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ATUAÇÃO SINDICAL QUALIFICAÇÃO O trabalho do Senge em defesa dos engenheiros e engenheiras de Minas Gerais trouxe bons resultados para a categoria, em 2016, sob diversos aspectos. Curso de Formação Sindical, realizado pelo Sindicato em parceria com a Fisenge, teve sua primeira etapa concluída em Belo Horizonte. Leia nas páginas 8, 9 e 10. Leia na página 7. Nova diretoria do Senge-MG toma posse Trabalhos da Gestão 2016/2019 foram iniciados em reunião do Conselho Diretor, realizada em 26 de novembro de 2016, em Belo Horizonte. Leia nas páginas 4 e 5.

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Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

ATUAÇÃO SINDICAL QUALIFICAÇÃOO trabalho do Senge em defesa dos

engenheiros e engenheiras de Minas Gerais trouxe bons resultados para a categoria, em

2016, sob diversos aspectos.

Curso de Formação Sindical,realizado pelo Sindicato em parceria

com a Fisenge, teve sua primeira etapa concluída em Belo Horizonte.

Leia nas páginas 8, 9 e 10. Leia na página 7.

Nova diretoria do Senge-MG toma posseTrabalhos da Gestão 2016/2019 foram iniciados em reunião do Conselho

Diretor, realizada em 26 de novembro de 2016, em Belo Horizonte.

Leia nas páginas 4 e 5.

Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

m meio a uma crise real que passa pelo nosso país, como se não bastassem os prejuízos por ela causados aos engenheiros e engenheiras mineiros e a todos os nossos trabalhadores e a sociedade de uma forma geral, incluin-do empregadores e empregados, nos deparamos com o despreparo, intencional ou não, de alguns responsáveis ou irresponsáveis do governo que, a cada dia, propõem algo que fere e vai de encontro ao ordenamento jurídico brasileiro sem levar em consideração as vinculações exis-tentes em nossas legislações.

A lógica jurídica e técnica de organização da Legis-lação Trabalhista e Previdenciária Brasileira segue uma coerência mundial que funciona muito bem em diver-sos países de primeiro e de terceiro mundo e que, aqui em nosso país, alguns de nossos governantes insistem em fazer comparações descabidas e parciais com estes países. O governo tem insistido e tentado convencer a sociedade pela necessidade de flexibilização da legislação trabalhista e previdenciária como se estas fossem a salva-ção da crise em que vivemos e, na essência, não observa a realidade destes países em relação a todo o “Ordena-mento Jurídico existente aqui ou nestes países”.

Um dos maiores exemplos, e não o único, é a base de toda a nossa legislação que surgiu com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, já iniciada com a convicção primordial de que a paz uni-versal e permanente somente pode estar baseada na jus-tiça social. Criada com uma estrutura tripartite, formada pelo governo, empregadores e empregados, sendo o Brasil um de seus membros fundadores e participando da Conferência Internacional do Trabalho desde sua pri-meira reunião em 1919, a OIT é responsável pela formu-lação e aplicação das normas internacionais do trabalho (convenções e recomendações) que, uma vez ratifica-das por decisão soberana de um país, passam a fazer parte de seu ordenamento jurídico, sendo considerado parte da própria Constituição Federal. Este ponto básico

SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto - CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail: [email protected] - site: www.sengemg.org.brGESTÃO: 2016-2019 - DIRETORIA EXECUTIVA: • Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira • 1º Vi-ce-Presidente: Jobson Nogueira de Andrade • 2º Vice-Presidente: João José Magalhães Soares • Di-retor 1º Tesoureiro: Alírio Ferreira Mendes Júnior • Diretor 2º Tesoureiro: Fernando Ribeiro Queiroz • Secretário Geral: Edílio Ramos Veloso • Diretor 1º Secretário: Jean Marcus Ribeiro DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS: • Diretor Administrativo: Francisco Lopes Dornela • Diretor da Saúde e Segurança do Trabalhador: Welhiton Adriano de Castro Silva • Diretor de Aposentados: Augusto Celso Franco Drummond • Diretor de Assuntos Comunitários: José Tarcísio Caixeta • Diretor de Assuntos Jurídicos: Marcus Vinícius Batista de Souza • Diretor de Ciência e Tecnologia: Marcelo Gonçalves Nunes de Oli-veira Morais • Diretor de Imprensa: Robson Dias Machado Junior • Diretor de Interiorização: Eduardo Rosário dos Santos • Diretor de Negociações Coletivas: Ricardo dos Santos Soares • Diretor de Pro-moções Culturais: José Marcius de Carvalho Vale • Diretor de Relações Intersindicais: Leonardo Aires de Souza • Diretor Socioeconômico: Marcos Túlio de Melo CONSELHO FISCAL: • Lúcio Fernando Borges • Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira • Paulo Roberto Mandello • Chêiviston Glaucos Menezes e Silva • Abelardo Ribeiro de Novaes Filho • Elder Gomes dos Reis DIRETORIA METROPOLITANA: • Diretor Administrativo: Mauro Lúcio Ribeiro da Silva • Diretor Secretário: Eber Luiz Padrão França

• Diretora Tesoureira: Mirella Madeira Araújo • Diretores Regionais: Andrezza Carla Bueno da Silva; Andréa Thereza Pádua Faria; Thiago Joselito Mendes Dias; Davina Marcia de Souza Braga; Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Wellington Vinícius Gomes da Costa; José Luiz e Silva; Marcelo Fernandes da Costa; Igor Braga Martins; Vanessa Costa Talin ; Alice Luisa Sebastiani de Sousa; José Flávio Gomes; Ricardo Cezar Duarte DIRETORIA ZONA DA MATA: • Diretor Administrativo: Fernando José • Diretor Secretário: Eduardo Barbosa Monteiro de Castro • Diretora Tesoureira: Ilza Conceição Maurício • Di-retores Regionais: Carlos Alberto de Oliveira Joppert; Luiz Antônio Fazza; Dauro de Carvalho Rosas; Sarah Crivellaro Maciel Faleiros; Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu; Liércio Feital Motta Júnior; Gilwayne Alves de Sousa Gomes DIRETORIA VALE DO AÇO: • Diretor Administrativo: José Raposo Barbosa • Diretor Secretário: Tales Gonçalves Nascimento • Diretor Tesoureiro: Marcelo Oliveira Vitor • Diretor Regional: Antônio Azevedo DIRETORIA NORTE: • Diretor Administrativo: Guilherme Augusto Guimarães Oliveira • Diretor Secretário: Jessé Joel de Lima • Diretor Tesoureiro: Melquiades Ferreira de Oliveira • Diretores Regionais: Anildes Lopes Evangelista; Holbert Caldeira; Plínio Santos de Olivei-ra; Rayke Luiz Fonseca; Raissa Rodrigues dos Santos.DIRETORIA TRIÂNGULO: • Diretor Adminis-trativo: Renan Billa • Diretor Secretário: Luiz Cláudio Soares da Costa • Diretor Tesoureiro: Francielle Oliveira Silva DIRETORIA SUL: • Diretor Administrativo: Donizeti Leão de Miranda • Diretor Secretário: Edson de Souza Leite • Diretor Tesoureiro: Fernando de Barros Magalhães • Diretores Regionais: João Luiz Magalhães Teixeira; Layla Moura e Silva; Mateus Faria Leal; Fabiane Lourdes De Castro; Nelson Benedito Franco DIRETORIA CAMPO DAS VERTENTES: • Diretor Administrativo: Domingos Palmeira Neto • Diretor Secretário: Márcio Martinho Damasceno • Diretor Tesoureiro: Arnaldo Coutinho Brito

SENGE INFORMA - Edição: Luiza Nunes Redação: Luiza Nunes e Caroline Diamante ARTE FINAL: Viveiros Editoração - IMPRESSÃO: Fumarc

da história e da lógica jurídica vem sendo ferido por algumas propostas do Governo Federal por ser toda a nossa legislação trabalhista e previdenciária um espelho das Convenções da OIT que funciona em todo o mundo, inclusive nos países citados como exemplo por alguns governantes, mas sempre de forma integral e completa e não fracionada como vem sendo propos-to pelo Governo Federal.

O último dos ataques foi na Convenção 102, onde estão as regras gerais para as Normas Mínimas da Seguridade So-cial, todas presentes em nossa Constituição Federal de 1988 e na legislação previdenciária atual. O Governo Federal, em suas propostas de alteração divulgadas para a Previdência Social, “pincelou” alguns itens desta Convenção 102, distorcendo a sua correta aplicação e contrariando o compromisso assumido pelo governo brasileiro com a OIT. Mesmo não concordando com a atual legislação previdenciária brasileira, observo que ela está aderente à Convenção 102 da OIT. Um dos exemplos é que na proposta apresentada pelo governo ele utiliza a idade de 65 anos como sendo mínima para a aposentadoria contra-riando o que diz a convenção, que coloca esta mesma idade como máxima e, ainda, excluindo as outras condições previstas nesta Convenção. Em resumo, o governo federal tem utilizado comparações parciais e selecionado alguns itens da Convenção 102 da OIT para propor alterações na legislação previdenciária, criando um verdadeiro Frankstein sem sustentação jurídica.

A legislação brasileira precisa ser coerente com os compromissos assumidos pelo Brasil junto à OIT, cujo objetivo principal é atender a uma visão tripar-tite de benefício social para empregados, empregadores e governo, sem qualquer tipo de discriminação.

MUITO ALÉM DA CRISE – A RESPONSABILIDADETÉCNICA DE QUEM LEGISLA

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João José Magalhães Soares,2º vice-presidente do Senge-MG

Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

Da esquerda para a direita, o presidente da Fisenge, Clóvis Nascimento, o presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira e o advogado do Sindicato, Josué Amorim

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Federação Interestadual de Sin-dicatos de Engenheiros (Fisenge) lan-çou a cartilha “50 Anos do Salário Mínimo Profissional: lutas e desafios para sua implementação”, na sede do Senge-MG, em Belo Horizonte, em 25 de novembro. A cartilha, de-senvolvida juntamente com o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), traz a história da criação da Lei do Sa-lário Mínimo Profissional (SMP), argu-mentos para a defesa do piso salarial dos engenheiros e engenheiras, além de perguntas e respostas às dúvidas mais frequentes e explicação sobre a constitucionalidade da lei 4.950-A, que institui o SMP.

O cumprimento da lei tem sido um instrumento de luta nas mesas de negociações, segundo o presi-dente da Fisenge, Clóvis Nascimen-

Fisenge lança cartilha em homenagem aos50 anos do Salário Mínimo Profissional

Cartilha aborda desde a criação da Lei 4950-A/1966até os últimos debates sobre a sua constitucionalidade

to. Ele explica que quando não se tem sucesso nas negociações, a via judicial é acionada. “Nos tribunais a gente tem obtido vitórias sucessivas nos mais diversos Estados”. Mes-mo obtendo êxito, o presidente da Fisenge faz um alerta. “Não pode-mos esmorecer a luta, porque têm setores da Engenharia que não estão atendidos pela lei, por exemplo, os estatutários. Nós vamos perseverar na luta para incluí-los.”

Constitucionalidade O advogado do Senge-MG, Josué

Amorim, afirma que a lei é constitu-cional. “Recentemente o Supremo Tribunal Federal, em uma de nossas ações, se manifestou no sentido da constitucionalidade desta lei. Então não há mais discussões.”

A

A lei 4.950-A/66 garante um salário mínimo proporcional à jor-nada de trabalho e a duração do curso de graduação a engenheiros, arquitetos, agrônomos, químicos e médicos veterinários. Ela foi apro-vada em 1966, durante a ditadura civil-militar, mesmo enfrentando re-sistência do setor empresarial. Ins-pirada pelo deputado federal e en-genheiro Rubens Paiva, foi transfor-mada em lei pelo deputado federal e advogado Almino Afonso.

Veja a cartilhada Fisenge

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diretoria do Sindicato de En-genheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) para a gestão 2016/2019 tomou posse no sábado, 26 de novembro. A nova gestão tem como presidente o engenheiro ele-tricista Raul Otávio da Silva Pereira, que está em seu terceiro mandato frente ao Sindicato de Engenheiros. Junto a ele, atuarão 77 diretores e diretoras, que se empossaram ten-do à frente muitos desafios, levan-do-se em conta o presente cenário de crise no Brasil. “Os desafios são enormes considerando a atual situa-ção do país de grave desemprego e desmonte da Engenharia nacional”, disse o presidente do Senge-MG.

Segundo Raul Otávio, a direto-ria tem conversado muito sobre esse cenário e vai trabalhar para que ele seja revertido. “Entendemos que a Engenharia faz parte de um projeto

Nova diretoria do Senge-MG toma posse e define ações para a defesa da Engenharia

Diretoria se prepara para defender os engenheiros (as) e aEngenharia diante do período de crise em que o Brasil se encontra

de nação, faz parte de um projeto de desenvolvimento e tudo que a gente vive no nosso dia a dia começa pela Engenharia. Entendemos que o Sin-dicato tem um papel fundamental na proposição de alternativas para a con-tinuidade do desenvolvimento e do crescimento do país e é neste sentido que os 77 diretores estão imbuídos. Eles vão trabalhar para reestabelecer a importância, o valor dos engenheiros e da Engenharia no processo de de-senvolvimento do Brasil”, afirmou.

Experiência e renovaçãoA forma como a chapa foi mon-

tada, com a mistura de lideranças e experiências diversas, que incluem profissionais que começam a carrei-ra agora, é benéfica para a toma-da de decisões, de acordo com o 1° vice-presidente Jobson Andrade. “Esta amplitude de gerações, co-

A

Raul Otávio da Silva Pereira,presidente do Senge-MG

nhecimento e diretrizes tem uma grande possibilidade de fazer com que a gente tenha bom juízo a res-peito de todas as ações que tenha-mos que empreender para defen-der a Engenharia e o engenheiro e a engenheira.”

Para o 2º vice-presidente do Sen-ge-MG, João José Magalhães Soares “um dos pontos mais importantes que existe para este cenário é nós conseguirmos criar uma consciência nos engenheiros de qual é o verda-deiro perfil e qual é a característica do Sindicato de Engenheiros. É um sindicato diferenciado, preocupa-do com os engenheiros, com a En-genharia e com o estado de Minas Gerais e com a necessidade de criar uma integração forte para que o nos-so movimento da Engenharia e dos engenheiros seja forte e reconhecido em Minas Gerais e no Brasil.”

Jobson Andrade,1º vice-presidente do Senge-MG

João José Magalhães Soares,2º vice-presidente do Senge-MG

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nova Diretoria Executiva do Senge-MG se reuniu na sexta-fei-ra, 25 de novembro, para conver-sar e traçar as estratégias para a gestão 2016/2019. A reunião foi marcada pela presença do econo-mista Paulo Roberto Bretas, que ministrou uma palestra na qual fez um panorama do atual cenário do Brasil e do mundo.

Paulo Roberto Bretas alertou os sindicatos, as Centrais Sin-dicais e as organizações sociais para terem atenção às perdas de direito dos trabalhadores. “Mui-tas vezes, existe uma conta a ser paga e esta conta corre encima dos trabalhadores e aposentados. Em momento nenhum nós vimos qualquer tipo de sacrifício sendo imposto ao mundo financeiro, às pessoas que não trabalham na produção”, disse.

Para o economista, os sindicatos

Primeira reunião da nova Diretoria Executiva discute a conjuntura atual do Brasil

Economista Paulo Roberto Bretas ministrou palestrasobre panorama do país e do mundo

devem dialogar com a sociedade. “O poder, hoje, está nas mãos de mui-to poucos, que não querem discutir com ninguém. Eu acho que os sindi-

A

Conselho Diretor define valores daContribuição Sindical e Anuidade Social 2017

Os membros das novas diretorias Executivas, departamentais, do Con-selho Fiscal e das diretorias das sete regionais do Senge-MG se reuniram no sábado, 26 de novembro, para se conhecerem e discutirem ideias sobre

a atuação do Senge-MG no próximo triênio. A reunião discutiu, ainda, alguns pontos que foram levados e aprovado em assembleia, dentre eles o valor da Contribuição Sindical para 2017, que será de R$ 249,33, corres-

Conheça anova diretoriado Senge-MG(Gestão 2016/2019)

pondente a 1/30 do Salário Mínimo Profissional vigente em 2016.

Outra deliberação foi manter o valor de R$ 160,00 para a Anuidade Social de 2017, valor este que tem se mantido o mesmo nos últimos anos.

catos devem colocar para a socieda-de que querem, sim, discutir e que querem, juntos, construir uma ideia de país, de Nação.”

1ª Reunião do ConselhoDiretor da Gestão 2016/2019

Paulo Bretas falou sobre a situação do Brasil durante areunião da nova Diretoria Executiva, em 25/11/16

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Senge-MG completa 70 anos em 2017 com um histórico de mui-tas lutas e conquistas em prol da Engenharia e dos engenheiros e en-genheiras. Criado em 25 de agos-to de 1947, quando o Ministério do Trabalho aprovou e reconheceu seus Estatutos, o Senge-MG surgiu da fusão dos sindicatos de Engenheiros de Minas, Ci-vis e Arquitetos, Engenhei-ros Eletricistas e Engenhei-ros Industriais e Mecânicos existentes àquela época. Em sua história, o Sindi-cato esteve presente nas mobilizações pela rede-mocratização e pela Cons-tituinte, colaborou inten-samente na reconstrução do sindicalismo brasileiro e foi um dos patrocinadores da lei 4950-A/66, que es-tabelece o Salário Mínimo Profissional para os engenheiros.

As batalhas e os desafios a serem travados pelo Senge-MG continuam e passam pela conscientização de empresas e instituições do valor dos engenheiros, pelo cumprimento do piso salarial, pela manutenção e melhoria dos benefícios para a cate-goria, pelo combate ao assédio mo-ral, por uma aposentadoria digna, entre outras.

O Senge-MG entra em seus 70 anos com uma maturidade forte e bem ajustada à realidade dos en-genheiros e engenheiras mineiros, segundo o vice-presidente do sin-dicato, João José Magalhães Soa-res. “Uma maturidade que, aos 70 anos, se consagra por efetivo cres-cimento junto aos seus represen-tados. Iniciando, de acordo com a

Senge-MG completa setedécadas de existência em 2017

A luta em defesa da Engenharia Nacional e dosprofissionais da categoria marcam a longevidade da entidade

história, com um perfil aguerrido e de forte consciência política. Ao longo dos anos sofremos uma série de adaptações, sempre aderente ao que veio acontecendo na socieda-de e, hoje, o Senge-MG possui em seus representantes uma amostra de todos os seus representados,

com todas as suas características, formações técnicas e políticas e ra-mos de atuação.”

O presidente da Federação In-terestadual de Sindicatos de Enge-nheiros (Fisense), Clóvis Nascimento, se orgulha de ter o Senge-MG como filiado. “O Sindicato de Minas Gerais fez parte do movimento de funda-ção da Fisenge. Portanto, tem um valor para nós extraordinário. Inde-pendentemente das lutas corpora-tivas, na qual o Senge-MG tem um papel fundamental, eu tenho assis-tido a participação na contribuição do desenvolvimento do Brasil, no desenvolvimento do estado de Mi-nas Gerais. É um sindicato que nos orgulha de ser filiado à Fisenge.”

O O vice-presidente do Senge-MG da Paraíba, Renato Vitório, conside-ra o Senge-MG uma referência na-cional. “É um Estado grande, onde tem muitos engenheiros dedicados à luta da categoria. O Senge-MG se destaca sempre nas reuniões, nos encontros pela sua aguerrida luta em favor da categoria.” O presi-dente do Senge-BA, Ubiratan Félix, compartilha da mesma opinião. “ É um Senge que está sempre à frente das questões sindicais e políticas.”

ProjetosOs projetos que o Senge-MG de-

senvolve também são pensados em prol da categoria. Eles são ligados à interiorização, educação, etc. Entre eles está o Senge Jovem, que reú-ne estudantes de Engenharia para debater as tendências da profissão, qualificar os jovens e aproximá-los da entidade. O programa tem des-pertado o interesse de outros sindi-catos. O presidente do Sindicato de Volta Redonda, João Thomaz, é um dos que pretende aderir ao projeto. “Eu vou implantar o Senge Jovem lá no sindicato. Vim aqui buscar as raízes do projeto”, disse em visita ao Senge mineiro.

João José Magalhães Soares, 2º vice-presidente do Senge-MG

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iretores, engenheiros e funcionários do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) participaram do primeiro módulo do curso de Formação Sindical, ministrado pelo doutor em Políticas Públicas e Formação Humana, professor Helder Molina, na sede da diretoria Regional Metropolitana, em Belo Horizonte. O curso é uma parceria com a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge). Em Minas Gerais, ele já foi ministrado em Varginha (Regional Sul), Juiz de Fora (Regional Zona da Mata) e Montes Claros (Regional Nor-te/ Nordeste), além da sede em Belo Horizonte (Regional Metropolitana).

Segundo o professor Helder Molina, neste período de mudanças que estamos atravessando, que atinge direitos trabalhistas e os demais direitos conquistados ao longo dos últimos anos, se fazem necessários o for-talecimento, a organização e a representatividade dos Sindicatos. Para isso, é preciso que as entidades estejam preparadas. “A formação é um instrumento estratégico porque com ela a gente analisa os processos histórico e político, analisa a própria situação da sociedade, dos trabalhadores, dos direitos trabalhistas e sociais e forta-lece a identidade e a consciência”, diz Molina.

Estrutura do cursoNesta primeira etapa do curso, é discutida a histó-

ria do movimento sindical, o modo de organização dos trabalhadores no Brasil e no mundo, a formação sócio--histórica brasileira, a importância dos sindicatos para a superação da desigualdade, além da gestão sindical e o papel dos dirigentes sindicais.

O segundo módulo já está em fase de planejamento. Segundo Helder Molina, a próxima etapa terá mais tem-po para estudos e debates coletivos, o que aumenta o aprendizado e a identidade de classe dos (as) engenhei-ros (as) enquanto trabalhadores (as). Está previsto, ainda, aprofundamentos em outros temas como: organização

Primeira etapa do curso de FormaçãoSindical é concluída em Belo Horizonte

O curso, ministrado pelo professor Helder Molina,foi realizado em outras três regionais do Senge-MG

D sindical de base, projetos de sociedade, negociação co-letiva, história do movimento sindical e do sindicalismo da Engenharia, gestão e planejamento sindical, comuni-cação e linguagem, gênero e diversidades, entre outros.

Helder Molina (de pé), professor do curso de Formação Sindical, é doutor em Políticas Públicas e Formação Humana

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participação dos engenheiros e engenheiras através da associa-ção ao Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) é fundamental para o fortalecimen-to da entidade, principalmente em momentos de crise como o atual. É com a participação de cada enge-nheiro e engenheira que o Senge--MG garante sua legitimidade para representar a categoria e lutar pelos seus direitos e conquistas.

Em troca da confiança deposita-da no Sindicato, o Senge-MG ofe-rece serviços exclusivos para seus associados. E, para aqueles profis-sionais que estão sem uma colo-

Associados do Sindicato de Engenheiroscontam com benefícios exclusivos

Engenheiros e engenheiras que estão desempregados podem seassociar gratuitamente e usufruir de tudo que o Senge-MG oferece

A cação no mercado de trabalho, a anuidade social é gratuita! Ou seja, nos momentos de dificuldade, o Senge-MG dá uma forcinha para os profissionais, que podem aproveitar para fazer cursos de qualificação e atualização profissional, usufruir dos planos de saúde com preços acessíveis, de diversos convênios nos mais diferentes segmentos e de

um departamento jurídico especia-lizado em questões trabalhistas.

E não é só isso. O Senge-MG conta com um setor de Negocia-ções Coletivas, que trabalha no sen-tido de manter os direitos e avançar nas conquistas da categoria – tudo isso para garantir aos engenheiros e engenheiras as melhores condições de trabalho possíveis.

Engenheiros e engenheiras contam com aUnisenge na hora da qualificação profissional

A Unisenge, Universidade Corporativa do Senge-MG, foi criada em 2015 e desde então vem atendendo à demanda de cursos dos engenheiros e engenheiras de Minas Gerais e até de outros Estados. Mesmo com pouco tempo de atuação, o nível de satisfação relacionado à Unisenge pode ser observado através do feedback dos engenheiros, segundo o diretor do Senge-MG, Alírio Ferreira Mende Júnior, à frente do projeto. “A resposta dos engenheiros e

associados quanto ao trabalho da Unisenge tem sido positiva. Em nossa pesquisas de satisfação, estamos recebendo diversos elogios quanto a mobilização e o aperfeiçoamento dos nossos profissionais.”

A Unisenge trabalha através de parcerias com universidades, facul-dades e demais centros de forma-ção que oferecem descontos signi-ficativos em cursos de graduação, pós-graduação, MBA e mestrado para os associados do Senge-MG, além de cursos de qualificação.

“O curso de Energia Solar Fotovol-taica conectada à Rede, realizado pela Unisenge, foi muito bom, achei exce-lente, tanto na parte teórica quanto na parte prática”, afirma o engenheiro Gustavo Antônio da Silva, que parti-cipou do curso. “Achei muito impor-tante essa iniciativa do Sindicato e acho que a oferta de cursos deve ser frequente, pois a qualificação profis-sional precisa ser constante”, diz. Gus-tavo se tornou sócio do Senge-MG e, com isso, pôde contar com o preço diferenciado na realização do curso.

Curso de Energia Solar Fotovoltaica realizado pela Unisenge foi um sucesso

Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

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ano de 2016 foi um período de grandes conquistas para o Departa-mento Jurídico do Senge-MG. A mobi-lização dos membros do departamen-to e da diretoria do Sindicato evitou a demissão em massa de engenheiros e engenheiras pela Cemig, no mês de junho, o que foi alcançado através de uma Liminar da Justiça do Trabalho proferida no dia 06/07/2016. Em 24 de novembro, ocorreu uma audiência de conciliação com a empresa, na 2ª Vara da Justiça do Trabalho, onde as demissões foram discutidas mais uma vez. Sem chegar a um consenso, foi agendada audiência para 2018, em virtude do elevado número de proces-sos que tramitam na Justiça do Traba-lho. Sem abandonar o assunto, o Sin-dicato convocou os profissionais en-volvidos neste processo para reunião no dia 19/12, onde foram discutidas as soluções individuais e coletivas para os engenheiros e engenheiras, visando a preservação dos postos de trabalho e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.

Piso Salarial Outra vitória do Sindicato foi

conquistada na ação do Senge-MG

Departamento jurídico do Senge-MGtrabalha em defesa da Engenharia

Atuação do departamento jurídico do Sindicato em 2016 geroubons frutos e deu resultados positivos para a categoria

O contra a Epamig pelo pagamento do Salário Mínimo Profissional. A 2ª Turma do Supremo Tribunal Fe-deral (STF), composta, na época, pelos ministros Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Teori Zavascki, por votação unânime, realizada em 16 de feve-reiro de 2016, negou o recurso de Agravo ajuizado pela Epamig em tentativa de reverter a decisão que condenava a empresa a corrigir o salário dos engenheiros nos ter-mos da Lei 4950-A/66, bem como a pagar os valores retroativos a até 5 anos, contados do ajuizamento da ação.

“A decisão da 2ª Turma do STF consolida o entendimento de que a Epamig deve fazer o pagamento do Salário Mínimo Profissional aos en-genheiros, pagando inclusive os res-pectivos valores retroativos e, mais importante ainda, consolida a cons-titucionalidade da Lei 4950-A/66, que estipula o piso profissional. Essa é uma grande vitória não apenas para os engenheiros da Epamig, mas para toda a Engenharia”, comemo-ra o presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira.

Tive problemas quando sai da empresa em que eu trabalhava, no cumprimento de acordos feitos, e procurei o Departamento Jurídico do Senge para me ajudar. Fiquei muito satisfeito com o atendimento, pois o pessoal foi bastante atencioso, houve muita rapidez em iniciar o processo e sempre fui bem atendido. Inclusive, já indiquei o Senge-MG para outros colegas engenheiros.

José Geraldo Mendes, engenheiro civil e sóciodo Sindicato.

Departamento Jurídico doSenge-MG em números (2016)

• Audiências realizadas: 219• Novas ações (apenas trabalhistas): 82

Senge-MG participa de audiênciade mediação com a BHTrans, no TRT-MG

Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

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O diretor de Negociações Coletivas, Ricardo dos Santos Soares

Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) tem expandido sua atuação nas ne-gociações coletivas da Engenharia para além do Estado de Minas Gerais. Em 2015, o Senge-MG, contando com o apoio da Federação Interes-tadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), entrou nas negociações salariais da CBTU para representar os engenheiros e engenheiras. Foi um processo longo que, felizmente, terminou em vitória para a catego-ria, quando em dezembro de 2015, o TRT-MG determinou que a CBTU acatasse a participação da Fisenge (e do Senge-MG) nas negociações dos engenheiros (as).

Em 2016 foi a vez da Conab

Setor de Negociações Coletivas expande atuação para além do Estado de Minas Gerais

Senge-MG, em parceria com a Fisenge, investiuem campanhas salariais de âmbito nacional

O (Companhia Nacional de Abasteci-mento). Em processo parecido com o que ocorreu na CBTU, o Senge-MG e a Fisenge foram demandados a re-presentar os engenheiros e engenhei-ras nas negociações nacionais com a empresa. Diante da resposta negativa da Conab à pauta nacional dos enge-nheiros e engenheiras, entregue em 20 de julho de 2016, as entidades procuraram a justiça para garantir seus direitos. A Fisenge e o Senge--MG, representados pelo diretor Ri-cardo Soares e pelo advogado Daniel Rangel, conseguiram decisão liminar do TRT-MG, em 22 de agosto, deter-minando que a empresa acatasse a participação da Fisenge nas negocia-ções coletivas da empresa represen-tando os engenheiros e engenheiras.

“Representamos boa parte dos engenheiros e engenheiras do Es-tado. Ainda assim, sabemos que há muito o que se fazer, bem como demandas de negociação que ainda não alcançamos. O setor de Nego-ciações Coletivas (NC) caminhará na mesma linha política do Senge, ou seja, de uma aproximação cada vez maior aos profissionais, no intuito de levar nossos serviços”, afirma o diretor responsável pelo setor de NC, Ricardo dos Santos Soares.

“Acerca das negociações nacionais, é natural que, com o sucesso obtido nas negociações

de 2016, engenheiros em outras empresas queiram a participação do Senge-MG em suas respectivas campanhas para representa-los. Temos algumas conversas iniciadas e, à medida que formos demandados, juntamente com a Fisenge, buscaremos fazer nosso papel de representantes da melhor maneira possível”, finaliza Ricardo.

Negociaçõesem Minas Gerais As negociações coletivas em Mi-

nas Gerais também estão em pro-cesso de expansão. Em 2010, o nú-mero total de campanhas das quais o Senge participou era de 18: 9 campanhas municipais, 8 estaduais e 1 nacional. Em 2016, o número total de campanhas nas quais o Sen-ge Minas Gerais esteve envolvido foi de 60, mais de três vezes superior ao número de 2010.

CAMPANHAS 2016

• Municipais: 39• Estaduais 16

• Nacionais: 4• Interestaduais 1

Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

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Senge Jovem tem passado por uma reestruturação em todo o Estado. As mudanças visam integrar de forma mais consistente e rotativa os estu-dantes nos núcleos, além de tornar o projeto mais eficaz nos municípios. A reestruturação passa pela criação de novos núcleos e na reorganização dos cargos e das responsabilidades. “Após estudar diversos modelos de movimen-tos estudantis, avaliamos que o mode-lo hierárquico seria a melhor forma de cercar todos os objetivos, ou a maioria deles”, explica um dos coordenadores do Senge Jovem, Victor Hespanha.

Agora, a estrutura do Senge Jovem conta com um coordenador geral, um coordenador regional, um coordena-dor de núcleo, a diretoria de núcleo e a equipe de núcleo. As regionais, ago-ra, são de acordo com as 7 regionais do Senge-MG, que são: Campo das Vertentes, Centro, Norte/Nordeste, Sul, Triângulo, Vale do Aço e Zona da Mata.

Os núcleos assumem o papel dos antigos polos, ou seja, agora corres-pondem aos municípios. Eles agregam as equipes fundamentais de trabalho que desenvolvem os projetos para as respectivas cidades.

Já passaram pela reestruturação os núcleos do Senge Jovem em Belo Ho-rizonte, Viçosa, Juiz de Fora, Varginha, Ouro Branco, Montes Claros, Curvelo e São João Del-Rei. Nas cidades, Victor Hespanha, juntamente com o coorde-nador do Senge Jovem Minas Gerais, Rodrigo Carvalho, deram treinamento para os integrantes dos núcleos apre-sentando todo o projeto, bem como seus objetivos, sua visão, os pilares de atuação, entre outros pontos, sempre com foco no trabalho em equipe e na formação de líderes.

Projeto passa por reestruturação em todoo Estado para se tornar mais eficiente

Mudanças visam integrar os estudantes de forma mais consistentee tornar o projeto mais eficaz nos municípios em que se faz presente

O

Estrutura doSenge Jovem

Coordenador Geral: Responsável pelos polos do estado, apresentação, reestruturação e interlocução entre o Senge-MG e o Senge Jovem.Coordenador Regional: Responsável pelo Polo (Regional) e por sua expansão. Suporte para o coordenador geral e supervisão do(s) núcleo(s).Coordenador de Núcleo: Responsável pelo Núcleo(Município). Auxiliar, supervisionar e aprovar as atividades com a coordenação geral, feedback, relações interpessoais e motivação da diretoria e equipe.Diretoria de Núcleo: Responsável pelo desenvolvimento de projetos, execução e comunicação das atividades do núcleo. São três diretores responsável pelas respectivas diretorias: Projetos, Marketing e Comunicação e Executiva.Equipe (Trainee) do Núcleo: Equipe de suporte à respectiva diretoria e aspirante ao cargo.

Informativo Oficial do SENGE-MG - nº 219 - 02 de Janeiro de 2017

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