o processo de formação histórica da paraíba

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O processo de formação histórica da Paraíba: séculos XVI e XVII História da Paraíba I Luciano endonça de Lima

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Slide com um resumo breve da história paraibana

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  • O processo de formao histrica da Paraba: sculos XVI e XVIIHistria da Paraba ILuciano Mendona de Lima

  • Em correspondncia oficial com o Rei de Portugal no incio da colonizao portuguesa nos trpicos Duarte da Costa, donatrio da capitania de Pernambuco, chega a fazer uma confisso: as novas terras que os colonos recebiam de Vossa Majestade, medidas em lguas, eram conquistas, na prtica, palmo a palmo.Essa passagem expressa o outro lado da verso pica em torno dos feitos portugueses

  • no alm-mar a partir do sculo XV, e desde ento difundido aos quatro cantos do mundo em forma de verso e prosa, pois remete s dificuldades cotidianas da conquista em relao s adversidades da natureza e resistncia impostas pelos nativos do Novo Mundo colonizao desde seu nascedouro.Guardadas s devidas propores, esse quadro pode ser perfeitamente aplicado ao

  • processo histrico de conquista, ocupao e colonizao da Paraba.Antes de mais nada, contudo, preciso situar a conquista da Paraba no contexto maior do projeto de colonizao do Imprio portugus nos trpicos.Nesse sentido, se destaca a poltica de ocupao da terra atravs do sistema de capitanias hereditrias, uma aliana histrica

  • dos interesses do Estado monrquico e de grupos privados da sociedade portuguesa, a exemplo da nobreza, comerciantes e militares.Originalmente o territrio da futura Capitania Real da Paraba nasceu como parte da de Itamarac em 1534, tendo Pernambuco como centro irradiador rumo ao Norte.Contudo, devido a problemas operacionais e polticos da conquista temos o desmembramento de parte do territrio de Ita

  • marac e sua transformao em Capitania Real da Paraba em 1574, diretamente vinculada a coroa portuguesa.Porm, entre o ato de criao formal da capitania em 1574 e sua real ocupao pelas foras colonizadoras muito histria ainda haveria de se desenrolar.Nesse sentido, se destaca a tenaz resistncia imposta s expedies militares de conquista

  • pelas populaes indgenas aqui estabelecidas, com especial destaque para os grupos potiguaras que habitavam o litoral, os verdadeiros senhores da terra no momento da conquista.Estes embates acabaram retardando o processo de conquista da Paraba e obrigando os colonizadores a refazerem planos e estratgias.Alm da resistncia nativa aos intentos colo

  • niais portugueses, havia a concorrncia de outros povos europeus pela disputa da terra, a exemplo dos franceses, que buscaram para isso se aliar com grupos indgenas locais hostis aos lusos. Assim, do mesmo modo que guerreavam com os usurpadores de suas terras, os indgenas tambm aprenderam a explorar as divises de seus oponentes e superar suas prprias divises, como ocorreu com a juno momen

  • tnea entre Potiguaras e Tabajaras, estes ltimos recm chegados ao territrio paraibano s vsperas da conquista.Contudo, essa aliana durou pouco e os portugueses mais uma vez adotaram a velha estratgia do dividir para reinar, aliando-se com os Tabajaras para combater os potiguares.Da o acordo de paz entre Joo Tavares e Piragibe em 05/08/1585, visto pela historiogra

  • fia oficial como marco inaugural da histria da Paraba. Contudo, o acordo celebrado no significaria a paz social. Pelo contrrio, a Paraba nascia sob o signo da violncia, fenmeno esse que atravessaria os sculos seguintes de sua histria.Comeava a se formar sobre os escombros da velha sociedade uma nova ordem social, poltica, econmica e cultural baseada no es

  • cravismo, com a participao de indgenas, colonos europeus e africanos transformados em escravos, tendo como centro irradiador a cidade de Nossa Senhora das Neves e seu entorno, a chamada zona da mata.Tanto o texto de Horcio de Almeida, publicado em 1966, quanto o de Regina Clia, de 2007, tratam da temtica da conquista da Paraba. Contudo, ambos partem de momentos e perspectivas historiogrficas dis

  • tintas. Nesse sentido, procure cotejar os dois textos buscando entender os seguintes aspectos:Contexto histrico e historiogrficoFontes e seus usosPrincipais teses defendidasReferencial terico-metodolgicoCaractersticas principais da narrativa

  • Bibliografia:Captulo II. In. Almeida, Horcio de. Histria da Paraba. Vol I. 2 ed. Joo Pessoa: EDUFPB, 1997, pp. 61/101.Gonalves, Regina Clia. Guerra e acar: a formao da elite poltica na capitania da Paraba (sculos XVI e XVII). In. Oliveira, Carla Mary S. e Medeiros, Ricardo Pinto de. (Orgs). Novos olhares sobre as Capitanias do Norte do Estado do Brasil. Joo Pessoa: EDUFPB, 2007, pp. 23/67.