formação histórica estados brasileiros

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Formação Histórica O Estado da Bahia foi o local onde, primeiramente, aportaram os portugueses no Brasil, em 1500. Seu povoamento teve início no ano de 1534, sob forte influência dos jesuítas. A cidade de Salvador foi fundada em 1549 como a primeira capital do Brasil, pelo Governador-Geral Tomé de Souza. O tráfico de escravos africanos teve, na Bahia, um de seus principais pólos receptores no Brasil.  No século XVIII, a região foi atacada por holandeses, expulsos depois pelos portugueses, com o reforço de milhares de brasileiros, filhos de europeus com indígenas, que habitavam a terra. Como primeiro foco de colonização portuguesa no Brasil, a Bahia manteve, por cerca de um século, o título de mais importante porto marítimo do hemisfério sul, movimentando intenso comércio com a Europa, Ásia e África, enquanto a criação de gado, o plantio da cana e o fabrico de açúcar impulsionavam a colonização do interior. Em 1798, ocorreu na região a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates que, inspirada nas idéias da Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira, propunha a independência, a igualdade racial, o fim da escravidão e o livre comércio entre os povos. Teve a participação de escravos, negros libertos e pequenos artesãos da Bahia, que divulgaram, na ocasião, um manifesto conclamando o povo para um levante em defesa da República Baiense. O movimento foi delatado e reprimido. Alguns integrantes da facção mais popular foram condenados à morte e outros ao exílio. Outro acontecimento marcante na história da Bahia foi a Guerra de Canudos, em 1897. A  população humilde do sertão baiano passara a ver em Antonio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, um líder espiritual messiânico que teve seu movimento violentamente sufocado  por tropas federais, comandadas pelo major Moreira César. A vila por ele fundada, Belo Monte, com 25 mil habitantes, foi inteiramente destruída e sua população massacrada. O episódio gerou o famoso livro "Os Sertões", do escritor brasileiro Euclides da Cunha; "A Guerra do Fim do Mundo", do escritor peruano Mario Vargas Llosa; e, recentemente, o filme épico "Canudos", do cineasta Sérgio Resende. Origem do nome Bahia: o nome foi dado pelos descobridores em função de sua grande enseada. A história da Bahia é um domínio de estudos de história que, canonicamente, se estende desde a chegada dos portugueses, em Porto Seguro, em1500, até os dias atuais. Apesar das controvérsias, oficialmente o Brasil foi descoberto pelos europeus em22 de abril de 1500 pelo navegador português Pedro Álvares Cabral , que, no comando de uma esquadra com destino à Índia, chegou ao litoral sul da Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro, [1] mais precisamente no distrito de Coroa Vermelha, [2] onde foi realizada  primeira missa no Brasil . [3] A partir de 1530, a Coroa Portuguesa implementou uma política colonizadora, inicialmente com as capitanias hereditárias, depois com o Governo-Geral, instalado em 1548 em Salvador. Descoberta e colonização Local de chegada dos primeiros portugueses ao Brasil no ano de 1500, a região do que viria a ser o estado da Bahia começou a ser povoada na primeira metade do século XVI. Através da exploração do território, se descobriu a existência do pau-brasil, essa matéria-prima passou a ser largamente explorada, atraindo desde comerciantes portugueses a contrabandistas europeus, em especial, osfranceses. Várias outras explorações ocorreram, a partir daí, chegando lentamente  portugueses com interesses nas novas terras. Gradualmente, o território baiano atual foi colonizado, povoado e conquistado por expedições denominadas de Entradas, as quais partiam de SalvadorIlhéus e Porto Seguro em direção ao interior do estado. As entradas eram feitas do mesmo jeito das bandeiras de São Paulo, mas não tiveram tanto reconhecimento e valorização como as bandeiras.

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Formação Histórica

O Estado da Bahia foi o local onde, primeiramente, aportaram os portugueses no Brasil, em1500. Seu povoamento teve início no ano de 1534, sob forte influência dos jesuítas. A cidade deSalvador foi fundada em 1549 como a primeira capital do Brasil, pelo Governador-Geral Toméde Souza. O tráfico de escravos africanos teve, na Bahia, um de seus principais pólos receptoresno Brasil.

 No século XVIII, a região foi atacada por holandeses, expulsos depois pelos portugueses, com oreforço de milhares de brasileiros, filhos de europeus com indígenas, que habitavam a terra.Como primeiro foco de colonização portuguesa no Brasil, a Bahia manteve, por cerca de umséculo, o título de mais importante porto marítimo do hemisfério sul, movimentando intensocomércio com a Europa, Ásia e África, enquanto a criação de gado, o plantio da cana e o fabricode açúcar impulsionavam a colonização do interior.Em 1798, ocorreu na região a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dosAlfaiates que, inspirada nas idéias da Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira, propunhaa independência, a igualdade racial, o fim da escravidão e o livre comércio entre os povos. Tevea participação de escravos, negros libertos e pequenos artesãos da Bahia, que divulgaram, naocasião, um manifesto conclamando o povo para um levante em defesa da República Baiense. O

movimento foi delatado e reprimido. Alguns integrantes da facção mais popular foramcondenados à morte e outros ao exílio.Outro acontecimento marcante na história da Bahia foi a Guerra de Canudos, em 1897. A

 população humilde do sertão baiano passara a ver em Antonio Vicente Mendes Maciel, oConselheiro, um líder espiritual messiânico que teve seu movimento violentamente sufocado

 por tropas federais, comandadas pelo major Moreira César. A vila por ele fundada, Belo Monte,com 25 mil habitantes, foi inteiramente destruída e sua população massacrada. O episódio gerouo famoso livro "Os Sertões", do escritor brasileiro Euclides da Cunha; "A Guerra do Fim doMundo", do escritor peruano Mario Vargas Llosa; e, recentemente, o filme épico "Canudos", docineasta Sérgio Resende.

Origem do nome

Bahia: o nome foi dado pelos descobridores em função de sua grande enseada.

A história da Bahia é um domínio de estudos de história que, canonicamente, se estende desdea chegada dos  portugueses, em Porto Seguro, em1500, até os dias atuais.

Apesar das controvérsias, oficialmente o Brasil foi descoberto   pelos europeus em22 deabril de 1500 pelo navegador português Pedro Álvares Cabral, que, no comando deuma esquadra com destino à Índia, chegou ao litoral sul da Bahia, na região da atual cidadede Porto Seguro,[1] mais precisamente no distrito de Coroa Vermelha,[2] onde foi realizada a 

 primeira missa no Brasil.[3] A partir de 1530, a Coroa Portuguesa implementou uma políticacolonizadora, inicialmente com as capitanias hereditárias, depois com o Governo-Geral,instalado em 1548 em Salvador .

Descoberta e colonização

Local de chegada dos primeiros  portugueses ao Brasil no ano de 1500, a região do que viria aser o estado da Bahia começou a ser povoada na primeira metade do século XVI. Através daexploração do território, se descobriu a existência do pau-brasil, essa matéria-prima passou a ser largamente explorada, atraindo desde comerciantes  portugueses a contrabandistas europeus, emespecial, osfranceses. Várias outras explorações ocorreram, a partir daí, chegando lentamente

 portugueses com interesses nas novas terras.

Gradualmente, o território baiano atual foi colonizado, povoado e conquistado por expediçõesdenominadas de Entradas, as quais partiam de Salvador , Ilhéus e Porto Seguro em direção aointerior do estado. As entradas eram feitas do mesmo jeito das bandeiras de São Paulo, mas não

tiveram tanto reconhecimento e valorização como as  bandeiras.

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Partindo do litoral em direção ao norte/nordeste brasileiro, subindo os rios São Francisco, dasContas, Paraguaçu, Grande e Verde, desbravaram o interior da Bahia e os territóriosdo Piauí, Minas Gerais e Maranhão. Chegaram ao sul/sudeste brasileiro também, descendo osrios Pardo, Jequitinhonha, Mucuri e Doce.

Durante os séculos XVI e XVII, apesar dessas explorações do território terem ocorrido apenas

com o intuito de povoar e reconhecer as terras descobertas, foram de grande importância para oreconhecimento inicial da geografia, da hidrografia, da fauna, da flora e dos minerais da Bahia,além de ter ajudado bastante na demarcação do território baiano, estabelecendo os limites comseus estado vizinhos.

[editar ]Capitanias hereditárias

  No território correspondente ao atual da Bahia, foram formadas cincocapitanias hereditárias entre 1534 e 1566, consevadas até a segunda metade do século XVIII. As quaisforam a da Bahia, doada a Francisco Pereira Coutinho em 5 de abril de 1534; de PortoSeguro doada a Pero do Campo Coutinho em 27 de maiode 1534; de Ilhéus doada a Jorge deFigueiredo Corrêa em 26 de julho de 1534; das Ilhas de Itaparica e Tamarandiva doada aD. Antonio de Athayde em 15 de março de 1598; do Paraguaçu ou do Recôncavo daBahia doada a Álvaro da Costa em 29 de março de 1566.

[editar ]Capitania da Bahia

Com a morte do donatário, Francisco Pereira Coutinho, cuja descendência veio a receber da Coroa Portuguesa quer o morgadio do juro real da Redízima da Bahía (séc. XVI

 

), quer ostítulos de Visconde da Bahía, de juro e herdade (1796), e de Conde da Bahía (1833), a Capitania da Bahia foi vendida pela viúva à Coroa Portuguesa, para fins da instalação da sede do governo-geral, com a fundação da cidade do Salvador  (1549).

Depois de passar por vários herdeiros, sendo o último donatário, o Marquês de Gouveia, acapitania foi tomada pela Coroa e foi unida à da Bahia, formando uma só.

Após um período próspero, a capitania entrou em longa disputa judiciária. Incorporada, juntocom a Capitania de Porto Seguro, à Capitania da Bahia entre 1754 e 1761, a Capitania de Ilhéusdeu origem ao moderno estado da Bahia.

Foi comprada pela Coroa portuguesa e também unida à capitania da Bahia.

]Província da Bahia

O território original da província da Bahia compreendia a margem direita do rio SãoFrancisco (a esquerda pertencia a Pernambuco

 

). Estava, basicamente, dividido entre doisgrandes feudos: a Casa da Ponte e a Casa da Torre, dos senhores Guedes de Brito e Garcia d'Ávila, respectivamente - promotores da ocupação de seu território e muito importantes em suadefesa.

[editar ]Invasões holandesas

Ingleses e holandeses atacaram a Bahia no século XVII. Durante o Governo de D. Diogo deMendonça Furtado, Salvador foi invadida pelos holandeses que vencendo a resistência doscidadãos que deixaram a cidade, dominaram Salvador de 1624 a 1625. Mas em 1º demaio de 1625, depois de vários conflitos, os halandeses estando cercados e isolados, com aajuda de morgados como a Casa da Torre e dos espanhóis, a cidade foi retomada

 pelos portugueses.

Por sua posição estratégica, à entrada da baía de Todos os Santos, e por ali se refugiarem barcosinimigos e contrabandistas, o Governador  Diogo Luís de Oliveiradeterminou em 1631 aconstrução de um forte em Morro de São Paulo, ampliado em 1730, transformando-se em umadas maiores fortificações da costa, com 678 m de cortina. Os holandeses, antes deatacarem Salvador , em 1624, estiveram em Morro de São Paulo e utilizaram o seu canal comotocaia para atacar navios lusos, entre os quais um barco jesuíta que vinha de São Vicente,

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conduzindo 15 religiosos da Companhia e outros de outras Ordens. Um ano mais tarde, ali serefugiou a numerosa armada de Boudewijn Hendriczzood que, ao ter conhecimento da retomadade Salvador pelos espanhóis e portugueses, rumou para o Norte.

Os holandeses fizeram outras tentativas para retomar Salvador, mas todas sem sucesso, principalmente, após a construção do Forte de São Marcelo em ponto estratégico da Baía de

Todos os Santos não há registros de invasões de estrangeiros. Com isso, a Bahia se tornou umareferência em resistência naColônia, em especial, aos holandeses que dominaram comsucesso Recife.

Enquanto estiveram em Recife, os holandeses não deixaram de rondar a costa baiana,atacando Caravelas(1636

 

), Camamu e Ilhéus (1637), mas todas as tentaivas sem sucesso. Osataques provocaram a construção em Camamu, em 1649, do forte de Nossa Senhora das Graças, com quatro  baluartes, reedificado entre 1694/1702 e, possivelmente, a construção do forte de São Sebastião em Ilhéus, pois documento de 1724 já o assinala sobre um monteSéculos XVIII e XIX

A economia do litoral foi extrativista. A princípio, pau-brasil, valorizado na Europa como paude tinta e disputado por comerciantes portugueses, contrabandistas e piratas. Depois, incluíram-

se na pauta de exportação e contrabando madeiras para a construção naval e civil, cortadasentre Ilhéus e Valença. Em1722, os jesuítas do Colégio da Bahia instalaram uma serrariahidráulica em Camamu à qual se somavam mais duas de terceiros, no final do século. Noimposto extorquido para a reconstrução de Lisboa, após o terremoto, a vila pagaria suacontribuição com madeira e farinha de mandioca. Desde a coroação de Dom José I, em 1750, ea nomeação do conde de Oeiras, futuro Marquês de Pombal como primeiro-ministro, havia-seinaugurado uma política mais atuante com relação ao Brasil e, em particular, à Bahia.

Pela Carta Régia datada de 1755, decidiu-se transformar em vilas as missões jesuíticas, com aintenção de afastar os índios da influência dos padres. São criadas as vilas de Prado (1755

 

),antiga Aldeia de Jucururu; Alcobaça (1755

 

), com território desmembrado de Caravelas; NovaSantarém (1758), antiga aldeia de São Miguel e Santo André de Serinhaém, atual cidade

de Ituberá; Barcelos (1758), ex-aldeia de Nossa Senhora das Candeias, emancipadade Camamu;Troncoso (1759), ex-aldeia de S. João Batista dos Índios; Vale Verde (1759),antiga Aldeia do Espírito Santo; Maraú (1761), ex-Aldeia de S. Sebastião de Maraú.

Por solicitação de Dom Marcos de Noronha, Conde dos Arcos, e através de Provisão doConselho Ultramarino de 4 de março de 1761, D. José I ordenou ao ouvidor da Comarca daBahia, Desembargador Luís Freire Veras, que tomasse posse da Capitania dos Ilhéus para aCoroa. Igual providência foi adotada com relação à Capitania de Porto Seguro, transformando-se as duas em comarcas. Estas medidas estavam relacionadas com a preocupação do GovernoGeral em controlar o contrabando no litoral sul e proteger as populações da região de Cairu eCamamu, centros de abastecimento da capital, contra os freqüentes ataques dos Guerens, quevoltaram a atacar, no período entre 1749 e 1755. Foram elevadas a vila a Aldeia

de Belmonte (1765); a missão de N. S. da Escada, com o nome de  Nova Olivença (1768), emIlhéus; o povoado de Campinhos (1720), com a denominação de Vila Viçosa (1768) e a Aldeiado Mucuri, com o nome de São José de Porto Alegre (1769

 

), atual cidade de Mucuri. Trêsdestes municípios foram supressos nas três primeiras décadas do século atual: Vila Verde,Trancoso e Barcelos. Com a mudança da capital do país para o Rio de Janeiro, o Governo daBahia ordenou em 1777 ao Ouvidor de Porto Seguro criar paradas de correio, vilas e povoaçõesentre Salvador e Espírito Santo, mas pouca coisa se fez. No fim do século XVIII, a Povoação deAmparo, à margem do rio Una, foi levada a vila com o nome de Valença (1799

 

), sendo seuterritório desmembrado de Cairu.

De nada valeu o protesto de Silva Lisboa, juiz conservador das matas, em 1779, contra adevastação da Mata Atlântica. Ainda no início do século XIX o inglês Thomas Lindley seria

 preso em Porto Seguro por contrabando de pau-brasil, cujo comércio foi monopólio do Estadoaté 1859.

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 Na Baía de Tinharé, cessados os ataques indígenas, os colonos refugiados na Ilha de Boipeba voltaram ao continente. Em 1811, Boipeba chegou a tal ruína que perdeu sua condiçãode vila para o povoado de Jequié, em terra firme, que recebeu o nome de Vila Nova de Boipeba,hoje Nilo Peçanha. Por sua vez, a Vila de Nova Boipeba perdia, em 1847, o foro de vila

 para Taperoá, uma povoação surgida em torno a uma capela jesuítica que, em 1637, pertencia àFreguesia de Cairu.   Nova Boipeba foi restaurada, em 1873, com território desmembradode Taperoá. Todos os demais municípios do litoral sul foram criados no século XX.

Conjuração Baiana

O ano de 1798 testemunhou a Conjuração Baiana, que propunha a formação da República

Bahiense - movimento pouco difundido, mas com repressão superior àquela da Inconfidência Mineira: seus líderes eram negros instruídos (os alfaiates João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira e os soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e Luís Gonzaga dasVirgens

 

) associados a uma elite liberal (Cipriano Barata, Moniz Barreto, Aguilar Pantoja, membros da Casa da Torre e outros aristocratas), mas só os populares foram executados, mais

 precisamente no Largo da Piedade a 8 de novembro de 1799.

r Independência

As lutas pela emancipação tiveram início ainda em 1821, em conflitos que foram dos pequenosmotins à conflagração entre as tropas portuguesas e os "brasileiros" - bem antes que D. PedroI proclamasse a Independência do Brasil. E, quando esta ocorre, já na Bahia estava formadoum governo provisório, na Vila de Cachoeira, sob o comando do santo-amarenseMiguelCalmon du Pin e Almeida, conhecido como "Marquês de Abrantes". As batalhas sangrentascontra as tropas lusitanas sediadas em Salvador foram diversas, contando os baianos então como apoio do povo de toda a Província em batalhões que contavam com a participação devoluntários, como Maria Quitéria e Major Silva Castro e muitos outros, reverenciados comoheróis no Estado.

 Num primeiro momento o Imperador não manifestou seu apoio às lutas, mas finalmente enviou

reforços à Bahia - que de outro modo teria permanecido colônia portuguesa. A 2 de Julho de 1823, finalmente, os brasileiros entram vitoriosos na capital, selando de mododefinitivo a independência da Bahia de Portugal, tornando-se parte da nova nação brasileira.

[editar ]Brasil República

Com a República ocorreram outros incidentes políticos importantes, como a Guerra de Canudos e o bombardeio de Salvador , em 1912.

A Bahia contribuiu ativamente para a história brasileira, e muitos expoentes baianos constituemnomes de proa na política, cultura e ciência do país.

O Estado da Bahia

Localizado ao sul da Região Nordeste do Brasil, o Estado da Bahia ocupa área de

559.951 km

2

, limitando-se ao norte com os Estados de Alagoas, Sergipe,

Pernambuco e Piauí; a leste com o Oceano Atlântico, ao sul com os Estados de

Minas Gerais e Espírito Santo; e a oeste com os Estados de Goiás e Tocantins. Sua

costa litorânea tem 932 km de extensão e o relevo de seu território caracteriza-se

 por grande diversidade, que inclui a existência de dunas, planícies e manguezais no

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litoral; um planalto localizado na parte sudeste; uma região de clima e vegetação

semi-áridos e a depressão do vale do rio São Francisco, que corta o Estado. O

 ponto mais elevado de seu território é a serra do Barbado, com 2.033 metros de

altitude. O clima predominante é tropical, com temperaturas médias anuais queoscilam entre 19,2º C e 26,6º C. As temperaturas mais baixas, que chegam a 6,1º

C, ocorrem no município de Caetité, enquanto a mais alta, 41º C, é normalmente

registrada no município de Remanso. A média de precipitação anual varia de 363

mm, nas porções norte e nordeste do Estado, a 2.000 mm registrada na planície

costeira do município de Ilhéus.

O Estado da Bahia possui extensão de 1.065 km coberta por cursos d’água. O

 principal rio do complexo hidrográfico do Estado da Bahia é o São Francisco, cuja

 bacia ocupa área de 304.421,4 km

2

A bacia do São Francisco se estende até o .

extremo norte do Estado, beneficiando, em seu curso, alguns centros econômicos e

 parte da sua região semi-árida. Outras bacias também importantes pertencem aos

rios Itapicuru, Paraguaçu, Contas, Pardo e Jequitinhonha.O Estado da Bahia tem quase 130.000 km de estradas de rodagem ligando todos

os seus municípios, tanto para o transporte de carga como de passageiros. As

estradas de ferro são operadas pelo sistema da Rede Ferroviária Federal, através

de três troncos principais, que têm origem na rota entre Salvador e Alagoinhas. O

 primeiro se estende em direção ao sul, para a cidade de Montes Claros no Estado

de Minas Gerais, onde se conecta ao sistema ferroviário da Região Sudeste; o

segundo entroncamento segue rumo ao norte, em direção à cidade de Juazeiro e

ao Estado do Piauí; e o terceiro liga o Estado da Bahia ao Estado de Sergipe, até

alcançar a cidade de Propriá.

Existem três importantes portos marítimos no Estado da Bahia, por onde são

escoadas as mercadorias produzidas localmente, especialmente petroquímicos. O

Porto de Salvador, situado na baía de Todos os Santos, tem capacidade para

2.400.000 toneladas/ano de carga. O Porto de Aratu, também localizado na baía de

Todos os Santos, no município de Candeias, tem capacidade para 1.522.000

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toneladas/ano de carga líquida; 1.434.000 toneladas/ano de carga sólida; e 430.000

toneladas/ano de produtos gaseificados. O Porto de Ilhéus, ao sul do Estado, tem

ampla área especializada no carregamento de combustíveis líquidos. A população do Estado daBahia é de 12.645.982 habitantes, distribuídos em 415

municípios, com densidade populacional de 21,6 habitantes por km

2

A composição .

demográfica do Estado indica que 59 % da população encontra-se na área urbana,

enquanto 40,9 % vive no meio rural. As mulheres representam 50,6 % do total de

habitantes e os homens, 49,4 %. A população na faixa etária de 0 a 14 anos

corresponde a 39,7 % do total; entre 15 e 59 anos representa 53,4 %; e acima 60anos representa 6,9 % do total de habitantes do Estado.

A cidade de Salvador, capital do Estado, é a mais importante e também a mais

 populosa da Bahia, com 2.262.731 habitantes. Feira de Santana, com população de

443.497 habitantes, vem em segundo lugar, seguida de Vitória da Conquista

(242.647 habitantes), Ilhéus (253.500 habitantes), Itabuna (198.514 habitantes),

Juazeiro (139.845 habitantes), Camaçari (127.882 habitantes), Barreiras (103.581

habitantes) e Simões Filho (81.092 habitantes).

O índice de alfabetização do Estado da Bahia é de 64,7 %. Existem 25.631 escolas

de ensino fundamental no Estado, freqüentadas por 2.238.193 estudantes; 759

escolas de nível médio, com 212.746 alunos matriculados; e 23 instituições de

ensino superior, com 49.738 estudantes.

O chefe do Poder Executivo do Estado é o Governador, eleito por voto direto para

um mandato de quatro anos. O atual Governador, Paulo Ganem Souto, pertence aoPartido da Frente Liberal (PFL) e foi eleito em 15 de novembro de 1994. O Estado

está representado no Congresso Nacional em Brasília, capital do País, por três

Senadores e 39 Deputados Federais. A Assembléia Legislativa do Estado compõese de 63Deputados Estaduais, para um total de 7.031.624 eleitores.

Economia - A composição da economia do Estado da Bahia tem como base os

setores agrícola, industrial e de turismo. Na agricultura destaca-se a produção de

mandioca, feijão, milho, cacau, sisal, soja, algodão, dendê e tomate, além de frutastropicais como o côco, a banana, a laranja e a manga, e frutas de clima temperado,

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como uvas e melões, no perímetro irrigado do rio São Francisco. Na criação animal

destaca-se o rebanho bovino e as criações de ovinos e caprinos. Reservas de ouro,

cobre, magnesita, materiais de construção, rochas ornamentais e a cromita também

são exploradas no Estado da Bahia. No setor industrial têm especial importância asindústrias químicas, petroquímicas e a agroindústria, funcionando em três

complexos diferentes - o Polo Petroquímico de Camaçari - COPEC, o Complexo

Industrial de Aratu - CIA e o Centro Industrial de Subaé - SIC.

O COPEC ocupa área de 233,53 km

2

na Região Metropolitana da cidade de

Salvador e é formado por 72 empresas que ocupam quatro áreas de produção,

além de duas áreas especializadas, para o fornecimento de serviços às usinas. Os

 principais produtos de suas indústrias incluem derivados da química fina,

 petroquímicos, termoplásticos, metalurgia, fertilizantes, celulose, cervejaria e

serviços industriais.O CIA encontra-se situado a 18 km de Salvador e possui 150 km derodovias

internas, que o conectam aos portos de Aratu e Salvador, por onde escoam seus

 produtos industriais. Suas empresas totalizam 170 e operam em atividades da

indústria química, metal-mecânica, madeireira, processadora de alimentos,

metalúrgica, farmacêutica, têxtil, de borracha, de artefatos de plástico e outros.

O SIC, localizado no município de Feira de Santana, a 198 km da cidade de

Salvador, especializou-se em metalurgia, mecânica, indústria de derivados de

 borracha, processamento de alimentos e transportes.

Além desse pólos industriais, existem ainda outros centros de produçãoespecializados em mineração, metalurgia, processamento de alimentos,

 processamento de cacau, mármore e granito, plásticos, confecções e tecelagem. O

turismo gera 88 mil empregos diretos e um total de 490 mil colocações em todo o

Estado.

Formação Histórica - O Estado da Bahia foi o local onde, primeiramente,

aportaram os portugueses no Brasil, em 1500. Seu povoamento teve início no ano

de 1534, sob forte influência dos jesuítas. A cidade de Salvador foi fundada em

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1549 como a primeira capital do Brasil, pelo Governador-Geral Tomé de Souza. O

tráfico de escravos africanos teve, na Bahia, um de seus principais pólos receptores

no Brasil.

 No século XVIII, a região foi atacada por holandeses, expulsos depois pelos portugueses, com o reforço de milhares de brasileiros, filhos de europeus com

indígenas, que habitavam a terra. Como primeiro foco de colonização portuguesa

no Brasil, a Bahia manteve, por cerca de um século, o título de mais importante

 porto marítimo do hemisfério sul, movimentando intenso comércio com a Europa,

Ásia e África, enquanto a criação de gado, o plantio da cana e o fabrico de açúcar 

impulsionavam a colonização do interior.

Em 1798, ocorreu na região a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta

dos Alfaiates que, inspirada nas idéias da Revolução Francesa e da Inconfidência

Mineira, propunha a independência, a igualdade racial, o fim da escravidão e o livre

comércio entre os povos. Teve a participação de escravos, negros libertos e

 pequenos artesãos da Bahia, que divulgaram, na ocasião, um manifesto

conclamando o povo para um levante em defesa da República Baiense. O

movimento foi delatado e reprimido. Alguns integrantes da facção mais popular foram condenados à morte e outros ao exílio.

Outro acontecimento marcante na história da Bahia foi a Guerra de Canudos, em

1897. A população humilde do sertão baiano passara a ver em Antonio Vicente

Mendes Maciel, o Conselheiro, um líder espiritual messiânico que teve seu

movimento violentamente sufocado por tropas federais, comandadas pelo major 

Moreira César. A vila por ele fundada, Belo Monte, com 25 mil habitantes, foi

inteiramente destruída e sua população massacrada. O episódio gerou o famosolivro "OsSertões", do escritor brasileiro Euclides da Cunha; "A Guerra do Fim do

Mundo", do escritor peruano MarioVargas Llosa; e, recentemente, o filme épico

"Canudos", do cineasta Sérgio Resende.

Salvador - A capital do Estado da Bahia é parte fundamental da história do País.

Foi o primeiro foco de colonização européia na América do Sul e a primeira capital

do Brasil. Sua área abrange 313 km

2

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às margens da baía de Todos os Santos, com

 população de 2.174.072 habitantes, acrescida de 444.364 pessoas, se considerada

a totalidade da região metropolitana do município. Sua composição demográfica

indica a existência de 52,9 % de mulheres e 47,1 % de homens em sua população,composta, em sua maioria, de descendentes de portugueses, africanos e índios

nativos. A cidade possui traços culturais marcantes, ligados à religiosidade de

raízes africanas e ao misticismo, que se traduzem em diferentes tipos de rituais e

festas populares.

A cidade foi construída em dois níveis distintos - "cidade alta" e "cidade baixa" -

ligados tanto por elevadores destinados a pedestres, quanto por vias de acesso a

meios de transporte rodoviários. O clima favorável durante o ano inteiro e a ampla

infra-estrutura voltada para o turismo fazem com que a cidade de Salvador esteja

recebendo, permanentemente, visitantes estrangeiros e de outros Estados do País.

 No entanto, é durante os festejos de Carnaval que a procura por lazer na cidade

aumenta consideravelmente, tornando-a conhecida pela grande festa que dura

quatro dias. Além do Carnaval, outras festas também importantes mobilizam a

 população da cidade e turistas que chegam de todas as partes do mundo. São osfestivais ligados ao sincretismo religioso oriundo da fusão do catolicismo e da

religião africana denominada "candomblé". Entre as festas mais populares

encontram-se a de Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro, a

 procissão marítima em homenagem ao Senhor dos Navegantes, no dia 1º de

 janeiro, a festa do Senhor do Bonfim, na segunda quinta-feira de janeiro, e a festa

de Yemanjá, em homenagem à deusa das águas, no dia 2 de fevereiro. Poucos

locais no mundo possuem o forte misticismo existente na cidade de Salvador,

também conhecida como Terra de Todos os Santos ou Terra dos Orixás. Existem

centenas de terreiros espalhados pela cidade, numa relação complementar ao

catolicismo dominante. As igrejas da Bahia são tão numerosas que um ditado diz

somarem 365: uma para cada dia do ano.

Existem 23.000 vagas para turistas em hotéis de várias categorias na cidade,

localizados à beira-mar ou em seus sítios históricos. A indústria do turismo emprega

20.000 pessoas em Salvador, embora sua economia também esteja baseada nas

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atividades de comércio, serviços, nos pólos industriais existentes e na produção de

frutas.

Famosas pela beleza natural e pela agradável temperatura de suas águas, as

 praias do litoral baiano são muito procuradas por turistas do mundo inteiro. Nacidade de Salvador as praias se estendem por uma extensão de 50 km, que

incluem Porto da Barra e Itapuã entre as mais conhecidas, além da praia do Forte,localizada nadireção norte.

Pelourinho - Tombado pela UNESCO como patrimônio da humanidade em 1985,

constitui-se um conjunto de edifícios históricos e monumentos localizados numa

área denominada "Centro Histórico", onde se encontram também galerias de arte,

restaurantes, comércio de artesanato, a Associação Carnavalesca Afro Olodum e aIgreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída por escravos no século

XVIII.

Cultura - Síntese da influência européia, indígena e africana, a cultura baiana

desenvolveu características próprias, traduzidas especialmente nos livros de Jorge

Amado, seu mais ilustre escritor, e de João Ubaldo Ribeiro. Nas artes figurativas

destacam-se nomes como o de Caribé, Mário Cravo, Calazans Neto, Carlos Bastos

e Hansen Bahia. A capoeira é importante exemplo dos diferentes tipos de folclore

 baiano. É um tipo de dança/luta cuja coreografia envolvente torna-se muito atrativa

ao espectador. Foi introduzida na região pelos escravos, que realizavam uma forma

de jogos de dança com utilização de técnicas de luta acrobática. O instrumento

chamado berimbau, uma das marcas registradas da Bahia, é o responsável pela

manutenção do ritmo na performance da capoeira. Entre as danças mais populares

do Estado encontram-se também o maculelê e o samba-de-roda. A primeiraoriginou-se com os trabalhadores das plantações de cana-de-açúcar na região de

Santo Amaro e o samba-de-roda, dança em que solistas executam os passos no

centro de uma roda, teve origem na região de Cachoeira, ambas a menos de duas

horas de viagem de Salvador, por via terrestre.

Culinária - O Estado da Bahia é também conhecido pelas especiarias de sua

culinária, marcadamente influenciada pelos costumes africanos, que lhe conferiram

sabor exótico inconfundível. Entre os pratos mais apreciados da culinária baiana

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encontram-se o caruru, o vatapá, o efó e a moqueca, todos preparados com dendê,

óleo extraído de uma palmeira originária da África. As baianas, mulheres vestidas

em trajes típicos, que vendem comidas em tabuleiros pelas ruas de Salvador, são

atração especial na cidade. Entre os quitutes mais populares estão o acarajé, oabará e a cocada. As frutas tropicais também constituem atração especial da

culinária baiana. Destacam-se o caju, a mangaba, o maracujá, a manga e o umbu

entre as mais conhecidas, além da laranja e do abacaxi, que também são

encontradas em grande quantidade. Os sucos de frutas são muito utilizados

também para fazer a chamada batida, tradicional bebida brasileira, que mistura aos

sucos, cachaça (aguardente de cana-de-açúcar) e mel ou açúcar.

Artesanato - Uma das formas mais representativas da arte no Estado, o artesanato

confeccionado na Bahia inclui especialmente artigos em couro, madeira, barro,

metal e fibras. Os mais importantes centros artesanais encontram-se nas cidades

de Feira de Santana (couro); Maragogipinho, Rio Real e Cachoeira (barro); Caldas

do Jorro, Caldas de Cipó e Itaparica (palha); Rio de Contas e Muritiba (metal); Ilha

da Maré (bordados e tecelagem); Jequié, Valença e Feira de Santana (madeira);Santo Antoniode Jesus, Rio de Contas e Monte Santo (ouro e prata).

Indígenas - Vivem no Estado da Bahia 10.947 indígenas, distribuídos em 17 grupos

(ou terras indígenas) que ocupam área de 122.014 hectares de extensão. Todas as

áreas são territórios indígenas, sendo que algumas já estão legalizadas pela

Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do Governo Federal, responsável pela

questão indígena no País.

Ilhéus - Fundada em 1534 com o nome de Vila Velha de São Jorge dos Ilhéus, a

cidade desenvolveu-se em função do porto localizado 462 km ao sul de Salvador,que deve seu crescimento à produção de cacau, iniciada pelos jesuítas no século

XVIII. No século XIX, o cacau tornou-se o segundo produto em importância nas

exportações brasileiras, trazendo grande prosperidade para a região de Ilhéus.

Cenário do romance "Gabriela Cravo e Canela", do escritor Jorge Amado, a cidade

 possui atrações turísticas e praias freqüentemente visitadas por turistas de todas as

 partes do País. Entre os principais sítios históricos locais encontram-se a igreja de

São Jorge, construída entre 1535 e 1556, o Museu de Arte Religiosa, com peças

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datadas dos séculos XVI, XVII e XVIII e a capela de Santana, datada de 1537, hoje

tombada como parte do patrimônio histórico nacional.

Porto Seguro - Localizada 730 km ao sul da cidade de Salvador, foi o primeiro local

onde aportaram os navegantes portugueses comandados por Pedro Álvares Cabral,quando da descoberta do Brasil em 1500. Possui alguns dos mais antigos

monumentos históricos do País, além de paisagens naturais de rara beleza ao

longo de sua costa. Entre suas principais atrações encontram-se a igreja da

Misericórdia, a mais antiga do Brasil, construída entre 1526 e 1530; a igreja de

 Nossa Senhora da Penha, datada de 1535; e a Casa do Ouvidor José Xavier de

Machado, construída em 1535, para abrigar o juiz local (ouvidor).

 Nas redondezas de Porto Seguro encontram-se sítios históricos e turísticos de

grande importância nacional, como a antiga cidade de Santa Cruz Cabrália, onde

existem ruínas de várias construções jesuítas e prédios do período colonial. Entre

as praias mais importantes da região, destacam-se a praia da Ponta do Mutá e a

 praia da Coroa Vermelha, onde se encontra uma cruz de pau-brasil marcando o

local onde foi celebrada a primeira missa em território brasileiro. O povoado de

Arraial d’Ajuda, situado 4 km ao sul de Porto Seguro, foi contruído entre 1549 e1551 e é muito procurado pelas lindas praias de sua orla, especialmente Pitinga

(paraíso de nudistas), Taípe e Trancoso.

Monte Pascoal - O Parque Nacional do Monte Pascoal, com área de 22.500

hectares, foi criado em 1961. Está localizado no município de Porto Seguro, 156 km

ao sul da cidade. Suas matas contêm grande quantidade de vegetação típica da

floresta atlântica, incluindo jequitibás, maçarandubas, jatobás, perobas e pau-brasil,

a madeira que deu origem ao nome do País. Além da floresta tropical, a paisagem

do parque apresenta restingas, mangues, pântanos e lagoas, habitados por 

diversas espécies de animais, algumas já em processo de extinção. Uma dasprincipais atraçõesdo parque é o Monte Pascoal, de 536 metros de altura, que foi o

 primeiro ponto avistado por Pedro Álvares Cabral quando de sua chegada à costa

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 brasileira.

A história de Alagoascomeça com a

descoberta do Brasilquando o atualterritório do Estadoera habitado pelosíndios Caetés. Situadoentre os dois maiorescentros de produçãode açúcar do Nordeste

  brasileiro –  Pernambuco e Bahia-, O Estadodesenvolve econsolida umaeconomia baseada na

 produção de açúcar ena criação de gado naqual era utilizada,sobretudo, a mão-de-obra de escravosnegros e mestiços. Noséculo XVI e XVII,

  piratas estrangeirosatacaram sua costa,

atraídos pelo pau-  brasil. No início doséculo XVI a regiãofoi invadida pelosfranceses. No entanto,em 1535, DuarteCoelho Pereira,donatário da capitaniade Pernambuco,retoma o controle daregião para os

 portugueses.Duarte

incentiva, também, acultura da cana-de-açúcar. No séculoXVII, os holandesesocupariam a região esó se retirariam em1645. Para manter ocontrole do território,

os colonizadores entram em choque com os nativos e dizimam as tribos indígenas como a doscaetés. A partir do fim do século XVI, Alagoas e Pernambuco foram o centro da maisimportante resistência negra à escravidão: o quilombo de Palmares destruído em 1694 por Domingos Jorge Velho, depois de quase um século de existência. Durante a maior parte do

 período colonial, Alagoas fez parte da capitania de Pernambuco. Torna-se um distrito judiciárioem 1711 e se separa em 1817 para se tornar uma capitania autônoma. Esta separação foi uma

Formação Histórica

A região onde hoje se encontra o Estado de Alagoas foi invadida por franceses no início do século XVI, sendo retomada pelos portuguesesem 1535, sob o comando de Duarte Coelho, donatário da capitania

de Pernambuco, que organizou duas expedições e percorreu a áreafundando alguns vilarejos, como o de Penedo. Também incentivou a

 plantação de cana-de-açúcar e a formação de engenhos. Em 1630, osholandeses invadiram Pernambuco e também ocuparam a região deAlagoas até 1645, quando os portugueses voltaram a conquistar ocontrole da região.Em 1706 Alagoas é elevada à condição de comarca, primeiro passo

  para o alcance de sua autonomia. Em torno de 1730 a comarca possuía cerca de 50 engenhos, 10 freguesias e razoável prosperidade.A emancipação política aconteceu em 1817, quando a comarca foielevada à condição de capitania. Durante os períodos subseqüentes,várias sublevações contra os portugueses se sucederam em Alagoas.A Primeira Constituição do Estado foi assinada em 11 de junho de1891, em meio a graves agitações políticas, que assinalaram o inícioda vida republicana.Em 1839 a sede do governo foi transferida da antiga cidade deAlagoas (hoje Marechal Deodoro) para Maceió.

Palmares

Aconteceu em Alagoas por volta de 1630, a maior revolta deescravos ocorrida no País, onde se organizou o famoso Quilombodos Palmares, uma confederação de quilombos organizada sob adireção de Zumbi, o chefe guerreiro dos escravos revoltosos.

Palmares chegou a ter população de 30 mil habitantes, distribuídosem várias aldeias, onde plantavam milho, feijão, mandioca, batata-doce, banana e cana-de-açúcar. Também criavam galinhas e suínos,conseguindo extrair um excedente de sua produção, que eranegociado nos povoados vizinhos. A fartura de alimentos emPalmares foi um dos fatores fundamentais para a sua resistência aosataques dos militares e brancos em geral, durante 65 anos. Foidestruído em 1694. Em 1695, Zumbi fugiu e foi morto, acabandoassim o sonho de liberdade daqueles ex-escravos, que só viriam aconhecer a sua libertação oficial em 1888.

Origem do Nome

O nome Alagoas é derivado dos numerosos lagos que se comunicamuns com os outros e também com os diversos rios que banham aregião. Só Maceió, a capital, possui 17 lagoas, entre mais de 30 emtodo o Estado.

Fonte: mre.gov.br 

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represaria do governo central à revolução pernambucana. Com a Independência, em 1822,Alagoas é transformada em uma província. Em 1839, Maceió torna-se a nova capital, no lugar de Alagoas, hoje em dia Marechal Deodoro. Durante o Império, realizaram-se movimentoscomo a Confederação do Equador e a Cabanagem. Mesmo durante esse período, Alagoasguarda as características econômicas e sociais de seu passado: economia agrária, tendo como

 base a produção de cana-de-açúcar (Zona da Mata) e do algodão (agreste) com uma pequenaindustrialização. A sociedade continua dependendo do poder dos coronéis, grandes proprietáriosde terra e chefes de oligarquias locais. Os dois primeiros presidentes do Brasil republicano eramde Alagoas: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. A província tornou-se um Estado durante a

 proclamação da República em 15 de novembro de 1889. A partir dos anos 60, a economia deAlagoas é beneficiada pelos programas da SUDENE para a exploração do sal gemme,recebendo investimentos da Petrobrás para a exploração do petróleo. Fernando Collor de Melo,

 primeiro presidente eleito do Brasil era governador de Alagoas antes de sua eleição.Localizadana região Nordeste, Alagoas possui um litoral rico em belezas naturais, planícies encharcadas elagos que podem ser percorridos pela BR 101. A estrada segue toda costa desde a foz do rio SãoFrancisco, que faz a fronteira do sul do estado com Sergipe até o Norte entrando emPernambuco. Alagoas depende economicamente das grandes plantações de cana-de-açúcar e

disso é o maior produtor do Nordeste com uma produção de 28 milhões de toneladas por ano em2001. Em relação à cana, Alagoas só é ultrapassada pelo Estado de São Paulo. Noventa por cento das exportações do Estado provêm da cana da qual 73% em açúcar e 17% em álcool.Além da cana, cultiva-se o algodão, o tabaco, a mandioca, a farinha e a noz de coco. Sua renda

 per capita é um pouco abaixo da média do país. Durante os últimos dez anos, o turismo sedesenvolveu no litoral. Os turistas visitam não só a capital Maceió, mas também Barra de SãoMiguel, Barra de santo Antônio, Paripueira, Marechal Deodoro e a cidade histórica de Penedo.Os principais atrativos de Alagoas são suas belas praias e sua cozinha rica e diversificada comoos pratos do litoral à base de sururu, um tipo de mexilhão dos lagos da região.Publicado em: 14 outubro, 2007 História do Estado do Ceará, CE, região Nordeste do Brasil – 

Entre 20 de janeiro e 2 de fevereiro de 1500 ocorreu a chegada da expedição do navegador Vicente Yanez Pinzón ao litoral cearense, Aracati. Um mês após a ancoragem de Pinzón toca acosta cearense a segunda expedição ultramarina, capitaneada por Diego de Lepe. Em 1532, por ato de D. João III, foi instituída a capitania do Ceará, atribuindo-se um lote decinqüenta léguas de costa e pela terra adentro até a linha de demarcação, a Antônio Cardoso deBarros, que não chegou a assumir. A partir de 1540 a costa cearense passa a ser alvo de incursões de corsários e piratasestrangeiros. Essas violações flibusteiras se prolongaram por muito tempo, devido às riquezasda terra, dentre as quais: o âmbar-gris, as madeiras de lei, a pimenta e o algodão nativo. 

Em julho de 1603, organizou-se a primeira bandeira exploratória no interior cearense. Ocapitão-mor Pero Coelho de Sousa foi o comandante e tinha por objetivo expulsar os francesesda capitania abandonada e tirar proveito, legalmente, da fertilidade e riquezas da região. Em 20 de janeiro de 1612 Martin Soares Moreno inicia a construção do forte de São Sebastião,na Barra do Ceará. Em 1819 chegou ao Ceará, a carta patente nomeando Francisco Alberto Rubin para governador de capitania. Em 1823 foi redigida uma Carta Imperial exigindo a Vila de Fortaleza em cidade, com o nomede Cidade de Fortaleza da Nova Bragança. 

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Em 1824 a Câmara, clero, nobreza e povo da vida do Campo Maior da Comarca do Cratodeclaram decaída a Dinastia Bragantina e proclamam o governo republicano. É proclamada aRepública no Ceará, com adesão das Câmaras de Fortaleza, Aquirás e Messejana e os

 procuradores das demais Câmaras da província. Em 1825 o presidente da província divulga proclamação condenando os participantes daConfederação do Equador, no Ceará, à condição de condenados, ficando a Comissão Militar com as atribuições de prendê-los. É executado por fuzilamento o padre Gonçalo deAlbuquerque Mororó. Nos dias 01, 16 e 28, são fuzilados, respectivamente, Francisco MiguelPereira Ibiapina, Luís Ignácio de Azevedo Bolão e Feliciano José da Silva Carapina.

Em 1833, o presidente José Mariano, em reunião extraordinária do Conselho, promove a divisão judiciária da província, criando as Comarcas de Fortaleza, Aracati, Icó, Quixeramobim e Crato,dispondo para Fortaleza duas varas. Em 1841 a Lei Provincial nº 229 eleva a Vila de Sobral à cidade, com o título de FidelíssimaCidade de Januária do Acaraú.

Em 1842 a Lei nº 244 eleva à categoria de cidade, as vilas do Aracati e Icó, mudando também onome da Cidade de Januária para Sobral.

Em 1857 o Decreto nº 1944 cria a Capitania do Porto do Ceará. Em 01 de janeiro de 1883 o município de Acarape, proclama a abolição dos escravos dentro deseus limites. Outros municípios acompanham o momento, cada um separadamente. Pelo evento,Acarape passou a chamar-se de Redenção. Movimento pioneiro no Brasil.

Em 1890 é promulgada a primeira constituição do Estado do Ceará e o coronel Luíz AntonioFerraz, que já vinha respondendo pelos destinos políticos e administrativo do Estado, assume a

16 de janeiro o governo ditatorial.Ceará

O Ceará é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o décimo segundo estado mais rico do  país. Está situado naRegião Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte e nordeste, Rio Grande do 

 Norte e Paraíba a leste, Pernambuco a sul e Piauí a oeste. Sua área total é de 146.348,30 km²,[6] ou 9,37% da área do Nordeste e 1,7% da superfície do Brasil. A população do estadoestimada para o ano de 2008 foi de 8.450.527 habitantes, conferindo ao território a oitavacolocação entre as unidades federativas mais populosas.

A capital e maior cidade é Fortaleza, sede da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Outrascidades importantes fora da RMF são: Juazeiro do Norte e Crato na Região Metropolitana do

Cariri, Sobral na região noroeste, Itapipoca na região norte, Iguatu na região centro-sul e Quixadá nosertão.[7] Ao todo são 184 municípios.

O estado é conhecido nacionalmente pela beleza de seu litoral, pela religiosidade  popular e pelaimagem de berço de talentos humorísticos. A jangada, ainda comum ao longo da costa, éconsiderada um dos maiores símbolos do povo e da cultura cearenses. O Ceará concentra 85%de toda caatinga do Brasil, e é o segundo estado com melhor qualidade de vida do  Norte-

 Nordeste segundo a FIRJAN.[8]

O Ceará é conhecido como "Terra da Luz", numa referência à grande quantidade de diasensolarados, mas que também remonta ao fato de o estado ter sido o primeiro da federação aabolir a escravidão, em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea. Por esse fato, o jornalista José doPatrocínio considerou o estado como "a terra da luz"

Etimologia

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O nome Ceará significa, literalmente, canto da jandaia.[10] Segundo o escritor José de Alencar , Ceará é nome composto de cemo - cantar forte, clamar, e ara - pequena arara ou periquito (emlíngua indígena). Há também teorias de que o nome do estado derivaria de Siriará, referênciaaos caranguejos do litoral.[

O povo cearense foi formado pela miscigenação de indígenas catequizados e aculturados após

longa resistência, colonizadores europeus e negros que viviam como trabalhadores livres ouescravos.[11] O povoamento do território foi bastante influenciado pelo fenômeno naturalda seca.

Era uma sociedade rural baseada sobretudo na pecuária, principalmente no sertão, e naagricultura, em especial nas serras e vales. A elite latifundiária, mediante o poder econômico ecomplexas relações de parentesco e afilhadagem, possuía controle de quase todos os aspectos davida social. Os "coronéis" mantinham em suas propriedades muitos dependentes que lhes

 prestavam serviços ou entregavam parte de sua produção em troca da posse de um lote de terra,além de trabalhadores assalariados

O desenvolvimento independente do Ceará aconteceu apenas depois de sua desagregaçãode Pernambuco em 1799,[13] e sua história foi marcada por lutas políticas e movimentos

armados. Essa instabilidade se prolongou durante o Império e aPrimeira República, normalizando-se depois da reconstitucionalização do País em 1945.

[editar]Ceará pré-colonial

O Ceará era habitado ancestralmente por indígenas dostroncos Tupi (Tabajara, Potiguara, Tapeba, entre outros)e Jê (Kariri, Inhamum, Jucá, Kanindé, Tremembé, entre outros), cujas tribos ainda hojedenominam vários topônimos no Ceará.[14] Estes povos já negociavam Tatajuba, ambar, algodão

 bravo e outros produtos com os estrangeiros que aportavam nas costas cearenses, antes que oscolonizadores portugueses chegaram em 1603 através do litoral. O povoamento pelos

 protugueses foi bastante dificultado nas primeiras décadas de colonização, devido à intensaresistência dos nativos e à interveniência de secas.

Os navegadores espanhóis Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe desembarcaram na costacearense antes da viagem de Pedro Álvares Cabral aoBrasil.[15] Pinzón chegou a um caboidentificado como "  Porto Formoso", que se acredita ser o Mucuripe, e Lepe, à barra do rio Ceará, em Fortaleza. Essas descobertas não puderam ser oficializadas devido ao Tratado deTordesilhas (1494).

As terras equivalentes à Capitania do Ceará foram doadas a Antônio Cardoso de Barros, que,  porém, não se interessou em colonizá-las.[16] Ficaram assim entregues à ação de corsários, notadamente franceses, que em 1590 estabeleceram a Feitoria da Ibiapaba, para explorar o âmbar-gris, as madeiras de lei, a pimenta e o algodão nativo. Os holandeses também jánegociavam com os nativos cerearense, um bom exemplo disso e capitão Jean Baptista Sijens,que esteve no Mucuripe em 1600.[17] Os esforços de povoamento pelos portugueses visavam

 principalmente a vencer a resistência indígena e garantir o domínio luso contra estrangeiros.

Em 1597/98 um ramo da etnia Potyguara que habiatava a região ao redor do Forte dos Reis Magos, migrou e estabeleceu-se na região entre as margens dp rio Cocó, rio Ceará e ao fundo asserras dePacatuba e Maranguape[18].

[editar]Ceará Colonial

Graças ao contatos mantidos entre os índios Potyguara e portugueses, estes últimos planejaramchegar ao Ceará e estabelecer um ponto de apoio na jornada para os Maranhão. Desta forma a

 primeira tentativa efetiva de colonização portuguesa ocorreu com Pero Coelho de Sousa em1603, que na sua fundou o Forte de São Tiago na Barra do Ceará. Em 1605, porém, sobreveio a

 primeira seca registrada na história cearense, fazendo que Pero Coelho e sua família abandona-

se o Ceará.

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Depois do fracasso de Pero Coelho, os padres jesuítas Francisco Pinto e PereiraFigueira chegaram ao Ceará com o intuito de evangelizar os silvícolas. Avançaram atéa Chapada da Ibiapaba, onde ficaram até a morte do padre Francisco Pinto em outubro domesmo ano. O padre Pereira Figueira retornou a Pernambuco em 1608, sem grandes sucessos.[19]

Em 1612, nova expedição foi enviada como parte dos esforços de conquista do Maranhão, então

dominado pelos franceses. Fazia parte desta jornada Martim Soares Moreno, que funda o Fortimde São Sebastião, também na Barra do Ceará. Ao retornar, em 1621, encontrou o fortedestruído, mas lançou as bases para o início da exploração econômica pelos portugueses e oapaziguamento dos nativos.[20][21]

Os holandeses, já estabelecidos em Pernambuco desde 1630, tentaram invadir o Ceará já em1631, atendendo ao pedido das nações índigenas cearenses. Sendo que a primeira tentativa deconquista holandesa fracassou.

Em 1637, o território foi tomado pelos holandeses, graças um trabalho conjunto com os índiosnativos, no qual os portugueses foram feitos prisioneiros e levados para Recife. Os holandesesestabelceram-se e também chegaram usar o Ceará com ponto de apoio a conquista holandesado Maranhão, em 1641.

 Nesta época de ocupação holandesa (1637-1644), o forte da Barra do Ceará foi reformado, foiconstruído um forte em Camocim, as pesquisas para a exploração das salinas foram feitas e em1639,George Marcgraf vem ao Ceará numa expedição. Uma expedição que se deu partindodo Fortim de São Sebastião percorreu o oeste cearense até a região dos Imhamuns.[22]

Os holandeses ficaram no Ceará até 1644, quando Gideon Morris e sua tropa, que retornavamdas batalhas no Maranhão, foram mortos numa emboscada organizada pelos próprios índios.Com a emboscada de 1644, o Fortim de São Sebastião também foi destruído.

Entre 1644 até 1649, o Ceará ficou sendo administrado pelas etnias existentes. A presençaeuropéia só retorna em 1649, depois de contatos e negociações feitas entres os nativose Antônio Paraupaba em 1648.[23]

Com a chegada de Matias Beck , em 1649, o Siará Grande entrou num novo período histórico:na embocadura do riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch foi construído, os trabalhos de buscadas supostas minas de prata foram iniciadas e os holandeses procuraram mais uma vez seestabelecer na região, sob forte hostilidade dos indígenas.[24]

Após a capitulação holandesa em Pernambuco, o forte foi entregue aos portugueses,restabelecendo-se assim o poderio português, rebatizando-o de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.[25] Neste período muitas das nações índigenas que apoiaram os holandeses, que nãoestavam protegidas pelo Tratado de Taborda, fugiram para o Ceará, procurando refúgio dasretaliações lusas.[26]Desta forma, o Ceará acabou sendo o centro de batalhas na Guerra dosBárbaros.

 Na continuação da colonização pelos portugueses

[20]

 a influência dos jesuítas foi determinante,resultando na criação de aldeamentos (Porangaba, Paupina, Viçosa e outros), muitos delesfortemente militarizados, onde os indígenas eram concentrados para serem catequizados eassimilados à cultura lusitana. Tribos tupis aliadas dos portugueses também vieram se instalar em vilas militarizadas na capitania. Dessas reduções surgiram às primeiras cidades da capitania,como Aquiraz e Crato. O processo de aculturação, no entanto, não se deu sem grandesinfluências de crenças e produtos nativos. A intensa resistência levou a episódios sangrentos,destacando-se a Guerra dos Bárbaros, ao longo de várias décadas do século XVIII, que resultouna fuga dos habitantes da capital Aquiraz, em 1726, para Fortaleza, que passou a ser a capital.[27]

Outras frentes colonizadoras surgiram com a instalação da pecuária na capitania através dos"sertões de dentro" e "sertões de fora", com levas oriundas respectivamente da Bahia ede Pernambuco.[28] Vilas como Icó, Aracati, Sobral e outras surgiram do encontro de rotas dogado tangerino, que era levado até as feiras ou fregueses. Mais tarde, o custoso transporte dogado perdeu importância para a produção da carne de charque que, no final do século XVIII, se

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disseminou também para a Região Sul do Brasil. Nas regiões serranas, houve grande afluxo de  pessoas que se dedicaram à agricultura policultora, o que veio a caracterizá-las pela maior diversificação da produção e pela estrutura menos latifundiária que a do sertão. O valedo Cariri assentou-se menos na pecuária e mais na cultura da cana-de-açúcar , propiciando aentrada de maiores levas de escravos africanos. O litoral, refúgio de muitos indígenas e negroslivres ou fugitivos, povoou-se de vários vilarejos de pescadores.

As principais vilas da capitania da época charqueana eram Aracati, Crato, Icó, e Sobral. A quemais ganhou destaque foi Aracati, devido ao comércio decouro e carne de charque. Entre osanos de 1750 a 1800, Aracati viveu seu apogeu,[29] mas com uma grande seca na região entre osanos de 1790 até1793, os rebanhos bovinos morreram e a produção de charque transferiu-se

 para o Rio Grande do Sul, que assumiu a posição de abastecedor principal das outras regiões.

Capitania do Siará Grande

Em 1799 o Ceará adquiriu independência em relação à Pernambuco, e Bernardo Manuel de Vasconcelos foi nomeado seu primeiro governador, sendo o responsável pelo início daurbanização de Fortaleza.[13]   No final do século XVIII, especialmente com aGuerra de Independência norte-americana, o algodãofoi tomando relevante papel na pauta de exportações

do Ceará. Com o declínio do charque, cuja distribuição era centrada em Aracati, Fortaleza setornou a principal cidade cearense devido à sua condição de destino dos produtos agrícolascultivados nas diversas serras que se elevam nas vizinhanças do município.

Em 1812 foi nomeado governador do Ceará o português Manuel Inácio de Sampaio e PinaFreire, o qual reuniu os literatos no palácio do governo e deu incentivo às artes e à urbanizaçãoda capital por meio dos projetos de Silva Paulet. No começo do século XIX o Ceará passou por movimentos rebeldes, como a República do Crato, em 1813, e também influênciasda Revolução Pernambucana de 1817, movimentos de cunho republicano-liberal liderados pelafamília cratense dos Alencar. Tais movimentos foram reprimidos com dureza pelo governador 

 provincial do Ceará, Inácio de Sampaio.[30]

[editar]Ceará no Império

Em 1825 o Ceará tomou parte na Confederação do Equador , com o liberal TristãoGonçalves aplicando um golpe e tornando-se chefe do governo.[31] A Confederação foi frustrada

  pela forças imperiais, e Tristão morreu durante os combates contra as forças legalistasdo Império. O ciclo de conflitos terminou com a Insurreição de Pinto Madeira, "coronel"de Jardim, que visava ao retorno da monarquia absolutista e representava interesses regionaisopostos aos da cidade do Crato, de inspiração marcantemente liberal.

Em meados de 1860, devido à Guerra de Secessão norte-americana, houve um surto decrescimento da produção do algodão. Tal florescimento não durou muito tempo, mas deu grandeimpulso à modernização da infra-estrutura da Província como exemplo a Estrada de Ferro de Baturité, inaugurada em 1873. Em 1877, tem início a chamada Grande Seca de 1877-1879, umdos mais severos períodos de seca prolongada da história cearense, levando à morte milhares de

 pessoas e acarretando emigração maciça de retirantes. Fortaleza recebeu uma população defugitivos da seca quatro vezes maior que a sua própria.[32]

Logo após, a produção da borracha explode na Amazônia, e muitos cearenses vítimas da secamigram para esta região.[34]

A gravidade dessa estiagem chamou a atenção do governo central e mesmo de cientistas,havendo então a produção de textos científicos e propostas de melhoramento da situação da

  população cearense,[35] cuja maior parte não foi posta em prática ou se relevou ineficaz. Por outro lado, houve um aceleramento nas obras do Açude do Cedro, em Quixadá, o primeiro do

  Nordeste, que só ficou pronto em1906.[36] A Grande Seca e as estiagens seguintesimpulsionaram o surgimento da indústria da seca e geraram uma tradição migratória no estado.[37]

Entre 1869 e 1900, 300 mil cearenses abandonaram sua terra, 85% deles indo para aAmazônia.[38]

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Anos antes da proclamação da República notabilizou-se a campanha abolicionista no Ceará, quelogrou abolir a escravidão no estado em 25 de março de1884, quatro anos antes da Lei Áurea. Omovimento contou com a participação de várias sociedades libertárias, inclusive a maçonaria, mas o maior destaque ficou com Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, jangadeiroque impulsionou o abolicionismo ao comandar seus companheiros, em 1881, numa total recusaa transportar escravos para dentro ou fora da província. [9] A primeira cidade brasileira a abolir aescravatura foi Acarape, atualRedenção, em 1º de janeiro de 1883. Devido a isso, o Cearárecebeu a alcunha de Terra da Luz , de início por José do Patrocínio. A escravidão, que jamaisfora dominante no estado, estava praticamente extinta nos anos de 1880, de forma que nãohouve resistência à abolição mesmo por parte da elite agrícola.

Primeira República e Estado Novo

  No início da Primeira República, apesar das estiagens que assolaram o Ceará, Fortalezacontinuou a desenvolver-se econômica e politicamente, ao contrário do resto do estado. Ocorrenas primeiras décadas do século XX um afluxo de imigrantes, embora pequeno em relação aode outras regiões, consistindo principalmente de portugueses e sírio-libaneses.[39] Osdescendentes destes, em particular, ganharam grande destaque no comércio, como mascates, e,

futuramente, na política cearenses.

[40]

Começou a ganhar destaque a atividade dos cangaceiros, que, agindo em grupos organizados e promovendo saques em cidades e propriedades rurais, desestabilizaram o interior do Nordeste por décadas. A forte religiosidade popular e a grande miséria estimulavam uma profusão delíderes messiânicos e formas de fanatismo religioso. O cearense Antônio Conselheiro, de Quixeramobim, chegou a formar, na Bahia, o arraial de Canudos, cuja forte atração

 populacional e ideológica, contrária aos interesses da elite fundiária, deflagrou a Guerra de Canudos.[41] Isso, porém, não extinguiu a influência dos líderes religiosos.

Entre 1896 e 1912, a hegemonia política foi monoliticamente concentrada nas mãos docomendador  Nogueira Accioly e de sua família, que estabeleceram uma poderosa oligarquia quecomandava a maior parte dos escalões do poder estadual. Em 1912, Accioly apontara como seu

candidato Domingos Carneiro, contra Franco Rabelo, representante da políticado salvacionismo do presidenteHermes da Fonseca, gerando uma conturbada campanhaeleitoral. A dura repressão policial a uma passeata de crianças em favor de Rabelo, que causou amorte de algumas delas e feriram outras, desencadeou uma revolta de três dias da populaçãofortalezense, forçando o governador Accioly a renunciar, evento conhecido como Sedição deFortaleza. Franco Rabelo passou a governar o Ceará.[42]

 No fim do século XIX o carismático Padre Cícero passou a atrair milhares de sertanejos paraum pequeno distrito do Crato, que se tornaria Juazeiro do Norteem 1911, persuadidos pela suafama de milagreiro, atribuída à suposta transformação em sangue da hóstia recebida do padre

 pela beata Maria de Araújo. Mesmo após a perda de sua ordenação, em virtude de controvérsiassobre o milagre, o Padre Cícero tornou-se cada vez mais conhecido e, apesar de seu caráter 

messiânico, foi hábil em evitar grandes conflitos com a elite local, tornando-se ele próprio um  poderoso chefe político. Em1914 irrompeu a Sedição de Juazeiro, opondo o governador interventor Franco Rabelo e o Padre Cícero, que havia conquistado os postos de prefeito deJuazeiro do Norte e vice-governador .[43] Rabelo iniciou uma perseguição ao líder religioso. Comisso, liderados por  Floro Bartolomeu, os sertanejos fiéis ao Padim Ciço reuniram-se para lutar contra as tropas estaduais, conseguindo derrotá-las em sua cidade e fazê-las recuar até Fortaleza,onde, vencendo, destituíram o governador. Estabeleceu-se um relativo equilíbrio entre asoligarqEm 1915 o Ceará sofreu com uma gravíssima seca levando a novo êxodo da populaçãocearense para aAmazônia, região que, devido às intermitentes, mas significativa emigraçãorecebeu grande afluxo e influência de cearenses. A gravidade da seca inspirou a escritora Rachelde Queiroz em sua famosa obra O Quinze. O sertãosofreu mais uma estiagem em 1932, e ogoverno estadual não pôde dispor mais da Amazônia como refúgio para os flagelados.uias

cearenses, que durou até a Revolução de 30. Diante disso, os campos de Concentração no Ceará que já foram usados na estiagem de 1915, foram recriados.[44] [45] Conhecidos

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como Currais do Governo, [46] tinham como objetivo, impedir que os retirantes que fugiam daseca e da fome, chegassem às grandes cidades. A instabilidade política e social foi crescendo noEstado. Nos anos 1930, surgiu no Crato o movimento messiânico do Caldeirão de Santa Cruz doDeserto, liderado pelo  beato José Lourenço.[47] Igualitária e agrária, a comunidade do Caldeirão

 perseguia a auto-suficiência, passando a ser vista pelo governo e pelos fazendeiros poderosos daregião como uma má influência. Em 1937 o Caldeirão foi invadido e alvo de bombardeio aéreo,resultando no massacre de aproximadamente 400 indivíduos.

Após a Revolução de 1930, o Ceará passou a ser governado por interventores do GovernoFederal.[48] Ascenderam duas organizações políticas que dominaram o cenário estadual: a LegiãoCearense do Trabalho, com nítida influência fascista, e a Liga Eleitoral Católica, fortementereligiosa, representante da elite tradicional e de grande apelo popular. Nos anos 1940 mais umaseca (1943) assolou o Ceará, e, com a Segunda Guerra Mundial e os Acordos de Washington, ogoverno de Getúlio Vargas incluiu o Ceará no seu projeto político. A instalação de uma basenorte-americana em Fortaleza trouxe ideais democráticos e antifascistas que passaram a ser defendidos em várias manifestações. Sob uma forte propaganda governamental de migração(SEMTA), cerca de 30 mil cearenses tornaram-se Soldados da Borracha, produzindo esse

 produto na Amazônia  para abastecer os exércitos aliados.[49]

 República Nova no Ceará tem início com a nomeação sucessiva de seis interventores até aseleições de 1947, seguindo-se a eleição de Faustino de Albuquerque pela UDN. Durante seugoverno, nas eleições presidenciais de 1950, o candidato udenista Eduardo Gomes obteve amaior votação, e Getúlio Vargas ficou na 3ª colocação no estado. [50] Para a direção do governoestadual é eleito Raul Barbosa. Durante seu governo houve a instalação do Banco do Nordeste do Brasil (1952) em Fortaleza. No mesmo ano o governo federal inaugurou oficialmente o Portodo Mucuripe, em cujo entorno foram instaladas várias usinas termoelétricas.

Durante a década de 1950 surgiram ou se consolidaram vários dos maiores grupos econômicosdo Ceará, como Deib Otoch, J. Macêdo, M. Dias Branco,Edson Queiroz e Jereissati. Paulo Sarasate foi o terceiro governador eleito no período. Ainda nessa década tem início uma novaonda migratória para vários estados e regiões. Entre as décadas de 1950 e 1960, a populaçãocearense passou de 5,1% para 4,5% do total da população brasileira.[51] Em 1958 foieleito Parsifal Barroso que teve a ajuda do governo federal para combater as mazelasdecorrentes da seca daquele ano, sendo a principal obra o Açude Orós, inaugurado em 1961. EmFortaleza o Grupo Severiano Ribeiro inaugurou o Cine São Luis. Em 1962, foi criado o Bancodo Estado do Ceará (BEC).[52]

Em 1963 Virgílio Távora foi eleito governador do Ceará, exercendo o mandato até 1966, mesmo com o surgimento da ditadura militar  em 1964. Seu governo foi marcado pela criação do"PLAMEG I" - Plano de Metas do Governo - que visou à modernização da estrutura do estadocom a ampliação do porto do Mucuripe e a transmissão da energia de Paulo Afonso  para acapital.[53] Foram criados ou instalados, também, o Distrito Industrial de Maracanaú, a CODECe a Companhia DOCAS do Ceará. Com o AI-2, Virgílio aderiu à ARENA, e seu vice Figueiredo

Correia ao MDB.O Ceará é cercado por formações de relevo relativamente altas: chapadas e cuestas: a oeste édelimitado pela Serra da Ibiapaba; a leste, parcialmente; pelaChapada do Apodi; ao sul

 pela Chapada do Araripe; e ao Norte pelo Oceano Atlântico. Daí o nome de DepressãoSertaneja à área central.[66]

O estado está no domínio da caatinga, com período chuvoso restrito a cerca de quatro meses doano e alta biodiversidade adaptada.[67] A sazonalidadecaracterística desse bioma se reflete emuma fauna e flora adaptadas às condições semi-áridas. Consequentemente, há grande número deespécies endêmicas,[68] sobretudo nos brejos e serras, isolados pela caatinga e refúgios da flora efauna de matas tropicais úmidas.[69] Na Serra de Baturité, por exemplo, 10% das espécies deaves são endêmicas.[70] O soldadinho-do-araripe foi descoberto em 1996 na Chapada do Araripe e só é encontrado nessa região. Dentre as aves, são ainda característicos o uirapuru-laranja e a jandaia. Destacam-se, na flora cearense, a carnaúba, considerada um dos símbolos do

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estado e também importante fonte econômica e a  zephyranthes sylvestris,[71] flor original dohabitat cearense.

As regiões mais áridas se situam na Depressão Sertaneja, a oeste e sudeste. Próximo ao litoral, ainfluência dos ventos alísios propicia um clima subúmido, onde surge vegetação mais densa,com forte presença de carnaubais, os quais caracterizam trechos de mata dos cocais. O clima

também se torna subúmido, com caatinga mais densa e maior pluviosidade, nas adjacências daschapadas e serras.

Enquanto as chapadas e cuestas são de origem sedimentar, as serras e os inselbergs queabundam em meio à Depressão Sertaneja são de formação cristalina. Dentre os relevossedimentares, apenas a Chapada do Araripe (com altitudes que vão de 700 m até mais de 900 m)e a Serra da Ibiapaba (com altitude média de 750 m) possuem altura suficiente para permitir aocorrência freqüente de chuvas orográficas, o que lhes confere maior pluviosidade. As

 pluviosidades, bem mais intensas do que na Depressão Sertaneja, variam de 1000 mm a mais de2000 mm anuais.[73] Por outro lado, a altitude na Chapada do Apodi não ultrapassa os 300 m, demodo que as características semi-áridas ainda predominam nela. Dentre as serras de origemcristalina, as que têm de 600m a 800m de altitude média (caso do  Maciço de Baturité, da Serra

da Meruoca e da Serra de Uruburetama) também são favorecidas pelas chuvas orográficas,surgindo aí vegetação tropical densa, chuvas mais frequentes e maior umidade, em especial nasua vertente de barlavento. Em Catunda, na Serra das Matas, encontra-se o ponto mais elevadodo estado, o Pico da Serra Branca, com 1.154 metros.[74]  Nas serras pouco elevadas, surgevegetação semelhante às das vertentes de sotavento das serras úmidas, isto é, uma vegetaçãosimilar à caatinga mas bastante mais densa e com distinções na fauna e flora, conhecidacomo mata seca.

Existe ainda o carrasco, vegetação xerófila peculiar, que surge no reverso da Chapada da Ibiapaba e do Araripe, áreas mais secas, caracterizando-se por uma flora arbustiva e arbórea

 predominantemente lenhosa, ao contrário da caatinga. O carrasco distingue-se ainda da caatinga pela quase inexistência de cactos e bromeliáceas. Alguns se referem a essa vegetação como umaespécie de transição entre o cerrado, a floresta tropical e a caatinga.

O território cearense é dividido em sete  bacias hidrográficassendo a maior delas ado rio Jaguaribe. Sua bacia hidrográfica compreende mais de 50% do estado. O rio tem 610 kmde extensão. Os dois maiores reservatórios de água do Ceará são barragens que represam oJaguaribe: Açude Orós e Açude Castanhão com as respectivas capacidades de armazenamento2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos. Os afluentes mais importantes do rio Jaguaribe são osrios Salgado e Banabuiú.[76]

As outras bacias são: do rio Acaraú com um dos maiores reservatórios do estado,o açude Araras com capacidade para um bilhão de metros cúbicos; [77] dorio Coreaú; do rio Curu;do litoral, que drena boa parte do litoral norte oeste onde os principais riossão Aracatiaçu, Aracatimirim, Mundaú e Trairi; na região metropolitana onde os principais rios

são Ceará, Cocó, Pacoti e Choró; e parte da bacia do rio Parnaíba.[78]

O estado encontra-se com 92,99% de seu território dentro do  polígono das secas, segundo dadosda Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[79]

 No litoral, que se estende por 573 km, predominam os mangues e restingas, vegetação litorâneatípica, além de áreas sem vegetação recobertas por dunas. [80] Mesmo com altitudes muito poucoelevadas, as pluviosidades e a umidade são maiores que na Depressão Sertaneja. Astemperaturas médias variam de 22 °C a 32 °C. A planície litorânea possui geografiadiversificada, o que faz com que o estado possua praias com coqueirais, dunas, barreiras(também chamadas falésias por muitos) - paredões sedimentares que acompanham a faixa dacosta e, em alguns trechos, possuem tons coloridos - e áreas alagadas de manguezal, onde hágrande biodiversidade.

As praias mais famosas do Ceará são: a Praia de Jericoacoara, a Praia de Canoa Quebrada ea Praia de Porto das Dunas, dentre outras, as quais se destacam por alcançar fama internacional.

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Regionalmente, outras praias destacadas são: a Praia das Fontes, Morro Branco, Icaraí, Presídio,Baleia, Flecheiras, Cumbuco e Lagoinha. O litoral cearense é atravessado por duas rodovias, aCosta do Sol Nascente e a Costa do Sol Poente, que, a partir de Fortaleza, direcionam-se para olitoral leste e oeste, respectivamente.[

O clima é predominantemente semi-árido, com pluviosidades que, em trechos da região dos

Inhamuns, podem ser menor que 500 mm, mas também podem se aproximar de 1.000 mm emoutras áreas caracterizadas pelo clima semi-árido brando (presente, por exemplo, na área semi-árida do Cariri e nas cidades relativamente próximas à faixa litorânea). A temperatura média éalta, com pequena amplitude anual de aproximadamente 5 °C, [91] girando entre meados de 20 °Cno topo das serras a até 28 °C nos sertões mais quentes. [92] No interior, a amplitude térmicadiária pode ser relativamente grande devido à menor umidade.[93]

Em todo o estado, os dias mais frios ocorrem geralmente em junho e julho e os mais quentes,entre outubro e fevereiro.[73] Nas áreas serranas, onde impera o clima tropical semi-úmido e, emaltitudes mais elevadas, úmido, as temperaturas são mais baixas, com média de 20 °C a 25 °C,[73] podendo ter mínimas anuais entre 12 °C e 16 °C.[92] Surgem aí vegetaçõesde cerradão e floresta tropical, e as pluviosidades são mais altas, superando os 1.000 mm. Essas

áreas contêm mananciais que banham os sopés dessas regiões, tornando-os propícios à atividadeagrícola. É nas serras e próximo a elas, assim como nas planícies aluviais, que se concentra amaior parte da população do interior cearense, com densidades superiores a 100 hab./km², por exemplo, em boa parte do Cariri cearense.[94]

  No litoral, o clima tropical subúmido possui pluviosidades normalmente entre 1.000mm e1.500mm. As temperaturas são bastante elevadas, com médias de 26 °C a 28 °C, mas aamplitude térmica é bastante pequena.[73]  No geral, as temperaturas variam, durante o dia, demínimas de 23 °C - 24 °C até máximas de 30º - 31 °C. É raro as temperaturas ultrapassarem os35 °C na região litorânea, ao contrário do que ocorre no Sertão cearense.

[editar]Secas

O clima do Ceará é marcado pela aridez. As secas são periódicas, e, desde que a ocupaçãoterritorial foi consolidada, a população tenta resolver o problema da escassez de água. A Secade 1606 foi a primeira a marcar a história da ocupação do território. Outras secas importantesforam as registradas em 1777 e 1778, responsáveis pelo enfraquecimento da indústria dascharqueadas, que teve seu golpe final no período de grandes secas entre 1790 e 1794.[95] Duranteas décadas seguintes, até 1877, o Ceará viveu relativa tranquilidade, sem estiagem, até quenaquele ano e nos dois seguintes uma grande seca prejudicou fortemente a agropecuária noestado.[96]  No início dessa, o senador Tomás Pompeu de Sousa Brasil publicou o primeiro livrosobre esse problema climático, intitulado "O clima e secas no Ceará". Nessa época foi iniciada aconstrução do Açude do Cedro, em Quixadá, como medida para minimizar a falta de água, masa obra só foi finalizada na Primeira República.

 No começo do século XX foi criada a "Inspetoria de Obras Contra as Secas" que mais tarde

 passaria a ser o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, com sede em Fortaleza pararealizar estudos, planejamentos e obras contra as estiagens, em 1909.[97] Várias barragens foramconstruídas em todos os estados do Nordeste. Na década de 1930, foi criado o Polígono das secas: quase a totalidade do território cearense está inserido nele.

Atualmente existem muitos órgãos do governo cearense voltados para a problemática do clima.A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos juntamente com a Superintendência de Obras Hidráulicas são os órgãos que fazem a gerência de várias barragens e o planejamento deadutoras e canais. A Fundação Cearense de Meteorologia é a responsável pelo monitoramentoclimático. Finalmente o órgão central é a Secretaria dos Recursos Hídricos que faz toda aestruturação de metas e planos para combater a seca no Ceará.[98]

[editar] Em 2008, a distribuição da população cearense por cor era a seguinte: 33,05% seautodeclaravam brancos, acima dos 30,02% verificados na contagem de 1998; 3,03% se diziamnegros, muito acima dos 1,22% em 1998; e a proporção de pardos diminuiu, contabilizando

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63,39% a partir dos 68,69% de 1998. Em proporção, o Ceará tem mais brancos e menos negrosque a média nordestina, embora a proporção de pessoas que se autodeclaram negras tenhaaumentado bastante.[101] Devido às características econômicas que sempre predominaram noCeará (a pecuária, atividade bastante móvel, e acotonicultura

 

) e aos aspectos naturais da terra(como o regime periódico de secas, que gerava graves situações de escassez de alimentos emvárias áreas sertanejas), a escravidão africana não vicejou no Estado. Dessa forma, a populaçãonegra cearense sempre foi relativamente pequena. Vários negros, contudo, migraram para oCeará como homens livres, aí fincando raízes.[107] Estudos indicam que a maior parte dos negroscearenses tinham origem em povos  bantus e do Benim.[108]

Em 1864, havia apenas 36 mil cearenses escravos, número que, em 1887, reduzira-se paraapenas 108 (observe-se que, em 1872, a população total estava em 721 686 habitantes [109]). Em1813, os escravos representavam 11,5% dos cearenses, dos quais 63% eram negros.[110] Comparando-se com estados escravistas próximos, constata-se quão pouco importante era aescravidão na sociedade do Ceará: em 1864, Pernambuco tinha 260 mil escravos, permanecendoainda com 41 122 em 1887; e a Bahia, 300 mil escravos em 1864 e 76 838 escravos restantesem 1887.[111]

A constituição étnica do povo cearense remonta há muitos séculos. O censo de 1813 mostrauma configuração já tendente à atual, com predominância de pardos: 28% de brancos, 6% deindígenas, 16% de negros e 50% de pardos.[110] Assim, predominam os mestiços, descendentes,em sua maior parte, de brancos e índios, mulatos e caboclos que viviam como vaqueiros,moradores de fazendas, pescadores, dentre outros. Os brancos, em sua grande maioria,descendem de portugueses, com pequena contribuição de holandeses, espanhóis, sírio-libaneses(estimam-se 5 mil descendentes no Estado [112]) e outros, mas grande parcela dos brancostambém possui ancestralidade multiétnica como em todo o Brasil.

Segundo dados do estudo  Frequência de  Antígenos  HLA em uma Amostra da PopulaçãoCearense, realizado pelo professor Henry Campos, titular da disciplina de Medicina Clinica daFaculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, revelou que há um predomínio nítido

de um antígeno no grupo de cearenses, que não é o mesmo presente nas populações de negros e portugueses.[114] Comparado esse estudo com outros semelhantes realizadosem Pernambuco e Bahia, confirma-se que a predominância indígena no Ceará é relevante.

O Ceará tem, atualmente, quinze etnias indígenas nativas reconhecidas. A população estimadadessas etnias é de 22 500 índios, de acordo com dados do Distrito Sanitário Especial Indígenado Ceará (FUNASA). No Ceará muitas pessoas desconhecem a existência dos índios, pois

 políticas oficiais, durante muito tempo, obrigaram os indígenas a esconderam sua identidade.Um decreto da Assembleia Provincial do Ceará, datado de 1863, declarou que não havia índiosna província.[115] Então eles passaram a ser desacreditados, perseguidos e tiveram suas terrasinvadidas. Somente na década de 1980, os índios cearenses começaram a reivindicar seusdireitos de posse de terra e o reconhecimento de suas etnias.

Política

 Ver páginas anexas: Governadores do Ceará e Lista de deputados estaduais da atual legislatura

O poder  executivo é exercido pelo governador do Ceará eleito em 2006  para o período dequatro anos 2007 - 2010, Cid Gomes e todas as secretarias de estado, órgãos vinculados ea administração indireta. Exemplos de órgãos que integram essa administraçãosão: Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará e o Departamento de Edificações e Rodovias do Ceará. A administração indireta é feita por autarquias,empresas públicas e fundações tais como: Escola de Saúde Pública do Ceará, Companhiade Água e Esgoto do Ceará e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científicoe Tecnológico.[116]

O poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa do Estado do Ceará que écomposta por 46 deputados.[117] O legislativo estadual fiscaliza as contas públicas do

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executivo bem como aprova e regula todas as leis com jurisdição no território do Ceará.A TV Assembléia é um órgão de comunicação da assembléia do Ceará que divulga asações desta instituição. Na função de fiscal das ativdades do poder executivo a assembleiado Ceará é auxíliada por dois trubunais de contas: Tribunal de Contas do Estado do Ceará, fiscal do governo estadual, e Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará , fiscal das prefeituras, que também auxilia as câmaras municipais nessa tarefa.[118] Mesmocom a atividade desses tribunais e do poder legislativo a corrupção é preocupaçãomarcante na sociedade e na mídia que constantemente reclamam de atividades suspeitas eem época de eleição.[119][120]

O Judiciário cearense tem como instância máxima o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará composto por 27 desembargadores.[121] O Fórum Clóvis Beviláqua, da comarca deFortaleza, é o maior fórum subordinado ao Tribunal cearense. Atualmente 139 municípiossão sedes de comarca sendo 45 vinculadas, 49 de primeira entrância, 40 de segundaentrância, 49 de terceira entrância e Fortaleza que é uma comarca especial. O MinistérioPúblico do Estado do Ceará é a instituição que de forma autônoma auxilia o estado nagarantia da justiça e do direito.

O sistema correcional é composto por quatro penitenciárias, dois presídios, duas colôniasagrícolas, uma casa de albergado, duas casas de custódia, dois hospitais, e 131 cadeias  públicas. Este sistema estava abrigando em 2008 um contingente total de8.101[122] pessoas. A maior unidade prisional do sistema é o Instituto Penal PauloSarasate abrigando 940[122]  pessoas.

[editar] O Ceará surgiu como unidade administrativa em 1799 com 14 municípios, sendo omais antigo, Aquiraz, fundado em 1699, e o último desse período foiGuaraciaba do Norte criadoem 1791.[123] Com a Independência do Brasil as províncias foram organizadas em 1823 e nesseano o território já estava dividido em mais quatro cidades. Durante todo o período imperial doBrasil foram criadas mais 44 cidades desmembrando-se vilas das já então existentes. Em poucomais de um século o estado passou de 62 para 184 cidades que a partir da constituição de 1988

 passaram a serem unidades constitutivas da união em patamar igual aos estados.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística dividiu o território cearense emsete mesorregiões e estas em 33 microrregiões constituindo-se basicamente em divisõesestatísticas. O Governo do Ceará dividiu o estado em oito macrorregiões de desenvolvimento eem 20 regiões administrativas.[124]

[editar]Litígio territorial

 No governo colonial do Governador Sampaio o engenheiro Silva Paulet apresentou mapa da província em 1818 que mostrou o limite oeste do litoral até a foz do Rio Igaraçu. Desta forma alocalidade de Amarração, atual cidade de Luís Correia faria parte do Ceará. Durante o século XIX a localidade teve assistência da cidade cearense vizinha, Granja, até que em 1874 os

 parlamentares estaduais decidiram elevar a localidade a categoria de vila. Essa atitude chamou a

atenção dos políticos do Piauí que reivindicaram seu território. A solução ocorreu pelo DecretoGeral nº 3012, de 22 de novembro de 1880, decidindo que haveria uma "troca" onde o Piauírestabeleceu a totalidade de seu litoral e o Ceará incorporou os municípiosde Crateús e Independência.[125]

Desde essa época que na divisa do Ceará com o Piauí persistem vários pontos com indefiniçõesde seus limites.[126] A área total em disputa é de aproximadamente 2.500 hectares. Depoisda Constituição de 1988, foi proposto que em 1991 seriam resolvidas as questões de limitesentre os estados, mas só em 2008 foi apresentado um acordo entre esses, com o Piauí ficandocom 1.500 hectares e o Ceará com 1.000, devendo ainda ser confirmado pelo governo federal.[127]

Em 2008, o PIB cearense, em preços de mercado, foi de R$ 60.098.877.000, dos quais 47,17%estão concentrados na capital Fortaleza, segundo estudo do Ipece. [128] Há um suave processo dedesconcentração da riqueza no Estado, visto que em 2004 a capital representava 47,80% do PIB

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estadual. Por outro lado, as cidades mais ricas, no geral, seguem aumentando sua proporção emrelação ao PIB total. Destacam-se além da capital: Maracanaú (5,19%),Juazeiro do

 Norte (3,31%), Caucaia (3,25%), Sobral (2,83%), Eusébio (1,56%), Horizonte (1,39%), Maranguape(1,07%), Crato (1,07%) e São Gonçalo do Amarante (1,02%).

Os cinco municípios com PIB per capita mais altos no Ceará são: Eusébio (R$ 23.205),

Horizonte (R$ 15.947), Maracanaú (R$ 15.620), São Gonçalo do Amarante (R$ 14.440) eFortaleza (R$ 11.461), todos muito acima da média estadual, que é de R$ 7.112. Os dezmunicípios de maior PIB abrangem 67,86% do PIB total.[128]

A partir da década de 1960 houve uma progressiva industrialização e urbanização, que ganhouimpulso a partir da década de 1980, em parte devido à política de concessão de benefíciosfiscais a empresas que se instalassem no estado.[129] Atualmente, embora sendo ainda umaeconomia sub-industrializada em relação a vários outros estados do Brasil, a economia cearensenão é mais baseada sobretudo nas atividades agropecuárias, sendo preponderante o setor terciário de comércio e serviços, com grande destaque para o turismo. Apesar disso, aquelasainda possuem grande relevância na economia do estado, em especial a pecuária, mas hátambém crescente importância de cultivos não-tradicionais no estado, como a produção de

frutas e legumes no Vale do Rio Jaguaribe e de flores na Serra da Ibiapaba e no Cariri.Desde 2004 a economia cearense vem crescendo, moderada, mas sustentadamente, entre 3,5% e5% ao ano.[130] Em 2007 o crescimento foi de 4,4%, e em 2008 de 6,5%, sendo o primeiroinferior à média brasileira para aquele ano e o segundo bastante superior, principalmente devidoà forte recuperação da agropecuária cearense (24,59%) aliada à manutenção em níveis altos docrescimento da indústria (5,51%) e do setor de serviços (5,21%). Em 2009, apesar da criseeconômica internacional e de perdas no setor primário, o PIB cearense cresceu 3,1%, bastanteacima do resultado do PIB brasileiro, de -0,2%, sobretudo devido ao bom desempenho do setor de serviços.[3] Com isso, o PIB cearense atingiu pela primeira vez um patamar de mais de 2% da

 produção nacional.[131] Uma estimativa feita pelo IPECE mostra que o PIB do Ceará teve umcrescimento nominal recorde, quando cresceu 10 bilhões, quando comparado o ano de 2010com o ano de 2009.[132] Em 2010 também foi registrado o recorde de participação da economiacearense na economia nacional. Tal participação que era de 1,89% em 2007, subiu para 2,04%em 2010.

Destacam-se na atividade agrícola: feijão, milho, arroz, algodão herbáceo, algodãoarbóreo, castanha de caju, cana-de-açúcar , mandioca, mamona, tomate, banana, laranja, coco e,mais recentemente, a uva.[134] Recentemente tem crescido um pólo de agricultura irrigadadirigida principalmente à exportação, em áreas próximas à Chapada do Apodi, dedicando-seespecialmente ao cultivo de frutas como melão e abacaxi. Outro destaque muito recente é o docultivo de flores, que tem ganhado importância especialmente na Cuesta da Ibiapaba.

 Na pecuária os rebanhos de maior representatividadesão:  bovinos, suínos, caprinos, eqüinos, aves, asininos, carcinicultura e ovinos.[135]

Os principais recursos minerais extraídos do solo cearense são: ferro, água mineral, calcário, argila, magnésio, granito,  petróleo, gás natural, sal marinho,grafita, gipsita, urânio bruto. O município de Santa Quitéria, na localidade de Itataia,

 possui uma das maiores reservas de urânio do Brasil

Setor secundário

Os principais setores da indústria cearense são vestuário, alimentícia, metalúrgica, têxtil,química e calçadista. A maioria das indústrias esta instalada na Região Metropolitana deFortaleza, com destaque para Fortaleza,Caucaia e Maracanaú onde se encontra o DistritoIndustrial de Maracanaú sendo um importante complexo industrial, dinamizando a economia doestado do Ceará.[137] Em Caucaia e São Gonçalo do Amarante será instalada a ZPE do Cearáno Complexo Industrial e Portuário do Pecem onde serão instaladas uma siderúrgica euma refinaria de petróleo.

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A Federação das Indústrias do Estado do Ceará é a entidade sindical dos donos das empresas. Aentidade congrega a maioria dos donos e dirigentes industriais. Algumas das grandes empresasdo Ceará com alcance nacional vinculadas a FIEC são: Aço Cearense, Companhia de Alimentosdo Nordeste,Grendene, Café Santa Clara, Grande Moinho Cearense, Grupo Edson Queiroz, Indústria Naval do Ceará, J. Macêdo, M. Dias Branco, Troller  e Ypióca.[138]

[editar ]Setor terciário

O comércio é muito marcante na economia do Ceará compondo o PIB do estado com mais de70%.[128] A Associação Comercial do Ceará foi a primeira instituição classista cearense, fundadaem 1866. Atualmente a principal instituição comercial no estado é a Federação do Comércio doEstado do Ceará(Fecomercio). Algumas redes de comércio varejista filiadas a Fecomercio comdestaque no nacional são Rede de Farmácias Pague Menos, Cone Pizza,Otoch e Esplanada.

Em 2009 foi iniciada a construção da segunda central de abastecimento do estado que ficará naregião do Cariri e complementará a distribuição de alimentos juntamente com a Ceasa da RMF.[139]Complementando a atividade comercial da Ceasa, todas as cidadesmantêm mercados municipais.

Em Fortaleza existem vários Shopping centers: Iguatemi Fortaleza,  North Shopping (Fortaleza), Shopping Aldeota, Shopping Benfica, Shopping Center Um, Shopping Del Paseo e Shopping Via Sul. Além desses, somente outros dois shoppings ficam fora da capital:o Maracanau Shopping Center , que fica em Maracanaú e o Cariri Shopping, que ficaem Juazeiro do Norte.[140]

[editarA cultura cearense é de base essencialmente européia e ameríndia, com algumasinfluências afro-brasileiras, assim como em todo o sertão nordestino. Quando da introdução dacultura portuguesa no Ceará, ao longo do século XVII, os índios já produziam um diversificadoartesanato a partir de vegetais como o cipó e a carnaúba, bem como dominavam técnicas

 primitivas de tecelagem do algodão,[185] inclusive tingindo os tecidos de vermelho com a cascadaaroeira.[186] Com a colonização, diversas técnicas européias se somaram a essa base cultural,formando uma arte popular que viria a ser renomada nacional e internacionalmente.

Com origens portuguesas e relevante influência indígena, têm destaque a produção de redescom os mais diversos bordados e formas e intrincadas rendas feitas em bilros, talvez o maior destaque da produção artesanal cearense, sendo uma arte tradicional no Ceará desde, pelomenos, o século XVIII.[187] As rendas e os labirintos possuem maior destaque nas imediações dolitoral, enquanto o interior se destaca mais pelos bordados.[185] As pedras semipreciosas tambémsão exploradas, transformadas em jóias criativas, sobretudo em Juazeiro do

 Norte, Quixadá e Quixeramobim.

Ademais, o artesanato feito em madeira e barro se destaca bastante, com produção de esculturashumanas, representando tipos da região; quadros talhados em madeira e vasos adornados. Outroimportante item do artesanato cearense são as garrafas de areias coloridas, onde sãoreproduzidas, manualmente, paisagens e temáticas diversas. São ainda encontrados, em diversascidades - em especial Massapê, Russas, Aracati, Sobral e Camocim, dentre outras, cestarias,chapéus e trançados com variadas formas e desenhos feitos da palha da  carnaúba, do  bambu edo cipó.[187] Por fim, como conseqüência natural de uma economia que, durante séculos, foiessencialmente pecuarista, o couro é trabalhado artesanalmente, em especial, para a produção dechapéus e outras peças da roupa de vaqueiros, assim como de móveis e esculturas. As principaiscidades no artesanato coureiro são Morada Nova, Juazeiro do Norte, Crato, Jaguaribe e Assaré.[186]

Em diversas áreas do interior cearense, os cordéis, assim como os repentistas e poetas populares, especialistas no improviso de rimas, ainda estão presentes e ativos, seguindo umatradição que remonta aos trovadores e poetas populares da Idade Média lusitana. Outra forteinfluência portuguesa se encontra na grande importância das festas religiosas nas cidades detodo o interior, particularmente as festas de padroeiro, que estão entre as principais festividadesda cultura cearense, abarcando não só cerimônias religiosas, mas também danças, músicas e

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outras formas de entretenimento, numa complexa mistura de aspectos sagrados e profanos.Destaca-se a Festa de Santo Antônio em Barbalha, famosa pelo pau da bandeira e comemoradanessa forma a 78 anos.[188]

[editar]Artes plásticas

O movimento de maior destaque na história da pintura cearense foi o  modernismo com osurgimento da Sociedade Cearense de Artes Plásticas em 1944 que reuniu vários pintorescomo Antônio Bandeira, Otacílio de Azevedo, Aldemir Martins, Inimá de Paula, Zenon Barreto e outros.[189] Bandeira é considerado um dos maiores pintores abstracionistas do Brasil.Antes desse movimento alguns importante pintores cearenses foram Raimundo Cela e Vicente Leite que no começo do século XX retrataram várias paisagens do sertão e litoral do estado.

  Na segunda metade do século XX o suíço Jean-Pierre Chabloz em passagem pelo Cearádescobriu a arte do acreano de origem cearense Chico da Silva no Pirambu retratando figuras

 primitivas de dragões e outros animais com carvão e tinta guache. Seu estilo foi classificadocomo arte naïf e teve grande destaque até a década de 1980. No final do Século XX o

 pintor Leonilson foi o maior destaque cearense na pintura. [190] Contemporaneamente temos osnomes de Roberto Galvão e Bruno Pedrosa dentre outros.

[editar]Humor

O Ceará se tornou conhecido nacionalmente como berço de talentos humorísticos como Chico Anysio, Renato Aragão, Tom Cavalcante e Tiririca, dentre vários outros. Embora a percepçãode que há um Ceará moleque, como verdadeira identidade do povo cearense, seja controversa, ahistória do estado é repleta de casos verídicos e curiosos que parecem corroborar com essaidéia, destacando-se, sobretudo, figuras populares como o Bode Ioiô, que era famosoem Fortaleza e inclusive foi eleito vereador da cidade, e o Seu Lunga, de Juazeiro do Norte, famoso pela sua intolerância com perguntas óbvias, assim como eventos como a vaia ao

 sol também em Fortaleza, depois de quase um dia inteiro de céu nublado na cidade.[191] A novelahumorística da Record, Ceará contra 007, de1965 ajudou a formar esse imaginário de um CearáMoleque.

] O Ceará é terra de muitos escritores e poetas importantes, podendo-se citar, dentre muitosoutros: José de Alencar , Domingos Olímpio, Rachel de Queiroz,Adolfo Caminha, Antônio Sales, Jáder Carvalho, Juvenal Galeno, Gustavo Barroso e Patativa do Assaré.[192]

A literatura cearense foi sempre caracterizada por florescer em torno de grupos literários. O primeiro desses grupos de desenvolvimento literário foi Os Oiteiros, que, embora mantendo os padrões típicos do Arcadismo, soube encontrar uma cor local para descrever o fugere urbem eo carpe diem típicos daquela escola.[192]

 No final do século XIX, surgiu a Padaria Espiritual, uma agremiação cultural formada por  jovens escritores, pintores e músicos. Vários autores criticavam as instituições e valores entãovigentes com discurso irônico, irreverência, espírito crítico e sincretismo literário. [193] Para

alguns críticos literários e historiadores, essa agremiação pode ser considerada um movimento pré-modernista que já apresentava alguns aspectos do Modernismo, que só surgiria com forçaem São Paulo em 1922. Contemporânea à Padaria Espiritual, a Academia Cearense de Letras foifundada em 1894 sendo uma das principais instituições literária do estado, congregando algunsdos nomes mais ilustres da literatura estadual.[194] Hoje, existem diversas instituições similaresem todo o Ceará.

O Modernismo se consolidou no Ceará por meio do movimento Clã , fundado nos anos 1940,que congregou diversos escritores renomados cearenses: Moreira Campos, João ClímacoBezerra, Antônio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, Otacílio Collares, Artur EduardoBenevides, Antônio Martins Filho, Braga Montenegro, Manuel Eduardo Pinheiro Campos, FranMartins, José Camelo Ponte, José Stênio Lopes, Milton Dias, Lúcia Fernandes Martins e Mozart

Soriano Aderaldo.[195]

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 Na década de 1970, surgiram outros dois importantes grupos literários no Ceará: O Saco, umarevista artística inusitada, pois era distribuída com folhas soltas guardadas dentro de um saco; eo Grupo Siriará, que reuniu diversos jovens escritores, propondo uma literatura cearenseautêntica e desvinculada dos estereótipos que se estabeleceram na retratação literária doambiente cearense.[196]

O Ceará também possui escritores pós-modernistas renomados, embora, em sua maior parte,  pouco conhecidos. Podem-se citar, dentre eles, Pedro Salgueiro, Natércia Campos, AirtonMonte, Tércia Montenegro, Raymundo Netto dentre outros.[197]

A literatura de cordel tem destaque nas letras cearenses desenvolvendo-se expressivamente emJuazeiro do Norte, desde as primeiras décadas do século passado. Em Fortaleza, a Literatura deCordel surgiu no período da Oligarquia de Nogueira Accioly, período esse, em que circularamalguns folhetos destratando a figura do governador cearense. Patativa do Assaré é um dosmaiores destaques nesse tipo de literatura.[198]

A religião é muito importante na cultura da maior parte dos cearenses. A Igreja Católica éa religião hegemônica e deixou várias marcas na cultura cearense. Foi a única reconhecida pelogoverno até 1883 quando, na capital do estado, foi fundada a Igreja Presbiteriana de Fortaleza.[205] A religiosidade católica cearense adota vários elementos de origem popular e apresentainfluências de crenças indígenas.

Durante todo o século XX várias igrejas se instalaram no Estado e no final desse houve umaumento considerável de pessoas de outras religiões. Contudo, o Ceará é ainda o segundo estado

 brasileiro com maior proporção de católicos, que são 84,9% da população segundo dados de2000.[206] Os evangélicos são 8,2%, os espíritas 0,4%, os membros de outras religiões 0,9%, e ossem religião, 3,8%.[207]

O catolicismo tem uma extensa rede de igrejas e organizações religiosas em todo o Ceará. AProvíncia Eclesiástica de Fortaleza, encabeçada pelaArquidiocese de Fortaleza, lideraoito dioceses: Quixadá, Iguatu, Tianguá, Crato, Crateús, Limoeiro do Norte, Sobral e Itapipoca. A Igreja Católica foi uma grande força política no passado, sobretudo até a primeira metadedo século XX, época em que organizações católicas influenciaram decisivamente os rumos da

 política estadual.[208]

Todos os 184 municípios cearenses possuem  padroeiros. O padroeiro do Ceará é São José, daí porque o seu dia, no calendário religioso - 19 de março - é feriado estadual. Segundo a tradição popular cearense e os Profetas da chuva, essa data tem grande significado, pois, se nesse diahouver chuva, o "inverno" (estação chuvosa) estará garantido. Do contrário, a seca estaráinegavelmente caracterizada.[209] Essa data curiosamente coincide com o equinócio.

A fé sertaneja, muitas vezes associada ao messianismo e marcada por profunda relação com ossantos, rituais e datas religiosas, foi e continua sendo bastante influente na história cearense enos costumes e festejos cearenses. A cidade de Juazeiro do Norte surgiu de um assentamento

que, sob orientação do Padre Cícero, considerado pela fé popular um santo, tornou-se um localde peregrinação religiosa e, nos últimos anos, atrai milhares de crentes de vários locais do Nordeste. Outro local de grande peregrinação religiosa no Ceará é a cidade de Canindé queabriga um santuário importante é o de Canidé, em devoção a São Francisco, considerado omaior das Américas.[210] O Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão, em Quixadá,tem se tornado outro centro de peregrinação católica.

História..Foram os espanhóis os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde hoje se encontrao Estado do Maranhão. Em 1535, no entanto, verificou-se por parte dos portugueses, uma

 primeira tentativa fracassada de ocupação do território. Foram os franceses que realizaram aocupação efetiva iniciada em 1612, quando 500 deles chegaram em três navios e fundaram aFrança Equinocial. Seguiram-se lutas e tréguas entre portugueses e franceses até 1615, quando

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os primeiros retomaram definitivamente a colonia. Em 1621, foi instituído o Estado doMaranhão e Grão-Pará, com o objetivo de melhorar as defesas da costa e os contatos com ametrópole, uma vez que as relações com a capital da colonia, Salvador, localizada na costa lestedo oceano Atlântico eram dificultadas, devido às correntes marítimas. Em 1641, os holandesesinvadiram a região e ocuparam a ilha de São Luiz, nomeando o povoado em homenagem ao reiLuiz XIII. Três anos depois, foram expulsos pelos portugueses. A separação do Maranhão ePará veio a ocorrer em 1774, após a consolidação do domínio português na região. A forteinfluência portuguesa no Maranhão fez com que o Estado só aceitasse em 1823, apósintervenção armada, a independência do Brasil de Portugal, ocorrida em 7 de setembro de 1822.

 No século XVII, a base da economia do Estado encontrava-se na produção do açúcar, cravo,canela e pimenta; no século XVIII, surgiram o arroz e o algodão, que vieram a se somar aoaçúcar, constituindo-se estes três produtos a base da economia escravocrata do século XIX.Com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888, o Estado enfrentou um períododecadência econômica, do qual viria a se recuperar no final da primeira década do século XX,quando teve início o processo de industrialização, a partir da produção têxtil. O Estado doMaranhão recebeu duas importantes correntes migratórias ao longo do século XX. Nos

 primeiros anos chegaram sírio-libaneses, que se dedicaram inicialmente ao comércio modesto,

  passando em seguida a empreendimentos maiores e a dar origem a profissionais liberais e políticos. Entre as décadas de 40 e 60 chegou grande número de migrantes originários do Estadodo Ceará, em busca de melhores condições de vida na agricultura. Dedicaram-se principalmenteà lavoura de arroz, o que fez crescer consideravelmente a produção do Estado.

O Maranhão é o estado brasileiro com infra-estrutura portuária desenvolvida mais próximo dedois grandes mercados: o norte-americano e o europeu. Está próximo também do Canal doPanamá. Situa-se no oeste da região Nordeste, tendo como limites o Oceano Atlântico a norte, oPiauí a leste, Tocantins ao sul e sudoeste e e o Pará a Oeste. É o único estado da região com

 parte de sua área coberta pela floresta Amazônica, apresentando importantes áreas de proteçãoambiental. Em 1997, a capital São Luis foi declarada patrimônio histórico da humanidade pelaUnesco.

economia do Maranhão se baseia na indústria (transformação de alumínio), O Maranhão conta7 distritos industriais, das quais 3 (São Luis, Imperatriz e Balsas), e estão implantados e osrestantes (Rosário, Santa Inês, Bacabal e Açailândia), em fase de implantação, todos localizadosàs margens ou em áreas que sofrem influência da Estrada de Ferro Carajás. O Distrito Industrialmais importante do Estado é o de São Luis, situado a sudoeste da Ilha, onde estão instaladas asfábricas de Aluminia e Alumínio da ALUMAR (considerado uma das maiores do mundo), duascervejarias (BRAHMA e ANTARCTICA) e aproximadamente 40 outras empresas que atuamnos setores Químicos, Têxtil, Gráfico, Imobiliário, Metalúrgicos, Metal Mecânico, Alimentos,Aliagenosas, Fertilizantes, Cerâmicos e Artefatos de Borracha e Cimento entro outros.

 No extrativismo, Beneficiado pela situação geográfica as condições naturais e a grandevariedades de paisagens, principalmente a mata característica. O extrativismo maranhense se

destaca no cenário nacional pela quantidade e variedades de produtos, sendo uma das principaisatividades econômicas do Estado. Entre os produtos podemos destacar: Babaçu, Jaborandi ouArruda e Madeira em tora. Na agricultura (soja, mandioca, arroz, milho).A pecuária maranhense se caracteriza por ser o tipo extensiva, onde os rebanhos são criadossoltos. Osprincipais rebanhos são: Bovinod, Suíno, Caprino e Ovino, Bubalino, Aves. Existemvárias teorias para a origem do nome do estado. Porém, a mais aceita é que Maranhão era onome dado ao Rio Amazonas pelos nativos da região antes dos navegantes europeus chegarem.O Maranhão destaca-se também no turismo (ecológico, cultural, religioso), apresentando aosvisitantes uma mescla de ecossistemas somente comparada, no Brasil, com a do Pantanal Mato-Grossense. Possui o 2º maior litoral brasileiro, superado apenas pela Bahia.