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O janeiro de 2009 www.arauto.info circulação em Salto e Itu distribuição gratuita Nº 2 O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP Arauto

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O Arauto, Jornal-Laboratorio da FCA-CEUNSP. Edicao de janeiro de 2009.

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Page 1: O Arauto 02

Ojaneiro de 2009www.arauto.info

circulação em Salto e Itudistribuição gratuita

Nº 2 O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP

Arauto

Page 2: O Arauto 02

da mesa do redatorO

O CEUNSP incluiu uma nova forma de avaliar os candidatos no Processo Seletivo a uma vaga em seus 65 cursos de graduação. A intenção é beneficiar o aluno que já tenha comprovado seus conhecimentos obtendo uma nota acima da média no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

O candidato que teve nota maior ou igual a 55 tanto na Prova Objetiva como na Redação fica dispensado da taxa e do Processo Seletivo. Se apenas uma das notas for maior ou igual a 55, o aluno fará a avaliação que não atingiu este índice. No entanto, se qualquer uma das duas notas for abaixo de 49, o aluno terá que passar pelo Processo Seletivo completo.

Segundo o presidente do Conselho Acadêmico-Pedagógico, Nilson Rogério Nogueira de Mattos, a nota de corte está 10 pontos acima do que o MEC usa para atribuição das vagas ao ProUni, que é 45, o que assegura a qualificação do aluno. “Buscamos proporcionar uma alternativa de inclusão em cursos superiores de qualidade comprovada, sem descuidar dos critérios de avaliação do aluno”, aponta.

O interessado deve apresentar CPF, RG e os dados necessários para conferência das notas no site do Enem. O Processo Seletivo pode ser agendado pelo 0800-109535. O CEUNSP também fará o Vestibular Tradicional no dia 1º de fevereiro, às 14h. As inscrições estão abertas. Até o momento, mais de 9 mil candidatos já disputaram vaga nos 65 cursos de graduação previstos para 2009.

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Marcha pela excelência

ExpedienteO Jornal “O Arauto” é uma publicação da Agência Experimental

de Comunicação e Artes (AECA) da Faculdade de Comunicação e Artes do CEUNSP.

Jornalista Responsável: Prof. Pedro Courbassier (MTB 23.727)

Diretor Executivo: Prof. Edson Cortez (Coordenador Geral da FCA)

Coordenador da AECA: Prof. Amauri Chamorro Diagramador: Prof. Daniel Wesley LourençoRedator Universitário Chefe: Jean-Frédéric PluvinageColaboradores: Edvaldo Santinon (textos) e Rafael Panzini (fotos)

Conselho Editorial: Prof. Amauri Chamorro, Prof. Edson Cortez, Prof. Ms. Filipe Salles, Profa. Ms. Maria Paula Piotto S. Guimarães, Prof. Dr.

Rubens Anganuzzi Filho

Todos os textos são de responsabilidade de seus autores. Contato: [email protected]

Caros leitores,

O primeiro número do jornal O Arauto gerou grande repercussão entre os estudantes, professores e funcionários do CEUNSP e os habitantes de Itu, Salto e região. Foram 30.000 exemplares de um jornal em formato standard, totalmente colorido e com diagramação moderna e arrojada. Uma estréia impressionante para uma publicação que irá crescer cada vez mais.

Crescimento que só pode ser construído através de uma marcha constante pela excelência. Procurar a cada edição não só manter, mas superar a qualidade atingida. Portanto, anunciar a chegada do segundo número d´O Arauto é tão importante quanto anunciar sua estréia pois o espírito de um jornal está em sua continuidade, mantendo diálogo com seus leitores, atualizando-os constantemente com os últimos acontecimentos.

E acontecimentos não faltaram no CEUNSP. Principalmente o grande espetáculo d’O Teatro Mágico em nossa Instituição, celebrando, no fim do ano letivo de 2008, os 5 anos da trupe de poetas circenses junto com os 50 anos de ensino superior da Instituição.

O ano de 2009 também seguirá com inúmeras novidades, eventos e realizações; e aqui n’O Arauto, continuaremos nossa marcha constante, número após número, para atingir a excelência de manter vocês, leitores, sempre bem informados. Abraços!

Jean-Frédéric Pluvinage

Na semana em que o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio completou 50 anos de educação superior, o professor Rubens Anganuzzi Filho, Pró-Reitor Administrativo e diretor da Faculdade de Comunicação e Artes, revelou em entrevista exclusiva ao jornal O Arauto os futuros projetos da Instituição que estão sendo preparados para os veteranos e para a 51ª turma, assim como seu impacto social e econômico na região e a filosofia vinculada ao seu pioneirismo na educação superior.

O Pró-Reitor assinalou que inúmeros projetos irão se realizar nos próximos cinco anos. O principal deles é a recuperação da parte física do Campus V de Salto, compromisso do próprio Reitor Rubens Anganuzzi na aquisição da antiga Brasital. Novas instalações também estão previstas para serem realizadas em conjunto com a restauração: um futuro teatro com espaço para 800 espectadores e uma nova

biblioteca que ocupará o primeiro andar do Castelo de Santo Estêvão (Bloco C), com acervo de 500 mil volumes, tornando-se portanto, uma das maiores bibliotecas universitárias do país.

Na questão da grade de cursos, o CEUNSP projeta ser o mais completo da região. Mas Rubens Filho enfatiza que a escolha das novas opções b a s e i a - s e antes de tudo em atender às necessidades locais. Os novos cursos que serão futuramente implantados são: Dança, Direito/Itu, Engenharia de Alimentos, Música, Odontologia, Psicologia e Medicina. O curso de Medicina envolverá uma parceria entre as cidades de Salto e Itu para a construção de um hospital universitário que atenda as duas cidades, o que fará da nova instalação um marco na história do ensino médico brasileiro.

A Instituição também irá investir

Ganhe fôlego com o Crédito Universitário

Primeiro da Turma

No dia 4 de dezembro, em cerimônia realizada no auditório do Palácio dos Bandeirantes,

CEUNSP50 anos

de ensinosuperior

aconteceu o encerramento do Curso Superior de Polícia In-tegrado (CSPI) e do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) de 2008, designado “Tur-ma Ulysses Guimarães”. Entre os delegados que se destacaram nas primeiras colocações, Julio Gustavo Vieira Guebert, divi-sionário da Secretaria de Cur-sos de Formação Profissional da Acadepol e professor do curso de Direito do CEUNSP, ficou em primeiro lugar com a média 9,94.

Guebert foi ainda o orador da turma de formandos, destacando que a principal lembrança que irá levar do curso é a amizade que ali se firmou. “Podemos dizer que estamos integrados, policiais ci-

na criação de pólos de pesquisa em Itu. Serão incluídas as áreas de Agrobusiness, Botânica, Técnicas de Produção de Cachaça, Técnicas de Produção Pesqueira, Zoologia, entre outras. “Iremos fazer algo novo, focar nos setores onde ninguém investe, pois somos contra o mercantilismo no ensino”, declarou Rubens Filho. Além

disso, vários cursos de e x t e n s ã o f o r a m p l a n e j a d o s para 2009, i n c l u i n d o oficinas de E n o l o g i a (estudo dos v i n h o s ) ,

Fotografia, Gastronomia do Mediterrâneo, Teatro e Vídeo.

O CEUNSP contará também com uma ampla rede de comunicações. Além do jornal O Arauto, já em suas mãos, serão criadas a TV e a Rádio Educativa CEUNSP que funcionarão através dos estúdios de TV e Áudio da Faculdade de Comunicação e Artes. A Instituição manterá também o relacionamento direto

com a comunidade através de patrocínios a eventos, como o Miss Salto e a Festa do Peão em Itu. Estes eventos terão continuidade nos próximos anos e auxiliarão no turismo e nas indústrias locais.

Segundo Rubens Filho, todos esses projetos são a continuação de um grande trabalho de inclusão social e impacto econômico na comunidade da região. São mais de 12.000 alunos de 126 cidades, números surpreendentes simbolizados pela quantidade de vans e ônibus que transportam os estudantes. Para atender a um número tão grande de alunos, o CEUNSP tem vínculos com cerca de 2.200 fornecedores ativos, sendo que 50 deles têm a Instituição como seu principal cliente.

Para o Pró-Reitor, o CEUNSP segue nestes 50 anos de ensino como um berço de criação e renovação, pois oferece aos estudantes cursos necessários para seu desenvolvimento. E é através da sinergia entre estes diferentes cursos que Rubens Filho observa a criação de uma verdadeira vida universitária.

CEUNSP deseja crescer ainda mais, diz Pró-Reitor

Processo Seletivo leva em conta desempenho no Enem

Em novembro passado o CEUNSP firmou uma parceria com o Unibanco para oferecer aos alunos de graduação uma alternativa de credito educativo. Tanto calouros, como veteranos com algumas parcelas em atraso e bolsistas parciais do ProUni podem usufruir desta facilidade.

A iniciativa segue as experiências de sucesso já realizadas na América Latina e parte do princípio de que o aluno deve ter previsibilidade no pagamento mensal durante todo o período do financiamento – incluindo os anos posteriores à conclusão do curso. Com isto, as parcelas do empréstimo são fixas e nunca se sobrepõem, dando segurança ao aluno e, principalmente, a sua família.

O programa é voltado a estudantes que necessitam de um apoio econômico-financeiro, oferecendo o dobro do tempo para pagar o curso. A parcela a ser paga será de apenas metade do valor da mensalidade, mais encargos. O contrato é renovado a cada seis meses, mas a parcela do semestre que o aluno irá cursar só será paga quando terminarem as anteriores. Desta forma, não há sobreposição de mensalidades, o que permite dobrar o prazo de pagamento, sem que isso altere o valor inicialmente contra- tado.

Outra facilidade é que não há necessidade de comprovar carência de recursos nem ter renda própria, apenas um garantidor (pai, mãe ou outro familiar, por exemplo) cuja renda seja o dobro da mensalidade.

Qualquer interessado pode se cadastrar no site http://www.unibancouniversitario.com.br/ e em cerca de três dias úteis já terá a resposta de sua solicitação.

A proposta pode ser preenchida a qualquer momento, sem compromisso, mesmo antes do aluno ter se matriculado no CEUNSP. Desta forma, com o crédito aprovado, ele pode prestar o vestibular ou processo seletivo com a tranqüilidade de saber como irá pagar seus estudos.

Com a opção pelo Crédito Universitário, o acadêmico terá ainda uma conta corrente com tarifa diferenciada de R$ 2,50 mensais e acesso a talão de cheques, Proteção 30 Horas (mensagens no celular), 10 dias sem juros no cheque especial e cartão de crédito internacional (Visa/Mastercard) sem anuidade para sempre.

Qualquer aluno do CEUNSP, independente de aderir ao Crédito Universitário, pode ter acesso a esta conta, desde que com a aprovação de crédito.

Música, Dança, Direito/Itu, Psicologia

Engenharia de Alimentos, Odontologia e Medicina:nos planos do CEUNSP.

vis, militares e peritos, tendo por meta única elevar em dignidade, respeito e consideração a polí-cia paulista, que sem qualquer modéstia, é a melhor polícia do Brasil”, relatou o professor do CEUNSP em seu discurso.

Pela primeira vez, os primeiros colocados receberam o distintivo de reconhecimento de mérito do CSPI, entregue pelo delegado geral da Polícia Civil, Mauricio José L. Freire.

A formação no CSPI é um dos pré-requisitos para majores PMs se habilitarem à promoção ao posto de coronel PM e delegados e peritos criminais passem da 1ª Classe para a Classe Especial.

Formatura de Julio Vieira Guebert

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- www. jazzmuseuminharlem.org- photo.net- www.canneslions.com- www.linux.org- www.tolerance.org- www. ehow.com- news.google.com- www.versiontracker.com- festival.sundance.org- www.hollywood.com- www. monkinstitute.org- www.animamundi.com.br- www. photokina-cologne.com- www.si.edu- www.bn.br- www.loc.gov

- River Flows In You - Yiruma- Tamacun - Rodrigo y Gabriela- Feeling Good - Nina Simone- Toi + Moi - Grégoire- Human - The Killers- Nel mio paese - Chiaraluna- Quiero Ser - Amaia Montero- La Cura - Franco Battiato- La débâcle des sentiments - Stanislas- Peter Pan - El Canto del Loco- The Entertainer - Scott Joplin- Per fare a meno di te - Giorgia- Mon ange - Nolwenn Leroy- The Quest - Bryn Christopher- I Agapi Pou Menei - Michalis Hatzigiannis- Allein allein - Polarkreis 18

- Bicho de sete cabeças- Buenos Aires 100km- Faca na Água- Ladrões de Bicicleta- Operação França- Rapsódia em Agosto- O Assalto ao trem pagador- Pelle – O Conquistador- O Iluminado- Piratas da Informática- Cidade de Deus- Don Juan (Jacques Weber)- O Tambor- TiresiaTodos os títulos acima estão disponíveis na Biblioteca V do CEUNSP.

- Farsa de Inês Pereira - Gil Vicente- Esperando Goudot - Samuel Beckett- O Aleph - Jorge Luís Borges- Capitães da Areia - Jorge Amado- Dom Quixote- Cervantes- Moby-Dick - Herman Melville- A Lanterna na Popa - Roberto Campos- O Mito de Sisifo - Albert Camus- A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo - Max Weber- Microfísica do Poder - Michel Foucault- A Náusea - Jean-Paul Sartre- O Príncipe - Maquiavel- Ética a Nicômaco - Aristóteles- Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta - Ariano Suassuna

- Imagine - John Lennon- My Sweet Lord - George Harrison- I Beg Your Pardon - Lynn Anderson- Me & Bobby McGee - Janis Joplin- Starway to Heaven - Led Zeppelin- Your Song - Elton John- How Do You Mend a Broken Heart - Bee Gees- Soley, Soley - Middle of The Road- She’s a Lady - Tom Jones- Une histoire d’amour - Mireille Mathieu- Oye Como Va - Santana- Mr. Bojangles - Nitty Gritty Dirt Band

- Laranja Mecânica- Os Jardins dos Finzi-Contini- O Verão de 42- Operação França- Dirty Harry- THX 1138- Um Violinista no Telhado- O Enigma de Andrômeda- Mon oncle Antoine- Morte em Veneza- Just avant la nuit- Eles me chamam Trinity

- Lúcia Tavares Petterle é eleita Miss Mundo- Inaugurado o Walt Disney World- Intel lança o Intel 4004- População mundial chega a 4 bilhões- 500 mil marcham contra a Guerra do Vietnam- Falece Louis Armstrong- Criado o NASDAQ- Fundados os Emirados Árabes Unidos- Acontece o primeiro teste do Concorde- Neruda recebe o Nobel de Literatura- Ray Tomlinson envia o primeiro e-mail- Mars 2 e Mariner 9 são lançadas

- Snoop Dogg- Dinho (Mamonas Assassinas)- Marc Andreessen- Fábio Assunção- Thalía- Luciano Huck- Ricky Martin- Hélène Ségara- Christian Fittipaldi- Denise Richards- Marcelinho Carioca- Sofia Coppola

Sites que você precisa visitar O que estamos ouvindo DVDs interessantes Nunca é tarde para ler

Opágina 3

contracultura

1971 NO ANO DE 1971, O PROFESSOR RUBENS ANGANUZZI ASSUMiu A DIREÇÃO DA FAFITU, hoje

Faculdade de Educação do CEUNSPno mundo nas maternidades nas rádios nos cinemas

Edvaldo Santinon

A presença de grandes nomes do meio jurídico na 3ª Semana Jurídica da Faculdade de Direito do CEUNSP, em no-vembro, inspirou a cria-ção de uma Galeria de Notáveis. A proposta foi idealizada pelo diretor da Faculdade, Edmilson Antônio Hubert, com o objetivo de homenagear a presença dessas personalidades do meio acadêmico nas palestras e aulas magnas proferidas aos alunos do CEUNSP. A inaugu-ração da Galeria deve ocorrer no início do primeiro semestre de aulas, quando os alunos de Direito terão outra surpresa: no-vas salas de aula, que ocupam o pavimento superior do Castelo de Santo Estêvão (Bloco C).

A Semana Jurídica, realizada no Auditório Nobre “Prof. Rubens Anganuzzi” foi aberta por Ál-varo Villaça de Azevedo, advo-gado e ex-conselheiro federal e estadual da OAB, considerado o advogado mais admirado do Brasil na área do direito civil,

Edvaldo Santinon

A apresentação d’O Teatro Mágico em comemoração aos 50 anos de cursos superiores do CEUNSP atraiu cerca de 2,5 mil pessoas ao Campus V, em Salto, na noite de segunda-feira, dia 8 de dezembro. Durante uma hora e meia a trupe apresentou can-ções principalmente do 1º cd (“O Teatro Mágico: Entrada para Raros”) para um público for-mado por alunos, funcionários, professores, convidados, imp-rensa e autoridades, como o pre-feito de Salto Geraldo Garcia e a primeira-dama Marisa Antonia de Souza.

O vocalista e líder do grupo, Fernando Anitelli, agradeceu ao CEUNSP por fazer parte das comemorações do jubileu de ouro da Instituição. “Estamos fazendo 5 anos e achamos que é bastante tempo, mas estava

pensando no camarim, 50 anos é muito tempo.. ainda estamos engatinhando... Obrigado por estar aqui e ter a honra de participar da comemoração destes 50 anos em prol da educação”, disse Anitelli ao pú-blico.

O grupo apre-sentou no palco todos os ingre-dientes que têm levado mul-tidões a seus shows: mistura de circo, teatro, poesia, literatura e elementos da cultura popular que compõem a trilha sonora e a par-te cênica do show, com músicos competentes e uma produção de som e iluminação irretocável. Numa área montada

Jean-Frédéric Pluvinage

Evento da Faculdade de Comunicação e Artes or-ganizado por estudantes do 3º semestre de Rela-ções Públicas foi palco para diversos shows, palestras, workshops e exibições, fortalecendo a região de Salto como pólo cultural que produz e debate mídia e arte.

A programação ficou marcada pela presença de artistas de di-versos estilos, desde os de músi-ca alternativa e independente como o Teatro Mágico, que inaugurou a semana, ao grupo ituano Balaio Bento com um repertório eclético, com influên-cias do rock, reggae e samba.

Outra grande atração foi a pre-sença do ator global Leonardo Miggiorin que elaborou junto com elenco convidado uma apresentação exclusiva para o evento: “Comunhão de Bens” da obra original de Alcione Araújo.

Durante a semana vários de-bates cinematográficos foram

ao lado palco, acrobatas mostra-vam força, técnica e beleza

visual nas coreografias, completando a “mise

en scène”.

Com tantos ele-mentos, o show consegue sur-preender o público ao alternar mo-mentos mais densos, como na introspec-tiva “O Tudo é Uma Coisa

Só”, carregada de um lirismo

etéreo comple-tado por uma acro-

bata que serpenteia a cinco metros de altura

em duas tiras de pano, até momentos de êxtase, como

na versão de “Superfantásitco”, do Balão Mágico, adaptada no

refrão. E em “O Anjo Mais Ve-lho”, enquanto a voz de Anitelli cantava com o violino de Galdi-no Octupus ao fundo, as reações mais diversas explicavam, em gestos, o significado da palavra catarse: choro, gritos, uma eu-foria que precisava ser colocada para fora. A música encerrou a primeira parte do show e o sen-timento provocado gerou um pe-dido de bis ensurdecedor.

Na despedida, Anitelli agra-deceu a forma como o grupo foi recebido no CEUNSP, onde tam-bém participou de um bate-papo com alunos sob o tema “Mídia e a Cena Independente” e um workshop de “Trapézio e Cir-co”, como parte dos eventos da Semana de Comunicação “Isso é oxigênio para qualquer artista. A luta pela cultura brasileira é uma luta de muitas mãos”, lembrou o artista.

promovidos pela FCA. Máximo Barro, escritor, pesquisador e professor de cinema da FAAP apresentou “110 anos do Ci-nema Brasileiro”. Flávio Brito, também professor de cinema da FAAP, exibiu curtas produzidos por recém-formados de sua Fa-culdade, que estavam presentes para responder as dúvidas dos es-tudantes de Cinema do CEUNSP.

Outro destaque foi a discussão sobre os rumos atuais do jor-nalismo com Djalma Benette, editor-chefe do jornal Bom Dia Sorocaba. Djalma apon-tou a importância do jorna-lismo 2.0, voltado para a Inter-net e às comunidades virtuais.

Semana de Comunicação e Arte Notáveis na Semana Jurídica Miss Simpatia

Edvaldo Santinon

A nova Miss Regional é de Americana. A edição 2008, rea-lizada em novembro na Casa da Cultura de Capivari, foi vencida por Natália Martins. A agente de relacionamento do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, Eduarda Lopes Feli-ciano, de Salto, foi escolhida a Miss Simpatia.

Como prêmio principal, a Miss Regional 2008 terá uma bolsa integral em um dos 65 cursos superiores do CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio). As demais candida-tas terão bolsas parciais.

CEUNSP 50 anos e O Teatro Mágico

segundo o Anuário Análise da Advocacia 2008, e recentemente homenageado pela Comunidade Européia. Também participa-ram Ricardo Antonio Andreucci, membro do Ministério Público de SP, Sebastião Luiz Amorin, Yoshiaki Ichiara, Carlos Roberto Gonçalves, todos desembarga-dores do Tribunal de Justiça do Estado, e Silvio de Salvo Veno-sa, juiz aposentado do Primeiro Tribunal de Alçada Civil de SP.

O evento mereceu registro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do gover-nador José Serra e do presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D’Urso.

Miggiorin em ação no Teatro Escola Semana contou com destaques do Direito Vencedoras da Miss Regional 2008

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E AGORA,José Geraldo Garcia, prefeito da Estância Turística de Salto, é a personalidade escolhida para inaugurar nossa primeira sessão especial de entrevistas. O prefei-to começa novo mandato reeleito com alta popularidade: teve 80% dos votos. Sua gestão é marca-da pela numerosa implantação de parques e pontos turísticos. Talvez um reflexo de sua car-reira como coordenador do curso de Turismo do CEUNSP e como Secretário da Cultura e Turismo de Salto, entre 1989 e 1992. Prontificado a responder pergun-tas elaboradas por estudantes do curso de Jornalismo da Facul-dade de Comunicação e Artes, Geraldo Garcia enfatizou a im-portância d’O Arauto na relação entre mídia e governo: “Se o político não tiver sensibilidade para a imprensa, então que não seja político.”Para a entrevista, os alunos não só questionaram as dúvidas dos jovens que freqüentam a facul-dade, como realizaram um ex-tenso trabalho de campo nas ruas de Salto, recolhendo as princi-pais dúvidas dos moradores. A intenção era levar ao prefeito as questões mais importantes da população saltense em relação a sua futura gestão municipal.

Como serão aplicados os re-cursos arrecadados pelo Es-tado em relação à condição de Salto como estância turística?

O Estado de São Paulo tem 645 municípios, sendo que 67 deles são estâncias turísticas, inclu-indo Salto. Os recursos arreca-dados são uma parte do imposto do ICMS, que é dividido entre as 67 estâncias turísticas. É uma porcentagem entregue todo final do ano pela Secretaria de Plane-jamento através do DADE (De-partamento de Apoio ao Desen-volvimento das Estâncias). No mês de novembro recebi o recur-so do DADE, que foi de R$ 2,5 milhões. Imaginei que seria mais porque ano passado recebemos R$ 2,4 milhões. A partir dessas informações nós realizamos re-uniões internas para saber onde seriam aplicados esses recursos. Nestes 4 anos em que estive prefeito a maioria dos recursos foram aplicados nas avenidas das entradas da cidade. Salto, como estância turística, não pode ter problemas urbanísticos de 310 anos que a mantenha acanhada e pequenina. Nossos recursos se voltaram para a 9 de Julho, para quem vem de Indaiatuba, e a Hilário Ferrari para quem vem de Jundiaí e São Paulo.Os novos recursos deste ano serão voltados para obras turísti-cas, dando continuidade ao projeto nas beiradas do Salto d´Água, e modernizando o cen-tro velho da cidade. Ou seja, não mais usaremos os recursos para

A Eucatex tem gerado poluição sonora e ambiental, chegando a gerar movimentos da popu-lação contra a empresa. A Pre-feitura irá fazer alguma coisa a respeito? (questão elaborada por um morador do Bairro Vila Nova)

A Eucatex foi instalada em Salto em 1950. Naquele momento a empresa estava longe do cen-tro atual de Salto. A cidade era pequena, a Vila Nova não exis-tia ainda, tanto que o bairro tem esse nome por ter crescido na década de 60, quando a Euca-tex já estava implantada. É um pro-blema sério para quem mexe com urbanismo. Hoje, temos o bairro Vila Nova e Jardim Marí-lia no miolo da Eucatex. Isto não e-xime a Eucatex de fazer sua lição de casa. Mas hoje ela é a

Há falta de água no bairro Vila Nova. Este problema está isolado no bairro ou envolve toda a cidade?

A administração de Salto pre-cisou fazer algum corte no or-çamento por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal para ficar sem dívidas? E se teve quais foram os cortes?

Em 2007 tomamos uma decisão muito séria. Decidimos que a partir de 2008 iríamos cortar drasticamente os gastos. Se eu não tivesse juízo de, lá por vol-ta de junho do ano passado, ter tomado uma atitude radical de diminuir o número de obras, de tomar consciência das notas, de alertar todos os secretários, es-taria evidentemente em situações difíceis, tendo de cortar onde não pode ser cortado. Porque há coi-sas que não podem ser cortadas. O que eu posso dizer de Salto é que nós vamos conseguir fechar o ano sem dívida alguma. Tivemos que fazer cortes? Tivemos, mas foi na redução de obras e de ser-viços. Eu não precisei, portanto, cortar em exames, em operações, no atendimento… Há três peca-dos que um prefeito não pode cometer: não aplicar todo ano o mínimo de 25% na Educação e 15% na Saúde, não pode gastar mais de 51% na folha de paga-mento e não pode deixar dívi-da. Se ele comete algum destes pecadilhos ele compromete o seu patrimônio pessoal. Esta Lei de Responsabilidade é muito boa, ela veio para moralizar, isso aqui era uma farra de boi. O admi-nistrador que saía deixava uma dívida tremenda para o que en-trava. No caso de Salto, nós es-tamos tranquilos, até deixando dinheiro em caixa para obras em 2009, uma vez que eu não pode-ria aplicá-lo em 2008 devido ao fato de ser período de eleição.

Entrevista: José Geraldo Garcia

A Prefeitura anuncia que está tratando o esgoto, mas ocor-reram denúncias de despejo no rio. O que aconteceu?

Onde está pactuado que a rede sanitária passa eu sou o primeiro a cobrar da empresa concessio-nária o que ela tem que fazer. Eu, quando li a matéria no jor-

nal local disse: “O que que é isso?”. Eles estão ganhando para fazer esse tratamento. O que eles dis-seram é que foi um problema técnico que não vai voltar a se repetir. Com exceção do Guaraú e de toda a região de São José, São Pedro e São Paulo, e com exceção da área noroeste da cidade que com-preende a Vila Norma, Jardim S a l t e n s e , São João, Nova Era, U n i ã o , e s s a s

“Se o político não tiver sensibilidade para a imprensa, então que não seja político.”

empresa que mais emprega na cidade. O administrador público tem de tomar cuidado com isso porque o emprego é fundamental para gerar impostos, para movi-mentar a cidade. Não podemos crucificar a Eucatex, mas temos de saber o que ela está fazendo. A Eucatex, que quer vender e quer exportar, tem necessidade de se aprimorar na questão da poluição sonora, do ar, da água. E ela tem feito a sua lição de casa. Fui com uma comissão de vereadores e com o Flávio Maluf e eles me apontaram isso. E também tem muita coisa que não sabemos se é da Eucatex ou de outras empre-sas da região. Eles questionaram isso, como a emissão de pó, por exemplo. Órgãos ambientais, como a CETESB, são perma-nentemente acionados pelos mo-radores. Além disso, se a Euca-tex quiser exportar, eles devem estar antenados com a questão ambiental porque eles precisam ter atestados que preencham os requisitos ambientais. Vale sempre esta fiscalização da população para que o prefeito alerte os diretores da Eucatex.

Reeleito com mais de 80% dos votos, José Geraldo continua na prefeitura de Salto e enfrenta a grande expectativa da população

obras viárias, mas em projetos turísticos. Grande parte para a Concha Acústica e para o jardim ao lado do Complexo Turístico da Cachoeira de Salto, inau-gurado em dezembro de 2008.

Estamos reformu-lando os canos que são muito antigos. Temos agora um em-préstimo de R$ 10 milhões do governo federal para reformu-lar os canos. Segundo as informações do de-partamento técnico, grande parte dos pro-blemas de falta de água - que de fato não é falta de água, mas pro-blema de pressão, que fica ruim à noite - vem por conta dos encanamen-tos. Estou contente, pois os recursos que receberemos em 2009 irão resolver esta questão.

regiões ainda não estão interliga-das, mas todas as outras estão. Mas essas denúncias nos ajudam a chegar nas empresas e dizer “Ô, Sanesalto, o que é que está acontecendo?” Porque já está tudo devidamente interligado, o tubo ao sistema de tratamento de esgotos. A intenção da gente é fiscalizar, ficar em cima e co-

brar 100% de tratamento de es-goto até o final de 2012, quando chegará ao fim o nosso mandato. E é por estarmos fazendo nos-sa lição de casa no tratamento de esgoto que poderemos o-lhar para as cidades lá de cima e perguntar “Quando é que vocês vão fazer a sua parte?”. Essa postura ambiental dos mo-

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“Se o político não tiver sensibilidade para a imprensa, então que não seja político.”

PREFEITO?

com nossos secretários da área de fazenda e afins para alertar sobre isso, nunca gastar mais do que a gente arrecada, é a lei básica do ano de 2009. Ano que é uma incógnita para mim e para qualquer prefeito aqui do Bra-sil. Uma coisa é certa e que já estou vivenciando: nós recebe-mos uma feliz notícia que a área da Marsicano foi adquirida em leilão pelo grupo Gandini, que detém a marca Kia aqui no Brasil. E nós estávamos felizes porque a Kia em 2009 ia fazer o primeiro carro coreano aqui no Brasil, aqui em Salto. Se não ia inaugurar, no mínimo, ia deixar muito avançada a planta. No Salão do Automóvel, conversan-do com José Luiz Gandini, dono da marca Kia aqui no Brasil, em-preendedor que comprou o pré-dio da Marsicano, ele me disse: “Nós estamos de sobreaviso e aguardando o tempo passar para sabermos quando iremos inves-tir”. Então é uma pena porque

esse reflexo da crise nós já esta-mos sentindo. Eu não tenho tido notícias de demissões aqui em Salto. Indaiatuba eu estou saben-do que está tendo reflexos sérios

lá, Campinas também. Só esse “bububu” aí e as notícias

do adiamento já são sinais.

No ano de 2007, nos tornamos uma Faculdade de Comuni-cação e Artes com a abertura do curso de Cinema, no ano seguinte Teatro, e já se fala em Música e Dança. Qual a políti-ca do município para as artes?

Salto nasceu como uma cidade operária, uma cidade simples, mas quando a imigração itali-ana veio para o município, no

O CEUNSP fez uma parce-ria recente com a Secretaria de Educação para trazer os jovens das escolas públicas municipais para dentro da Faculdade de Comunicação e Artes, o Projeto Prumus. To-das as segundas e sextas-feiras chegam estudantes do CE-MUS e do EJA. Queria saber a visão do prefeito em rela-ção à importância desse pro-jeto em relação ao cenário da educação e cultura de Salto.

Estou muito orgulhoso de vocês terem aberto essa possibilidade, muito feliz de vocês terem pro-curado a gente para isto. É uma instituição que tem esta visão de não estar fechada em quatro paredes sem nem mesmo intera-gir com a comunidade acadêmi-ca. Uma instituição que abre as suas portas é a que tem uma visão social. O MEC exige muito disso hoje para a aprovação dos cursos, tem um ponto muito positivo nas pontuações. Mas mais do que isto, vocês estão tendo a sensi-bilidade de, estando onde estão, no eixo histórico da cidade, no local que teve tanta importância econômica para a cidade no pas-sado, ter um papel muito forte. Mais do que ter os pontos do MEC, mais do que ter a interação da comunidade acadêmica com a cidade, vocês estão vivenciando algo que está muito em moda falar, mas que poucas institu-ições seguem que é a responsabi-lidade social. O que precisar da gente poder contar, estou muito agradecido da oportunidade de estar aqui. Nós precisamos pen-sar urgentemente como Salto deve acontecer e de que jeito. Existem algumas idéias? Sim, mas a gente às vezes fica muito bitolado e pode ter gente de fora com outras idéias e insights que pode dar uma grande luz. Podem contar comigo em 2009, não só neste ano, mas durante todo o período da Prefeitura, junto com o desafio que o professor Rubens Filho (pró-reitor Administrativo do CEUNSP) fez de transformar este curso em um dos principais cursos do Brasil. Isto faz com que eu fique motivado, feliz, ao ouvir isso da boca dele no dia da inauguração do Teatro Escola (no campus V do CEUNSP). Isto é motivo de orgulho para o po-der público e pode contar com a gente com o que der e vier.

Éder, seu posto de saúde vai sair. É um posto que custa R$ 1,5 milhões, verba conseguida pela deputada federal Aline Correa, só que não vai ser construído no bairro Nova Era, mas acima, no São Gabriel. É uma clínica, um conceito novo desta admi-nistração do posto de saúde. Nós já fizemos uma delas no Jardim das Nações, estamos construindo

O que a Prefeitura ira fazer em relação à falta de lim-peza nas ruas do bairro São Pedro e São Paulo? (mora-dor do Jardim S. Judas Tadeu)

Temos uma constante necessi-dade do plantão das limpezas. É para sanar essa necessidade que

lançamos o FaxinAção, projeto que visa limpar os bairros,

chegar com caminhões, tirar entulhos e materi-

ais recicláveis. Neste início do ano haverá uma nova etapa deste projeto, não que ele tenha parado, mas é que ele passou por uma reformu-lação para termos

O transporte de bicicleta é muito difícil no transito de Salto, pois não há ciclo-vias. Existe algum projeto de ciclovia para a cidade?

Isso é um assunto muito atual. Todo administrador tem que pen-sar nisso - a bicicleta como com-ponente de trânsito. Eu trabalhei na Eucatex desde menino, eu comecei com 15 anos e durante 9 anos ia todo dia de bicicleta para

Dicas do GeraldoLivro

Filme

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)

Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore)

AtorPaulo José

AtrizMalu Mader

MúsicaAnos Dourados (Tom Jobim)

Programa televisivoCQC

Canal de TVGNT

radores que fazem com que hoje eu, ou amanhã outra auto-ridade, esteja sempre vigilante, porque é um assunto que nós não podemos dormir no ponto não.

uma cidade limpa.

A crise econômica irá afetar as verbas e o crescimento econômi-co e industrial da cidade?

Estão me perguntando muito sobre isso também. Temos uma arrecadação para 2009 que ima-gino que seja de R$ 160 milhões e espero que não caia. Mas já estamos realizando reuniões

O administrador público tem sempre que estar um passo à frente com o pé no freio, obser-vando, para nunca dar um passo maior que a perna. Espero que seja uma coisa só para 2009. Torcemos e oremos para que o Barack Obama possa dar uma ajudinha. Porque não é só lá, é na Europa também, enfim... Mas

eu sou otimista, acho que tudo é pro bem. Do jeito que estava essa farra capitalista não podia dar em nada. O investimento tem que ser na produção e não em papéis, é uma ilusão. O que está acontecendo tinha que estourar para criar juízo, principalmente para nós, autoridades, que temos reflexos. Vamos torcer para que a crise não chegue avassaladoramente aqui no Brasil.

ˆ

tavelmente a poluição da água faz com que proliferem esses bichos. Então fica numa situação complicada. E nós temos então que despoluir este rio porque o bicho só vem por conta da polu-ição. E Salto agora está fazendo a sua lição de casa tratando atu-almente de 60%, 70% do seu es-goto e pretendemos tratar 100% em pouco tempo. Só que não se pode mais fazer o que se fazia anteriormente, colocar Detefom nas margens do rio.

o trabalho, era uma cidade pacata, um trânsito mais ameno e nunca tive problemas, mas realmente imagino os desafios de agora. A Engenharia está aconselhando a criação de ciclofaixas, separar uma parte da rua pra bicicletas. É um assunto que me empolga. Os que acompanham a imprensa sabem de nosso empenho em criar uma ciclovia aqui em Salto, ciclovia que serpenteie toda a ci-dade, inicialmente ligando até al-guns pontos turísticos um com o outro para que esta ciclovia tam-bém tenha este papel de lazer. Mas no caso da ciclovia como instrumento de trabalho temos de estar atentos para saber quais serão os eixos prin-cipais porque não vai dar para fazer na cidade inteira. Pedi para a Secretaria de Planejamento pensar neste assunto para podermos dis-cutir para além desta ciclo-via periférica. A primeira etapa sai do Parque do Lago beirando o rio Tietê. Uma vem pelo Três Marias e a outra vai na rodoviária, serpenteando todos os

bairros, o Maria José, a Vila Flora, o Santo An-

tônio, o Independên-cia. Mas é necessário além desses eixos periféricos entrar no trânsito da ci-dade. E nesse ponto é uma cidade antiga. Como adap-tá-la para as c i c l o v i a s ? Estamos es-tudando esta possibilidade. O transito está caótico, nós temos p r o b l e m a s seriíssimos, como na 9 de Julho nos

horários de pico. A facul-

dade trouxe mui-tas conduções no

final da tarde. Temos agora congestionamentos,

coisa que nunca tivemos antes. Vamos tentar achar

uma resposta, uma solução, ao longo deste novo mandato.

começo do século 20, ela trouxe consigo muita coisa da Itália re-lacionada às questões culturais. Então, a gente pode dizer que Salto, por conta das tradições italianas, sempre teve muito apreço ao teatro, à música e às artes de uma forma geral. Nós tivemos uma escola que hoje é o museu da cidade, chamado Escola Anita Garibaldi, que foi precursora de muitos gru-pos teatrais, de incentivo à lei-tura, ela foi precursora de uma geração que tinha uma banda chamada Gomes Verdi que bri-lhou muito no cenário musical. Isso faz com que Salto sempre tivesse, principalmente a partir dos anos 80, uma efervescência cultural. São inúmeros os grupos de teatro amador da cidade, de dança, de música, dos mais dife-rentes gêneros, como o rap, por exemplo. E estou muito contente porque este ano vamos inaugurar o que nós chamamos de templo da educação e da cultura que é o Centro de Educação e Cul-tura, no miolo da cidade, que vai se incorporar a todas as outras repartições públicas e a outras instituições, como o CEUSNP, que trabalham com isso. Então eu vejo com muito bons olhos que as questões físicas vão estar bem servidas porque nós vamos ter aqui palcos e áreas para os grupos se expressarem. No Me-morial do Rio Tietê e em todo o entorno da cachoeira - incluindo o Complexo - no nosso Centro de Educação e Cultura, na nossa praça 15 de Novembro que passa a ter um palco importante para isto. E vamos continuar a alimen-tar os nossos jovens e estudantes com arte. E por que não tam-bém a terceira idade? Não tem idade para se apreciar as artes. E também nas periferias, nos centros regionais de assistência. Se não for para se profissionali-zar então pelo menos para viver a arte, ter uma forma de se ex-pressar, de se sentir vivo mesmo. Estou bastante animado, creio que posso realizar grandes par-cerias para fazer com que Salto possa crescer e continuar com a vantagem de ter muita gente de muitas cidades com culturas diferentes para somar conosco.

Uma reclamação constante é referente aos insetos e mos-quitos às margens do rio Tietê. Existe alguma medida ambi-ental cabível para que a gente possa melhorar esta questão?

Hoje em dia a questão ambiental está complicadíssima na questão de se colocar o que se colocava no rio Tietê nas épocas passadas para matar os pernilongos. Colo-cava-se inseticida. E hoje já não pode mais. O poder público não pode mais fazer isso. E lamen-

Por que o posto de saúde para o bairro Nova Era, que foi anunciado no começo de 2008, ainda não foi feito? (Éder, morador do Bom Retiro)

uma no Jardim Santa Cruz e a próxima será na região noroeste onde o Éder está reclamando. Já tem terreno municipal separado para isto. Esta obra será um pon-to de honra para nós começar-mos em 2009. Mesmo que se eu quisesse não poderia ter ini-ciado a clínica em 2008 porque o período eleitoral não permite que o administrador faça obras. Mas vai sair sua clínica, Éder.

Page 6: O Arauto 02

Onde Salles andouFilipe Salles, coordenador dos cursos de Artes do CEUNSP e ex-professor da FAAP e da Belas Artes, é além de fotó-grafo, um viajante – ativi-dades que se complementam para quem faz da observação seu ins-trumento de trabalho. E foi com a intenção de obser-var e captar a essência de suas andanças que Filipe percorreu os mais diversos recantos do Brasil: Petrópolis, Parati, São João Del Rei, Ilha de Marajó, Ubatuba, Natal… Suas via-gens começaram a partir de 2004 e seguem até hoje com a vontade de conhecer o país e colher impressões de sua ex-periência.

Salles não segue um roteiro definido, escolhendo locais que despertam sua curiosi-dade, seja por causa de uma matéria numa revista, uma re-portagem na televisão, ou con-versas com os amigos. Seus novos rumos são aleatórios: “Vez por outra me pergunto - para onde eu nunca fui?’ e vou lá” conta o fotógrafo. Ao chegar no destino Filipe se preocupa então em fotografar a essência do local, como a paisagem aberta e natural da Chapada dos Viadeiros ou de-talhes minuciosos dos monu-mentos de Ouro Preto: “A in-tenção própria da fotografia é sentir os lugares. Captar o seu

sentimento”. Para ele o pro-cesso de captação segue um instinto na busca do caráter do local observado. “Mas não é completamente instintivo, tem uma intenção, embora você não sabe como será de-scrita essa intenção ao chegar no local”.

Salles usa como material de trabalho duas câmeras, uma Nikon FM2 e uma Pentax K1000, além de várias lentes e filtros que captam diferentes luminosidades e contrastes. Sua preferência estética é pelo preto e branco. Quem quiser pode conferir mais fotos de suas viagens no site www.mnemocine.com.br. Uma fu-tura exposição fotográfica de seus trabalhos no CEUNSP também está agendada para este semestre.

página 6portfólio pessoal

Page 7: O Arauto 02

vida universitária Opágina 7

Já Jussara teve que vencer um preconceito. “Logo no primeiro dia o meu chef disse que não gostava muito de trabalhar com mulheres. Pensei: ‘ele vai ter que me engolir’. Provei meu valor e ele chegou por diversas vezes a mudar o dia das minhas folgas para que eu o ajudasse, tamanha era a confiança que ele tinha em mim. Era cobrada como se fosse uma funcionária e às vezes trocávamos de papel. Com isso, aprendi muito como um restaurante deve ser administrado. Cheguei a frequentar a casa dele e também nos tornamos grandes amigos”, diz ela.

Muito do sucesso obtido na experiência internacional também foi em função da preparação, da “bagagem” que levaram do Brasil. “Sem a faculdade não teria a mínima condição de ir. Aliás, ajudou tanto que eu só fui por causa dela”, diz Jussara. “Uns 90% do que eu exerci já tinha visto na faculdade. O curso me deu uma base muito grande, foi nota mil. Na França eu aprendi aquele pingo no i, o detalhe, porque os franceses são muito técnicos”, afirma Serginho.

Para Ossimar, a amplitude de possibilidades que o curso de Gastronomia ofereceu foi um dos principais ganhos. “As pessoas acham que gastronomia é só cozinhar e comer, mas há um leque muito grande, que envolve legislação, turismo, hotelaria, gathering, enologia, engenharia e arquitetura para planejar os ambientes e relações interpessoais... Lá na França vi como todas essas disciplinas fizeram a diferença”, relata.

De volta na bagagem, muitas histórias para contar e um currículo enriquecido, além de um idioma falado fluentemente. Mas não só isso. Os contatos feitos durante o período podem garantir futuras colocações no mercado de trabalho. Ossimar e Serginho conheceram um casal de brasileiros, donos de um hotel na Bahia, que os convidaram para um novo estágio.

Além disso, através deste mesmo casal, um contato foi feito com os proprietários do Grupo Fasano, uma das melhores e mais importantes redes

de restaurantes do país, com sede na capital paulista, e que pretende ter um filial na região. A entrevista com um dos chefs foi feita no dia 17 de dezembro e os dois aguardam pela abertura do restaurante, prevista para maio. Mas também podem retornar à Europa: Ossimar avalia uma proposta para trabalhar na ilha de Córsega; Serginho pode voltar à França ou ainda para algum país vizinho. Jussara teve a proposta de permanecer mais tempo, mas a saudade falou mais alto. “Acho que aprendi tudo que poderia aprender e por isso decidi voltar. Também pela saudade. Mas sem dúvida foi uma experiência pra vida toda.”

O próximo aluno de Gastrono-mia do CEUNSP a testar seus conhecimentos na França será Lucas Leonardi Varin, de 22 anos, que até o dia 1º de fever-eiro embarca para um período de nove meses de estágio no renomado Hotel Cazaudehore - La Forestière, na cidade de Saint-Germain–en–Laye, a 20 quilômetros do centro de Paris.Ele iniciou a preparação da via-gem junto com o primeiro grupo, e agora, com a conclusão do cur-so, terá a oportunidade de viven-ciar a experiência. “Sei que meu desempenho também vai de-pender dos meus conhecimentos de francês, e por isso estudo o id-

ioma há um ano e meio”, aponta.O sonho de aprender cada vez mais e trabalhar na área fez com que Lucas deixasse a se-gurança de um emprego fixo, onde ocupava o cargo de líder do setor de manutenção elé-trica numa grande empresa. “Gostava do que eu fazia, mas o que eu quero mesmo é atuar na área de gastronomia, essa é a minha paixão”, diz o aluno. Ele sabe que terá uma jornada árdua, de até 10 horas diárias, cinco dias por semana, mas diz estar preparado. Pelo “trabalho” na França, Lucas terá alojamen-to, refeições e receberá uma gra-tificação em torno de 350 euros,

equivalente a meio salário míni-mo Francês, além da grande ex-periência profissional e pessoal.O estudante começou cedo, fa-zendo “bico” de garçom em um bufê em Santo André, onde nasceu, mas foi em Itu, cidade em que reside desde seus 15 anos, onde desenvolveu o de-sejo pela gastronomia. Atuou em festas e eventos, paralela-mente à profissão de eletricista, a qual exerceu durante 6 anos e que garantiu a ele o custeio dos estudos e a viagem à França. “Com o que recebi da empresa, espero ainda fazer um curso, aproveitando o visto, que é de um ano”, diz o esforçado aluno.

Próximo estagiário embarca até o início de fevereiro

É até possível imaginar como seria viver de seis a oito meses num outro país, longe dos amigos e da família, convivendo com pessoas de outras culturas, tendo que se comunicar num idioma que você ainda não domina totalmente. Mas só vivendo essa experiência é possível tirar lições, ensinamentos e poder dizer: “Valeu a pena! Faria tudo de novo!”.

Essa é sensação que a reportagem d’O Arauto teve ao conversar com três dos seis alunos de Gastronomia do CEUNSP que fizeram seus estágios de conclusão de curso em hotéis na França. Na verdade, até o fechamento desta reportagem, um deles ainda não havia retornado. E pode nem retornar tão cedo: Leandro da Fonseca, que teve sua viagem subsidiada pelo CEUNSP, “corre o risco” de ser contratado e ficar mais tempo do que previa.

Além de Leandro, participaram do intercâmbio os alunos Sérgio Oliveira Souza Júnior, Ossimar Santo Marcon Filho, André de Carvalho Pinheiro, Luiz Carlos Locatelli Júnior e Jussara Lucilia Santos, única casada do grupo, que enfrentou a saudades da filha e do marido por oito meses. “Tinha dias de eu querer voltar, com saudades de casa, mas bati o pé firme pra ficar. Foi uma experiência válida em todos os sentidos, um crescimento muito grande como profissional e como pessoa”, resume ela, que retornou a casa da família, em Indaiatuba.

Uma das maiores dificuldades, relatam os alunos, foi o choque cultural de conviver no dia-a-dia com pessoas de hábitos diferentes. Jussara conta que se “segurou muito” até aprender a conviver com uma islandesa, que hoje se tornou uma grande amiga. Serginho e Ossimar, que voltaram ao Brasil em novembro, tiveram a companhia um do outro, pois estagiaram no mesmo hotel, mas dividiram o espaço com um austríaco, um alemão, um dominicano e um espanhol. Todos sob a tutela do chef Jean-François Romeas, que, ao contrário do que possa sugerir o nome, é indiano. “Pra mim, que sempre morei com minha mãe, foi um crescimento muito grande como pessoa”, diz Serginho, que já recebeu em Sorocaba, onde mora, dois “hóspedes”, amigos que fez na França.

Quanto ao chef franco-indiano, Ossimar conta que a atenção foi tão grande que até pratos que não estavam na carta do hotel foram ensinados. “Nosso chef comprava os ingredientes pra que nós pudéssemos aprender”, afirma. Jean-François. Ele também passou uma temporada na América Latina, onde conheceu Venezuela, Bolívia e Brasil. “Acho que, também por isso, ele nos adotou”, diz Ossimar.

As aventuras dos nossos estudantes de gastronomia na França

Fotos: Arquivo pessoal

Bon Appetit !

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página 8 galeria de fotos

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