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GÊNEROS TEXTUAIS: uma proposta para o ensino de língua inglesa no Projovem Urbano SILVA, Maria do Socorro 1 BARBIERI, Sueli Caraçço 2 RESUMO O presente artigo é resultado de um estudo de análise de natureza qualitativo-exploratória, relacionado ao desenvolvimento da prática do ensino de língua inglesa, bem como discute os objetivos de ensino na educação básica através de Gêneros Textuais, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a Lei de Diretrizes e Base (LDB), entre outros referenciais teóricos. O trabalho se deu em turmas do ensino fundamental de jovens e adultos, em escola pública municipal de Campina Grande, PB. Devido à necessidade de mudança no ensino da língua inglesa, considerando o desempenho e dificuldade do aluno em relação ao estudo de língua estrangeira, percebe-se que o trabalho com textos que fazem parte do cotidiano do aprendiz mostrou-se bastante relevante, porque ajuda a promover a participação do aluno nas atividades que envolvam a leitura e a escrita na língua estrangeira. Dessa forma, pode-se observar o seu progresso/fracasso ao mesmo tempo em que lhe possibilita fazer suas próprias interpretações e desenvolver sua autonomia na aprendizagem de língua inglesa. Por fim, mostra-se que o resultado do trabalho com gêneros textuais mostrou-se relevante apesar da dificuldade de assimilação por parte do público alvo do Projovem Urbano. 1 Professora graduada em Letras-Habilitação-Língua Inglesa-UEPB e cursando especialização em Metodologia no ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira- UNINTER-Polo de Campina Grande-PB, 2015. 22 Graduada em Letras Português-Inglês (Faculdades Integradas de Santo Ângelo - FISA-RS) e Pedagogia pela UNICESUMAR (Universidade de Maringá, PR). Especialista no Ensino de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (CEFET-PR), alfabetizadora do Núcleo Regional de Educação do município de Curitiba, orientadora de estudos do Programa PNAIC do Governo Federal, orientadora de TCC do Grupo UNINTER. Programa de inclusão social dentro da modalidade do Ensino de Jovens e Adultos com faixa etária de 18 a 29 anos.

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GÊNEROS TEXTUAIS: uma proposta para o ensino de língua inglesa no Projovem Urbano

SILVA, Maria do Socorro1

BARBIERI, Sueli Caraçço2

RESUMO

O presente artigo é resultado de um estudo de análise de natureza qualitativo-exploratória, relacionado ao desenvolvimento da prática do ensino de língua inglesa, bem como discute os objetivos de ensino na educação básica através de Gêneros Textuais, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a Lei de Diretrizes e Base (LDB), entre outros referenciais teóricos. O trabalho se deu em turmas do ensino fundamental de jovens e adultos, em escola pública municipal de Campina Grande, PB. Devido à necessidade de mudança no ensino da língua inglesa, considerando o desempenho e dificuldade do aluno em relação ao estudo de língua estrangeira, percebe-se que o trabalho com textos que fazem parte do cotidiano do aprendiz mostrou-se bastante relevante, porque ajuda a promover a participação do aluno nas atividades que envolvam a leitura e a escrita na língua estrangeira. Dessa forma, pode-se observar o seu progresso/fracasso ao mesmo tempo em que lhe possibilita fazer suas próprias interpretações e desenvolver sua autonomia na aprendizagem de língua inglesa. Por fim, mostra-se que o resultado do trabalho com gêneros textuais mostrou-se relevante apesar da dificuldade de assimilação por parte do público alvo do Projovem Urbano.

Palavras- chave: Gêneros Textuais. Prática de Ensino de Língua Inglesa. Educação Básica.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo contém informações relacionadas ao desenvolvimento da

aprendizagem de língua estrangeira através de gêneros textuais. As informações

relatam a experiência com a prática de ensino em sala de aula por uma professora

de Língua Inglesa em instituição pública municipal, com uma turma do Projovem

Urbano.

1 Professora graduada em Letras-Habilitação-Língua Inglesa-UEPB e cursando especialização em Metodologia no ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira-UNINTER-Polo de Campina Grande-PB, 2015. 22 Graduada em Letras Português-Inglês (Faculdades Integradas de Santo Ângelo - FISA-RS) e Pedagogia pela UNICESUMAR (Universidade de Maringá, PR). Especialista no Ensino de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (CEFET-PR), alfabetizadora do Núcleo Regional de Educação do município de Curitiba, orientadora de estudos do Programa PNAIC do Governo Federal, orientadora de TCC do Grupo UNINTER. Programa de inclusão social dentro da modalidade do Ensino de Jovens e Adultos com faixa etária de 18 a 29 anos.

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Visando a necessidade de mudança no ensino de Língua Estrangeira (LE),

durante os segundo e terceiro ciclos, foram realizadas várias leituras teóricas do

processo de ensino e aprendizagem de Língua Inglesa (LI). ANTUNES (2007),

BERGMANN; LISBOA (2008), BOTH (2012), BRASIL (2011), BROWN (1994),

CORDEIRO (2009), COSTA (2010), DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY (2004),

DIAS; GOMES (2008), LAKOMY (2008), LIMA (2011), FERRO; BERGMANN (2008),

LOPES; ROSSI (2011), GUINSKI (2012), PCNs, PNLD (2000),  FERNANDES;

PAULA (2012), MELO (2012), PAULA; SILVA (2012), Ur (1996) entre outros.

Em referência ao trabalho com gêneros textuais no ensino da língua inglesa,

discutimos Marcuschi (2008), que menciona:

[...] Hoje o estudo dos gêneros textuais está na moda... E muitos estudiosos de áreas diferentes estão se interessando cada vez mais por ele, tais como: teóricos da literatura, retóricos sociólogos, cientistas da cognição, tradutores, linguistas da computação, analistas do discurso, especialistas no Ensino de Inglês para Fins Específicos e professores de língua. [...] (op. cit. p. 147)

Levando em consideração a necessidade de leitura e escrita, o

desenvolvimento de aulas dinâmicas e interativas, mostrou-se eficaz e bastante

produtivo o ensino da língua inglesa a partir dos gêneros textuais. Trabalhar histórias

atualizadas como diálogos e os gêneros que são utilizados no dia a dia dos alunos é

interessante, pois suscita o interesse deles na participação das aulas,

desmistificando o preconceito que aprender uma língua estrangeira está restrito às

classes sociais mais altas ou para pessoas que viajam para fora do país.

Com a globalização o mercado de trabalho fica cada vez mais competitivo,

portanto, saber ler e escrever na língua inglesa é muito importante e possibilita aos

indivíduos encontrar uma colocação melhor no campo profissional e social. Uma vez

que cabe ao professor a responsabilidade de viabilizar aos alunos oportunidades de

crescimento intelectual, a formação desses profissionais tornou-se relevante. Nesta

perspectiva, tomou-se como base a leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais

do Ensino Médio (PCNEM, 1988), Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, que

orientam os docentes em formação direcionando-os a inovar e refletir sobre as

metodologias/estratégias de ensino com relação à diversidade cultural existente em

sala de aula. Assim, conforme este documento (PCNEM, 1988):

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[...] As diretrizes têm como referência a perspectiva de criar uma escola média com identidade, que atenda às expectativas de formação escolar dos alunos para o mundo contemporâneo. O respeito à diversidade é o principal eixo da proposta [...] (op. cit. p.4)

Considerando válido o postulado da LBD com relação às competências e

habilidades desenvolvidas em LE, fizemos também uma leitura às teorias do Guia de

Livros Didáticos (2011) (PNLD) e Ferro (2008), que nos orienta quanto à escolha do

livro a ser adotado pelo professor. Também trabalhamos as finalidades das

sequências didáticas, que segundo Marcuschi (2008, p.214), “é proporcionar ao

aluno um procedimento de realizar todas as tarefas e etapas para produção de um

gênero”. Além desse autor, estudamos Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) que

detalham o procedimento das estruturas de base de uma Sequência Didática, e nos

fornece elementos interessantes para o ensino da oralidade em sala de aula.

O referido estudo foi desenvolvido em turmas de educação básica ensino

Fundamental, tendo como objetivo despertar o interesse do aluno em desenvolver

suas habilidades no aprendizado de língua inglesa.

Em referência aos alunos participantes de nossa prática de ensino teve como

principais objetivos:

(i) a inovação e o desenvolvimento da aprendizagem de língua estrangeira em

sala de aula no ensino fundamental tendo como base os gêneros textuais;

(ii) a promoção da capacidade de observação e participação do aluno, fazendo-

o reconhecer a necessidade de aprender a ler e escrever em uma língua

diferente.

Para alcançarmos estes objetivos, elaboramos o plano de curso objetivando

proporcionar aos alunos uma aprendizagem pautada na leitura, compreensão e

produção de gêneros textuais diversos, através do trabalho interdisciplinar com as

demais disciplinas ou componentes da grade curricular obrigatórios. Os

procedimentos de trabalho e os resultados do mesmo estão explicitados na seção

“Descrição e Análise das Aulas”.

2 PRÁTICA DE ENSINO

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Através do aprendizado de uma língua estrangeira, muitos estudantes se

descobrem e alcançam suas metas no caminho pelo qual iniciaram sua vida

profissional. Contudo, em referência ao ensino de escolas públicas, esta realidade

está aquém do esperado, devido a diversos fatores que dificultam a prática efetiva

do ensino de língua estrangeira, principalmente com relação ao ensino de língua

inglesa em sala de aula no Projovem Urbano (programa de inclusão de jovens com

história de risco social na educação básica). Como exemplificação, podemos citar a

Narrativa 14 (LIMA, 2011), que nos mostra a precariedade do ensino de língua

estrangeira, porém esta realidade provoca efeito contrário e conduz o protagonista

ao desejo de melhorar a proposta do ensino da rede pública.

Segundo os PCNEM (1988), a Lei de Diretrizes e Base (LDB) deve servir de

apoio às discussões e ao desenvolvimento do projeto educativo de sua escola, a

reflexão sobre a prática pedagógica, ao planejamento de suas aulas de língua

estrangeira, a análise e seleção de materiais didáticos e de recursos tecnológicos, e

em especial, que possam contribuir para sua formação e atualização profissional.

Desta forma cabe ao professor, procurar adquirir conhecimentos teóricos que

viabilize uma prática didático-metodológica que proporcione ao aluno de rede

pública motivação e interesse em estudar uma língua estrangeira, especificamente

em nosso caso, a língua inglesa.

Aluno que tem o hábito de ler muito tem mais possibilidade de desenvolver a

aprendizagem da língua estrangeira com mais facilidade. A abordagem

interacionista tem se mostrado bastante eficiente no ensino de língua inglesa, pois

possibilita ao aluno interagir com o professor e com os colegas, formando uma

abordagem de novos métodos de ensino, visando uma melhoria no ensino da língua

alvo. Segundo Lima (2011, p.186) o professor reflexivo “consegue provocar

mudanças na postura da escola e do aluno com relação à língua estrangeira que ele

ensina”. Desse modo, um professor preparado para o ensino de línguas pode

motivar os alunos e transformar conceitos errôneos com relação ao ensino de língua

estrangeira na escola pública. Uma nova metodologia de ensino em que acontece a

interação pode promover o interesse dos alunos no desenvolvimento de suas

habilidades de leitura e escrita. Para Lima (op.cit.) “Sua motivação foi o combustível

para uma árdua jornada entremeada de frustrações, desilusões e perplexidade

diante do ensino de língua em escola pública brasileira”.

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Vale ressaltar que mais árduo e complexo é trabalhar línguas com jovens e

adultos, pois esse público se encontra fora da escola há um longo tempo, tornando o

ensino/aprendizagem mais difícil. Assim despertar o interesse deles com métodos

de ensino diferente, por exemplo, usar uma abordagem interacionista ou

comunicativa não significa abolir a gramática tradicional, pelo contrário, mostra que o

professor deve estar preparado para lidar com diversos tipos de situação em que

uma ou outra abordagem não funcione com determinada turma e que ele seja capaz

de encontrar solução eficiente para cada uma. Dito de outra forma, quando um tipo

de abordagem ou método de ensino não funciona com uma turma o professor deve

ser capaz de utilizar outra abordagem que se adeque a necessidade da turma.

Embora o livro didático seja uma ferramenta obrigatória do programa de inclusão de

jovens e adultos (Projovem Urbano) na educação básica, sendo, portanto obrigatório

o seu uso.

Um elemento importante que ajuda o professor no processo de ensino e

aprendizagem de língua estrangeira é o livro didático, e vinculado a este uso, cabe

ao professor à responsabilidade de sua escolha, já que o mesmo será ponto de ao

apoio para professor e aluno durante, no mínimo, três anos. Conforme PNLD 2012:

[...] a responsabilidade da escolha do livro didático de língua estrangeira requer da equipe envolvida a compreensão de que esse processo implica compromisso didático-pedagógico. Esse compromisso, ao levar em consideração as circunstâncias histórico-sociais do sue grupo, exige cuidado nas discussões, a fim de que não se trate como homogêneo e simples aquilo que é naturalmente heterogêneo e complexo: o processo de ensino/aprendizagem é dinâmico e plural. (op. cit., p.8)

Desse modo, é necessário que o professor selecione e analise bem o livro

didático antes de adotá-lo para suporte em sala de aula. O livro deve se adequar a

realidade sociocultural dos estudantes. Contudo, proporcionar aos alunos uma aula

agradável e produtiva exige um planejamento sequencial didático-pedagógico, assim

como a seleção de gêneros textuais que desperte a atenção dos alunos.

[...] O procedimento sequência didática é um conjunto de atividades pedagógicas organizadas, de maneira sistemática, com base em um gênero textual.   Estas têm o objetivo de dar acesso aos alunos às práticas de linguagens tipificadas, ou  seja, de ajudá-los a dominar os diversos gêneros textuais que permeiam nossa vida em sociedade, preparando-os para saberem usar a língua nas mais variadas situações sociais, oferecendo-lhes

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instrumentos eficazes para melhorar suas capacidades de ler e escrever. (DOLZ, NOVERRAZ & SCHNEUWLY, 2004)

Nesse sentido trabalhar com gêneros textuais é uma forma de ensinar a

gramática na sua funcionalidade. De acordo com Antunes (2003, p. 121), “mesmo

quando se está fazendo a análise linguística de categorias gramaticais, o objeto de

estudo é o texto” assim explorar as particularidades de gêneros que abordem o

cotidiano do aluno é uma forma de motivá-lo a leitura e a produção textual. Abordar

a interdisciplinaridade é uma metodologia eficaz no ensino/aprendizagem de língua

estrangeira, porque além de intensificar o estudo de disciplinas importantes para seu

currículo, desenvolve o vocabulário de língua inglesa ou outra língua estrangeira,

assim como trabalha a língua materna. Porém, a maioria dos alunos não estão

capacitados no trabalho de produção escrita com esses materiais.

Aponta a crítica de muitos pesquisadores e estudiosos de que a Escola não capacita seus alunos para a leitura e compreensão dos diversos gêneros textuais como: manuais, relatórios, códigos, instruções, poemas, crônicas, resumos, gráficos, tabelas, artigos, editoriais e muitos outros materiais escritos, bem como não os capacita para a produção escrita desses materiais. (ANTUNES 2003, p.15, apud CAMPOS, p.9).

Segundo a crítica de alguns autores a proposta de trabalho com gênero

textual em que se trabalham os aspectos gramaticais juntamente com a produção

escrita e a leitura promove o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

Nesse sentido não podemos deixar de ressaltar que no ensino de língua inglesa nas

escolas públicas geralmente se exclui duas habilidades o speaking e o listening,

dando maior importância ao reading e writing.

De acordo com Brown (1994, p.219) “Além das ressalvas acima, a interação

das quatro habilidades é a única abordagem plausível para ter dentro de um quadro ,

comunicativo interativo”. Isso que dizer que uma habilidade depende da outra ou

uma sem a outra é incompleta, ou seja, a integração das habilidades é de

fundamental importância para os estudantes de segunda língua.

Após estas informações teóricas, passemos agora para a parte prática de

nosso trabalho. Na seção que se segue tratamos de detalhar questões sobre a

escola e a prática de ensino.

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2.1 A ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA DE ENSINO

Em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental, na cidade de Campina

Grande- PB, trabalha-se com alunos na faixa etária de 18 a 30 anos no ensino

básico (Projovem Urbano). Optou-se por desenvolver atividades de produção de

gêneros textuais partindo de situações vividas pelos alunos em sala de aula. Foi

sugerido que o trabalho fosse desenvolvido em dupla ou grupo com quatro

componentes.

Assim, foram propostos diversos tipos de produção textual, cujos temas

sugeridos foram de produção livre onde seriam descritas as aulas de Inglês em

interação com os demais componentes de relevância da grade curricular. As

atividades através de gêneros textuais têm como objetivo proporcionar ao aluno o

desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita de língua inglesa. Como

esclarece Fernandes e Paula:

Em se tratando de competência linguística, então, é o estudo dos gêneros que permitirá um maior número de possibilidades comunicativas. Daí ser importante compreender tais gêneros como resultantes de demandas de nossa sociedade letrada. É bom mostrar aos alunos como a fala dos jogadores de futebol muda à proporção que se profissionalizam, jogam em determinados times e até têm experiências em outros países. (FERNANDES; PAULA, 2012, p. 34)

Com isso, o aluno aprende noções básicas de como trabalhar a leitura e a

escrita, ao mesmo tempo em que adquire vocabulário e uso de novas palavras da

língua inglesa.

2.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS

Durante as aulas foram trabalhados vários textos sempre visando a leitura,

compreensão textual e itens gramaticais como: tempos verbais enfatizando o Simple

Present, formas interrogativas com uso de verbos auxiliares (do/does), ordem das

palavras, palavras transparentes, emprego afixo e vocabulário. Contudo, ficou

constatado a dificuldade dos alunos em compreender as regras gramaticais da

língua como também o sentido do texto em língua estrangeira. A motivação que eles

expressam ao se deparar com a produção escrita tem sido baixa, devido à

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dificuldade da maioria deles, poucos se mostram entusiasmados. Diante disso foi

incentivado que produzissem pequenos textos e “imitassem” os autores nas suas

produções escritas.

Assim, foram trabalhados gêneros textuais diversos e prova escrita como

avaliação de aprendizagem ao término de cada unidade formativa. As avaliações

não foram elaboradas pelos professores do programa, e sim pelos órgãos superiores

que coordenam o curso. O trabalho com a interdisciplinaridade nas aulas facilitou a

compreensão de alguns textos pelo fato de os alunos já conhecerem o assunto na

língua materna. Desse modo trabalhou-se em conexão com as aulas de português e

outras disciplinas.

De forma geral, é possível indicar que os alunos tiveram bom desempenho

com relação aos conteúdos estudados. Todas as atividades foram trabalhadas com

contextualização dos assuntos expostos. As aulas foram desenvolvidas por meio da

leitura, de forma que os estudantes interagissem com o conteúdo/texto. Os itens

gramaticais expostos tiveram como propósito apresentar as estruturas gramaticais

da língua estudada. As aulas foram satisfatórias, principalmente com relação ao

trabalho com gêneros textuais, em que os alunos tiveram um bom desempenho

tanto na compreensão da leitura, embora o desenvolvimento da escrita e as outras

duas habilidades tenham sido um pouco deficiente, pois o tempo é um fator crucial

na aprendizagem de uma língua estrangeira.

Levando em consideração as teorias estudadas com os PCNs, PNLD,

Gêneros Textuais e Sequência Didática, percebeu-se alguns conflitos enfrentados

pelo professor com relação à Sequência Didática, mesmo estando a aula planejada

o tempo não foi suficiente para cumprir todas as exigências descritas nos PCNs

(1998), principalmente nas escolas públicas que estão inseridas nas periferias ou

nas zonas mais carentes, em que os alunos são desmotivados ou desinteressados

quanto a aprendizagem de língua estrangeira. Considerando a heterogeneidade de

uma sala de aula, para desenvolver uma aula adequada e que atenda a todos em

suas especificidades é necessário lançar mão de recursos diversificados. Porém, na

rede pública geralmente a disciplina em pauta não é valorizada, os referenciais

teóricos são de grande valia para a formação dos docentes, porém ainda é precário

o ensino quando tratamos de estudar ou ensinar uma língua estrangeira globalizada,

a qual é tão requisitada no atual mercado de trabalho e falta investimento na

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capacitação do professor de língua estrangeira pela mantenedora, nesse caso

promovida pelo Estado.

Além disso, as turmas numerosas sempre se tornam um obstáculo a ser

superado, pois deve se considerar as diversas culturas e meio social, ou seja, a

interculturalidade social dos alunos e tratá-los como sujeitos pensantes e não meros

ouvintes de postulados. Essa heterogeneidade em sala de aula é um desafio ao

professor que deve mediar vários tipos de personalidades e comportamentos.

Porém isso não é motivo de desânimo, mas sim um convite a perceber as múltiplas

habilidades dos estudantes e que torna o trabalho do professor gratificante

aumentando a esperança que esse quadro mudará em breve, transformando o

ensino de língua estrangeira em prazer de aprender. De acordo com Ur (1996), os

professores precisam entender os diferentes níveis do estudante com relação à

língua estrangeira.

Todavia, considerando o desempenho dos alunos com a produção escrita

sugerida com o tema: “What happens in the classroom during the week in English

and Portuguese lessons?” Não foi uma produção muito interessante, os alunos tem

muita dificuldade com relação à produção escrita na língua estrangeira. Porém

devemos considerar a precariedade no ensino público, já que neste se exclui duas

das quatro habilidades o speaking e o listening, priorizando o Reading e o writing.

Além disso, temos a questão do tempo, espaço e poucos recursos didáticos. Mas,

não podemos deixar de questionar e incentivar o aluno a produção textual, já que

vivemos numa sociedade competitiva em que o meio mais eficaz de progredir é

saber ler e escrever.

A linguagem escrita é uma grande conquista humana. Ela representa a evolução de nossa espécie em termos cognitivos, uma vez que culturas ágrafas foram sucessivamente superadas ao longo do tempo. [...] A vida contemporânea exige o constante exercício da leitura e da escrita. Imersos em um mundo centrado na comunicação, estamos cercados por palavras, textos, imagens e por tantos outros conjuntos de signos. Assim é que se caracteriza a sociedade letrada, ou seja, verificamos um cotidiano marcado pela necessidade de leitura: desde as orientações presentes nas telas dos caixas eletrônicos, sem as quais estaríamos condenados a longas e intermináveis filas nos bancos, até os rótulos das embalagens dos produtos que consumimos. (FERNANDES; PAULA 2012, p.17-19)

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Sendo assim, fica clara a importância de se aprender ler e escrever bem,

para isso observamos: Como as aulas de Inglês e de Português foram ministradas

como trabalho interdisciplinar? As atividades possibilitaram a melhora da

compreensão de leitura e da produção de textos dos alunos? Quais os temas

trabalhados e como foi à participação e interação deles durante algumas semanas

consecutivas às respectivas aulas? Essas são questões presentes no dia a dia no

trabalho docente.

Apesar de essa ser uma estratégia que envolve mais do que a compreensão

de textos, foi sugerida aos alunos uma produção escrita como uma das opções de

avaliação ao final de unidade, mas não foi obrigatório, sendo uma das opções a

prova escrita. O objetivo dessa produção escrita foi trabalhar a interdisciplinaridade,

propiciando ao aluno ampliar seu vocabulário e trabalhar a língua inglesa em

interação com outras disciplinas que ele já tenha conhecimento técnico. Porém,

poucos realizaram o trabalho dentro do padrão solicitado, a maioria apesar de ter

alternado entre o português e o inglês cumpriu a atividade avaliativa proposta.

2.3 RESULTADO DO TRABALHO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM GÊNEROS TEXTUAIS

Mesmo com dificuldades, o trabalho com gêneros textuais mostrou-se

bastante eficaz com relação à compreensão de leitura, sendo que os alunos se

destacaram melhor do que com a produção escrita. Considerando que os gêneros

trabalhados são textos que relatam fatos do dia a dia, fica muito mais fácil trabalhar

a compreensão de leitura. Enquanto que, trabalhar a escrita é mais complicado

porque os alunos têm muitos problemas com relação à estrutura da língua inglesa.

Dessa forma, considerando a dificuldade apresentada, apenas 06 de 22

alunos entregaram a produção na data prevista, mesmo considerando muitos

imprevistos que interromperam algumas aulas como eventos extras disciplinares que

impossibilitaram a entrega dos trabalhos. Mesmo assim é plausível considerar o

trabalho satisfatório por se tratar de uma produção em língua estrangeira e de

alunos com dificuldades e defasagens acadêmicas até em sua língua materna.

Quanto à avaliação dos alunos, considerando os poucos que simpatizam com

a disciplina de língua inglesa, a produção textual funciona de modo restrito apenas

para alguns que desejam ampliar suas capacidades. Os demais optam por fazer

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prova escrita, pois lhe garante o direito de reposição mais de uma vez, também dão

preferência ao ensino tradicional em que se explicam as regras e eles decoram para

fazer a prova. Eles questionam quando as avaliações são baseadas na

compreensão e produção textual, principalmente se for solicitado qualquer tipo de

produção escrita por menor que seja não funciona com a maioria dos alunos, só

uma minoria consegue com muito esforço cumprir a atividade proposta. Diante da

política referente ao ensino de língua estrangeira na rede pública, os alunos acham

irrelevantes as avaliações as quais são submetidos, pois dizem que em nada

contribui para suas vidas como profissionais. Nestes termos, vale salientar que as

escolas mais periféricas, ou seja, as escolas que estão inseridas em áreas menos

favorecidas, são mais tendenciosas em relação ao desinteresse pela disciplina de

língua estrangeira.

2.4 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma análise de natureza qualitativo-

exploratória, já que pretendemos investigar as características participativas e

interativas dos alunos em aulas de língua inglesa, sem preocupação quantitativa.

Segundo Gonçalves (2003, p.68), “a pesquisa qualitativa preocupa-se com a

compreensão, com a interpretação do fenômeno, considerando o significado que os

outros dão às suas práticas, o que impõe ao pesquisador uma abordagem

hermenêutica”. Dessa forma, este projeto de pesquisa é caracterizado como um

estudo qualitativo.

O trabalho foi realizado através de uma pesquisa exploratória, uma vez que

teve como objetivo avaliar os elementos de desenvolvimento pessoal e social que

caracterizam aprendizes de língua estrangeira. De acordo com Gonçalves (2003,

p.65), “a pesquisa exploratória é aquela que se caracteriza pelo desenvolvimento e

esclarecimento de ideias, com o objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma

primeira aproximação a um determinado fenômeno que é pouco explorado”.

O procedimento técnico utilizado na investigação foi à pesquisa bibliográfica,

desenvolvida a partir de material já elaborado de fontes bibliográficas.

Com relação ao tema proposto, foi feita uma revisão bibliográfica das obras

que ofereceram um embasamento satisfatório com relação às características e as

crenças que envolvem os alunos no ensino e aprendizagem de língua estrangeira

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respectivamente. Na elaboração do mesmo foi utilizada leitura das obras que tratam

da metodologia e prática de ensino na era contemporânea.

Assim, a partir dos dados coletados através da leitura das bibliografias

selecionadas, foi possível chegar a uma melhor compreensão em relação aos

efeitos do trabalho desenvolvido em sala de aula de língua inglesa através de

gêneros textuais.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, vê-se claramente que o trabalho com gêneros textuais

oferece ao aluno a oportunidade de trabalhar assuntos do cotidiano deles e textos

que tratam de informações gerais do mundo moderno. Transformando seus

conceitos com relação ao aprendizado de outras línguas na escola pública. Como

também perceber o quanto o trabalho com ensino da língua estrangeira exige do

professor com relação à metodologia de ensino e a interação com o aluno.

Apesar da falta de interesse de alguns alunos é gratificante contribuir com

aqueles que realmente desejam aprender, especialmente uma língua estrangeira.

Enfrentar os obstáculos encontrados em sala de aula no ensino da língua inglesa

não tem sido tarefa fácil. A falta de estrutura, de recursos e o desinteresse pela

disciplina tem sido um fator crucial no fracasso do ensino e aprendizagem da língua

inglesa nas escolas públicas. Quanto ao nível do ensino temos que nos adequar a

realidade social e econômica na qual o aluno está inserido. Porém, mesmo com toda

precariedade apresentada, ainda assim, é prazeroso para o professor perceber que

contribuiu para o crescimento profissional e pessoal de muitos alunos.

Embora, ensinar uma língua estrangeira na rede pública seja difícil com

relação à aceitação da disciplina, a atuação do professor em sala de aula é muito

importante, sempre há o que aprender e a compartilhar com outras pessoas. O

ensino no Projovem Urbano se dá de forma diferenciada, isso exige do professor

uma adaptação ao novo processo de ensino de modo que além de ensinar inglês

possa atuar também como Professor Orientador (PO) em uma das turmas no núcleo

em que leciona. Dessa forma é possível participar do desempenho/desenvolvimento

e atividades dos alunos em todas as outras áreas do ensino. Porém, mais

importante ainda é envolver o aluno nas atividades fazendo com que ele se sinta

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parte atuante nas atividades propostas. Daí a necessidade do docente estar

preparado e atualizado para compartilhar experiências e receber orientação de

modos diferentes de atuar como professor de língua estrangeira, sempre se

aperfeiçoando para melhor desempenho em sala de aula.

O trabalho com gêneros textuais é relevante no ensino de língua estrangeira,

pois ajuda o aluno a desenvolver sua habilidade de leitura e de escrita. O trabalho

interdisciplinar é de grande importância para eles ajudando a socialização. Assim,

podemos considerar que o resultado mostrou-se satisfatório.

Todavia, um ponto negativo em relação a esse trabalho foi à dificuldade que

alguns tiveram em interagir com os colegas, muitos deles encontraram grande

resistência por partes de outros colegas para aceitá-los como integrante de seu

grupo na sala de aula. Nesse momento é essencial a mediação do professor.

Muitas vezes o professor não receba nenhum suporte para lidar com

situações de preconceito linguístico. Quando é necessário que os alunos se

expressem em língua estrangeira, alguns de seus colegas começam zombar

daqueles que se dispõe a participar e isso provoca discussões ou até mesmo

agressões. Nesse caso, precisamos de apoio para combater a desvalorização da

disciplina em discussão, de mais incentivo, pois a carreira é árdua e não há muitos

atrativos no magistério nos dias atuais. Contudo, o professor tem lutado

incansavelmente por melhorias no ensino público e pelo seu reconhecimento como

profissional.

Considerando que temos cumprido favoravelmente nosso trabalho e

realizamos todas as exigências da disciplina, dentro das normas dos órgãos

superiores, fica aqui expresso o desejo que o magistério ainda alcance seus dias de

glória na era contemporânea.

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