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O PIBID - A formação do professor de Artes Visuais e as atividades de ensino e pesquisa nas escolas municipais de Goiânia - Segunda fase do Ensino Básico http://www.pibidufpel.tk/ Ministério da Educação (MEC) / Diretoria de Educação Básica Presencial (DEB) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)TRANSCRIPT
O PIBID - A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE ARTES VISUAIS E AS
ATIVIDADES DE ENSINO E PESQUISA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
GOIÂNIA – SEGUNDA FASE DO ENSINO BÁSICO
Edna Goya
Faculdade de Artes Visuais/Universidade Federal de Goiás
O texto tem como objetivo apresentar uma experiência metodológica de trabalho de
orientação que esta sendo desenvolvida com os bolsistas PIBID/FAV/UFG. Queremos
falar dos procedimentos, das respectivas conquistas e dificuldades encontradas durante
o desenrolar do projeto. Levando em consideração a quantidade de bolsistas exigidos
pelo programa (15), os interesses dos bolsistas, e respectivas escolas (3) conveniadas,
achamos por bem oferecer, dentro do projeto da Unidade, linhas temáticas para que os
bolsistas pudessem se inscrever, de modo individual ou em duplas, conforme interesse.
Palavras chave: ensino; artes visuais; formação de professores
Entendemos que a formação do professor de artes visuais deva se preocupar com
todos os níveis de ensino que antecedem a Universidade – da educação infantil ao
ensino médio - e que os bolsistas devem conhecer outros espaços que o absorvam como
profissional da área, portanto, defendemos a idéia de se proporcionar ao bolsista um
campo mais aberto para a pesquisa, ensino e projetos de extensão.
Compreendemos ainda que a formação do professor, de artes visuais, deve se
preocupar com diversas temáticas que envolvem a pedagogia artística, haja vista que a
área é bastante jovem enquanto campo de conhecimento especifico e obrigatório no
currículo escolar.
A escola necessita de um profissional que esteja aberto e qualificado para lidar
com diferentes realidades e diversidade: cultural e educacional, situações de ensino,
espaços e contextos, o que inclui o domínio de conhecimentos históricos, estéticos,
artísticos, processuais, técnicos, de criação e processos de ensinar e aprender. Ele deve
conhecer os materiais, os aspectos conceituais e filosóficos: da educação e da arte, mas
sem se esquecer da complexidade e diversidade cultural que envolve todas as temáticas,
práticas e contextos escolares.
Os subprojetos dos bolsistas têm como finalidade estimulá-los a investigar
assuntos de seus interesses no campo do ensino e extensão, cuja preocupação é a
melhoria da qualidade de sua formação, o que implica no desenvolvimento de
atividades estimulantes e diversificadas, pensando tanto na complexidade do ensino
artístico quanto nas escolas parceiras da rede municipal – segunda fase do ensino
básico. Pensamos ainda na possibilidade de ocupação/visitas em outros espaços
educacionais, não formais, uma vez que estes são considerados, no projeto pedagógico
do curso, como importantes espaços de aprendizado, cuja preocupação é a ampliação do
campo de ação do professor de artes visuais.
Acreditamos que o desenvolvimento de estudos temáticos de modo mais
ampliado, e que envolvam a melhoria da formação do professor, voltado para os
diversos níveis, contextos e situações de ensino, propiciado pela diversificação de
temáticas, tendo como eixo epistemológico o ensino de arte e sua melhoria, associado à
natureza e duração do estágio docência – 2 anos – se poderá vir a contribuir não apenas
para a formação do licenciando, mas para a ampliação de seu repertório e campo de
ação, conseqüentemente, para melhoria dos cursos de graduação em licenciatura e
ensino básico.
Isto significa que o projeto do orientador deverá estar aberto para atender aos
diferentes interesses, mas conforme a sua área de pesquisa: história, teoria e critica e
ensino, com a preocupação em contribuir não só para a melhoria da formação do futuro
professor, mas para colaborar com a escola, especialmente naquilo que lhes é menos
acessível, a exemplo de estudos que discutam Arte africana na escola; Arte indígena
(previsto pela LDB/96); Material didático; Metodologia de ensino artístico; Arte
Goiana, Avaliação; Materiais, Processos Criativos, Conteúdos Didáticos e outros
assuntos inerentes a formação do professor e a escola/parceira, mas sem perder de vista
os conteúdos curriculares da escola básica.
O trabalho de orientação dos bolsistas consiste em uma agenda semanal, com a
participação de todos os bolsistas, com duração de 2 horas, com atendimentos
individuais. Cada grupo/aluno tem a oportunidade de apresentação de seu projeto para
os demais, aspecto que considero bastante produtivo ao permitir a troca de experiência e
amadurecimento do grupo.
A orientação do coordenador acontece em sintonia com as atividades do
supervisor escolar para que o bolsista possa desenvolver um pensamento amplo e
articulado sobre o seu tema, o ensino e a pesquisa, com vistas a extensão. Os projetos
são desenvolvidos em parceria com as escolas conveniadas, com vistas a melhoria de
sua formação, ao colocá-lo em contato com as diferentes realidades da escola e
melhorar a qualidade de ensino artístico, na primeira fase da escola básica, sendo que
para isto foram necessárias ações e sub-projetos de bolsistas em várias direções:
a) Arte africana na educação escolar
b) Arte indígena na educação escolar
c) Material didático e o ensino de arte
d) Metodologia de ensino artístico
e) Arte Goiana e o ensino de arte
f) Materiais e ensino de arte
g) Avaliação e o ensino de arte
h) Processos Criativos
i) Conteúdos Didáticos
E a partir dos conhecimentos temáticos, elaborados pelo bolsista, que ele ira
desenvolver suas atividades de ensino de arte, apoiado, e claro, pelos conhecimentos
sobre os processos de ensinar e aprender.
O propósito das atividades desenvolvidas pelos bolsistas é:
Que ele conheça a escola enquanto instituição cultural e educacional e sua
estrutura;
Criar oportunidades para que o aluno conheça e interaja com a realidade do
ensino público na área de artes visuais;
Conheça o sistema de organização pedagógica da escola;
Levar o aluno para a escola para que possa estabelecer um diálogo entre teoria,
prática e realidade, nos diferentes níveis de ensino básico;
Criar condições para que o aluno elabore e vivencie projetos de ensino em
parceria com a escola;
Promover um espaço de debates dentro do curso, escola e secretarias de
educação sobre ensino de arte;
Melhorar a formação dos alunos do Curso de Graduação em Artes Visuais –
Licenciatura da FAV, da Universidade Federal de Goiás, tendo a bolsa PIBID,
como incentivo às discussões;
Integrar o ensino, praticar a pesquisa e a extensão, cujo tema aglutinador seja o
ensino de Artes Visuais.
Promover o envolvimento dos bolsistas PIBID/FAV nas atividades relacionadas
ao ensino de arte, de forma transversal ao tema “educação” e “qualidade”;
Criar espaço para troca de experiências entre os alunos e entre alunos/escola;
Pensar políticas para o ensino de arte de Goiás;
Criar um grupo de estudo para pensar as questões referentes ao ensino de arte: o
seu papel e lugar na escola e na educação.
Pensar juntamente com as instituições públicas de ensino de arte (Municipal,
Estadual e espaços não formais) em um guia curricular para o ensino de arte
para o ensino, fundamental e médio, que não seja tão dispare quanto é
atualmente.
Conhecer os diversos guias curriculares existentes, tanto na rede privada quanto
pública (da educação infantil ao ensino médio), uma vez que todos estes
espaços se compõem como futuros campos de ação;
.Produzir conhecimentos nas áreas consideradas carentes de conteúdos artísticos
que visem uma visão multicultural.
Criar um blog para discussão e veiculação do material produzido pelos grupos
de estagiários
Dentre os procedimentos previstos para o Grupo PIBID – FAV/UFG, incluem-se
atividades em que os alunos serão público-alvo, e outras nas quais serão co-
participantes do processo em execução. Dentre elas destacam-se:
1) Atenção ao Ensino de Artes Visuais para que se desenvolva com qualidade e
definição do espaço da arte na escola
O bolsista PIBID-FAV terá várias possibilidades de atuação, sendo que suas
ações visem de melhoria de sua formação e da qualidade da Educação em artes visuais,
incluindo temas como:
a) confecção de material educativo;
b) organização de grupos;
c) elaboração de estratégias de abordagem e sensibilização dos grupos de
trabalho;
Considerando-se o momento da formação do bolsista PIBID-FAV, caberá a
ações mais elaboradas, que incluem desde a condução do grupo, as visitas a visitas a
escolas e a participação nas reuniões das equipes multiprofissionais que acompanham
estes grupos.
2) Proposta de Extensão: Capacitação continuada e permanente de professores das
escolas parceiras e alunos do curso. O aluno poderá desenvolver projetos de
extensão preferencialmente em grupo ou individual, tanto voltados para a
orientação da comunidade escolar (alunos) quanto para a comunidade externa à
escola, ou com os professores da escola ou ainda de outro espaço, formal ou não
formal, conforme normatizações do PIBID.
d) Organização de palestras e oficinas de arte diversas
As ações que envolvem o bolsista PIBID-FAV e deverão ser desenvolvidas em
vários níveis de estágios: na definição do conteúdo programático, na revisão
bibliográfica do assunto estágio/formação, na montagem do plano de ação em todas as
suas etapas (conteúdo programático, objetivos, estratégias e avaliação) dependendo do
momento da formação do bolsista o PIBID – FAV/UFG.
Cabe ressaltar que esta capacitação envolve alunos dos cursos de graduação na
área do ensino (tanto na FAV quanto em outros cursos que historicamente são ou irão
constituir-se como parceiros de atividades com a FAV, tais como Música, Teatro e
Dança); profissionais de educação (cuja formação permanente é um compromisso da
UFG); alunos de cursos de pós-graduação lato e strictu sensu .
a. Complementação dos campos de estágio para alunos do Grupo PIBID –
FAV/UFG: Os estágios serão realizados/complementados em locais que
mantêm convênio e/ou uma parceria de longa data com o curso de Artes
(espaços formais e não formais, públicos).
b. Compromisso do projeto PIBID/FAV/UFG: Envolver-se com a formação
permanente e atualização dos professores das escola/campo de estágio.
c. Articular estágio/currículo escolar e pesquisa e extensão/formação
d. A alocação dos alunos nas escola será realizado via sorteio
Ações Previstas:
1. Participar de atividades relacionadas à prática multiprofissional e
transdisciplinar na área da educação/arte preconizada pelo currículo do
curso;
2. Organizar eventos científicos na área ensino de arte e educação;
3. Vivenciar uma efetiva articulação teoria-prática e da pesquisa na formação
do educador;
4. Promover encontros técnicos científicos com a participação de estudantes,
professores, supervisores, gestores e secretaria educacionais na área de
ensino de arte;
5. Estimular o desenvolvimento de pesquisas individual e/ou grupo focadas
para melhorias de processo educacional;
6. Desenvolver um sistema de divulgação de temas relevantes à educação em
arte, dentro do campus e na comunidade em geral;
7. Vivenciar a interação docente-escola;
8. Criar um núcleo de debates sobre ensino de arte;
9. Inserir as discussões já existentes sobre ensino de arte nos Encontros com
Coordenadores do Ensino de arte de Goiânia no Projeto;
10. Envolver as Secretarias de Educação, Municipal e Estadual, no Projeto.
Esperamos que o projeto seja mais uma oportunidade para se discutir e melhorar
a formação do Licenciando em Artes Visuais na FAV/UFG e estreitar as relações com
as instituições oficiais de ensino. Pelo Projeto, de Iniciação à Docência, o aluno poderá
melhorar os seus conhecimentos sobre a realidade do ensino público (Municipal e
Estadual).
Pelas discussões espera-se que haja o amadurecimento reflexivo do
aluno/professor/secretarias de Educação e que o contato do aluno com a realidade de
ensino o aproxime da profissão e sirva de motivação para o exercício do magistério,
hoje em crise em nosso país, por falta de políticas para a educação brasileira e de
qualidade. Espera-se ainda que ao terminar o período de bolsa, e por meio da avaliação,
seja possível se verificar a validade do projeto para a melhoria das experiências do
aluno, consequentemente do curso.
O principal resultado a ser esperado refere-se a capacitação dos discentes
comprometidos com o programa, o que poderá resultar em profissionais mais
responsáveis, quer seja na sua prática, quer seja com a população-alvo de suas ações.
O principal resultado esperado é a capacitação dos discentes comprometidos
com o programa, que resultará em profissionais responsáveis, quer seja na sua prática,
quer seja com a população-alvo de suas ações.
A orientação será no sentido de que o(s) aluno(s) escolham uma das temáticas
constadas no projeto do orientador para a elaboração de seus sub-projetos, buscando
articular, se possível, as temáticas ao TCC e Estágios Supervisionado. A escolha das
escolas se deu mediante sorteio, sendo cinco alunos por escola. O sorteio ocorreu da
seguinte forma: Cada grupo de cinco tirou o nome de uma escola.
8. BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação.
Estatuto e Regimento Geral dos Cursos de Graduação da Universidade FEDERAL DE
Goiás,
Estatuto e Regimento da UFG – Portaria nº 1150 - DOU: 08/11/19, página 232339.
Estatuto e Regimento Interno – Coordenador de Curso.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Referenciais para formação de Professores/Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília. A
Secretaria, 1999.
Resolução CONSUNI nº 06/2002 – Regulamento Geral dos Cursos de Graduação.
Resolução CNE/CP2, de 19/02/2002. Institui a duração e a carga-horária dos cursos de
licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em
nível superior.
Resolução – CCEPC Nº 631 – Define a política da UFG para formação de Professores
da Educação Básica.
Resolução – CCEPC Nº 766 – Define od Estágios Curriculares Obrigatórios e não
Obrigatórios dos Cursos de Bacharelado e Específicos da Profissão na universidade
Federal de Goiás
Resolução CCEPC 731 – Define a política de estágios da UFG para formação de
professores da educação básica.
Resolução nº 01/2002 – Conselho Diretor da FAV/UFG.
Regimento Interno da FAV – Aprovado pelo Conselho Diretor.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte/Secretaria
de Educação Fundamental.-Brasília: MEC/SEF, 1998.
Edital PIBID Nº 02/2009 – CAPS/DEB
http://www.goiania.go.gov.br/shtml/educacao/ef_ciclos.shtml
http://www.hojenoticia.com.br/editoria_materia.php?id=26309
http://www.hojenoticia.com.br/editoria_materia.php?id=13494
http://www.tribunadoplanalto.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=255
Edna de Jesus Goya - Professora da Faculdade de Artes Visuais/UFG – GO,
Doutoranda em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo/SP; Mestre em Arte Publicitária e Produção Simbólica pela ECA/USP-SP (1998);
Curso de Especialização em Educação (UCG, 1986) e em Arte-Educação (UFG, 1989);
Bacharel em Artes Visuais, Habilitação Gravura (UFG, 1992) e Licenciatura em
Desenho e Plástica (UFG, 1983). Coordenadora de Estágio Curso de Artes Visuais –
Licenciatura da FAV/UFG e Programa de Bolsa de Iniciação à Docência
(PIBID/FAV/UFG). [email protected]