

de matérias-primas na mistura, que servem de dados de entrada nos modelos de regressão

para prever as propriedades físicas/tecnológicas, são iguais para ambos os vetores.

Esta minimização pode ser feita elementarmente, ou seja, ponto a ponto, ou ainda a

partir da minimização de diferença s entre dois vetores.

3.2.1.3.1. Otimização Vetorial (Minimização elementar)

O problema de otimização vetorial, ou otimização segundo múltiplos objetivos

(otimização multiobjectivos), envolve um vetor de nf funções critério a minimizar e/ou

maximizar, e pode ser posto sucintamente como:

min. ; 1,2,...,, , , ,flf nl S x y x y (3.14)

com S o conjunto das soluções admissíveis ou possíveis. O caso de maximização é

convertido no caso equivalente de minimização max. , min. ,l lf f x y x y

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26

É claro que, em geral, não existe solução admissível (x, y) que otimize (minimize) todos

os critérios simultaneamente, pelo que se torna necessário reinterpretar a noção de otimização,

introduzindo o conceito de solução optimal à Pareto como sinónimo de solução eficiente [16].

Uma solução admissível (x, y) diz-se eficiente se o correspondente vetor f dos valores dos

critérios 1 2, , , ,..., ,fnf f f

x y x y x y não é dominado pelo vetor dos valores dos critérios de

qualquer outra solução do conjunto das soluções admissíveis ou possíveis.

O vetor ,Zf com Z espaço dos vetores de valores dos critérios ou espaço dos

critérios, diz-se não dominado se e só se não existe nenhum outro vetor Zf tal que f f

e f f .

Segundo a teoria da otimização multiobjectivos [16], uma solução eficiente pode ser

obtida como a solução de um problema de otimização monocritério, cuja função objetivo é a

soma ponderada dos critérios. Os ponderadores são não negativos com soma igual a 1.

Método da Programação de Metas. Neste método, cada objetivo ou critério é conceptualizado

como uma meta. Sendo a l-ésima função objetivo e o valor desejado (nível de

aspiração) para a meta, os três tipos de metas considerados podem ser convertidos em

restrições soft.

Valor mínimo ou a meta mínima.

0, ; 1,2,..,l l ff f l n x y (3.15)

Valor máximo ou a meta máxima.

0, ; 1,2,..,l l ff f l n x y (3.16)

Objetivo igual a meta.

0, ; 1,2,..,l l ff f l n x y (3.17)

A escolha do tipo de constrangimento (meta) a utilizar fica ao critério do utilizador.

Estes constrangimentos são relaxados, tornados soft, mediante a adição e/ou subtração de

variáveis de desvios indesejáveis não negativas (para desvios para além do nível desejado)

e (para desvios aquém do nível desejado), às equações (3.15) a (3-17).

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27

.

0

0

0

, ; 0, 0, 1, 2,..,

, ; 0, 0, 1, 2,..,

, ; , 0, 1, 2,..,

l l l l f

l l l l f

l l l l f

f d f d d l n

f d f d d l n

f d d f d d l n

x y

x y

x y

(3.18)

E a função objetivo consiste em minimizar a soma dos desvios indesejáveis associados às

restrições tornadas soft

1

min. ( , , ) = fn

l l l

l

F d d

x y d

Onde é a penalização associada ao desvio de cada meta.

3.2.1.3.2.Minimização de norma de diferença de vetores (diferença)

Nesta abordagem, minimiza-se a diferença entre o vetor dos valores das propriedades

físicas/tecnológicas previstas pelo modelo de regressão, , e o vetor dos valores

desejados, . A diferença entre os dois vetores, em álgebra linear, pode ser vista como o erro

absoluto e pode ser calculada a partir da diferença entre os mesmos vetores, relativamente a

uma certa norma. Existem várias normas, mas no âmbito desta dissertação cinge-se às mais

comuns: norma infinita ‖ ‖ , norma soma ou norma 1 ‖ ‖ e a norma euclidiana ou norma 2

‖ ‖ . [17]

A norma infinita é definida como a da diferença máxima entre os pontos dos vetores

incumbentes. Neste caso, sendo o problema de minimização, então tem-se a seguinte

expressão matemática associado a função objetivo:

00mim. ( ) min max ( ) ; 1,2,...,l l ffF P x P l nx f

(3.19)

Como a função módulo é não diferenciável na origem, então aplica-se a seguinte

transformação/reformulação equivalente.

, , min.

sujeita a:

, ; 1, 2... ,

, ; 1, 2... ,

x y z

l f

l f

z

F z l n

F z l n

x y

x y

A norma soma de um vetor, que é resultante da diferença entre outros dois, é calculada

a partir das somas das suas componentes.

∑| |

(3.20)

Como a função módulo é não diferenciável na origem, procede-se a reformulação equivalente

contínua, segundo [18].

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28

,1

min.

sujeita a:

, ; 1, 2,...,

, ; 1, 2,...,

fn

l l

l

l l f

l l f

z

F z l n

F z l n

x y, z

x y

x y

onde é um fator de normalização ou escalamento de cada variável dependente.

A norma euclidiana de um vetor, resultante da diferença entre dois vetores, pode ser

calculada a partir da seguinte fórmula:

‖ ‖ [∑

]

(3.21)

Dado que o argumento que minimiza a norma 2 é o mesmo que minimiza o quadrado da norma

2, então tem-se:

2

0 2

1

min.  ( ) ( ( ) )fn

o

l l l l

l

F P x P f x f

(3.22)

onde é um fator de normalização ou escalamento de cada variável dependente. [17]

.A normalização é feita devido ao facto das variáveis se encontrarem em escalas

diferentes. O fator de normalização associado a um dado parâmetro físico/tecnológico é

calculado a partir da seguinte fórmula:

[∑

]

Onde é a amplitude do intervalo de valores associado ao l-ésimo parâmetro. [18]

Dada a complexidade das funções objetivo aqui estudadas assume-se que essas são

convexas.

3.2.1.4.Constrangimentos

Na modelação matemática do problema da mistura repara-se que existem dois tipos de

constrangimentos, os estabelecidos pelo sistema/mistura e os propostos pelo utilizador. Os

constrangimentos impostos pelo utilizador consistem em um conjunto de regulamentações que

o processo de mistura deve possuir, no seu ponto de vista, com a finalidade de alcançar um

determinado objetivo (pasta cerâmica com as características desejadas). Já o conjunto de

constrangimentos do sistema é definido pelas características das argilas pretendidas na

mistura, ou seja, esse conjunto de constrangimento pode ser visto também como o espaço das

soluções.

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29

É possível controlar, parcialmente, os parâmetros químicos e mineralógicos na

mistura. Este controlo é feito através do controlo dos limites estabelecidos pelo sistema, ou

seja, tenta-se comprimir ou expandir o espaço das soluções fazendo variar os limites

estabelecidos pelo sistema. E isto permite que um constrangimento do sistema se transforme

num constrangimento estabelecido pelo utilizador.

Na modelação matemática do problema de mistura de matérias-primas, propõe-se os

seguintes constrangimentos:

Composição química. É necessário que a composição química de uma determinada mistura

esteja dentro de um intervalo admissível. Dada a concentração mássica máxima e mínima do

componente químicos, ,

, respetivamente, então dá-se o seguinte:

Limite inferior

1

       ;  1, 2.. c

j

i

l

n

i ij ex g g j n

(3.23)

Limite superior

1

     ;  1,2.. c

u

j

n

i ij

i

ex g jg n

(3.24)

Razão (Rácio) de teores. Existem situações em que é desejável controlar o rácio em teor dos

minerais na mistura, ou seja, assegurar que esta esteja dentro de um intervalo admissível.

Dada a definição do rácio de teores.

(3.25)

Então, obtêm-se os seguintes limites:

Limite inferior. A mistura das argilas deve possuir um rácio em teor maior que um determinado

,desse modo obtém-se o seguinte:

1

1

, ,   ;

c

c

n

is imiin i

N Dn

i

s

t ii

t

g xr s J t J

g x

(3.26)

Aplicando-se algumas operações algébricas na equação (3.26) é obtida a seguinte expressão.

min

1

       (   ) 0  ; , cn

i is st it N D

i

x g r g s J t J

(3.27)

Limite superior. A mistura das argilas deve possuir um rácio em teor menor que um

determinado , deste modo obtém-se o seguinte:

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30

1

1

     ; , 

c

c

n

is imax i

st n

it i

D

i

N

g xr s J t J

g x

(3.28)

Aplicando-se algumas operações algébricas na equação (3.28) é obtida a seguinte expressão.

max

1

    (   ) 0   ; , c

N

n

i is st it

i

Dx g r g s J k t J k

(3.29)

Não negatividade. As proporções mássicas das matérias-primas minerais são variáveis de

decisão contínuas e não negativas.

0 ;    1,2,..,i cx i n (3.30)

Proporções mássicas. O princípio da conservação da massa total e por componente químico

impõe que o somatório das proporções mássicas deve ser igual a 1 (100%) que se exprime

algebricamente pela restrição em igualdade seguinte:

1

    1cn

i

i

x

(3.31)

Número de matérias-primas na mistura. Quando se fala do número de matérias-primas

minerais na mistura, fala-se dos diferentes tipos de matéria-prima mineral na mistura. Há casos

em que o utilizador deseja fixar o número de argilas na mistura. Mas, ao fixar a quantidade de

argilas na mistura, perde-se um leque de soluções alternativas. Deste modo, tendo em conta o

leque de soluções que podem ser alcançadas a partir de diferentes tipos de argilas na mistura,

propõe-se um intervalo de valores para o número de argilas na mistura. Sendo a i-ésima

variável inteira binária que toma o valor 1 caso a argila pertença ao conjunto das argilas na

mistura e 0 no caso contrario, o constrangimento associado ao número de argilas na mistura

pode ser expresso da seguinte forma:

1

 c

mim max

n

c i c

i

n y n

(3.32)

Proporções mássicas mínimas e máximas de cada tipo de matéria-prima mineral na

mistura. Sendo a proporção mássica máxima (mínima) da argila i na mistura, então

pode escreve-se o seguinte:

    ; 1,2.. i i i cx iy m y M n (3.33)

Disponibilidade de matérias-primas minerais no inventário3. Na preparação de uma dada

receita ou fórmula, é necessário verificar se existe matéria-prima em quantidade desejada.

Dado ,a quantidade de argila i disponível na base de dados e , é o somatório de argilas na

mistura ou a quantidade total de matérias-primas encomendada.

3 Tendo em conta que já existe uma limitação na quantidade máxima de argila na mistura,

então é necessário assegurar que este máximo nunca é superior à quantidade disponível.

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31

1

; 1,2,..., ; cn

i

i c i L

iL

Qx i n Q Q

Q

(3.34)

3.2.1.5. Síntese das variantes do modelo de otimização

0

0

0

(Modelo Arquimediano)

1. Objectivos conceptualizados como de 3 tipos diferentes:

) , , 0 0 ,

) , , 0 0 , 1, 2,...,

c) ,

l l l l l

l l l l k f

l l l l

metas

a f d f d d

b f d f d d l n

f d d f

Programação de Metas

x y

x y

x y , , 0.

2. Afectação de / às variáveis de desvio (medidas da realização das metas)

3. Minimização da soma penalizada/ponderada das variáveis de desvio para encontrar soluções

l l

k

d d

penalizações pesos w

1

0

0

0

que melhor satisfaçam as metas

min. ( , , ) =

sujeita a:

, , 0 0 ,

, , 0 0 , , 1,

, , , 0

fn

l l l

l

l l l l l

l l l l l

l l l l l l

F d d

f d f d d

f d f d d l

f d d f d d

x y d

x y

x y

x y

,

1

,

1

, , ,

1

,

2,...,

, 1, 2,...,

, 1, 2,...,

0, , ,

c

c

c

nu

i j i j e

i

nl

i j i j e

i

nu

i s s t i t i N D t N D

i

i s

nf

g x g j n

g x g j n

g r g x s J t J n J J

g

, ,

1

max

1

0, , ,

0, 1, 2,...,

0, 1, 2,...,

,

c

c

nu

s t i t i N D t N D

i

i i c

i i c

n

i c

i

r g x s J t J n J J

x My i n

x my i n

y n

max max

min min max min

1

, 1

, 2 , 1

0 min ,1

c

c c c

n

i c c c c

i

i

i

L

n n M n

y n n n m n

Qx

Q

1

1

, 1, 2,...,

0,1 ,  1, 2,..., ,    1c

cn

c i L

n

i

i

i

i c

i n Q Q

y i n x

Figura 7- Modelo de otimização: Formulação de Programação de Metas

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32

Abordagem Norma infinita (L∞) de vetor diferença :

, ,

0

min. , ,

sujeita a:

, ; 1,2... , ; , ,

, ; 1,2... , ;

x y z

l l l l l

l l

F z z

F z l n F f f

F z l n

x y

x y x y x y

x y

0

,

1

,

1

, , ,

1

, ,

, 1,2,...,

, 1,2,...,

0, , ,

c

c

c

l l l

nu

i j i j e

i

nl

i j i j e

i

nu

i s s t i t i N D

i

F f f

g x g j n

g x g j n

g r g x s J t J

x y x y

, , ,

1

0, , ,

0, 1,2,...,

0, 1,2,...,

c

t N D

nl

i s s t i t i N D t N D

i

i i c

i i c

n J J

g r g x s J t J n J J

x My i n

x my i n

max max max

1

min min max min

1

, , 1

, 2 , 1

c

c

n

i c c c c

i

n

i c c c c

i

y n n n M n

y n n n m n

1

1

0 min , 1 ; 1,2,..., ;

0,1 , 1,2,...  , ,    1c

cn

ii c i

n

L

ic

i

L

i

i

Qx i n Q

x

QQ

y i n

Figura 8- Modelo de otimização: Formulação Norma infinita (L∞)

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33

Abordagem Norma euclidiana (L2) de vetor diferença :

,

1

,

1

, , ,

1

20

1

sujeita a:

, 1,2,...,

, 1,2,...,

min.  , (

0,

)f

c

c

c

n

nu

i j i j e

i

nl

i j i j e

i

n

l

u

i s s t

i

l l

l

i t i

g x g j n

g x g j

f

n

g r x

F

g

f

x y x

, , ,

1

, ,

0, , ,

0, 1,2,...,

0,

c

N D t N D

nl

i s s t i t i N D t N D

i

i i c

i i

s J t J n J J

g r g x s J t J n J J

x My i n

x my i

max max max

1

min mi

1

1,2,...,

, , 1

, 2

c

c

c

n

i c c c c

i

n

i c c

i

n

y n n n M n

y n n

n m i

1

1

ax m n, 1

0 min , 1 ; 1,2,..., ;

0,1 , 1,2,..., ,    1

c

c

c c

n

ii c i

i

L

i

i i

L

n

c

n m n

Qx i n Q Q

y i n x

Q

Figura 9-Modelo de otimização: Formulação Norma Euclidiana (L2)

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34

Abordagem Norma soma (L1) de vetor diferença :

,1

0

min. , ,

sujeita a:

, ; 1,2,..., ; , ,

, ; 1,2,..., ;

fn

l l

l

l l f l l l

l l f

F z

F z l n F f f

F z l n

x y, z

x y z

x y x y x y

x y

0

,

1

,

1

, , ,

1

, ,

, 1,2,...,

, 1,2,...,

0, , ,

c

c

c

l l l

nu

i j i j e

i

nl

i j i j e

i

nu

i s s t i t i N D

i

F f f

g x g j n

g x g j n

g r g x s J t J

x y x y

, , ,

1

0, , ,

0, 1,2,...,

0, 1,2,...,

c

t N D

nl

i s s t i t i N D t N D

i

i i c

i i c

n J J

g r g x s J t J n J J

x My i n

x my i n

max max max

1

min min max

1

, , 1

, 2 ,

c

c

n

i c c c c

i

n

i c c c

i

y n n n M n

y n n n m n

1

min

1

1

0 min , 1 ; 1,2,..., ;

0,1 , 1,2,..., ,    1c

c

c

n

ii c i L

i

i

L

i

n

ic

Qx i n Q Q

Q

y i n x

Figura 10- Modelo de otimização: Formulação Norma soma (L1)

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35

3.3. Técnicas de resolução de problemas de Otimização Não

Linear Mista (Mixed-Integer Non Linear Programming – MINLP)

Qualquer dos problemas de otimização formulados são problemas de

Programação/Otimização Não Linear Mista.

O conjunto das restrições define um conjunto convexo. Quando a função objetivo é uma

função convexa restringida a um conjunto convexo, o problema de otimização diz-se convexo.

Cabe, no âmbito desta dissertação, uma apresentação muito resumida da metodologia

proposta para resolver este problema, que consiste no algoritmo básico Branch & Bound (BB).

mas, para comparar o desempenho desse algoritmo utilizam-se alguns algoritmos alternativos

disponíveis no pacote (packge) Bonmin

O pacote ou package Bonmin (Basic Open-source Nonlinear Mixed INteger

programming) [32] consiste de código fonte em C++ para a resolução de problemas gerais de

Programação Não Linear Inteira Mista (MINLP-Mixed Integer NonLinear Programming) da

forma:

min. ( )

sujeita a :

( )

,

, .

l u

l u

i

j

f

x i I

x j I

x

c g x c

x x x

onde ( ) : nf x , ( ) : n mc x são funções da classe C2, isto é, funções

continuamente diferenciáveis até 2º ordem e I é um subconjunto do conjunto

Os algoritmos do package Bonmin são exatos (também conhecidos por algoritmos

determinísticos), garantindo a obtenção da solução optimal global quando as funções f(x)

and c(x) são convexas; nos casos em que as funções f ou c ou ambas são não convexas, os

algoritmos são aproximados fazendo uso de heurísticas.

Os algoritmos alternativos ao Branch & Bound são: B-OA é um algoritmo de

decomposição por aproximações externas (outer-approximation decomposition algorithm);B-

QG é uma implementação do algoritmo de Branch & Cut de Quesada e Grossmann; B-Hyb é

um algoritmo de aproximação externa híbrida baseada no algoritmo de Branch & Cut (hybrid

outer-approximation based branch-and-cut algorithm); B.Ecp é um algoritmo baseado no

algoritmo B-OA e no Branch & Cut que segue um conjunto de configurações descritas em [19];

B- iFP é um algoritmo utilizado na resolução de problemas do tipo MINLP. [20]

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36

3.3.1. Resumo do método Branch & Bound

Nesta secção será apresentado um resumo do método Branch and Bound (BB),

método principal utilizado na resolução do problema de otimização proposto nesta dissertação.

Método Branch & Bound

Segundo [21], o método BB, desenvolvido por Land e Doig, é um algoritmo de enumeração

implícita, ou seja, é um método que, apesar de não testar explicitamente todas as soluções

possíveis, garante a otimalidade da solução obtida. Este método é explicado considerando o

problema de otimização formulado como um problema de minimização. Deste modo, começa-

se por resolver a versão relaxada, contínua, do problema de otimização original e analisar a

solução. Caso a solução viole os constrangimentos de integralidade, então aplica-se o método

BB.

Motivação

Seja dado o problema de otimização não linear inteira mista, IP, abaixo:

Problema IP

sujeito a:

Onde: x é um vetor de variáveis continuam; z um vetor de variáveis inteiras. S é um

espaço/conjunto convexo definido por um conjunto de constrangimentos lineares e/ou não

lineares convexos. A função objetivo é linear ou não linear, mas convexa, e é j-

ésima função linear ou não linear nos vetores de variáveis x e z.

A figura 11 resume o essencial do método básico BB.

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37

0

, { }

, { }

+ , {

n

n

n

L IP Lista de subproblemas activos

Lb limite inferior do valor da função objetivo do subproblema n

U valor da função objetivo da melhor solução inteira mista enc

1 Inicialização.

}

Calcular entre e = ,

é

Repo

pequeno . ., 1 , com 0.1

rtar me lhor soluçã

j

j

ontrada

L fazer

gap U Lb min Lb gap U Lb

gap p ex Se gap tol Lb tol

2. Critério de paragem

Enquanto

Se então

o inteira m

Seleccionar subpro

ista , e correspondente valor optim

blema

al da função objectivo IP IP IPf

3. Selecção de subproblema e resolução de relaxação contínu

Termi

a

nar

Fim de se

x z

(Escolher um nó) da lista (segundo várias estratégias possíveis

. . Last In First Out -

iIP L

p ex Depth First S

)

Remover subproblema da lista

Resolver contínua de (resolver problema de optimização não linear contínua).

problema pos

sível

Seja , a solução

i

i

i

IR IR

earch

IP L

relaxação IP

IPSe

x z optimal e o valor da função objectivo ( - )

<

solução (conponente inteira) não é inteira { }

R

R

iR

f R problema relaxado

f U

então Partição / Ramificação

Se então

Se z

(segundo uma de várias regras) variável fraccionária para

novo subproblema (nó) 1 com nova restrição e limite inferior = ,

k

n R

k k

Escolher z ramificação

Criar n n z z Lb f

Actualizar lista de subproblemas activos:

novo subproblema (nó) 1 com nova restrição e limite inferior = ,

Act

n

n R

k k

L L IP

Criar n n z z Lb z

ualizar lista de subproblemas activos:

{ }

= {nova,

n

R

L L IP

U f

Fathoming and pruning / podaSenão

melhor solução inteira mista}, , , ,

{ / }

IP IP IR IR IP R

i

f f

declarar problema IP

Poda pruning da árvore de enumeração

sondado por optimalidade

x z x z

Remover da lista todos os subproblemas com > e declará-los

j

i

L Lb U

Declarar problema IP

sondados por limite

sondado por limite

Fim de se

Senão

Fim de

problema impossível

Proble

{ : ; }

ma origi

nal é impossível

R iSenão f declarar problema

IP

IP

U

sondado por impossibilidade

se

Fim de se

Fim de enquanto

Se

Fim de se

Figura 11- Algoritmo básico Branch and Bound

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38

Resolução da versão relaxada do problema

Começa-se por resolver o problema IP, sem ter em consideração as restrições de

integralidade, a chamada versão relaxada, contínua, do problema IP, com um algoritmo de

otimização contínua apropriado.

Se a versão relaxada contínua do problema IP não tem soluções possíveis, então o

problema original IP é impossível terminando a resolução do problema.

Se a versão relaxada contínua do problema IP tem soluções possíveis, verifica-se se a

solução respeita as restrições de integralidade. Se sim, então o problema está resolvido.

Caso contrário, inicia-se um processo de ramificação (branching), limitação (bounding)

e poda (pruning) conforme figura acima.

Branching (ramificação)

Segundo [22], a seleção da variável inteira a ramificar, no conjunto das variáveis

inteiras que violam a restrição de integralidade, é feita segundo uma de entre as várias regras

possíveis (p.ex. maior valor fracionário). Estabelecida a regra, escolhe-se então um variável .

Em seguida, faz-se a ramificação introduzindo-se dois novos subproblemas. Cada

subproblema é obtido a partir do problema anterior acrescentado de um novo constrangimento.

Designando-se por o maior inteiro menor que o valor da variável , Introduzem-se as

seguintes novas restrições:

Primeira restrição:

Segunda restrição:

Após a ramificação da variável , é necessário escolher um nó não pesquisado ou

sondado (de uma lista de subproblemas activos ou pendentes) e resolver a relaxação contínua

do subproblema associado. A escolha deste nó é segundo várias estratégias tais como

Pesquisa em Profundidade Primeiro (Depth First Search), Pesquisa em Largura Primeiro

(Breath First Search), Melhor Limite Inferior (Best First). No caso do problema proposto na

motivação, a regra encontra-se na referência [23].

Bounding (Limitar)

Inicialmente, o limite superior U, valor optimal da função objetivo da melhor solução

inteira mista, diante solução incumbente, é igual a . Após a resolução de um dos

subproblemas, e caso exista solução, verifica-se se esta satisfaz os constrangimentos de

integralidade. Caso os constrangimentos de integralidade estejam satisfeitos, então o limite

superior e o inferior, ambos, tomam o valor da função objetivo. No caso contrário ao anterior, o

limite inferior toma o valor da função objetivo e o limite superior mantém-se.

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39

Pruning (descartar/podar)

Depois da ramificação e da resolução de cada subproblema, aplicam-se os seguintes

testes.

Primeiro: caso a solução do subproblema for impossível, então descarta-se o ramo

incumbente;

Segundo: caso a solução do subproblema exista e o valor da função objetivo deste for

pior que o valor da função objetivo de um outro ramo (limite superior), então descarta-

se o ramo incumbente;

Terceiro: caso a solução do subproblema exista e o valor da função objetivo for melhor

que o limite superior, então o valor da função objetivo do subproblema em questão

torna-se o novo limite superior e descartam-se os ramos que tiverem o valor da função

objetivo pior que este, e o ramo é podado por otimalidade.

Término

O algoritmo termina quando já não houver nenhum nó a pesquisar (lista vazia), quando

se alcança o número de nós a pesquisar determinados. No caso do algoritmo a desenvolver, o

número proposto de nós a pesquisados é fixado em 100.

3.4. Resumo da metodologia desenvolvida

Na Tabela 5 resume-se a metodologia desenvolvida nessa dissertação, que consiste:

na construção do modelo de regressão utiliza-se o modelo de Takagi-Sugeno de primeira

ordem ou alternativamente a este, o de ordem zero; no desenvolvimento de 4 variantes do

modelo de otimização, consoante a abordagem utilizada na construção da função objetivo; na

resolução desse modelo de otimização, propor o algoritmo BB como principal e as restantes

opções algorítmicas disponíveis no Bonmin, como alternativas. No total são 24 formas,

disponíveis na aplicação informática, de resolver o problema da mistura de matérias-primas

minerais, como se apresenta na Tabela 5.

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40

Tabela 5 – Resumo da metodologia desenvolvida

Modelo de regressão Variantes do modelo de otimização Algoritmos (MNILP)

Takagi- Sugeno

Norma 1

BB

OA

QG

iFP

HYB

Ecp

Norma 2

BB

OA

QG

iFP

HYB

Ecp

Norma infinita

BB

OA

QG

iFP

HYB

Ecp

Programação de metas

BB

OA

QG

iFP

HYB

Ecp

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41

CAPITULO 4 – ESTRUTURA, EXPERIMENTAÇÃO E

ANALISE DA APLICACÃO INFORMÁTICA

Nessa secção, descrevem-se as experiências computacionais e resumem-se os

resultados obtidos. Explica-se também, resumidamente, a estrutura de programação da

aplicação informática. é feito o resumo da estratégia de programação do código que pode ser

visto nos ficheiros Benchmark_claymix_new.m e no CD e no anexo 4 (claymix_VersionXX.m).

Os cálculos foram realizados num computador pessoal equipado com uma unidade

central de processamento (CPU) com frequência do relógio interno de 2.2GHz, memória

instalada RAM de 8GB, correndo o sistema operativo Windows 7 (sistema operativo de 64 bits).

Foi imposto um tempo limite de 1000 segundos. A não resolução até à optimalidade por tempo

expirado é considerada um insucesso. Nas experiências computacionais, os tempos de cálculo

foram medidos em segundos de CPU.

Foram testados as seis opções algorítmicas implementadas na biblioteca de código

aberto Bonmin (Basic Open-source Nonlinear Mixed INteger programming) [24], versão 1.6.0,

os quais fazem uso do programa IPOPT (Interior Point OPTimization) [25], versão 3.10.2, para

resolver os problemas de otimização não linear (correspondentes às relaxações contínuas do

problema de otimização não linear mista) e do programa CBC, versão 2.7.7 para a resolução

dos problemas lineares mistos. A aplicação informática CBC tem como pré-requisitos o código

dos projetos CGL e CLP (1.14.7).

Bonmin é distribuído por COIN-OR (www.coin-or.org) sob a licença CPL (Common Public

License). A CPL é uma licença aprovada por OSI1 (Open Source Initiative), pelo que Bonmin

é aplicação informática código aberto (Open Source Aplicação informática) certificado pela

OSI.

As interfaces para ambiente MATLAB das opções algorítmicas de Bonmin, bem como de

outros programas relevantes para esta dissertação, nomeadamente NOMAD [26] , versão

3.5.1, e PSWARM [27] , versão 1.5, são as proporcionadas por OPTI Toolbox [28], na sua mais

recente versão 1.70. OPTI Toolbox (OPTimization Interface) é uma toolbox gratuita para ser

utilizada em MATLAB, sob o sistema operativo Windows (32 ou 64 bits), para formulação e

resolução de problemas de otimização linear, não linear, contínua e discreta. Inclui interfaces

compiladas, via ficheiros de extensão mexw32 ou mexw64, para código aberto escrito nas

linguagens de programação C/C++ e FORTRAN.

A experiência computacional faz também uso da aplicação informática GLPK (versão

4.47) no passo de verificação se o conjunto das restrições lineares (equações e inequações),

envolvendo as variáveis contínuas e binárias, tem ou não soluções possíveis.

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42

4.1. Estrutura de programação da aplicação informática

O aplicativo informático é constituído de rotinas ou blocos de códigos que executam

tarefas que auxiliam na resolução do problema. As principais tarefas consistem na introdução

da informação relacionada com a matéria-prima mineral, na formulação matemática do

problema e na resolução do mesmo.

4.1.1. Introdução de informação

A introdução de informação acerca da matéria-prima disponível nas jazidas é feita a

partir do preenchimento de uma base de dados. A informação é disponibilizada em forma de

um ficheiro escrito no bloco de nota, onde segue a seguinte ordem. Na primeira coluna é

introduzido o nome ou tipo de matéria-prima mineral; na segunda coluna, a quantidade; nas

colunas que se seguem, são introduzidas as propriedades químicas e mineralógicas

associadas a esta matéria-prima mineral, e isto na ordem em que são citados: perda por

inguinação (LOI); alumina (Al2O3); sílica (SiO2); concentração do óxido de ferro (Fe2O3);

concentração do óxido de potássio (K2O).

A partir das matérias-primas minerais disponíveis na base de dados, o utilizador

seleciona aquelas que pretende na mistura, e o aplicativo informático calcula automaticamente

o limite superior e inferior associado a cada parâmetro químico, mineralógico e ao rácio de

teores ou concentrações. Dado que cada tipo de argila possui vários parâmetros químicos, e

que estes parâmetros se encontram, muitas vezes, em concentrações diferentes nos diferentes

tipos de argilas, então, tendo em conta esta variabilidade das concentrações nos parâmetros

químicos e mineralógicos em função do tipo de argila, é possível definir um conjunto de valores

de concentração associado a um parâmetro, e desse conjunto escolher o máximo e o mínimo

(limite superior e inferior da concentração de um parâmetro químico ou mineralógico). No que

concerne ao rácio de teores, os limites são calculados a partir de um conjunto de razões entre

os conjuntos de valores associados aos parâmetros químicos que definem o rácio. Essa razão

é efetuado entre os valores de parâmetros químicos de argilas do mesmo tipo, por exemplo,

suponha-se que o rácio de teores é definido entre a alumina e o óxido de potássio, então para

cada tipo de a argila existe um rácio entre os valores desses parâmetros. À medida que se

acrescenta mais uma argila na mistura, os limites são calculados e atualizados

automaticamente. Em seguida, o utilizador pode definir os valores dos parâmetros

físicos/tecnológico da peça cerâmica, químicos e mineralógicos da pasta cerâmica, dentro dos

limites já estabelecidos.

Para facilitar a introdução de informação na formulação do problema, à medida que se

introduz o valor do limite inferior e superior dos parâmetros químicos e mineralógicos das

matérias-primas minerais, o aplicativo informático avalia a não existência de soluções e informa

caso o problema definido for avaliado.

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43

4.1.2.Preparação da formulação do modelo matemático A partir da informação introduzida na aplicação informática, constrói-se o modelo

matemático de modo a ser aplicado na plataforma de programação a utilizar.

Sejam dadas as seguintes matrizes: a matriz em que todos os elementos são iguais

a 1; a matriz composta por zeros em todas as entradas; a matriz onde todos os teores

químicos são iguais a 0, exceto os teores no numerador do rácio mássico, de dimensão ;

e a matriz onde todos os teores químicos são iguais a 0, exceto os teores no denominador

do rácio mássico, de dimensão ; o valor máximo associado a todas as percentagens

de argila na mistura; o valor mínimo associado a todas as percentagens de argila na

mistura; a matriz identidade; o vetor dos rácios máximos; o vetor dos rácio mínimos: o

vetor dos teores químicos máximos; o vetor dos teores químicos máximos; é a matriz das

composições químicas das argilas na mistura, de dimensão ; a matriz dos pesos;

a matriz das propriedades físicas/tecnológicas que se pretendem alcançar; a matriz das

propriedades físicas/tecnológicas observadas pelo modelo de previsão; e são as matrizes

associadas às variáveis de decisão; quantidade da argila disponível do tipo ; quantidade

total de argila na mistura. Então tem-se:

Conjunto de constrangimentos propostos.

Proporções mássicas

|

|

; ;

Rácio mássico

|

|

;

|

|

( )

( )

(

)

|

|

; ||

||

Percentagem mínima e máxima de cada tipo de argila na mistura

|

|

;

;

|

|

;

;

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44

Número de argilas na mistura

|

|

; |

|; |

|

Disponibilidade de argilas no inventário

|

|

;

; (

)

Modelo de otimização 1: função objetivo é calculada a partir da norma soma.

, , 1

min. n

l lx y z

l

z

Sujeito a:

Conjunto de constrangimentos propostos

e aos constrangimentos associados a transformação da norma soma.

|

|

; ;

|

|

|

|

;

;

|

|

Modelo de otimização 2: função objetivo é calculada a partir da norma infinita.

, , min. zx y z

Sujeito a:

Conjunto de constrangimentos propostos

E aos constrangimentos associados a transformação da norma soma:

|

|

; ;

|

|

|

|

;

;

|

|

Modelo de otimização 3: função objetivo é calculada a partir da norma euclidiana.

Sujeito a:

Conjunto de constrangimentos propostos

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45

Modelo de otimização 4: função objetivo é definida no contexto da programação de metas.

1

min. ( , , ) = ln

l l l

l

F d d

x y d

Sujeito a:

Conjunto de constrangimentos propostos

E aos constrangimentos associados às metas:

0

0

0

, , 0 0 ,

, , 0 0 , , 1, 2,...,

, , , 0

l l l l l

l l l l l

l l l l l l

f d f d d

f d f d d l nf

f d d f d d

x y

x y

x y

As funções objetivos se encontram programadas numa rotina a parte. Esta rotina

denomina-se de , recebe o vetor das percentagens mássicas na mistura (x) e tem

como resultado a expressão que avalia cada tipo de função objetivo.

4.2. Avaliação e resolução do problema

4.2.1. Análise do espaço de soluções

Sabe-se que quando o utilizador define as argilas pretendidas na mistura, os limites

associados aos parâmetros químicos e mineralógicos da mistura definem-se automaticamente.

Todavia, resta ainda definir as propriedades físicas/tecnológicas que a peça cerâmica deve

possuir e, por ordem de preferência, redefinir os limites dos parâmetros químicos e

mineralógicos já estabelecidos pelo sistema. Então, sempre que o utilizador definir um

parâmetro físico/tecnológico ou redefinir um parâmetro químico ou mineralógico, é avaliado a

não existência de soluções. Caso o problema definido tiver soluções, então resolve-se o

problema de otimização. Esta abordagem permite que o aplicativo informático seja utilizado

facilmente pelos utilizadores com pouca experiencia na matéria de misturas de matérias-primas

minerais.

Sendo a função objetivo não linear, a análise da existência de soluções no problema

formulado é muitas vezes demorada e existe casos em que não há soluções. Sabendo-se que

existem 5 parâmetros a definir e 7 a redefinir, tendo-se em conta que na definição de cada

parâmetro o aplicativo informático deve analisar a existência de soluções, então o exercício da

formulação do problema da mistura torna-se, muitas vezes, longo e cansativo. Logo, surge a

necessidade de investigar o espaço das soluções de uma forma rápida.

Sendo assim, na análise da existência de soluções, propõe-se o seguinte método:

primeiro, define-se um novo problema a partir do original. Esse problema possui o mesmo

conjunto de constrangimentos que o original, mas com a função objetivo constante. Em

seguida, investiga-se o espaço das soluções a partir da resolução do novo problema criado.

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46

Sendo o problema do tipo programação linear, o tempo de resolução é muito inferior ao tempo

da resolução de um problema não linear, em geral.

Na resolução do novo problema é utilizada uma rotina associada ao algoritmo

. A resolve o problema de programação linear tendo como base o algoritmo

Simplex e B&B, para os problemas de programação inteira mista. Esse algoritmo foi

desenvolvido pelo Andrew Makhorin. [29]

4.2.2. Resolução do problema de otimização

Depois de sondado o espaço das soluções do problema proposto pelo utilizador, e

caso haja possíveis soluções, utiliza-se então a rotina associado ao algoritmo bonmin na

resolução do problema de otimização não linear. Essa rotina foi desenvolvida pelo Pierre

Bonami. De se observar que esse algoritmo utiliza varias metodologias na resolução de um

problema de otimização mista e entre elas encontra-se a metodologia BB [30].Na aplicação do

algoritmo bonmin modela-se o problema segundo [31]. As opções de funcionamento do

algoritmo BB, na rotina bonmin, foram mantidas por defeito [32].

4.3. Experimentação das opções algorítmicas pospostas na

resolução do problema do tipo MINLP

Nesta secção são experimentadas as opções algorítmicas propostas na resolução de

problema do tipo MINLP e avalia-se o desempenho do algoritmo principal em relação aos

alternativos. Esta avaliação realiza-se para cada uma das abordagens utilizadas na construção

da função objetivo. Os testes ou as experimentações são realizadas todos sobre o mesmo

conjunto de problemas. Em seguida, faz-se uma análise qualitativa sobre os resultados. O

código utilizado na experimentação e análise encontra-se no ficheiro

Benchmark_claymix_new.m, no CD.

4.3.1. Avaliação do desempenho das opções algorítmicas de Bonmin

Resultados de benchmark são gerados com a execução das diferentes opções

algorítmicas sobre um conjunto (coleção) P de problemas, geradas aleatoriamente, de teste e

respetivo registo de valores de várias medidas de desempenho (métricas). No âmbito desta

dissertação, propõem-se as seguintes métricas: o tempo CPU de computação, o valor ótimo da

função objetivo (F*) e o desvio absoluto (gap absoluto).

4.3.1.1.Coleção de problemas (P)

A coleção de problemas é gerada da seguinte forma. A partir de um registo histórico,

base de dados, de 30 diferentes tipos de matérias-primas minerais disponíveis, são

selecionadas aleatoriamente as pretendidas na mistura. Sabe-se que quando se definem as

matérias-primas na mistura, os limites associados às composições químicas na mistura são

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47

definidas automaticamente. Logo, de forma aleatória, definem-se outros limites dentro dos

estabelecidos pela aplicação informática. E do mesmo modo se definem as propriedades

físicas/tecnológicas. E em seguida, esse processo é repetido 20 vezes. E isto, é feito dentro da

rotina benchmark. Para obter a mesma coleção de problemas que são utilizadas na

experimentação das opções algorítmicas do Bonmin, na rotina benchmark, utiliza-se uma

semente fixa (seed= 12345667), e o algoritmo de geração de números aleatórios deve ser igual

ao que se encontra implementado no Matlab R2011b.

4.3.1.2. Resultados computacionais

A partir de uma coleção de 20 problemas, geradas aleatoriamente na rotina

benchmarking, testam-se as 6 opções algorítmicas de Bonmin. Para cada problema, procura-

se também observar o desempenho dos mesmos algoritmos com base na abordagem utilizada

na construção da função objetivo. Os resultados são apresentados em função das

metodologias de construção das funções objetivos.

A métrica tempo CPU é apresentada em tabela, e todas as células vazias assinaladas

com a cor amarela nessa tabela representam situações em que ocorreu uma exceção (erro)

desconhecida. Estas situações não são representadas nas restantes métricas. As restantes

métricas são representadas graficamente para permitir uma fácil compreensão na leitura dos

dados. Os dados associados a estes gráficos encontram-se no anexo3.

Nesta secção, introduz-se a noção de um perfil de desempenho [33] como um meio de

avaliar e comparar o desempenho do conjunto S de opções algorítmicas solucionadoras sobre

um conjunto P de problemas de teste.

Se bem que as ideias que se seguem sejam explicadas usando o tempo CPU de

computação como medida de desempenho, elas são igualmente aplicáveis a qualquer outra

medida de desempenho, Seja ns, o número de opções algorítmicas do conjunto S e Np, o

número de problemas do conjunto P,

Seja tp,s o tempo de CPU necessário para resolver o problema p com a aplicação da

opção algorítmica s. A razão de desempenho (performance ratio), ,p sr , obtém-se comparando o

desempenho da opção algorítmica s no problema p com o melhor desempenho obtido pelo

conjunto S das opções na resolução deste problema, ou seja,

,

,

,min :

p s

p s

p s

tr

t s S

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48

Assume-se que é escolhido um parâmetro rM ≥ rp,s para todo os pares (p,s) e rp,s = rM

se e só se a opção s não resolve o problema p. A escolha de rM não afecta a avaliação do

desempenho [33].

Ainda que o desempenho de uma opção algorítmica s num dado problema p possa ter,

em si, interesse, é desejável uma avaliação global do desempenho da opção algorítmica. Para

tal, introduz-se a função ρs(τ), definida como se segue.

,

1# : ,s p s

p

p P rn

que é a probabilidade, ρs(τ), da razão de desempenho, rp,s, da opção algorítmica s ∈ S

não ser pior que um factor τ ∈ R da melhor razão de desempenho possível. A função ρs é a

função de distribuição (cumulativa) da razão de desempenho.

Usa-se o termo perfil de desempenho para designar a função de distribuição duma

métrica de desempenho. Também é usado para se referir a representação gráfica da função de

distribuição.

Segundo [33], o perfil de desempenho revela todas as principais características do

desempenho. Em particular, se o conjunto P de problemas é suficientemente amplo e

representativo dos problemas que poderão ocorrer em aplicações, então são preferidas as

opções algorítmicas com maior probabilidade ρs(τ).

À semelhança das funções de distribuição de probabilidade de variáveis aleatórias

discretas, o perfil de desempenho ρs : R → [0, 1] de uma opção algorítmica s é uma função não

decrescente, constante por troços, e contínua à direita. O valor de ρs(1) é a probabilidade de a

razão de desempenho da opção algorítmica s superar a das restantes opções.

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49

4.3.1.2.1. Norma L1

1. Perfil de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU

Figura 12- Perfil de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução (métrica L1)

A partir do gráfico acima, repara-se que o algoritmo BB consegue resolver 100% dos

problemas. Também observa-se que para 20% de problemas resolvidos, esse é o algoritmo

ganhador, ou o algoritmo mais rápido. Mas quando a percentagem de problemas resolvidos

aumenta até 30%, o algoritmo Ecp passa a ser vencedor, apesar de não haver muita diferença

nos tempos de resolução entre esse e o BB. Verifica-se ainda que para 60% e 100% de

problemas resolvidos, o tempo é mais do que 3 e 16 vezes o tempo do melhor algoritmo,

respetivamente. De realçar que o algoritmo QG mostrou-se o mais rápido; iFP,o mais lento e o

que resolve a menor percentagem de problemas.

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50

2. Tempo CPU (segundos)

Tabela 6- Tempo CPU (segundos) –L1

BB OA QG Hyb Ecp iFP

1 205,5946 367,9942 308,9473 446,782 505,6602 734,8224

2 538,2968 35,55215 33,10877 59,42828 34,6486 162,6876

3 32,15943 51,19771 37,14463 39,50135 38,19475 172,3157

4 839,5595 31,24034 54,91874 83,68165 38,53433 265,3511

5 94,29499 43,5202 35,42588 147,1117 38,26853 303,6553

6 392,8132 58,45267 33,36054 50,49081 39,21451

7 108,0287 38,32857 30,06597 57,13338 28,96195 209,8126

8 107,5471 83,28852 82,49819 113,3114 76,23626 337,5786

9 50,5525 64,64483 61,24277 99,44018 50,10495 149,628

10 42,72041 41,03847 29,75624 42,75386 29,51444 110,3877

11 70,65768 89,39837 67,99132 182,062 70,0518 710,1956

12 647,9481 252,4005 231,9935 500,0109 181,8696 1064,414

13 185,0723 28,82948 46,68375 69,77471 57,24064 185,3865

14 27,82413 66,38881 44,02974 67,76585 48,43639 189,525

15 51,93589 34,63575 33,58669 85,14246 45,46417 285,9751

16 33,26381 35,25984 27,14985 36,95964 27,87615 175,3971

17 450,9025 68,21325 77,54931 299,7147 297,3026 610,3701

18 35,25437 63,64672 44,07662 124,8576 46,53048 179,1886

19 132,7224 48,70338 36,61628 101,6173 45,45166 139,993

20 54,72117 63,08737 45,75003 77,21002 36,17579 228,5257

A partir da tabela acima, é possível reparar que o algoritmo QG apresenta, na maioria

dos problemas, o menor tempo. E o algoritmo iFP exibiu-se, como o mais lento na maioria dos

problemas. No entanto, o algoritmo B&B ou BB mostrou-se como o segundo algoritmo mais

lento.

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51

3. Valor optimal da função objetivo

Figura 13- Gráfico associado ao valor optimal da função objetivo em função da coleção de problemas

O gráfico acima permite observar que o desempenho dos algoritmos, em termos do

valor da função objetivo depois de otimizada, na maioria dos problemas, é igual. Com realce

dos algoritmos iFP e Ecp nos problemas 4 e 1, respetivamente, onde estes mostraram valores

baixo desempenho.

4. Gap absoluto

Figura 14 - Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas

É possível reparar no gráfico acima que na maioria dos casos, o Gap absoluto é quase

igual a zero. E ainda verifica-se que, com exceção do problema 1, quando o valor do gap

absoluto é notável, então o valor desse associado ao algoritmo iFP é notável também.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Val

or

op

tim

al d

a fu

nçã

o

ob

ject

ivo

Problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Gap

rela

tivo

Problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

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52

4.3.1.2.2. Norma L2

1. Perfil de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU

Figura 15- Perfis de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução (métrica L2)

A partir do gráfico acima, repara-se que o algoritmo BB consegue resolver 95% dos

problemas proposto, assim como os restantes. Observa-se que para 10% de problemas

resolvidos, BB é o melhor algoritmo, ou o algoritmo mais rápido. Mas quando a percentagem

de problemas resolvidos aumenta até 50%, QG passa a ser o algoritmo mais rápido. Apesar do

algoritmo BB ser o quarto melhor, a diferença de tempos entre este e o algoritmo mais rápido é

razoável. Mas, esta diferença de tempos já é bastante considerável para uma percentagem de

problemas igual a 90%. O algoritmo iFP mostrou-se como o mais lento.

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53

2. Tempo CPU (segundos)

Tabela 7- Tempo CPU (segundos)-L2

BB OA QG Hyb Ecp iFP

1 36,2038 43,11196 34,69176 48,02493 29,462 100,5002

2 157,7167 33,82323 32,18745 43,98937 36,8998 122,064

3 74,57358 41,95877 43,55492 84,12497 58,73954 221,9102

4 33,42375 34,78563 26,03194 43,19299 29,50695 122,3099

5 52,73322 25,94928 28,52933 55,69337 33,18164 114,5252

6 37,17178 38,68051 26,56287 46,69576 41,75252 84,36847

7 294,6091 31,08638 31,75098 61,4522 43,94461 118,1477

8 39,72393 43,20539 55,33135 90,85814 51,2708 108,8192

9 35,90506 27,75296 53,50053 40,93817 31,5631 77,11796

10 51,61848 49,87686 31,40316 55,28247 50,0545 205,4228

11 37,12791 25,66734 24,61859 42,80739 21,98319 80,25411

12 40,26651 44,90511 32,2536 49,85029 39,7132 1035,767

13 32,123 36,09739 24,93822 39,73134 29,93494 78,06607

14 44,57426 50,26752 27,74962 47,83992 47,19379 88,38507

15 44,59856 35,8463 27,77195 41,5627 23,68912 75,65224

16 256,5993

17 28,50743 19,9141 19,93277 60,14087 19,83377 284,6099

18 38,9661 38,45401 30,43578 59,4519 34,53039 87,81654

19 393,6264 58,44444 41,07875 80,02464 53,78344 263,5639

20 45,37928 68,00948 37,47008 81,26671 37,54565 127,998

A parir da tabela acima, é possível reparar que o algoritmo QG apresenta, na maioria

dos problemas, o menor tempo na resolução dos problemas; e o iFP, como o mais lento. No

entanto, o algoritmo BB mostra-se como sendo o segundo mais lento, mas a diferença entre

este e o primeiro é vasto, quase o dobro ou o triplo.

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54

3. Valor optimal da função objetivo

Figura 16- Gráfico associado ao valor optimal da função objetivo em função da coleção de problemas

O gráfico acima permite observar que o desempenho dos algoritmos, em termos do

valor da função objetivo depois de otimizada, com a exceção do problema 2, é igual. De realçar

que nesta exceção o algoritmo iFP mostra o menor valor para a função objetivo otimizada.

4. Gap absoluto

Figura 17- Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas

O gráfico acima indica que o valor do gap absoluto, com exceção do problema 2, é

quase igual para todos os algoritmos. No problema 2, verifica-se que o algoritmo iFP apresenta

um desvio enorme, quando comprado com os restantes, entre o valor da função objetivo e o

limite inferior.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20valo

r o

pti

mal

da

fun

ção

ob

ject

ivo

problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

0

0,005

0,01

0,015

0,02

0,025

0,03

0,035

0,04

0,045

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20

gap

ab

solu

to

problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

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55

4.3.1.2.3. Norma L∞

1. Perfil de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU

Figura 18 - Perfis de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução (métrica L∞)

A partir do gráfico acima, repara-se que o algoritmo BB e iFP são os algoritmos que

resolvem a menor percentagem de problemas. Também observa-se que para 5% de problemas

resolvidos, BB é o algoritmo vencedor, ou o algoritmo mais rápido. Mas quando a percentagem

de problemas resolvidos aumenta até 50%, o algoritmo QG passa a ser o vencedor. Verifica-se

que para 80% de problemas resolvidos, o tempo do algoritmo BB é aproximadamente igual 16

vezes o tempo do melhor algoritmo e 32,5 , para 95% de problemas resolvidos.

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56

2. Tempo CPU (segundos)

Tabela 8 - Tempo CPU (segundos)- L∞

BB OA QG Hyb Ecp iFP

1 245,7852 102,3134 152,031 258,4229 209,3514 285,66

2 493,3585 398,1412 1143,988 1083,695 696,3562 1259,747

3 2267,855 62,9037 53,72343 127,8512 70,9397 467,5396

4 1033,671 71,93761 77,81968 142,775 69,34818 275,829

5 514,59 66,87343 142,4162 250,3493 60,99348 567,679

6 48,81666 49,07454 36,22186 51,86382 42,1363 94,46862

7 1259,706 44,26607 37,59832 148,5976 64,34772 330,9965

8 247,5815 168,1867 327,7419 279,772 228,3316 593,2291

9 90,29847 71,94098 71,72029 180,6976 97,83781 901,9957

10 42,21954 37,77198 31,36381 41,41073 40,63628 102,1496

11 81,79598 55,20744 69,23349 100,955 48,65363 221,7541

12 413,8517 56,08803 54,79403 288,3436 58,66487 236,6355

13 30,6688 63,77225 44,6151 61,0495 38,65119 149,1108

14 49,39147 26,44377 26,61471 62,93832 27,06595 141,5054

15 32,53614 34,51493 25,12873 39,73581 26,77635 72,72017

16 156,3983 82,15648 52,51835 69,70307 34,39738 124,9277

17 39,72466 41,63149 31,43158 54,43455 31,9717 86,90155

18 419,8933 194,762 271,1661 391,7819 266,7545 1142,103

19 1084,325 45,86535 40,86652 156,0344 59,18674 464,785

20 1454,076 210,858 280,7102 451,7201 122,9111 1118,363

A partir da tabela acima, é possível reparar que o algoritmo QG apresenta, na maioria

dos problemas, o menor tempo na resolução dos problemas; e o iFP, com o maior. No entanto,

o algoritmo BB mostra-se como sendo o segundo mais lento. De salientar que os

desempenhos dos algoritmos QG,OA e o Ecp estão próximos e que apesar de não haver

nenhuma célula colorida de amarelo, deu-se uma situação inesperada nos algoritmos BB e iFP,

mas que não causou a paragem da aplicação informática. Então, essas situações não são

contabilizadas como erro.

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57

3. Valor optimal da função objetivo

Figura 19 - Gráfico associado ao valor optimal da função objetivo em função da coleção de problemas

O gráfico acima permite observar que o desempenho dos algoritmos, em termos do

valor da função objetivo depois de otimizada, com a exceção dos problemas 2; 11; 14 e 19, é

igual. De realçar que nestas exceção o desvio entre estes é pequeno.

4. Gap absoluto

Figura 20 - Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas

O gráfico na Figura 20 indica que, na maior parte dos casos, o algoritmo iFP apresenta

o maior gap absoluto; e o BB, com exceção do problema 19, gaps razoáveis.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

valo

r o

pti

mal

da

fun

ção

ob

ject

ivo

o

Problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Gap

ab

solu

to

Problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

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58

4.3.1.2.4. Programação de metas

1. Perfil de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU

Figura 21 - Perfis de desempenho das opções algorítmicas para o tempo CPU de execução

(Programação de metas)

A partir do gráfico acima, repara-se que o algoritmo BB é o que possui a maior

percentagem de problemas resolvidos. Também observa-se que para 5% de problemas

resolvidos, BB é o algoritmo ganhador, ou o algoritmo mais rápido. Mas quando a percentagem

de problemas resolvidos aumenta até 20%, o algoritmo OA passa a ser o vencedor. Verifica-se

que para 70% de problemas resolvidos, o tempo do algoritmo BB é aproximadamente igual a

3,8 vezes o tempo do melhor; para 75% e 80%de problemas resolvidos é aproximadamente

igual a 8,1 e 31,8 vezes o tempo do melhor algoritmo, respetivamente.

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59

2. Tempo CPU (segundos)

Tabela 9 - Tempo CPU (segundos)- Programação de metas

BB OA QG Hyb Ecp iFP

1 56,29508 31,80774 39,518 97,26567 64,23772 193,8005

2 1041,739 31,04716 23,72278 70,86888 36,17421 174,1825

3 1967,09 1174,813 943,452 1027,158

4 39,52264 82,51526 43,29332 99,61672 34,46444 224,5869

5 63,56867 74,74973 36,98298 66,3364 45,58404 137,5966

6 114,06 12,69136 12,2491 26,59965 17,07505 46,28309

7 495,6561 72,31587 17,46752 91,99462 52,30405

8 226,0225 244,1417 264,261 473,2805 162,2665 1030,937

9 21,23331 15,86761 16,73013 72,00325 29,04543 95,16038

10 122,1472 11,63438 20,18148 29,27649 15,40539 42,67184

11 45,80237 43,8072 29,03236 48,485 45,98638 90,16895

12 312,2673 10,56493 16,03817 28,77812 18,22368 88,04874

13 172,3983 115,8993 159,4403

14 67,29166 75,96141 35,16016 77,3802 33,62756 189,642

15 1335,233 1034,885

16 46,35305 54,02702 56,25189 35,98173 131,1452

17 67,25604 25,71034 25,71465 65,30497 26,77293 143,9088

18 63,09198 45,12294 31,34764 49,61028 36,35406 91,82154

19 77,36962 33,55586 52,44747 66,20591 21,69109 108,8396

20 18831,56

A partir da tabela acima, é possível observar que o algoritmo QG apresenta, na maioria

dos problemas, o menor tempo na resolução dos problemas; e o iFP, o maior. O algoritmo BB

mostra-se como sendo o segundo mais lento e de salientar que este apresentou maior

robustez, no âmbito de erro de programação.

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60

3. Valor optimal da função objetivo

Figura 22 - Gráfico associado ao Valor optimal da função objetivo em função da coleção de problemas

O gráfico acima permite observar que o desempenho dos algoritmos, em termos do

valor da função objetivo depois de otimizada, é igual.

4. Gap absoluto

Figura 23 - Gráfico associado ao gap absoluto em função da coleção de problemas

O gráfico representado na Figura 23 indica que o valor do gap absoluto é quase igual

para todos os algoritmos. No problema 2, verifica-se que o algoritmo iFP apresenta um desvio

enorme, quando comprado com os restantes, entre o valor da função objetivo e o limite inferior.

0

100

200

300

400

500

600

700

1 2 4 5 6 8 9 10 11 12 14 17 18 19

valo

r o

pti

mal

da

fun

ção

ob

ject

ivo

Problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

0

100

200

300

400

500

600

700

1 2 4 5 6 8 9 10 11 12 14 17 18 19

Gap

ab

solu

to

Problema

BB

OA

QG

Hyb

Ecp

iFP

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61

4.3.1.3. Análise de resultados

De modo geral, pode-se afirmar, a partir dos resultados obtidos, que entre os

algoritmos de resolução de problema do tipo MINLP selecionados o BB mostra-se como o mais

robusto. Isto porque, esse não apresenta nenhuma situação inesperável ou erro (bug) no

funcionamento no processo de resolução dos problemas formulados. Ao fixar uma das

abordagens utlizadas na construção da função objetivo, os valores da função objetivo obtido a

partir da aplicação dos diferentes algoritmos propostos são aproximadamente iguais. Nas

exceções que se deram, o algoritmo iFP mostrou o melhor valor da função objetivo, na norma

infinita e euclidiana. Ainda no âmbito dessas exceções, na norma soma, os algoritmos BB, iFP

e Ecp apresentaram os piores valores da função objetivo, conforme o caso em questão.

Quanto ao critério do gap absoluto, o algoritmo iFP, nas métricas norma infinita, norma soma e

norma euclidiana, apresenta os maiores valores

No que toca às métricas ou critérios de desempenho selecionados, observa-se o

seguinte:

Quanto ao tempo CPU, o algoritmo QG resolveu o maior número de problemas com os

menores tempos de execução, para todas as funções objetivos propostas.

Quanto ao critério do gap absoluto, o algoritmo iFP, nas métricas norma infinitas,

norma soma e norma euclidiana, apresentou os maiores valores de desvios entre a

função objetivo e o limite inferior.

No que toca a robustez ou a adaptabilidade das opções das abordagens utilizadas na

construção da função objetivo, a norma infinita mostrou-se mais robusta ou adaptável, isto

porque não houve nenhum caso de erro de funcionamento na resolução dos problemas

propostos em todos algoritmos. A metodologia da programação de metas e a norma euclidiana

mostraram-se como os menos robustos. Isto devido às ocorrências de situações inesperadas

em quase todos os algoritmos, com a exceção do BB. Quanto a norma soma, este mostrou-se

robusto no funcionamento com quase todos os algoritmos exceto o iFP.

Quanto a convergência, salienta-se que para todos os algoritmos propostos não se

esgotou o tempo, e que todos convergem com base no critério gap absoluto. Logo, os valores

desse critério, representados na secção de resultados computacionais, são negativos. Isto

porque o valor da função objetivo da solução incumbente (limite superior) é menor que o valor

do limite inferior. Mas, o algoritmo Bonmin devolve valores positivos porque considera o módulo

do desvio. Logo, quanto maior é esse valor, melhor é o valor da função objetivo em relação ao

menor limite inferior na árvore de enumeração.

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62

No que concerne aos tempos CPU do algoritmo principal, BB, em função da

abordagem utilizada na construção da função objetivo, é possível verificar que na norma

euclidiana resolve-se o maior número de casos com o melhor tempo CPU. Já na norma infinita,

resolve-se o maior número de casos com os piores tempos. A programação de metas

apresenta, em alguns casos, tempo CPU elevadíssimos, quando comparados com o das

restantes abordagens. Isto pode ser visto no problema 20, onde o tempo atinge um pico de

18831,56 (segundos). Para evitar esses picos na programação de metas, pode diminuir-se o

tempo de execução do algoritmo até ao maior tempo de resolução observado nas restantes

abordagens.

Figura 24- gráfico associado à métrica tempo CPU em função das variantes do modelo de otimização

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Tem

po

CP

U (

segu

nd

os)

Problema

BB soma

BB euclidina

BB inf

BB P.metas

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63

5 CONCLUSÃO

Nesta secção apresentam-se as conclusões gerais da investigação efetuada; citam-se

algumas limitações ou dificuldades observadas no processo da investigação e algumas

recomendações sobre os objetos de investigação.

Conclusões

O objetivo dessa dissertação consiste no desenvolvimento de uma ferramenta que

apoie à resolução do problema de misturas de matérias-primas minerais no sector dos

cerâmicos. Ou seja, que vem apoiar o exercício do cálculo das quantidades ou percentagens

ponderadas de matérias-primas minerais otimizadas na mistura de modo a alcançar uma dada

meta. Essa meta consiste num conjunto de propriedade físicas/tecnológicas que a peça

cerâmica deve possuir depois de cozida e seca até temperatura ambiente. As propriedades

físicas/tecnológicas de uma peça cerâmica dependem da composição química da matéria-

prima. Então, a partir de experiencias laboratoriais, obteve-se um registo histórico de dados

que descreve as composições químicas correspondentes às propriedades físicas/tecnológicas

das peças cerâmicas. Com base neste registo, desenvolveram-se modelos de regressão que

permitem, a partir da composição química/mineralógicas das matérias-primas, prever as

propriedades físicas /tecnológicas. Como o que se deseja é a obtenção das quantidades das

matérias-primas, a partir de um conjunto de parâmetros físicos tecnológicos que se deseja na

peça cerâmica, então procurou-se diminuir a diferença entre o vetor dos valores das

propriedades físicas/tecnológicas previstas pelo modelo e o vetor dos valores desejados na

peça cerâmica (valores fixos). E quando a diferença entre esses vetores for aceitável, pelo

utilizador, automaticamente as quantidades de cada tipo de matéria-prima na mistura também

são conhecidas para ambos. Em outras palavras, procuram-se os valores das composições

químicas que correspondem aos valores das propriedades físicas/tecnológicas previstas no

modelo de regressão, dado que os resultados do modelo da previsão são aproximadamente

iguais aos valores das propriedades físicas/ tecnológicas desejadas.

Constrói-se o modelo de otimização associado ao problema proposto, no qual a função

objetivo é abordada com base nas metodologias associadas às normas ou na otimização

multiobjectivo (abordagem elementar) e sujeito a um conjunto de constrangimentos lineares

convexos.

Na abordagem vetorial (associada as normas), utilizaram-se as normas soma,

euclidiana e a infinita para o cálculo da diferença entre o vetor das propriedades físicas

/tecnológicas desejadas e as previstas pelo modelo de regressão. A minimização é realizada

para cada uma das abordagens da função objetivo. Já na abordagem elementar, é utilizado o

método de programação de metas.

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64

Sendo este problema do tipo MINLP, propôs-se o algoritmo BB como o principal na

resolução desse problema e introduziu-se alguns alternativos.

Para testar o desempenho das metodologias abordadas, tanto no âmbito da construção

da função objetivo ou como no âmbito dos algoritmos utlizados na resolução de problemas do

tipo MINLP, criou-se uma coleção de 20 problemas aleatoriamente que foram usados na

experimentação das mesmas metodologias.

Analisou-se o desempenho das abordagens utilizadas na construção da função

objetivo, com base na robustez do funcionamento do algoritmo na resolução de um dado

problema (existência de casos ou erros inesperados no funcionamento dos algoritmos

propostos).

Analisou-se ainda o desempenho do algoritmo proposto como o principal em relação

aos propostos na resolução dos problemas de otimização do tipo MINLP, com base no valor da

função objetivo, no valor do gap absoluto, na robustez do funcionamento do algoritmo na

resolução de um problema e no tempo CPU, fixando-se a abordagem utilizada na construção

da função objetivo.

Estudou-se o comportamento do algoritmo proposto, com base na abordagem utilizada

na construção da função objetivo ou o método de agregação das funções, na robustez do

funcionamento do algoritmo e no tempo em CPU.

A partir dos resultados obtidos na experimentação das metodologias e com base nos

critérios de desempenho apresentados, observou-se o seguinte.

No que concerne a robustez ou a adaptabilidade das abordagens utilizadas na

construção da função objetivo (variantes do modelo de otimização) aos algoritmos de

resolução de problemas do tipo MINLP, a norma infinita mostrou-se superior, isto

porque não apresentou nenhum caso de erro de funcionamento na resolução dos

problemas propostos, em todos algoritmos. A metodologia da programação de metas e

a norma euclidiana são as menos robustas ou adaptáveis, devido às ocorrências de

situações inesperadas em quase todos os algoritmos, com a exceção do BB. Quanto a

norma soma, essa mostrou uma boa adaptabilidade em quase todos, exceto com o

iFP;

Quanto ao algoritmo de resolução de problema do tipo MINLP, na maioria dos casos,

ao fixar uma das abordagens utlizadas na construção da função objetivo, os valores da

função objetivo obtido a partir da aplicação dos diferentes algoritmos propostos são

aproximadamente iguais, para um dado problema. Nas exceções que se deram, o

algoritmo iFP mostrou o melhor valor da função objetivo, na norma infinita e euclidiana.

Ainda no âmbito dessas exceções, na norma soma, os algoritmos BB, iFP e Ecp

apresentaram os piores valores da função objetivo, conforme o caso em questão.

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65

Quanto ao critério do gap absoluto, o algoritmo iFP, nas métricas norma infinita, norma

soma e norma euclidiana, apresenta os maiores valores;

No que diz respeito ao tempo CPU, ao fixar-se a abordagem utlizada na construção da

função objetivo, o algoritmo QG resolveu o maior número de problemas com os

menores tempos de execução, para todas as funções objetivos propostas.

Essas observações ou análises permitem concluir o seguinte:

O algoritmo principal, BB, é lento, quando comparado com os algoritmos Hyb, QG, OA,

Ecp; e rápido, com iFP. Mas, em contrapartida é o mais robusto;

Nas abordagens utlizadas para a construção da função objetivo, a norma infinita é a

mais robusta. Então, ao utilizar um algoritmo alternativo, na resolução do problema de

mistura de matérias-primas minerais, é imprescindível a utilização da norma infinita;

Quando abordagens utlizadas para a construção da função objetivo são combinadas

ou aplicadas com o algoritmo BB, permitem concluir que a norma euclidiana é a que

apresenta melhores (baixos) tempos CPU.

Para finalizar, realça-se que o objetivo principal nessa dissertação foi alcançado com

excelência. A aplicação informática desenvolvida não abrange somente as opções principais,

porque teve-se em conta os seguintes aspetos: desenvolver outras opções, além da principal,

que auxiliam à resolução do problema proposto; Desenvolver a aplicação informática de modo

a permitir que um utilizador de pouco conhecimento na matéria pudesse formular um problema

que seja possível calcular as quantidades otimizadas. Isto porque na medida em que se

formula o problema, a aplicação informática avalia a existência de soluções e avisa caso não

haja solução ou a solução seja impossível. Por um lado, esses aspetos permitem que a

aplicação seja iterativa e composta por várias metodologias alternativas. Por outro lado, a

aplicação informática torna-se lenta. As experiências realizadas, permitem concluir que um

problema de 31 tipos de matérias-primas minerais, independentemente da abordagem utilizada

na construção da função objetivo, pode ser resolvido em um tempo máximo de 2267,855

(segundos), para um computador semelhante ao apresentado no capítulo 4.

Limitações

Como todas as investigações onde há necessidades da realização de simulações, o

tempo é um fator limitante. A qualidade de material disponível também é um fator a se ter em

conta. No âmbito desta dissertação, reparou-se que era necessário um computador com maior

capacidade do que o apresentado no capítulo 4. Isto porque as simulações realizadas com a

aplicação informática levavam um tempo mínimo de uma semana, até estarem prontas.

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66

Recomendações sobre os objetos de investigação

No âmbito da modelação matemática das relações entre propriedades físicas e

mecânicas dos produtos cerâmicos e propriedades químicas e mineralógicas das pastas

cerâmicas (misturas de argilas), propõe-se que se faça um estudo utilizando outros modelos de

regressão.

Avaliação financeira: estudo da avaliação financeira da aplicação informática

desenvolvida nesta dissertação.

Apoios

No âmbito da codificação da aplicação informática no ambiente Matlab, dado a falta de

experiência na área de programação, houve apoio por parte do meu orientador científico

Professor Fernando de Oliveira Durão.

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70

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71

Anexos

Anexo 1

Este anexo é constituído pelo conjunto de dados obtidos em experienciais laboratoriais.

Estes dados encontram--se divididos em 2 grupo. Sendo estes de teste e de treino.

Dados de teste

L a b Absor Contr LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O Aleatoriedade

66,3 5,8 16,8 3,3 5,6 8,7 23,17 58,45 4,55 3,25 18

81,8 2,6 11,8 10,9 2 5,4 13,59 78,56 1,76 0,4 24

69,1 6,5 19,1 8,7 3,6 6,7 21,52 63,08 2,39 1,94 39

77,3 3,9 15,8 8,8 2,2 5,4 15,97 73,19 1,98 1,04 13

66,3 7,6 20,1 3 5,3 6,7 22,83 60,4 3,05 3,25 9

46,5 4,5 8,8 2,7 5,4 10,3 26,71 55,41 3,72 2,41 66

77,9 2,6 11,4 5,5 5,8 7,6 25,55 58,07 1,93 2,54 20

76,9 3,9 18,1 7,2 2,8 5,1 19,07 68,97 1,37 2,42 57

72,3 6,8 20,6 7,3 2,6 6,3 22,53 60,2 2,09 1,25 10

77,8 3,1 13,6 5,6 5,3 6,2 21,55 63,5 1,77 1,68 12

As tabelas, Dados de treino (**), que se seguem fazem parte do conjunto dos

dados de treino disposto na ordem em se seguem, mas estão dispostas descontinuamente por

razão de apresentação.

Dados de treino (**)

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72

L a b Absor Contr LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O Aleatoriedade

66,3 5,8 16,8 3,3 5,6 8,7 23,17 58,45 4,55 3,25 32

77 2,7 21,1 2 8,7 7,8 25,1 57,48 2,13 2,36 40

80 2,4 12,1 7,2 3,2 5,9 22,23 63,64 1,52 2,41 22

70,6 5,5 12,9 5,6 5,8 7,8 23,75 57,94 2,34 2,01 34

74,2 5,2 15,7 5,8 6,1 6,9 23,31 60,52 2,09 1,95 35

53 10,3 19,66 1,7 8,2 5,8 20,17 63,26 3,9 3,58 6

77,8 2,1 13,7 5,4 5,3 6,3 22 62,55 1,89 1,9 55

72,2 4,9 24,7 3,9 5,1 6,6 23,16 59,75 2,45 3,3 3

79,1 3,3 11,8 8,1 5,1 9,7 25,5 57,73 1,6 3,33 16

70,2 6 14,2 10,1 2 5,4 16,25 71,97 3,81 1,25 11

78,7 2,4 13,6 8,9 2,3 5,3 16,55 72,24 1,79 1,34 54

77,3 3,4 14,6 4,4 7 6,9 23,6 60,3 1,89 1,74 30

78,5 3,7 15,3 7,2 4,3 7 25,29 58,29 1,75 2,5 45

72,4 2,5 9,2 5,4 4,6 6,7 22,25 62,41 3,11 2,82 60

72,4 5,3 16 9,3 3,1 6,4 19,73 66,36 1,98 1,48 62

77 1,6 12,6 7,3 2,2 4,9 16,23 72,7 1,77 1,29 51

80,1 1,7 10,8 7,4 4,5 6,6 22,09 61,47 1,8 2,29 33

76,3 1,9 9,6 7,8 3,5 5,8 19,97 66,33 2,19 1,66 7

77 2,6 8,9 9,5 2,9 6,3 19,35 67,92 1,7 2,42 38

75,3 2,5 21 4,1 6,2 9,1 25,87 55,31 3,61 2,74 58

78,5 3,2 19,7 8,1 3,6 6,8 23,23 60,8 2,19 1,75 42

65,5 7,8 21,7 3,5 5,3 5,9 22,63 61,39 2,44 3,4 28

69,7 4,3 12 9 2,7 5,6 18,72 67,5 4,08 1,49 17

77,2 4 14,3 10,6 1,4 3,9 9,15 88,01 1,66 0,43 41

77,5 3,3 14,8 4,8 6,8 6,8 22,74 61,63 1,89 1,72 47

80,4 2,5 9,6 9,4 3,1 6,4 19,4 66,59 1,74 1,25 14

73,7 4,1 12,2 3,6 7,4 6,9 23,36 60,49 2,12 1,83 46

80 2,2 12,2 10,7 1,9 5,2 15,98 73,76 1,94 0,97 56

69,3 3,6 14,4 4,3 6,5 6,5 21,39 63,62 2,27 1,96 63

79,4 3,8 15,2 7,2 3,1 5,8 19,22 67,4 1,58 2,31 8

77,9 3 14 5,8 6,7 7,4 22,89 61,23 1,84 2,06 67

78,8 3,7 15,2 6,5 5,3 6,2 21,52 63,62 1,78 1,92 59

69,1 4,9 18 5,3 4,4 8,9 23,02 58,68 4,01 2,52 5

68,7 6,6 14,7 8,8 2,7 5,4 15,94 72,51 3,56 1,25 48

75,1 1,8 7,9 9,5 2 5,5 17,6 69,39 2,15 1,97 53

66,9 6,4 17,4 7,3 3,4 7,5 22 59,91 3,71 1,57 29

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73

Dados de treino (**)

L a b Absor Contr LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O Aleatoriedade

79 1,6 14,5 8,1 2,5 5,7 17,02 70,24 1,54 1,55 21

77,8 3 18,7 2,3 8,6 8,3 25,33 57,05 2,03 2,4 25

81,5 2,3 10,1 9,2 3,8 7,7 21,92 62,65 1,7 1,71 52

81,4 1,6 15,5 6,4 4,1 6,5 21,52 59,56 1,56 2,72 37

73,7 2,4 14 1,9 9,6 7,5 25,38 57,03 2,21 1,95 64

78,1 3,1 13,2 6 4,9 6,1 22,34 62,57 1,93 2,49 31

74,6 3,8 17,3 6,1 4,3 5,8 19,77 66,93 1,57 2,3 49

72,5 5,7 14,4 9,2 2,6 5,4 15,63 73,42 2,98 1,33 27

58,2 6,3 18,6 5,4 4,1 8,3 19,96 64,44 2,34 2,07 61

77 3,7 17,6 4,7 6,3 6,8 22,87 61,21 1,98 1,98 50

76 3,3 11,9 6,1 4,9 6,7 22,69 61,45 1,98 2,32 26

76,7 3 17,7 4 6,5 6,5 21,39 6,62 2,27 1,96 43

72,7 4,8 20,2 2,9 8,2 8,3 27,02 55,2 2,3 2,53 19

71,9 6,1 16,2 8,8 2,7 6 14,81 74,92 2,76 1,29 44

76,6 2,8 13,2 7,5 3,3 5,3 18,24 69,25 1,71 1,7 15

60,8 5,6 16,9 1,8 5,8 6,7 21,93 58,64 3,27 1,66 1

78,3 2,1 12 7,2 4,9 7,3 24,53 59,37 1,92 2,74 36

77,2 2,8 20 3,9 6,4 8,4 26,03 56,17 2,77 2,65 23

69,8 6 14,9 9,7 2,9 6,1 16,86 70,32 4,14 1,37 65

78,2 3,5 11,8 7,6 4,5 7,2 24,11 59,8 1,97 2,73 2

82,4 2,3 12,1 4,9 6,9 8,2 27,31 55,5 1,68 2,75 4

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74

Anexo 2

Neste anexo, apresentam-se os dados utlizados para a construção do modelo de Takagi-

Sugeno de primeira ordem.

Dados teste L a b Absor. Contr. LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O

77,9 3 14 5,8 6,7 7,4 22,89 61,23 1,84 2,06

78,8 3,7 15,2 6,5 5,3 6,2 21,52 63,62 1,78 1,92

69,1 4,9 18 5,3 4,4 8,9 23,02 58,68 4,01 2,52

68,7 6,6 14,7 8,8 2,7 5,4 15,94 72,51 3,56 1,25

75,1 1,8 7,9 9,5 2 5,5 17,6 69,39 2,15 1,97

66,9 6,4 17,4 7,3 3,4 7,5 22 59,91 3,71 1,57

79 1,6 14,5 8,1 2,5 5,7 17,02 70,24 1,54 1,55

77,8 3 18,7 2,3 8,6 8,3 25,33 57,05 2,03 2,4

81,5 2,3 10,1 9,2 3,8 7,7 21,92 62,65 1,7 1,71

81,4 1,6 15,5 6,4 4,1 6,5 21,52 59,56 1,56 2,72

As tabelas, Dados de treino (***), que se seguem fazem parte do conjunto dos

dados de treino disposto na ordem em se seguem, mas estão dispostas descontinuamente por

razão de apresentação.

Dados de treino (***)

L a b Absor Contr. LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O valores extrapolados L

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75

66,3 5,8 16,8 3,3 5,6 8,7 23,17 58,45 4,55 3,25 66,1828

77 2,7 21,1 2 8,7 7,8 25,1 57,48 2,13 2,36 75,3121

80 2,4 12,1 7,2 3,2 5,9 22,23 63,64 1,52 2,41 79,9053

70,6 5,5 12,9 5,6 5,8 7,8 23,75 57,94 2,34 2,01 70,8836

74,2 5,2 15,7 5,8 6,1 6,9 23,31 60,52 2,09 1,95 74,6996

53 10,3 19,66 1,7 8,2 5,8 20,17 63,26 3,9 3,58 54,6911

77,8 2,1 13,7 5,4 5,3 6,3 22 62,55 1,89 1,9 76,2012

72,2 4,9 24,7 3,9 5,1 6,6 23,16 59,75 2,45 3,3 67,3284

79,1 3,3 11,8 8,1 5,1 9,7 25,5 57,73 1,6 3,33 79,7095

70,2 6 14,2 10,1 2 5,4 16,25 71,97 3,81 1,25 68,8764

78,7 2,4 13,6 8,9 2,3 5,3 16,55 72,24 1,79 1,34 76,7664

77,3 3,4 14,6 4,4 7 6,9 23,6 60,3 1,89 1,74 77,4322

78,5 3,7 15,3 7,2 4,3 7 25,29 58,29 1,75 2,5 79,4887

72,4 2,5 9,2 5,4 4,6 6,7 22,25 62,41 3,11 2,82 70,7035

72,4 5,3 16 9,3 3,1 6,4 19,73 66,36 1,98 1,48 74,8057

77 1,6 12,6 7,3 2,2 4,9 16,23 72,7 1,77 1,29 77,1856

80,1 1,7 10,8 7,4 4,5 6,6 22,09 61,47 1,8 2,29 77,4215

76,3 1,9 9,6 7,8 3,5 5,8 19,97 66,33 2,19 1,66 72,434

77 2,6 8,9 9,5 2,9 6,3 19,35 67,92 1,7 2,42 76,2455

75,3 2,5 21 4,1 6,2 9,1 25,87 55,31 3,61 2,74 76,3648

78,5 3,2 19,7 8,1 3,6 6,8 23,23 60,8 2,19 1,75 73,6523

65,5 7,8 21,7 3,5 5,3 5,9 22,63 61,39 2,44 3,4 67,9138

69,7 4,3 12 9 2,7 5,6 18,72 67,5 4,08 1,49 70,0994

77,2 4 14,3 10,6 1,4 3,9 9,15 88,01 1,66 0,43 76,7633

77,5 3,3 14,8 4,8 6,8 6,8 22,74 61,63 1,89 1,72 76,921

80,4 2,5 9,6 9,4 3,1 6,4 19,4 66,59 1,74 1,25 77,6712

73,7 4,1 12,2 3,6 7,4 6,9 23,36 60,49 2,12 1,83 74,4957

80 2,2 12,2 10,7 1,9 5,2 15,98 73,76 1,94 0,97 78,3987

69,3 3,6 14,4 4,3 6,5 6,5 21,39 63,62 2,27 1,96 71,5854

79,4 3,8 15,2 7,2 3,1 5,8 19,22 67,4 1,58 2,31 77,8273

73,7 2,4 14 1,9 9,6 7,5 25,38 57,03 2,21 1,95 77,6403

78,1 3,1 13,2 6 4,9 6,1 22,34 62,57 1,93 2,49 77,1484

74,6 3,8 17,3 6,1 4,3 5,8 19,77 66,93 1,57 2,3 68,0314

72,5 5,7 14,4 9,2 2,6 5,4 15,63 73,42 2,98 1,33 70,4704

58,2 6,3 18,6 5,4 4,1 8,3 19,96 64,44 2,34 2,07 72,2192

77 3,7 17,6 4,7 6,3 6,8 22,87 61,21 1,98 1,98 67,5163

Dados de treino (***)

L a b Absor Contr. LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O valores extrapolados L

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76

76 3,3 11,9 6,1 4,9 6,7 22,69 61,45 1,98 2,32 78,4763

76,7 3 17,7 4 6,5 6,5 21,39 6,62 2,27 1,96 76,5209

72,7 4,8 20,2 2,9 8,2 8,3 27,02 55,2 2,3 2,53 79,3333

71,9 6,1 16,2 8,8 2,7 6 14,81 74,92 2,76 1,29 80,8024

76,6 2,8 13,2 7,5 3,3 5,3 18,24 69,25 1,71 1,7 75,0234

60,8 5,6 16,9 1,8 5,8 6,7 21,93 58,64 3,27 1,66 75,0713

78,3 2,1 12 7,2 4,9 7,3 24,53 59,37 1,92 2,74 78,1103

77,2 2,8 20 3,9 6,4 8,4 26,03 56,17 2,77 2,65 73,9271

69,8 6 14,9 9,7 2,9 6,1 16,86 70,32 4,14 1,37 70,0149

78,2 3,5 11,8 7,6 4,5 7,2 24,11 59,8 1,97 2,73 75,6941

82,4 2,3 12,1 4,9 6,9 8,2 27,31 55,5 1,68 2,75 75,2176

72,3 6,8 20,6 7,3 2,6 6,3 22,53 60,2 2,09 1,25 -109,4169

77,8 3,1 13,6 5,6 5,3 6,2 21,55 63,5 1,77 1,68 78,4344

63,8 8,2 19,6 5,6 3,9 7 20,67 63,82 2,33 2,33 75,5101

66,3 5,8 16,8 3,3 5,6 8,7 23,17 58,45 4,55 3,25 76,4342

81,8 2,6 11,8 10,9 2 5,4 13,59 78,56 1,76 0,4 59,8118

69,1 6,5 19,1 8,7 3,6 6,7 21,52 63,08 2,39 1,94 76,9477

77,3 3,9 15,8 8,8 2,2 5,4 15,97 73,19 1,98 1,04 77,914

66,3 7,6 20,1 3 5,3 6,7 22,83 60,4 3,05 3,25 68,3122

77,9 2,6 11,4 5,5 5,8 7,6 25,55 58,07 1,93 2,54 76,0063

76,9 3,9 18,1 7,2 2,8 5,1 19,07 68,97 1,37 2,42 82,2975

ra Iterações

L 0,6 1

Número iteração igual a 1 significa que já não foi possível optimizar, para evita o overfitting.

Anexo 3

Neste anexo são representados os valores das métricas utlizadas para medir o

despenho em função da abordagem utlizada na construção da função objetivo.

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77

Norma L1

BB OA QG Hyb Ecp iFP BB OA QG Hyb Ecp iFP

1,676933 1,748826 1,676933 1,676933 1,960272 1,676933 9,38E-08 0,071894 7,43E-07 7,46E-07 0,28334 8,29E-07

0,642378 0,425518 0,56513 0,425518 0,425518 0,357892 0,000214 0,216645 0,077033 0,216645 0,216645 0,284271

0,793553 0,793553 0,793553 0,793553 0,793553 0,793553 8,79E-08 1,33E-06 1,17E-06 1,44E-06 1,34E-06 1,34E-06

1,093779 1,093804 1,093779 1,093804 1,093779 1,695426 4,56E-08 2,54E-05 5,90E-07 2,54E-05 5,25E-07 0,601647

0,769098 0,769098 0,769098 0,769098 0,769098 0,769098 5,53E-05 5,65E-05 5,64E-05 5,64E-05 5,64E-05 5,64E-05

0,809543 0,809543 0,809543 0,809543 0,809543 1,15E-05 1,28E-05 1,28E-05 1,28E-05 1,28E-05

2,233631 2,233631 2,233631 2,233632 2,233631 2,233631 2,61E-07 1,17E-06 1,16E-06 1,38E-06 1,13E-06 1,17E-06

1,799593 1,792048 1,792048 1,792047 1,792047 1,792047 0,262823 0,255278 0,255278 0,255277 0,255277 0,255277

0,845853 0,845853 0,845853 0,845853 0,845853 0,845853 1,63E-08 1,54E-06 1,57E-06 1,58E-06 1,63E-06 1,61E-06

1,119406 1,119406 1,119406 1,119406 1,119406 1,119406 4,52E-10 1,81E-06 1,75E-06 1,75E-06 1,75E-06 1,74E-06

2,088606 2,088606 2,088606 2,088606 2,088606 2,088606 6,57E-09 7,83E-07 8,47E-07 7,82E-07 8,36E-07 8,03E-07

1,091599 1,091689 1,091599 1,091599 1,091599 1,091599 5,77E-06 9,70E-05 6,80E-06 6,81E-06 6,80E-06 6,80E-06

1,02011 1,020294 1,02011 1,02011 1,02011 1,02011 1,98E-05 0,000204 2,07E-05 2,08E-05 2,07E-05 2,08E-05

1,965782 1,965782 1,965782 1,965782 1,965782 1,965782 6,18E-08 7,73E-07 7,91E-07 7,27E-07 7,22E-07 7,86E-07

2,139749 2,13929 2,139749 2,13929 2,13929 2,138989 1,00E-07 0,000458 9,59E-07 0,000458 0,000458 0,000758

2,006738 2,006738 2,006738 2,006738 2,006738 2,135446 8,63E-09 8,15E-07 9,38E-07 9,43E-07 8,47E-07 0,128709

1,77921 1,77921 1,838122 1,835189 1,77921 1,779211 0,000368 0,000369 0,05928 0,056347 0,000369 0,000369

1,795592 1,795592 1,795592 1,795592 1,795592 1,795592 4,54E-08 9,49E-07 9,54E-07 9,43E-07 9,02E-07 9,18E-07

1,840436 1,840437 1,840436 1,840436 1,840436 1,840436 5,69E-07 3,84E-06 3,64E-06 3,65E-06 3,79E-06 3,17E-06

1,90035 1,90035 1,90035 1,90035 1,90035 1,90035 2,31E-06 3,74E-06 3,66E-06 3,60E-06 3,74E-06 3,66E-06

GAP AbsolutoValor optimal da função objectivo

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78

Norma L2

BB OA QG Hyb Ecp iFP BB OA QG Hyb Ecp iFP

1,320202 1,320202 1,320202 1,320202 1,320202 1,320202 6,73E-08 3,70E-08 5,19E-08 3,90E-08 3,38E-08 3,64E-08

0,106265 0,106265 0,106265 0,106265 0,106265 0,067336 1,67E-05 1,67E-05 1,68E-05 1,68E-05 1,68E-05 0,038912

0,141303 0,141303 0,141303 0,141304 0,141303 0,141303 9,92E-06 1,22E-05 1,22E-05 1,29E-05 1,24E-05 1,22E-05

0,317458 0,317458 0,317458 0,317458 0,317458 0,317458 5,56E-08 2,06E-07 1,97E-07 1,24E-07 1,97E-07 2,07E-07

0,21233 0,199635 0,199635 0,199635 0,199635 0,199635 1,54E-06 0,012696 0,012696 0,012696 0,012696 0,012697

0,214535 0,214535 0,214535 0,214535 0,214535 0,214535 1,38E-06 5,85E-07 5,82E-07 5,88E-07 5,86E-07 5,85E-07

1,735871 1,735876 1,735876 1,735876 1,735871 1,735878 1,42E-05 8,54E-06 7,76E-06 8,63E-06 1,30E-05 6,34E-06

0,715355 0,715356 0,715357 0,715355 0,715355 0,715356 3,39E-06 1,58E-06 3,67E-07 1,87E-06 1,80E-06 1,29E-06

0,251052 0,251052 0,251053 0,251053 0,251052 0,251052 2,44E-06 2,36E-06 3,49E-06 2,51E-06 2,59E-06 2,19E-06

0,71614 0,716139 0,716139 0,716139 0,716139 0,716139 1,60E-07 1,16E-07 1,11E-07 1,16E-07 1,27E-07 1,21E-07

1,574392 1,574392 1,574392 1,574393 1,574393 1,574392 1,38E-06 1,26E-06 1,18E-06 3,58E-07 4,87E-07 1,40E-06

0,343265 0,343265 0,343265 0,343265 0,343265 0,343265 3,01E-06 2,33E-05 2,33E-05 2,32E-05 2,32E-05 2,33E-05

0,453585 0,453583 0,453583 0,453583 0,453583 0,453583 2,69E-06 2,10E-06 2,10E-06 2,10E-06 2,11E-06 2,10E-06

1,282751 1,282751 1,282751 1,282751 1,282751 1,282751 7,59E-06 5,62E-06 5,57E-06 5,62E-06 5,62E-06 5,62E-06

1,830703 1,830695 1,830692 1,830692 1,830706 1,830704 2,49E-06 9,90E-06 1,30E-05 1,30E-05 4,86E-07 1,14E-06

1,536153 0

0,658813 0,658814 0,658814 0,658813 0,658814 0,658813 2,70E-07 6,32E-07 5,65E-07 3,02E-07 5,75E-07 1,79E-07

0,795476 0,795476 0,795476 0,795476 0,795476 0,795476 8,53E-07 4,15E-07 5,78E-07 5,73E-07 5,80E-07 4,18E-07

1,347533 1,347532 1,347532 1,347532 1,347532 1,347532 1,56E-06 6,98E-07 6,73E-07 6,95E-07 6,72E-07 7,03E-07

1,284629 1,284625 1,284626 1,284627 1,284629 1,284628 4,82E-06 6,33E-06 5,19E-06 7,89E-06 9,58E-06 8,61E-06

GAP AbsolutoValor optimal da função objectivo

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79

Norma L∞

BB OA QG Hyb Ecp iFP BB OA QG Hyb Ecp iFP

0,897438 0,897438 0,897438 0,897438 0,897438 0,897438 5,24E-10 9,63E-08 9,48E-08 9,67E-08 9,41E-08 9,38E-08

0,17497 0,168687 0,17497 0,17497 0,146385 0,146385 2,92E-10 0,006283 1,16E-07 1,16E-07 0,028586 0,028586

0,195091 0,195091 0,195091 0,195091 0,195091 0,195336 0,000601 0,000601 0,000601 0,000601 0,000601 0,000847

0,396759 0,395837 0,395837 0,395837 0,395837 0,395837 0,000922 1,02E-07 1,02E-07 1,02E-07 1,02E-07 1,02E-07

0,253103 0,253103 0,253103 0,253103 0,253103 0,253103 0,000135 0,000135 0,000135 0,000135 0,000137 0,000135

0,266911 0,266911 0,266911 0,266911 0,266911 0,266911 9,62E-09 4,16E-07 4,10E-07 4,36E-07 4,18E-07 4,33E-07

1,040933 1,039964 1,039964 1,039964 1,041052 1,042053 0,001089 0,00012 0,00012 0,00012 0,001208 0,002209

0,588336 0,588336 0,588336 0,588336 0,588336 0,588336 1,88E-08 2,34E-07 2,09E-07 2,43E-07 2,84E-07 2,83E-07

0,305006 0,305006 0,305006 0,305006 0,305006 0,305006 2,88E-09 1,28E-07 1,28E-07 1,28E-07 1,29E-07 1,49E-07

0,488658 0,488658 0,488658 0,488658 0,488658 0,488658 8,13E-10 5,95E-07 5,94E-07 5,96E-07 6,16E-07 6,17E-07

1,007598 1,007598 1,007598 1,007598 1,007598 1,016047 3,95E-08 2,36E-07 2,26E-07 2,13E-07 2,21E-07 0,008449

0,300361 0,300361 0,300361 0,300361 0,300361 0,300361 1,26E-05 1,30E-05 1,30E-05 1,30E-05 1,30E-05 1,30E-05

0,469812 0,469812 0,469812 0,469812 0,469812 0,469812 3,50E-08 1,13E-06 1,11E-06 1,12E-06 1,12E-06 9,63E-07

0,832137 0,823967 0,823967 0,823967 0,823967 0,774424 2,85E-08 0,00817 0,00817 0,00817 0,00817 0,057713

0,960394 0,960394 0,960394 0,960394 0,960394 0,960394 5,92E-08 4,00E-07 4,28E-07 3,98E-07 4,37E-07 4,00E-07

0,803699 0,803699 0,803699 0,803699 0,803699 0,803699 1,11E-08 1,12E-07 1,12E-07 1,12E-07 1,11E-07 1,12E-07

0,455019 0,455019 0,455019 0,455019 0,455019 0,455019 3,00E-08 1,11E-07 1,07E-07 1,11E-07 1,11E-07 1,10E-07

0,499696 0,499696 0,499696 0,499696 0,499696 0,499696 4,04E-09 1,28E-07 1,28E-07 1,28E-07 1,28E-07 1,28E-07

0,696762 0,659683 0,659637 0,659637 0,659637 0,659639 0,037125 4,62E-05 1,65E-07 1,61E-07 1,56E-07 2,16E-06

0,878652 0,878652 0,878657 0,878657 0,878657 0,878657 0,000445 0,000445 0,00045 0,000451 0,00045 0,00045

GAP AbsolutoValor optimal da função objectivo

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80

Programação de metas

BB OA QG Hyb Ecp iFP BB OA QG Hyb Ecp iFP

56,29508 31,80774 39,518 97,26567 64,23772 193,8005 6,59E-08 3,08E-05 3,08E-05 3,10E-05 3,10E-05 3,08E-05

1041,739 31,04716 23,72278 70,86888 36,17421 174,1825 2,196675 0,000713 0,000713 0,000713 0,000713 0,000713

1967,09 1174,813 943,452 1027,158 0 1,33E-05 0,000182 0,712069

39,52264 82,51526 43,29332 99,61672 34,46444 224,5869 9,58E-07 5,63E-07 5,31E-07 7,30E-07 1,31E-06 5,79E-07

63,56867 74,74973 36,98298 66,3364 45,58404 137,5966 6,15E-07 0,429728 8,32E-06 8,32E-06 8,32E-06 8,32E-06

114,06 12,69136 12,2491 26,59965 17,07505 46,28309 7,39E-07 0 0 0 0 0

495,6561 72,31587 17,46752 91,99462 52,30405 1,11E-07 3,44E-05 3,44E-05 3,44E-05 3,44E-05

226,0225 244,1417 264,261 473,2805 162,2665 1030,937 6,60E-07 2,09E-08 2,10E-08 2,09E-08 2,07E-08 2,07E-08

21,23331 15,86761 16,73013 72,00325 29,04543 95,16038 4,52E-07 2,80E-05 2,82E-05 2,83E-05 2,82E-05 2,82E-05

122,1472 11,63438 20,18148 29,27649 15,40539 42,67184 1,63E-07 3,22E-05 3,22E-05 3,22E-05 3,22E-05 3,22E-05

45,80237 43,8072 29,03236 48,485 45,98638 90,16895 6,99E-07 5,09E-06 5,16E-06 5,10E-06 5,11E-06 5,11E-06

312,2673 10,56493 16,03817 28,77812 18,22368 88,04874 1,60E-07 2,79E-05 2,79E-05 2,79E-05 2,79E-05 2,79E-05

172,3983 115,8993 159,4403 33,71458 335,348 33,71462

67,29166 75,96141 35,16016 77,3802 33,62756 189,642 6,51E-07 584,2634 584,2634 584,2634 584,2634 584,2634

1335,233 1034,885 0 1,024306

46,35305 54,02702 56,25189 35,98173 131,1452 5,54E-07 1,10E-05 1,14E-05 1,10E-05 1,10E-05

67,25604 25,71034 25,71465 65,30497 26,77293 143,9088 0,000189 0,000189 0,000189 0,000189 0,000189 0,000189

63,09198 45,12294 31,34764 49,61028 36,35406 91,82154 6,11E-07 7,50E-06 7,10E-06 7,11E-06 7,50E-06 7,10E-06

77,36962 33,55586 52,44747 66,20591 21,69109 108,8396 2,81E-10 2,96E-05 2,98E-05 2,97E-05 2,97E-05 2,98E-05

18831,56 0

GAP AbsolutoValor optimal da função objectivo

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81

Anexo 4

CODIFICAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA

Rotina principal (claymix_VersionXX.m)

% Author: João Cabral Valentim & Fernando de Oliveira Durão

warning off precision = sqrt(eps);

%+----------------------------------------------------------------+ %| Area of global variables to be used by the callback functions: | % cost_function_Bonmin and cosntraints_Bonmin | %+----------------------------------------------------------------+ global G Jk Jm FISMAT1 FISMAT2 FISMAT3 FISMAT4 FISMAT5 ytarget Weights Weights_GP ym Obj

MetodoMultiCriterio nc nle

%+----------------------------------------------------------------------------+ %| Read quantities and compositions of available clays from file in hard disk | %+----------------------------------------------------------------------------+ Ficheiro = 'Argilas_BD.dat'; % File name [Nomes Quantidades Grades ReturnError] = readfile_QT(Ficheiro);

%+-------------------------------------------------------------------+ %| Select clays. G - matrix of the composition of the selected clays | %+-------------------------------------------------------------------+ IndiceSelected = [1:size(Grades,1)];

G = Grades(IndiceSelected,:); % Table of compositions of selected clays [nc, ne] = size(G); % Number of selected clay types % chemical elements, respectively

%+--------------------------------------------+ %| Find out minima and maxima chemical assays | %+--------------------------------------------+ gl = min(G)'; % minimum value of each chemical element assay gu = max(G)'; % maximum value of each chemical element assay

%+------------------------------------------------------+ %| Specify chemical assays (lower and upper bounds) and | %| chemical assay ratios (lower and upper bounds) | %+------------------------------------------------------+ Jk = [3 4]; % Number of the chemical element for calculation the ratio 1 and 2 Jm = [2 5]; % Number of the chemical element for calculation the ratio 1 and 2 nt = length(Jk); % Number of chemical ratios

% Find out minima and maxima chemical assay ratios ratios = G(:,Jk) ./ G(:,Jm);

%ratios=ratios(:); ru = [max(ratios)]; % Maximum value of chemical element assays ratios rl = [min(ratios)]; % Minimum value of chemical element assays ratios rl = rl(:); ru=ru(:); % Force column vectors

% Update Min, Max and Current values of Physical/Technological Properties % Update Min, Max and Current values of Chemical Composition (CC) % Update Min, Max and Current values of Chemical Ratios (CR) % Update rl and ru (RATIO BOUNDS) cgl=gl; cgu=gu; crl=rl; cru=ru; % Current values pgl=gl; pgu=gu; prl=rl; pru=ru; % Temporary values --- previous values

cgl = gl + 0.5*rand(size(gl)) .* (gu-gl); % Disturb chemical Composition (CC) lower

bounds cgu = gu - 0.5*rand(size(gu)) .* (gu-gl); % Disturb chemical Composition (CC) upper

bounds

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82

crl = cgl(Jk) ./ cgu(Jm); % Update chemical composition ratios lower

bounds cru = cgu(Jk) ./ cgl(Jm); % Update chemical composition ratios lower

bounds

% Minimum and mazimum number of clays in mixing nc_min = randint(1,1, [2, floor(nc/2)]); nc_max = randint(1,1, [ceil(nc/2), nc]);

%+------------------------------------------------------------+ %| Read Fuzzy Inference Systems (FIS) data files | %| Fuzzy models of the non linear multivariable relationships | %+------------------------------------------------------------+

FISMAT1 = readfis('parametroL_ct.fis'); FISMAT2 = readfis('parametroa_ct.fis'); FISMAT3 = readfis('parametrob_ct.fis'); FISMAT4 = readfis('parametroAbs_ct.fis'); FISMAT5 = readfis('parametroCon_ct.fis');

%+=====================+ %| Equality constraint | %+=====================+ A1 = [ones(1, nc) zeros(1, nc)]; b1 = 1.0;

%+===================================================+ %| Linear Inequality A*x <= b on assays and ratios | %| A: Linear Inequality Left Hand Side (LHS) | %| b: Linear Inequality Right Hand Side (RHS) | %+===================================================+ Rl = diag(crl); Ru = diag(cru); A2 = [ G' zeros(size(G')); ... (G(:,Jk)'-Ru*(G(:,Jm)')) zeros(nt, nc); ... -G' zeros(size(G')); ... -(G(:,Jk)'-Rl*(G(:,Jm)')) zeros(nt, nc)]; b2 = [cgu; zeros(nt,1); -cgl; zeros(nt,1)];

% x(i) <= u(i) * y(i), i = 1, 2,..., nc % u(i) - upper bound of continuous variable x(i) % y(i) - {0, 1}, binary variable % x(i) - u(i) * y(i) <= 0, i = 1, 2,..., nc, (for u(i) = 1.0); Max_val < max(u(i))< 1.00

(fraction) Max_val = 0.50; % Define maximum proportion of chosen mineral

raw materials in mixture A3 = [eye(nc, nc) -Max_val*eye(nc, nc)]; b3 = zeros(nc, 1);

% x(i) >= l(i) * y(i), i = 1, 2,..., nc % l(i) - lower bound of continuous variable x(i) % y(i) - {0, 1}, binary variable % x(i) - l(i) * y(i) >= 0, i = 1, 2,..., nc, (for l(i) = 0.0); min_val >= min(l(i)) < 1.00

(fraction) min_val = 0.02; % Define minimum proportion of chosen mineral

raw materials in mixture A4 = [-eye(nc, nc) min_val*eye(nc, nc)]; b4 = zeros(nc, 1);

% Setup minimum and maximum numbers of clays in miximg % sum from i=1 to i=nc of y(i) >= nc_min, (equivalent to -y(i) <= -nc_min) % sum from i=1 to i=nc of y(i) <= nc_max A5 = [zeros(1, nc) -ones(1, nc); zeros(1, nc) ones(1, nc)]; b5 = [-nc_min; nc_max];

% Coefficient matrix of the general linear equalities and inequalities constraints A = [A1;A2;A3;A4;A5];

% Independent terms vector of the general linear equalities and inequalities constraints

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83

b = [b1;b2;b3;b4;b5];

% Simple lower bounds of the continuous (x) and binary (y) decsision variables xlb = [0.0*ones(nc,1); 0.0*ones(nc,1)]; % (x,y) lower bounds

% Simple upper bounds of the continuous (x) and binary (y) decsision variables % 1. Gerar Quantidade encomendada do lote (Generate lot quantity) while 1 Quantidade_Lote = randint(1,1, [400 2000]); if Quantidade_Lote <= sum(Quantidades) break end end % Simple upper bounds of the continuous (x) and binary (y) decsision variables % xub = min(Quantidades/Quantidade_Lote, 1); xub = [min(Quantidades/Quantidade_Lote, 1); ones(nc,1)]; % (x,y) upper bounds %xub = [min(Quantidades/Quantidade_Lote, min(Max_val, 1))]; ones(nc,1)]; % (x,y) upper

bounds

% Define continuous (0) and integer (1) variables yindex = [zeros(1, nc) ones(1, nc)]; % Index of (integer) binary varaiables

%+------------------------------------------------------------------------------------------

-+ %| Get an initial feasible solution or terminates with infeasible linear programming problem

| %+------------------------------------------------------------------------------------------

-+ sense = 1; % Minimization problem c = zeros(2*nc, 1); % Coefficients of the decision variables in the

linear objective function ctype = ['S'; char('U'*ones(2*nc-1, 1))]'; % Type of constraints: S ( = ), U ( <= ) vartype = [char('C'*ones(nc, 1)); char('B'*ones(nc, 1))]; % Define type of decision

variables: C (Continuous), B (Binary) param.msglev = 3;

[x0, fmin, status, extra] = glpk (c, A, b, xlb, xub, ctype, vartype, sense, param); % status = Status of the optimization: % 1 - solution is undefined; 2 - solution is feasible; 3 - solution is

infeasible; % 4 - no feasible solution exists; 5 - solution is optimal; 6 - solution is

unbounded disp(['GLPK: status = ', num2str(status)]) if status == 4 error('Problem has no feasible solution') end x0 = round_precision(x0, precision);

%+------------------------------------------------------------------------+ %| Compute physical properties as functions of the chemical composition g | %+------------------------------------------------------------------------+ J = [1, 2, 3, 4, 5]; % Numbering of chemical elements

L_color = evalfis(G(:,J), FISMAT1); % L colour space component depends on the assays in

elements 1 to 5 (%) a_color = evalfis(G(:,J), FISMAT2); % a " " " " " " " "

" 1 to 5 (%) b_color = evalfis(G(:,J), FISMAT3); % b " " " " " " " "

" 1 to 5 (%) ONE NEGATIVE VALUE Absorpt = evalfis(G(:,J), FISMAT4); % Absorption coefficient (%) Contrat = evalfis(G(:,J), FISMAT5); % Linear Contraction (%)

%+-------------------------------------------------------------------------+ %| Compute minimum and maximum values of physical or mechanical properties | %|(May be necessary to test if Min e Max values are equal. In this case | %| (make min slightly less a small amount a max a slightly plus a small | % amount) | %--------------------------------------------------------------------------+ y_bounds(1,1) = min(L_color);

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84

y_bounds(1,2) = max(L_color); y_bounds(2,1) = min(a_color); y_bounds(2,2) = max(a_color); y_bounds(3,1) = min(b_color); y_bounds(3,2) = max(b_color); y_bounds(4,1) = min(Absorpt); y_bounds(4,2) = max(Absorpt); y_bounds(5,1) = min(Contrat); y_bounds(5,2) = max(Contrat);

ytarget(1) = y_bounds(1,1)+rand(1,1)*(y_bounds(1,2)-y_bounds(1,1)); ytarget(2) = y_bounds(2,1)+rand(1,1)*(y_bounds(2,2)-y_bounds(2,1)); ytarget(3) = y_bounds(3,1)+rand(1,1)*(y_bounds(3,2)-y_bounds(3,1)); ytarget(4) = y_bounds(4,1)+rand(1,1)*(y_bounds(4,2)-y_bounds(4,1)); ytarget(5) = y_bounds(5,1)+rand(1,1)*(y_bounds(5,2)-y_bounds(5,1)); ytarget = ytarget(:); ytarget = max(min(0, ytarget), 100);

% Number of target goals or objectives nf = size(ytarget, 1);

% Weights of the different target values % Weights = ones(4,1); range=y_bounds(:,2)-y_bounds(:,1); Weights =(1./range)/sum(1./range); Weights = Weights(:);

Selection = 1; % Select 1) Weighted_L1_Metric', 2) 'Weighted_Linf_Metric', 3)

'Weighted_L2_Metric', 4) 'GoalProgramming', % 5) 'CriterioGlobal'}; OpcoesMulticriterio_Names = {'Weighted_L1_Metric'; 'Weighted_Linf_Metric';

'Weighted_L2_Metric'; 'GoalProgramming'; ... 'CriterioGlobal'};

MetodoMultiCriterio = OpcoesMulticriterio_Names{Selection};

[Selection, OK_Cancel] = listdlg('PromptString', 'Seleccionar opção multicritério',

'SelectionMode','single',... 'ListString', {'Weighted_L1_Metric', 'Weighted_Linf_Metric', 'Weighted_L2_Metric',

'GoalProgramming', ... 'CriterioGlobal'},'ListSize', [160 60]);

if OK_Cancel MetodoMultiCriterio = OpcoesMulticriterio_Names{Selection}; end drawnow

% soft_constraints = {'>=', '<=', '=', '<=>'} -- to be USED with 'GoalProgramming' if strcmp(MetodoMultiCriterio, 'GoalProgramming')

soft_constraints = {'>=', '<=', '<=', '=', '='}; % to be USED with 'GoalProgramming' Penalties = [50 10 10 1 5]; % to be USED with 'GoalProgramming' Penalties = Penalties(:); % to be USED with 'GoalProgramming'

options.Resize='on'; options.WindowStyle='normal'; options.Interpreter='tex'; prompt = {'Tipo de meta do objectivo 1 (L) ', 'Peso da realização da meta 1 ',... 'Tipo de meta do objectivo 2 (a) ', 'Peso da realização da meta 2 ',... 'Tipo de meta do objectivo 3 (b) ', 'Peso da realização da meta 3 ',... 'Tipo de meta do objectivo 4 (Abs) ', 'Peso da realização da meta 4 ',... 'Tipo de meta do objectivo 5 (Con) ', 'Peso da realização da meta 5 ',}; Titulo_Dialog = 'Definir tipo de meta e respectivo peso/penalização'; numlines = 1; defaultanswer ={soft_constraints{1}, num2str(Penalties(1)),... soft_constraints{2}, num2str(Penalties(2)),... soft_constraints{3}, num2str(Penalties(3)),... soft_constraints{4}, num2str(Penalties(4)),... soft_constraints{5}, num2str(Penalties(5))};

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85

answer =inputdlg(prompt, Titulo_Dialog, numlines, defaultanswer, options);

if ~isempty(answer)

soft_constraints = {answer{1}, answer{3}, answer{5}, answer{7}, answer{9}}; Penalties = [str2num(answer{2}), str2num(answer{4}), str2num(answer{6}),

str2num(answer{8}), str2num(answer{10})]; Penalties = Penalties(:);

end

end

% Get handle of Objective function (primary function file called cost_function_Bonmin.m on

disk) ObjF_handle = @(x) cost_function_VersionXX(x);

% Options (select solver and display mode) opts = optiset('solver', 'bonmin', 'display', 'iter'); %opts = optiset('iterfun',@optiplotfval);

Selection = 1; % Select 1) BB, 2) OA, 3) QG, 4 Hyb, 5, Ecp, 6) iFP Algoritmo_Names = {'BB'; 'OA'; 'QG'; 'Hyb'; 'Ecp'; 'iFP'};

Algoritmo = Algoritmo_Names{Selection};

[Selection, OK_Cancel] = listdlg('PromptString','Seleccionar algoritmo (bonmin)',

'SelectionMode','single',... 'ListString', {'Branch & Bound (BB)', 'Outer Approximation (OA)', 'Quesada & Grossman

Outer Approximation (QG)', ... 'Hybrid Outer Approximation and Branch & Cut (Hyb)', 'Outer Approximation based on

FilMINT (Ecp)', ... 'Iterated Feasibility Pump (iFP)'}, 'ListSize', [300 90]);

if OK_Cancel % opts.solverOpts = bonminset('algorithm', Algoritmo_Names(Selection)); Algoritmo = Algoritmo_Names{Selection}; end drawnow

% algorithm: [ MIP Algorithm: {'BB'}, 'OA', 'QG', 'Hyb', 'Ecp', 'iFP' ] opts.solverOpts = bonminset('algorithm', Algoritmo);

% Create OPTI Object switch (MetodoMultiCriterio)

case {'Weighted_L2_Metric', 'CriterioGlobal'}

% Define linear equality and inequality constraints % Coefficient matrix of the general linear equalities and inequalities constraints A = [A2;A3;A4;A5]; Aeq = A1;

% Independent terms vector of the general linear equalities and inequalities

constraints b = [b2;b3;b4;b5]; beq = b1;

% Define continuous (C) and binary (B) variables % |-------nc-----|-------nc-----| % xtype = 'CCCCCCCC....CC BBBBBBBB...BB'; xtype = [char('C'*ones(1, nc)), char('B'*ones(1, nc))]; % Define type of

decision variables

% Create OPTI Object

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86

Opt = opti('fun', ObjF_handle, 'ineq', A, b, 'eq', Aeq, beq, 'bounds', xlb, xub,

'xtype', xtype, 'options', opts);

case {'Weighted_Linf_Metric', 'Weighted_L1_Metric', 'GoalProgramming'}

% Define linear equality and inequality constraints % Coefficient matrix of the general linear equalities and inequalities constraints A = [A2;A3;A4;A5]; [n, m] = size(A); Aeq = A1;

% Independent terms vector of the general linear equalities and inequalities

constraints b = [b2;b3;b4;b5]; beq = b1;

% Define continuous (C) and binary (B) variables % |-------nc-----|-------nc-----| % xtype = 'CCCCCCCC....CC BBBBBBBB...BB'; xtype = [char('C'*ones(1, nc)), char('B'*ones(1, nc))]; % Define type of

decision variables

%+------------------------------------------------------------------+ %| Compute initial values of z vector or zmax (from f(x,y)-ftarget) | %+------------------------------------------------------------------+

%+------------------------------------------------------+ %| a) Compute chemical composition of mixed clay (gbar) | %+------------------------------------------------------+ gbar=G'*x0(1:nc);

%+----------------------------------------------------------------------------------

-------------+ %| b) Compute/estimate physical properties as functions of the average chemical

composition gbar | %| (Prevent negative values)

| %+----------------------------------------------------------------------------------

-------------+ ym(1) = evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT1); % L colour space component depends on

the assays in elements 1 to 5(%) ym(2) = evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT2); % a " " " " "

" " " " 1 to 5(%) ym(3) = evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT3); % b " " " " "

" " " " 1 to 5(%) ONE NEGATIVE VALUE ym(4) = evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT4); % Absorption coefficient (%) ym(5) = evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT5); % Linear Contraction (%)

ym = ym(:); dv = (ym - ytarget); z0 = Weights .* dv; z0 = z0(:);

% Expand decision variable vector if strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_L1_Metric')

x0 = [x0; abs(z0)]; xlb = [xlb; -inf*ones(size(z0))]; xub = [xub; +inf*ones(size(z0))];

A = [ A, zeros(n, size(z0, 1))]; Aeq = [Aeq, zeros(1, size(z0, 1))]; xtype = [char('C'*ones(1, nc)), char('B'*ones(1, nc)), char('C'*ones(1, size(z0,

1)))]; % Define type of decision variables % nle: [ Nonlinear Constraint Types (-1, 0, 1) {<=, =, >=} (NL) ] nle = (-1)*ones(2*nf, 1); % Nonlinear Constraints g(x) <= nlrhs nlrhs = zeros(2*nf, 1);

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87

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_Linf_Metric')

x0 = [x0; max(z0)]; xlb = [xlb; -inf*ones(1,1)]; xub = [xub; +inf*ones(1,1)];

A = [ A, zeros(n, 1)]; Aeq = [Aeq, zeros(1, 1)]; xtype = [char('C'*ones(1, nc)), char('B'*ones(1, nc)), char('C'*ones(1, 1))]; %

Define type of decision variables % nle: [ Nonlinear Constraint Types (-1, 0, 1) {<=, =, >=} (NL)] nle = (-1)*ones(2*nf, 1); % Nonlinear Constraints g(x) <= nlrhs nlrhs = zeros(2*nf, 1);

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'GoalProgramming')

% nle: [ Nonlinear Constraint Types (-1, 0, 1) {<=, =, >=} (NL) ] nle_types = {'<=', '=', '<=', '<=>'}; nle = zeros(nf, 1); nlrhs = ytarget(:);

n_deviation_variables = nf; ndv = 1; for k = 1:nf

switch soft_constraints{k} case '>='

nle(k) = 1; % Nonlinear Constraints f_k(x,y) +

dv(k,-) >= t_k (g(x) >= nlrhs) x0 = [x0; max(-dv(k), 0)]; % dv(k,-) < 0 (undesirable

deviation: underachievement) (dv0 >= 0)

Weights_GP(ndv) = Penalties(k); ndv = ndv + 1;

case '<='

nle(k) = -1; % Nonlinear Constraints f_k(x,y) -

dv(k,+) <= t_k (g(x) <= nlrhs) x0 = [x0; max(dv(k), 0)]; % dv(k,+) > 0 (undesirable

deviation: overachievement) (dv0 >= 0)

Weights_GP(ndv) = Penalties(k); ndv = ndv + 1;

case '='

nle(k) = 0; % Nonlinear Constraints f_k(x,y) +

dv(k,-) - dv(k,+) = t_k (g(x) = nlrhs)

n_deviation_variables = n_deviation_variables + 1; x0 = [x0; max(dv(k), 0); max(-dv(k), 0)]; % dv = (dv(k,-)-

dv(k,+)) > 0 => dv(k,-) > 0, dv(k,+) = 0, % dv = (dv(k,-)-dv(k,+)) < 0 => dv(k,+) > 0, dv(k,-) = 0 %(dv0 >= 0)

Weights_GP(ndv) = Penalties(k); Weights_GP(ndv+1) = Penalties(k); ndv = ndv + 2;

case '<=>'

error('Not implemented')

otherwise

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88

error('Unknown goal type') end

end Weights_GP = Weights_GP(:);

xlb = [xlb; zeros(n_deviation_variables, 1)]; xub = [xub; +inf*ones(n_deviation_variables, 1)];

A = [ A, zeros(n, n_deviation_variables)]; % Expand matrix A and Aeq Aeq = [Aeq, zeros(1, n_deviation_variables)]; xtype = [char('C'*ones(1, nc)), char('B'*ones(1, nc)), char('C'*ones(1,

n_deviation_variables))]; % Define type of decision variables

end

% Create Alternative OPTI Object % Get handle of nonlinear constraints (left hand side) computations (primary

function file called constraints_Bonmin.m on disk) constraints_handle = @(x) constraints_VersionXX(x); %nlrhs = ytarget(:); %nlrhs = zeros(2*nf, 1);

% Get handle of (linear) objective function gradObj_handle = @(x) gradiente_FObjectivo(x); Opt = opti('fun', ObjF_handle, 'grad', gradObj_handle, 'nlmix', constraints_handle,

nlrhs, nle, 'ineq', A, b, 'eq', Aeq, beq, 'bounds', xlb, xub, 'xtype', xtype, 'options',

opts);

end

% sense = 1 (minimization; -1 Maximization (Defualt 1) disp(' ') displayOPTI(Opt) disp(['Objective function: ', MetodoMultiCriterio, ', ', 'bonmin algorithm: ',

opts.solverOpts.algorithm]);

disp('call the optimizer ...')

% Solve the MINLP problem [Xoptim, fval, exitflag, info] = solve(Opt, x0);

disp('... done')

disp(' ') disp('STOPPING CONDITION(S)') disp(' ')

switch (exitflag)

case 1

disp('Bonmin solver stopping crondition: Converged / Terminated Successfully')

case 0

disp('Bonmin solver stopping crondition(s): Maximum Iterations / Function

Evaluations / Time Exceeded')

case -1

disp('Bonmin solver stopping crondition(s): Infeasible / Could Not Converge')

case -2

disp('Bonmin solver stopping crondition(s): Unbounded / Solver Error')

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89

case -3

disp('Bonmin solver stopping crondition(s): Solver Specific Errors (Set option

''display'' as ''iter'')')

case -5

disp('Bonmin solver stopping crondition(s): User Exited via Ctrl-C')

otherwise

error('Unknown exitflag code')

end

disp(' ') disp('BONMIN SUMMARY') disp(' ')

disp(info)

disp(' ') disp('PROBLEM RESULTS VALIDATION') disp(' ')

disp('Matérias primas minerais incluídas na fórmula de mistura') ArgilasIncluidas = find(Xoptim(nc+1:2*nc) > 1-opts.tolint); disp(sprintf('%12d \n', ArgilasIncluidas)) disp('Nomes das matérias primas minerais incluídas na fórmula de mistura') disp(Nomes(ArgilasIncluidas)) disp('Proporções mássicas na fórmula das matérias primas minerais incluidas') disp(sprintf('%12.3f\n', Xoptim(ArgilasIncluidas))) disp(' ') % Validate solution disp(['Número de matérias primas minerais incluídas na fórmula de mistura final: ',

num2str(sum(Xoptim(nc+1:2*nc))), ... '. Minimo = ', num2str(nc_min), ', Máximo = ', num2str(nc_max)]) disp(['Soma das proporções mássicas das matérias primas minerais incluídas na fórmula de

mistura final: ',... num2str(sum(Xoptim(ArgilasIncluidas)))])

gbar = G'*Xoptim(1:nc); racios = gbar(Jk)./gbar(Jm); disp(' ') disp('Composição da fórmula de mistura final') % 'xxxxxxxxxxxx yyyyyyyyyyyy zzzzzzzzzzzz disp(' formula míninimo máximo') disp(sprintf('%12.3f %12.3f %12.3f\n', [gbar, cgl, cgu]')) disp(' ') disp('Rácios de composição da fórmula de mistura final') % 'xxxxxxxxxxxx yyyyyyyyyyyy zzzzzzzzzzzz disp(' formula míninimo máximo') disp(sprintf('%12.3f %12.3f %12.3f\n', [racios, crl, cru]'))

disp(' ') disp('Propriedades físicas e mecânicas da mistura') disp(' ')

disp('valores_alcançados metas desvios desvios ponderados/penalizados') switch (MetodoMultiCriterio) case 'Weighted_L2_Metric'

disp(sprintf('%14.5f %12.5f %12.5f %12.5f\n', [ym(:) ytarget(:) (ym(:)-

ytarget(:)) Weights.*(ym - ytarget)]')); disp('Soma de quadrados ponderada dos desvios entre valores alcançados e metas') disp(num2str(sum(Obj)));

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90

case 'CriterioGlobal'

disp(sprintf('%14.5f %12.5f %12.5f %12.5f\n', [ym(:) ytarget(:) (ym(:)-

ytarget(:)) ((ym(:)-ytarget(:))./ytarget(:)).^(1.5)]')); disp('Soma dos desvios relativos entre valores alcançados e metas elevado a expoente

m=1.5') disp(num2str(sum(Obj)));

case 'Weighted_L1_Metric'

disp(sprintf('%14.5f %12.5f %12.5f %12.5f\n', [ym(:) ytarget(:) (ym(:)-

ytarget(:)) Xoptim(2*nc+1:end)]')); disp('Soma ponderada dos valores absolutos dos desvios entre valores alcançados e

metas') disp(num2str(sum(Obj)));

case 'Weighted_Linf_Metric'

disp(sprintf('%14.5f %12.5f %12.5f\n', [ym(:) ytarget(:) (ym(:)-ytarget(:))]')); disp('Máximo dos valores absolutos dos desvios ponderados entre valores alcançados e

metas') disp(num2str(sum(Obj)));

case 'GoalProgramming'

ndv = 1; deviations = Xoptim(2*nc+1:end); for k = 1:nf

switch nle(k)

case 1 % ('>=')

dev(k) = deviations(ndv); ndv = ndv + 1;

case -1 % ('<=')

dev(k) = deviations(ndv); ndv = ndv + 1;

case 0 %('=')

dev(k) = max(deviations(ndv:ndv+1)); ndv = ndv + 2;

otherwise

error('Unknow type of goal') end

end

disp(sprintf('%14.5f %12.5f %12.5f %12.5f\n', [ym(:) ytarget(:) (ym(:)-

ytarget(:)) dev(:)]')) disp('Soma penalizada dos valores indesejáveis das variáveis de desvio') disp(num2str(sum(Obj)));

otherwise

error('Unknown MetodoMultiCriterio') end

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91

Função objetivo function f = cost_function_VersionXX(x)

% PURPOSE

% target values and computed values of physical

% properties of the fired miexed clay

%

global G Jk Jm FISMAT1 FISMAT2 FISMAT3 FISMAT4 FISMAT5 ytarget Weights Weights_GP

ym Obj MetodoMultiCriterio nc nle

%+-----------------------------+

%| Clay types blending problem |

%+-----------------------------+

%+------------------------------------------------------+

% Compute objective function value -> f(1)

%+------------------------------------------------------+

%+------------------------------------------------------+

% a) Compute chemical composition of mixed clay (gbar)

%+------------------------------------------------------+

gbar=G'*x(1:nc);

%+-------------------------------------------------------------------------------

----------------+

%| b) Compute/estimate physical properties as functions of the average chemical

composition gbar |

%| (Prevent negative values)

|

%+-------------------------------------------------------------------------------

----------------+

ym(1) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT1)), 100); % L colour space

component depends on the assays in elements 1 to 5(%)

ym(2) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT2)), 100); % a " "

" " " " " " " 1 to 5(%)

ym(3) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT3)), 100); % b " "

" " " " " " " 1 to 5(%) ONE NEGATIVE VALUE

ym(4) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT4)), 100); % Absorption

coefficient (%)

ym(5) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT5)), 100); % Linear

Contraction (%)

ytarget = ytarget(:);

ym = ym(:);

if any(isinf(ym)) || any(isnan(ym))

error('Claymix_VersionXX:cost_function_VersionXX', 'vector ym of

physical/mechanical properties is infinity or NaN!')

end

if strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_L2_Metric')

%+-----------------------------------------------------------------------+

%| Compute weighted deviations between target values and computed values |

%+-----------------------------------------------------------------------+

Weights = Weights(:);

Weighted_deviations = Weights.*(ym - ytarget);

% Weighted_deviations

%+----------------------------------------+

%| c) Computed sum of weighted deviations |

%+----------------------------------------+

f = Weighted_deviations'*Weighted_deviations;

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92

Obj = f; % Global variable

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'CriterioGlobal')

expoente = 1.5;

f = sum( abs( ( (ym-ytarget)./ytarget) ).^expoente);

Obj = f; % Global variable

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_L1_Metric') ||

strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_Linf_Metric')

switch (MetodoMultiCriterio)

case 'Weighted_L1_Metric' % L1 metric

% Weights = Weights(:);

% f = sum(Weights .* x(2*nc+1:end));

f = sum(x(2*nc+1:end)); % f = sum of z_k, k=1,2,..,nf

case 'Weighted_Linf_Metric'

%Weights = Weights(:);

f = x(2*nc+1:2*nc+1); % f = z

end

Obj = f; % Global variable

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'GoalProgramming')

ndv = size(Weights_GP, 1);

f = sum(Weights_GP .* x(2*nc+1:2*nc+ndv));

Obj = f; % Global variable

else

error('Método multicritério desconhecido')

end

% return

Gradiente da função objetivo function grad = gradiente_FObjectivo(x) % PURPOSE % Evaluate the gradient of the objective function. % global G Jk Jm FISMAT1 FISMAT2 FISMAT3 FISMAT4 FISMAT5 ytarget Weights Weights_GP ym Obj

MetodoMultiCriterio nc nle

grad = zeros(size(x)); if strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_L1_Metric')

grad(2*nc+1:end) = 1;

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_Linf_Metric')

grad(2*nc+1:2*nc+1) = 1;

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93

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'GoalProgramming')

ndv = size(Weights_GP, 1); grad(2*nc+1:2*nc+ndv) = Weights_GP;

end

end

constrangimentos- avaliação dos contrgiemtnos não linear function constraints_x = constraints_VersionXX(x) % PURPOSE % Evaluate the left hand side of the nonlinear constraint functions. % global G Jk Jm FISMAT1 FISMAT2 FISMAT3 FISMAT4 FISMAT5 ytarget Weights Weights_GP ym Obj

MetodoMultiCriterio nc nle

%+------------------------------------------------------+ %| a) Compute chemical composition of mixed clay (gbar) | %+------------------------------------------------------+ gbar=G'*x(1:nc);

%+------------------------------------------------------------------------------------------

-----+ %| b) Compute/estimate physical properties as functions of the average chemical composition

gbar | %| (Prevent negative values)

| %+------------------------------------------------------------------------------------------

-----+ ym(1) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT1)), 100); % L colour space component

depends on the assays in elements 1 to 5(%) ym(2) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT2)), 100); % a " " "

" " " " " " 1 to 5(%) ym(3) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT3)), 100); % b " " "

" " " " " " 1 to 5(%) ONE NEGATIVE VALUE ym(4) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT4)), 100); % Absorption coefficient (%) ym(5) = min(max(0, evalfis(gbar([1 2 3 4 5]), FISMAT5)), 100); % Linear Contraction (%)

ym = ym(:);

if any(isinf(ym)) || any(isnan(ym)) error('Claymix_VersionXX:constraints_VersionXX', 'vector ym of physical/mechanical

properties is infinity or NaN!') end

if strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_L1_Metric')

constraints_x = [Weights .* (ym - ytarget) - x(2*nc+1:end);... -Weights .* (ym - ytarget) - x(2*nc+1:end)];

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'Weighted_Linf_Metric')

constraints_x = [Weights .* (ym - ytarget) - x(2*nc+1:2*nc+1)*ones(size(ym));... -Weights .* (ym - ytarget) - x(2*nc+1:2*nc+1)*ones(size(ym))];

elseif strcmp(MetodoMultiCriterio, 'GoalProgramming')

constraints_x = ym;

ndv = 1; % Number of deviational variables nf = size(ytarget, 1); for k = 1:nf switch nle(k)

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94

case -1

constraints_x(k) = constraints_x(k) - x(2*nc+ndv:2*nc+ndv); ndv = ndv + 1;

case 1

constraints_x(k) = constraints_x(k) + x(2*nc+ndv:2*nc+ndv); ndv = ndv + 1;

case 0

constraints_x(k) = constraints_x(k) + x(2*nc+ndv:2*nc+ndv); constraints_x(k) = constraints_x(k) - x(2*nc+ndv+1:2*nc+ndv+1); ndv = ndv + 2;

case '<=>'

error('Not implemented')

otherwise

error('Unknown goal type')

end end

end

end

Leitura da base dados function [Lista, Quantidades, MatTeores, Erro] = readfile_QT(Ficheiro) Erro = 0; Lista = {}; MatTeores = [];

Pos = 1; fid=fopen(Ficheiro);

while 1

line = fgetl(fid); if ~isstr(line) break end

[Nome, Count, Error, Next] = sscanf(line,'%s',1); % Add on if (isnumeric(Nome))

Erro = 1; return

end % Error

Lista(Pos) = cellstr(Nome); Quantidade_Teores = sscanf(line(Next:length(line)),'%f',6); % Add on

if length(Quantidade_Teores) < 6 % disp('Erro') Erro = 2;

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95

return end % disp(Nome) % Add on % disp(num2str(Teores')) % Add on Quantidades(Pos) = Quantidade_Teores(1); MatTeores(Pos, 1:5) = Quantidade_Teores(2:6)';

Pos = Pos +1;

end Quantidades = Quantidades(:); Lista=Lista'; %Lista %MatTeores fclose(fid);

Base de dados de matérias-primas minerais utilizadas na experimentação

Quantidade LOI Al2O3 SiO2 Fe2O3 K2O

Argila 1 990.0 8.3 19.96 64.44 2.34 2.07

Argila 2 900.0 7.0 20.67 63.82 2.33 2.33

Argila 3 996.0 8.9 23.02 58.68 4.01 2.52

Argila 4 923.0 9.1 25.87 55.31 3.61 2.74

Argila 5 900.0 8.4 26.03 56.17 2.77 2.65

Argila 6 368.0 10.3 26.71 55.41 3.72 2.41

Argila 7 1000.0 8.3 27.02 55.2 2.3 2.53

Argila 8 750.0 7.4 22.89 61.23 1.84 2.06

Argila 9 750.0 6.8 22.74 61.63 1.89 1.72

Argila 10 904.0 6.9 23.6 60.3 1.89 1.74

Argila 11 868.0 6.9 23.36 60.49 2.12 1.83

Argila 12 1000.0 6.2 21.52 63.62 1.78 1.92

Argila 13 976.0 6.2 21.55 63.5 1.77 1.68

Argila 14 988.0 5.3 18.24 69.25 1.71 1.7

Argila 15 1000.0 6.8 22.87 61.21 1.98 1.98

Argila 16 1000.0 6.9 23.31 60.52 2.09 1.95

Argila 17 1000.0 6.3 22.0 62.55 1.89 1.9

Argila 18 547.0 7.5 25.38 57.03 2.21 1.95

Argila 19 711.0 6.5 21.39 63.62 2.27 1.96

Argila 20 1000.0 8.3 25.33 57.05 2.03 2.4

Argila 21 1000.0 7.8 25.1 57.48 2.13 2.36

Argila 22 1000.0 6.1 22.34 62.57 1.93 2.49

Argila 23 1000.0 6.7 22.69 61.45 1.98 2.32

Argila 24 1000.0 5.8 19.22 67.4 1.58 2.31

Argila 25 926.0 9.7 25.5 57.73 1.6 3.33

Argila 26 1000.0 7.3 24.53 59.37 1.92 2.74

Argila 27 1000.0 7.2 24.11 59.8 1.97 2.73

Argila 28 1000.0 6.3 19.35 67.92 1.7 2.42

Argila 29 711.0 5.5 17.6 69.39 2.15 1.97

Argila 30 1000.0 6.6 22.09 61.47 1.8 2.29

Argila 31 1000.0 7.0 25.29 58.29 1.75 2.5

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Gerador de números inteiros

function rint = randint(rows,cols,intv) % RANDINT Random integers % ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ % rows number of matrix rows % cols number of matrix columns % intv vector of 2 items [low,high], boundry values of rint interval rint = floor(rand(rows,cols)*(intv(2)-intv(1) + 1) + intv(1));

Modelo de regressão

Os modelos de regressão são implementados segundo as definições no capítulo 3 e são invocados

internamente, em qualquer rotina onde são utilizados.