o livro dos espelhos
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O LIVRO DOS ESPELHOS
O LIVRO DOS ESPELHOS
A primeira das meditaes procurei minha sombra a personificao de minhas dores, de meus anseios e dos meus medos.
Foi aterrorizante, mas sem arrepio e sem calafrio, pois compreendi quem eu sou...
Agora que vislumbro aquele ser a muito reprimido, porm indiferente, busco a dissoluo no espao de minha conscincia...
foi visto a alma desgarrada de um corpo, daqueles desejos, desejos que provocam as dores, por que a carne no compreende a impermanencia dos objetos existentes, na ao do tempo, a paixo e at mesmo a dor
senti o corao palpitar ao relembrar a divina energia existente entre a borboleta e o beija-flor, que sobrevoam o jardim das flores de imaginao. Por alguns momentos ouvimos acordes belssimos, trazidos com o vento...
foi ento que parei por segundos para intuir sobre a realizao de meu ser, a auto confirmao de uma conscincia, independente de suas asas imersa em sua verdadeira natureza, que difere at mesmo do cu e da terra, naqueles instantes...
e a borboleta e o beija-flor se deixam levar pela harmonia de toda a natureza,
e agora percebem e esto comeando a identificar o que realmente os atraia quele jardim, era as melodias e canes da flauta que vinha do centro da floresta.