1. O MUNDO DO TRABALHO NO PASSADOPara ns podermos entender o mundo do trabalho atual, temos que primeiro entender a definio do trabalho no passado, para que assim possa ser compreendido como o mundo contemporneo foi fortemente afetado pela ascenso do capitalismo. Diferentemente de hoje em dia, o trabalho j foi considerado uma atividade extremamente deprecivel. Em sociedades antigas como a grego clssica, o trabalho era apresentado como algo destinado a seres inferiores ou animais. Segundo a viso Aristotlica, o animal e o homem se servem do trabalho para atender s suas necessidades vitais, no entanto, essas necessidades eram vistas como elemento que aprisionava o indivduo a uma vida inferior que, por com seguinte, o impedia de se dedicar a uma espcie de vida considerada superior, cujas ocupaes estavam voltadas para as necessidades da alma e no do corpo.Tal como ocorria na Antiguidade, tambm na Idade Mdia os indivduos encontravam-se separados em diferentes classes sociais. No primeiro perodo pode-se dizer que a sociedade estava dividida basicamente entre escravos e homens livres, ou ainda, indivduos superiores e inferiores. A Idade Mdia, a exemplo da Antiguidade, primou pela separao dos indivduos em diferentes classes sociais. Essas classes apresentavam-se da seguinte forma: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores, sendo que a importncia atribuda s mesmas est na mesma ordem em que foram aqui dispostas.Nessas sociedades, o campo econmico e o trabalho eram desvalorizados, considerado alfo penoso, torturante e/ou um castigo, o trabalho para eles relacionado obteno apenas do necessrio para manter o sistema funcionando, no existindo por isso a noo de lucro e nem preocupaes em otimizar as tcnicas de produo.2. O MUNDO DO TRABALHO ATUALMENTE E SUAS CONSEQUNCIASAs transformaes pelas quais o mundo do trabalho vem passado e com a ascenso do capitalismo como o sistema econmico mais influente do mundo contriburam para que o trabalho tomasse o cento da vida das pessoas. Com o desenvolvimento tecnolgico, as indstrias e as organizaes esto cada vez mais automatizando suas tarefas. So tecnologias que viabilizam um processo rpido e eficiente de maior produtividade e lucro. No Manifesto Comunista escrito em 1848, Marx j previa que, num futuro no muito longe, a vida das pessoas seria invadida pela tecnologia e as consequncias adviriam.A mquina invade, cada vez mais, o campo de ao do operrio manual (MARX; ENGELS, 1999, p. 42).Esse processo de automao leva fragmentao psquica, na medida em que o trabalho fragmentado e destitudo de significado. Essa forma de produo tira do operariado a posse do produto; no apenas o produto que no lhe pertence mais, ele prprio deixa de ser o centro de si mesmo. O produto assume valor superior ao ser humano, provocando tal desumanizao que o leva a coisificao, sendo ele prprio transformado em mercadoria ao ter sua fora de trabalho avaliada em preo de mercado.Traduzindo esta situao, podemos afirmar ainda nos dias de hoje que em muitas empresas, ao modernizar a maquinaria, a fora de trabalho foi ficando comprometida; a mo-de-obra cada vez mais especializada, atinge o trabalhador que no tem acesso especializao, que est diretamente ligada educao; ou seja, escolaridade e ao grau de instruo.H vrias dcadas as indstrias vm passando por processos de mudanas em suas operaes, surgindo fbricas sem trabalhadores as tecnologias dispensam a fora de trabalho humano, vindo atingir diretamente os empregos, causando mudanas de comportamentos e tenses. uma nova era, com a automao, com a robtica e microeletrnica invadindo o universo fabril. Desenvolvem-se novas relaes de trabalho e de capital, exigindo do homem e da mulher uma postura mais competitiva e com maiores habilidades e capacidades. Este sistema explora no s a fora de trabalho, mas, tambm, a capacidade intelectual do indivduo, exigindo dele maior esforo.3. AS CONDIES NO MUNDO DO TRABALHODurante a Revoluo Industrial, a industrializao trouxe muitos benefcios materiais, mas gerou tambm um grande nmero de problemas que ainda afligem o mundo moderno, como os danos ao meio ambiente. Alm disso, a modernizao tecnolgica tornou obsoletas diversas formas de trabalho, gerando um desemprego crescente. No incio da febre das fabricas, a situao nas indstrias que surgiam no era fcil para os operrios, os salrios eram baixssimos, a jornada de trabalho podia alcanar 14 ou 16 horas por dia e no existia o direito as frias, alm das condies das indstrias, que eram por muitas vezes imundas e barulhentas.Com todas essas condies precrias, evidente que a consequncia seria a pobreza. Grandes cidades, como Londres e Paris, encheram-se de favelas e cortios. A mquina a vapor dispensava a fora fsica dos homens e por causa disso os patres preferiam o trabalho das mulheres e, principalmente, das crianas, que recebiam pagamento menor pelo mesmo servio de um homem adulto. Quase todas as fbricas do comeo do sculo XX empregavam crianas.Hoje, todos os funcionrios de qualquer fbrica que seja, bem como qualquer trabalhador de outro setor, desfrutam de benefcios e leis trabalhistas que definem os direitos e deveres dos empregados, alm da existncia de sindicatos que defendem a classe trabalhista. Mas vale ressaltar que, mesmo com tantos avanos e lutas por parte dos trabalhadores, ainda podemos observar que a situao de alguns ainda preocupante. A descriminao envolvendo gnero, raa, religio e opo sexual so um dos fatores que contribuem para o desemprego no mundo. Por exemplo, hoje em dia ainda observado que muitas vezes, um homem ganha mais que uma mulher em uma posio em que os ambos fazem a mesma coisa.4. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICASSOARES, Solange Richcik. O Conceito de Trabalho ao Longo da Histria Humana. 2006. Disponvel em: http://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/sociais-aplicadas/pedagogia/o-conceito-de-trabalho-ao-longo-da-historia-humana/. Acesso em: 10/06/2015Sociologia do Trabalho. 2012. Disponvel em: http://www.sociologia.com.br/sociologia-do-trabalho/. Acesso em: 10/06/2015BERTANI, ris Fenner; BARRETTO, Sirlene Aparecida Pessalacia. As transformaes no mundo do trabalho e as conseqncias na subjetividade dos indivduos. 2004. Disponvel em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/6850. Acesso em: 10/06/2015TAIS, Josimar. As condies de trabalho ao longo da Histria. 2009. Disponvel em: http://professor-josimar.blogspot.com.br/2010/05/as-formas-de-trabalho-variam-conforme-o.html. Acesso em: 10/06/2015