o projovem urbano e a polÍtica nacional de juventude

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O PROJOVEM URBANO O PROJOVEM URBANO E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE Regina Novaes Regina Novaes

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Page 1: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

O PROJOVEM URBANOO PROJOVEM URBANO

E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDEE A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Regina NovaesRegina Novaes

Page 2: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Sumário

Juventude e Sociedade: jogos de espelhos

As PPJs e os temas mobilizadores da juventude de hoje

As unidades Formativas do Projovem urbano e a perspectiva geracional

Page 3: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Juventude e Sociedade: jogo de espelhos

Em cada tempo e lugar são muitas as juventudes

É necessário compreender as sociedades em que vivem as diferentes gerações (espelho retrovisor).

É necessário compreender as marcas geracionais comuns que caracterizam um determinado tempo histórico (espelho agigantador)

Page 4: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Desigualdades e discriminações se combinam Desigualdades e discriminações se combinam produzindo diferentes graus de vulnerabilidade. produzindo diferentes graus de vulnerabilidade.

Fatores geradores de desigualdades sociais:

• Origem social e níveis de renda familiar;• Disparidades econômicas entre regiões de um mesmo país, entre campo e cidade.

Juventude espelho retrovisor

Fatores geradores de preconceitos e discriminações:Recortes étnicos, raciais e de gêneroDeficiências físicas e mentais Diversidade de orientação sexualPertencimento religiosoPertencimentos associativos e políticos Pertencimentos a galeras, gangues, torcidas organizadas.

Page 5: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Espelho agigantador

O que significa ser jovem em um tempo de:

trabalho restritivo e mutante; multiplicação de violências (físicas e simbólicas);

evidentes de riscos ecológicos; rápidas mudanças tecnológicas

Diferentes caminhos de transição para a vida adulta:

múltiplas trajetórias juvenis

Page 6: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Processos de transição para a vida adulta

Padrões consolidados após a segunda guerra:

Seqüência linear e previsível de acontecimentos no curso da vida:

Saída da escola, ingresso no mercado de trabalho, saída da casa dos pais, formação de um novo domicílio pelo casamento e nascimento do primeiro filho.

Novos padrões:

Novas relações entre escolaridade e inserção no mundo do trabalho;

Dissociação entre sexualidade e casamento;Novos arranjos familiares;Novas maneiras de “estar no mundo” (tecnologias

de informação e comunicação)

Page 7: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Situações intermediárias, reversíveis e coincidentes:

Solteiro ou casado?

Trabalhador ou estudante?

Trabalhador ou desempregado?

Incluído ou excluído?

Longe ou perto da morte?

Isolado ou conectado?

Page 8: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Nichos e temas atuais indutores da participação juvenilNichos e temas atuais indutores da participação juvenilDemandas comuns? >>>>>>>>>>> Políticas Públicas de Juventude

Educação e Trabalho: muita urgência de uma nova articulação nos moldes do Século XXI com inclusão digital (NTICs e software livre)

Arte e Cultura: expressão de identidades, fruição e inserção produtiva; Qualidade de vida juvenil: sustentabilidade sócio- ambiental; saúde, esporte, lazer.

Direitos humanos e valorização da diversidade: contra a violência, por vida segura , pela paz.

Page 9: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Cenário atual: Reconhecimento das múltiplas formas de participação juvenil: partidos, movimento Cenário atual: Reconhecimento das múltiplas formas de participação juvenil: partidos, movimento estudantil, sindicatos, associações, grupos culturais, grupos estudantil, sindicatos, associações, grupos culturais, grupos religiososreligiosos grupos e redes ambientalistas, jovens de Projetos; grupos e redes ambientalistas, jovens de Projetos; Grupos e redes de gênero; orientação sexual; raça/etnia; Grupos e redes de gênero; orientação sexual; raça/etnia; jovens com deficiência. jovens com deficiência.

Page 10: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Políticas Públicas de Juventude ?

POLÍTICAS PARA A JUVENTUDE

POLÍTICAS COM A JUVENTUDE

POLÍTICAS DE JUVENTUDE

Page 11: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

ProJovem urbano

Contribui para consolidaçãode Políticas Públicas de

Juventude

Programa experimental e emergencial

Pode produzir efeitos dinamizadores

em Políticas Estruturais

Page 12: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

PROJOVEM URBANOUnidades Formativas e temas integradores

Juventude e Cultura

Juventude e Cidade

Juventude e Trabalho

Juventude e Comunicação

Juventude e Tecnologia

Juventude e Cidadania

Page 13: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Culturas Juvenis?

A Cultura é o lócus de constante invenção e reinvenção de formas e canais de comunicação entre diferentes gerações e instituições sociais.

As conquistas tecnológicas modificam a comunicação, a socialização, a “visão do tamanho do mundo” entre gerações.

Hoje aceleram-se os processos de contato e se ampliam as possibilidades de hibridismo cultural. Diversidades e identidades se manifestam em um mesmo país, entre países, regiões e continentes.

A propagação veloz de símbolos e valores pelo mundo afora permite que jovens - de diferentes condições sociais e de diferentes locais do mundo - de alguma forma partilhem um mesmo universo de referência.

Page 14: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

A “cultura” —fruição, criação e produção, dimensão econômica — é um elemento estruturante da vivência juvenil, mas tem sido pouco incorporada às preocupações dos gestores públicos (Conjuve, 2006).

Page 15: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Juventude e Cultura

Apenas 10,1% dos jovens costumam ir ao cinema (Unesco, 2004)Cerca da metade dos jovens quase nunca vai ao cinema ou biblioteca. (Unesco, 2004)85,8% dos jovens se informam através da televisão (Ibase/Polis, 2005)78% dos jovens nunca participaram da produção de informações em meios de comunicação (jornais de escola, fanzines, TVs, rádios comunitárias, produção de vídeo, etc) (IBASE/POLIS, 2005)

Page 16: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Nos bairros, favelas, comunidades, os grupos culturais que funcionam como articuladores de identidades e se tornam referências na elaboração de projetos individuais e coletivos

E o que são os “grupos culturais”? São grupos que, por meio de ritmos, gestos, rituais e palavras, instituem sentidos, negociam significados, buscam visibilidade pública, disputam adesões de jovens.

A literatura tem registrado grupos de jovens voltados para esportes, para rádios comunitárias, para o teatro, a dança e variados estilos musicais (rock, punk, heavy metal, reggae, hip hop, funk, entre outros).

Estes grupos inventam e reinventam estilos que se tornam formas de expressão e comunicação entre significativos contingentes juvenis.

Page 17: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Nas escolas

“Faz-se, muitas vezes, política pobre, para pobres: há quadras, mas não há bolas; as aulas de dança são ofertadas por voluntários, em chão esburacado; tem televisão, mas não tem vídeo nem DVD; não tem computador. Além disso, o uso das escolas nos finais de semana acaba explicitando uma dicotomia entre a escola aberta à comunidade e às suas manifestações culturais, nos fins de semana, e uma escola fechada (por portões e grades), durante a semana. Essas realidades precisam dialogar entre si. A escola e seu currículo erudito pode e deve abrir espaço para as manifestações populares e dos jovens. Isso pode ampliar as possibilidades de aprendizagem e de incentivo a novas produções culturais”. (Conjuve 2006).

Page 18: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Nas cidades

Ainda são poucas as ofertas de cultura e lazer (cinema, teatro, música, cinema, dança, artes

plásticas, novas mídias, etc.) e boa parte delas se localiza nas regiões centrais de grandes cidades, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Não é por acaso que a demanda por equipamentos culturais

é uma das prioridades de grupos e movimentos juvenis

(Conjuve, 2006).

Page 19: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

No ProJovemJuventude e Cultura

Ser jovem hoje

A Cultura da Comunidade (saberes,fazeres,crenças e

expressões artísticas)

Sofrer preconceitos e discriminação?

Minha turma tem qualidade de vida?

Como são as relações entre hábitos culturais e o cuidado com a natureza no local onde vivo?

Page 20: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Juventude e Cidade

A cartografia urbana revela históricos processos de exclusão.

Territórios conjugam fragilidades econômicas, falta de infra estrutura e a violência do tráfico e da polícia.

Jovens moradores de áreas pobres e violentas sofrem “discriminação por endereço”

Page 21: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

PPI

Juventude e CidadeViver na cidade

Meu bairro, meu território.

A Violência urbana invade o dia a dia dos jovens?

Educação, trabalho e lazer ao alcance de todos?

Saneamento básico é importante.

Page 22: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Juventude e trabalho

No Brasil o trabalho também faz a juventude (Marilia Spósito).

Polêmica: qual o lugar que o trabalho deve ocupar na vida dos jovens?Políticas públicas, com enfrentar o desemprego juvenil? Duas posições:

A) Postergar ( com estímulos para permanência na escola, visando melhores condições de entrada no mercado de trabalho);

B) Considerar diferentes trajetórias e favorecer a inserção (via cursos de curta duração, subsídios às empresas, parcerias com

organizações sociais que formam e se encarregam da inserção de jovens)

Page 23: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

PPI Juventude e Trabalho

Ser jovem:aprendendo e trabalhando

Ser jovem é ser consumidor?

A violência e minha situação de trabalho.

Direitos de trabalhador: quem tem?

Como o trabalho que faço e/ou quero fazer afeta o meio ambiente?

Page 24: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

Trabalho: ampliar o campo de possibilidades a partir de diferentes trajetórias

De cada 10 jovens brasileiros de 15 a 24 anos, sete estão ligados de alguma forma ao mercado de trabalho.(almanaque da Juventude 2007).Pesquisa Perfil da Juventude Brasileira (IBASE/Polis), indagados sobre os principais conceitos associados ao trabalho, os jovens indicaram: necessidade (64%); independência (55%);

crescimento (47%); auto realização 29% (respostas múltiplas)

Page 25: O PROJOVEM URBANO  E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE

PPI: perspectiva geracional (escutas e aprendizados mútuos)

Diálogo intergeracional• Investir na formação de adultos que

trabalham com jovens (no presente e futuramente).

Diálogo intrageracional* Os jovens do ProJovem devem ter oportunidades

de se aproximar dos espaços e organizações juvenis por meio da participação cidadã.