o bandeirante - agosto 2007 - nº 177

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F por Helio Begliomini médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP (continua na página 12) Aprendendo com Orhan Pamuk Ferit Orhan Pamuk nasceu em Istambul, Turquia, em 7 de junho de 1952, contando atualmente com 55 anos. Oriundo de uma grande e aquinhoada família pôde estudar além-fronteiras. Desde a sua juventude, mostrou ser amante das artes plásticas. Começou a cursar arquitetura, mas acabou por licenciar-se em jornalismo pela Universidade de Istambul. Entretanto, nunca chegou a exercer a profissão, pois, aos 22 anos, decidiu dedicar-se em tempo integral à escrita. O seu primeiro romance, Cevdet Bey and His Sons, foi publicado sete anos depois, em 1982, tendo sido distinguido com dois prêmios literários da Turquia. No ano seguinte, foi publicada a obra The Silent House, que conquistou, na França, o Prix de la Découverte Européene. O livro que marcou sua ascensão no mercado literário interna-cional foi A Cidadela Branca, publicado em 1985, na Turquia, e, no ano 2000, em Portugal. Seus textos retratam as vivências turcas, as desigualdades entre os cidadãos da atual Istambul, assim como as comparações feitas entre a Turquia otomana e a Turquia moderna. Entre 1985 e 1988, Pamuk foi pro- fessor convidado da conceituadíssima Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Foi nessa metrópole que Orhan Pamuk escreveu grande parte do livro Os Jardins da Memória, notabilizado na França com o Prix France Culture . Essa foi a obra que o consolidou como autor de reputação inter- nacional. Seu romance A Vida Nova é um dos livros mais lidos em seu país. Retrata a obsessão de um jovem estudante por um livro mágico. A essa obra seguiram-se: Meu Nome é Vermelho – distinguida com três prestigiados prêmios literários internacionais – é uma de suas mais afamadas produções. Trata-se de um romance que se passa no século XVI, na Turquia, onde se mesclam mistério e amor. Snow é um livro de memórias da cidade onde o autor nasceu e tem vivido a maior parte de sua vida. Sua carreira nas letras tem sido muito bem-sucedida, tornando-se, na atualidade, o maior romancista turco. Sua fama extrapolou seu país, pois seus livros já foram traduzidos para mais de trinta vernáculos, estando presentes em mais de 40 países. Entretanto, teve igualmente uma projeção sinistra. Num artigo de sua autoria publicado em jornal suíço, teve a coragem de acusar seu país da prática de genocídio contra os armênios, após a I Grande Guerra Mundial, pelo assassinato de 30 mil curdos. Se por um lado teve que enfrentar a justiça turca em tribunais, por outro, seu nome percorreu o mundo, tamanha foi a repercussão a seu favor que esse caso suscitou. Infelizmente, em fevereiro de 2007, indignado com o assassinato do jornalista e escritor Hrant Dink por um fanático nacionalista, que também o ameaçou com o mesmo desfecho, resolveu deixar a Turquia por tempo indeterminado. Os livros e o trabalho de Orhan Pamuk têm sido galardoados com diversos prêmios literários de projeção internacional. Além dos já assinalados, foi distinguido com o Prêmio Internacional IMPAC, em Dublin (2003); o Friedens-preis (2005) e o Prêmio Médicis para literatura estrangeira (2006). Contudo, a consagração máxima em sua vida veio aos 54 anos, em 2006, pela outorga do Prêmio Nobel de Literatura desse ano, sendo o primeiro de sua terra natal a recebê-lo. Assim justificou, o Comitê do Nobel: “em busca da alma melancólica da sua terra natal, encontrou novas imagens espirituais para o combate e para o cruzamento de culturas”. Lendo a tradução do discurso que proferiu por ocasião da solenidade magna da entrega do Prêmio Nobel, chamou-me a atenção, não por ter sido longo, erudito ou rebuscado, ao contrário, por ter sido elaborado num linguajar coloquialmente simples, como as grandes verdades da vida, prendendo naturalmente a atenção do ouvinte ou do leitor. O fulcro de sua fala desenrolou-se, mostrando o seu bom relacionamento com seu pai, que sempre o apoiou como escritor, muito antes de sua fama. Abordou, com suspense e reflexões, um fato que muito o marcou. Seu pai havia-lhe deixado uma pequena valise, contendo manuscritos e cadernos, pois já vislumbrava o término de seu tempo. Pedia para que bem a guardasse e a abrisse somente após sua derradeira partida. Pamuk relutava em abri-la por temor de descobrir que seu pai pudesse ser um bom escritor, pois desejava que ele fosse apenas seu pai. Nesse impasse ele afirma que o “segredo do escritor não é a inspiração – pois nunca está claro de onde ela vem –, é a sua teimosia, a sua paciência”. Confessou que seu pai tivera uma grande biblioteca e que, em sua mocidade, desejara ser um poeta em Istambul. Ademais, reconheceu que ele jamais esquecera de muito lhe falar dos escritores mundiais, dos paxás e dos grandes líderes religiosos. Contudo, questionou: como seria possível ao seu pai ser um escritor se ele não era afeito à solidão, assim como ele, Pamuk, havia experimentado? Ao contrário, seu pai amava as multidões, as Escrever é uma percepção do espírito. É um trabalho ingrato que leva à solidão. Blaise Cendrars (1887-1961), escritor francês. Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Estado de São Paulo Ano XVI - nº. 177 - AGOSTO de 2007 Redação: [email protected] - (11) 9182-4815 Bandeirante Jornal

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Page 1: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

F

por Helio Begliominimédico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP

(continua na página 12)

Aprendendo com Orhan Pamuk

Ferit Orhan Pamuk nasceu em

Istambul, Turquia, em 7 de junho de 1952,

contando atualmente com 55 anos. Oriundo

de uma grande e aquinhoada família pôde

estudar além-fronteiras.

Desde a sua juventude, mostrou ser

amante das artes plásticas. Começou a cursar

arquitetura, mas acabou por licenciar-se em

jornalismo pela Universidade de Istambul.

Entretanto, nunca chegou a exercer a profissão,

pois, aos 22 anos, decidiu dedicar-se em

tempo integral à escrita. O seu primeiro

romance, Cevdet Bey and His Sons, foi

publicado sete anos depois, em 1982, tendo

sido distinguido com dois prêmios literários

da Turquia. No ano seguinte, foi publicada a

obra The Silent House, que conquistou, na

França, o Prix de la Découverte Européene.

O livro que marcou sua ascensão no mercado

literário interna-cional foi A Cidadela Branca,

publicado em 1985, na Turquia, e, no ano

2000, em Portugal.

Seus textos retratam as vivências

turcas, as desigualdades entre os cidadãos da

atual Istambul, assim como as comparações

feitas entre a Turquia otomana e a Turquia

moderna.

Entre 1985 e 1988, Pamuk foi pro-

fessor convidado da conceituadíssima

Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

Foi nessa metrópole que Orhan Pamuk

escreveu grande parte do livro Os Jardins da

Memória, notabilizado na França com o Prix

France Culture. Essa foi a obra que o

consolidou como autor de reputação inter-

nacional.

Seu romance A Vida Nova é um dos

livros mais lidos em seu país. Retrata a

obsessão de um jovem estudante por um livro

mágico. A essa obra seguiram-se: Meu Nome

é Vermelho – distinguida com três prestigiados

prêmios literários internacionais – é uma de

suas mais afamadas produções. Trata-se de

um romance que se passa no século XVI, na

Turquia, onde se mesclam mistério e amor.

Snow é um livro de memórias da cidade onde

o autor nasceu e tem vivido a maior parte de

sua vida.

Sua carreira nas letras tem sido

muito bem-sucedida, tornando-se, na

atualidade, o maior romancista turco. Sua fama

extrapolou seu país, pois seus livros já foram

traduzidos para mais de trinta vernáculos,

estando presentes em mais de 40 países.

Entretanto, teve igualmente uma

projeção sinistra. Num artigo de sua autoria

publicado em jornal suíço, teve a coragem de

acusar seu país da prática de genocídio contra

os armênios, após a I Grande Guerra Mundial,

pelo assassinato de 30 mil curdos. Se por um

lado teve que enfrentar a justiça turca em

tribunais, por outro, seu nome percorreu o

mundo, tamanha foi a repercussão a seu favor

que esse caso suscitou.

Infelizmente, em fevereiro de 2007,

indignado com o assassinato do jornalista e

escritor Hrant Dink por um fanático

nacionalista, que também o ameaçou com o

mesmo desfecho, resolveu deixar a Turquia

por tempo indeterminado.

Os livros e o trabalho de Orhan

Pamuk têm sido galardoados com diversos

prêmios literários de projeção internacional.

Além dos já assinalados, foi distinguido com

o Prêmio Internacional IMPAC, em Dublin

(2003); o Friedens-preis (2005) e o Prêmio

Médicis para literatura estrangeira (2006).

Contudo, a consagração máxima em

sua vida veio aos 54 anos, em 2006, pela

outorga do Prêmio Nobel de Literatura desse

ano, sendo o primeiro de sua terra natal a

recebê-lo. Assim justificou, o Comitê do

Nobel: “em busca da alma melancólica da sua

terra natal, encontrou novas imagens

espirituais para o combate e para o

cruzamento de culturas”. Lendo a tradução

do discurso que proferiu por ocasião da

solenidade magna da entrega do Prêmio Nobel,

chamou-me a atenção, não por ter sido longo,

erudito ou rebuscado, ao contrário, por ter sido

elaborado num linguajar coloquialmente

simples, como as grandes verdades da vida,

prendendo naturalmente a atenção do ouvinte

ou do leitor.

O fulcro de sua fala desenrolou-se,

mostrando o seu bom relacionamento com

seu pai, que sempre o apoiou como escritor,

muito antes de sua fama. Abordou, com

suspense e reflexões, um fato que muito o

marcou. Seu pai havia-lhe deixado uma

pequena valise, contendo manuscritos e

cadernos, pois já vislumbrava o término de

seu tempo. Pedia para que bem a guardasse e

a abrisse somente após sua derradeira partida.

Pamuk relutava em abri-la por

temor de descobrir que seu pai pudesse ser

um bom escritor, pois desejava que ele fosse

apenas seu pai. Nesse impasse ele afirma

que o “segredo do escritor não é a inspiração

– pois nunca está claro de onde ela vem –, é a

sua teimosia, a sua paciência”.

Confessou que seu pai tivera uma

grande biblioteca e que, em sua mocidade,

desejara ser um poeta em Istambul. Ademais,

reconheceu que ele jamais esquecera de muito

lhe falar dos escritores mundiais, dos paxás e

dos grandes líderes religiosos. Contudo,

questionou: como seria possível ao seu pai

ser um escritor se ele não era afeito à solidão,

assim como ele, Pamuk, havia experimentado?

Ao contrário, seu pai amava as multidões, as

Escrever é uma percepção do espírito. É umtrabalho ingrato que leva à solidão.

Blaise Cendrars (1887-1961), escritor francês.

Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores

Regional do Estado de São Paulo

Ano XVI - nº. 177 - AGOSTO de 2007

Redação: [email protected] - (11) 9182-4815

BandeiranteJornal

Page 2: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

Jornal O Bandeirante

ANO XVI - nº. 177 - Agosto 2007

Publicação mensal da SOBRAMES-SP -

Sociedade Brasileira de MédicosEscritores - Regional do Estado de São Paulo

Sede: Rua Alves Guimarães, 251 -CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SPTelefax: (11) 3062-9887 / 3062-3604

Editores: Flerts Nebó, Marcos GimenesSalun.Redatores: Helio Begliomini, MarcosGimenes Salun, Flerts Nebó.Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP).Jornalista Responsável: Marcos GimenesSalun - (MTb 20.405 - SP).Redação e Correspondência: Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - ap. 12 - Jardim SantaCruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010.E-mail: [email protected].: (11) 9182-4815 / 6331-1351Colaboradores desta edição: JoséRodrigues Louzã, Carlos Augusto FerreiraGalvão, Karin Schmidt Rodrigues Massaro,Evandro Guimarães de Souza, Aldo Miletto,Evanil Pires de Campos, Guaracy Lourençoda Costa e Helmut Adolf Mataré

Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente:

Helio Begliomini; Vice-Presidente:

Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro-Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã;Segundo-Secretário: Evanir da SilvaCarvalho; Primeiro-Tesoureiro: MarcosGimenes Salun; Segundo-Tesoureiro: LigiaTerezinha Pezzuto; Conselho Fiscal

Efetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba,Luiz Jorge Ferreira; Conselho Fiscal

Suplentes: Carlos Augusto Ferreira Galvão;Geováh Paulo da Cruz; Helmut AdolfMataré.

Projeto Gráfico e Diagramação:Rumo Editorial Produções e EdiçõesLtda. CNPJ.07.268.251/0001-09E-mail: [email protected]

Matérias assinadas são de

responsabilidade de seus autores e nãorepresentam, necessariamente, a

opinião da SOBRAMES-SP

PRESTIGIE E COLABORE. AS INICIATIVAS DA SOBRAMES-SPPODERÃO SER MUITO MELHORES SE VOCÊ TAMBÉMPARTICIPAR. OS ACONTECIMENTOS PODEM ESTAR

DEPENDENDO DE UMA AÇÃO POSITIVA SUA.

Tiragem desta edição: 250 exemplares(papel) mais de 1.000 exemplares

enviados por e-mail.

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editorial

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[email protected]

O Bandeirante - Agosto de 20072

Na edição nº. 175 de nossa

publicação mensal, houve o grito de

nosso presidente em sua matéria de

capa: “UM POR TODOS, TODOS

POR UM”.

Esse slogan é muito conhecido

e todos sabem que era o lema dos

Três Mosqueteiros, no célebre

romance de Alexandre Dumas, sendo

utilizado também por muitos outros

autores sempre que se evoca a união

de esforços.

Eu gostaria de, parafraseando

Dumas, lançar um outro slogan que

será, para nós da SOBRAMES,

muito importante: “TODOS POR

UMA SEDE”.

Precisamos nos unir e dirigir

nossos esforços no intuito de

conseguir um lugar para guardar

nosso acervo, memória da sociedade.

Precisamos de um lugar para reunir

nossos diretores que estão sempre em

busca dos melhores caminhos para a

nossa sociedade. Precisamos, enfim,

ter um lugar onde possamos dizer:

“aqui é nossa casa”.

Para que isso torne-se uma

realidade, não nos esqueçamos deste

lema: “TODOS POR UMA SEDE”.

Com trabalho e empenho dos

associados, tenho certeza de que

muito em breve teremos realizado

essa árdua tarefa.

A cooperação de cada um é

muito importante em todos os sentidos.

Você pode colaborar pagando em dia

sua anuidade, trazendo novos colegas

para associarem-se à SOBRAMES-

SP, participando das diversas ativi-

dades programadas ao longo do ano,

divulgando a sociedade em todos os

lugares que for possível e participando

nas publicações e reuniões literárias.

Com esse conjunto de ações,

estaremos próximos de atingir nossos

objetivos.

Flerts Nebó

Hospital Metropolitano

(11) 3677.2000

Serviços de Pronto-Socorro

e tratamentos de ambulatório

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seu livro?

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Page 3: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

H

B

José Rodrigues Louzã

Médico ginecologista - São Paulo - SP

3O Bandeirante - Agosto de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

Busco a tranqüilidade dos campos verdejantese encontro o tropel dos rebanhos em disparada.

Busco a mansidão das ondasserenas, debruçando-se na areiae encontro vagalhões em fúria,quebrando-se nas rochas.

Busco a carícia suave da doce arageme encontro a violência brutal dos furacões.

Busco a penumbra suave do luare encontro a chama abrasadorado sol dos desertos.

Busco a paz dos picos nevadose encontro o furor das avalanches.

Busco o silêncio das águas tranqüilase encontro o clamor das cachoeiras espumantes.

Busco, em longa peregrinação, aquelaque hei de amar um diae não te encontro ao longo dos meus passos.

Busca

minha história congela no frio.Setembro eu sou mesmo assim,Meu alazão, volta para mim...Você foi de encontro ao vento,deixou meu poema, meu intentono campo, no gramado, sou triste.Não vejo ao vento a cauda em riste.Pensei sermos eternidade,pensei juntos eternidade.Pensei sermos a simbiose,jurei sermos a apoteose.

PPerdi a asa do vento.Perdi meu Pégasus cobre.Perdi meu sonho e alento.Perdi meu Setembro nobre.Nós que éramos do vento, filhos.Nós que éramos a prova,entre outros estribilhos,que a lua e sempre nova.Sonho plasmado, volta!Cavalo alado, aqui estou.Sem você, o passado é vazio,

Perdi SetembroKarin Schmidt Rodrigues Massaro

Médica hematologista - São Paulo - SP

Há algo mais infeliz sob o sol?Um povo que serve de alicerce alheio

Que é massa de manobra dos indecentes Famélico, doente, sem paz e muito feioQue só sofre nas garras dos dirigentes.

Que pecado cometeu esta sofrida nação Que nada aprende com o tempo vivido

É uma criança não crescendo por inaniçãoCultivada por um estado subdesenvolvido?

Há algo mais infeliz sob o sol?A grande nação, fábrica de anjinhos

Usina maior deste estado de rançososDe vestais que se fazem de santinhos E se locupletam em atos indecorosos

Que mais teremos para ser perdidoSe já nos levaram até nosso ruborEstes que têm 0 honesto invertidoRatos maiores dos esgotos da dor

Há algo, sim, mais infeliz sob o solPorém só não vê, este povo depauperadoPosto que vagamos cegos neste averno

Mas veja se pode ser algo mais malsinadoQue um estado que é o próprio inferno?

Há algo, simCarlos Augusto Ferreira Galvão

Médico psiquiatra - São Paulo - SP

Mas você galopou sozinho.Achei sermos a liberdade.Pensei termos a imunidade.Pensei termos mesmainfância,ter você em qualquerinstância.Mas esqueci da mortalidade,implacável.Hedionda.Sem graça.

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A

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Agosto de 20074

Aeroporto de Congonhas

Acredito que todos os brasileiros estejamacompanhando o problema do transporte aéreo neste país, poisapós o acidente ocorrido em setembro do ano passado, aimprensa tem noticiado todos os acontecimentos ocorridosdesde aquela época. Eu viajo muito e passo muito mais tempoem aeroportos do que no espaço aéreo. Já participei de tudo:mudanças climáticas, pane nos equipamentos, congestão dotráfego aéreo, excesso de aviões na fila para decolagem, cãesna pista e paralisação dos controladores de vôos. Problemascom o CINDACTA, que seria melhor denominado deNÃODACTA, porque freqüentemente está “fora do ar”, alémde pista molhada e overbooking. Aliás, esta última situaçãonão constitui um privilégio das companhias aéreas, pois todosrecordam que, no final do ano passado, ocorreu o mesmo emum navio de turismo quando foram vendidas mais cabines doque a nau dispunha. Resultado, enquanto os passageirosexcedentes foram reclamar na Delegacia, o barco zarpoudeixando os turistas, literalmente, a “ver navios”!

Entretanto, nada disso se compara ao embarque noAeroporto de Congonhas. Em primeiro lugar você deve sair decasa com muita antecedência, pois nunca se sabe como estaráo trânsito para acesso ao aeroporto, de uma maneira geral,sempre congestionado. Depois, prepare-se para enfrentarlongas filas do check-in, mesmo que possua cartões do tipofidelidade, pois essas filas para passageiros “especiais”costumam, também, demorar muito. Em seguida, dirija-se aosetor de embarque sempre atento ao sistema de som, cujovolume encontra-se destinado para aqueles portadores dedeficiência auditiva, pois o barulho é insuportável. A cadamomento, uma nova informação é fornecida: “Senhorespassageiros do vôo tal, informamos que a aeronave já seencontra no solo e dentro de alguns minutos será iniciado oembarque.” Na seqüência: “Informamos aos passageiros dovôo tal que, devido ao reposicionamento de nossa aeronave, oembarque está sendo realizado no portão 21, piso inferior.Acesso pelas escadas rolantes ou elevadores.” E aí, um bandode pessoas corre para se posicionar próximo ao novo portãode embarque. O mais dramático acontece quando o passageiro,não percebendo a mudança do local de embarque, escuta oaviso: “Comunicamos que o embarque do vôo tal está sendorealizado no portão de número tal. Última chamada”. Aí eleagarra sua bagagem de mão, seus filhos, mulher, sogra, etc. eparte em desabalada carreira em direção ao local indicado,apavorado com a perspectiva de perder o embarque. Porém,nada é pior do que a longa espera de vôos atrasados e, o maisirritante o seguinte aviso: “Comunicamos aos senhorespassageiros do vôo tal que, devido às condiçõesmeteorológicas, o aeroporto da cidade tal encontra-se fechado.Solicitamos que permaneçam acomodados atentos a novasinformações.” Acomodados onde? O saguão encontra-sesuperlotado, pois tem gente saindo pela janela. Só se for noteto igual às moscas!

No mês passado, embarquei para Belo Horizonte e, porincrível que pareça, a aeronave decolou no horário previsto. Atripulação como de rotina atendeu a todos da melhor maneirapossível. Porém, um fato chamou minha atenção: o nome docomandante era Pitanga e o do sub-comandante Pitomba. Queinteressante, pensei, ambos possuem nomes de duas

(Nota dos editores: esta colaboração foi recebida em

nossa redação no dia 27.05.2007)

Evandro Guimarães de Souza

Médico pneumologista - São Paulo - SP

conhecidas frutas nacionais. Caso a atividade de pilotar aviõesnão desse certo, então eles poderiam iniciar a carreira artísticacomo dupla sertaneja: Pitanga & Pitomba, pois com os novosrecursos audiovisuais, não há mais necessidade de ter umaboa voz ou de tocar o violão, basta esgoelar a tristeza de umcara traído pela mulher amada. Entretanto, depois fui informadopela comissária de bordo que o sub-comandante chamava-se,na realidade, Píton. O mesmo nome daquela serpentemonstruosa que foi morta por Apolo e daqueles queadivinhavam o futuro. Na impossibilidade dele prever a quehoras chegaríamos ao destino e de não ser uma cobra,desinteressei-me pela questão e passei a saborear aquele“suculento” lanche, acompanhado pelo delicioso e adocicadosuco de fruta que são, rotineiramente, oferecidos.

O retorno para São Paulo foi tranqüilo, apesar dasinúmeras voltas que fizemos, porque estava chovendo noAeroporto de Congonhas. Naquele dia fomos agraciados pelaoportunidade de apreciar as diversas formas de nuvensdurante a espera de mais de uma hora. Enfim chegamos, pousoperfeito, porém a instalação da escada para o desembarquedemorou mais de 30 minutos. Eu ainda não entendi o porquêdaquelas plataformas localizadas no piso superior do aeroporto,denominadas finger, pois eu sempre faço o trajeto até a aeronavede ônibus e vice-versa.

Próximo à sala do desembarque, ouvi uma voz que dizia:“tá-yón-eén-a-âm”. De início nada entendi e, novamente, escutoo som: “tá-yón-eén-a-âm”. Será que as companhias aéreasresolveram homenagear-nos com alguém recitando um mantra?Que gentileza, esse deve ser um dos itens do programa dequalidade desenvolvido pelas empresas aéreas para um melhoratendimento aos seus clientes!

Curioso, aproximei-me do local e verifiquei que, narealidade, havia um indivíduo fanho e com sotaque indefinido,indicando: “Táxi e ônibus descendo a rampa.” Eu já conhecia olocal para conseguir um táxi, entretanto não fui informado deque teria de esperar mais de 40 minutos na fila. Diante dessasquestões, pesquisei e descobri que as agências destinadas aocontrole do tráfego aéreo são denominadas de INFRAERO,que me dá a impressão de ter uma posição sempre abaixo dodesejado e ANAC que me soa como uma sigla de anarquia.Portanto, não tenho muitas esperanças de que esse problemaseja resolvido a contento. Devido aos problemas relacionadoscom o tráfego aéreo, perguntaram-me se prefiro controladoresde vôos civis ou militares. Confesso que, entre esses doisgrupos, eu escolho os religiosos, pois estes já dispõem de umcanal de comunicação com Deus e Ele é o único capaz deresolver o caos aéreo que ocorre neste país.

Page 5: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

SÃO PAULO - BR

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES

IX JornadaIX JornadaIX JornadaIX JornadaIX Jornada27 a 30 de setembro de 2007

Médico-Literária Paulista

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nº. 5

Jundiaí, excelência culturalOrganizar um evento com as dimensões da IX Jornada Médico-Literária Paulista dá muito trabalho e também muito prazer. E quem já

está tendo a trabalheira toda mas também se aproveitando muito dos benefícios que a tarefa proporciona é a comissão organizadora. Naúltima visita preparatória feita à cidade de Jundiaí , no dia 4 de agosto, Helio e Aida Begliomini, Marcos Gimenes Salun e Josyanne Rita de

Arruda Franco tiveram bons momentos na cidade que abrigará a IX Jornada Médico Literária Paulista. Pela manhã, reuniram-se comPaulo Alfredo M.Leite, diretor do Museu Histórico de Jundiaí (Solar do Barão) e superintendente do departamento que administra todos osmuseus da cidade. Nesse encontro praticamente alinhavou-se toda a programação do evento. Após mais alguns contatos e a efetivação dasreservas no Intercity Hotel, que hospedará os congressistas, um almoço, num dos restaurantes que já integram o roteiro gastronônico daJornada, marcou o sucesso da visita. Os organizadores confirmaram, mais uma vez, a expectativa de que a cidade de Jundiaí é um centro

de excelência cultural, seja pela acolhida calorosa que proporciona a todos os seus visitantes, seja por suas inúmeras opções de lazer eturismo, ou ainda pelo elevado comprometimento de seus artistas e incentivadores culturais. Jundiaí é um centro cultural de excelência! É

lá que nos encontraremos no próximo mês.

Atenção: O prazo para entrega de textos que serão publicados nos Anais da Jornada foi prorrogado para 30 de

agosto de 2007. Se você ainda não se inscreveu e não enviou seus textos, faça-o hoje mesmo!

Jundiaí, é bom viver aquiEste projeto tem como proposta valorizar o Município,mostrando à população uma cidade desenvolvida, com infra-

estrutura urbana adequada e quegarante boa qualidade de vida aos seusmoradores. Ele foi incluído naprogramação da IX Jornada Médico-Literária Paulista. No roteiro (sujeito aalterações e adaptações) estão: Parqueda Cidade, Indústria de Louças

Pozzani, GERESOL – Gerenciamento de resíduos sólidos,ETE- Estação de Tratamento de Esgoto, Vale Verde, Obras daEstação Rodoviária, Parque da Cidade, Viveiro Municipal,Jardim Botânico Valmor de Souza, Casa de Bombas da DAES/A, Complexo Educacional e Cultural Argos, Museu da Cia.Paulista de Estrada de Ferro e Furnas. Além desse circuito doprojeto “Jundiaí, é bom viver aqui”, outros passeios foramincorporados à programação da IX Jornada.

Música na JornadaNa programação foram incluídas diversas participações

musicais, desde tenores até corais, passando pela deliciosavariedade do repertório da MPB. Estão

previstas apresentações de um grupo musicalinfantil da Escola de Música de Jundiaí, do

Coral da Associação de Aposentados dacidade, do grupo musical formado por

médicos (“a melhor banda de médicos domundo”), Não Estamos de Plantão, além do

tecladista e cantor Toninho Clareti e seu parceiro PauloAlfredo, dentre outros, cuja confirmação ainda está sendo

negociada.

Gastronomia de primeiraHouve um especial cuidado em fazer o roteiro gastronômicoda IX Jornada. Foram incluídos alguns dos mais badalados

points gourmet da cidade e região,dentre os quais destacamos:Restaurante da Família Brunholi,uma deliciosa macarronada italiananum restaurante em Vinhedo(cidade vizinha), Giovanni Trattoria,Pizzaria Gauchão Grill, dentre outros

locais ainda em fase de confirmação. A variedade doscardápios e a qualidade das iguarias é de dar água na boca.

Museu Histórico no roteiroO padre Antonio Toloi Stafuzza fundou , organizou e foi o

primeiro orientador do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí,criado em 10 de junho de 1955e inaugurado em 28 de março

de 1965. Está instalado nocasarão construído no séculoXVIII, que vem passando por

um processo de restauro econservação. Conhecidocomo “Solar do Barão”, o

espaço conta com preciosoacervo, amplo jardim arborizado e um auditório, denominado

“Sala Professor Jahyr Accioly de Souza”, com capacidadepara 80 pessoas. É um verdadeiro oásis de cultura e história ,

bem no centro de Jundiaí, cuja visita também fazparte de nosso roteiro cultural.

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quinta-feira, 27 de setembro(15h00) Saída de São Paulo com destino a Jundiaí /(16h30) Check-in no Jundiaí Intercity Hotel / (18h00) Deslocamento para o Complexo Argus /(19h00) Cerimônia Oficial de Abertura no auditório ElisRegina / (20h00) Coquetel e abertura da Exposição deLivros da SOBRAMES-SP na Biblioteca Municipal /(23h00) Retorno ao Hotel.Destaques do dia: Apresentações musicais de tenores e daEscola de Música de Jundiaí, Coral da Associação deAposentados de Jundiaí, Apresentação do grupo musical“Não Estamos de Plantão”, Mundo Mágico de DonaBenta, Lançamento da VI Antologia Paulista.

Programação diversificada e muito atraente

Ainda estão faltando algumas confirmações e definições, mas o programa da IX Jornada Médico-Literária Paulista

já está quase pronto. Ao fecharmos esta edição, recebemos de Josyanne Rita de Arruda Franco, médica pediatra residente

em Jundiaí, vice-presidente da SOBRAMES-SP, uma das integrantes da comissão organizadora da IX Jornada e nossa

principal “embaixadora” naquela cidade, uma prévia do programa que vem sendo preparado com muito cuidado e

carinho para agradar a todos os participantes. Enquanto a comissão organizadora continua trabalhando para finalizar a

programação, divulgamos um esboço, ainda sujeito a modificações a adaptações.

sexta-feira, 28 de setembro (07h00) Café da manhã no hotel / (08h30) Início das SessõesLiterárias na sala de convenções do Jundiaí Intercity Hotel /(13h00) Almoço no Restaurante Família Brunholi /(14h30) Visita ao Museu do Vinho / (15h00) Visita ao Solar doBarão - Museu Histórico da Cidade de Jundiaí /(19h30) Jantar dançante com macarronada italiana emrestaurante na cidade de Vinhedo / (23h00) Retorno aoJundiaí Intercity HotelDestaques do dia: Apresentações culturais e musicais noSolar do Barão / Compra de vinhos na Adega Brunholi /Música e comida italianas na simpática Vinhedo, cidadevizinha a Jundiaí.sábado, 29 de setembro

(07h00) Café da manhã no hotel / (08h30) Sessões Literáriasna sala de convenções do Jundiaí Intercity Hotel /(13h00) Almoço no Restaurante Giovanni Trattoria /(15h00) Visita ao Museu da Energia / (19h30) Pizza Literária naPizzaria Gauchão Grill, com apresentação musical de ToninhoClareti e Paulo Alfredo / (23h00) Retorno ao Jundiaí IntercityHotel.Destaques do dia: O Museu da Energia - 750 m2 onde seaprende tudo sobre energia elétrica / Uma Pizza Literária forade época, com música ao vivo? É bom conferir!

domingo, 30 de setembroDIA LIVRE - (07h00) Café da manhã no hotel / (08h30) Saídapara o circuito “Jundiaí, é bom viver aqui”, com visita aoMuseu dos Ferroviários / (13h00) Almoço em restaurante nacidade / (16h00) Check-out, café e despedida, no JundiaíIntercity Hotel.Destaques do dia: O passeio do projeto “Jundiaí, é bom viveraqui”, com vários pontos de interesse social e cultural dacidade. / Quem sabe, uma apresentação musical surpresa...

Lobby do Jundiaí Intercity Hotel,

onde os congressistas estarão

hospedados com muito conforto,

de 27 a 30 de setembro.

Dona Benta, personagem de

Monteiro Lobato, conta histórias e

encanta o público na Biblioteca

Municipal de Jundiaí.

Museu do Vinho, anexo ao

Restaurante da Família Brunholi,

proporciona um contato com os

primórdios da imigração italiana

na região de Jundiaí.

No passeio ao Museu da Energia,

será possível conhecer inúmeros

detalhes sobre as suas fontes

primárias e o uso racional da

energia elétrica.

A São Paulo Railway Company

Ltda. teve importância decisiva

no desenvolvimento de toda a

região. Sua história permanece

viva no Museu dos Ferroviários.

Exposição: livros serão doados para o acervo da Biblioteca MunicipalNa programação da IX Jornada Médico-Literária Paulista, está

prevista a montagem de uma exposição de livros de autores

médicos da SOBRAMES na Biblioteca Municipal Prof. Nelson

Foot. No acordo celebrado entre a diretoria da SOBRAMES-SP e a

professora Neizy Cardoso, diretora da citada entidade, a exposição

permanecerá aberta a partir de 27 de setembro e todos os livros

expostos passarão a compor o acervo daquela Biblioteca depois do

encerramento. Todos os autores da SOBRAMES, mesmo os que não

estejam inscritos para esta IX Jornada Médico-Literária Paulista,

poderão expor seus livros durante o evento e posteriormente doá-los

para a Biblioteca Prof.Nelson Foot. Para participar, os autores devem

enviar 1 (um) exemplar da obra que pretendem doar para este evento

a Marcos Gimenes Salun - Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - ap.12 - São

Paulo - CEP 04182-010. Informações: [email protected].

IX Jornada Médico-Literária Paulista6 Caderno

Especial

Page 7: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

7IX Jornada Médico-Literária Paulista

Caderno

Especial

1. Cada participante da Jornada poderá inscrever, nomáximo, 4 trabalhos literários, sendo 2 (dois) em prosae 2 (dois) em verso, não se admitindo, em nenhumahipótese, compensar as inscrições entre as modalidades.Ex.: não será admitida inscrição de 3 poesias e 1 prosa,4 poesias etc...

2. Os trabalhos literários somente serão programados paraas sessões literárias e incluídos nos Anais da Jornada,se forem remetidos IMPRETERIVELMENTE até o dia30.08.2007, prazo final das inscrições e se obedeceremas especificações a seguir:- PROSA: deverá ser digitado no Microsoft Word, na

fonte Times New Roman, corpo 12, espaçamentosimples, e não pode ultrapassar 2 (duas) páginascom uma média de 40 linhas cada. Deverá serentregue aos organizadores gravado em disquetejuntamente com uma cópia impressa do texto. Ostrabalhos deverão ter um título e ser identificadoscom o nome do autor.

- POESIA: deverá ser digitado no Microsoft Word, nafonte Times New Roman, corpo 12, espaçamentosimples, e não pode ultrapassar 1 (uma) página comuma média de 40 linhas. Deverá ser entregue aosorganizadores gravado em disquete juntamente comuma cópia impressa do texto. Os trabalhos deverãoter um título e ser identificados com o nome doautor.

Todos os trabalhos inscritos pertencentes a um mesmoautor deverão ser entregues num único disquete, desdeque junto a ele seja entregue também uma cópiaimpressa de cada texto.O disquete deverá ser identificado com uma etiquetaque conterá o nome do autor e dos trabalhos inscritos.

3. Após a entrega do material para a produção gráfica dosAnais e do programa da Jornada, não serão mais possíveisalterações ou correções do texto. Recomendamos que,antes do envio, o próprio autor faça uma rigorosa revisãonos textos que esteja inscrevendo.

4. Os disquetes e respectivas cópias dos trabalhos devemser remetidos:

a) para quem for utilizar-se dos correios, hipóteseem que o autor deve considerar a data de postagemcompatível para que a remessa chegue até o dia30.08.2007 ao destino:

MARCOS GIMENES SALUN Av. Prof. Sylla Mattos, 652 – ap.12

Jardim Santa Cruz – São Paulo – SPCEP 04182-010

b) para quem for utilizar-se de correio eletrônico,hipótese em que os trabalhos serão enviados comoarquivos anexos do e-mail e as cópias impressasserão reproduzidas pelos organizadores, devem serutilizados um destes endereços:

[email protected] [email protected]

5. A aceitação definitiva dos trabalhos como inscritos naVII Jornada Médico-Literária Paulista somente seráconfirmada após o cumprimento dessas formalidadespara remessa dos trabalhos e da quitação da Taxa deInscrição correspondente.

Saiba como inscrever

seus textos literários

IX Jornada Médico-Literária Paulista - 27 a 30.09.2007 - Jundiaí - SP

Ficha de InscriçãoNome________________________________________________________________________________

Endereço (Rua/Av. etc.)__________________________________________________ nº.______________

compl.______________CEP______________Cidade ___________________________ Estado_________

Telefone: ( )______________ Celular: ( )______________ E-mail:_____________________________

Doc.Identidade:___________________ Exp.por:_______ Data: ___/___/___ CPF:___________________

Data Nascimento: ___/___/______ Profissão / Formação:_______________________________________

Membro da SOBRAMES-SP? SIM ( ) NÃO ( ) Membro de outra regional? Qual ________________

Dados do(s) acompanhante(s)

Nome________________________________________________________________________________

Parentesco__________________ Data Nascimento: ___/___/______ Doc.Identidade:_________________

Nome________________________________________________________________________________

Parentesco__________________ Data Nascimento: ___/___/______ Doc.Identidade:_________________

Parentesco__________________ Data Nascimento: ___/___/______ Doc.Identidade:_________________

Nome________________________________________________________________________________

Atenção: preencha no verso as informações sobre os textos inscritos

última oportunidade

Page 8: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

1. Preencha todos os dados solicitados nesta ficha(frente e verso), recorte-a e remeta-a por correio para:

IX Jornada Médico-Literária PaulistaA/C: Marcos Gimenes SalunAv.Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP CEP 04182-010

2. Se já tiver seus textos preparados conforme asorientações da página anterior, coloque o disquete e as cópiasimpressas no mesmo envelope. IMPORTANTE: o prazo finalpara remessa de textos foi prorrogado para o dia30.08.2007. A sua inscrição, no entanto, deve ser feita omais rápido possível.

3. Não envie qualquer valor junto com esta fichade inscrição. Após o envio da ficha, aguarde orientaçõesespecíficas quanto aos valores de sua inscrição, formas eprazos de pagamento.

4. A aceitação definitiva da inscrição pelaSOBRAMES-SP somente será feita mediante o cumprimentode todas as regras e orientações, especialmente no que dizrespeito ao pagamento das despesas correspondentes. Aoassinar esta ficha, o inscrito concorda com as condições deinscrição e realização do evento.

___/____/____ _________________________Data Assinatura

Trabalhos Literários InscritosO preenchimento deste item é obrigatório, mesmo que os textos sejam remetidos posteriormente

1. Título_____________________________________________________________________________ Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

2. Título_____________________________________________________________________________ Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

3. Título_____________________________________________________________________________ Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

4. Título_____________________________________________________________________________ Gênero: ( ) Poesia ( ) Prosa

O valor da inscrição é composto pelos seguintes itens:1. Hospedagem no Hotel Intercity Express Jundiaí (3 [três]diárias com café da manhã).2. Transfer São Paulo/Jundiaí/São Paulo e deslocamentos nacidade, em ônibus fretado.3. Roteiro gastronômico com 5 (cinco) refeições em restau-rantes especialmente escolhidos (exceto bebida), sendo pelomenos um jantar dançante.4. Roteiro turístico-cultural especialmente programado paraos três dias do evento.5. Coquetel de abertura6. Coffee-breaks das sessões literárias.7. Publicação dos textos nos Anais e 1 exemplar deste.8. Um exemplar do livro “VI Antologia Paulista”.9. Taxa de inscrição e todo material da Jornada.

Do valor da inscrição, não serão permitidas exclusões de quaisquer

itens, exceto do valor correspondente à hospedagem, caso o

participante não se hospede no Hotel Intercity Jundiaí.

Tabela de Preços de Inscrição

ITEM Associado Não-Associado SOBRAMES SOBRAMES

Casal R$ 1.045,00 R$ 1.145,00(Hospedagem em apart.duplo standard)

Individual R$ 685,00 R$ 735,00(Hospedagem em apart. single standard)

Acadêmicos (somente inscrição) R$ 30,00demais itens do pacote por adesão

Inscrições no ato (somente inscrição) R$ 120,00demais itens do pacote por adesão

Condições de pagamento

Até o final do mês de agosto, os que se inscreverem terãooportunidade de publicar seus trabalhos literários. Contu-do, o pagamento das despesas (vide tabela ao lado) deveráser feito à vista, no ato da inscrição. Depois de 30 de agosto,os inscritos ainda poderão apresentar seus trabalhos nassessões literárias, porém sem suas respectivas publicaçõesnos Anais da Jornada.

INSCRIÇÕES ATÉ 30.08.2007 (Inclui publicação dos textos)Pagamento à vista no ato da inscrição.

INSCRIÇÕES a partir de 01.09.2007 até o início da Jornada(NÃO INCLUI publicação dos textos): Pagamento à vista noato da inscrição.

Havendo desistência do participante, os valores pagos serãorestituídos após a realização do evento, deduzidos os valoresde eventuais despesas que já tiverem sido pagas e não pude-rem ser ressarcidas. Todos os pagamentos devem ser feitosem CHEQUES NOMINAIS à SOBRAMES-SP.

Não deixe para a última hora! Inscrevendo-se HOJE MESMOvocê garante desde já a participação num dos eventos maisimportantes da SOBRAMES-SP. Veja o que está sendo prepa-rado para você nas páginas 5 e 6 deste suplemento especiale inscreva-se agora mesmo!

Preencha o cupom de inscrição abaixo, seguindo as instru-ções, junte seus melhores textos e prepare suas malas!

IX Jornada Médico-Literária Paulista8 Caderno

Especial

Page 9: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

D

A

C

9O Bandeirante - Agosto de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

Companheiros, obrigado / pela honra concedida:Ter meu nome eternizado / na SOBRAMES, em sua lida,bem num prêmio em meu agrado, / “O Melhor no Desempenho”,com valor e predicados, / que acreditem, eu não tenho!

A SOBRAMES me incentiva / pôr a mão no coraçãoe compor com alma viva / uns poemas de emoção,que por vezes à deriva, / sem ter imaginação,renuncio à iniciativa, / por faltar inspiração!

Tanta honra, não mereço, / já no fim de minha vidae assim sendo, eu agradeço / a homenagem recebida,generosa e de alto apreço, / para um velho, em despedida...

Mas, por fim, insisto e peço, / num abraço familiar,com sincero e grande apreço, / nos confrades deste lar,a grande honra que ofereço / pra com todos partilhar!...

AgradecimentoAldo Miletto

Médico psiquiatra - São Paulo - SP

A atitude humana no caminho da amizadePercorre uma ardilosa e pedregosa estradaTropeços e quedas calçam essa caminhadaVenturas ou enganos regem sutil deidade.

Ricas intenções pousam em numes aladosNas ações reinam lutas, união ou maculadosPegadas firmes, tíbias ora até vacilantesRevelam estigmas presentes ou distantes.

Provas e fatos surgem em íntima vivênciaAterram diferenças em incólume decênciaVisões tórpidas despertam na maledicência.

O ciúme e a inveja acolhem a veleidadeNa prática do bem floresce a bondadeA longa vida realça a preciosa dualidade.

Estrada da vidaEvanil Pires de Campos

Médico infectologista - Botucatu - SP

Da SOBRAMES, a Jornada,Já comentam por aí;Pois já foi anunciadaQue será em Jundiaí.

Vamos todos, associados,Demonstrar que somos craques:Os escritos enviadosPor certo serão destaques.

Destaque também é a Cidade:Jundiaí foi escolhida;É certo, é claro, é verdade:Lá curtiremos a vida.

Já é a NONA JORNADAIsto a todos nós comove;E a coincidência formada:É NONA e o mês é NOVE.

Mais uma vez o SalunO compromisso assumiu:Pois todo sócio, um a um,Seu chamado já ouviu!...

Mensagem de propagandaGuaracy Lourenço da Costa

Cirurgião plástico e advogado - Araraquara - SP

Page 10: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

N

Os textos selecionados para o Suplemento Literário estãodentre aqueles disponibilizados por seus autores para

publicação, entregues a nossos editores nas reuniões mensaisou coletados de livros e/ou enviados para nossa redação.

[email protected]

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Agosto de 200710

Nos primeiros meses de 1945, a rede ferroviáriaalemã não conhecia mais nenhum horário. A aviaçãoinimiga, no céu da Alemanha, é que determinava se umacomposição podia pôr-se em movimento ou não.

Eu viajava de Berlim para Innsbruck, onde deviaprestar serviço num hospital militar. A viagem, quenorma1mente durava um dia, levou uma semana. Naverdade, não foram somente os aviões inimigos que tantoprolongaram minha jornada. Eu é que me desviei da rota.Em vez de viajar através da Baviera, do norte ao sul,embarquei, por ocasião de uma baldeação, num trem queme levou à Suévia. Essa rota, é claro, não correspondia àordem que eu havia recebido por escrito, em Berlim, naqual constava como destino a cidade austríaca de Innsbruck- que na época pertencia à Alemanha.

Eu acreditava poder justificar-me, no caso de serinterpelado pela patrulha da polícia do exército, alegandoataques aéreos contra a rede ferroviária na Baviera.

Sonhei com um encontro-surpresa com minhanamorada, na Suévia. Mas, naquela província, os trensparavam com uma freqüência ainda maior. Além do mais,numa pequena cidade sueva todos os passageiros foramconvidados a desembarcar e esperar, até nova ordem.

Enquanto eu fazia um breve passeio pelasestreitas ruas vizinhas à estação férrea, sonhava em teruma conversa esperançosa e feliz com minha namorada:

“- Espero o fim da guerra. Espero por você.-”Seriam essas as minhas palavras. Então, ela me

responderia com um olhar feliz e um altivo sorriso.Levantei os olhos para o céu, do qual somente

uma estreita faixa estava visível, naquela antiga etradicional rua da cidadezinha sueva e ... - raios mepeguem! - um pequeno avião apareceu, de súbito, semter feito ruído algum. Precipitando-se em minha direção,lançou-me uma rajada de metralhadora. Em questão desegundos, abriguei-me na entrada de uma casa, antes quefosse tarde demais.

Para falar a verdade, já era tarde demais... Opiloto errara o alvo. O avião já estava fora de vista...

As interrupções nos trajetos dos trens iam-setornando cada vez mais freqüentes e demoradas, à medidaque eu me aproximava da importante metrópole deStuttgart. Comecei a sentir fome e vi-me forçado a comeras pequenas conservas - que constituíam a última reservaalimentícia que cada soldado leva consigo, para situaçõesde emergência.

Por fim, abandonei meu plano aventureiro eembarquei somente em trens que me aproximariam dacidade de Innsbruck.

Não tinha encontrado minha namorada e tudoindicava que jamais a reveria. Mas eu não queria acreditarnisso. E a ninguém, até hoje, revelei o nome dela.

Extenuado de fome, desembarquei finalmenteentre as paredes árduas de duas cristas alpinas, cobertasde neve, onde se situa Innsbruck.

Sinto inesquecível gratidão para com essa cidade,por ser a única, entre as muitas que eu visitara naquelaviagem, que mantinha, em sua estação ferroviária, umposto de provisões para soldados viajantes. Ali tomei umasopa quente de ervilhas. Depois me dirigi ao comando daDivisão, que estava estacionado em Innsbruck, eapresentei-me ao médico-chefe.

Esse médico-coronel quase perdeu a compostura.Sem perceber que eu havia chegado com seis dias deatraso, gritou:

“- O senhor vem de Berlim? Que diabos estãopensando esses senhores da Academia Militar? Para quefim mandam jovens médicos para cá? Acham que emInnsbruck pode-se exercer a medicina, como se em plenapaz? Não sabem dos terríveis bombardeios que estamossofrendo, todas as noites, desde uma semana atrás? Voumandá-lo embora daqui, agora mesmo! O senhor irá parao hospital de Reserva do Exército em Bregenz.-”

Essa ordem valia, para mim, uma viagem atravésde grande parte da Áustria. As famosas estações deesporte de inverno em estado de abandono! Elas não maispodiam ser visitadas por turistas de outros países. Poistodos os estrangeiros eram considerados inimigos daAlemanha. Contudo, o mais desolado tinha sido o aspectoda cidade de Innsbruck. Grandes blocos de pedra, vestígiosde bombardeios, estavam espalhados em volta da estaçãoferroviária. Ninguém tivera tempo de recolhê-los.

O estado em que Innsbruck encontrava-seconfirmou-me o quanto a situação estratégica daAlemanha tinha piorado nos sete dias que eu havia gastoem minha inútil viagem pela Suévia. Eu estavaimpressionado e ao mesmo tempo confiante em que aguerra inclinava-se para o fim.

O ano de 1945Helmut Adolf Mataré

Médico radiologista - Bertioga - SP

Page 11: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

11O Bandeirante - Agosto de 2007

estante

Esta seção tem como objetivo divulgar e promover a venda dos livros dos associados adimplentes. Para participar, os autoresinteressados devem enviar as seguintes informações sobre os livros que pretendam divulgar: Título, Editora, Ano e Cidade da

Publicação, Nº. de Páginas, Preço, Forma de contato e aquisição e um arquivo magnético, contendo a foto da capa do livro (extensãoJPG). São dispensadas essas informações caso o livro já esteja disponível no acervo da SOBRAMES-SP. Opcionalmente o autor poderá

também enviar o livro, ainda que por empréstimo, para a redação do jornal. O envio do material, assim como de notícias, publicações ouinformações sobre lançamentos de livros deve ser feito para: Jornal “O Bandeirante” - Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - ap.12Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: [email protected].

Contos &

Encontros -Roberto CaetanoMiraglia e MarcosGimenes Salun -Legnar Editora -1998 - SP- 128 p.

Trata-se de uma coletânea dehistórias escritas com muita simpli-cidade, que levará o leitor a umagradável passeio por diferentesépocas e situações. Um diálogo entreos dois amigos, membros daSOBRAMES-SP, é o fio condutor quevai introduzindo naturalmente umahistória após a outra e que remete oleitor, ora à reflexão sobre temassérios e polêmicos, ora à convivênciacom situações e personagensdivertidos ou inusitados. A obrarecebeu, da Academia de Letras eCiências de São Lourenço - MG, a“Comenda do Mérito Literário” comoo melhor livro do ano no gênero.Informações: [email protected].

Memórias de um

Médico da

Segunda Guerra

Mundial - HelmutAdolf Mataré -Legnar Editora -1999 - SP - 228 p.

De tanto ter que atender pedidos deamigos e conhecidos para narraralgum episódio da vida bélica, umaescaramuça entre tropas deinfantaria da qual participou naúltima grande guerra, o médicoradiologista Helmut Mataré decidiucolocar tudo o que sabia num livro.Foi assim que surgiu o relato histó-rico contido nessa obra, que vaicolocar o leitor frente a frente comtoda a crueldade e com os dramasmais insuspeitos vividos por quemesteve nos campos de batalha daSegunda Guerra Mundial. Paraaquisições e informações, escrevapara o autor: Rua Maria Paula, 122 -

ap. 1.204 - 01319-000 - São Paulo - SP

Um Astrólogo

Sumeriano - FlertsNebó - Edição doautor - 2002 - SP -140 p.

Quem acompanha a trajetórialiterária do médico reumatologistaFlests Nebó conhece muito bem seufascínio pela história e sua habilidadeem contá-la de forma lírica, roman-ceada e com peculiar suavidade,mesclando personagens e fatos reaisa outros de sua inventiva. É o queacontece neste livro, onde Nebó nosconduz pelos segredos e mistérios daMesopotâmia, berço de algumas dasmais ricas civilizações humanas. Eleutiliza-se do Código de Hamurabi, emparte da narrativa, para ilustrar atrajetória de seus personagens econduzir esta interessante aventura.Informe-se com o autor:[email protected]

registro

representandoA Sobrames-SP foirepresentada pelo seupresidente, HelioBegliomini, na posse do Dr.José Luiz Gomes do Amaral(foto) na Academia Cristãde Letras. O empossado é

presidente da Associação MédicaBrasileira e eleito presidente daAssociação Médica Mundial. A efemérideocorreu no dia 17 de julho, no salãonobre da Associação Paulista deMedicina.

livros novosO médico ginecologista,

Carlos José Benatti, estáempolgadíssimo, lançando

seus novos livros (“AProfundidade da Super-

fície” e “Os Segredos daCartomante “ , ambos pelaRumo Editorial) e apresentando os demais

títulos de sua obra. A festança literáriaacontecerá no próximo dia 28 de agosto,das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila,

Rua Fradique Coutinho 915, comestacionamento no local. Benatti esperacontar com a presença de todos os seus

amigos e confrades que queiramprestigiar esta importante fase

de sua vida literária.

destaque na mídiaNossos escritores, Araryda Cruz Tiriba e NelsonJacintho, foram destaquena edição 181 doSuplemento Cultural daRevista da APM. Elestiveram publicados ostextos “A imigrante que

disseminou pestilências” e “A novadoença descoberta no Brasil”,respectivamente. Na mesma edição, foipublicado o texto “Prof. Dr.JoãoCarvalhal Ribas”, de autoria de L.A.Fernandes Soares, presidente daSOBRAMES Nacional.

sarau no sescNossa poeta e jornalista,Ligia Terezinha Pezzuto,vai marcar presença ao

lado de outros artistas,em importante evento do

SESC - Ipiranga. Nopróximo dia 18 de agosto, ela se

apresenta no projeto “Nossas raízes,nosso folclore” com direção de Fernanda

M. B. Almeida Prado, participação dediversos escritores, poetas e músicos. Aapresentação será no dia 18 de agosto,no SESC IPIRANGA, na Rua Bom Pastor,

nº. 822, com início às 18h00. A entrada éfranca e o estacionamento é fácil. Ligia

espera a presença de todos.

30 anos de alagoasDo caríssimo confrade JoséMedeiros, recebemos arevista “Reflexão Médica”,de julho de 2007, que, entreoutros destaques, divulgamatéria alusiva à comemo-ração dos 30 anos da SOBRA-

MES Alagoana. Cumprimentamos osconfrades por tão importante efeméridee agradecemos a gentileza do envio darevista.

projeto bem viverNo último dia 26 de junho,nosso escritor, RobertoAntonio Aniche (ao lado),apresentou um poema deautoria de outro confrade,

Geováh Pauloda Cruz (abaixo) durante oProjeto Bem Viver, queatende cerca de 80 “jovens”da terceira idade, na IgrejaSão Judas Tadeu, em SãoPaulo. A poesia “ Ah, vou!”(publicada no SuplementoLiterário da edição de maio

de 2007 deste jornal), de autoria deGeováh, foi muito aplaudida pelosparticipantes: “muito mais que a palestra”- disse Aniche. É assim que nossa literaturapode agir por aí. Aos autores da “façanha”,os nossos parabéns!

Page 12: O Bandeirante - Agosto 2007 - nº 177

Aprendendo com Oman Pamuk(continuação da primeira página)

companhias, misturando-se com amigos e

partilhando piadas. Daí, define que “escrever

é transformar o olhar para dentro em palavras,

estudar o mundo em que essa pessoa entra

quando se retira para dentro de si, e fazê-lo

com paciência, obstinação e alegria”. Por

conseguinte, refere que “um autor tenta por

anos descobrir o segundo ser dentro dele”.

Em outras palavras, Pamuk

aproveitava esse fato para reafirmar uma

grande verdade atinente a todo(a) aquele(a)

que extravasa na escrita suas idéias ou os seus

sentimentos. O escritor é um ser solitário, ou

melhor, produz sua obra no interior de sua

solidão, consigo mesmo, na intimidade casta

de seu ser, sem mais ninguém, não deixando

de ser aquilo que escreve, que evidencia, que

manifesta aos outros, um presente muito

original, pois é parte de sua vivência, ou até

um pedaço de si mesmo. Pamuk, após muitas

conjecturas e ponderações, não se conteve e

abriu a valise dias após, fato esse percebido e

apreciado caladamente por seu pai em visita

realizada na semana seguinte. Não chegou a

explicitar o seu teor, mas, veladamente, deu a

entender que nela continha escritos pessoais

não-compartilhados que seu pai tivera feito

ao largo da vida.

Nas entrelinhas dessa cena,

percebemos não apenas uma influência

genética na verve literária de Pamuk, como

também ratifica-nos que todo artista e,

particularmente o escritor, pode se perpetuar

no tempo e atravessar virtualmente mundos

geográficos díspares – germens da imortalidade

e do reconhecimento a que todo ser humano

aspira –, tão longo quanto forem preservadas

e divulgadas suas obras. Tenhamos certeza

de que a Sobrames – SP constitui-se num

cenáculo onde se cultivam tais virtudes.

O Bandeirante - Agosto de 200712

agenda

Prêmio Rodolpho CivileO que vale - Conta pontos a

assiduidade nas reuniões mensais da

Pizza Literária, em duas categorias,

Interior e Grande São Paulo.

Quem lidera: Rodolpho Civile e

Geováh Paulo da Cruz (6 pontos), Alitta

Guimarães Costa Reis e Alcione

Alcântara Gonçalves (4 pontos) e

Marcos Roberto dos Santos Ramasco

(3 pontos) na categoria Interior; José

Rodrigues Louzã, Marcos Gimenes

Salun, Maria do Céu Coutinho Louzã,

Roberto Antônio Aniche e Sérgio

Perazzo (7 pontos) na categoria

Grande São Paulo.

Veja quem está

marcando pontos

nos prêmios de

incentivo de 2007

concursos

O grande objetivo da diretoria da SOBRAMES-SP ao criar os dois novos prêmios

em andamento foi o de incentivar os associados a participarem das atividades programadas,

visando dar ânimo à sociedade e a seus objetivos. Meramente simbólicos, os concursos

pretendem, antes de mais nada, vitalizar os laços de amizade e incrementar a magia do

diletantismo que unem, há muito tempo, nossos escritores.

Encarregada de organizar e computar os pontos nessa gostosa brincadeira, Ligia

Pezzuto envia-nos mais uma prévia da apuração, considerado o período de janeiro a julho de

2007. Ainda não foram incluídos os pontos relativos à participação na IX Jornada Médico-

Literária Paulista, válidos para o “Prêmio Aldo Miletto”, pois o prazo de inscrição ainda

não está encerrado. Veja como andam nossos concorrentes:

Prêmio Aldo MilettoO que vale - Visa avaliar o melhor

desempenho dos associados durante o

ano, segundo sua participação em

jornadas, congressos, publicações

individuais e coletivas, dentre outros

quesitos (veja edição de abril).

Quem lidera: Rodolpho Civile e

Helio Begliomini (23 pontos), Geováh

Paulo da Cruz (16 pontos) e Flerts Nebó

(13 pontos). Ainda é tempo de disparar

na pontuação deste prêmio, pois a

participação na Jornada de Jundiaí

ainda não foi computada. Edição de

livros e participações em coletâneas

também contam valiosos pontos.

AGOSTO

02 - Reunião de diretoria

16 - 205ª. Pizza Literária. Apresentação

de textos da 19ª. Superpizza com o tema

“Inverno”.

30 - Encerram-se as inscrições para a

IX Jornada Médico-Literária Paulista

com direito a publicação de trabalhos.

SETEMBRO

06 - Reunião de diretoria

20 - 206ª. Pizza Literária.

Premiação da 19ª. Superpizza.

20 - Assembléia Geral Ordinária

20 - Comemoração do 19º. aniversário

da regional São Paulo.

27 a 30 - IX Jornada Médico-Literária

Paulista - Jundiaí - SP. - Lançamento da

VI Antologia Paulista.

OUTUBRO

04 - Reunião de diretoria

18 - 207ª. Pizza Literária.

Anúncio e entrega do Prêmio Flerts

Nebó para a melhor prosa do ano.

As Pizzas Literárias e as reuniões de

diretoria são realizadas na Rua Oscar Freire,

1.597 - Pizzaria Bonde Paulista - a partir de

19h30 e são abertas a todos os interessados.

O preço único cobrado nas Pizzas Literárias

é de R$ 25,00.

A IX Jornada Médico-Literária Paulistaacontecerá na cidade de Jundiaí-SP. Veja mais

detalhes nas páginas 5 a 8 desta edição.

Acompanhar esta agenda de

atividades da SOBRAMES-SP é cada vez

mais importante. Além de saber datas, horários

e locais de nossos próximos compromissos,

os interessados podem saber quando irão

conquistar seus próximos pontos para os dois

concursos de incentivo criados pela atual

diretoria: “Prêmio Rodolpho Civile” de

assiduidade e “Prêmio Aldo Miletto” de

melhor desempenho.

Os critérios de pontuação foram

divulgados na edição de abril de 2007 e levam

em conta a participação dos associados nas

diversas atividades programadas para o ano.

Desde o comparecimento aos encontros,

reuniões, congressos e jornadas, até a

publicação de livros, tudo pode contar pontos.

Vale a pena abrir a agenda pessoal,

anotar os compromissos dos próximos três

meses e não faltar a nenhum deles.