controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Page 1: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

Controle de Qualidade de Matérias Primas – Insumos e produto acabado

Novembro/2013

1

Page 2: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

2Vanessa Rodrigues Lopes

Farmacêutica, graduada pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da

Universidade de São Paulo – USP, São Paulo. Especialista em fármacos e

medicamentos também pela USP. Com vários cursos de especialização nas áreas

de Validação Analítica, Estabilidade, Controle de Qualidade e Assuntos

Regulatórios por associações independentes. Experiência de 10 anos adquirida

nas empresas Bristol-Myers Squibb nas áreas de controle e garantia de

qualidade e Eurofarma na área de assuntos regulatórios. Atualmente é

Especialista em assuntos regulatórios, atuando como link entre as áreas

técnicas e regulatória na submissão de novos projetos, resposta à exigências e

treinamentos técnicos internos. Contato com a ANVISA como especialista

técnica para desenho de projetos e participação ativa nas discussões de

entidades para revisão da legislação técnica atual.

Page 3: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

3Objetivos da aula

Discutir a legislação local, conceitos e testes necessários para o estabelecimento do controle de qualidade de: Insumos;

Excipientes;

Materiais de embalagem;

Produto acabado;

Page 4: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

4Principais legislações relacionadas RDC 16/2007 - Regulamento Técnico para Medicamentos Genéricos

RDC 17/2003 – Regulamento técnico para medicamentos similares

RDC 136/2003 – Regulamento técnico para medicamentos novos

RDC 45/2012 – Estabilidade de IFA

IN 02/2009 – Fabricação de Lotes piloto

RDC 899/2003 – Validação analítica

RDC 31/2010 – Equivalência Farmacêutica

RDC 17/2010 – Boas práticas de fabricação

RDC 25/2007 – Terceirização de produção e CQ

RE 0/1/2005 – Estabilidade

Guia para fotoestabilidade (site da ANVISA)

RDC 48/2009 – Pós registro

Page 5: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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DefiniçõesRDC 17/2010

Page 6: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

6Controle de qualidade

Art. 281. O Controle de Qualidade é responsável pelas atividades referentes à amostragem, às especificações e aos ensaios, bem como à organização, à documentação e aos procedimentos de liberação que garantam que os ensaios sejam executados e que os materiais e os produtos terminados não sejam aprovados até que a sua qualidade tenha sido julgada satisfatória.

Page 7: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

7 Calibração: conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação

entre os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição ou valores

representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores

correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões;

Especificação: documento que descreve em detalhes os requisitos que os materiais utilizados

durante a fabricação, produtos intermediários ou produtos terminados devem cumprir. As

especificações servem como base para a avaliação da qualidade;

Validação: ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento,

material, atividade ou sistema realmente e consistentemente leva aos resultados esperados;

Controle de qualidade: Conjunto de ensaios realizados com o objetivo de avaliar a qualidade

de matérias primas, materiais de embalagem, produtos intermediários, acabados e verificar se

os mesmos se apresentam de acordo com as especificações definidas;

Desvio de qualidade: afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um

produto ou processo

Page 8: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

8

Segurança

EficáciaQualidade

Page 9: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

9

Organograma convencional GQ/CQ

Diretoria técnica

Gerente de GQ

Supervisor de GQ

Gerente de CQ

Supervisor de CQ

Supervisor de

estabilidade

Gerente de P&D

Supervisor de DMA

Supervisor de validação

Supervisor de

estabilidade

Page 10: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

10Escolha/

descoberta da molécula

Prospecção de fabricantes da

molécula

Escolha dos excipientes

Definição das especificações

Avaliação de possíveis processos produtivos

Desenvolvimento da

formulação

Desenvolvimento e validação

de metodologia analítica

Produção piloto

Estudos de estabilidade acelerada

Estudos in vivoEstudos de

estabilidade de longa duração

Submissão regulatória

Aprovação ANVISA

Transferência CQ

Análise de rotina

(liberação)

Estabilidade de acompanhame

nto

Page 11: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Responsabilidades do CQ

Page 12: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

12I. Aprovar ou rejeitar as matérias-primas, os materiais de embalagem e os produtos

intermediários, a granel e terminados em relação à sua especificação;

II. Avaliar os registros analíticos dos lotes;

III. Assegurar que sejam realizados todos os ensaios necessários;

IV. Participar da elaboração das instruções para amostragem, as especificações, os métodos de

ensaio e os procedimentos de controle de qualidade;

V. Aprovar e monitorar as análises realizadas, sob contrato;

VI. Verificar a manutenção das instalações e dos equipamentos do controle de qualidade;

VII. Assegurar que sejam feitas as validações necessárias, inclusive a validação dos métodos

analíticos e calibração dos equipamentos de controle; e

VIII. Assegurar que sejam realizados treinamentos iniciais e contínuos do pessoal da área de

Controle de Qualidade, de acordo com as necessidades do setor.

Page 13: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Estabelecimento de especificações

Page 14: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

14Controle de qualidade

Equipamentos laboratório Metodologia analítica aprovada Reagentes Validação de métodos Qualificação de equipamentos; Procedimentos operacionais; Especificações escritas MPs, PAs, MEs; Análise química/física das MPs, PAs, MEs; Boletins de Análise; Aprovação e rejeição; Estudo de Estabilidade.

Page 15: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

15Padrões de referência:

1.4. Deve-se utilizar substâncias de referência oficializadas pela Farmacopéia Brasileira ou,

na ausência destas, por outros códigos autorizados pela legislação vigente. No caso da

inexistência dessas substâncias, será admitido o uso de padrões de trabalho, desde que a

identidade e o teor sejam devidamente comprovados (RDC 899/2003)

• padrão secundário (padrão de trabalho): padrão utilizado na rotina laboratorial, cujo valor

é estabelecido por comparação a um padrão de referência (RDC 17/2010) – NÃO

ACEITOS EM VALIDAÇÃO!!!

• padrão de referência: são exemplares de fármacos, impurezas, produtos de degradação,

reagentes, dentre outros, altamente caracterizados e da mais elevada pureza, cujo valor

é aceito sem referência a outros padrões (RDC 17/2010);

– Farmacopeico: Adquirido de um compêndio oficial reconhecido pela ANVISA (RDC 37/2009);

– Caracterizado (primário): Análises para determinação absoluta da pureza e identidade;

Page 16: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

16

http://www.pharmtech.com/pharmtech/Peer-Reviewed+Research/Reference-Standard-Material-Qualification/ArticleStandard/Article/detail/591372

Page 17: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

17Testes gerais – Fármacos e excipientes

Identificação Características físicas Solubilidade Doseamento ou teor Produtos de

degradação/Impurezas

Pureza quiral Polimorfismo Tamanho de partícula

Resíduo por ignição Perda por secagem Umidade por karl

fischer pH Ponto de fusão Densidade Solventes residuais Testes

microbiológicos Rotação especifica

Page 18: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Identificação, teor e produtos de degradação

TÉCNICAS ANALÍTICAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS

Page 19: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Espectrofotometria

ESPECTROFOTOMETRIA UV

ESPECTROFOTOMETRIA IV

Page 20: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

20A espectrofotometria faz parte da classe dos métodos analíticos que baseiam-se na interação da matéria com a energia radiante

Baixo custo, comparado à outras técnicas

Fácil operaçãoLuz incidente

Luz emergente

Luz absorvida

Page 21: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

21USP <851> SPECTROPHOTOMETRY AND LIGHT-SCATTERING

Espectrofotometria é a medida quantitativa das propriedades reflexivas ou transmissivas de um material em função de um comprimento de onda.

Espectrofotometria de absorção é a medida da interação entre a radição eletromagnética e as moléculas ou atomos de uma substância química Tipos de técnicas analíticas: UV/ visível, IR, e espectroscopia de

absorção atômica

Page 22: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

22 Espectrofotometria de absorção: Técnica que

mede a absorção de uma radiação em função de sua frequencia (ou comprimento de onda), devido às interações com uma amostra. A amostra absorve energia (fótons) do campo radiante.

A intensidade da absorção depende da frequencia (comprimento de onda) sendo que esta variação compõe o espectro de absorção.

Page 23: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

23O Espectro eletromagnético

Page 24: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Page 25: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

25Lei de Beer-Lambert

T: TransmitânciaI: Intensidade da luz incidenteI0: Intensidade da luz transmitidaα: coeficiente de absorçãol: caminho percorrido pela luz (cm)c: concentração da amostra (mol/L)

Page 26: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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A absorbância é muito importante porque ela é diretamente proporcional à concentração, c, de espécies absorventes de luz na amostra

Page 27: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

27Desvios da lei de Beer-Lambert

– Desvios/limitações instrumentais• São dependentes da forma como a medição é feita

– Desvios químicos• Resultado de alterações químicas associadas com a mudança de concentração

Page 28: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Em soluções relativamente concentradas (>0,01 mol L-1 ), a distância média entre moléculas absorventes diminui e interações entre as mesmas começam a afetar a distribuição de cargas. Este tipo de interação pode alterar a habilidade das espécies

absorverem um dado comprimento de onda

Em soluções diluídas de analitos porém com grande concentração de outras espécies, p.ex., eletrólitos Interações eletrostáticas podem alterar a absortividade

molar ε das espécies

Em casos extremos, soluções tão diluídas quanto 10-6 mol L-1 são necessárias para observação da lei de Beer

Em teoria, ε é dependente do índice de refração n. Se a concentração alterar significativamente n ⇒ desvio da lei de Beer

Desvios da lei de Beer-Lambert

Page 29: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

29 Principal causa de desvios químicos ocorre

quando o analito se dissocia, associa ou reage com as moléculas do solvente gerando uma espécie química com espectro de absorção diferente Por ex., indicadores ácido-base (Ka = 1,42 x

10-5)

Desvios da lei de Beer-Lambert

Page 30: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

30Desvios da lei de Beer-LambertA lei só é válida para radiação monocromática, ou seja, para um único comprimento de onda ()

Como minimizar o desvio?

• Escolher a região onde o é constante

Page 31: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

31Espectrofotômetros

Feixe Simples

Feixe Duplo

Page 32: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Partes Essenciais de um Espectrofotômetro

Fontes de radiação; Monocromador; Compartimento de

amostra; Detector.

Page 33: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

33Fontes de Radiação

Page 34: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

34Fontes de Radiação

Condições para uma fonte ser de boa qualidade:

gerar radiação contínua; ter intensidade de potência radiante

suficiente para permitir a sua detecção pelo sistema detector;

ser estável.

Além disso deve ter um tempo de vida longo e preço baixo.

Page 35: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

35Monocromadores Função: seleção do comprimento de onda em que se tem interesse

para a análise.

Constituição: fenda de entrada de um elemento de dispersão de radiação fenda de saída

Tipos: prismático reticuladores

Page 36: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

36Monocromador Prismático

A radiação policromática vinda da fonte de radiação passa pela fenda de entrada e incide sobre a face de um prisma, sofrendo um desvio.

Os vários comprimentos de onda terão diferentes direções após a incidência no prisma. Se for realizado um ajuste rigorosamente controlado da fenda de saída, pode-se selecionar o comprimento de onda desejado.

Page 37: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

37Monocromador Prismático

Page 38: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

38Monocromador Reticular

O principal elemento dispersante é a rede de difração. Essa rede consiste em uma placa transparente ou refletora com muitas ranhuras paralelas e equidistantes.

Dispersão resultante desta rede é linear. Os vários comprimentos de onda dispersos são igualmente espaçados, por isso a fenda de saída isolará uma banda de radiação de largura constante.

A resolução é muito mais elevado que os prismas.

Page 39: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

39Monocromador Reticular

Page 40: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

40Celas de Medida

Page 41: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

41Absorção da radiação eletromagnética

Page 42: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

42Fundamentos da EspectrofotometriaDois requisitos devem ser observados para que uma determinada radiação possa ser absorvida por uma molécula:

• A radiação incidente deve ser de freqüência equivalente aquela rotacional ou vibracional, eletrônica ou nuclear da molécula,

• A molécula deve ter um dipolo permanente ou um dipolo induzido, ou seja, deve haver algum trabalho que a energia absorvida possa fazer.

Page 43: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

43Porque ocorre o fenômeno da absorção? • TRANSIÇÕES ELETRÔNICAS – UV/Vis

– Moléculas que apresentam elétrons que podem ser promovidos a níveis de energia mais elevados mediante a absorção de energia

• ROTACIONAL E VIBRACIONAL – IR ou IV

– Níveis discretos de energia são absorvidos devido à vibrações e rotações das moléculas

Page 44: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Espectrofotometria UV

Page 45: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

45Absorção da energia eletromagnética UV/vis

Page 46: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

46Transições eletrônicas – UV/Vis

Page 47: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Espectro visivel: entre 36 a 72 kcal/mol, UV próximo (a partir de 200 nm): 143 kcal/mol

• Somente as duas primeiras transições descritas acima são possíveis com a energia disponível entre 200 a 800 nm.

• A promoção do elétron é sempre do orbital molecular mais ocupado (HOMO) para o orbital molecular menos ocupado (LUMO) sendo que as espécies resultantes deste processo são ditas em estado excitado.

• Quando moleculas de uma amostra são expostas a luz contendo a energia necessária para uma possível transição eletrônica, parte da luz é absorvida e o elétron é promovido a um orbital de maior energia. O espectrofotometro registra os comprimentos de onda nos quais esta absorção ocorre, bem como o grau de absorção em cada comprimento de onda, formando um gráfico de absorbância (A) x comprimento de onda.

Page 48: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Energy

*s

p

s

*p

nAtomic orbitalAtomic orbital

Molecular orbitals

Occupied levels

Unoccupied levels

Transições eletrônicas – UV/Vis

Page 49: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Energy

*s

p

s

*p

n

s

s

p

n

n

s*

p*

p*

s*

p*

alkanes

carbonyls

unsaturated cmpds.

O, N, S, halogens

carbonyls

Transições eletrônicas – UV/Vis

Page 50: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Espectrofotometria UVPRÁTICA

Page 51: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Cromóforos Representativos

Composto Cromóforo max (nm) Log ε

Octeno-3 C=C 185 , 230 3,9

Acetileno C=C 173 3,8

Acetona C=O 188 , 279 2,9 , 1,2

Acetato de diazoetila N=N 252 , 371 3,9 , 1,1

Butadieno C=C-C=C 217 4,3

Crotonaldeído C=C-C=O 217 , 321 4,2 , 1,3

Dimetilglioxina N=C-C=N 226 4,2

Octatrienol C=C-C=C-C=C 265 4,7

Decatetraenol [-C=C-]4 300 4,8

Vitamina A [-C=C-]5 328 3,7

Benzeno 198 , 255 3,9 , 2,4

1,4-Benzoquinona C C 245 , 285 , 435 5,2 , 2,7 , 1,2

Naftaleno 220 , 275 , 314 5,0 , 3,7 , 2,5

Difenilo 246 4,3

Page 52: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

52Análises Quantitativas

Page 53: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

53Análises Quantitativas

Page 54: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

54Análises Quantitativas

Page 55: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

55Titulações Espectrofotométricas

Page 56: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

56Análise Qualitativa

240 250 260 270 280 290 300

Comprimento de onda (nm)

2,0

2,2

2,

4

2,

6

2,

8

3

,0

3

,2

Log

ε

A ou B

C

DC5H11

C5H11

OH

C5H11

R

OH OH

R

OH

C5H11

OH

OH

OHOH

(A) (B)

(C) (D)

Espectro de absorção do canabidiol comparado com outros fenóis.

Page 57: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Padrão: 50,1 mg * 99,03%/50 mL * 2 mL/100 mL = 0,01984 mg/mL – leitura 0,493

0,01984 mg/mL ---------------- 0,493x ---------------- 0,487 – x= 0,01960 mg/mL

* 50 mL = 0,9802 mg em 5,0 mL = 0,1960 mg/mL

* 50 mL = 9,8 mg/mL na amostra

Page 58: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Padrão: 50,2 mg * 99,70%/100 mL * 5 mL/50 mL * 2 mL/50 mL = 0,0020 mg/mL – leitura 0,499

0,0020 mg/mL ---------------- 0,499x -------------- 0,495 – x= 0,001986 mg/mL

* 100 mL = 0,1986 mg em 5,0 mL = 0,03972 mg/mL

* 100 mL = 3,972 mg em 10,0 mL = 0,3972 mg/mL /0,400 mg/mL = 99,3%

Page 59: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Espectrofotometria IV

Page 60: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Page 61: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

61Espectrofotometria IV Região infravermelha do espectro eletromagnético, que é

caracterizada por possuir um comprimento de onda maior e uma menor frequencia do que a luz visível; Dividida em três regiões:

IV próximo (NIR): 14000 a 4000 cm-1 – vibrações harmonicas;

IV intermediário: 4000 a 400 cm-1 – vibrações rotacionais e vibracionais

IV longe: 400 a 10 cm-1 – vibrações rotacionais

Energia desta parte do espectro (entre 1 a 15 kcal/mol) não é suficiente para induzir excitação dos elétrons, entretanto pode induzir excitação vibracional dos atomos e grupos ligados covalentemente.

Virtualmente todos os compostos orgânicos absorvem radiação infra vermelha

Page 62: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

62Número de modos vibracionais

Uma molécula pode vibrar de várias formas, cada forma é chamada de modo vibracional;

Para moléculas com N átomos, temos:

Moléculas lineares: 3N – 5 graus de modos vibracionais

Moléculas não lineares: 3N – 6 graus de modos vibracionais H2O, molecula não liner teria 3 × 3 – 6 = 3 graus de modos vibracionais

Page 63: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

63Energia rotacional e vibracional – IV

Page 65: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

65Espectrofotometria IV O espectro IV da amostra é registrado passando um raio de

luz IV pela amostra. Quando a frequencia do raio é a mesma da vibração, ocorre a absorção.

Page 66: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

66Espectrofotometria IV - prática

Cada molécula tem um espectro IV único, isso permite que a técnica seja amplamente utilizada para análise qualitativa, principalmente na identificação de moléculas no controle de qualidade

Page 67: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

67

HPLC/CLAEHIGH PERFORMANCE LIQUID CHROMATOGRAPHY

CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA

Page 68: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

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Page 69: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

69Separação

Operação pela qual uma mistura é dividida em pelo menos duas frações com diferentes composições.

É obtida por meios físicos embora reações químicas podem ser envolvidas no processo.

Os métodos físico-quimicos de separação são baseados na utilização de alguma propriedade física das substâncias a serem separadas.

Page 70: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

70

Objetivo: Separação individual dos diversos constituintes de uma mistura de substâncias seja para identificação, quantificação ou obtenção da substância pura; Migração da amostra através de uma fase

estacionária por intermédio de um fluido (fase móvel); Após a introdução da amostra no sistema

cromatográfico, os componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e viajam mais lentamente que a fase móvel devido ao efeito retardante da fase estacionária;

O equilíbrio de distribuição determina a velocidade com a qual cada componente migra através do sistema.

Visão Geral da cromatografia

Page 71: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

71Separação cromatográfica

Page 72: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

72Importância da cromatografia

Velocidade Poder de resolução Manuseio de pequenas quantidades de amostra

(10-9 – 10-15 g) Simplicidade da técnica

Page 73: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

73

A amostra é dissolvida em um solvente e introduzida na coluna cromatográfica preenchida com a fase estacionária (FE)

Um solvente (FM) é bombeado com vazão constante e desloca os componentes da mistura através da coluna. Esses se distribuem entre as duas fases de acordo com suas afinidades

As substâncias com maior afinidade com a FE movem-se mais lentamente. Já as substâncias com pouca afinidade com a FE movem-se mais rapidamente.

Ao sair da coluna, os componentes passam por um detector que emite um sinal elétrico o qual é registrado, constituindo um cromatograma.

Princípio da eluição cromatográfica

Page 74: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

74Princípio da eluição cromatográfica

Page 75: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

75Princípio da eluição cromatográfica

Page 76: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

76Princípio da eluição cromatográfica

Page 77: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

77Princípio da eluição

cromatográfica

Page 78: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

78Princípio da eluição

cromatográfica

Page 79: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

79

Page 80: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

80Componentes de um sistema HPLC

Page 81: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

81

Componentes de um sistema HPLC

Page 82: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

82

Fase móvel;

Bomba da fase móvel;

Injetor;

Coluna e termostato;

Detector;

Software de registro e tratamento de dados

Componentes de um sistema HPLC

Page 83: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

83

O sucesso da separação cromatográfica só é possível se for aplicada uma FM correta a uma FE conveniente.

A escolha da composição da FM leva em conta vários fatores, tais como: Propriedades físico-químicas que afetam a solubilidade,

partição e adsorção e, portanto, a separação Propriedades físicas que afetam a possibilidade de

detecção dos componentes Propriedades físicas que dificultam o manuseio das

bombas, detectores ecoluna Propriedades que afetam a segurança (toxidez e

inflamabilidade) Custo

Fase móvel

Page 84: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

84

Os seguintes parâmetros devem ser considerados para uma escolha adequada da FM: Viscosidade

Compressibilidade

Pressão de vapor

Toxidez

Índice de Refração

Corte de UV (cut off) – espectro de absorção UV-VIS

Miscibilidade de solventes e outras características importantes

Força dos Solventes

Fase móvel

Page 85: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

85

Page 86: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

86

Page 87: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

87

Leva a fase móvel desde o reservatório até a coluna;

Alta reprodutibilidade e exatidão Vazão contínua sem pulso de 0,01ml /min -

10ml /min Vazão constante independentemente da

pressão Alta resistência à corrosão – inércia

química a solventes comuns Opera a altas pressões (6000 psi)

Bomba da fase móvel

Page 88: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

88Bombeamento isocrático

A composição da fase móvel é mantida constante durante toda análise cromatográfica.

Utiliza-se apenas uma bomba.

Page 89: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

89Bombeamento Gradiente

Alguma análises necessitam alteração da composição da fase móvel, sem alteração da vazão total, com a finalidade de diminuir tempo de análise e/ou melhorar a separação dos componentes da amostra;

baixa pressão: utiliza-se uma única bomba e a seleção do solvente a ser utilizado dá-se através de válvula de multiplas vias controladas pelo software do sistema.

alta pressão, cada solvente tem uma bomba específica.

Page 90: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

90

Page 91: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

91

Realizada com auxílio de válvulas especiais que permitem introdução com grande precisão e exatidão de volumes que variam, em geral, de 5 a 20 mcl.

Injetor – sistema de injeção da amostra

Page 92: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

92Coluna cromatográfica Os tubos das colunas são preenchidos com a fase

estacionária conveniente, geralmente sílica ou seus derivados, com granulometria de 3, 5, 7 ou 10 mcm (em alguns casos, até de 1 mcm) de diâmetro médio.

Devido a queda de pressão elevada nos tubos, as colunas são relativamente curtas e de paredes espessas. COMPRIMENTO: 3 – 60 cm

DIÂMETRO INTERNO: 0,2 – 8 mm

Page 93: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

93Mecanismos de separação

Em função da fase estacionária utilizada tem-se os seguintes mecanismos de separação: Adsorção

Partição

Troca iônica

Exclusão

Bioafinidade

Page 94: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

94Mecanismos de separação - Adsorção A fase estacionária é um sólido contendo grupos (sítios

ativos) que podem adsorver certas substâncias. Compostos com diferentes constantes de adsorção são

separados.

Page 95: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

95Mecanismos de separação - Partição A fase estacionária é um líquido depositado ou quimicamente ligado a um

suporte sólido.

As moléculas dos componentes a serem separados se distribuem entre a fase estacionária ligada e a fase móvel líquida de acordo com sua afinidade relativa;

Compostos com diferentes constantes de partição são separados;

A FM carrega as moléculas nela dissolvidas. Para reestabelecer o equilíbrio, moléculas na FE passam para a FM e são arrastadas. Tem-se um equilíbrio dinâmico em cada segmento da coluna. Como a FM está em contínuo movimento, esta acaba retirando todas as moléculas da coluna.

Page 96: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

96Mecanismos de separação – Troca iônica A fase estacionária é uma resina catiônica

ou aniônica.

Page 97: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

97Mecanismos de separação – Por exclusão A fase estacionária é uma resina catiônica ou

aniônica. A separação é efetuada de acordo com o

tamanho das moléculas. A fase estacionária tem poros de tamanho

controlado Moléculas pequenas podem penetrar na

maioria dos poros e apresentam um maior tempo de retenção

Moléculas grandes movem-se rapidamente através da coluna pois não entram nos poros

Page 98: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

98Mecanismos de separação – Bioafinidade Nessa técnica somente componentes que

possuem bioafinidade com a fase estacionária são retidos (exemplo: isomeros)

Page 99: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

99Detectores Os principais detectores utilizados em HPLC são:

Índice de refraçãoEspectrofotometira UV-VisívelFluorescênciaEletroquímicoEspectrometria de massa LC/MS

Page 100: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

100

Detectores – Índice de refração

No momento da passagem do analito pelo detector, pode ocorrer uma alteração do índice de refração. Essa alteração em relação ao valor da fase móvel livre de analito é detectada.

A detecção só é possível quando o índice de refração do analito é diferente do IR da fase móvel.

Esse detector é normalmente utilizado quando os analitos não absorvem na região de comprimento de onda do UV-VIS.

Apresenta as seguintes desvantagens: baixa sensibilidade não permite a utilização em análises por gradiente (pois o

IR varia com a composição da fase móvel) temperatura deve ser constante (pois o IR varia com a

temperatura)

Page 101: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

101

Detectores – UV/visível Baseia-se na absorbância da luz pelo analito ao passar pelo

detector.

É um detector seletivo pois só detecta os compostos que absorvem no comprimento de onda em que o detector for ajustado.

É o detector mais utilizado em HPLC pois grande maioria das substâncias absorvem radiação

UV. Exemplos de substâncias são: olefinas, aromáticos, compostos contendo ligações C=O, C=S, N=O.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:

A fase móvel utilizada não pode absorver no comprimento de onda selecionado

A pureza da fase móvel é extremamente importante (traços de impurezas podem absorver intensamente no comprimento de onda utilizado): UTILIZAR SOLVENTES GRAU HPLC

Page 102: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

102

Detectores – UV/visível

Espectrofotométricos (REDE DE DIODOS – DIODE ARRAY)

Nesse tipo de detector, toda luz passa pela cela. A luz emergente é dispersada em uma grade holográfica e os comprimentos de onda resultantes são focalizados em uma rede de fotodiodos (256 a 1024). Assim, todo o espectro do componente pode ser armazenado. Com o auxílio de um computador, pode-se reproduzir um cromatograma para um determinado comprimento de onda ou produzir uma série de espectros em intervalos de tempo fixos.

VANTAGENS EM RELAÇÃO AO DETECTOR UV-VIS

No detector UV-VIS, seleciona-se o comprimento de onda que pode não ser o mais adequado para todos os componentes da amostra. Isso resulta na perda de sensibilidade de alguns componentes da amostra.

Page 103: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

103

Page 104: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

104Detectores – Eletroquímicos

Baseia-se na possibilidade de muitos compostos serem oxidados ou reduzidos quando se aplica um potencial elétrico.

Em um processo eletroquímico, um par de eletrodos é colocado na cela e um potencial suficientemente elevado é aplicado provocando uma reação de oxidação ou redução gerando uma corrente que é medida em um detector eletroquímico. A corrente gerada é proporcional a concentração do composto.

Page 105: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

105Detectores – ELSD

evaporative light scattering detector Baseado na habilidade das partículas causarem

espalhamento (scattering) de fótons, quando elas atravessam um feixe de luz policromática.

O líquido efluente do HPLC é primeiro nebulizado e a mistura aerosol resultante contendo as partículas dos analitos é dirigida a um feixe de luz. As partículas causam espalhamento da luz. É gerado um sinal, que é proporcional à massa presente, e independe da presença ou ausência de grupos cromóforos, fluoróforos ou eletroativos. Qualquer analito não volátil pode ser detectado. Pode ser usado acoplado a um espectrômetro de

massa, para fornecer uma análise completa da amostra.

Page 106: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

106

Parâmetros cromatográficos

Tempo de retenção Por definição chamamos de TEMPO DE RETENÇÃO, de uma

substância ao tempo decorrido do instante em que a amostra foi introduzida até o instante do máximo do pico;

Na análise cromatográfica, mantido constantes a vazão da fase móvel e a temperatura da coluna, o tempo de retenção é constante.

Page 107: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

107

Pratos Teóricos Número indicativo da performance da coluna. É a medida

da largura do pico em relação ao seu tempo de retenção. É o parâmetro que mais precisamente define a qualidade de um sistema cromatográfico.

Parâmetros cromatográficos

Page 108: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

108

Page 109: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

109

Resolução Fornece uma medida quantitativa da habilidade da coluna

em separar duas substâncias.

Parâmetros cromatográficos

Page 110: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

110

Page 111: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

111

Page 112: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

112

HPLC PRÁTICA

Page 113: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

113

Análise Qualitativa

Análise Qualitativa em Controle de qualidade É normalmente efetuada através da comparação do

tempo de retenção ou retenção relativa dos analitos de interesse com esses parâmetros de padrões. Tais análises são realizadas com metodologias já estabelecidas.

Análise qualitativa em identificações não rotineiras

Neste caso é importante conhecer o máximo da história da amostra e utilizar detectores que auxiliam a identificação da estrutura do composto, como detector de espectrometria de massa.

Page 114: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

114Análise Quantitativa

Normalização de área (% em área)

Ai = área do composto i

ΣAi = somatória das áreas de todos componentes

Considera-se que todos os componente apresentam resposta proporcional a sua concentração e que mesma concentração de diferentes compostos resulte em áreas iguais (o que dificilmente ocorre).

Page 115: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

115Análise Quantitativa

Normalização com área corrigida

Ai = área do composto i

Fi = fator de resposta do componente i

ΣAiFi = somatória das áreas de todos componentes multiplicadas pelos respectivos fatores de resposta

É necessário conhecer todos os componentes da amostra para determinação dos fatores de resposta de cada componente

Page 116: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

116

Testes Gerais

Page 117: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

117

Determinação do ponto de fusão

Page 118: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

118Determinação da densidade

Page 119: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

119Determinação do índice de

refração

Page 120: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

120Determinação da viscosidade

Page 121: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

121Poder rotatório ou rotação

especifica

Page 122: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

122

Perda por dessecação

Page 123: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

123Cinzas sulfatadas

Page 124: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

124Granulometria dos pós

Page 125: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

125

Granulometria dos pós

Page 126: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

126Microbiologia

Page 127: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

127Microbiologia

Page 128: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

128Fármaco –

especificação para testes críticos

• IMPUREZAS/PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO

• CONCEITO CLASSIFICAÇÃO BCS/SCB

• TAMANHO DE PARTÍCULA

• POLIMORFISMO E ISOMERIA

• SOLVENTES RESIDUAIS

Page 129: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

DMF – Drug master file Contém todos os dados do desenvolvimento

e fabricação dos lotes do IFA – “dossie do IFA”

Fórmula estrutural

Características físico químicas

Processo de fabricação e solventes usados

Polimorfos e isômeros

Solubilidade

Estabilidade

Produtos de degradação/impurezas

Métodos analíticos e validações

Materiais de embalagem

129

Page 130: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

Fármaco - Especificações• Especificações farmacopéicas:

1.6. No caso de metodologia analítica descrita em farmacopéias ou formulários oficiais, devidamente reconhecidos pela ANVISA, a metodologia será considerada validada.

RDC 899/2003 – Validação analítica

Entretanto...Art. 18. O item 1.6 da Resolução – RE nº 899, de 29 de maio de 2003, passa a vigorar acrescido dos itens 1.6.1 e 1.6.2:

“1.6.1. A metodologia analítica para a quantificação de produto de degradação, mesmo que descrita em farmacopéias ou formulários oficiais, deverá ser validada.

1.6.2. A metodologia analítica por HPLC para a quantificação de teor, mesmo que descrita em farmacopéias ou formulários oficiais, deverá apresentar pureza cromatográfica.”

CP 11/2012 – Produtos de degradação

130

Page 131: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

131

Impurezas/Produtos de degradação

Page 132: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

132

Impurezas (WHO – 2011): Substâncias químicas não desejáveis presentes no fármaco ou no produto acabado

que não tem valor terapêutico e podem ou não ser potencialmente prejudiciais à saúde;

Impurezas de materiais de partida: Materiais usados na síntese do fármaco e incorporado como um elemento na

estrutura de um intermediário ou do próprio fármaco. Tem estrutura e características químicas bem definidas e conhecidas. Podem ou não ser produtos de degradação do fármaco.

Impurezas Intermediárias ou de síntese: Materiais produzidos durante as etapas de sintese do fármaco e que sofre reações

quimicas adicionais antes de se tornar o próprio fármaco. Podem ou não ser produtos de degradação do fármaco.

Produtos de degradação: Impureza resultante de uma alteração química da substância ativa ocorrida

durante a fabricação e/ou armazenamento pelo efeito de, por exemplo, luz, temperatura, pH, água, reações com o excipiente ou com a embalagem primária

Aplicável ao fármaco

Aplicável ao fármaco

Aplicável a fármaco e medicamento

Page 133: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

133

Estabelecendo limites para impurezas:

1. Quais são as impurezas em potencial?

2. Quais são as impurezas que realmente ocorrem?

3. Quando especificar?

4. Quais os limites?

Page 134: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

134Material de partida

Intermediário

Fármaco

Produto acabado

ReagentesSolventes

Catalisadores

ReagentesSolventes

Catalisadores

Solventes?

Impurezas do material de partida

Derivados

Derivados

Degradação

Interação comexcipientes

Interação comexcipientes

Potenciais Impurezas

1. Resíduo do material de partida

2. Resíduo dos intermediários

3. Impurezas no material de partida

4. Reagentes

5. Solventes

6. Catalisadores

7. Derivados da reação

8. Produtos de degradação

9. Reações fármaco-excipiente

10. Reações formulação-embalagem

Imprescindível: Conhecimento das possíveis reações químicas durante a síntese e dos prováveis produtos de degradação nas mais variadas condições (ácido, base, oxidação)!!!

Page 135: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

135Impurezas - Desenvolvimento

1. Possíveis: Realização de estudos de stress:

Stress ácido Stress básico Stress por calor Stress por umidade Stress por oxidação Fotoestabilidade

2. Relevantes: Estudo de estabilidade acelerada

Estudo de estabilidade longa duração

Page 136: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

136Possíveis – estudo de stress

Garantir degradação de 10-30% do ativo (evitar degradação secundária):

Nem todas as condições vão gerar degradação: pesquisa em literatura – após 7 dias, pode ser considerado estável naquela condição (aumentar concentração, p.ex. para garantir);

Método deve “ver” a degradação (balanço de massas) – indicativo de estabilidade;

PD significativos (20% em área do total degradado) deverão ser identificados e tratados como PD em potencial;

Page 137: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

1372. Relevantes:

Estudo de estabilidade acelerada Estudo de estabilidade longa duração

Confirmam quais são as impurezas que realmente ocorrem no fármaco ou no produto acabado:

Utilizando a formulação definida Fabricado pelo processo produtivo

proposto Embalagem primária definida Condições de armazenamento propostas

Page 138: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

138Impurezas no fármaco

1. Impurezas Orgânicas: Podem ser originárias do processo de fabricação ou do armazenamento do fármaco. Podem ser identificadas ou não, voláteis ou não e incluem as seguintes subclasses:

a. Materiais de partida: materiais usados na síntese do fármaco e incorporado como um elemento na estrutura de um intermediário ou do próprio fármaco. Tem estrutura e características químicas bem definidas e conhecidas;

b. Derivados (by-products):

c. Intermediários: Materiais produzidos durante as etapas de sintese do fármaco e que sofre reações quimicas adicionais antes de se tornar o próprio fármaco;

d. Produtos de degradação: Impureza resultante de uma alteração química da substância ativa ocorrida durante a fabricação e/ou armazenamento pelo efeito de, por exemplo, luz, temperatura, pH, água, reações com o excipiente ou com a embalagem primária

e. Reagentes, ligantes e catalisadores

f. Estereoisomeros: Compostos com mesma estrutura 2D, mas diferentes orientações na estrutura 3D. Existem testes especificos nas monografias quando ocorre este tipo de impureza.

Page 139: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

139Impurezas no fármaco

1. Impurezas Inorgânicas: Podem ser resultantes do processo produtivo. São geralmente conhecidas e compreendem as seguintes subclasses:

a. Reagentes, ligantes e catalisadores

b. Metais pesados ou outros metais residuais

c. Sais inorgânicos

d. Outros materiais (filtros, carvão)

2. Solventes residuais: Líquidos orgânicos usados como veículo durante a síntese do fármaco;

Page 140: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

140

Impurezas/Produtos de degradação – Especificações

As especificações devem incluir:

Impurezas/produtos de degradação:

Especificação para cada impureza/PD identificado;

Especificação para cada impureza/PD não identificado (≤ identification threshold);

Total de impurezas/PD.

Solventes residuais: Para todos os fármacos e controle no produto acabado somente se a dose do mesmo for maior que 10 g por dia ou se os limites no fármaco estiverem acima dos descritos nos guias internacionais

Impurezas inorgânicas: Somente nos fármacos e utiliza-se monografias e especificações de capítulos gerais das farmacopéias.

Page 141: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

141Impurezas no fármaco

Solventes residuais

• Classes I e II: Tabelas do guia ICH Q3C(R4)• Classe III: 5000 ppm ou controlado por perda por

secagem (NMT 0,5%)

Page 142: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

142Impurezas/Produtos de degradação - Especificações

Resultados devem ser apresentados numericamente e não em termos gerais (“cumpre” ou “dentro do limite”);

Qualquer impureza/PD maior que o limite de reporte e para o total de impurezas/PD: Abaixo de 1.0%: duas casas decimais; Acima de 1.0%: uma casa decimal;

Impurezas/PD devem ser designados por códigos ou pelo seu tempo de retenção;

Page 143: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

143

Fluxograma de decisãoFÁRMACO

Page 144: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

144

Page 145: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

145

Impurezas/produtos de degradação - Especificações

• Limites de qualificação maiores ou menores que os anteriormente descritos podem ser adequados em alguns casos, dependendo do racional científico e do nível de preocupação com o produto de degradação:

Aceitação de limites maiores: Produtos de degradação que também são metabólitos;

Necessidade de limites menores: Impurezas genotóxicas ou produtos de degradação que são reconhecidamente associados à reações adversas;

Page 146: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

146

Impurezas no fármaco - Monografias Monitorar as impurezas descritas no DMF, além das

impurezas descritas na monografia USP do fármaco. Porque?

Diferentes fabricantes de fármacos = diferentes rotas de síntese

Monografia é baseada em um fabricante e não nos indica qual rota de síntese utilizada;

Impurezas controladas dão pistas de qual rota de síntese;

Nem sempre as impurezas descritas na monografia são relevantes para o fármaco em questão (se não são produtos de degradação conhecidos);

Monografia não controla todos os produtos de degradação/impurezas para todos as rotas de síntese disponíveis: podem haver impurezas, reagentes e solventes diferentes (WHO, 2011);

Page 147: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

147

Impurezas genotóxicas

Page 148: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

148

Alertas estruturais

Page 149: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

149 Consideradas inseguras em qualquer nível

Não há guia específico na legislação brasileira;

Guias FDA e EMA: divergências entre conceitos

ICH: em processo de harmonização – Término: 2013

Guideline Mais Recente (EMA, Setembro/2010): Especificações (limites) conforme o TTC (Threshold of Toxicological Concern)

Risco aceitável de desenvolvimento de câncer ao longo da vida

Água Potável: 1 em 106

Benzeno (1,5 µg/dia): 1 em 105

Genotóxicos em Medicamentos: 1 em 105

Limites conforme o TTC

1,5 µg/dia a 120 µg/dia

(depende da posologia do medicamento)

Page 150: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

150Exceções ao TTC

Modelo de Análise de Risco (Câncer): inapropriado ou irrelevante

Medicamentos oncológicos

Medicamentos para tratamento emergencial (condições de

risco à vida)

Tratamentos paliativos (expectativa de vida < 5 anos)

Impurezas com exposição significativa a partir de outras

fontes (alimentos, metabólitos, etc)

Impureza e API com a mesma estrutura descrita como

alerta – não é necessário controle como genotoxina

Exceções são tratadas caso-a-caso: Não há recomendações

específicas

Page 151: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

151Outras definições – USP 34

• Impurezas ordinárias: Espécies no fármaco ou produto acabado que não tem atividade biológica não desejável significativa nas quantidades presentes. Podem ser originadas durante a síntese, preparação ou degradação do fármaco ou de outras substâncias;

• Substâncias desconhecidas: Impurezas que são de fonte externa ou desconhecida ao processo de fabricação e que são introduzidas por contaminação ou adulteração. Estas substâncias não podem ser antecipadas e não são cobertas pelas monografias oficiais, constituindo um risco à qualidade da substância.

• Substâncias relacionadas: Substâncias estruturalmente relacionadas ao fármaco. Podem ser:

– Impurezas identificadas ou não identificadas originárias do processo de síntese, como materiais de partida, intermediários ou by-products que não aumentam com o armazenamento ou tempo;

– Produtos de degradação identificados ou não identificados que resultam do processo de síntese do fármaco ou de fabricação do produto acabado ou durante seu armazenamento;

Page 152: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

152

Outras definições – USP 34• Componentes concomitantes: Não são considerados impurezas

para a farmacopéia, desta forma, quando existentes na substância, tem limites individuais . Exemplos: isômeros opticos e geométricos e antibióticos que são misturas. Não podem ter efeito tóxico para serem considerados componentes concomitantes;

• Polimorfos: Formas cristalinas diferenciadas de um mesmo fármaco. Podem incluir produtos de solvatação ou hidratação (pseudopolimorfos) e formas amorfas. Não são impurezas por definição, porém a forma polimórfica é crítica para a caracterização do fármaco;

Page 153: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

153

Solubilidade e oConceito Classificação BCS

Page 154: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

Conceitos – BCS ou SCBSOLUBILIDADE: Solubilidade de um fármaco (BCS): disolução da dosagem

mais alta (em tomada única) de um medicamento em 250 mL de uma solução tampão de pH entre 1,0 e 8,0.

Fármaco altamente solúvel: relação dose/solubilidade é menor ou igual a 250;

PERMEABILIDADE: Um fármaco de alta permeabilidade: biodisponibilidade

absoluta é maior que 90% na ausência de instabilidade no trato gastrintestinal ou quando este parâmetro é determinado experimentalmente.

ANVISA: Recomendações para realização de ensaios de dissolução para formas farmacêuticas sólidas orais de liberação imediata

154

Page 155: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

Classificação BCS e exemplos

155

http://www.contractpharma.com/contents/displayImage/5605/

Page 156: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

Determinando a solubilidade1. Utilizar no mínimo tampões pH pH 1,2; 4,6 e 6,8

a. Utilizar 3 replicatas

b. Deve ter coeficiente de variação ≤ 5% entre as replicatas

2. Shake flask;

3. Avaliação da estabilidade do fármaco na duração do estudo e nos meios testados

4. Método indicativo de estabilidade – farmacopeico ou validado

156

Page 157: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

157

Tamanho de partícula

<429> LIGHT DIFFRACTION MEASUREMENT OF PARTICLE SIZE

Page 158: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

158

Tamanho de partícula, biodisponibilidade e dissolução

Tamanho de partícula importante para fármacos de baixa solubilidade – BCS classe II ou classe IV. Deve ser definido antes do estudo de BE e mantido para o biolote e lotes produtivos.

Page 159: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

Descrição do tamanho de partícula no produto

159

Page 160: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

160

Polimorfismo e isomeria

<941> CHARACTERIZATION OF CRYSTALLINE AND PARTIALLY CRYSTALLINE SOLIDS BY X-RAY POWDER DIFFRACTION (XRPD)

Page 161: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

161Definição de polimorfos

É a habilidade de uma substância existir como duas ou mais fases cristalinas que tem diferentes arranjos ou conformações das moléculas em sua estrutura cristalina. Mesma entidade quimica diferentes formas;

Associados a diferentes propriedades físicas do fármaco

Polimorfismo pode interferir na qualidade, eficácia e segurança do medicamento

Page 162: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

162Tipos de polimorfismo

Formas polimórficas:

Formas cristalinas com diferentes arranjos ou conformações

das moléculas na estrutura cristalina;

Formas amorfas consistindo de arranjos desordenados das

moléculas que não possuem uma estrutura cristalina distinguivel;

Solvatos consistindo de formas contendo quantidades

estequimétricas ou não de solventes incorporados. Podem ser

hidratos (água) ou solvatos (outros solventes)

Page 163: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

163Importância do

polimorfismo Diferentes formas polimórficas tem diferentes propriedades quimicas e físicas:

Ponto de fusão, Reatividade quimica, Solubilidade aparente, Taxa de dissolução, Propriedades opticas e mecânicas, Pressão de vapor, Densidade

Estas propriedades tem um efeito direto na habilidade de processar e/ou fabricar o fármaco ou o produto acabado:

Estabilidade do produto acabado, Dissolução, Bioequivalência

5-Methyl-2-[(2-nitrophenyl)amino]-3-thiophenecarbonitrile has been crystallized in ten polymorphs: The structure of themolecule is shown in the figure. The systemhas been named ROY for its red,orange, andyellowcrystal colors. Thedifferentpolymorphs arenamedas, yellowprisms (Y), red prisms (R), orange needles (ON), orange plates (OP), yellowneedles (YN), orange-red plates (ORP), and red plates (RPL).

Page 164: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

164Caracterização de

polimorfos XRD – caracterização completa e absoluta

Microscopia

Análise térmica Termogravimetria

Análise térmica diferencial (DTA)

Calorimetria diferencial exploratória (DSC)

IV

Raman

NMR no estado sólido

Page 165: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

165Isomeria – Carbono Quiral

Page 166: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

166

Solventes Residuais

<467> Residual Solvents

Page 167: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

167Classificação dos solventes residuais

<467> USP e ICH Q3C(R5)

Classe 1 – Solventes a serem evitados Conhecidamente ou com fortes suspeitas de

carcinogenicidade e danos ambientais;

Classe 2 – Solventes a serem limitados Não genotóxicos, carcinogênicos ou causadores de

toxicidade irreversível, como neurotoxicidade ou teratogenicidade;

Classe 3 – Solventes com baixo potencial tóxico Solventes com baixo potencial toxico aos humanos, no

qual não são necessários limites baseados na segurança à saúde.

Page 168: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

• Solventes residuais:− Rota de síntese do fabricante x especificação descrita

− Método validado ou farmacopeico

− Skip test: Prova de que o processo está sob controle e não gera fármaco com solvente significativo (≥ 10 ppm)

168

Page 169: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

169

ExcipientesSELEÇÃO E APROVAÇÃO

Page 170: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

170Excipientes

Grau?

Farmacêutico, Técnico, Reagente

Especificações?

Farmacopéicas (testes adicionais?)

In-house

Solventes residuais – (ICH Q3C7 ou USP8 <467>)

Origem dos excipientes?

Animal (EET)/vegetal

Processo com reagentes de origem animal?

Óleos de plantas: aflatoxinas

Procedimento de qualificação/requalificação dos fornecedores?

Page 171: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

171Solventes Residuais

• Declaração dos fabricantes sobre os solventes utilizados:− Only Class 3 solvents are likely to be present. Loss on drying is

less than 0.5 percent.

− Only Class 2 solvents X and Y are likely to be present. All are below the Option 1 limit. (Here the excipient manufacturer would name the Class 2 solvents represented by X and Y)

− Only Class 2 solvents X and Y and Class 3 solvents are likely to be present. Residual Class 2 solvents are below the Option 1 limit and residual Class 3 solvents are below 0.5 percent.

− No Class 1, Class 2, Class 3, or other solvents are used.

• Abaixo da opção 1 da USP não é necessário testes no produto acabado desde que se utilizem menos de 10 g do produto por dia

Page 172: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

172

Materiais de embalagem

Page 173: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

173Materiais de embalagem

Page 174: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

174Materiais de embalagem –

FDA Adequabilidade em termos de:

Proteção

Compatibilidade

Segurança

Performance

Dependente da forma farmacêutica e via de administração

Avaliação do risco

Page 175: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

175Recipientes para medicamentos e

correlatos 6.1 - Recipientes de vidro

6.1.1 - Resistência hidrolítica ou alcalinidade

6.1.2 - Arsênio

6.1.3 - Capacidade volumétrica total

6.2 - Recipientes plásticos

6.2.1 - Recipientes e correlatos plásticos

6.2.1.1 - Recipientes de polietileno

6.2.1.2 - Recipientes de polipropileno

6.2.1.3 - Recipientes de poli(tereftalato de etileno) e poli(tereftalato de etileno glicol)

6.2.2 - Tampas de elastômero

6.2.3 - Recipientes de plástico - testes de desempenho

6.2.3.1 - Recipientes de múltiplas unidades para cápsulas e comprimidos

Page 176: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

176

6.2.3.2 - Recipientes de unidade simples e dose unitária para cápsulas e comprimidos

6.2.3.3 - Recipientes de dose múltipla e de dose unitária para líquidos

6.2.3.4 - Teste de transmissão de luz

6.2.4 - Biocompatibilidade

6.2.4.1 – Recipientes plásticos e tampas de elastômeros

6.2.4.2 - Correlatos

6.2.4.3 - Testes in vitro, testes in vivo e designação de classe para plásticos e outros polímeros

6.2.4.4 - Biocompatibildade de correlatos

6.2.4.5 - Guia para a seleção de plástico e outros polímeros

6.2.5 - Testes de reatividade biológica in vitro

6.2.6 - Testes de reatividade biológica in vivo

Recipientes para medicamentos e correlatos

Page 177: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

177Referências USP

<87> Biologic reactivity tests, in vitro

<88> Biologic reactivity tests, in vivo

<381> Elastomeric closures for injections

<660> Containers – glass

<661> Containers – plastic

<670> Auxiliary packaging components

<671> Containers – Performance testing

<1031> Biocompatibility

Page 178: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

178

Qualificação do fornecedor• SKIP LOT E SKIP TEST

• ANÁLISE REDUZIDA DE EXCIPIENTES E INSUMOS ATIVOS

• RDC 17/2010

Page 179: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

179

Page 180: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

180

Produto acabado

• FORMAS FARMACÊUTICAS• TESTES GERAIS DE CONTROLE DE QUALIDADE• TERCEIRIZAÇÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE• ESTABILIDADE• TESTES OBRIGATÓRIOS POR FORMA FARMACÊUTICA

Page 181: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

181Principais formas

farmacêuticas Sólidos: Cápsulas moles Cápsulas duras Comprimidos Supositórios e óvulos Pós para suspensão Pós liófilos para injetáveis

Semi-sólidos: Cremes Pomadas

Page 182: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

182

Líquidos: Soluções Suspensões Emulsões

Sprays Nasais

Inalatórios orais Pó seco pré medido (DPI) Medidos pelo device (MDI)

Principais formas farmacêuticas

Page 183: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

183

Controle de qualidadeRDC 17/2010

Page 184: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

184Testes gerais – Produto acabado

Peso médio Volume Dureza Friabilidade Desintegração Dissolução Uniformidade de

doses unitárias

• Teor• Produtos de degradação

Page 185: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

185

Determinação de peso

Page 186: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

186Determinação de volume

Page 187: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

187Determinação de Dureza

Page 188: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

188Determinação de Friabilidade

Page 189: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

189Determinação de Desintegração

Page 190: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

190

Impurezas/produtos de degradação

Page 191: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

191Impurezas no produto acabado

1. Impurezas do fármaco: não aumentam durante o tempo, não são controladas, exceto se também forem produtos de degradação;

2. Produtos de degradação exclusivamente dos excipientes: verificados em estudos de stress e estabilidade do placebo – não são controlados;

3. Produtos de degradação provenientes de interação com o fármaco – controlados: Interação fármaco-excipiente: Verificado em estudos de

stress e nos estudos de estabilidade Interação fármaco-material de embalagem: Verificado

nos estudos de estabilidade

4. Extraíveis e lixiviáveis: Não cobertos pelo guia ICH, especialmente importantes para soluções – capítulo geral da USP – recente: recall Pfizer

Page 192: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

192Extraíveis e lixiviáveis – referências USP

Page 193: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

193Produtos de degradação no produto acabado

Page 194: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

194

Reporting threshold – limite de reporte:

Limite máximo no qual uma impureza não necessita ser reportada (limite de corte);

Identification threshold – limite de identificação:

Limite máximo no qual uma impureza não necessita ser identificada (estruturalmente);

Qualification threshold – limite de qualificação:

Limite máximo no qual uma impureza não necessita de qualificação;

Qualificação: Processo de aquisição e avaliação de dados que estabeleçam a segurança biológica de uma impureza individual ou de um perfil de impurezas em um nível especificado;

• Teste de AMES, mutações pontuais, aberrações cromossomais

Page 195: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

195

Exemplo

Page 196: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

196

Fluxograma de decisãoPRODUTO ACABADO

Page 197: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

197

Page 198: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

198

Impurezas/produtos de degradação – Especificações – FDA - ANDAs “Se o limite para uma impureza/produto de degradação especificado

não existir na USP, é recomendado que a impureza seja qualificada por comparação às quantidades observadas da impureza no produto de referência”; Localmente para o produto acabado: Formulações diferentes entre medicamento teste

e referência dão origem à produtos de degradação diferentes.

“Uma impureza/PD é considerado qualificado quando cumpre com uma das seguintes condições: O nível observado e o critério de aceitação proposto não excede o nível observado

para o produto de referência

É um metabolito significativo do fármaco;

O nível observado e o critério de aceitação proposto estão adequadamente justificados por literatura;

O nível observado e o critério de aceitação proposto não excedem os níveis que foram avaliados em estudos de toxicidade.”

Page 199: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

199

Método de dissolução

Page 200: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

200O que é o teste de dissolução?

Teste padronizado que mede a porção do fármaco:

1. Liberada da matriz da forma farmacêutica e

2. Dissolvida no meio de dissolução em condições controladas durante um período de tempo definido;

Em termos simples:

3. A forma farmacêutica se desintegra;

4. O fármaco então se dissolve no meio;

Quanto mais lenta a desintegração da forma farmacêutica, mais lenta a dissolução.

Page 201: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

201Importância do teste de

dissolução Prever o desempenho in vivo da formulação;

Garantir a qualidade lote a lote do medicamento;

Orientar o desenvolvimento de novas formulações;

Assegurar a uniformidade da qualidade e do desempenho do

medicamento depois de determinadas alterações;

Reflexo da qualidade da formulação!!!!

Page 202: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

202

Page 203: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

203Componentes de um teste de

dissolução Meio de dissolução;

• Volume de meio de dissolução;

• Deaeração do meio de dissolução; Dissolutor; Equipamento de quantificação (UV, HPLC); Aparatos e acessórios (ex. Sinker);

• Velocidade de agitação do aparato; Filtros; Tipos de dissolução, tempo de duração ou de coleta; Justificativa para o valor de “Q”

Page 204: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

204Meio de dissolução

Testar meios de dissolução na faixa de pH fisiológico:

pH 1,2 a 6,8 (liberação imediata).

pH 1,2 a 7,5 (liberação modificada)

Meio ideal:

Não utilizar surfactantes

• Permitido utilizar para atingir “sink condition (3 x volume mínimo de solvente para completa solubilização da dose)

Não utilizar solventes orgânicos;

Água: problemas de tamponamento e variação de qualidade;

Meios típicos: HCl diluído, tampões na faixa fisiológica, fluido gástrico ou intestinal simulado (com ou sem enzimas), água e surfactantes (ionicos, cationicos e neutros);

Page 205: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

205Equipamento e aparatos

Aparato 1 (cesta) Aparato 2 (pás) Aparato 3 (cilindro

reciprocador) Aparato 4 (célula flow-through) Aparato 5 (pá sobre disco) Aparato 6 (cilindro) Aparato 7 (holder reciprocador)

Escolha depende da forma farmacêutica e da finalidade do teste.

Page 206: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

206Aparato 1 - cesta

Page 207: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

207Aparato 2 - pá

Page 208: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

208Aparato – velocidade de

agitação Para cápsulas ou comprimidos: Aparato 1 (cesta): 100 rpm

Aparato 2 (pás): 50 rpm ou 75 rpm (se formar cone) ou 100 rpm (comprimidos de liberação modificada)

Outras velocidades de agitação podem ser usadas se justificadas (refletem melhor o comportamento “in vivo” ou tornam o método mais discriminativo);

Abaixo de 25 rpm ou acima de 150 rpm: Inapropriados por conta de efeitos hidrodinamicos e de turbulencia

Para suspensões: Aparato 2 (pás): 25 ou 50 rpm

Outras velocidades de agitação podem ser usadas se justificadas;

Page 209: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

209

Formação de cone - exemplo

Durante todo o teste/desenvolvimento do método de dissolução, a observação e o senso crítico do analista são fundamentais. O método deverá ser reprodutível e isso envolve manter o ambiente controlado.

Page 210: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

210Filtros

Filtração é etapa essencial do método de dissolução: Amostras devem ser filtradas imediatamente:

Param o processo de dissolução; Primeira porção do filtrado deve ser descartada

(saturação do filtro) Filtro não pode reter o fármaco Validar usando padrão diluido filtrado e

centrifugado – variação esperada máx. 2,0%

Page 211: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

211

Page 212: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

212

Determinação da uniformidade de dose unitária

Page 213: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

213

Terceirização de controle de qualidadeRDC 25/2007

Page 214: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

214

Art. 46. No caso de contrato de análise, a aprovação final para liberação do produto para comercialização deve

ser realizada pela pessoa designada da Garantia da Qualidade da empresa contratante;

Contratante:

Art. 48. O contratante é responsável por avaliar a competência do contratado em realizar corretamente os

processos ou testes contratados, pela aprovação das atividades do contrato, bem como por assegurar em

contrato que os princípios de BPF descritos nesta resolução sejam seguidos.

Art. 49. O contratante deve fornecer ao contratado todas as informações necessárias para a realização das

operações contratadas de forma correta, de acordo com o registro do produto e quaisquer outras exigências

legais.

Contratada:

Art. 52. É vedado ao contratado terceirizar qualquer parte do trabalho confiado a ele no contrato.

Page 215: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

215

Produto acabado - EstabilidadeRDC 01/2005

Page 216: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

216RDC 01/2005 - Condições

Page 217: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

217

RDC 01/2005 - CondiçõesNúmero de lotes a serem incluídos no estudo

3 lotes para registro

1 ou 3 lotes para qualquer alteração pós registro (de acordo com a RDC 48/2009);

Acompanhamento:

1 lote/ano para fabricação > 15 lotes/ano

1 lote a cada 2 anos para fabricação < 15 lotes/ano

Critério de avaliação do estudo:

Até 6 meses de acelerada ou 12 meses de longa duração variação de teor < 5% em relação ao valor inicial – caso contrário só 12 meses de estabilidade concedida;

Demais testes dentro da especificação (dissolução até S2);

Após 12 meses, resultados dentro da especificação

Concessão do registro:

Com estabilidade acelerada completa (6 meses): Concessão de prazo de validade provisório de 24 meses

Confirmar com o envio do estudo de estabilidade de longa duração

Page 218: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

218

Testes obrigatórios para a forma farmacêutica de acordo com a RE 01/2005

Page 219: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

219Sólidos – testes

obrigatórios Aparência

Teor do princípio ativo e método analítico correspondente

Quantificação de produtos de degradação e método analítico

correspondente

Limites microbianos

Dissolução

Dureza

Page 220: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

220Suspensões – testes

obrigatórios Teor do princípio ativo e método analítico correspondente

Quantificação de produtos de degradação e método analítico

correspondente

Limites microbianos

pH

Sedimentação pós-agitação em suspensões

Perda de peso em suspensões de base aquosa (forma final)

Page 221: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

221Semi-sólidos – testes

obrigatórios Teor do princípio ativo e método analítico correspondente

Quantificação de produtos de degradação e método analítico

correspondente

Limites microbianos

pH (base aquosa)

Separação de fase em emulsões e cremes

Perda de peso em semi-sólidos de base aquosa

Page 222: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

222Líquidos – testes

obrigatórios Teor do princípio ativo e método analítico correspondente

Quantificação de produtos de degradação e método analítico

correspondente

Limites microbianos

pH

Claridade em soluções (limpidez da solução)

Perda de peso em líquidos de base aquosa

Page 223: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

223

Validação de metodologia analítica

Page 224: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

224O que é validação?

• Ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, atividade ou sistema realmente e consistentemente leva aos resultados esperados;

– RDC 17/2010 – Boas Práticas de Fabricação

• Process of defining an analytical requirement, and confirming that the method under consideration has performance capabilities consistent with what the application requires.

– Eurachem: Fitness for purpose of analytical methods

Page 225: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

225Porque validar?

• Demonstrar que o método é apropriado para a finalidade pretendida, ou seja, a determinação qualitativa, semi-quantitativa e/ou quantitativa de fármacos e outras substâncias em produtos farmacêuticos.

– RDC 899/2003 – Validação de métodos analíticos

• A validação é uma parte essencial de Boas Práticas de Fabricação (BPF), sendo um elemento da garantia da qualidade associado a um produto ou processo em particular.

– RDC 17/2010 – Boas Práticas de Fabricação

Page 226: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

226Quando validar?

• Os métodos de controle de qualidade devem ser validados antes de serem adotados na rotina, levando-se em consideração as instalações e os equipamentos disponíveis.– Parágrafo único. Os métodos analíticos compendiais não requerem

validação, entretanto antes de sua implementação, devem existir evidências documentadas de sua adequabilidade nas condições operacionais do laboratório.

– RDC 17/2010 – Boas Práticas de Fabricação

• No caso de metodologia analítica descrita em farmacopéias ou formulários oficiais, devidamente reconhecidos pela ANVISA, a metodologia será considerada validada.

– RDC 899/2003 – Validação analítica

Page 227: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

227

Page 228: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

228Quando revalidar?

• A metodologia analítica deverá ser revalidada nas seguintes circunstâncias: – mudanças na síntese da substância ativa,

– mudanças na composição do produto acabado,

– mudanças no procedimento analítico.

– Outras mudanças podem requerer validação dependendo da sua natureza.

– RDC 899/2003 – Validação de métodos analíticos

• Alterações de formulação (excipiente, sabor, cor), alteração de especificações e métodos, inclusão de novo fabricante do fármaco ou alterações na sua rota de síntese, inclusão de nova concentração ou forma farmacêutica do medicamento,

– RDC 48/2009 – Alterações pós registro

Page 229: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

229Responsáveis pela

validação?

Responsável Técnico

assegurar a realização dos programas de validação

Responsável pelo Controle de Qualidadeassegurar que sejam feitas as validações necessárias, inclusive a validação

dos métodos analíticos e calibração dos equipamentos de controle

Responsável pela Garantia da Qualidade assegurar o correto cumprimento das atividades de validação

RDC 17/2010 – Boas Práticas de Fabricação

Page 230: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

230

Como validar?

Qualificação

•Conjunto de ações realizadas para atestar e documentar que quaisquer instalações, sistemas e equipamentos estão propriamente instalados e/ou funcionam corretamente e levam aos resultados esperados. A qualificação é freqüentemente uma parte da validação, mas as etapas individuais de qualificação não constituem, sozinhas, uma validação de processo;

Plano

mestre de

validação

•Estabelece as estratégias e diretrizes de validação adotadas pelo fabricante. Ele provê informação sobre o programa de trabalho de validação, define detalhes, responsabilidades e cronograma para o trabalho a ser realizado;

Protocolo de validação

•Descreve as atividades a serem realizadas na validação de um projeto específico, incluindo o cronograma, responsabilidades e os critérios de aceitação para a aprovação de um processo produtivo, procedimento de limpeza, método analítico, sistema computadorizado ou parte destes para uso na rotina

Validação

•Deve garantir, por meio de estudos experimentais, que o método atenda às exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados. Para tanto, deve apresentar especificidade, linearidade, intervalo, precisão, sensibilidade, limite de quantificação, exatidão, adequados à análise.

Relatório de

validação

•Documento no qual os registros, resultados e avaliação de um programa de validação são consolidados e sumarizados. Pode também conter propostas de melhorias;

Page 231: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

231Requisitos prévios para validação

Qualificação e calibração de equipamentos:

1.9. Para a garantia da qualidade analítica dos resultados, todos os equipamentos utilizados na validação devem estar devidamente calibrados e os analistas devem ser qualificados e adequadamente treinados (RDC 899/2003);• qualificação: conjunto de ações realizadas para atestar e

documentar que quaisquer instalações, sistemas e equipamentos estão propriamente instalados e/ou funcionam corretamente e levam aos resultados esperados (RDC 17/2010);

• calibração: conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões (RDC 17/2010);

Page 232: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

232Requisitos prévios para validação

Treinamento dos analistas:

1.9. Para a garantia da qualidade analítica dos resultados, todos os equipamentos utilizados na validação devem estar devidamente calibrados e os analistas devem ser qualificados e adequadamente treinados (RDC 899/2003);

Page 233: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

233Plano mestre de validação

• Deve conter os elementos chave do programa de validação. Deve ser conciso e claro, bem como conter, no mínimo:I. uma política de validação;

II. estrutura organizacional das atividades de validação;

III. sumário/relação das instalações, sistemas, equipamentos e processos que se encontram validados e dos que ainda deverão ser validados (situação atual e programação);

IV. modelos de documentos (ex: modelo de protocolo e de relatório) ou referência a eles;

V. planejamento e cronograma;

VI. controle de mudanças; e

VII. referências a outros documentos existentes.

– RDC 17/2010 – Boas práticas de fabricação

Page 234: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

234Protocolo de validação

• Devem incluir, no mínimo, as seguintes informações:

I. objetivos do estudo;

II. local/planta onde será conduzido o estudo;

III. responsabilidades;

IV. descrição dos procedimentos a serem seguidos;

V. equipamentos a serem usados, padrões e critérios para produtos e processos relevantes;

VI. tipo de validação;

VII. processos e/ou parâmetros;

VIII. amostragem, testes e requisitos de monitoramento; e

IX. critérios de aceitação.

– RDC 17/2010 – Boas práticas de fabricação

Page 235: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

235Processos/Parâmetros da

validação• No caso de metodologia analítica não descrita em farmacopéias ou formulários oficiais, devidamente reconhecidos pela ANVISA, a metodologia será considerada validada, desde que sejam avaliados os parâmetros relacionados a seguir, – Especificidade e Seletividade

– Linearidade

– Intervalo

– Precisão

– Limite de detecção (sensibilidade)

– Limite de quantificação

– Exatidão

– Robustez

– RDC 899/2003 – Validação de métodos analíticos

Page 236: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

236

Categoria Finalidade

I Testes quantitativos para a determinação do princípio ativo em produtos farmacêuticos ou matérias–primas

IITestes quantitativos ou ensaio limite para a determinação de impurezas e produtos de degradação em produtos farmacêuticos e matérias-primas

III Testes de performance (por exemplo: dissolução, liberação do ativo, etc)

IV Testes de identificação

Categorias de testes

Page 237: Controle de qualidade de matérias primas – insumos

237

Ensaios necessários por categoria

Parâmetro Categoria I

Categoria IICategori

a IIICategori

a IVQuantitativo

Ensaio Limite

Especificidade Sim Sim Sim * Sim

Linearidade Sim Sim Não * Não

Intervalo Sim Sim * * Não

Precisão

Repe Sim Sim Não Sim Não

Repro ** ** Não ** Não

Limite de detecção Não Não Sim * Não

Limite de quantificação Não Sim Não * Não

Exatidão Sim Sim * * Não

Robustez Sim Sim Sim Não Não

* pode ser necessário, dependendo da natureza do teste específico. ** se houver comprovação da reprodutibilidade não é necessária a comprovação da Precisão Intermediária.