o arauto 17

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"EU VOU! Megafestival de música vai agitar a região em outubro. Tem gente fazendo peripécias para assistir aos shows CINEMA 4D Confira no JC pág.6 Tendência nas salas de projeção ou apenas mais um modismo? Ano III - nº 17 -set.2010 O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP André Timex / O Arauto A arte de registrar imagens pela luz. FOTO GRAFIA " pág.9 NOVIDADES DO CEUNSP Vestibular antecipado e nove cursos novos! pág.1 NA PRÁTICA Estudantes de Fotografia e Jornalismo trabalham nos Jogos Regionais de Itu pág.3

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O Arauto, Jornal-Laboratorio da FCA-CEUNSP. Edicao de setembro de 2010.

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Page 1: O Arauto 17

"EU VOU!

Megafestival de música vai agitar a região em outubro. Tem gente fazendo peripécias para assistir aos shows

CINEMA 4D

Confira no JC

pág.6

Tendência nas salas de projeção ou apenas mais um modismo?

Ano III - nº 17 -set.2010O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP

And

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mex

/ O A

raut

o

A arte de registrar imagens pela luz.

FOTOGRAFIA

"

pág.9

NOVIDADES DO CEUNSP

Vestibular antecipado e nove cursos novos!

pág.1

NA PRÁTICA

Estudantes de Fotografia e Jornalismo trabalham nos Jogos Regionais de Itu

pág.3

Page 2: O Arauto 17

Estávamos com saudade. É sempre bom lembrar que este O Arauto faz parte das atividades da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA). É nele que boa parte dos alu-nos de Comunicação – em especial os de Jornalismo e Foto-grafia, podem exercer a tão buscada “prática”. As reportagens desta 17ª edição foram concebidas após as férias, durante os meses de julho e agosto, após a formação dos Grupos de Tra-balhos dentro da AECA e da concepção e desenvolvimento das pautas. Explicado então porque a edição saiu publicada só em setembro, resta-nos apresentá-la. A primeira novidade é fácil de enxergar: no visual. Temos um lay-out novo, trabalho exce-lente - pois facilita a leitura - de nosso designer Prof. Murilo.

Segundo, nosso assunto principal. Quem nunca fotografou ou foi fotografado? Hoje, com equipamentos e tecnologias brotando em cada esquina e podendo ser pagos em doze ve-zes sem juros, é fácil clicar e ser clicado. Mas no século XIX era considerável a chance de duvidar que o ser humano pode-ria registrar, graças à luz, uma imagem numa folha de papel. Imagine só se, em 1890, falássemos que um aparelho portátil, de computador ou notebook, pudesse armazenar milhares de fotogramas e mais, poderia editá-los e redesenhá-los ao gosto do artista? Esse alguém tão profético seria chamado de louco ou de bruxo.

Fotografar é cada vez mais popular. E em meio a tantos praticantes há de se formar cada vez melhores profissionais, proposta que acompanha o curso mantido pelo CEUNSP na FCA. A primeira (de muitas) Semana da Fotografia reuniu en-tendidos de todo país para passar as dicas e sintonizar nossos estudantes com os desafios do mercado atual. Cenas e discus-sões foram reproduzidas nesta edição.

Também desviamos nosso olhar sobre questões atuais como o SWU, a tv pública, a cultura de manifestações tão dís-pares e importantes como a universitária, a poesia ou a con-tracultura...

E não podíamos deixar passar em branco o evento mais importante do país este ano: as eleições em outubro. Compro-misso que o Brasil, terra dos Silvas, tem pela frente. Um arti-go de uma companheira recém-chegada ao CEUNSP nos faz pensar um pouco mais sobre o voto consciente. Boa leitura! (Pedro Courbassier)

Fotografando o novo lay-out...

da mesa do redator

expe

dient

e

Publicação da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP). Contato: [email protected]

Jornalista Responsável e Editor-Chefe: Prof. Esp. Pedro Courbassier (MTb.: 23.727).Projeto Gráfico, Diagramação e Edição de Fotografia: Prof. Murilo Santos. Revisão: Profª Esp. Maria Regina Amélio e Prof.ªªMs. Renata Boutin Becate.Conselho Editorial: Prof. Edson Cortez (Coordenador-Geral da FCA); Prof. Ms. Filipe Salles; Profª Ms. Maria Paula Piotto S. Guimarães; Prof. Murilo Santos; Prof. Esp. Pedro Courbassier; Prof. Dr. Rubens Anganuzzi Filho.

O Arauto é um produo da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA), feito em parceria com os estudantes de Comunicação que assinam as reportagens, fotografam e abastacem o blog Arautomania.

Tiragem: 10.000 exemplares Blog:arautomania.blogspot.com Todos os textos são de responsabilidade de seus autores

www.ceunsp.edu.br

FLAGR A

Carinhos - O clima de campanha, apesar dos números cada vez mais favoráveis, esquentou o sangue dos seguranças que escoltavam a comitiva do Partido dos Trabalhadores. O regis-tro foi feito durante um passeio dos candidatos do partido na região central de Bauru/SP. Como se observa na foto, os rapazes de terno não foram nada gentis com um cadeirante. Ele gritava “Quero falar com a Dilma, quero falar com a Dilma!” e tentava se aproximar dos políticos. Além da candidata à presidência, faziam parte da comitiva o candidato ao governo de São Paulo, Aloísio Mercadante e ao Senado, Marta Suplicy. A foto é de André Timex.

Comunicação do LeitorCaro redator: Em minhas mãos e para deleite mental tenho um exem-

plar de O Arauto. Saúdo, carinhosa e alegremente, o seu agradável conteúdo.

Aproveito-me do ensejo para enviar retalhos de crônicas e poesias (nota do editor: uma das quais publicamos abaixo).

Lázaro Piunti ([email protected]) - escritor (membro da Academia Saltense de Letras) e advogado.

Duplicação à vista...

O atual governador do Estado, Alberto Goldman, esteve presente na região no dia 18 de agosto para anunciar a dupli-cação da Rodovia da Convenção, que liga Salto a Itu, as duas cidades com unidades do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio.

A duplicação, com iluminação, custará R$ 33 milhões e transformará a estrada em uma avenida, segundo o governo.

A boa notícia, quando virar realidade, será útil para estu-dantes, professores e funcionários que circulam diariamente entre as duas cidades. (Nelson Lisboa)

ANSEIOS DE ARTE

O menino foi emboraE a saudade já afloraEm todos – em mim.

É ele quem parteAnselmo Duarte! A vida é assim.

O galã sem demoraPartiu mesmo agoraÉ viagem sem fim.

O povo não chora No céu nesta hora O galã é querubim.

Quem parte e reparteE faz bem sua parteFaz parte da glória. Anseios de arte Anselmo Duarte Parte da História.

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Page 3: O Arauto 17

pág.03debate O arauto/set.10

Há poucos dias fui à uma lanchonete em Indaiatuba. Obser-vei que onde antigamente ficava o caixa do estabelecimento havia uma divisória que ocultava a visão daquele determina-do espaço. Imaginei que estivessem reformando o local, reali-zando uma ampliação, por exemplo. Não contive a curiosida-de e procurei esticar um pouco mais o pescoço para enxergar as melhorias que estavam sendo realizadas. Para minha sur-presa ali não estava sendo realizado nenhum tipo de obra. No local, estavam instaladas pelo menos uma dúzia de máquinas “caça-níqueis”. Paguei pelo salgado que comi e fui embora pensando se deveria ou não denunciar aquele comércio. De-cidi que não ganharia nada com essa atitude, afinal eu mesma não estava sendo prejudicada (não diretamente, pelo menos) e os responsáveis pela fiscalização possivelmente já passaram por esse local diversas vezes, considerando sua localização.

Neste mesmo dia peguei a estrada e fui para Campinas, onde emperrei em um trânsito do qual parecia que não sai-ria mais. Fiquei parada talvez durante uns vinte ou trinta minutos no mesmo lugar e nada do tráfego avançar. Atra-vés do meu retrovisor direito notei um carro andando pelo acostamento ultrapassando todos os que estavam para-dos havia tanto tempo, inclusive o meu. Pensei: qual se-ria a grande vantagem que este motorista acreditava estar tendo, levando em consideração que a qualquer momen-to poderia ser flagrado e autuado por um guarda de trân-sito. Talvez se eu anotasse a placa e ligasse para a polícia... Nos poucos segundos que seguiram entre os pensamentos e a ultrapassagem desisti, visto que sem a presença do po-licial não haveria o flagrante e muito menos a autuação.

Mas algo nos dois casos deste dia peculiar me chamou a atenção. Mais do que a falta da fiscalização ou de providências relativas à má conduta do comerciante e do motorista, a mi-nha própria atitude, a minha conivência com ambos me inco-modou profundamente. Refleti sobre quantas vezes faço isso diariamente, e concordo indiretamente com tantas atitudes malogradas. Afinal, como diz o ditado - “quem cala, consente”. Por mais que eu não concordasse com os atos do comercian-te, do motorista, e de tantos outros (maus) exemplos que eu poderia citar agora, nada fiz para denunciá-los ou impedi-los.

Acredito que você, caro leitor, também tenha tido em al-gum momento, em pequena ou grande proporção, esse sen-timento de impotência perante alguma injustiça e se calado. Se a lei rege todos igualmente, por que alguns insistem em obter ‘vantagens’ de forma ilícita, e pior, conseguem obtê-las sem nenhum risco ou pudor? Pior ainda é perceber que de modo geral a sociedade aceita e aprova essas atitudes, pois como são espertas estas pessoas, não?! Melhor exemplo não poderíamos encontrar senão na política brasileira (ou mun-dial?). Em ano de eleições me divirto deveras com candida-tos, no mínimo, caras-de-pau... Política talvez seja um assunto

[ Nathalia Pimenta ]

que não o agrade. Há até quem diga que quando o assunto chega em religião, futebol, política ou na mulher alheia é melhor encerrar a conversa. Porém, acredito que você, assim como eu, não está conformado com falta de ética que assistimos quase diariamente nos no-ticiários. Prossigo com uma considera-ção: entre os jovens a política tornou-se um assunto massante, coisa do nerd ou do pseudocult que quer parecer politi-zado. Claro que estou generalizando.

Anos se passam e as reclamações do povo são sempre as mesmas: a es-trutura da área da saúde é precária, o sistema educacional é vergonhoso, as cidades incham desordenadamen-te, a violência aumenta, e por aí segue a lista incomensurável de problemas que todos conhecemos, e por senso co-mum concordamos que o Estado deixa a desejar em sua administração. Mas basta chegar o ano das eleições que há solução para todos os problemas (Como não pensamos nisso antes?).

Por isso cheguei a estas linhas finais visando somente pedir um minuto da sua reflexão. Esteja atento a todo o ins-tante do seu dia, seja nas pequenas atitu-des e ocasiões, ou no momento de esco-lher seu representante. Antes de apertar a tecla verde no dia 3 de outubro analise com cuidado as idéias e propostas da-quele candidato em quem você pretende votar. Anular o voto não é forma de pro-testo. Ao anular o seu voto você se equi-para com o cara que faltou na reunião de condomínio. Outras pessoas decidi-ram algo que talvez você não concorde e que mexerá diretamente com o seu bol-so... mas já que você não estava presen-te e portanto não se manifestou, entra na parcela que se calou – e consentiu.

Nada poderei fazer para mudar a mi-nha falta de atitude com o comerciante ou com o motorista, porém tenho uma grande frase de Chico Xavier: “Ninguém pode mudar o erro no começo, mas todos podemos recomeçar e fazer um novo final”.

Fábio

Mag

alhãe

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Ara

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PRESIDENTE

SENADORES

GOVERNADORES

DEPUTADOS

Ele é o chefe de Estado e do Governo brasileiro. Representa a nação e gerencia os negócios do governo. O presidente conta com o auxílio dos ministros para assuntos como a defesa nacional e relações internacionais, educação, saúde e sobre quanto o país deve poupar para pagar

dívidas e investir. Além disso, é responsável pela infra-estrutura nacional (transportes, comunicações, fontes de energia) e pelas políticas de proteção ao meio ambiente e cultura. É responsabilidade da presidência aprovar as leis formuladas no Congresso e, eventualmente, também propor leis. Para ser presidente da República é preciso ser brasileiro nato e maior de 35 anos.

Desempenha juntamente com os Secretários de Estado a administração estadual, colocando em prática planos para estimular as vocações econômicas da sua região. Para isso, defende

os interesses do Estado junto à Presidência e busca investimentos e obras federais. O governador também é o responsável pela segurança pública no estado, controlando as polícias Civil e Militar, construindo e administrando presídios. Para ser governador é preciso ser brasileiro maior de 30 anos.

Os senadores representam os interesses dos Estados pelos quais foram eleitos. Entre suas principais atribuições estão debater e aprovar os projetos que passaram pelos deputados fede-rais. Além da participação na função legislativa, o Senado Federal tem importantes funções,

por exemplo, cabe-lhe privativamente processar e julgar o presidente da República, os ministros de Estado, do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República, nos crimes de responsabilidade e aprovar a escolha de ministros de tribunais. Ainda é de sua responsabilidade autorizar empréstimos externos tomados por governos estaduais e municipais, bem como os acordos internacionais que vão vigorar no território nacional. São eleitos três senadores por estado e pelo Distrito Federal. Devem ser brasilei-ro e maior de 35 anos.

FEDERAL: São eles que fazem, debatem e aprovam as leis nacionais. Aprovam emendas à Constituição Federal e o orçamento anual da União proposto pelo poder Executivo (Ministé-rio do Planejamento). Fiscalizam as contas e os atos do presidente, do vice e dos ministros,

podendo convocá-los a se explicar e abrir Comissões Parlamentares de Inquérito, as CPIs, que se tornam cada vez mais comuns no dia-a-dia da vida política nacional.

ESTADUAL: Fiscalizam as ações do governador e secretários de Estado, po-dendo convocá-los a prestar contas e a abrir CPIs. Criam, debatem e aprovam as leis de interesse estadual. Criam impostos e taxas estaduais. Junto com o governador, elaboram o orçamento do Estado.

O QUE ELES FAZEM

Nota: Candidatos a todos cargos eletivos devem ser alfabetizados, estar com plenos direitos políticos e pertencer a um partido.

Page 4: O Arauto 17

R$ 318,84R$ 346,64R$ 346,66R$ 418,85

5 anosEnfermagem - noiteFisioterapia - noitePsicologia - manhãPsicologia - noite

R$ 318,84R$ 318,84R$ 318,84R$ 318,84R$ 346,64R$ 216,23R$ 346,63

4 anosBiomedicina - manhãBiomedicina - noiteEnfermagem - manhãFarmáciaFisioterapia - manhãFonoaudiologiaNutrição

(manhã / noite)Psicologia

NOTAMÁXIMA

PROJETO PEDAGÓGICOINFRAESTRUTURACORPO DOCENTE

5

PSICOLOGIA

AUTORIZADO

MEC

• Primeiros lugares no ENADE: Biomedicina e Fisioterapia

• Mais de 20 laboratórios e clínicas

• Ensino 100% presencial com professores Doutores e Mestres

• Mais de 69.000 exames laboratoriais gratuitos à população

• 4 bibliotecas com mais de 180.000 volumes

História • LetrasMatemática

• Primeiro lugar da região no ENADE: Formação de Professores

• 3 estrelas no Guia do Estudante: Pedagogia

• Ensino 100% presencial com professores Doutores e Mestres

• Bibliotecas com mais de 18.000 volumes voltados aos cursos de Educação

R$ 194,98R$ 252,75R$ 287,70R$ 194,98R$ 233,62R$ 233,62R$ 233,62

R$ 245,32R$ 252,75R$ 287,70

Ciências BiológicasEducação Física - Bacharelado manhãEducação Física - Bacharelado noite

4 anos

3 anosEducação ArtísticaEducação Física - Licenciatura manhãEducação Física - Licenciatura noiteHistóriaLetrasMatemáticaPedagogia

DA REGIÃO

HISTÓRIA

ENADELUGAR

DRAGÃOFASHION

MODA

(manhã / noite)Design de Moda

• Primeiro lugar do Estado no ENADE: Decoração e Design

• Conceito Máximo em Infraestrutura: Decoração e Design

• Ateliê de Moda “Santista Têxtil” com 40 overlocks importadas

• Mais de 1.220 computadores em rede e internet banda larga

R$ 229,29R$ 208,39

R$ 208,39Produção de Vestuário3 anos

R$ 266,92Decoração e Design4 anos

R$ 360,41R$ 360,41

Arquitetura e Urbanismo - manhãArquitetura e Urbanismo - noite

5 anos

2 anosModa - manhãModa - noite

TCC dos alunos de Moda

Engenharia deProdução Mecânica

• Um dos maiores índices de empregabilidade da região

• Professores atuantes no mercado de trabalho

• Mais de 1.220 computadores em rede e internet banda larga

R$ 208,39R$ 208,39

R$ 245,55R$ 245,55R$ 245,55

R$ 389,27R$ 468,74R$ 468,74R$ 468,74

Engenharia AmbientalEngenharia CivilEngenharia de ProduçãoEngenharia de Produção Mecânica

5 anos

3 anosTecnologia em:

Automação IndustrialGestão da Produção IndustrialManutenção Industrial

2 anosGestão Ambiental - manhãGestão Ambiental - noite

+20LABORATÓRIOS

EN

GENHARIA

Engenharia ElétricaEngenharia ManhãMecatrônica (Automação e Controle)

R$ 389,27R$ 345,97R$ 389,27

Laboratório de Mecatrônica

(manhã / tarde / noite)Gastronomia

O CEUNSP tem uma das mais completas infraestruturas do País:

• Cozinhas Internacional, Brasileira, Fria e Rural

• Bar Restaurante e Enologia

• Panificadora e Confeitaria

• Laboratórios de Governança e Nutrição

R$ 238,30R$ 208,38R$ 269,72R$ 229,29

R$ 208,393 anosTurismo

2 anosGastronomia - manhãGastronomia - tardeGastronomia - noiteHotelaria

ALUNOSESTAGIANDO

FRANÇA

Cozinha Internacional

(manhã / noite)

DA REGIÃO

DIREITO

ENADE

Direito• Reconhecido pelo MEC com Conceito Máximo em Infraestrutura e Projeto Pedagógico

• Nota “A” na autorização do MEC em espaço físico e infraestrutura

• Escritório credenciado pela OAB-SP

• Maior acervo bibliográfico específico da região com mais de 27.000 volumes

R$ 252,77R$ 267,19

5 anosDireito - manhãDireito - noite

• Primeiro lugar da região no ENADE: Sistemas de Informação

• Maior expertise em Macintoshes da região

• Mais de 20 hotspots Wi-Fi com acesso gratuito à internet

• 23 laboratórios de informática

R$ 208,39

R$ 208,39R$ 208,39R$ 208,39

R$ 208,393 anosGestão de Telecomunicações

R$ 278,08R$ 259,98

4 anosCiência da ComputaçãoSistemas de Informação

2,5 anosAnálise e Desenvolvimentode SistemasBanco de DadosRedes de ComputadoresSistemas para Internet (Webdesign)

E INTERNET BANDA LARGA

MAIS DECOMPUTADORESEM REDE1.220

Redes de Computadores

Laboratório de Redes

Rádio e TV

R$ 208,39

R$ 278,08R$ 256,47R$ 279,98R$ 256,47

JornalismoPublicidade e PropagandaRádio e TVRelações Públicas

4 anos

2 anosEventos

R$ 229,29R$ 208,39

Fotografia - manhãFotografia - noite

R$ 229,29R$ 256,47Teatro

Cinema

REGIONAL

VENCEDOREXPOCOM

• Maior expertise em Macintoshes da região

• 10 estúdios fotográficos

• Jornal universitário com tiragem de 30.000 exemplares

• Estúdio de cinema com 200m

• Teatro Escola com 250 lugares

2

Gravação do maior Lip Dub do Brasil

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R$ 318,84R$ 346,64R$ 346,66R$ 418,85

5 anosEnfermagem - noiteFisioterapia - noitePsicologia - manhãPsicologia - noite

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(manhã / noite)Psicologia

NOTAMÁXIMA

PROJETO PEDAGÓGICOINFRAESTRUTURACORPO DOCENTE

5PS

ICOLOGIA

AUTORIZADO

MEC

• Primeiros lugares no ENADE: Biomedicina e Fisioterapia

• Mais de 20 laboratórios e clínicas

• Ensino 100% presencial com professores Doutores e Mestres

• Mais de 69.000 exames laboratoriais gratuitos à população

• 4 bibliotecas com mais de 180.000 volumes

História • LetrasMatemática

• Primeiro lugar da região no ENADE: Formação de Professores

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• Bibliotecas com mais de 18.000 volumes voltados aos cursos de Educação

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Ciências BiológicasEducação Física - Bacharelado manhãEducação Física - Bacharelado noite

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3 anosEducação ArtísticaEducação Física - Licenciatura manhãEducação Física - Licenciatura noiteHistóriaLetrasMatemáticaPedagogia

DA REGIÃO

HISTÓRIA

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DRAGÃOFASHION

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(manhã / noite)Design de Moda

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Engenharia deProdução Mecânica

• Um dos maiores índices de empregabilidade da região

• Professores atuantes no mercado de trabalho

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R$ 245,55R$ 245,55R$ 245,55

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Engenharia AmbientalEngenharia CivilEngenharia de ProduçãoEngenharia de Produção Mecânica

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Automação IndustrialGestão da Produção IndustrialManutenção Industrial

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Engenharia ElétricaEngenharia ManhãMecatrônica (Automação e Controle)

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Laboratório de Mecatrônica

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O CEUNSP tem uma das mais completas infraestruturas do País:

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• Bar Restaurante e Enologia

• Panificadora e Confeitaria

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Cozinha Internacional

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DA REGIÃO

DIREITO

ENADE

Direito• Reconhecido pelo MEC com Conceito Máximo em Infraestrutura e Projeto Pedagógico

• Nota “A” na autorização do MEC em espaço físico e infraestrutura

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R$ 208,39

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R$ 208,393 anosGestão de Telecomunicações

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4 anosCiência da ComputaçãoSistemas de Informação

2,5 anosAnálise e Desenvolvimentode SistemasBanco de DadosRedes de ComputadoresSistemas para Internet (Webdesign)

E INTERNET BANDA LARGA

MAIS DECOMPUTADORESEM REDE1.220

Redes de Computadores

Laboratório de Redes

Rádio e TV

R$ 208,39

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JornalismoPublicidade e PropagandaRádio e TVRelações Públicas

4 anos

2 anosEventos

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Fotografia - manhãFotografia - noite

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Cinema

REGIONAL

VENCEDOREXPOCOM

• Maior expertise em Macintoshes da região

• 10 estúdios fotográficos

• Jornal universitário com tiragem de 30.000 exemplares

• Estúdio de cinema com 200m

• Teatro Escola com 250 lugares

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Gravação do maior Lip Dub do Brasil

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vida universitária

O que é - “Starts With You” (do inglês: Começa Com Você) ou simplesmente “SWU”, como ficou mais conhecido, é um mega-evento musical e mais: um movimento que busca a conscientização da sustentabilidade. A idéia é unir shows de rock e música eletrô-nica num local com muita natureza. O festi-val será nos dias 9, 10 e 11 de outubro, na Fazenda Maeda, em Itu. Durante os três dias de show, artistas nacionais e internacionais subirão ao palco. A previsão de público é de 300 mil pessoas, em uma arena de 200 mil metros quadrados.

Vão se os dedos...- A estudante Melissa Castro considera o SWU importante e conta que viveu uma “aventura” após comprar os ingressos: “Vi que dois carros a minha fren-te estavam sendo assaltados e comentei com a amiga que estava comigo – Vamos escon-der esses ingressos, pois se quiserem levar o carro, tudo bem, pelo menos está no seguro, mas os ingressos, não.” Apesar das risadas dadas após lembrar o incidente, Melissa lem-bra que a situação foi tensa: “Teve desespero também, porque houve troca de tiros”, lem-bra. Melissa comprou o ingresso para ver a noite com o show das bandas Incubus e Que-ens of a Stone Age, atrações do dia 11.

Vale demissão - Para o operador de má-quinas Sebastião Santos Júnior, comprar os ingressos para os três dias do evento musical lhe rendeu uma demissão: “Tive que pedir a

Vale tudo para estar lá? Para muitos jovens vale sim! Para eles, o festival de música é o evento mais importante do ano. Mais do que Copa do Mundo ou eleições. O Arauto ouviu histórias de quem já – ufa! - conseguiu adquirir o ingresso e outros que lamentam não poder ir.

Eu vou!

Um dos objetivos do festival é fazer das pequenas ações, grandes mudanças. Assim, o SWU Music and Arts Festival pretende, em todas as suas etapas, pro-duzir o mínimo possível de impactos am-bientais. Nada de desperdício.Todo o lixo do evento será reciclado e voluntários es-tarão no local para dar “dicas verdes” e responder questões sobre meio ambiente aos participantes.

FCA vai estar lá - Além das apresenta-ções musicais, durante os três dias, a or-ganização do evento realizará o Fórum Sustentável. Os participantes - entre eles, estudantes da FCA, escolhidos dentro do grupo permanente de discussão sobre sustentabilidade da faculdade - discuti-rão com especialistas, pensadores, políti-cos, empresários e representantes de en-tidades não governamentais alguns dos principais temas relacionados ao meio ambiente e à cidadania para melhorar este e os futuros séculos.

Sustentabilidade

- Rage Against The Machine

- Infectius Grooves

- The Mars Volta

- Mutantes

- Black Drawing Chalks

- Kings Of Leon

- Dave Matthews Band

- Regina Spektor

- Joss Stone

- Sublime With Rome

- O Teatro Mágico

- Capital Inicial

- Jota Quest

- Linkin Park

- Pixies

- Queens Of Stone Age

- Incubus

- Avenged Sevenfold

- Cavalera Conspiracy

- Yo La Tengo

- Rahzel

- Gloria

conta do meu trabalho”. Ele explica que, com o acordo feito com a empresa, pode comprar os ingressos. “Eu vou!”, comemora.

Antes tarde... - Fã da banda Linkin Park, Daniele Barbosa, de 19 anos, lamentava ter perdido a oportunidade de ver a banda tocar no Brasil em 2005. “Devido a minha idade na época, não pude ir ao show”, conta. “Chorei por não ter ido daquela vez, até fiquei doen-te”, lembra. “Desta vez, pedi para o meu pai e falei que faria um escândalo se não pudesse ir. Será meu presente de aniversário, já que o show será uma semana depois”, completa a admiradora da banda californiana.

Tiago Rodrigues gostaria de ver o show de quatro bandas: Linkin Park, Incubus, Rage Against the Machine e Gloria. Mas lamenta não poder ir: “Infelizmente estou sem ‘grana’. É que achei muito caro o preço dos ingressos do primeiro lote.” Tiago ainda comenta que: “Se fosse mais barato, mais gente iria”.

Preço - O valor dos ingressos para um único dia do festival varia de R$ 210 a R$ 290. Estudantes pagam metade desse va-lor. “Os ingressos estão caros, mesmo com a meia-entrada. Quero muito ir, mas ainda não sei se vou”, diz o estudante Gabriel Alves, que ainda está tomando uma decisão de partici-par do SWU.

Não é só de rock que vive a SWU. Durante o festival, Djs do Brasil e do mundo também estarão agitando as pistas de dança do local com músicas eletrônicas.

De acordo com a organização do festival, pessoas de todo o país são esperadas para prestigiar o evento. Para abrigar tanta gente, haverá local para acampamentos, com preço da estadia sendo cobrada a parte. Também haverá estacionamento para carros.

Localização - A Fazenda Maeda fica na ro-dovia SP-75, sentido Itu/Sorocaba, com entra-da pelo km 18 sul. Mais informações em www.swu.com.br .

P R O G R A M AÇ ÃO

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“Eles vão”: Banda Incubus se apresenta no último dia do festival

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Um prédio reformado

Semestre novo, faculdade velha? Que nada! Na Faculdade de Comunicação e Ar-tes o marasmo não teve vez. Durante as fé-rias a estrutura foi remodelada para aten-der a crescente demanda dos estudantes. Paredes e piso com desenhos, novos com-putadores instalados em locais estratégi-cos, salas reformuladas foram algumas das novidades na FCA.

“É psicodélico”, disse Rafael Marshall, estudante do 2° semestre de Publicidade e Propaganda. “Pensei que estava em uma balada”. “Foi divertido ver todo aquele co-lorido”, comentou Taline Jovanelli, do 6° semestre, sobre a iluminação especial que ornamentou o bloco K no primeiro dia de aula, noite que terminou com um sarau mu-sical e DJ tocando.

Mas a reforma do prédio não mexeu ape-nas com os alunos. “Era necessário, ficou moderno, a cara do profissional de comuni-cação”, diz o professor Agnelo Fedel.

“Eu sou o mais insatisfeito, aquele que chega na FCA e pensa: o que eu vou fazer para isto aqui ser melhor hoje?”, explica o coordenador da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA), Edson Cortez, sobre como analisa cada melhoria.

Mudanças - Estudantes e coordenadores produziram as imagens que foram espalha-das pelo bloco K. Fotos de fotógrafos famo-sos, criações de artistas como Philip Hals-man (clicando Salvador Dali), Kandinsky e Magritte foram estampadas pelas portas das salas de aulas e pelos corredores. Logo na entrada do prédio, no chão, uma pintura feita pelo artista plástico Adriano Gianolla

dá a dimensão que a FCA quis impor aos ocupantes: “Aqui priorizamos as Artes e a Comunicação”.

Os dez estúdios de Fotografia ganharam pintura nova e novos equipamentos. Cinco bancadas, com computadores, foram colo-cadas para o uso dos estudantes. “A inten-ção é facilitar a vida dos alunos e melhor o dia-a-dia das aulas”, explica Cortez.

A idéia central da reforma foi restaurar. Um exemplo, a fachada de ponta a ponta do teto até o chão, na qual os tijolos foram re-feitos e dispostos de acordo com a estrutura original. “Temos de respeitar o patrimônio histórico, afinal é esse nosso principal char-me, somos o mais belo complexo arquitetô-nico da região”, diz o coordenador-geral.

Mas as mudanças não param por ai, se-gundo Edson Cortez. Há planos de melho-rias nas paredes, no ambiente das salas de aulas, principalmente para enfrentar o ca-lor que está por vir, aumentar o número de bebedouros e implantar um banheiro no “K inferior”.

Visão de fora - Alunos de outros blocos estiveram no K e também deram opiniões. Rodrigo Bergamini e Rodrigo Cruz, ambos do 2º semestre de Engenharia Civil, acha-ram as mudanças “legais”. Bergamini co-menta que o visual ficou moderno e dife-rente do bloco dele: “Também gostaríamos de ter computadores para livre acesso. Só faltou mais iluminação na entrada.”

“Ficou bacana a pintura e os computado-res. Os alunos não precisam ir até a bibliote-ca para utilizar. Só não gostei dos banheiros de vocês”, disse Jesiel Correia Gomes do 4º semestre de Logística. Informação: Os ba-nheiros foram pintados dias depois.

Neste semestre os estudan-tes da Produtora de Áudio, Grupo de Trabalho da Agên-cia Experimental de Comu-nicação e Artes (AECA) - co-ordenados pelo professor Fernando Quesada – vão re-alizar um concurso musical. O objetivo é produzir uma banda. Os inscritos terão de passar por um processo de avaliação e seguir correta-mente o regulamento. Após a seleção, a banda escolhida terá sua produção musical realizada pelos integran-tes da produtora, que farão toda a parte de divulgação, marketing e gravação de um single e videoclipe.Para se inscrever, basta en-tregar o material pedido no regulamento aos res-ponsáveis e aguardar a chamada. O regulamen-to está exposto nos mu-rais do bloco K (Salto). Quem sabe sua banda não pode ser a próxi-ma revelação musical do CEUNSP?

Concurso Musical: vencedor ganha produção da banda

Importante:Para que a inscri-ção seja efetiva-da, pelo menos um integrante a banda ser estu-dante da FCA.

[ Aniele Barboni e Ricardo Dexter dos Santos ]

[ Claudia Martins Corrêa ]

A Faculdade de Comunica-ção e Artes e o Diretório Aca-dêmico de Relações Públicas deram uma boa contribuição para o projeto Terça-FCA/Ci-neclube CEUNSP: a presença do delegado da Polícia Fede-ral, Protógenes Queiroz, para a palestra “Corrupção no Bra-sil e Gestão Pública”.

A palestra – voltada prin-cipalmente aos estudantes dos cursos de Direito e de Co-municação, mas aberta (com inscrição antecipada) a todos foi marcada para o dia 15 de setembro, às 19h, no Auditó-rio Multimeios do Bloco K.

Quem é? - O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz foi quem efetuou a prisão de Paulo Maluf, do

Delegado da Satyagraha faz palestra em setembro

contrabandista Law Kin Chong, do mega-investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Estive-ram sob sua coordenação, em parceria com a Promotoria de São Paulo, as investigações do caso Corinthians/MSI, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro, e a do Banestado (PR). Foi o responsável pela Operação Satyagraha, defla-grada em 8 de julho de 2008, e que prendeu, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity. Várias operações por ele coordena-das resultaram em prisões de muitos envolvidos em desvio de dinheiro público e no re-torno de bilhões aos cofres públicos. (Ag. Terça FCA)

Festival Entretodos une Cinema e Direitos Humanos

A 3ª edição do Entretodos, Festival de Curtas de Direitos Humanos, propõe ações sociais sobre questões de gênero, imigração, território, cidadania, etinias, sustentabilidade, entre outros tópicos. Tudo com um olhar crítico e liberdade criativa. Em sua programação haverá mostras itinerantes de curtas em diversos locais, inclusive no Cineclube CEUNSP, entre os dias 14 e 17 de setembro, no auditório Multimeios da FCA.

Confira a programação completa no site: www.entretodos.com.br/cronograma.aspx

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pág.08contra cultura O arauto/set.10

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A primeira banda da qual o alagoano Djavan fez parte, no início dos anos 70, tocava Be-atles. Depois, já cantando em boates no Rio de Janeiro, o cantor começou a gravar mú-sicas de outros compositores para trilhas sonoras de nove-las. Em 1976 saiu seu primei-ro disco: “A voz - o violão - a música de Djavan”. Desde en-tão o repertório autoral pau-tou a carreira do artista ala-goano. Por isso, “Ária”, o novo

Djavan lança Ária, primeiro trabalho só como intérprete

4D: a tendência do cinema?Personagens criados por computador, efeitos visuais de

tirar o fôlego e uma trilha sonora impecável, esse é o traba-lho das produtoras da indústria de filmes. Para o especta-dor basta pagar pelo ingresso, colocar os óculos e interagir com o produto final. É o chamado Cinema 3D. Os grandes estúdios estão apostando pesado nos recursos tecnológicos e histórias mais emocionantes, épicas e catastróficas a fim de atrair mais o público para os cinemas aproveitando essa tecnologia. Como não tem sido fácil para a indústria do en-tretenimento concorrer com a internet e a pirataria, a única saída parece ser essa: produzir filmes grandiosos, caros e visualmente espetaculares. Fomos perguntar qual a opinião do público sobre o que eles estão achando dessa tendência mundial.

Desde o lançamento de Avatar em 3D os grandes

estúdios perceberam o potencial do mercado para ex-plorar. Os filmes em terceira dimensão estão gerando lu-cros gigantescos paras as produtoras. E a demanda mun-dial está em forte expansão. Um dado curioso foi constado quando se produzia esta reportagem: a maioria dos entre-vistados que estava nas filas para comprar o ingresso nunca havia assistido a filme em 3D. E mais da metade não mata-ria a curiosidade naquele dia. Foi difícil, mas encontramos algumas pessoas que já haviam assistido a um filme em 3D. Para o casal Antonio Carlos, 34 e Daniele Rigole, 29, o ci-nema 3D é surpreendente: “É a melhor coisa que eu já vi até hoje. Assisti vários filmes”, diz Antonio. “A sensação é de total realidade e interação com o filme. Nos Estados Unidos experimentamos um em quarta dimensão”, revela Daniele.

Para outra cinéfila, Diana Rodrigues, 18, a indústria do cinema deve seguir “produzindo filmes assim, nessa tec-nologia, principalmente os de ação, que são mais emocio-nantes.” Já Maurilho Vicente, 43, não acha que a mania se tranforme numa tendência mundial, mas aprovou a experi-ência: “Achei diferente a sensação. A interatividade é maior. Eu acho que haverá filmes que ficaram melhores em 3D”. Para Henrique Gonçalves, 15, a experiência foi interessante. “Assisti Avatar três vezes em 3D. Achei muito da hora e pre-firo filme assim”. A namorada de Henrique, Tamires Freitas, 15, ao contrário dele, ainda não viu em um filme 3D: “Eu tenho curiosidade, vou querer assistir. Imagino os persona-gens fora da tela. Deve ser legal”.

A tecnologia para o cinema 4D já existe e está em fase de testes em várias partes do mundo, mas já é realidade em alguns parques de diversão. A diferença entre o 3D e o 4D é minima. O Arauto teve a oportunidade de conhecer uma sala 4D de perto, num shopping de Campinas. Quem nos explica o funcionamento da sala é a promotora de eventos Daniela de Moraes. Ela conta que o processo ainda está em fase de experimentação e que o diferencial é sensação total de interação com o filme: ”A idéia é fazer você interagir. É fazer parecer que a gente está dentro do filme”. Ela também revela que muitos não se sentiram bem durante sessão: “Muitas pessoas passaram mal e quiseram parar de ver. A maioria era de que crianças, que ficavam assustadas”.

Mas, afinal, o que é um filme em 4D? Este repórter re-

solveu experimentar. Ao custo de R$ 5,00 foi assistida uma animação de cinco minutos. A sala tem capacidade para nove pessoas. No horário, não havia movimento. Aliás, o re-pórter estava sozinho. Antes de entrar é oferecido um ócu-los e passada uma instrução. Caso o espectador quisesse parar de ver era só levantar os braços em forma de X. Esse controle é feito por meio de um monitor externo da sala e basta fazer o sinal para interromper o “brinquedo”.

Entrando numa mina - Antes de explicar o que é um filme em quarta dimensão é preciso descrever que o filme, um curta, mostrava uma mina de carvão. Você está dentro de um vagão que transporta o minério. O curta começa e o espectador está dentro desse vagão, se deslocando para dentro do túnel. Primeiro devagar, depois rápido. O filme começa em 3D e só se torna 4D quando as poltronas da sala passam a se mexer de acordo com o movimento do vagão: quando faz curva, as cadeiras viram. Depois param e bre-cam. Além disso, existe a sensação sensorial, com ventos so-prando em sua direção constantemente. Uma curiosidade: há uma cena em que o vagão passa por uma cachoeira e pingos de água caem sobre você. Enfim, o objetivo do 4D é causar efeitos sensoriais no espectador em sincronia com o filme. Com esse novo aplicativo os estúdios tentam garan-tir maior interação do diante do filme. Mas o filme precisa ser muito movimentado para que possa valer pena.

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Sentindo a nova dimensão 3D é dos anos 50

De novo só a populariza-ção das salas em 3D. Afinal de contas essa tecnologia é bem antiga. Já na década de 1950, ela apareceu por um breve período no mercado. Consistia na superposição de duas imagens distintas da mesma cena, ou seja, cada tomada com um filtro de cor diferente e de ângulo ligeira-mente diferente. Essas cenas eram vistas através de óculos especiais: em que cada lente tinha um filtro colorido de acordo com a usada durante a filmagem, de forma a expor uma visão estereoscópica e dar impressão de relevo. Após esse período, a tecno-logia permaneceu inexplora-da, sendo vista somente em parques de diversão. Agora ela está de volta. Renovada e moderna, este novo jeito de fazer cinema está gerando lucros para os estúdios, prin-cipalmente num período no qual a indústria do entreteni-mento vem perdendo muito dinheiro para a internet e a pirataria. E está funcionando. Vários filmes que serão lança-dos este ano estão sendo con-vertidos para o 3D. O “antigo” virou a tendência mundial.

trabalho de Djavan, é inédito.Na entrevista coletiva que

apresentou o novo trabalho, o músico revelou em qual voz ainda gostaria de ouvir uma canção sua e contou al-guns momentos marcantes da vida, que o ajudaram na escolha do repertório, que vai de Cartola a Dalmo Castello, (“Disfarça e Chora”), do stan-dard de Bart Howard (“Fly me to the moon”), passando por Luiz Gonzaga e Zé Dantas

(“Treze de Dezembro”) e Gil-berto Gil (“Palco”).

“Eu tenho 34 anos de car-reira e nunca tinha feito um disco onde eu uso só músicas de outros autores. Porque a minha vida sempre foi auto-ral. Esse disco é um diferen-cial fortíssimo. Eu aproveitei para trazer todas as minhas lembranças de infância, de adolescência, da época em que eu era crooner em bo-ate e músicas que eu gosto,

compositores que eu sempre amei... ‘Sabes Mentir’ (com-posição de Othon Russo gra-vada por Ângela Maria) é uma música da minha infân-cia, que minha mãe cantava muito. “Nada a nos separar” (música de Wayne Shanklin com versão de Romeo Nu-nes), que veio num momento de muita carência, quando eu estive morando fora de casa por um ano e meio em Reci-fe”, explicou o artista.

[ Marcos Freddi ]

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Brasil

SilvasComo muitos brasileiros, de origens diferentes, acabaram com o mesmo sobrenome

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[ Samuel Peressin ]

Se você já tirou a prova em uma lista telefônica agora deve estar se questionando de onde surgiram e porque há tantos Silvas. A resposta vem de longe... Do meio do mato. “No latim, silva significa selva. O termo surgiu no Império Romano, antes de Cristo, e servia para classificar as pessoas que viviam em re-giões de mata, distantes das áreas urbanas das cida-des”, explica o professor de história Vinicius Coelho.

Origem - Segundo o professor, quando os roma-

nos invadiram a região da Península Ibérica (Es-panha e Portugal) levaram com eles moradores da selva, “os Silvas”. Séculos depois, com a colonização dos portugueses, eles desembarcaram em solo tupi-niquim.

Contudo, Coelho chama a atenção para outros dois aspectos fundamentais na a disseminação do sobrenome. Para manter a colônia “organizada”, os portugueses que vinham para o Brasil recebiam no-vos sobrenomes. Silva para quem ia para o interior e Costa para os que tinham como destino o litoral. Ou-tros, no entanto, em busca de vida nova, o adotavam por ser muito usado. Por situação semelhante pas-saram os negros trazidos da África para trabalha-rem como escravos. Nos navios, eles recebiam dos padres um novo nome. Milhares foram “batizados” com o Silva.

“A colonização foi responsável por trazê-los (por-tugueses e escravos) e espalhá-los por todos os can-tos do país. Com o tempo, eles se misturaram, se re-produziram e hoje são o que são”, analisa Coelho.

O “primogênito” - Aires Gomes da Silva. É esse o nome do primeiro Silva a pisar em solo brasileiro, segundo relata o escritor e jornalista Eduardo Bue-no, o Peninha, em seu livro “A viagem do descobri-mento”, lançado em 1998. Na obra, o jornalista narra o que classifica como “a verdadeira história da expe-dição de Cabral”.

Baseando-se numa afirmação feita pelo historia-dor Francisco Varnhagen, em 1854, Peninha relata que Aires era capitão de uma das cinco naus d’el-Rei (embarcações) que faziam parte da primeira divisão da esquadra de Cabral.

“Aires Gomes da Silva. Membro da família Silva, uma das mais notáveis casas de Portugal e de Caste-la, descendentes d’el-Rei D. Fluela II, de Leão. Aires Gomes era filho de Pero da Silva, por sua vez filho bastardo de João da Silva, alferes-mor do rei D. João I (1367-1433)”, descreve o autor.

“Se não se chamasse Brasil, a terra descoberta e colonizada pelos portu-gueses poderia se chamar Silva!”. Quem defende tal ideia é o genealogista Pedro Rodrigues, que, embora não existam es-tatísticas oficiais sobre o assunto, afirma: “Sobrenomes como Santos, Rodrigues, Carvalho, Pinto, Ferreira e Pereira são al-guns dos mais comuns entre as famílias brasileiras. Mas o Silva, provavelmente, é o principal deles”.

De norte a sul, de leste a oeste. Eles es-tão espalhados por todos os cantos. Luiz Inácio Lula da... Ayrton Senna da... Xica da... Leônidas da... Virgulino Ferreira da... Muitos são os personagens famosos que, em comum com milhões de brasileiros, carregam o Silva no sobrenome. “É muito difícil encontrar alguém que não conheça ou nunca tenha ouvido falar de um deles”, comenta Rodrigues.

De tão comum tornou-se mais uma dessas contradições da vida, pois os so-brenomes surgiram para facilitar a iden-tificação de pessoas com o mesmo nome, mas, vítima do tempo, pode não se apli-car a todas as situações. “Silva é anonima-to assinado”, já dissera um dia o escritor Millôr Fernandes. Quem lembra da frase, o genealogista Pedro Rodrigues, diz que é possível usar também um desafio para fundamentar a superioridade dos Silvas: “Para quem ainda tem dúvidas, uma lista telefônica é o suficiente. Em quase todas as listas eles são recordistas em páginas”, constata.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que está realizando o Censo 2010, no qual reúne informações sobre a população brasileira, descarta a possibilidade de projetar estatísticas re-lacionadas a quantidade de sobrenomes no país: “O IBGE preza pela confidencia-lidade dos dados colhidos. Sendo assim, qualquer informação capaz de identificar o informante não é divulgada”, informou a assessoria de imprensa do instituto.

O país dos

Como já foi dito nesta reportagem, há muitos personagens famosos que têm o Sil-va no nome. Porém, se você também é Silva e, por isso, acredita ter algum grau de parentes-co com algum deles, está equivocado. E mais enganado ainda está quem pensa ser dos Sil-vas o título de maior família do Brasil. “Dife-rente dos Silvas, que são de diversas origens, os Cavalcantis são todos de um único tronco. Hoje eles formam a maior família brasileira”, afirma a diretora do Colégio Brasileiro de Ge-nealogia (CBG), Regina Cascão.

Segundo Regina, a história dos Cavalcantis

no Brasil começa com o florentino Felipe Ca-valcanti, que se estabeleceu em Pernambuco, no século XVI, casou-se com uma brasileira, teve 11 filhos e deu origem a uma numerosa árvore genética. Não à toa, até hoje, o sobre-nome é tradicional no estado.

Identidade - Mais do que simplesmente

caracterizar pessoas, os sobrenomes carre-gam nas letras questões que transcendem a identidade. Em alguns casos, pré-conceitos estabelecidos de forma generalizada. Em ou-tros, nem tanto. Associar os Sarneys ao poder sempre que eles têm o nome pronunciado não é pensamento exclusivo de ninguém. Li-gar um Silva a um cidadão comum também não. “Às vezes, os sobrenomes são associados à posição social. Mas, vale ressaltar, são refle-xões premeditadas e totalmente generaliza-das que, infelizmente, ainda existem. Não é o sobrenome que vai definir o lugar de alguém no mundo”, observa Rodrigues.

Brazuca! - O historiador Coelho defende:

não há outro sobrenome que represente tão bem a identidade do brasileiro quanto o Sil-va. “Temos um povo majoritariamente pobre. Pessoas humildes, trabalhadoras. E são essas pessoas que constroem o nosso país. O so-brenome está enraizado à identidade da nos-sa gente. Genuinamente, um Silva representa a figura do típico brasileiro. Somos, sim, um país dos Silvas”, conclui.

Mais comum, não a maior

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Salto recebe craque do futsal [ Leandro Bidola ]

Após ser derrotada pela Espanha, em 2000 e 2004, a se-leção brasileira de futsal recuperou a hegemonia no mundial de 2008, disputado no Brasil, após vencer nos pênaltis a pró-pria seleção espanhola, que tinha no seu elenco três joga-dores brasileiros naturalizados. Dentre os quatorze craques que conquistaram o sexto título mundial para o Brasil, estava Wilde Gomes da Silva, de 29 anos. Cearense de nascimento e paulistano de criação é um dos grandes nomes da modalidade no mundo. Wilde, como é mais conhecido no futsal, foi recém-contratado pelo Barcelona da Espanha, após passagem vito-riosa pelo El Pozo Múrcia. Antes de embarcar para a Europa, o atleta curtiu férias ao lado da família em Salto. Procurado por nossa reportagem, ele concedeu uma entrevista exclusiva:

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As plataformas para desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis como Android e Symbiam, tem sido assunto bastante disseminado nos últimos tempos. Os interesses por estas plataformas ancoram-se justa-mente no que se diz respeito ao crescimento do mercado de smartphones.

Como todas as oportunidades que surgem na área de tecnologia, este é um segmento que pode e deve ser ex-plorado pelos profissionais da área de WebDesigner. O profissional, para entrar neste nicho tão propulsor, deve levar consigo conhecimento das plataformas citadas aci-ma, além de diversas outras qualificações. Tal exigência ampara-se no fato de que nestes dispositivos, mais do que em qualquer outro, o usuário busca uma navegação simples, clara e objetiva, estando aí a grande oportunida-de para os profissionais qualificados da área.

Por dentro do produto - Quando se desenvolve apli-cações para um SmartPhone, deve-se primeiramente pensar nos recursos de navegação limitados (ícones), além do fato que o usuário estará interagindo usando apenas uma mão, a chamada interação one-hand.

Fatores de usabilidade, ergonomia e o estudo de In-terface Homem-Máquina devem ser primordiais para

tal desenvolvimento, qualificações estas que facil-mente se observa na formação dos profissionais

de WebDesign.

Sabe-se que a compra de aplicativos para estes dispositivos ainda não é uma prática tão comum no Brasil, mas a facilidade de compra e o baixo preço dos softwares são grandes atrativos no mercado americano e europeu, fazendo com que o mercado al-

cance fatias de bilhões de dólares.

Se a prática da compra de aplicativos já é disseminada no exterior, existe uma forte estima-

tiva de que teremos proporções significativas também no Brasil, e por isso, nosso profissional de WebDesigner deve acompanhar esta tendência e evoluir com este mer-cado feito sob medida para ele.

O mercado de smartphones e as oportunidades para o

webdesigner

esporte

Como foi o início da sua carreira?Jogava desde criança, inspirado por meus irmãos. Comecei a jogar profissionalmente aos 17 anos.

Quantos títulos você conquistou na carreira?Foram muitos... Liga Futsal pela Ulbra. Com o El Pozo, foram cinco finais de liga, com quatro títulos, quatro finais de copa, com dois títulos e quatro finais de superliga, com mais dois títulos.

Quantas vezes foi artilheiro da Liga Espanhola?Eu fui artilheiro dos dois últimos campeonatos.

No Mundial de 2008, todos os jogadores da Itália eram nascidos no Brasil. O que você pensa disso? Jogaria por outra seleção?Cada um tem o seu motivo para fazer tal escolha, não vou questionar se está certo ou errado. Eu consegui a nacionalida-de portuguesa e poderia jogar pela seleção daquele país, mas resolvi esperar por uma oportunidade na seleção brasileira e ela acabou vindo. Se caso tivesse um motivo muito forte, eu jogaria sim por outra seleção.

Você acabou de trocar o El Pozo Múrcia pelo Barcelona.O que fez você mudar de equipe?Muitas coisas. Como eu já estava muito tempo em Múrcia re-solvi mudar de ares, pois o projeto do “Barça” me agradou. Eles sempre demonstraram interesse em me contratar. Sem contar que eles não têm nenhum título espanhol. É um grande desafio para minha carreira.

Como é morar na Espanha?Já estou indo para o oitavo ano morando por lá. No começo foi difícil, pelo idioma, pela cultura, pela comida, tudo diferente, mas já estou adaptado e além do mais é um excelente lugar para se viver.

Que conselhos você daria para os jovens que estão come-çando?Falei com meu sobrinho sobre isso. Ele também está jogando. Disse para ele não fazer como eu fiz. Ele deve terminar os es-tudos, uma coisa que pretendo fazer um dia. Depois, respeitar os companheiros, o próximo e principalmente ver se é isso que realmente quer.

Jornalismo é campeão

Antes das férias esco-lares, em 18 de junho, um jogo de futsal movimen-tou a quadra localizado ao lado do Teatro escola Prof. Rubens Anganuzzi Filho, no campus V: Jornalismo FC 12 x 4 7º/PP. A partida marcou, com arquibancada lotada e muitas vuvuzelas, a final do Torneio Interno de Futsal de Comunicação e Artes, que reuniu dez ti-mes.

Além do título, a equipe do Jornalismo teve o arti-lheiro da competição, Alan Vianni.

Mais medalhas e troféus serão disputados: vem ai, segundo a Atlética FCA, um campeonato para todo o campus e para as meninas. Os interessados devem en-trar em contato pelo Twit-ter @capivaraceunsp ou pelo e-mail [email protected]

[ Adriana Moraes da Silva ]pós-graduanda em Engenharia de Software e professora do CEUNSP.

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Convidada a escrever sobre “o papel da nova TV Pública na valorização da cultura e da auto-estima do povo negro brasileiro”, meu primeiro ímpeto foi voltar meus olhos para a embrionária TV Brasil, procurando indícios de como essa questão seria tratada, ou não, na nova e tão esperada TV Pública nacional.

O Conselho Curador é de extrema impor-tância na definição do conteúdo desta TV e, segundo seu Estatuto, cabe-lhe “aprovar o pla-no de trabalho e a linha editorial da emisso-ra, acompanhar a programação, julgando sua qualidade e o cumprimento das finalidades da TV Pública. Poderá ele ainda, por deliberação da maioria absoluta, até mesmo emitir voto de desconfiança à diretoria ou a um diretor responsável pela faixa de programação con-siderada inadequada”. O Conselho é formado por 20 membros, sendo que 15 são “repre-sentantes da sociedade civil”, nomeados pelo Presidente da República. As fotografias dos representantes civis desse Conselho que cir-cularam na mídia não deixam dúvidas: dos 15 representantes, apenas um é de origem negra - o rapper MV Bill.

As imagens estampadas dos Conselheiros demonstram como a ideologia do branquea-mento está profundamente enraizada em nos-sa sociedade, e se reproduz “naturalmente”. Devido a esse caldo cultural em que estamos imersos, não podemos acusar de racista nem o Presidente Lula, nem os assessores que o auxiliaram na nomeação do primeiro Conse-lho Curador da TV Brasil. Contudo, essa ati-tude demonstra como a discriminação racial brasileira manifesta-se não no que se faz, mas na não-ação – nos silêncios, nas omissões, na inexistência. Revela, também, a insensibilida-de institucional para a grave questão da repre-sentação dos afro-descendentes nos meios de comunicação brasileiros.

É importante destacar o impacto dessa “mais-valia” simbólica na auto-estima da na-ção como um todo. Os brasileiros intelectu-alizados habituaram-se a pensar de acordo com os esquemas filosóficos dos pensadores europeus, e se convenceram de ser herdeiros legítimos da civilização ocidental, um triste pastiche do norte. Já os não intelectualizados aprenderam a “honrar” devidamente esta es-quizofrenia cultural, valorizando tudo o que vem da “metrópole”, em detrimento do na-cional. Essa é a plataforma sobre a qual se er-guem as relações no Brasil: sociais, políticas, raciais. Vejo essa base ideológica, que abafa a pluralidade cultural brasileira, como o ponto comum entre clientelismo, corrupção, falta de cidadania, atitudes racistas conscientes ou não, e uma infinidade de doenças sociais he-reditárias que nos acometem enquanto nação.

Estabelecer uma representação racial igua-litária na TV pública e, consequentemente, di-minuir a geração de conteúdo estereotipado e distorcido do negro em sua programação, pas-sa pelo aumento proporcional de sua partici-pação em todos os níveis, mas principalmente nos mais altos – onde se controla e se deter-mina a produção, onde se tem poder de veto sobre ela. A partir daí, disseminar-se-ia para todos os outros setores da hierarquia, até que

TV paratelespectadorescidadãos[ Lilian Solá Santiago ]realizadora audiovisual, produtora, historiadora e professora da FCA/CEUNSP.

se tornasse visível numa programação, não só pontilhada de leve de rostos negros, mas com um conteúdo que efetivamente esteja à altura de toda nossa diversidade cultural.

O fato é que a representatividade dos negros é muito defasada em todos os setores de nossa sociedade, apesar de sua enorme presença nu-mérica e cultural, e isso é um dos pressupostos que deu origem ao Estatuto da Igualdade Ra-cial. Este documento contém propostas defini-das para acabar com esse descompasso, esta-belecendo diretrizes para romper com valores racistas que, através do consenso, continuam acorrentando grande parte dos descendentes africanos no país. Sua ampla discussão na so-ciedade, sua aprovação no Congresso, seriam passos fundamentais nessa caminhada.

No que se refere à TV Pública, gostaria de destacar três pontos do Estatuto que se apli-cariam diretamente a ela. Primeiro, por ser uma empresa pública, teria que observar no mínimo, a meta inicial de 20% de seus cargos principais para afro-brasileiros, meta que se-ria ampliada gradativamente até atingir a cor-respondência com a estrutura da distribuição racial federal ou do estado a que ela pertence. Segundo, em sua política de aquisição de con-teúdo externo, deveria se privilegiar a compra de empresas de afro-descendentes. E, terceiro, no que se refere diretamente à programação, deveriam apresentar imagens de afro-descen-dentes, no mínimo, na proporção de 20% do total.

Os que são contrários à implantação de ações afirmativas invocam um sem número de argumentos para que elas não sejam im-plementadas – da inquestionabilidade da me-ritocracia à simplista importação ideológica norte-americana, invocando até um possível acirramento das relações raciais que poderiam levar a violentos conflitos. É preciso reafirmar que a omissão é a principal forma de atuação racista em nossa sociedade, e que o apoio ao Estatuto da Igualdade Racial é fundamental para barrar a continuação “natural” das desi-gualdades.

A TV desempenha papel fundamental na produção, armazenamento e circulação de informações e de conteúdo simbólico, aspec-tos centrais da vida social no mundo pós-moderno, que desenham e reafirmam nossa realidade. A TV comercial no Brasil exibe o que “vende mais”, alimentando diariamente o imaginário de milhares de mestiços “telespec-tadores-consumidores”, educados desde a ten-ra infância pela ideologia do branqueamento, forçados a um “não-se-ver”, a um “não-existir”

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audiovisual. Diante disso, restaria à programa-ção da TV Pública ser, no mínimo, uma alterna-tiva saudável para este imenso contingente po-pulacional, objetivando uma programação que seja uma forma de sociabilidade partilhada por telespectadores-cidadãos, não simplesmente uma mercadoria comprada por telespectado-res-consumidores.

O que proponho é que sejam levadas em conta as diretrizes do Estatuto da Igualda-de Racial para que a TV Pública não seja uma “re”transmissora natural das onipresentes imagens esquizofrênicas de brasilidade, triste pastiche do norte. A TV Pública tem o dever de respeitar a imagem e contribuir com a auto-estima do ser brasileiro, quer seja descenden-te de negros, indígenas, asiáticos pobres ou de perseguidos europeus.

O reconhecimento do Brasil mestiço inicia-do pelos intelectuais a partir dos anos 20, é ainda uma conquista a ser realizada por parte da elite e, talvez, pela maioria do povo, mas é um objetivo a ser conquistado, se quisermos ser um país de fato, constituído por cidadãos que constroem o futuro do país com suas cren-ças, rituais e sua própria maneira de manipular o mundo. Enquanto não nos reconhecermos a nós mesmos, não admirarmos e honrarmos nossa rica e diversificada herança genética e cultural, não conseguiremos ajustar contas com as perversas heranças do passado escra-vista que acometem toda nossa sociedade, atravancando nossos esforços de cidadania.

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FotografiaTécnica que envolve sensibilidade, arte e comunicação completou 170 anos e, mesmo com novas tecnologias, está longede envelhecer

ESPECIAL

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Ela comemora mais de 170 anos, mas pode le-var menos de um segundo para ser realizada. Essa é a aparente simplicidade que marca a Fotografia, um jogo entre o claro e o escuro que se iniciou em 19 de agosto de 1839, data oficial de sua criação. Em pouco tempo o invento se tornou indispensá-vel para a vida em sociedade e a comunicação em massa – de casamentos a viagens, de campanhas eleitorais a lançamentos de produtos, tudo passa pelo registro de uma imagem. E tudo passa tam-bém pelo olhar do fotógrafo – o profissional que vai além da aparente simplicidade do clique de

A fotografia era inicialmente vista como um espelho da re-alidade. Nada mais lógico, teoricamente, pois a foto mostra os objetos como eles são: uma cópia fiel do que nossos olhos vêem. Será? Primeiro que vemos o mundo em três dimensões e a foto é plana. Além disso, cada olhar é único – vemos na verdade a realidade que o fotógrafo quer enxergar. E agora, vi-vemos na era do Photoshop, na qual a imagem se tornou uma realidade à parte. Para destrinchar nas imagens o que é mito ou verdade, entrevistamos o ícone da alteração de imagens, Alexandre Keese, um dos mais conceituados nomes do Pho-toshop da América Latina, consultor da Adobe do Brasil e or-ganizador do Photoshop Conference. Ele destacou que o Pho-toshop já é um aplicativo maduro, de mais de 20 anos “mas que mesmo assim ainda não encontra concorrentes, pergunte a alguém o nome de um editor digital de imagens – o Pho-toshop é o primeiro que vem à tona”, disse Keese.

Há quem veja nessa longa onipresença do Photoshop nas mídias um cenário onde a pós-produção tomou lugar da arte fotográfica. O Photoshop matou a fotografia? “O Photoshop não existe sem foto. E o trabalho profissional exige fotos de qualidade. Com uma foto ruim você só pode apagar o incêndio, com uma boa você usa o Photoshop para criar o diferencial”, enfatizou Keese. Ele, que também pratica fotografia profis-sionalmente, revelou para estudantes da FCA seus trabalhos no projetor, gerando gritos de surpresa ao fazer rápidas edi-ções e seleções de imagem. “O trabalho dele é muito bom, ele é praticamente uma varinha mágica!” disse Juliana Yassuda, estudante de Fotografia, fazendo alusão a uma ferramenta de seleção do Photoshop.

Em contraposição há o trabalho de Clício Barroso, consul-tor da Adobe, presidente da Associação de Fotógrafos Foto-tech e vencedor três vezes do prêmio Abril de Jornalismo na categoria Fotografia. Clicio dá mais ênfase em seu processo de trabalho no uso do aplicativo Lightroom 3 para captação, arquivamento, seleção e tratamento de fotos. Ele capta ima-gens com uma câmera acoplada por cabo a um computador. As fotos são importadas diretamente para o aplicativo e Clicio procede então ao balanceamento das cores, seleção de fotos e o tratamento de pele das imagens escolhidas. “Muitos pensam que o Lightroom é só um browser para fotógrafos. Ele é mui-to mais do que isso” disse Clicio ao revelar que o aplicativo, além de arquivar e editar imagens, também automatiza o di-fícil processo de aplicar metadados e métodos de exportação para milhares de fotos.

O limite da imagem

Ambos são complemen-tares e são ferramentas que só irão auxiliar o fotó-grafo se ele entender a na-tureza da imagem digital. Para Thales Trigo, diretor da Fullframe Escola de Fo-tografia e coordenador do curso de Fotografia da Es-cola Panamericana de Arte e Design, compreender os números por trás da foto é fundamental. Thales, com seu conhecimento em físi-ca, revela que o nitrato de prata das câmeras analó-gicas foi substituído pelo pixel, a menor unidade de informação de uma imagem digital. Essa imagem é ma-peada por números que de-terminam a cor e a posição de cada pixel. Seu conhe-cimento sobre tecnologia revela inclusive que uma informação, muito difundi-da nos meios acadêmicos, é falsa: a de que o sensor fotográfico Full Frame tem esse nome devido ao seu ta-manho ser igual ao do filme 35mm. “Existem sensores Full Frame menores que o filme. Não há relação de tamanho!” disse. A tecno-logia da foto irá passar por grandes novidades – caso da atual chegada das câme-ras que realizam fotografias em 3D, um dos destaques da feira Photoimage Brasil deste ano.

A arte de caçar luz:

meio segundo, pois sabe que por trás desse clique é preciso toda a sua experiência e conhecimento.

E a cada clique fugaz, a arte fotográfica sempre se inova, se atualiza e encontra novos caminhos. Para mostrar esses rumos e tendências, revela-mos em texto, e claro, muitas imagens, a opinião dos maiores nomes da fotografia nacional, experts de todas as áreas, da fotografia publicitária ao en-saio sensual, do tratamento e pós-produção pelo Photoshop a técnicas de iluminação, do registro de eventos ao fotojornalismo. Confira agora o que a fotografia tem a revelar para o futuro.

Photoshop ou Lightroom?

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Ao atingir tamanho conhecimento e intimidade sobre o objeto que vê, o fotógrafo, como um caçador, passa a revelar a essência de sua “caça” sabendo pegá-la desprevinida de máscaras, sendo apenas ela mesma. Para Eduardo Gomes, diretor da Tríade Filmes & Fotos e fotógrafo, a captura de um personagem inclui aprofundamento em uma narrativa, “pois a foto também conta histórias”. Gomes, que saiu de sua carreira na indústria metalúrgica para se dedicar à Fotografia, tamanha sua paixão pela arte, revelou seu grande interesse por fotos não posadas, naturais: “Chamam isso de fotojornalismo, mas não sou jornalista, então seria foto espontâ-nea? De qualquer forma não gosto de rótulos”. Ele tem grande interesse em juntar fotos que, pela sequência, formam histórias com personagens e cenários próprios. E quando o cenário é o próprio personagem, caso de suas paisagens de Machu Picchu, aproveita dos próprios habi-tantes de cada local para revelar a essência dos lugares onde passa. Enfim, agir sem limites: Capturar a essência. Esse é a última fronteira do fotógrafo: ultrapassar seu próprio olhar.

As lições apresentadas acima foram aprendidas com grandes nomes da fo-tografia, na primeira semana de agosto, durante a Semana de Fotografia da FCA-CEUNSP. O encontro - um “boas-vindas” ao segundo semestre - juntou estudantes e palestras, workshops, “fotoshow”, mais

1ª Semana da Fotografia da FCA

O fotógrafo deve conhecer toda a tecnologia de sua arte, mas ainda depende, fundamental-mente, de seu melhor equipamento – o olhar. Se já é possível criar imagens sem limites então o verdadeiro obstáculo está na visão do fotógrafo. Visão, neste caso, não é a capacidade de ver, mas de se expressar visualmente. Prova disso é o trabalho social do fotojornalista Werinton Kermes, a oficina de fotos realizadas por deficientes visuais. O trabalho é pioneiro e realizado em conjunto com a doutora em Comunicação Míriam Cris Carlos. Os participantes, com a má-quina na mão, registram imagens por meio de outros sentidos, como o tato, olfato, a audição, descrições do que se encontra em frente de suas máquinas. Um trabalho de reintegração, que revela um mundo único: mesmo a falta de visão não os impede de se expressar com imagens.

O limite da visão

Van Gogh, em suas telas, tornava cada raio de sol uma pincelada forte e expressiva – a arte é diferente, mas a necessidade de dominar as emoções pela luz continua igual. Principalmente para a fotografia publicitária que vive de vender emoções. Antônio Salvador Júnior, fotógrafo publicitário que trabalhou para empresas como W/Brasil e Estúdio Abril, conversou sobre a importância da luz, assim como sua carreira, detalhes e curiosidades da profissão. “Nem sempre o fotógrafo publicitário tem todo o equipamento e prazos à disposição. É preciso fazer a foto com os recursos disponíveis”, disse. A iluminação deve criar os efeitos desejados e des-tacar o produto, conceito ou serviço a ser vendido. “Não basta a agência dizer ‘faça uma foto’. Tem que pedir o conceito por trás desse produto e usar o equipamento adequado” – fotos de alimentos, por exemplo, exigem uma luz mais alaranjada – que denota calor e torna a imagem mais sedutora.

O limite da expressãoSedução, Desejo. Armas potentes para quem cria

imagens. Porque fotografar é um desejo de eternizar o que o olho apenas saboreia por instantes. Paradoxal-mente, o sensual está em desejar o que também não se consegue ver. Luiz Aguiar é um comunicador nato desse lado mais escuro e sensual da fotografia. Ele fotografa nu sensual há quatro anos. Explica as principais dife-renças entre a foto de editorial sensual e a foto de nu artístico. Na primeira há uma grande produção, com ce-nário e figurino e o rosto da modelo costuma ser revela-do. É o estilo mais reconhecido nas revistas masculinas. O fotógrafo destaca que trabalha com o próprio cliente final, “mulheres comuns e não modelos profissionais, que querem presentear o seu cônjuge ou então se sen-tirem belas e sensuais”, explica. Já o nu artístico não ne-cessariamente expõe todo o corpo e o rosto da modelo. O corpo é mostrado de forma mais abstrata e impessoal

O limite da sedução

O bom fotógrafo iniciante pode já saber manipular imagens digitais, emocionar e seduzir com a luz, mas entrar no mercado de trabalho e montar seu estúdio ainda é um problema. Não para o jovem fotógrafo Lean-dro Neves. Como empreendedor, Neves deixou a carrei-ra de Administração e vive agora apenas de Fotografia. Revela que equilibrou seu orçamento montando um estúdio remoto de modo prático, barato e útil. Para os novatos e empreendedores, ele recomendou produtos fotográficos chineses, bem mais em conta no mercado. Neves, que usa técnicas simples e acessíveis (Dicas em http://dofotografo.wordpress.com) e estima que o fo-tógrafo profissional não é limitado pelo equipamento disponível, mas unicamente pelo olhar.

Dominar esse olhar é o diferencial para entrar no mercado da mais democrática das artes. Afinal, se todo mundo pode ter uma câmera no seu celular, como um fotógrafo pode se destacar? Gui Urban, especializado em fotos de eventos, também valoriza muito o conhe-cimento: saber as características de cada banda e cada gênero de música permite fotos únicas, pois o fotógrafo já prevê os movimentos e a iluminação do palco.

O limite do mercado

O limite de tudo que vemos

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a banda saltense Yang e uma excursão fotográfica para São Paulo (veja mais na página 15). “A Semana foi a oportunida-de de aprender em poucas horas, com os melhores profissionais, o que aprende-ríamos em meses”, explicou a estudante Erica Dal Bello.

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ESPECIAL fotografia

Por décadas e ao longo de um século a imagem fotográfica foi vista e interpretada como uma mera representação figura-tiva do real, enquanto sua construção imagética dava-se por meio de aparatos técnicos que traduziam instantes da reali-dade de modo especular. A possibilidade de subversão dos princípios técnicos inerentes aos projetos industriais des-sas máquinas e a noção de que a fotografia como linguagem representa mais do que um simples simulacro do cotidiano surgiu a partir do século XX, onde a construção e o exercício de novas poéticas fotográficas vislumbraram um vasto campo de atuação para as vanguardas artísticas da época. Podemos dizer que Alfred Stieglitz tenha sido o precursor, mas na ver-dade, foi pelas mãos de Man Ray e László Moholy-Nagy, entre outros, que a fotografia ultrapassou a barreira de uma mera representação formal e atingiu conceitos antes não imagina-dos rumo a uma prática própria às experimentações artísti-cas. A partir das experiências vanguardistas a fotografia sim-plesmente rompe com a sugestiva representação imagética calcada na perspectiva renascentista.

Instaurada essa quebra de noção da representação figura-tiva, a fotografia passou a ser encarada como um campo de experimentações para além das possibilidades técnicas do aparato, responsáveis pelo surgimento de níveis simbólicos diferenciados que redefinem e impulsionam à interpretação da mensagem fotográfica. E é aqui que se encontra o objeto de discussão deste texto, dos significados que existem nas ima-gens fotográficas através do caminho aberto pelo semiólogo francês Roland Barthes.

Quando Barthes escreveu seu último livro, A Câmara Clara - publicado no Brasil em 1984 em uma edição póstuma -, de-senvolveu seus argumentos partindo de uma imagem pessoal e altamente afetiva, uma fotografia de sua mãe ainda criança encontrada junto aos pertences dela após sua morte. Neste trabalho final, Barthes entendeu a fotografia como possuin-do dois momentos e não foram todas, somente as fotografias que o tocaram de alguma forma. Extraindo palavras oriundas do latim, qualificou esses momentos como sendo o studium, o signo apresentado e sempre codificado, e o punctum, aquela ferida intrigante da imagem que promove, no instante em que toca o receptor, a busca de uma interpretação daquele ponto da imagem e, a partir dele, da imagem fotográfica como um todo.

Essas são as bases que fundamentam minha análise na in-terpretação do signo fotográfico. Quando reflito sobre as no-vas possibilidades de ações causadas pela imagem, me dou conta de um processo sígnico a representar a construção e a leitura de certas realidades fotográficas, simbolicamente de-lineadas por escolhas que materializam os conceitos, as poé-ticas ou até mesmo as intenções de alguém. Por mais que este sujeito acredite ter capturado um momento objetivo, o fato de ser ele humano já transmitiu à fotografia a subjetividade de um olhar individual e residem aí, nas leituras de imagens, as representações de realidades traduzidas por cada intérprete.

Sabendo então que os significados de uma imagem fotográ-fica podem ser entendidos somente na esfera das possibilida-des, resgatei do meu álbum de infância a fotografia que ilus-tra esta página. Trata-se de uma imagem pequena, familiar,

Fotografia:um referencial que se inscreve pelo afeto[ Prof. Ms. Ricardo Zani ]

feita por minha mãe quando eu tinha por volta de dois anos de idade e, provavelmente, fotografada com uma câmera de médio formato. Uma imagem amassada, manchada e rasgada pelo tempo, uma das muitas feitas em nossas viagens de férias e posteriormente encontradas por mim nos álbuns de famí-lia. Sou eu o menino fotografado e estou de mãos dadas com meu nono a caminho da praia. Minha mãe sempre faz ques-tão de comentar que quando eu era criança tinha uma saú-de frágil e que, por recomendações médicas, sempre íamos ao litoral para renovar os ares que respirávamos. Estranho, porque quando olho para esta foto vejo uma criança gordinha e vendendo saúde. De qualquer forma ela resgata um momen-to único, guardado de sentimentos e lembranças do convívio com algumas pessoas que já se foram, de uma época feliz e sem preocupações. Por tal razão esta fotografia me toca, não por suas pretensões estilísticas, mas por sua sentimentalida-de latente.

Afora esses afetos, vemos uma fotografia despretensiosa em sua composição, nada mais do que um retrato do cotidia-no e que serve, como tantos outros, para ser guardado de re-cordação em álbuns de família ou nas “gavetas” de nossas me-mórias. Meu nono era uma pessoa um tanto egoísta, gostava de ter todos os seus netos debaixo de suas asas e fazia questão de participar ativamente de nossas vidas, como um verdadei-ro patriarca senhor dos seus. Ele faleceu no dia do meu ani-versário e, se antes eu o amava sem restrições na minha feliz inocência de criança e o tinha como um dos meus modelos de herói, hoje eu já não posso dizer o mesmo, a minha razão adulta me alerta que esse modelo não foi dos melhores, afinal ele era humano e tinha seus defeitos. Meus heróis não morre-ram de overdose, mas me mostraram uma série de imperfei-ções ao longo de suas vidas.

Por que razão então essa imagem insiste em povoar meus pensamentos e junto a ela uma série de lembranças? Porque certos sentimentos são como feridas recentes que teimam em permanecer abertas, sempre a me lembrar de sua existência. Assim, de certa forma escrevo para expurgar o que me inco-moda e a fotografia, em sua essência, me propicia esse pacto com a vida. Por definição e origem, uma imagem fotográfica só existe se houver, em algum instante qualquer, a captura de uma realidade. Esses momentos, por mais fugidios que pos-sam parecer, por vezes duram uma eternidade e não somente porque o seu registro está aí para nos atestar sua existência, mas também porque eles ainda permanecem vivos em nossas memórias. São lembranças ou sentimentos que não se apa-gam com o tempo.

E me pergunto agora, será que no momento em que ele me levava pelas mãos, num gesto fraternal e alegre rumo às ondas, passava por sua cabeça os desdobramentos que nos envolveriam no futuro ou as frustrações causadas após a sua morte? Não sei e seguramente sua herança cultural já esti-vesse mais do que sedimentada, a minha é que ainda estava sendo forjada. Volto agora a Roland Barthes e às suas observa-ções a respeito daquela fotografia de sua mãe feita quando ela ainda era criança. Barthes olha para uma menina que ele não conheceu e vê uma alegria nos olhos desta que nunca havia encontrado em sua mãe. A vida a havia transformado.

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Naquela manhã de domingo, 15 de agosto, o vazio deveria se impor na Faculdade de Comunicação e Ar-tes do CEUNSP, mas viemos, todos determinados. Éra-mos 46 estudantes da FCA, vencendo o sono, o frio, a distância, para nos unirmos, como uma irmandade, por um amor conjunto à fotografia. Nossa missão era clara e bem focada: registrar a cidade de São Paulo em uma excursão acadêmica.

Invadimos primeiro o Mercadão, ávidos para devo-rar, com os olhos, os sabores das texturas, os aromas das cores, o prazer dos volumes. Tudo espalhado em frutas e condimentos. Diversidade que se confundia com os próprios personagens que passavam por ali. Um deles nos chamou a atenção, um artista famoso: Luan Santana não pôde se esconder de nossas lentes. Cerca-do por fotógrafos e fãs, no meio da comoção geral, ele mostrou sua verdadeira identidade em praça pública, era o professor Eduardo Scorzelli, fingindo ser um pop star. O grande ator revelou que a foto também tem suas máscaras, criando mitos e formando personagens.

Logo depois chegamos à Praça da Sé. O local abriga-va mendigos e profetas em volta da catedral. Ali, o frio e a miséria dos homens contrastava com o gótico e o sagrado dos anjos. Mas o céu e a terra exigiam a mesma importância do olhar, um não poderia ser desmerecido pelo outro na hora do click. E entre as colunas que que-riam atingir as nuvens, descobrimos uma cripta com a cópia do manto que cobriu Cristo. De certa forma uma revelação: o lençol, como um filme gigante, registrava o negativo das formas de um corpo.

Fomos então para o MASP onde seu vão também era um vazio sendo preenchido. Barracas de antiguidades vendiam objetos do passado. Entre moedas e livros, en-contrei uma foto de imenso valor pessoal, a de meu avô quando jovem, em sua época de goleiro. Percebi como a fotografia, além de ser memória é também uma luta contra o vazio. O que era apenas um jogo de futebol, que agora está no passado, se encontra revisto, vivo em mi-nha mente.

O que aconteceu naquele domingo não será mais es-quecido, está fixado em imagens únicas, expostas agora no saguão da nossa faculdade. Aqui mostramos que em um dia frio de São Paulo formamos amizades e dividi-mos experiências, mas acima de tudo, jogamos luzes contra o vazio.

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As fotos feitas durante o passeio por São Palo ficam expostas dia 14 de setembro, no saguão do bloco K (Salto).

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