o arauto 06

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REPÓRTERES NA CADEIA Nossa equipe entrou na Cadeia Pública de Salto. Em processo de reestruturação, local apresenta marcas de angústias, rebeliões e fugas. pág.07 E MAIS: CURRICULUM VITAE GALERIA DE FOTOS pág.08 pág.06 maio/junho de 2009 www.arauto.info circulação em Salto e Itu distribuição gratuita Arauto O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP Nº 6 Homossexualismo pág.07 Tão antigo como a vida em sociedade, comportamento foi muito estudado e pouco debatido. Twitter pág.07 O que é e como funciona a mania do momento na internet? Portfólio Pessoal Apresentamos a história de um estudante de Cinema que ganhou prêmio... mas como ator de teatro. pág.05 MEU LAR É UMA BAGUNÇA Como é a vida de estudantes que, além de livros, aulas e provas, têm de encarar a aventura de morar em uma República. pág.02 Bar sinônimo de tradição, Itu e parmegiana ALEMÃO Enem x Vestibular A discussão sobre o novo formato de acesso ao ensino superior brasileiro. pág.03

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O Arauto, Jornal-Laboratorio da FCA-CEUNSP. Edicao de maio/junho de 2009.

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Page 1: O Arauto 06

REPÓRTERES NA CADEIANossa equipe entrou na Cadeia Pública de Salto. Em processo de reestruturação, local apresenta marcas de angústias, rebeliões e fugas.

pág.

07

E MAIS: CURRICULUM VITAE GALERIA DE FOTOS

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08

pág.

06

maio/junho de 2009www.arauto.info

circulação em Salto e Itudistribuição gratuita Arauto

O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSPNº 6

Homossexualismo pág.07

Tão antigo como a vida em sociedade, comportamento foi muito estudado e pouco debatido.

Twitter pág.07

O que é e como funciona a mania domomento na internet?

Portfólio PessoalApresentamos a história de um estudante de Cinema que ganhou prêmio... mas como ator de teatro.

pág.05MEU LAR É UMA BAGUNÇAComo é a vida de estudantes que, além de livros, aulas e provas, têm de encarar a aventura de morar em uma República.

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Bar sinônimo de tradição, Itu e parmegiana

ALEMÃO

Enem x VestibularA discussão sobre o novo formato de acesso ao ensino superior brasileiro.

pág.03

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DA MESA DO REDATOR pág.02O Arauto / mai-jun.09

www.ceunsp.edu.br

O grupo Teatro Mágico, em apresentação na capital pau-lista, nos dias 5 a 10 de maio, comprovou que O Arauto e cultura estão intimamente ligados. A apresentação dos poe-tas circenses contou com a presença do jornal. Na foto, a ar-tista Gabriela Veiga mostra a reportagem sobre a trupe, pu-blicada na primeira edição. Outras fotos de apresentações podem ser conferidas no site www.oteatromagico.mus.br.

O Arauto sobe palco paulistanoPor André Brandão

A população de Salto con-vive com a Cadeia Pública em pleno centro da cidade. Criada para 48 presos, por muitos anos abrigou cente-nas. Foi palco de tentativas de fugas, quando os fugitivos in-vadiam casas próximas. Até rebelião já houve, com dois presos decapitados. Esta história começou a mudar há dois meses, graças à interfe-rência política do secretário estadual da Casa Civil, Aloísio Nunes, que - em visita a Salto - foi provocado pela imprensa sobre o assunto e decidiu agir.

“Além de estar no centro de Salto, o prédio não tem as mínimas condições hidráuli-cas, de rede elétrica e de es-trutura para abrigar presos”, revela o delegado Luciano Carneiro, que recebeu a re-portagem de O Arauto. Em Salto há quatro meses, trans-ferido de Itapeva, o delega-do revela que a cadeia não serve mais para seu propó-sito. Ele afirma que o ideal é manter em Salto apenas uma cela para abrigar presos em flagrante até a transferência para um Centro de Detenção Provisória (CDP).

A Cadeia de Salto hoje abriga menos de 40 presos. Eram 105 no começo de abril, durante a visita do secretário. Há a expectativa de que até o fim do mês só permane-çam ali pessoas com proble-mas como pensão alimen-tícia ou em vias de serem soltas. Autoridades esperam que o Estado entregue logo o CDP de Iperó para a extinção definitiva da cadeia.

Por dentro do “zoo humano”

Por Melissa Castro Nelson Lisboa Tiago Marciano

O delegado Luciano (acima) traz um dado preocupante: a grande maioria dos presos de Salto (e do Brasil) tem idade média de 22 anos e foram presos por al-gum envolvimento com drogas, normal-mente prestando serviço para o tráfico.

Perfil do preso: idade média de 22 anos, trabalhador

do tráfico

A estudante de Jornalismo (1º semestre) Melissa Castro esteve na equipe definida para cobrir a pauta da Ca-deia de Salto. Como a única mulher do grupo, ela revela sua experiência ao entrar em uma cadeia:

“A curiosidade leva as pes-soas a lugares totalmente diferentes. Foram comigo mais três pessoas: dois repórteres e um fotógrafo. A cadeia está em processo de desativação, contudo ain- da comporta cerca de 38 presos. Tive uma sensação de medo ao entrar lá ape-sar de não ter tido nenhum contato mais próximo com os presos. Fui autorizada a subir na torre, que dá uma visão total da parte de cima das celas. Essa hora foi o pior mo-mento, é de lá que pude ver o ser humano em sua forma mais frágil. Me senti em um zoológico, onde seres huma-nos é que estavam nas jau-las. Tudo o que conseguia ver eram grades e pessoas presas a elas. Eles gritavam e gesticu- lavam. E se escondiam con-forme a máquina fotográfica disparava. Buscavam coagir quem estava lá em cima, uma forma, talvez, de se preserva-rem. O que os levou até aquela situação foi o que mais pen-sei depois daquele momento. Talvez a curiosidade, a neces-sidade. Não tenho essas res-postas. A percepção daquele lugar foi totalmente única”, observou a jovem estudante universitária.

“O homem em sua forma mais frágil”

Rotina – Os detentos vi-vem hoje à espera da mu-dança. Embora a maioria seja de Salto, eles sabem que em breve terão outro destino. As transferências, por segu-rança, não são comunicadas a eles com antecedência. En-quanto isso, passam o dia jo-gando bola, conversando ou ouvindo rádio. À noite se jun-tam em apenas seis celas, as que estão em melhores con-dições, quando então as gra-des são fechadas pelo único carcereiro de plantão.

O local é imundo, escuro, sujo, com pichações e dese-nhos nas paredes. O odor que vem do banheiro contagia o local. Nada ali lembra (além das inscrições nas paredes) que seres humanos foram abrigados naquele local.

Quase todas as grades têm marcas das infindáveis tenta-tivas de fuga dos presos.

Na rotina da cadeia, a quinta-feira é o melhor dia para os detentos, pois as vi-sitas familiares são liberadas. É dia de convivência pacífica. Facções criminosas, que agem em todas as cadeias do Estado de São Paulo, tam-bém têm influência em Salto. A confirmação é do delegado Luciano: “Existe pressão, mas isso não atrapalha a rotina nem as funções da Polícia”, explica.

Mesmo aparentando tran-quilidade na Cadeia, com os menos de 40 presos, não foi autorizada a entrevista com algum detento, pois é comum eles defenderem o ponto de vista de suas facções.

Felipe Botelho / O ARAUTO

Vinicius Campos

Page 3: O Arauto 06

VIDA UNIVERSITÁRIA pág.03O Arauto / mai-jun.09

Enem ou Vestibular

A trajetória humana tem mui-tas fases. Uma é o fascinante mundo dos universitários. Nesse período, muitos optam por uma experiência extra au-las e livros: encaram uma re-pública, a moradia estudantil.Por meio de uma entrevista descontraída, O Arauto mos-tra como são as divisões de responsabilidades que sem-pre aparecem para irritar os integrantes dessa “grande fa-mília”. Quem fala é o estudan-te de Arquitetura Sergio de Camargo, 21 anos. Ele mora na República Maria Joana, em Salto.“Serginho”, como ele preferiu

ser chamado, conta que a di-ficuldade na “Maria Joana” é ainda maior por ser mista, com homens e mulheres. “Há sim problemas, mas a relação com as quatro mulheres da casa é das melhores”.Quem visita a “Maria Joana” não pode deixar de reparar em muitos objetos e móveis fora de lugar. Assim, uma das primeiras questões era saber como todos se organizavam na casa: “É problema sério. To-das as repúblicas vivem meio bagunçadas”, explica o futuro arquiteto, jogando o chine-lo no meio da sala. Sentado na varanda, Serginho explica

A vida (em república)

como ela é

que na casa não há tarefas definidas para cada morador. Lembretes estão por todos os cantos: “Ao sair apague a luz” ou “Se usar, limpe”. O jovem conta que as despesas da casa - aluguel, luz, água - são divididas. “Alimento, cada um tem o seu, mas, se autorizado, você pode comer o miojo do outro”, explica, rindo.O assunto saudade da famí-lia faz desaparecer o sor-riso do rosto de Serginho. “É um problema sério. Sen-timos saudade do cafuné da mãe ou da conversa com o pai”, diz, completando: “Mas temos que ser fortes, levan-tar a cabeça e esquecer.” Os moradores se ajudam em relação aos problemas pes-soais? “Quando você mora junto acaba formando uma família. Se um está com al-gum problema todo mundo sabe e todo mundo ajuda”. Viver em república, enfim, não quer dizer apenas mo-rar com pessoas diferentes. É conviver e compreender pen-samentos contrários ao seu. Uma lição de vida.

Por Alan Vianni

Por Marcos Vinicius Freddi

www.ceunsp.edu.br

O Ministério da Educação (MEC) divulgou recentemen-te proposta de mudança no vestibular para ingressos nas universidades federais. O MEC quer transformar o Exa-me Nacional do Ensino Médio (Enem) como a primeira eta-pa do processo seletivo.

Tudo será reformulado. As questões serão mais exten-sas e passam de 63 para 200, mais a redação. Serão dois dias de prova.

Para o MEC, o mais vanta-joso é que, com a nota obtida, o aluno pode pleitear vagas em até cinco universidades.Exemplo: quem está na região Sudeste pode escolher uma da região Norte e vice-versa, sem precisar se deslocar para fazer a prova.

Não apenas a nota do Enem assegurará vaga. Mui-tas universidades devem ter uma segunda fase de seleção, como já acontece hoje, princi-palmente para cursos que exi-gem habilidades específicas. Nesse caso, ficará por conta da instituição aplicar a prova.

Áreas - As disciplinas es-tão agrupadas em quatro grandes áreas do conheci-mento: Linguagens de Códi-gos (Língua Portuguesa, Re-dação e Inglês - futuramente Espanhol também) Ciências Humanas (Geografia e His-tória), Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química) e Ciências Exatas (Aritmética, Geometria e Cálculo).

O conteúdo a ser estudado ainda não foi definido. Mas um diferencial da prova será a relação interdisciplinar que deve ocorrer entre várias ma-térias, priorizando mais o ra-ciocínio.

Por enquanto os estudan-tes devem ter como modelo de prova o formato do vesti-bular e do Enem atuais.

Cronograma - Cada uni-versidade poderá adotar ou não o novo vestibular (as ins-tituições não são obrigadas a seguir determinações do Mi-nistério da Educação). Pelo menos 25 das 55 universida-des federais já confirmaram a adesão da proposta que de-vem colocar em prática ainda este ano.

O MEC deu prazo final até dia 31 de maio para as outras instituições se pronunciarem. Se o modelo funcionar na rede federal existe a possibi-lidade de expansão para as redes estadual e privada.

Adaptações - A mudança interfere no cronograma es-colar principalmente dos cur-sinhos pré-vestibulares, que baseavam todo o material didático no modelo anterior de vestibular. Com a mudan-ça, muitas escolas serão obri-gadas a rever seus planos pedagógicos. Não se fala em números, mas espera-se um leve aumento de gastos por parte dos cursinhos para que todas consigam reformular o ensino e adaptar apostilas

Opiniões - Para alunos de cursinhos vestibulares, a mu-dança é vista com cautela. O fato que mais preocupa é de não conhecer a nova prova. Alguns, por estarem acostu-mados com o formato atu-al, querem descobrir qual o novo “estilo de estudar”.

A estudante Isabela Ma-chado, 19 anos, que pretende fazer Medicina, diz que para

ela estudar para uma prova sem saber como vai ser, “não é nada bom”, analisando ain-da que “estamos em uma po-sição vulnerável”.

Compartilha a mesma opi-nião a aluna Gabriela Cavaza-ni, 17. Segundo ela, o modelo antigo de prova era mais jus-to. ”Não sei se será uma prova tão eficiente. Até por eu não conhecer o modelo novo, pre-firo o antigo”.

Ângelo Rafael, 21, que está em seu segundo ano de cursi-nho e quer ser dentista, acre-dita que o modelo antigo era melhor, pois a quantidade de questões exigidas na prova do Enem será maior: ”Acho que vai ser uma prova cansa-tiva.”

Já André Luis, 21, que pre-tende cursar Engenharia, acredita que o novo vestibu-lar mostrará uma realidade que o Enem esconde. “Muitos amigos meus gabaritavam a prova e com a mudança have-rá uma outra realidade, mais competição. Acho que (a mu-

dança) vai ser boa.”O aluno Rodrigo Cossi, 19,

diz ser contra a mudança: “Ninguém sabe como vai ser o novo Enem. Eu acho que a mudança é ruim.” Ele também destaca que todo o proces-so seletivo deveria priorizar somente matérias relativas a cada área. “Acho que o aluno deve estudar o que vai fazer.”

Já para Guilherme Fernan-des, 19, esse ano será um pe-ríodo de mudança e acredita que a prova não deva ser di-ferente do padrão atual dos vestibulares, “só fazendo a prova para saber. Não tem como ter uma base.”

Ensino Médio - Para os alunos que estão prestes a terminar o Ensino Médio, a repercussão foi positiva.

José Ricardo tem 16 anos e diz que todos devem estar preparados para vários tipos de provas. “Temos que enca-rar a mudança não como algo desesperador, mas como algo

que vai trazer consequências melhores”, diz.

Para Alison Mandolin, 17, que pretende cursar Medi-cina, o diferencial está no conteúdo. A prova deve ser encarada como as anteriores, “vai depender muito de cada pessoa.”

Modelo made in USA - A mudança proposta pelo MEC é baseada no sistema ameri-cano de ingresso nas univer-sidades, o SAT. O Brasil adap-tou o conceito de usar a nota para o ingresso. Com uma única nota, cada aluno terá chance de entrar em qualquer universidade federal, com op-ção limite de até cinco insti-tuições. A diferença do siste-ma norte-americano é que lá não é avaliada apenas a nota obtida na prova e sim todo o histórico escolar do aluno ao longo da High School (ensino médio). Outra diferença é que nos EUA o test é aplicado sete vezes ao ano, já no Brasil ape-nas um teste será feito.

Giuliano Miranda / O ARAUTO

Page 4: O Arauto 06

ESPECIAL

As lanchonetes do CEUNSP de Itu e Salto são gerenciadas pelos ex-fun-cionários do Bar do Alemão Jean Salviano e Francisco da Costa. Tudo começou em 2003, quando os dois ven-diam lanches num trailer, na entrada do Campus V. “O pes-soal gostou do serviço e en-tão o trailer acabou dentro da faculdade. Hoje atendemos em Salto, na antiga cantina da Brasital e em Itu, com um trailer” diz Jean, citando ain-da que mil clientes por dia passam pela lanchonete.

Vôo do 14 Bis, Revolução de 32, guerras mundiais, via-gem do homem à Lua, Diretas Já, queda do muro de Berlim, eleição de Obama. É difícil imaginar um empreendimen-to que tenha acompanhado tantos acontecimentos sem perder a identidade. Por isso o Bar do Alemão é uma tradi-ção: tem história centenária sob direção contínua da famí-lia dos imigrantes Steiner.

Adolf e Maria Steiner, ale-mães da região de Nowawes, arredores de Berlim, desem-barcaram no Porto de Santos em 1889, com seus quatro filhos. Em São Paulo, Adolf montou um açougue de su-ínos, negócio que teve con-tinuidade ao mudar-se para Itu. Em 1902 a família muda de atividade: Adolf e seu fi-lho Max montam a Padaria e Confeitaria Alemã – o futuro Bar do Alemão. Na década de 30, sob a direção de Max, foi agregada à padaria o serviço de bar e restaurante. A fama do restaurante cresceu: foi a primeira a vender chope no interior e é reconhecida por seu Filet à Parmeggiana. Quatro gerações depois, Her-bert Steiner, bisneto de Max, gerencia o empreendimento. Ele revela, numa agradável conversa de bar, como man-tém a tradição de seus ante-passados e as novidades do presente.

Quando se pergunta para Herbert Steiner como foram seus anos antes de assumir a gerência do bar de sua famí-lia ele responde que “o bar sempre esteve ligado à mi-nha vida desde os primeiros anos.” Ele comenta também que, quando pequeno, ficava sob os olhos dos pais numa caixa de papelão, embaixo do balcão. Quando tinha por vol-ta de 16 anos, “pegava o carro emprestado de um garçom chamado Teca para sair com amigos”, lembra Hebert rin-do. Antes de assumir a gerên-cia do bar, passou por vários cargos no estabelecimento: “Só não toquei piano e entre-guei bilhetes de banheiro”, fala sorrindo.

Momentos difíceis - A Se-gunda Guerra Mundial foi um momento difícil para os Stei-ners. Houve pressão para que fechassem o bar. “Tivemos de mudar o nome de Padaria Alemã para Padaria Ituana assim como o Palestra Itália teve que mudar de nome para

Palmeiras”, explica. O Bar do Alemão passou também por outras crises. “Da minha ge-ração, as épocas mais difíceis foram as do governo Sarney e do governo Collor. Difícil di-zer qual foi a pior. No Plano Cruzado chegou a faltar carne de boi. Sempre trabalhamos com filet mignon, mas com a escassez de carne na época tivemos de comprar contra-filet, mas o contra-filet tam-bém se esgotou e compramos alcatra, depois coxão-mole, depois lombo”, recorda.

Clientela selecionada - O comerciante diz que momen-tos de economia ruim não afetam o movimento no res-taurante. O motivo da prospe-ridade está no estilo de vida de seus clientes - empresários e bem-sucedidos, não apenas de Itu, como de toda a região. Nos fins de semana as mesas são ocupadas por turistas, que chegam para conferir a fama dos pratos da casa. O estabelecimento chega a ter 14 mil serviços de mesa num mês. O movimento é tão gran-de que o espaço físico da casa está em obra para a constru-ção de um novo salão (a re-forma não está atrapalhando o atendimento atual).

Preferências - E o prato favorito de Herbert Steiner? Ele escolhe duas opções e diz como são preparados: “Gosto muito do Filet Calabrês (gre-

Bar do Alemão

Saborcentenário

lhado recheado com queijo provolone, cebola batida e ca-labresa). Mas também adoro o Eisben Pururuca (joelho de porco acompanhado de purê de ervilha e chucrute, batatas cozidas e linguiça branca). O Eisben é feito em nosso forno alemão e não envolve nenhu-ma fritura.”

Anzu - Apesar de ser o mais conhecido, o Bar do Ale-mão não foi o único empreen-dimento da família Steiner. A casa noturna Anzu Club, tam-bém em Itu, foi construída por Hebert, que investiu cerca de US$ 3 milhões de dólares na boate (hoje o local pertence a outro poprietário). O herdei-ro Steiner diz que é mais fácil administrar uma casa notur-na do que um restaurante, por que a primeira abre apenas às sextas, sábados e vésperas de feriados. “O restaurante fica aberto durante toda a sema-na e envolve a gerência de be-bida, comida e entregas. Tem muito mais detalhes para ad-ministrar”, revela.

Herdeiros - Quando per-guntado se a quinta geração da família estaria se prepa-rando para continuar a tra-dição, ele responde com iro-nia: “Não faço a mínima ideia. Preciso perguntar para meus filhos. O futuro a Deus per-tence. No meu caso foi uma tendência natural por ser o primogênito e pelo interesse que fui desenvolvendo.” Uma prova que Hebert ama o que faz é sua biblioteca com cer-ca de 2 mil livros e 700 filmes sobre culinária e gastrono-mia.

Como O Arauto é desen-volvido no CEUNSP e o Centro Universitário tem curso de Gastronomia, seria natural a pergunta sobre dicas aos alu-nos do curso. O dono do Bar do Alemão diz que prefere aconselhar a instituição e não os estudantes diretamente: “Invistam o máximo. Façam convênios com grandes che-fes envolvidos com o apren-dizado. Uma instituição de ensino tem que sair da sala de aula e mostrar o que acontece de importante no circuito. Tem que trazer as coisas de fora. A qualida-de dos que se formarem em gastronomia irá depender do valor que a faculdade dá para o curso. Se houver retorno da faculdade, então quem se formou trará mais qualidade para a cidade e o turismo.”

Como é o restaurante onde é feita uma das mais famosas parmegianas do país

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pág.05O Arauto / mai-jun.09

Ingredientes

01 gomo de salsichão equivalente a 150 gramas40 gramas de queijo prato20 gramas de bacon picado e frito300 gramas de batata 100 gramas de maionese30 gramas de cebola ralada¼ de limão3 pitadas de mostarda amarelasal1/3 de repolho roxo picado1/3 de pimentão vermelho fatiado em meia lua25 gramas de calabreza picada25 gramas de bacon picado30 ml de azeite½ tablete de caldo de legumes

Modo de Preparo

1º passo : cozinhar as batatas, deixe es-friar, descasque e fatie

2º passo : Junte a um recipiente a batata, maionese, cebola, mostarda, limão e sal a gosto.

3º passo : Numa panela coloque o azeite, junte o bacon a calabreza frite, ate o pon-to desejável. Junte o repolho, pimentão o caldo de legumes e sal a gosto.

4º passo : Abra o salsichão ao meio sem separa-lo. Leve para grelhar. Coloque o queijo por cima do salsichão, junte com o bacon já frito anteriormente e leve para gratinar.

SALSICHÃO FRANKFURT

Herbert Steiner, proprietário do Bar do Alemão, passou uma receita para os leitores de O Arauto:

O “Alemão” é reconheci-do não apenas pela tradição, requinte e bom paladar, mas também pelo tipo diferencia-do de atendimento. Os garçons são facilmente reconhecidos pelo uniforme inspirado em roupas e chapéus típicos da Alemanha.

João Leme é o funcionário com mais histórias para con-tar - completa 40 anos de ser-viço em novembro. Ele come-çou trabalhando para o pai de Herbert. “Nosso atendimento é feito com simpatia, conver-sando com os clientes. A gen-te afasta a imagem fria que as pessoas têm dos alemães: Não podemos ser secos. Sempre atendemos sorrindo”, revela.

Outra “figurinha” bastante conhecida é Antonio Salviano, o “Teca”, e que tem 34 anos de casa. Ele é conhecido pela paixão por colecionar obje-tos. “Tenho moedas de todo o mundo. São dez anos de cole-ção, feita tudo aqui no restau-rante, com a doação dos fre-gueses que viajam para fora.” A coleção, que tem mais de 5 mil peças, já foi exibida em espa-ços culturais e até programas de Tv. “Tenho todas do Brasil e notas do mundo inteiro. Até do Haiti, Paquistão, Cazaquistão, Nepal, Butão e do Iraque.”, con-ta. A mania de Teca inclui ain-da coleções de xícaras, bonés, bolachas de chope e fotos com artistas famosos.

Garçons: histórias a parte

”Domine todas as teorias, conheça todas as téc-nicas; Mas quando tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” (Carl Jung)

- Quem frequenta o Bar do Alemão já foi recebido por esta e muitas outras citações de grandes pensadores. Elas são ditas pelo maître Nelson Pinheiro de Azevedo, 32 anos de serviços no restaurante. Ele é conhecido pelo amplo repertório literário: “Sei, de cabeça, cerca de 1.700 pensamentos”. A origem de tanta sabedoria vem da dedicação aos livros. O hábi-to da leitura é cultivado há 24 anos.

“Leio cerca de 120 livros por ano. E gosto de tudo. Tenho um gosto bem eclético” explica o maître, que tem apenas a formação primária (até a 4ª série). Nelson revela que leitura cons-tante lhe abriu muitas portas: “Quan-do adquiri o gosto pelos livros mudei minha vida em todos os aspectos. Deixei de julgar os outros e a ter cuidado com pensamentos extremistas. A leitura também ajuda minha vida profissional, pois tra-balho com pessoas e é pre-ciso saber se comunicar.”

A sabedoria do maître

Murilo Santos / O ARAUTO

Filipe Salles / O ARAUTO

Evandro Ananias / O ARAUTO

Page 6: O Arauto 06

PORTFÓLIO PESSOAL pág.06O Arauto / mai-jun.09

CURRICULUM VITAE

Profª. Ms. Cátia Guillardi

Negociaçãosalarial

é consultora organizacional em Gestão de Pessoas, professora de MBA, pós-gradu-ação e graduação, palestrante, articulista, especialista em Desenvolvimento Humano e

Organizacional, Orientação de Carreira e em assuntos da área de Gestão da Qualidade e

Responsabilidade Social Empresarial.

Ele estuda Cinema.Por Lígia Martin

www.ceunsp.edu.br

A empresa interessada en-tra em contato, realiza uma entrevista e em um dado mo-mento... a temida pergunta: Quanto você quer ganhar? A resposta depende da situ-ação em que você se encon-tra: Empregado ou desem-pregado.

Negociar a remuneração durante uma entrevista de emprego não é para pânico. O ideal para se realizar uma ne-gociação de maneira tranqui-la é encará-la com serenidade e de modo automotivador.

Talvez este seja um dos momentos mais embaraço-sos de todo o processo seleti-vo, partindo do princípio que você tem uma estimativa de quanto vale o seu trabalho, mas não conhece quanto a empresa pode oferecer.

Questionado sobre pre-tensão salarial, devolva a pergunta para o entrevis-tador: Qual a faixa salarial oferecida pela empresa?

Caso não obtenha a res-posta, posicione-se abrindo uma faixa que demonstre sua disposição para negociar e que, ao mesmo tempo, corres-ponda aos valores praticados pelo mercado de trabalho.

Prepare-se para não ser surpreendido por propostas que possam estar além ou aquém de suas expectativas, situação que põe em risco o “fechamento do negócio”.

Na maioria dos casos, é comum o candidato respon-der a uma proposta com um

valor bem acima do que rece-bia antes. A atitude, inocente para alguns, audaciosa para outros, pode colocar em ris-co a conquista da vaga. Antes de mencionar sua pretensão, é importante você saber que, em muitas situações, este pode ser um fator de elimina-ção de candidatos, caso a con-corrência pela vaga seja alta, o que é bastante comum. Por-tanto, caso sugira algo muito acima da média, pode perder a chance.

Por outro lado, você tem de citar uma pretensão, quando este dado for obrigatório no anúncio. A melhor solução é fazer uma boa pesquisa de mercado antes de esti-pular a nova remuneração. Para esta finalidade, consulte cadernos de empregos dos jornais, que fornecem este tipo de informação atualiza-da, ouça amigos e familiares que exerçam a mesma função. Examine o seu currículo com imparcialidade e, finalmente, compare-o com o de outros profissionais. Desta forma, conseguirá chegar a um valor razoável.

Outra questão importante é compreender que a remu-neração inclui além do salário - pagamento mensal - benefí-cios, e eventual participação nos lucros e bônus, quando a empresa tiver essa prática.

Desta forma, numa ne-gociação salarial, você deve considerar a possibilidade de uma oferta em que ocorra

um aumento dos benefícios oferecidos pela última em-presa, sem necessariamente um aumento no salário, o que pode ser afinal até mais inte-ressante. Portanto, você deve estar atento para novas for-mas praticadas pelo mercado de trabalho, quase sempre envolvendo participação em resultados, bônus por cum-primento de metas, salários indiretos representados por carro, viagens, premiações e auxílio educação.

Algumas pesquisas recen-tes demonstram que, tanto do lado dos empregadores quan-to do lado dos candidatos, a questão de salários e benefí-cios é negociável. Na maioria das vezes, os candidatos pre-ferem aumento em dinheiro. As empresas preferem ofe-recer benefícios, como apoio na recolocação em caso de demissão, bônus por produti-vidade e férias extras.

Como negociar a remu-neração quando se está em-pregado? Estando emprega-do, seu poder de negociação é maior. Se possível, diga que vai analisar a proposta e que no máximo em um dia dará sua resposta.

E estando desemprega-do? Nesse caso seu poder de negociação é praticamente zero. Responda que quer ga-nhar de acordo com a faixa sa-larial oferecida pelo mercado. Em média, muitos candidatos aceitam uma remuneração até 20% inferior ao último

salário quando na posição de desempregado.

E se você tinha uma re-muneração maior em seu último emprego? Responda que seu último salário esta-va fora do mercado, deixando espaço para oferecerem uma proposta mais concreta. Per-gunte se há alguma possibili-dade futura de aumentar um pouco a oferta apenas para manter a faixa salarial regis-trada em carteira.

A menos que diga o con-trário, o empregador vai en-tender que você está satis-feito com o que foi oferecido na contratação. Portanto se almeja algo a mais, mesmo que uma alteração salarial não seja possível, pelo menos pergunte se haverá a possi-bilidade de conseguir vanta-gens como ajuda para pagar a faculdade, pedágio ou quilo-metragem – se residir muito distante - um período extra de férias ou pagamento de determinadas despesas.

Conhecer a empresa é essencial. Isso facilita a ne-gociação. Por isso, pesquise tudo o que puder antes da en-trevista!

Finalmente, mostre uma postura firme e segura as-sim terá maiores chances de se mostrar um bom ne-gociador. Se tudo isso vier acompanhado por uma pre-tensão salarial justa, ou seja, dentro das expectativas do empregador, não tem erro: a vaga será mesmo sua!!!

O aluno Renato Rozen-danz, 24 anos, estudante do 5º semestre de Cinema do CEUNSP, recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvan-te no Festival Nacional de Teatro de Goiânia. Ele atuou no espetáculo “Wilde Censu-rado”, com direção de Sandro Bérgamo, juntamente com a Cia. Teatral Vernáculo, de Sal-to.

O festival movimentou a capital goiana na primeira se-mana de abril e contou com a participação de 18 grupos de todo país, que fizeram a apre-sentação de 19 espetáculos. Ao todo, estiveram em Goiâ-nia 230 participantes entre atores, diretores, bailarinos e outros profissionais relacio-nados ao meio artístico.

A peça Wilde Censura-do é uma adaptação feita

por Sandro Bérgamo (que também ganhou o prêmio de melhor ator no festival) do texto “De Amor Encarce-rado”, de Murilo Dias. O en-redo mostra a glória e a de-cadência do escritor irlandês Oscar Wilde. Fala das discri-minações e preconceitos que a Inglaterra viveu no final do século XIX, onde não era permitido manter relaciona-mentos homossexuais (Wilde era homossexual assumido). Também relata a felicidade e o respeito adquirido pelo autor, na sociedade, por suas obras literárias.

Uma das cenas do espetá-

culo mostra a tristeza e a pri-são de Wilde por revelar uma paixão - proibida na época - pelo jovem inglês Alfred Dou-glas. É bom lembrar que o au-tor irlandês é ainda elogiado por seu trabalho, mais de um século depois de sua morte.

“A peça é bastante pesa-da, mas não vulgar. Os ato-res são compenetrados, com destaque ao Renato, que fez mais de um papel: de poli-cial, muda para um professor, parece que são dois atores diferentes. É um espetácu-

lo dinâmico”, afirma o aluno Leonardo Bagarolo, do 5º se-mestre de Cinema, que assis-tiu ao espetáculo.

Como estudante da Fa-culdade de Comunicação e Arte, Renato pratica o apren-dizado nos Grupos de Tra-balho, as atividades práticas do CEUNSP. Ele explica por que escolheu cursar Cine-ma, ao invés de Teatro: “É que no Brasil, infelizmente, é muito difícil viver atuan-do, mas espero, a partir da formação em Cinema, abrir um bom leque de opções profissionais.”

O ganhador do prêmio de

ator coadjuvante diz que a conquista abriu portas e é um grande incentivo. “O lado ruim é você ganhar um prê-mio e achar que é ‘o grande’. Vale lembrar que é preci-so ter humildade e nunca parar de estudar, visando sempre melhorar”, comen-ta Renato.

Currículo - Mesmo estan-do no teatro há pouco mais de um ano, Renato já atuou em outros dois espetáculos: “O Casamento da Joaninha” (Companhia Vernáculo) e “Os Inimigos Não Mandam Flo-res” (Simati).

E faz (bem) teatro

Ciça Victal / O ARAUTO

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Twitter.com

Por Mariana Sugahara

Por Adriane Souza

CONTRACULTURA pág.07O Arauto / mai-jun.09

Outro fenômeno agita a web. Rapidez e interativida-de, é isso que a rede de re-lacionamento social Twitter oferece a seus seguidores. A nova mania surgiu nos Es-tados Unidos, há dois anos, e conta hoje com seis milhões de usuários.

O funcionamento do Twitter é bem simples. Além de ser uma rede social, é também um servidor para microblog, uma mistura de blog com chat. Os usuários enviam atualizações pessoais com um texto de apenas 140 caracteres.

O primeiro passo para in-gressar nessa rede é fazer

Nem todas as coisas são tão contemporâneas quanto parecem. Homossexualismo, por exemplo. Logo depois de Adão e Eva o mundo ficou mais povoado e desde a Anti-guidade há manifestações ho-mossexuais. Até na religião: no Hinduísmo, Ganesha, o deus da fortuna, teria nascido de uma relação entre duas di-vindades femininas.

De Alexandre, o Grande, ao cantor e compositor Renato Russo, a preferência ou “uma bricandeira” com alguém do mesmo sexo está presente entre nomes reverenciados pela sociedade. Sócrates, o importante filosofo da Grécia Antiga, era – dizem as escritu-ras - adepto do amor homos-sexual.

Lei punitiva - Não vamos achar fácil a vida de um (ou uma) homossexual. Na Fran-ça, por volta de 1270, a legis-lação era punitiva: “O homem que mantiver relação homos-sexual deve ser castrado e, se reincidente, morto. A mulher que tiver relações com outra mulher perde o membro”, di-zia a lei. Qual “membro” seria cortado em tal infração o có-digo não especifica.

Evolução - O tempo e a ci-ência ajudaram a dar mais luz à questão. Em 1848 foi criada a expressão “homossexual”, autoria do psicólogo alemão Karoly Maria Benkert. “Além do impulso sexual normal de homens e mulheres, a natu-reza, do seu modo soberano, dotou à nascença certos indi-víduos, masculinos e femini-nos, do impulso homossexual. Esse impulso cria uma aver-são direta ao sexo oposto”, re-

O assunto éHOMOSSEXUALISMO

Para um entrevistado que não quis se identificar, a autore-jeição faz parte de sua histó-ria. “Muitas vezes eu chorava, perguntando a Deus por que nasci assim”, lembra.

Outro problema é o rela-cionamento familiar: “Eu me retraí, tentei mascarar... É um peso que você carre-ga”, conta o estudante Bru-no. Quem está do lado de fora ‘desse mundo’ não compre-ende as adversidades que os homossexuais enfrentam. E ser chamado de “boiola” é um dos problemas mais suaves: “Quando você sorri, você con-funde as pessoas”, lembra um homossexual.

Mesmo conquistas recen-tes não resolve a situação. “Na Parada Gay não mostram a realidade, os problemas do dia-a-dia”, explica um entre-vistado. Ele completa lem-brando que “por dentro dessa couraça, existe um ser huma-no frágil, cheio de ilusões e sonhos”. Tomando como pa-râmetro esta frase, é notável que, no quesito emoções, são iguais homo e heterossexuais.

o cadastro no site. Depois, é digitar o que está fazendo naquel momento. Exemplo: “de saída para a faculdade”. Encontrar os amigos facilita o “intercâmbio de conversas”. Quando um amigo é adicio-nado, recebemos todas as suas mensagens e vice-ver-sa: é interatividade total. O envio de mensagens pode ser feito de celular, e-mail, msn ou blog.

A conexão entre os inter-nautas vai além do “reality show” pessoal. Cobertura de eventos são feitas pelo Twit-

www.ceunsp.edu.br

”O que machucava nãoera me chamarem de gay, mas a vontade de ser hetero.”

ter: durante um festival ou feira aparecem informações sobre a programação.

Como em todo tipo de comunicação a propaganda vem junto. Os seguidores de determinadas marcas rece-bem mensagens sobre as pro-moções dos produtos.

A ‘epidemia’ do Twitter afetou o mundo todo. Nin-guém escapou. Nem mesmo o popular político americano Barack Obama, que postou durante toda a campanha presidencial. A febre pegou. E você, já “twitta”?

Giuliano Miranda / O ARAUTO

velou Karoly Maria Benkert.

Segundo o psicólogo e professor Jamiel de Oliveira Lopes, “Freud (pai da Psica-nálise), considerava um pro-blema na formação da per-sonalidade, um Complexo de Édipo mal resolvido”. Na pri-meira metade do século XX, o homossexualismo foi catalo-gado como doença anormal genética, associada a proble-mas mentais na família e he-reditária. Em 1979, a Associa-ção Americana de Psiquiatria tirou o homossexualismo da lista de doenças mentais. “Os profissionais que a encaram como tal, podem sofrer san-ções do Conselho de Psicolo-gia, podendo ser cassados”, declara o psicólogo.

Dificuldades sempre - Apesar de avanços, ser ho-mossexual não é simples. Hoje, pleno 2009, a sociedade ainda é preconceituosa. Além disso, há os conflitos inter-nos, “Muitos homossexuais tem problemas de autoacei-tação”, diz Jamiel Lopes. Com o estudante de Cinema Bruno Dorato, não foi diferente: “O que machucava não era me chamarem de gay, mas a von-tade de ser hetero.”

A aceitação não é rápida e nem existe poção mágica.

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Coordenador Geral da FCA: Prof. Edson Cortez / Coordenador da AECA: Prof. Amauri Chamorro / Projeto Gráfico e Diagramação: Prof. Murilo Santos / Redator Universitário Chefe: Jean-Frédéric PluvinageColaborador: Edvaldo Santinon, Vinicius CamposConselho Editorial: Prof. Amauri Chamorro; Prof. Edson Cortez; Prof. Ms. Filipe Salles; Profª Ms. Maria Paula Piotto S. Guimarães; Prof. Pedro Courbassier; Prof. Dr. Rubens Anganuzzi Filho.

Projeto de Trabalho Integrador - O ARAUTOAlunos participantes: Ariane Campos, Nelson Lisboa, Tiago Cézar e Thiago Cruz (chefia/edição); Natalia Esteves, Tiago Rodrigues, Gabriel Alves, Ligia Martin, Thales Puglia, Luciana Tambeli, Melissa Castro (pauta); André Brandão (ilustração).Editoria de Fotografia: Evandro Ananias, Giuliano Miranda e Maurício Bueno.Coordenação: Prof. Pedro Courbassier.

Todos os textos são de responsabilidade de seus autores. Contatos: [email protected] Tiragem: 30.000 exemplaresJornalista responsável: Pedro Courbassier (MTb.: 23.727).ex

pedien

teGabriela Pizani: Novo Olhar da Sedução

Formação de luz e sombras sobre o corpo, criação da sensualidade, domínio da composição. É com sensibilidade e apuração técnica que Gabriela Pizani, formada na primeira turma do curso de Fotografia do CEUNSP, se destaca na produção fotográfica do nu artístico.

www.gabrielapizani.multiply.com