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O GÊNERO LÍRICO Professora Rousiêne Gonçalves

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Page 1: O gênero lírico

O GÊNERO LÍRICOProfessora Rousiêne Gonçalves

Page 2: O gênero lírico

Poesia líricaSONETO,ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,Sem falta lhe terá bem merecidoQue lhe seja cruel ou rigoroso.

Amor é brando, é doce e é piedoso;Quem o contrário diz não seja crido:Seja por cego e apaixonado tido,E aos homens e inda aos deuses odioso.

Se males faz Amor, em mi se vêem;Em mim mostrando todo o seu rigor,Ao mundo quis mostrar quanto podia.

Mas todas suas iras são de amor;Todos estes seus males são um bem,Que eu por todo outro bem não trocaria.

(http://www.releituras.com/luisdecamoes_soneto.asp)

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“ É aquela que essencialmente expressa sentimentos” ( GANCHO, 1989, p. 04)

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CORRIDINHO

O amor quer abraçar e não pode.A multidão em volta,

com seus olhos cediços,põe caco de vidro no muro

para o amor desistir.O amor usa o correio,o correio trapaceia,a carta não chega,

o amor fica sem saber se é ou não é.O amor pega o cavalo,desembarca do trem,

chega na porta cansadode tanto caminhar a pé.Fala a palavra açucena,pede água, bebe café,

dorme na sua presença,chupa bala de hortelã.

Tudo manha, truque, engenho:é descuidar, o amor te pega,

te come, te molha todo.Mas água o amor não é.

( http://www.releituras.com/aprado_corri.asp)

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Terminologia poética Poesia: nome genérico que se dá ao gênero lírico;

pode referir-se à produção poética inteira de um poeta;

Poema: nome dado a um texto de poesia em particular

Verso: Cada linha de um poema Estrofe: conjunto de versos Métrica: técnica de compor versos segundo o seu

tamanho; número de sílabas poéticas em cada verso Metro: medida determinada de verso Rima: coincidência de sons ao final dos versos

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Características da poesia Subjetividade Estrutura em versos Ritmo

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Subjetividade

A linguagem é conotativa ou figurada

Trastevere – Milton nascimento

A cidade é modernaDizia o cego a seu filho Os olhos cheios de terraO bonde fora dos trilhos A aventura começa no coração dos naviosPensava o filho caladoPensava o filho ouvindoQue a cidade é modernaPensava o filho sorrindoE era surdo e era mudoMas que falava e ouvia

(http://letras.mus.br/milton-nascimento/972729/)

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Serenata sintética( Cassiano Ricardo)

Rua tortaLua mortaTua porta

Estrutura em versos

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Ritmo Produzido no plano sonoro, nasce da

harmonia de sons; jogos sonoros e pausas

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Letra para uma valsa romântica( Manuel Bandeira)

A tarde agonizaAo santo acalantoDa noturna brisa.E eu, que também morro,Morro sem consolo,Se não vens, Elisa!

Ai nem te humanizaO pranto que tantoNas faces deslizaDo amante que pedeSuplicantementeTeu amor, Elisa!

Ri, desdenha, pisa!Meu canto, no entanto,Mais te diviniza,Mulher diferente,Tão indiferente,Desumana Elisa!

(http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2013/01/letra-para-uma-valsa-romantica-manuel.html)

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Percurso

O arco- íris o urso.Meus dois sustosIniciais.

Mas o tempoPonte que cresceuEntre mim e eu.E por onde vim.

No enterroDe cada minuto, pergunto:Quem morreu em mim?

O arco –íris? O urso?

( Cassiano Ricardo)

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Sapho de Lesbos

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A Átis 

tradução de Décio Pignatari 

Não minto: eu me queria morta. Deixava-me, desfeita em lágrimas: 

"Mas, ah, que triste a nossa sina! Eu vou contra a vontade, juro, Safo". "Seja feliz", eu disse, 

"E lembre-se de quanto a quero. Ou já esqueceu? Pois vou lembrar-lhe Os nossos momentos de amor. 

Quantas grinaldas, no seu colo, — Rosas, violetas, açafrão — Trançamos juntas! Multiflores 

Colares atei para o tenro Pescoço de Átis; os perfumes Nos cabelos, os óleos raros 

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Da sua pele em minha pele! [...] Cama macia, o amor nascia De sua beleza, e eu matava A sua sede" [...} 

Cai a lua, caem as plêiades e É meia-noite, o tempo passa e Eu só, aqui deitada, desejante. 

— Adolescência, adolescência, Você se vai, aonde vai? — Não volto mais para você, Para você volto mais não. 

(31 Poetas, 214 Poemas. Sao Paulo: Companhia das Letras, 1996) 

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Biografia Primeira Grande Poeta

(630 a.c. Ilha de Lesbos / Grécia a 612 a.c. Mar Egeu)

“Filha de família rica, deixou cedo sua pequena cidade natal de Eresso, próxima à capital de Lesbos, Mitilene, onde estudou dança, retórica e poética, o que era, então, permitido só a mulheres da aristocracia. Mesmo de origem nobre, a bem pouco podia aspirar uma mulher nessa época fora dos trabalhos domésticos rotineiros.”(http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_3983.html)

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Lesbos era governada pelo ditador Pítaco Foi acusada de conspirar contra o ditador e

expulsa de Pirra Safo voltou a Pirra e novamente foi exilada para a

Silícia Conheceu um rico industrial e tornou-se viúva e

rica Voltou a Lesbos e fundou uma escola para

meninas, ensinando música, poesia e dança Entre as meninas, Átis era a sua grande paixão,

retirada da escola por seus pais

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Segundo lenda de Ovídio, Safo voltou a amar os homens, seu primeiro namorado, antes da paixão por Átis, chamava-se Alceu;

No século XI toda a sua obra foi queimada pela Igreja

Atirou-se do penhasco de Leucádia, no Mar Egeu

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Referências

GANCHO, Candida Vilares. Introdução à poesia: teoria e prática. São Paulo: Atual, 1989.

http://mortenahistoria.blogspot.com.br/2008/08/morte-da-poetisa-safo.html

Imagem 01http://downloads.open4group.com/download/wallpapers/nevando-na-cidade-grande-17043.html Imagem 02http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&gs_rn=4&gs_ri=psy-ab&pq=safo+de+lesbios&cp=5&gs_id=1k&xhr=t&q=sephora&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.& Imagem 03

http://safodeeresos.blogspot.com.br/2010/06/safo-de-eresos-poetiza.html