o&a i - aula 5 - o modelo japonês de administração - toyotismo(1)
TRANSCRIPT
1
O Modelo Japonês de Administração -Toyotismo
Organização e Administração IProf. M.Sc. Wellington Tavares
2
Introdução
� Reconhecimento da necessidade de o trabalhador operar simultaneamente várias máquinas a partir da introdução da experiência do ramo têxtil na indústria automobilística japonesa.
� A necessidade de a empresa responder à crise financeira, aumentando a produção sem aumentar o número de trabalhadores.
� A importação das técnicas de gestão dos supermercados dos EUA, que deram origem ao kanban. Segundo os termos atribuídos a Toyoda, presidente fundador da Toyota, "o ideal seria produzir somente o necessário e fazê-lo no melhor tempo", baseando-se no modelo dos supermercados, de reposição dos produtos somente depois da sua venda.
3
Introdução
� Um contraste entre as Ideias Ocidentais e Orientais:
IDEIAS OCIDENTAIS- Linha de montagem móvel, com
trabalhadores especializados;- Verticalização, controle de todas as
fontes de suprimentos, administração de estoques, mentalidade just in case (por via das dúvidas);
- Tamanho é documento;- Máquinas e equipamentos
dedicados;- Estruturas Organizacionais
divisionalizadas e hierárquicas;- Controle da qualidade;- Alto luxo e alto preço;- Ford, GM, GE
IDEIAS ORIENTAIS- Grupos de trabalho autogeridos;- Parcerias com fornecedores
dedicados, produção enxuta, mentalidade just in time (somentequando necessário);
- Guerra ao desperdício;- Produção Flexível;- Administração enxuta, empresa
enxuta;- Círculos da qualidade,
aprimoramento contínuo;- Alta qualidade e baixo preço;- Toyota, Mitsubishi, Nissan
4
Introdução
� O cronômetro e a produção em série e de massa são “substituídos” pela flexibilização da produção, por novos padrões de busca de produtividade, por novas formas de adequação da produção à lógica do mercado.
� Ensaiam-se modalidades de desconcentração industrial, divergente da ideia de verticalização da produção.
� Buscam-se novos padrões de gestão da força de trabalho (CCQ – Círculo de Controle de Qualidade, Gestão Participativa, Qualidade Total, entre outros).
5
Origens
� Nos anos 1950 o engenheiro japonês Eiji Toyodapassou alguns meses em Detroit conhecendo a indústria automobilística americana, sistema dirigido pela linha fordista de produção, onde o fluxo normal era produzir primeiro e vender depois quando já dispunham de grandes estoques.
� O sistema de produção japonês tal como é estruturado atualmente surgiu nos vinte e cinco anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, na Toyota Motor Co. Seu maior idealizador foi o engenheiro Taiichi Ohno. Daí decorre as duas outras denominações do método: Sistema Toyota de Produção ou Ohnoismo.
� A escola americana da qualidade, da qual Deming foi uma das figuras marcantes, criou raízes fortes no Japão e influenciou profundamente a filosofia de administração desse país.
6
Origens
� Ohno ficou impressionado com as gigantescas fábricas, a quantidade de estoques, o tamanho dos espaços disponíveis nas fábricas e o alto número de funcionários. Para ele, naqueles moldes, seu país, arrasado por um período pós-guerra, não teria condições de desenvolver uma forma semelhante de produção, propondo uma nova forma de organização produtiva.
� Introduziram técnicas onde fosse possível alterar as máquinas rapidamente durante a produção, para ampliar a oferta e a variedade de produtos, pois para eles era onde se concentrava a maior fonte de lucro.
� Obtiveram excelentes resultados com essa ideia e ela passou a ser a essência do modelo japonês de produção.
7
Conceitos Básicos do Toyotismo
� Parte do princípio: qualquer elemento que não agregue valor ao produto, deve ser eliminado.
� Neste caso, considera-se como desperdícios: tempo que se perde para consertos ou refugo; produção maior do que o necessário; operações desnecessárias no processo de manufatura; transporte; estoque; movimento humano e espera.
� A partir do princípio acima citado, planejou-se um modelo de produção composto por: automatização, just in time, trabalho em equipe, flexibilização da mão-de-obra, gestão participativa, controle de qualidade e subcontratação/terceirização.
8
Conceitos Básicos do Toyotismo
� Just in time – sincronização do fluxo de produção, dos fornecedores aos clientes;
� Kanban – sistema de informação visual, que aciona e controla a produção;
� Kaizen – busca do melhoramento contínuo em todos os aspectos, portanto se refletindo na produtividade e na qualidade, sendo os círculos de controle da qualidade apenas um dos seus aspectos.
Conteúdo Complementar:Assista o vídeo: O Sistema Just in TimeLink: http://www.youtube.com/watch?v=GXxkX4eCZgE
9
Características do Toyotismo
� O trabalho passa a ser realizado em equipe. Uma equipe de trabalhadores opera frente a um sistema de máquinas automatizadas.
� O melhor aproveitamento possível do tempo de produção (incluindo-se também o transporte, o controle de qualidade e o estoque) é garantido pelo just in time.
� Ocorre também a flexibilização da organização do trabalho. Deve haver agilidade na adaptação do maquinário e dos instrumentos para que novos produtos sejam elaborados;
� No Toyotismo tem-se uma horizontalização da produção, reduzindo o âmbito de produção das empresas e estendendo-se às subcontratadas, às “terceiras”.
10
Características do Toyotismo
� Eliminação de desperdício:- Racionalização da força de trabalho –
agrupamento dos trabalhadores emequipes; líderes ao invés de supervisores; líderes também operam; grupos recebemconjunto de tarefas a executar.
- Just in Time – “bem na hora”, no “momento certo”; visa reduzir o tempo de fabricação e o volume de estoques; funciona como em um supermercado.
- Produção Flexível – produção em lotesde acordo com as encomendas; mudançasnas máquinas da linha de produção
11
Características do Toyotismo
� Alcance de Qualidade -métodos:
- Diagrama de Pareto –seleção de prioridades quandose tem muitos problemas; muitos prejuízos são causadospor um número relativamentepequeno de defeito’; curvaABC.
- Diagrama de Ishikawa – é um gráfico, conhecimento tambémcomo espinha de peixe; organiza o raciocínio e a discussão sobre as causas de um dado problema.
12
Características do Toyotismo
� Produção conduzida pela demanda e pelo consumo: o consumo determina a produção;
� Produção variada pronta para suprir o consumo;
� Produção flexível: "polivalência" do trabalhador = trabalho com várias máquinas;
� Trabalho em equipe: rompe-se com o trabalho parcelado do Fordismo;
� Horizontalização: contra a verticalização fordista;
� Intensificação do trabalho;� Flexibilização dos trabalhadores: horas
extras, trabalho temporário e subcontratação.
13
Vantagens do Toyotismo
� O avanço do Toyotismo permitiu um resgate do foco da comunidade empresarial à área de produção, que até então era vista pelos outros setores na organização como um mistério insondável e desinteressante, barulhento, muitas vezes sujo, onde trabalhavam pessoas inexpressivas.
� A partir daí, a gestão da produção passou a ser novamente incluída na discussão das estratégias do negócio.
� Buscou-se, então, adaptar o sistema de produção japonês a outros ambientes, desprendendo-o de sua origem na manufatura, buscando implementá-lo amplamente em qualquer tipo de indústria e em outros setores.
14
Consequências – contextualização atual
� Alteração nas relações: empresa x empresa; empresa x clientes; empresa x funcionários.
� Mercados cada vez mais competitivos e com produtos variados.
Veja mais em:http://www.fiat.com.br/http://www.brastemp.com.br/
� Alta terceirização nos mais diversossetores.
� Modelo Brasileiro – Consórcio Modular.
Veja mais em:http://www.vwcaminhoeseonibus.com.br/pt/company_factory_brasil_modular-consortium.aspx
Referência Bibliográfica
� CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração . 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. 634 p.
� MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração : da revolução urbana à revolução digital. 4. ed. rev. São Paulo: Atlas, 2004. 521 p.
� SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da administração . 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 523 p.
15