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DEBATE O(S) FUTURO(S) DA GOVERNAÇÃO DA UNIVERSIDADE 31 DE mAio DIA DA FEP minisTro DAs FinAnçAs EncErrA ciclo DE conFErênciAs DA FEP FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO # 26 | MAIO-AGOSTO 2012

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Revista quadrimestral | maio a agosto de 2012

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DEBATE

O(S) FUTURO(S) DA GOVERNAÇÃO DA UNIVERSIDADE

31 DE mAio

DIA DA FEpminisTro DAs FinAnçAs EncErrA ciclo DE conFErênciAs DA FEP

FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO# 26 | MAIO-AGOSTO 2012

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Ficha Técnica:Diretor: João Proença; Coordenação Redatorial: Gabinete de Marketing e Comunicação; Tiragem: 3000 exemplares; Periodicidade: Quadrimestral;Contactos: NotíciasFEP, Gabinete de Marketing e Comunicação da Faculdade de Economia da Universidade do Porto,Rua Dr. Roberto Frias, 4200-464 Porto; Tel.: 225 571 100; Fax: 225 505 050; E-mail: [email protected]

Textos escritos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Ex-Ministros deixam “pistas” para o futuroAté ao momento já passaram pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, mais concretamente entre fevereiro e maio, quase todos os ex-ministros das Finanças de Portugal, convidados no âmbito do ciclo de Conferências FEP “Assumir a responsabilidade pelo Passado - Projetar o Futuro”. Os ex-governantes analisaram de forma crítica as decisões políticas tomadas ao longo das últimas décadas, mas deixaram sobretudo pistas para inverter a atual situação financeira e económica do país e da Europa no seu conjunto.

A primeira conferência foi subordinada ao tema “ Tem futuro o atual modelo do estado” e juntou Joaquim Pina Moura, José Silva Lopes e ainda Miguel Cadilhe.Entre as principais conclusões, destacam-se a previsão de Silva Lopes que, no final de um exaustivo diagnóstico sobre o país, afirmou estar convencido que Portugal vai ter que recorrer, até ao final do ano, a uma nova ajuda financeira externa.Miguel Cadilhe sublinhou aspetos como a coragem e a resistência como sendo os principais desafios que o país tem que vencer para atravessar o “deserto” em que se encontra. Já Pina Moura defendeu que a política económica da zona euro “tem de mudar.” O ex-ministro considera que há um “falso consenso” entre os estados-membros da moeda única. Pina Moura deixou uma mensagem clara: O único caminho para a Europa ultrapassar a atual crise é a reforma do regime económico e monetário.Em março, Fernando Teixeira dos Santos, Jorge Braga de Macedo e Luís Miguel Beleza discutiram o futuro da União Europeia. Os anteriores governantes protagonizaram um debate vivo, que ficou marcado pela discussão em torno das assimetrias económicas na Zona Euro e pela possibilidade de poder vir a existir um orçamento comum, que garanta um desenvolvimento mais equilibrado.O antigo ministro das Finanças Miguel Beleza afirmou por exemplo que não o repugna que “cada país da zona euro dê um palpite sobre

os orçamentos dos outros países”. E referiu o caso de Espanha, lembrando que este país vale 30 % das exportações portuguesas”. Deixou a pergunta: será desprezível uma interferência da Espanha?Por outro lado, disse ainda acreditar que o espaço europeu continuará a alargar-se a outros países. Mas afirmou que - depois de uma solução que espera rápida do caso da Turquia - esse alargamento nunca estará completo sem a Rússia.Já o antigo ministro das Finanças Braga de Macedo defendeu que

“o ajustamento atual por que passa a economia portuguesa deve ser usado como uma espécie de pano de fundo para o lançamento das reformas estruturais que continuam a faltar”.Teixeira dos Santos considerou que o grande falhanço da zona Euro se prende com a ausência de mecanismos de governação e com o facto dos países não terem sido capazes de lançar medidas estruturais.O ex-ministro falou também das graves assimetrias entre as economias, às quais nem a moeda única foi capaz de dar resposta.A mais recente conferência reuniu Eduardo Catroga e Medina Carreira para falarem sobre o melhor figurino de desenvolvimento económico para Portugal – Metas e Projetos.Para o dia 17 de maio está agendada uma nova conferência, com a presença de Bagão Félix, Luís Campos e Cunha e Manuela Ferreira Leite. Desta vez o tema em debate será “Que arquitetura para um novo modelo de estado social?”.

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editorial

A FEP está a viver um processo de mudança que exige a sua adaptação às novas exigências do ensino superior na área da economia e da gestão, cada vez mais competitivo e internacionalizado. Vale a pena sintetizar as primeiras áreas de intervenção e alguns dos resultados da nova dinâmica de modernização e afirmação da Faculdade.Primeiro, reformamos a oferta da FEP. No próximo ano letivo já vão entrar em vigor os novos planos de estudos das Licenciaturas em Economia e em Gestão, mais adaptados a Bolonha e articulados com os novos Mestrados de Continuidade da FEP: os Mestrados em Economia e em Gestão. Introduzimos novos conteúdos curriculares relacionados com as soft skills e inovamos ao organizar o portfolio de Mestrados, distinguindo os Mestrados de Continuidade que se dirigem preferencialmente a recém-licenciados das áreas de Economia ou da Gestão, dos Mestrados de Banda Larga e Especializados em áreas específicas e que se dirigem a licenciados de qualquer área com e sem experiência.Segundo, sendo já uma referência nacional, a FEP pretende também ser uma referência internacional, pelo que a internacionalização da Escola passou a ser uma prioridade. Nesse âmbito, desenvolvemos um mestrado internacional com possibilidade de dupla titulação com a Euromed Management de Marseille e ofereceremos já no próximo ano letivo a lecionação integral em inglês de dois Mestrados - o Master in Management e o Master in Finance. Sublinhamos a importância que pode ter para os nossos estudantes, a dupla titulação com a Euromed Management de Marseille, uma das Escolas mais reputadas nesta área, de acordo com a classificação do ranking do Financial Times, o que por si só constitui um forte desafio para a FEP e para os seus estudantes.

João F. Proença, Diretor da FEP

(Continua na pág. 5)

Vítor Gaspar, Ministro das Finanças,encerra ciclo de conferências da FEpO atual Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, irá encerrar o ciclo de conferências FEP, no próximo dia 31 de maio, data em que se assinala igualmente mais uma edição do dia da FEP.Depois dos debates protagonizados pelos ex-ministros das Finanças de Portugal desde 1974, a Faculdade de Economia decidiu lançar o desafio ao atual ministro, que imediatamente aceitou o convite formulado pelo Diretor da Faculdade. Apesar da agenda sobrecarregada que enfrenta diariamente, o responsável pela pasta das Finanças disponibilizou-se para participar na iniciativa da FEP, que tem como objetivo refletir sobre o passado, mas sobretudo apontar caminhos para o futuro, no atual contexto político, económico e social em que a Europa se encontra.Para além da intervenção do Ministro das Finanças, o dia da FEP ficará marcado igualmente por um conjunto de

iniciativas promovidas pelos estudantes, destinadas a dar a conhecer as atividades desenvolvidas ao longo do ano, no âmbito da Academia de Competências da Faculdade, nomeadamente a participação em competições nacionais e internacionais, prémios, distinções e outras atividades.Na sessão solene, tal como aconteceu no ano passado, serão anunciados os candidatos ao Prémio Carreira 2012, na sequência da seleção feita pelos Alumni, que já se encontra em curso, através da Internet. Nesta ocasião serão também atribuídos os prémios aos estudantes da FEP que se distinguiram através da Pool de Talentos.O Dia da FEP contará ainda com as intervenções do Reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, do administrador do Santander Luís Bento dos Santos e do Diretor da Faculdade, João F. Proença.

O ciclo de conferências da FEP 2012, que já pode ser considerado um sucesso quer pelos convidados presentes quer pela adesão interna e externa, encerrará no próximo dia 31 de maio, com a presença do atual Ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

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Futuro das Universidades:movimento europeu apontapara o surgimentode universidades de elite

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto promoveu em parceria com as faculdades de Direito, Letras e Psicologia um debate pioneiro sobre o futuro da governação das universidades em Portugal, tendo como ponto de partida o atual estado do ensino superior e as tendências internacionais, que apontam para uma redução do número de Escolas, apostando cada vez mais na excelência.

Em discussão estiveram temas como a autonomia financeira e jurídica das universidades e ainda os modelos de gestão. Entre os principais oradores, destacam-se o reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, Jorge Miranda, Cândido Agra, Artur Santos Silva, Alberto Amaral, Manuel Ferreira da Silva, João F. Proença, António Fernando da Silva, José Madureira Pinto e Luís Portela. A primeira conferência deste ciclo incidiu sobre as dimensões jurídicas da governabilidade. Esse debate permitiu reconhecer a existência de uma forte conexão entre autonomia universitária e a democracia, ao mesmo tempo que permitiu refletir sobre o papel da regulamentação na governação da Universidade.No segundo encontro, Artur Santos Silva optou por distinguir a Universidade pela investigação e pelo ensino propriamente dito. “Creio que em relação à investigação temos o maior sucesso nas políticas públicas nos últimos 15 anos. Acho que o nosso país deu um salto extraordinário e inimaginável. Em muitas coisas melhorou-se muito no Ensino Superior, mas não houve a mesma atenção e a mesma prioridade no esforço financeiro que o Estado deu ao Ensino (vocação da Universidade) quando comparado com a investigação. O Presidente do Conselho Geral da Universidade de Coimbra e recém-nomeado Presidente da prestigiada Fundação Calouste Gulbenkian sublinhou que “os países que mais têm progredido são aqueles que têm um esforço simétrico entre o que deve ser o papel da Universidade na investigação e o que deve ser o papel da Universidade na formação”.Santos Silva também lançou críticas ao atual sistema de financiamento das Universidades, defendendo um plano de apoio a 5 anos, de acordo com critérios quantitativos e qualitativos.

“Em muitos casos é desejável uma maior especialização de certas instituições para reforçar a sua capacidade para atrair os melhores alunos e os melhores professores”, sintetizou.O Ex-reitor da Universidade do Porto e Presidente da Associação A3ES, Alberto Amaral, deixou uma reflexão para o futuro das universidades: “Uma Universidade tem de ter uma estratégia. Queremos muitos alunos, ou queremos a excelência?”, questionou.Referindo-se ao que se está a passar no resto da Europa, Alberto Amaral está convencido que “a médio-longo prazo vai haver um número muito restrito de Escolas que estarão no topo do ranking”.Já Ferreira da Silva, membro do Conselho de Representantes e administrador do BPI abordou a necessidade de uma “cooperação disciplinada” na universidade, numa sessão moderada por Cândido da Agra que contou igualmente com a intervenção do Diretor da FEP, João F. Proença.

Ferreira da Silva elogiou o trabalho que a direção da FEP está a desenvolver, nomeadamente no âmbito da internacionalização.

“Penso que é muito positivo aquilo que o Conselho Executivo da FEP está a fazer no sentido de aumentar o número de disciplinas em inglês e conseguir um segundo ciclo com dupla titulação”, exemplificou.O administrador do BPI, que se encontra totalmente sintonizado com este movimento do ensino superior, lembrou que “a fusão que se projeta em Lisboa (Clássica e Técnica) é um movimento atrasado face à Universidade do Porto”.O Diretor da FEP, João F. Proença fez uma intervenção sobre eficiência e eficácia na Universidade, liderança e coordenação e Universidade versus empresa, defendendo que os “líderes representam um papel fundamental na eficácia do Grupo e da Organização que lideram”.

“Liderar na universidade não é diferente de liderar uma organização, mas envolve a capacidade de motivar, influenciar e formar equipas que consigam de forma voluntária e com grande entusiasmo contribuir para os objetivos da equipa e da organização. No meio

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Pretendemos receber mais estudantes estrangeiros e ver cada vez mais estudantes da FEP em programas de mobilidade, seja nas licenciaturas, mestrados ou doutoramentos. Para isso, estamos a reestruturar o conjunto de instituições parceiras de mobilidade seguindo critérios exigentes de qualidade e aumentamos o número de disciplinas da oferta da FEP lecionadas em inglês de 19 (2009/2010) para 37 (2011/2012). A internacionalização da FEP potenciará o desenvolvimento de carreiras internacionais, a exposição e as oportunidades de empregabilidade dos nossos estudantes. A investigação, nomeadamente a investigação aplicada, é outra das nossas prioridades. É para nós um motivo de orgulho a qualidade das publicações internacionais que têm sido obtidas por alguns dos nossos investigadores, bem como os trabalhos que os nossos professores, através do centro de Estudos e Sondagens – ES FEP -, estão a desenvolver para o Governo de Portugal e outras importantes instituições portuguesas em áreas críticas para a nossa economia, como por exemplo, a reforma administrativa, o emprego, a saúde ou a cultura. Consideramos a ligação da investigação com o ensino e com as outras atividades da FEP particularmente importante. Estamos a iniciar a discussão de uma política científica para a Escola. Por outro lado, no âmbito da Academia de Competências temos vindo a fomentar cada vez mais o empreendedorismo dos nossos estudantes e o seu envolvimento em atividades de investigação. Estimulamos muito a aproximação dos nossos estudantes ao mercado de trabalho, a sua exposição pública e participação em competições (nacionais e internacionais), onde temos obtido excelentes resultados. São disso exemplos muito recentes, o FEP International Case Team que em abril em Seattle, USA, disputou a final de uma das mais importantes competições mundiais de Casos Empresariais ou a criação do FEP Finance Club, que em maio irá fazer uma visita de estudo à City em estreita colaboração com várias empresas financeiras de Londres.Gostaria também de salientar a projeção que a FEP alcançou, o que marca uma nova etapa da relação da Escola com o exterior, nomeadamente com a Universidade do Porto. Criamos o Prémio Carreira e a Pool de Talentos. Por nossa iniciativa, passamos a fazer parte do Conselho Geral do INESC, juntando-nos às Faculdades de Engenharia e de Ciências. Organizamos dois ciclos de conferências de grande notoriedade: “O(s) Futuro(s) da Governação da Universidade” e “Assumir a responsabilidade pelo passado – projetar o futuro”. O primeiro ciclo juntou as Faculdades de Economia, Direito, Letras e Psicologia e Ciências da Educação e apresenta um balanço final muito positivo, na medida em que se discutiu a evolução da Universidade e a reorganização da UPorto. O segundo ciclo de conferência reuniu os ex-Ministros das Finanças do pós 25 de Abril e encerrará no Dia da FEP com a presença do atual Ministro das Finanças. Ainda a destacar, no quadro deste elevado dinamismo, os inúmeros Seminários organizados na FEP com personalidades exteriores e a intervenção frequente dos nossos docentes e estudantes em órgãos de comunicação social, desde a televisão, à rádio e aos jornais, o que tem permitido aumentar a capacidade da FEP para facilitar o desenvolvimento do país. Desenvolvemos muito as Relações Externas, em particular, com os Alumni. Consideramos, o relacionamento com as empresas, com as instituições de prestígio e com gestores de topo essencial para o desenvolvimento da Escola e dos nossos estudantes. Recentemente, juntamos na FEP reputados empresários para uma discussão de ideias, a partir do plano estratégico da FEP para os próximos anos. Acreditamos que esta aliança traz grandes vantagens para as empresas e para os licenciados, mestres e doutores da FEP e é fundamental para garantirmos a excelência e competitividade da Faculdade e, por essa via, o desenvolvimento do país.Por fim, uma nota final, sobre continuarmos a desenvolver a qualidade e abrangência da nossa formação, o que se evidencia na empregabilidade dos estudantes da FEP. Dados recolhidos recentemente mostram a confiança que as empresas e outras instituições recrutadoras têm nos nossos estudantes. Nos mestrados, mais de 60% dos estudantes de mestrado da FEP sem emprego à entrada, obtêm colocação antes de terminar o curso e 75% e 94% estão colocados até três e seis meses, respetivamente, após a conclusão dos cursos. Estes dados vêm consolidar os dados anteriores relativos às licenciaturas e projetam cada vez mais a FEP. Acresce ainda que continuamos a realizar formação destinada a executivos através da EGP-UPBS, o que consideramos essencial para estarmos em toda a fileira da nossa área de intervenção e cumprirmos a missão da FEP. O balanço é, pois, claramente positivo e motivador. Continuemos, por isso, a criar valor para a FEP, para a UPorto e para o país.

(Continuação da pág. 3)universitário a liderança das equipas apela essencialmente a motivações intrínsecas o que é fundamental para o desenvolvimento da Universidade”, salientou o Diretor da FEP. João F. Proença referiu que qualquer modelo de governo deve criar condições para o desenvolvimento da cooperação entre as unidades orgânicas da Universidade.A última conferência deste ciclo incidiu sobre a missão da Universidade e contou com a presença de António Fernando Silva e de José Madureira Pinto, como oradores, ficando a moderação a cargo da Diretora da Faculdade de Letras, Fátima Marinho.Nesta sessão, em que foram debatidos temas como a investigação, o ensino e a prestação de serviços ao exterior, o Professor Catedrático aposentado da FEP, José Madureira Pinto, salientou que “há um hiato difícil de ultrapassar entre a Universidade e as empresas”.Por sua vez, o Diretor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, António Fernando Silva, fez referência à fase que atualmente se vive em que “a colaboração deve ser intensificada” e acrescentou que um

dos pontos mais importantes que reteve das comunicações anteriores foi a “necessidade de reconhecer a diferenciação entre a organização Universidade e a organização empresarial”.A sessão de encerramento deste ciclo esteve a cargo do Presidente do Conselho Geral da UP, Luís Portela, que destacou a importância da realização desta iniciativa no momento em que se está a rever o regulamento orgânico da Universidade. Na sua intervenção, que claramente apelava à união e ao diálogo no seio da Universidade, Luís Portela salientou que “a Universidade do Porto tem todas as caraterísticas para ser um grande motor de desenvolvimento do norte do país, embora se deva centrar não apenas no país, mas sobretudo em termos internacionais, concorrendo com as grandes universidades internacionais e assumindo essa intenção”.

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Nesse sentido, a Direção convidou recentemente um grupo de reconhecidos empresários, a quem apresentou o seu plano estratégico, que serviu de base a uma ampla troca de ideias, experiências e reflexões que visam preparar a Faculdade para os novos desafios.Os empresários presentes ficaram entusiasmados com a ambição das propostas apresentadas pela FEP e, sobretudo com as metas já alcançadas, nomeadamente a oferta de dois cursos lecionados integralmente em inglês e a possibilidade do Master in Management

1. Como vê esta interação da FEP com os principais empresários do país e do Norte em particular?

2. Quais são as principais vantagens desta ligação ao meio empresarial?

3. A aposta em recursos humanos cada vez mais qualificados, com saberes e experiências diferentes, é essencial para o sucesso das empresas?

4. Esta aposta da FEP representa um fator de competitividade para a economia portuguesa?

5. Concorda que as Universidades têm de se aproximar mais do mercado de emprego para fomentar a produtividade e combater o desemprego?

6. O que espera deste Grupo de trabalho?

Questõespermitir a dupla titulação com a Euromed Management de Marseille.Na reunião, os gestores sublinharam ainda a necessidade de existir uma ligação cada vez mais forte com a cidade e com o meio empresarial, que seja capaz de acabar com o divórcio que sempre marcou a relação das Universidades com a restante envolvente económica e social.Por outro lado, destacaram a taxa de empregabilidade alcançada pela FEP, que a coloca entre as Escolas mais prestigiadas e reconhecidas pela qualidade do ensino praticado.

Uma Task Force para implementar a estratégia da FEpA Faculdade de Economia da Universidade do Porto está a viver um processo de afirmação e modernização, apostando numa estratégia virada para o exterior e capaz de competir com as principais Escolas internacionais nas áreas da economia e da gestão. Entre os principais objetivos, destacam-se o esforço que está a ser desenvolvido na internacionalização da faculdade, a aposta na investigação e nas relações com o meio empresarial e prestação de serviços externos.

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto criou recentemente um Centro de Estudos e Sondagens, ES FEP, constituído por reputados docentes desta Faculdade, que garantem um trabalho técnico e científico de excelência.Com este organismo, a FEP pretende, através de uma equipa que inclui todo o seu corpo docente, investigadores e estudantes, assegurar serviços externos de qualidade às instituições em geral, com a marca da Faculdade, ao mesmo tempo que está igualmente a contribuir para gerar receitas próprias. Neste momento, o ES FEP está a

realizar vários estudos para o Governo de Portugal em áreas consideradas estratégicas para o país, cujo impacto público já começou a fazer-se sentir. Um dos estudos apresenta uma proposta para a reorganização administrativa do país, através da criação de um novo patamar de decisão intermédio

- as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto – que permitiria uma gestão de maior proximidade e também a redução de custos por parte da administração central. O documento foi enviado pela Junta Metropolitana do Porto ao Ministro Miguel Relvas para análise pelo Governo.

A Task Force é uma equipa que envolve colaboradores docentes, não docentes e Alumni.Os elementos que constituem este grupo de trabalho são responsáveis pelo acompanhamento de cada um dos objetivos que integram o Plano Estratégico da FEP. Esta primeira reunião contou com a presença de um grupo alargado de empresários e gestores: Ângelo Paupério (SONAE), Manuel Ferreira da Silva (BPI), António Portela, (BIAL), João Manuel Oliveira (COFINA), Nuno Macedo Silva (RAR), Jorge Beja Neves (DELOITTE), Francisco Pimentel (MCkINSEy), Maria Antónia Torres (PwC), Maria Isabel Peres (MOTA-ENGIL), Rui Amorim Sousa (CEREALIS), Cristina Mesquita (EFACEC). Da Task Force esteve presente a Direção da FEP, o Serviço de Relações Externas - SEREIA (Sofia Veiga), e ainda os responsáveis pela Internacionalização (Marta Barbosa) e pela Melhoria Contínua e Acreditação (Miguel Magalhães), Rankings (Paulo Pereira, João Ribeiro e João Correia da Silva), 2º Ciclo (Catarina Roseira), Investigação (Hélder Vasconcelos), Receitas Próprias (Paulo Teles, Joaquim Barreiros, Elísio Brandão e Rui Couto Viana).

O outro estudo, já anunciado publicamente, foi encomendado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, ainda não se encontra totalmente concluído, mas o relatório preliminar já se encontra em análise pelos parceiros sociais. Este estudo pretende analisar as medidas ativas de emprego em Portugal ao longo dos últimos doze anos. Neste momento estão igualmente a ser efetuados outros estudos, para o Ministério da Saúde e para a Secretaria de Estado da Cultura.

ES FEpEstudos e Sondagens da FEp

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1. Parece-me uma excelente ideia! A FEP tem um papel muito importante na formação de quadros e gestores em Portugal. Esta troca de ideias seguramente será proveitosa para ambas as partes.

2. Creio que ambas partes têm a ganhar com esta ligação. A FEP poderá perceber melhor os objetivos e preocupações das empresas e estas poderão melhor compreender os objetivos e estratégias da FEP. Em última instância, a FEP poderá ajustar melhor a sua oferta à realidade das empresas, gerando profissionais mais bem preparados e maior capacidade de ajuste às reais necessidades das empresas.

3. Num sentido mais lato vários autores defendem que a maior ou menor capacidade de um país se desenvolver e crescer depende da educação e formação. A qualificação dos RH é fundamental para as empresas. Ter as ferramentas e competências necessárias para poder propor soluções inovadoras, diversificadas e competitivas é crítico para as empresas. É decisivo que as faculdades tenham como objetivo dar ferramentas aos alunos que lhes permitam atuar nos diversos agentes económicos e não apenas gerar conhecimento. É fundamental saber aplicá-lo.

4. Ainda estão a ser dados os primeiros passos, mas fiquei com uma opinião muito positiva. A FEP está a atuar em diversos quadrantes, alguns dos quais eu desconhecia. Se esses fatores forem potenciados por esta interação poderão gerar mais competitividade. O plano é muito ambicioso!

5. Sem dúvida. Se as Universidades geram conhecimento que não é aplicável no mercado, vai seguramente levar a ineficiências e desemprego. A Universidade tem de perceber quais as necessidades da economia como um todo, incluindo as empresas, e preparar os alunos para darem um contributo positivo e objetivo.

6. Espero que seja capaz de dar um contributo para ajustar a oferta às necessidades do mercado, de aumentar a competitividade da FEP, e que seja capaz de cumprir os objetivos a que se está a propor.

António Portela, CEO da Bial

Jorge Beja Neves, Partner da Deloitte

Maria Antónia Torres, Partner da PwC

1. Vejo essa interação de uma forma muito positiva, que considero mesmo como essencial. Uma Faculdade de Gestão e Economia, que forma gestores e economistas, tem necessariamente de interagir com o mundo empresarial e, através desse intercâmbio, melhor apreender as necessidades das empresas, as perspetivas de evolução do mercado e ajustar a sua oferta em conformidade e, em paralelo, identificar as medidas que possam aproximar os estudantes às empresas e vice-versa.

2. As principais vantagens prendem-se com a capacidade da FEP em ajustar a oferta da Faculdade às necessidades do mundo empresarial, antecipando quanto possível, essas necessidades e essas alterações. Por outro lado, permite uma melhor divulgação da sua oferta e, em simultâneo, uma maior interação entre o corpo docente da Faculdade e os empresários. Pode igualmente fomentar a aproximação dos estudantes às empresas e vice-versa, conforme referi anteriormente.

3. Sem dúvida. A especialização, a sofisticação dos negócios, a inovação, a crescente necessidade por contínuos níveis de acréscimos de produtividade exigem, sempre, sem descanso, a melhor formação, quer de base, quer especializada.

4. À sua dimensão e medida sim, pois a FEP é um contribuinte importante de pessoas qualificadas e que irão fazer parte, no futuro, dos quadros médios e superiores de muitas empresas deste País.

5. De uma forma direta não concordo. O que entendo é que a aproximação das faculdades ao mundo real das empresas permite, conforme já referi, melhor ajustar a sua oferta às necessidades daquelas. E considero que este facto, conjuntamente com uma Faculdade que assegure a qualidade no seu ensino, formando pessoas altamente qualificadas constitui um dos meios para contribuir para o emprego dos jovens recém licenciados.

6. Tenho expectativas quanto a este Grupo de trabalho. A iniciativa parece-me excelente e meritória. Objetivamente espero que possam ser partilhadas experiências, ideias, necessidades, objetivos e que possam resultar em ações concretas, quer na Faculdade, quer em relação aos intercâmbios possíveis entre a FEP e as empresas.

1. A interação com o mundo empresarial é um sinal muito importante da abertura e da estratégia da FEP, assim como da perspetiva da universidade quanto ao seu papel no contexto do Norte e do País.

2. A ligação ao meio empresarial é fundamental para todas as partes envolvidas. Para a FEP pela recolha de inputs para a sua estratégia, pela obtenção de sensibilidade sobre o mercado do trabalho e aquilo que se procura em cada momento. Para os empresários pelo acesso ao conhecimento e à inovação que as universidades geram e também pela possibilidade de influenciar a formação disponível no sentido daquilo que o mercado necessita. Para os estudantes, a possibilidade de ter uma formação mais adaptada ao contexto, em cada momento, virada para o futuro, e pela criação de oportunidades.

3. A qualidade das pessoas que gerem e integram uma organização é e será sempre fator essencial do sucesso. No atual contexto, num mundo em mudança constante e pouco previsível, a qualidade dos recursos humanos é ainda mais relevante, juntando à competência técnica um conjunto de outras competências normalmente designadas de “soft skills” na criação das quais as universidades têm um papel essencial.

4. Na minha opinião, um fator essencial para a competitividade do país. A formação adequada dos nossos recursos, nas várias competências, é essencial para o crescimento do país, visando incrementar a inovação, o empreendorismo, a versatilidade, o rigor, a análise crítica.

5. É essencial que as Universidades se aproximem das empresas. O mercado mostra um dinamismo sempre crescente e é fundamental que a formação que as Universidades dão aos seus alunos esteja sempre alinhada com as necessidades das empresas e do mercado.

6. Espero que a PwC, assim como as outras entidades representadas no grupo de trabalho, possam dar um contributo relevante para a implementação da estratégia da FEP, gerando com isso valor para a Universidade, para os estudantes, para a cidade e, como fim último, para a economia do País.

“… A FEP está a atuar em diversos quadrantes, alguns dos quais eu desconhecia…O plano é muito ambicioso!…”

“… é fundamental que a formação que as Universidades dão aos seus alunos esteja sempre alinhada com as necessidades das empresas e do mercado…”

“…uma Faculdade que assegure a qualidade no seu ensino, formando pessoas altamente qualificadas…”

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A FEP First Connection (FFC), constituída por seis estudantes do 2º ano de Gestão, tem como único objetivo promover a primeira ligação dos estudantes da FEP ao mercado de trabalho. Esta iniciativa, pioneira na Faculdade, assume a missão de aproximar o estudante e as organizações do tecido empresarial português, através da organização de visitas às empresas. A FFC cria desta forma momentos de contacto direto com as diversas culturas organizacionais, visando a identificação de oportunidades de trabalho que os licenciados da FEP poderão vir a usufruir após terminarem o curso. Nascido em novembro de 2011, este organismo já realizou duas

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OS NOSSOS ESTUDANTES

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A FEP foi a única faculdade portuguesa a participar no evento Global Business Case Competition (GBCC), em Seattle, nos Estados Unidos da América, de 9 a 14 de abril, no qual disputou a final taco-a-taco com a Universidade de Hong kong, a vencedora da edição deste ano.Quatro faculdades foram apuradas para a final, mas, de acordo com as palavras do júri, a vitória foi disputada entre a equipa da FEP e a equipa da Universidade de Hong kong.Nesta edição do GBCC estiveram presentes apenas duas escolas europeias – a FEP e a University of Manchester – e algumas das melhores escolas mundiais, como a University of Sidney, University of British Columbia e a University of Washington, entre outras.O GBCC é considerado uma das melhores competições mundiais do tipo Business Case Competition e consiste na resolução de casos de negócios (casos reais), por equipas de quatro estudantes de universidades de topo a nível mundial, e posterior apresentação das soluções propostas a um júri composto por membros da comunidade empresarial do país promotor. A equipa que representou a FEP nesta competição foi constituída pelos estudantes Filipa Loureiro, Hugo Volz, Isabel Sá e Tiago Devesa, que foram acompanhados pela Faculty Advisor da FEP, Renata Blanc.Estes estudantes fazem parte da FEP International Case Team (FICT), uma pool de estudantes criada no ano passado que resolve periodicamente case studies.

FICT representa portugal

Decorreu no passado mês de dezembro a 1ª Sessão Aberta anual do FICT, clube de estudantes da FEP dedicado à resolução de Business Case Studies em competições internacionais, organizada em parceria com a AEFEP e a Academia de Competências do SEREIA. A sessão foi um sucesso, contando com a participação de mais de uma centena de alunos de ambos os cursos de todos os anos. Foram fornecidas as ferramentas necessárias, tanto a nível de frameworks de gestão como de soft skills para resolverem um caso elaborado por uma prestigiada escola internacional europeia, tendo de seguida um tempo limitado para

Sessão AbertaFEp International Case Team (FICT)

José Pedro Parreira da Silva, estudante do 2º ano da Licenciatura em Economia da FEP foi o vencedor do

Concurso de Negócios Sociais da SHARE UP, uma iniciativa destinada a todos os estudantes universitários da cidade do Porto com espírito empreendedor que desenvolveram um plano de negócio social a ser implementado na região.

Concurso de Negócios Sociaisda SHARE Up

FEp First Connectionem direto nas empresas

proporem as suas soluções perante um júri de ex-participantes em competições internacionais, e o próprio FICT.No final sagraram-se vencedoras as equipas apresentadas abaixo, tendo sido premiadas com uma formação em Análise Financeira lecionada pelo professor Luís Rocha. À AEFEP e ao SEREIA, em parceria com as quais toda a sessão foi organizada, um grande obrigado, como ao Gabinete de Marketing e Comunicação por todo o apoio prestado. Os grandes vencedores foram AT@Consulting, Just in Case, “Os douradinhos”, Solutions Unlimited e Alcabideche Consulting Group.

O estudante da FEP apresentou uma ideia simples e eficaz que consiste em remunerar os particulares que decidam separar e entregar o lixo reciclável, um projeto a que chamou “Separar para Ganhar, do Plano à Prática”, e que lhe valeu a vitória por unanimidade e um prémio de 300 euros.

“Acredito que a reciclagem deve ser o destino final preferencial das embalagens dos produtos que usamos. Para isso, é necessário sensibilizar a população para a importância da separação dos resíduos recicláveis, mas isso não bastará (até agora não bastou) para conseguir o nível ideal/desejado de reciclagem de resíduos. É necessário incentivar monetariamente a separação dos resíduos”, salienta José Silva.

visitas que registaram a boa adesão dos estudantes da FEP. A myPartner, uma empresa de consultoria informática em Leça da Palmeira, foi o destino da primeira visita e a segunda decorreu no The yeatman Hotel, em Vila Nova de Gaia. Informações sobre as próximas visitas agendadas podem ser consultadas em www.facebook.com/fepfc.

ParTiciPanTes

AsiA/PACiFiCChulalongkorn University, Bangkok, Thailandsultan Qaboos University, Muscat, OmanUniversity of Hong Kong, Hong kong, ChinaUniversity of sydney, Sydney, Australia

EUROPEUniversidade do Porto, Porto, PortugalUniversity of Manchester, Manchester, United kingdom

NORTH AMERiCA / sOUTH AMERiCA indiana University, Bloomington, Indiana, USAseattle University, seattle, Washington, USAsimon Fraser University, Burnaby, British Columbia, CanadaUniversity of Western Ontario, London, Ontario, CanadaUniversity of Washington, Seattle, Washington, USA

GlOBAl TEAM - MADE UP OF ONE sTUDENT FROM EACH sCHOOl sultan Qaboos University, Muscat, OmanUniversity of Manchester, Manchester, United kingdomUniversity of sydney, Sydney, AustraliaUniversity of Washington, Seattle, Washington, USA

Global Business Case Competition

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A StartUp BUZZ é uma organização de estudantes da FEP que pretende motivar o mundo académico para o empreendedorismo, ajudando os jovens universitários na criação de ideias de negócio. Através de sessões criativas, os participantes são desafiados a idealizar uma oportunidade de negócio e a desenvolvê-la. Perante um júri, constituído por especialistas, serão avaliados e motivados para um desempenho cada vez melhor.O primeiro evento da StartUp BUZZ – Buzz Arena - aconteceu no passado mês de março e reuniu na Sala do Conselho Científico da FEP cerca de 40 pessoas, entre participantes na competição, mentores e oradores.

StartUp BUZZ promove o empreendedorismo

“LAUNCH ME” trouxe à FEp inspiradoras histórias de vidaNuno Freitas, Filipe Casimiro, Miguel Neiva, João Seabra e Miguel Gonçalves trouxeram à FEP, no passado mês de março, as suas inspiradoras histórias de vida, com o objetivo de criar nos estudantes a vontade de mudar, inovar e encontrar soluções para os problemas com os quais se deparam atualmente.A conferência LAUNCH ME, criada pela AIESEC na FEP, pretende destacar-se de todas as outras por ter como principal objetivo fazer com que todos os estudantes da Universidade do Porto voltem a acreditar em si mesmos, desenvolvendo uma atitude crítica mas sobretudo empreendedora. Numa altura em que os estudantes se deparam diariamente com novos desafios que exigem respostas rápidas e inovadoras, a AIESEC leva até eles as histórias de vida

FEp FINANCE CLUBNasceu na FEP um novo organismo constituído exclusivamente por estudantes do Mestrado em Finanças, o FEP Finance Club. Inspirado nos Finance & Investment Clubs presentes nas mais reputadas Business School mundiais, os seus responsáveis pretendem mudar mentalidades, alargar competências e promover uma visão global sobre as oportunidades de carreira nos alunos da FEP. O FEP Finance Club atuará em quatro áreas distintas procurando preparar da melhor forma os alunos do Mestrado em Finanças para um mercado competitivo, internacional e repleto de oportunidades. Num âmbito mais alargado pretendem promover o gosto e o conhecimento pelo mundo das finanças junto de toda a comunidade FEP. Seguindo a estratégia de internacionalização da Faculdade, a sua comunicação externa será maioritariamente em inglês. Mais informação em: www.fep.up.pt/alunos/fepfinanceclubou em www.facebook.com/FEPFinanceClub

A FEP, em colaboração com o seu Embaixador em Londres, Bruno Serdoura, realiza a 8 de maio o 1º Jantar FEP Alumni @ London.Trata-se da primeira iniciativa internacional da Unidade Alumni que acontece na cidade que conta atualmente com o maior número de diplomados da FEP.Esta iniciativa coincide com a primeira viagem de negócios do recém-criado FEP Finance Club a Londres e, como tal, constituiu uma oportunidade única de juntar os atuais estudantes da FEP, os seus Alumni e o Diretor da FEP, João Proença, que marca presença no evento de forma a interagir de perto com a comunidade FEPiana residente na cidade. Se é diplomado pela FEP, registe-se no portal Alumni: www.fep.up.pt/alumni/

primeiro eventointernacionaldos Alumnida FEp aconteceem Londres

AIESEC

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EM DIA

A competição contou com a presença de 20 concorrentes.A qualidade da iniciativa possibilitou um output bastante interessante e uma apreciação positiva por parte do júri composto por Inês Santos Silva, Alumni FEP e Co-fundadora do Startup Pirates, Amadeu Peixe - Xtreme Jet, André Castro - Mind Sticker, Afonso Coelho – Pwc, Hugo Barbosa – Pwc, Francisco Sendas

- Associação Empresarial de Portugal e Ricardo Martins Costa - Vice-Presidente da JA Alumni Europe.Os estudantes desenvolveram em apenas duas horas projetos de negócio criativos para “Dinamizar a Baixa do Porto”.

de cinco revolucionários que conseguiram vencer os obstáculos de forma original e inspiradora.A crise é um momento de incerteza e dificuldades mas também de oportunidades e foi isso que a AIESEC pretendeu enaltecer com esta conferência.A AIESEC é a maior organização do mundo gerida exclusivamente por estudantes, estando presente em mais de 110 países e com mais de 60 anos de história, assume-se cada vez mais como a referência na promoção de estágios internacionais, ganhando num contexto de crise um papel fundamental por ser parceira na internacionalização das empresas portuguesas e por oferecer oportunidades de carreira internacionais.

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EM DIA

Os mestrados de continuidade são dirigidos prioritariamente a recém-licenciados em Economia e Gestão, enquanto os mestrados de banda larga e especializados destinam-se a licenciados de diferentes áreas, com ou sem experiência profissional, que pretendam complementar a sua formação de base ou atualizar e reforçar as suas competências nas áreas específicas dos cursos para potenciar as suas carreiras.Entre as novidades há a destacar os Mestrados em Economia e em Gestão. Este último foi criado em articulação com a escola francesa Euromed Management Marseille, detentora da acreditação internacional EQUIS, o mais exigente sistema de acreditação internacional das escolas de gestão, e oferece aos seus participantes

MESTRADOS

FEp inova e reforça oferta de Mestrados

A FEP é uma das doze instituições de ensino superior que integra a APEX - Aliança para a Promoção da Excelência na Administração Pública (AP), uma parceria com o Ministério das Finanças e a Deloitte, que visa formar quadros superiores e dirigentes da AP e representa um investimento na ordem dos 1,8 milhões de euros.A APEX permite que os candidatos da AP beneficiem de um desconto de 80% na esmagadora maioria dos 212 cursos das escolas aderentes, havendo um lote de 17 cursos que por limitações legais têm um desconto de 20%.

FEp colabora com os profissionais da administração pública através dos seus mestrados

a possibilidade de obterem a dupla titulação. Este Mestrado está bem posicionado no ranking do Finantial Times.Importa referir que a FEP está a apostar cada vez mais na internacionalização dos seus mestrados, nomeadamente através do Mestrado em Finanças e do Mestrado em Gestão que são lecionados integralmente em inglês e pretendem constituir uma formação em contexto internacional, que visa preparar os estudantes para o mundo global da gestão e das finanças.Refira-se ainda que mais de 60% dos estudantes de mestrado da FEP encontram emprego antes da conclusão do curso e 79% e 92% encontram emprego num período máximo de 3 e 6 meses, respetivamente, após a conclusão do curso.

A FEP envolveu nesta iniciativa os seus mestrados de banda larga e especializados.Para obter mais informações pode consultar o site Boas Práticas no Setor Público (www.boaspraticas.com) que a Deloitte criou especificamente para este fim.A duração desta aliança está prevista para os cursos contemplados com início no ano letivo de 2012/2013, podendo ser prolongada mediante acordo.

A FEP lança este ano os novos mestrados de continuidade (Economia e Gestão) que a par dos mestrados de banda larga e especializados compõem a oferta formativa a este nível da FEP, dando resposta a diferentes necessidades de formação avançada nas áreas da Economia e da Gestão.

Mais de 600 estudantes do ensino secundáriona 10ª edição do Dia AbertoDe 6 a 9 de março, a FEP realizou a 10ª Edição do Dia Aberto, uma iniciativa dirigida aos estudantes do ensino básico e secundário, que recebeu cerca de 670 estudantes, acompanhados por 45 professores e 100 voluntários.

Esta iniciativa anual tem como objetivo aproximar a FEP das escolas dando a conhecer os cursos oferecidos pela instituição, as respetivas saídas profissionais e os serviços e instalações da faculdade.

Dois cursos lecionados em inglês e dois mestrados de continuidade

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porto de Emprego e Feira de Mestrados da FEpdecorreram em simultâneo

“Ao conciliarmos as duas iniciativas permitimos que os estudantes se apercebam das oportunidades de emprego, ao mesmo tempo que identificam o(s) mestrado(s) que lhes permitirão desenvolver as competências valorizadas por essas áreas de atividade”, salienta o Diretor da FEP, João Proença.No âmbito do Porto de Emprego, mais de 30 empresas, como a Vodafone, Sonae, REN, Santander, PWC, Galp, EDP e outras, estiveram ao longo destes dias presentes na FEP à procura de candidatos para emprego, tendo o evento recebido mais de 6 mil visitantes.Refira-se que em 2011, 7% dos licenciados foram colocados no ‘Porto de Emprego’ e mais de 30% foram colocados através da Bolsa de

Emprego da FEP, uma plataforma que, no fundo, faz o ajuste entre mercado de trabalho e os estudantes.Como novidade surgiu este ano a iniciativa Speed Networking, um encontro rápido, cronometrado, com a duração de 2 minutos, que visou, por um lado, proporcionar aos alunos um contacto mais direto e pessoal com as empresas e, por outro, dar a conhecer às empresas os seus potenciais candidatos.Refira-se que a organização do Porto de Emprego esteve a cargo da FEP Junior Consulting (FJC), empresa júnior de consultoria sediada na FEP, com a colaboração do Serviço de Relações Externas e Integração Académica (SEREIA).

A FEP promoveu de 13 e 16 de março a Feira de Mestrados, em simultâneo com a Feira ‘Porto de Emprego’, cuja cerimónia de abertura contou com a presença do Presidente do IEFP, Octávio Oliveira.

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EM DIA

O Pavilhão Rosa Mota foi, em março, o palco da 10ª Mostra da U.Porto. Durante quatro dias a FEP marcou presença e deu-se a conhecer aos visitantes através de um conjunto de atividades idealizadas especificamente para um público do ensino secundário. Para aqueles que que se encontram numa fase de decisão quanto ao seu futuro académico, a FEP desenvolveu jogos como o ‘FEP in&out’, um jogo interativo onde, individualmente, os participantes respondem a questões ligadas aos cursos da FEP e às saídas profissionais. Para os mais decididos a trabalhar no mundo da Bolsa, a FEP preparou o ‘Jogo de Mercados’.

FEp na Mostra da U.porto

eCOROmia15 anos a fazer história

No final do mês de março, o eCOROmia, Coro da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, promoveu no Teatro do Campo Alegre, o Concerto do seu XV Aniversário.Foi um serão musical diferente que contou com a participação da TAFEP, TFEP, GFGFEP, Coral da FEP e Coro do OUV. O eCOROmia foi fundado em 29 de outubro de 1996, com o propósito de difundir a música coral aliada ao irreverente espírito académico subjacente ao estudante português.Nestes 15 anos, o eCOROmia conseguiu evoluir e tornar-se reconhecido internacionalmente, sendo convidado para competições em França e na República Checa. Já pisaram alguns dos mais importantes palcos da cidade do Porto, Madeira e Açores. São 15 anos, 15 gerações e mais de 150 coralistas. Num concerto único e memorável, fizeram a mais digna homenagem a todos os envolvidos, à Faculdade e à Universidade.

“Estou a ver-me grego” foi a exposição de cartoons da autoriado pintor Ícaro que esteve patente na FEPde 24 de fevereiro a 31 de março.

Exposição de cartoons de Ícaro

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Mathieu Kleybe Abonnenc,

“To Whom Who Keeps a Record”gravado no anfiteatro 111

Esta obra apresenta uma síntese dos principais conteúdos da Macroeconomia moderna, detalhados e ilustrados com a evolução recente da economia portuguesa. Inclui um vasto conjunto de exercícios resolvidos e propostos, abrangendo áreas tão diversas como mercado de trabalho, consumo, investimento, contas públicas, contas e competitividade externa e moeda e mercados financeiros. O manual distingue-se pela sua ênfase nos princípios microeconómicos da Macroeconomia.

´Fundamentos Microeconómicos da Macroeconomia` apresenta-se como uma mais-valia pedagógica para os estudantes e as equipas docentes em disciplinas como a (Introdução à) Economia e a (Introdução à) Macroeconomia. Um instrumento efetivo de trabalho para os estudantes, ajudando-os a consolidar conhecimentos e desenvolver a sua capacidade de análise crítica em assuntos macroeconómicos, tendo como cenário a economia portuguesa.Este livro estrutura-se da seguinte forma: Mercado de Trabalho, Restrições

O Museu de Serralves inaugurou no passado mês de abril uma exposição do artista Mathieu Abonnenc intitulada “To Whom Who keeps a Record”. A integrar essa exposição o artista fez um filme que versa a temática dos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesa dos anos de 1960-70. O encanto pelo auditório 111 levou-o a escolher este anfiteatro da FEP como o cenário das suas filmagens que aconteceram no mês de março. A exposição estará patente até 8 de julho.Esta é a primeira exposição em Portugal daquele artista francês. Particularmente interessado nos movimentos de libertação de ex-colónias portuguesas - Cabo Verde e Guiné-Bissau, nomeadamente -, e na análise da produção de imagens, entre ilustração para manuais educativos, reportagens fotográficas e filmes de propaganda, que nos anos de 1960-70 traduziram ideias de revolução e de militância, Abonnenc apresenta em Serralves uma série de trabalhos inéditos - com destaque para uma média-metragem filmada no Porto -, pensados especificamente para as salas do Museu. Produzidos durante a sua estadia de três meses nesta cidade, os projetos partem das suas pesquisas em diversos arquivos e museus portugueses que lhe permitiram, por exemplo, repensar o alcance da contribuição de Amílcar Cabral para uma África libertada, ou regressar ao trabalho da cineasta símbolo do cinema militante, Sarah Maldoror.

ESTANTE

Fundamentos Microeconómicos da Macroeconomia, 2ª ediçãoAurora C. Teixeira, Sandra Silva,Ana Ribeiro,Vitor Carvalho

Technological ChangeAurora C. Teixeira

A FEP acolheu no dia 20 de abril uma palestra sobre a crise e o papel dos ratings nos mercados financeiros, a qual foi proferida por Sherman Boone, perito que supervisiona a interação da agência reguladora americana com o Fundo Monetário Internacional (FMI).Sherman Boone é o Diretor Assistente do Departamento de Assuntos Internacionais da U.S. Securities and Exchange Commission, tendo também a seu cargo a articulação desta entidade com outras organizações multilaterais, como a Organização Internacional das Comissões de Valores (OICV), o Conselho de Estabilidade Financeira (CEF) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

perito americano falasobre crise e agências de rating

Orçamentais, Consumo e Investimento, Restrição Orçamental Intertemporal do Governo e as Contas Públicas, Restrição Orçamental Intertemporal da Nação, Balança Corrente e Taxa de Câmbio Real, Moeda e Mercados Financeiros e Soluções dos exercícios.

Da mesma autora e editado pela editora internacional InTech, foi também recentemente publicado um outro livro intitulado ‘Technological Change’. Uma obra que conta com os contributos de alguns professores e investigadores da FEP: Sandra Tavares Silva (docente), Óscar Afonso (docente), Alexandre Almeida (Doutorando em Economia), Cristina Santos (Doutoranda em Economia) e Mónica Azevedo (Doutoranda em Economia).A mudança tecnológica e o seu impacto no crescimento económico é a base desta publicação, onde se aborda a relevante questão da tecnologia e da sua repercussão na produtividade e na emergência de novos produtos.

(OCDE). Neste contexto, tem participado ativamente nos esforços para reformar a arquitetura financeira internacional e fortalecer os sistemas financeiros nacionais.Refira-se que esta palestra foi promovida em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos da América.

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EM DIA

No âmbito do Mestrado em Marketing, mais concretamente no âmbito da disciplina de Marketing Relacional, os estudantes Ana Costa, Ana Rodrigues, João Vítor e Manuel Lopes desenvolveram um trabalho sobre uma marca emocional que teve a particularidade de trazer o mundo das duas rodas para a sala de aula.O trabalho que incidiu sobre a marca Harley Davidson desenrolou-se em três fases: apresentação das ferramentas de marketing necessárias para a criação de uma marca emocional, abordagem às técnicas de comunicação utilizadas pela marca em dois períodos distintos e análise ao sucesso que daí adveio e, por último, apresentação do trabalho.Nesta aula estiveram presentes João Campos, CEO da Harley Davidson do Porto, Rui Sousa, técnico de vendas da marca, Rui Magalhães, Presidente da HOG Porto Chapter, que esteve acompanhado pela esposa Cristina Magalhães, em representação das mulheres do referido clube, e ainda Artur Sousa, proprietário de uma mota Harley Davidson.Estes convidados responderam a todas as questões colocadas pelo grupo de trabalho, pelo professor Carlos Brito, docente da cadeira de Marketing Relacional, e pelos estudantes do mestrado. No final da apresentação, todos os presentes foram convidados a experimentar a emoção de passear numa Harley Davidson.

A FEP assinou recentemente um protocolo com a Associação Portuguesa de Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) que visa dotar esta instituição dos conhecimentos necessários à internacionalização das empresas que representa.A FEP vai assim colaborar com a APIMA no desenvolvimento de estudos para auxiliar o processo de divulgação e afirmação da marca setorial “INTERFURNITURE – Portugal, a name to remember” no plano nacional e, em particular, no contexto internacional.Através deste acordo a FEP compromete-se também a apoiar ações e iniciativas no âmbito da internacionalização da indústria de mobiliário portuguesa e afins.

Aula de Marketing Relacional“Out Of The Box”

FEp apoia a internacionalizaçãodas indústrias de mobiliário e afins

INVESTIGAÇÃO

3º workshopsobre a Economia das Tecnologiasda Informaçãoe Comunicação

A FEP acolheu nos dias 22 e 23 de março o 3º Workshop sobre a economia das Tecnologias da Informação e Comunicação, um evento anual organizado pelo Centro de Estudos e Finanças da Universidade do Porto (CEF.UP) em parceria com o Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão e Economia da Universidade de Évora (CEFAGE-UE).A ANACOM, o regulador das telecomunicações em Portugal, coorganizou uma sessão onde quatro oradores convidados abordaram um tema de política de telecomunicações, seguido de um debate público.O CEF.UP é um centro de pesquisa em economia e finanças inserido na FEP que visa a produção de pesquisa científica de qualidade, contribuindo para a difusão do conhecimento económico e incentivo ao debate de políticas públicas, sendo financiado maioritariamente pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

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De acordo com o art. 1º dos seus Estatutos, o NIFIP é um espaço de investigação académica e aplicada e de intervenção pública, com liberdade de expressão, nos domínios das Finanças Públicas e da Política Monetária, focalizado em particular nos Jel Codes E4, E5, E6 e H. De acordo com o art. 3º dos mesmos Estatutos, o âmbito de atividades do NIFIP inclui a elaboração de artigos científicos e respetiva submissão à publicação em revistas nacionais e internacionais, a elaboração de outras publicações, designadamente livros, capítulos de livros, working-papers, a participação e apresentação de comunicações em conferências e encontros nacionais e internacionais, a organização de seminários, palestras e conferências e a intervenção nos meios de comunicação social.No seu primeiro ano de atividade, o NIFIP evidenciou um forte dinamismo, tendo sido obtidos resultados claramente além das expectativas iniciais em todos os domínios de atividade atrás citados. Deve destacar-se, desde logo, o êxito que constituiu a iniciativa de maior fôlego, a realização da primeira conferência internacional do NIFIP, nos dias 9 e 10 de dezembro de 2011, subordinada ao tema “Public Finances and the Eurozone Economies: Past, Present and Future Perspectives”. Apesar da sua divulgação ter ocorrido em período complicado, já durante as férias escolares, a conferência contou com uma participação significativa, tanto de académicos portugueses (com destaque para o facto de ter participado a maioria daqueles que, em Portugal, têm maior reputação na área das Finanças Públicas) como estrangeiros, bem como a adesão de um número interessante de estudantes da FEP. O sucesso da conferência é igualmente visível no facto de uma editora internacional ter proposto a publicação dos seus proceedings, elemento que se encontra atualmente em análise.No domínio da participação e apresentação de comunicações em conferências e encontros nacionais e internacionais, a atividade foi igualmente significativa, com destaque para a organização de um painel na 8ª Conferência Internacional “Developments in Economic Theory and Policy”, realizada em Bilbao (Universidade do País Basco), subordinado ao tema “The Euro Crisis: Roots and Challenges”. Duas das comunicações apresentadas neste painel,

“The Roots of the Eurozone Sovereign Debt Crisis: PIGS vs Non-PIGS” (Abel Fernandes e Paulo Mota) e “The Euro Area Ten years after Its Creation: (Divergent) Competitiveness and the Optimum Currency Area Theory” (João Rebelo Barbosa e Rui Henrique Alves), vieram a ser publicadas em número especial da Panoeconomicus (Vol. 58-5, 2011), revista científica internacional indexada na ISI, para cujo “International Editorial Board” foi entretanto convidado o Presidente do NIFIP, Abel Fernandes. No decurso do período em referência, diversos Membros do NIFIP publicaram ou viram aceites para publicação outros artigos em revistas científicas internacionais com indexação na ISI, com particular destaque para os trabalhos de Óscar Afonso e de Paulo Mota (“Hysteresis in the Dynamics of Employment,” Metroeconomica (forthcoming), em co-autoria com José Varejão e Paulo Vasconcelos; “Non-convex Adjustment Costs, Hysteresis and the Macrodynamics of Employment,” Journal of Post keynesian Economics (forthcoming), em co-autoria com Paulo Vasconcelos).No domínio das publicações, destaque-se ainda o facto de se ter iniciado a série de working-papers do NIFIP, interligados com a série

FEP Working Papers, contando já com três trabalhos. Finalmente, no que respeita a livros, salientem-se as obras “Economia Pública

- eficiência económica e teoria das escolhas coletivas” (2ª edição) e “Acabou-se a Festa – Soluções Ousadas para Reerguer Portugal”, da autoria de dois dos Membros do NIFIP, respetivamente Abel Fernandes e Pedro Cosme.Ainda a destacar, no quadro deste elevado dinamismo alcançado no primeiro ano de atividade, a intervenção frequente de alguns dos Membros do NIFIP em órgãos de comunicação social, incluindo participações televisivas e intervenções na rádio e em jornais de âmbito nacional, naquela que é assumida como uma das vertentes privilegiadas da atuação do Núcleo.Finalmente, vale a pena referir o alargamento significativo do número de Membros do NIFIP e a criação da figura do Membro Associado. Com esta, tornou-se possível estender de forma muito relevante o conjunto de contactos do Núcleo, permitindo o desenvolvimento de uma importante rede de contactos a nível nacional e internacional e facilitando o desenvolvimento futuro de novas intervenções.O balanço é, pois, claramente positivo e motivador para a prossecução das atividades do Núcleo, as quais prosseguirão nas diversas vertentes referenciadas, desde já se destacando a concretização do ciclo de palestras NIFIP/Mestrado em Economia e Administração de Empresas, com a participação de personalidades de relevo da vida política e empresarial portuguesa (nas duas primeiras palestras realizadas em março e abril, participaram António Lobo Xavier, António Pinto de Sousa, Jaime Esteves, Duarte Pacheco, Vera Rodrigues e Nuno Azevedo) e a realização da segunda conferência internacional que, em 6 e 7 de dezembro, voltará a abordar questões de enorme atualidade, em torno do tópico geral “The present economic and sovereign debt crisis: Evaluation and the way out”.

Rui Henrique Alves

Um ano de atividade do NIFIpO NIFIP (Núcleo de Investigação em Finanças Públicas e Política Monetária) foi constituído por iniciativa de um conjunto de docentes da Faculdade de Economia do Porto (FEP), cujas áreas de investigação cruzam as Finanças Públicas e a Política monetária, tendo a criação sido aprovada há cerca de um ano pelo Conselho de Representantes da FEP.

Este artigo resulta da informação enviada pelo Núcleo de Investigação em Finanças Públicas e Política Monetária na sequência do pedido regular do Gabinete de Marketing e Comunicação. Aguardamos a colaboração dos restantes centros de investigação da FEP de modo a podermos publicar nas próximas edições do NotíciasFEP.

O Professor da FEP e Presidente do OBEGEF, Carlos Pimenta, recebeu o prémio Outstanding Achievement in Outreach / Community Service, da ACFE, a maior organização mundial de combate à fraude, que conta com mais de 60 mil membros. Importa salientar que é a primeira vez que este prémio, com grande notoriedade a nível internacional, é entregue a um português. Trata-se, portanto, de uma distinção que premeia o excelente trabalho que tem sido levado a cabo pelo Professor Carlos Pimenta e pelo OBEGEF, a que preside.

prémio ACFE

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INVESTIGAÇÃO

Carlos Soares é co-autor, em conjunto com João Mendes Moreira (FEUP), Alípio Jorge (FCUP) e Jorge Freire de Sousa (FEUP), de um estudo aceite para publicação na revista de maior impacto nas áreas de Ciências da Computação. A revista é a ACM Computing Surveys e tem um fator de impacto de 8.0 (ISI 2010), publicando cerca de 20 a 30 artigos por ano. O trabalho é um survey sobre técnicas que combinam múltiplos modelos para regressão e tem por título “Ensemble Approaches for Regression: a Survey”. A área de combinação de modelos teve um grande desenvolvimento nos últimos vinte anos, sendo este o primeiro survey sobre este tema (ensemble learning) especificamente para a área da regressão. Prevê-se que o artigo seja publicado em 2013.

O Observatório de Economia e Gestão da Fraude (OBEGEF), com sede na FEP, está a organizar a conferência ‘Perceção Interdisciplinar da Fraude e Corrupção’ que terá lugar nos dias 14 e 15 de setembro. O encontro internacional pretende contribuir para o estudo, prevenção e combate dos fenómenos da fraude e da corrupção de uma forma integrada, com base nos contributos de diferentes autores, privilegiando contribuições teóricas e empíricas.Os tópicos da conferência incluem, entre outros, a fraude, a corrupção, a economia paralela, o branqueamento de dinheiro, o crime de colarinho branco e a integridade académica.A conferência incluirá comunicações orais, sessões plenárias e mesas redondas lideradas por especialistas reconhecidos no mundo académico e profissional, dos quais se encontram confirmados, até à data: Carlos Costa (Governador do Banco Portugal), Carlos Tavares (Presidente da CMVM); João Amaral Tomaz (Membro da Conselho de Prevenção da Corrupção, Administrador do Banco de Portugal); José Manuel Damião da Cunha (Professor, Universidade Católica Portuguesa); Maria Cândida Almeida (Diretora do Departamento Central da Investigação e Ação Penal); José Carneiro (Presidente da Câmara Municipal de Baião); Berta Nunes (Presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé). Entre os oradores internacionais convidados estão confirmados Susan Rose-Ackerman, professora na yale Law School (EUA), John Christensen, CEO da Tax Justice Network (R.U.), Michael Levi, professor de criminologia da Cardiff University (R.U.), Friedrich Schneider, professor de economia na Johannes kepler University of Linz (Austria).A anteceder a conferência serão ministrados, por professores de renome internacional - Deborah C. Poff (Presidente e Vice-Reitora da Brandon University, Canada); Donald L. McCabe (Rutgers Business School, EUA); Larry Crumbley (Louisiana StateUniversity, EUA); Robert klitgaard (Claremont Graduate University, EUA) -, 3 cursos breves/tutorials de mestrado e doutoramento nas seguintes áreas: Auditoria Forense, Criminologia e Investigação Antifraude e Integridade Académica (limite de 15 vagas por curso).Às melhores comunicação, poster e proposta de tese apresentadas na conferência serão atribuídos prémios no valor de 500 euros, estando também prevista a publicação de um livro, por parte de uma editora internacional, contendo as melhores comunicações.Mais informações podem ser consultadas em www.obegef.pt/i2fc/

Em setembroConferência Internacional sobre Fraude e Corrupção

Dissertação de Estudanteda FEp foi premiadaem cerimónia internacional

ApDR atribuiprémio Bartolomeu perestrelo aJosé da Silva Costa

Carlos Soares com publicação de grande impacto

A dissertação do Mestre David Cardoso, realizada no âmbito do Mestrado em Finanças e com orientação do professor Paulo Pereira, foi premiada na cerimónia da 28th International Competition of Master’s Degree Thesis on Economics and Finance, a qual decorreu no passado dia 26 de abril, em Paris, mais precisamente na Cité Internationale Universitaire de Paris. Neste concurso foram apresentadas 191 dissertações (3 das quais portuguesas), de 18 países e 93 universidades. Refira-se que dos trabalhos portugueses a concurso, apenas a dissertação do David Cardoso foi premiada.

“Esta distinção deve deixar-nos orgulhosos. É uma demonstração de que os nossos alunos podem produzir trabalhos de grande qualidade e chegar onde apenas os melhores conseguem chegar”, salientou o Diretor do Mestrado em Finanças, Paulo Pereira.

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional (APDR) atribuiu este ano o Prémio Bartolomeu Perestrelo ao docente da FEP, José da Silva Costa. Conferido de três em três anos, este prémio pretende distinguir cientistas lusófonos que sejam reconhecidos pelo seu curriculum no ensino e investigação em Ciência Regional. O prémio é atribuído à pessoa selecionada pelos membros das três últimas direções da APDR tendo em atenção a contribuição pedagógica e científica para a Ciência Regional e o reconhecimento da comunidade de ensino e de investigação que se dedica à Ciência Regional.

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concurso renaulTO período para entrega dos trabalhos/projetos no âmbito do “Concurso

Universitário Renault 2012” termina a 18 de Junho de 2012.

Recorde-se que este concurso universitário vai atribuir ao grupo vencedor

uma bolsa de estudo no valor bruto de 6.000 euros e ainda a possibilidade

de realizar um estágio na Renault Portugal.

sixTh annual conFerence on The hisTory oF

recenT economics | 11 e 12 de maioFEPComité de Organização: Roger Backhouse (University of Birmingham),

Philippe Fontaine (École normale supérieure de Cachan and Institut

universitaire de France), yann Giraud (Université de Cergy-Pontoise),

Tiago Mata (Duke University) e Pedro Teixeira (University of Porto).

http://hisreco.org/2012/conference.html

eua Funding Forum | 11 e 12 de junhoUniversidade de Salzburg, Áustria

Comité de Organização Liduine Bremer (University of Amsterdam); Adrian

Graves (University of Salford); Stéphane Mottet (University of Poitiers);

Erich Müller (University of Salzburg (representing Rector Heinrich

Schmidinger)); Pedro Nuno Teixeira (CIPES, University of Porto); Tiina

Vihma-Purovaara (Ministry of Education and Culture of Finland); Thomas

Estermann (Head of Unit, European University Association); Enora

Bennetot Pruvot (Programme Manager, European University Association)

http://www.eua.be/events/upcoming/eua-funding-forum/Programme.aspx

FEpianos no mundo

Bolsa de Emprego On-Line da FEp(www.fep.up.pt/bolsadeemprego)

PaT

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cin

ad

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eso

Fic

iais

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aPo

ios:

A LatitudeN, empresa tecnológica fundada pelo Alumnus da FEP Bruno Fernandes, acaba de estabelecer uma parceria estratégica com a MAIRDUMONT, uma das maiores editoras de conteúdos turísticos do Mundo. Esta aliança permitirá o desenvolvimento de soluções tecnológicas para turismo, nomeadamente a criação de um guia turístico móvel, que é inovador a nível internacional atendendo ao seu nível de personalização: o Farol City Guides.A LatitudeN foi fundada em 2009, na Alemanha, como parte do programa de transferência de tecnologia da Agência Espacial Europeia (ESA). Acompanhe o percurso dos FEPianos no mundo, no Portal Alumni, em www.fep.up.pt/alumni/

Empresa de Alumnus da FEp estabelece parceria com uma das maiores editoras de conteúdos turísticos do mundo

A oportunidade “atracou de novo no Porto de Emprego”. Como já atracara outras tantas vezes. Decorria o ano de 2011.Os marinheiros, de água doce (estudantes), esperavam pacientemente uma oportunidade única de conhecer os navios (as empresas).Faziam-se autênticas romarias ao “Tall Ships” (stands) ali atracados. A curiosidade era muita e o ânimo ainda maior…Observavam-se cuidadosamente as descargas dos porões (informações institucionais) e as limpezas dos navios (entrega de merchandising).Mas apenas alguns, os mais destemidos, mostraram vontade de embarcar numa nova viagem. A da candidatura espontânea. Sabiam que era duro abandonar terra firme, mas os relatos de uma viagem única (processo de recrutamento) tornava-se demasiado aliciante. A partida não era garantida a qualquer um. Queriam-se novos marinheiros. Destemidos, assertivos, resilientes. Multidisciplinares, diríamos. A viagem teve início em novembro e terminou, num porto seguro, em fevereiro de 2012.A experiencia vivida? Bem, essa só pode ser contada na 1ª pessoa:

“Foi sem dúvida uma viagem única, com bastantes ventos contrários e tantos outros desafios. A cada milha feita havia a oportunidade e necessidade de nos adaptarmos às condições, tínhamos de dar o nosso melhor! Aqueles que o fizeram resistiram e foram esses que regressaram novamente a terra. Felizmente esse foi o meu caso, e hoje tenho orgulho de ser um dos marujos deste grande navio, a Deloitte.”Bruno Pimentel Bessa – Licenciatura em Gestão, finalista em 2011/2012

“Cereja em cima do bolo” foi a expressão que utilizei no fim do processo de

recrutamento, quando fui convidada a fazer parte da Deloitte, alcançando assim o objetivo a que me tinha proposto. Foi um processo exigente num ambiente muito acolhedor. A imagem que possuía da empresa já era positiva, mas acabou por sair bastante reforçada à medida que pude exercer contacto com a mesma e com os seus profissionais que me incentivaram a lutar pelo meu futuro e principalmente a elevar a fasquia. Agora, e depois da dita cereja, não podia estar mais motivada para encarar este desafio profissional.Susana Ribeiro Marques - Mestrado em Economia e Administração de Empresas, finalista

em 2011/2012

Manuel Gonçalves,Diretor de Recursos Humanos da Deloitte

A opinião de…

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MAIO | AGOSTO 2012

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ENTREVISTA

Existe hoje uma opinião consensualizada que diz que Portugal não fez as reformas estruturais necessárias ao longos últimos anos. Concorda?A discussão sobre as reformas estruturais, sejam sobre que área ou setor de atividade for, tem sido feita essencialmente à volta dos seus impactos no curto prazo e como tal é muitas vezes desfocada do verdadeiro objetivo que as mesmas pretendem atingir.Não sei portanto se posso ou não concordar com a afirmação.Não tenho dúvida que foram concretizadas importantes reformas que mudaram visivelmente o nosso país quando comparado com Portugal de há 20 ou 30 anos atrás.Por outro lado, olhando para a performance da economia portuguesa na última década, podemos questionar se o país tomou as necessárias decisões estratégicas, se refletiu individualmente, sem influência dos nossos parceiros, europeus e não só, sobre quais os verdadeiros passos para o seu desenvolvimento.Ora no que à dimensão estrutural ou estratégica diz respeito, a falha fundamental de Portugal terá sido a de nos centrarmos no curto prazo. Por outro lado, também teremos errado ao caracterizar mal, ou considerar pouco, a nossa indústria, os nossos serviços, a nossa formação, a nossa posição geográfica, a nossa dimensão, os nossos costumes, as nossas vantagens e as nossas fraquezas, numa palavra a nossa “cultura”. Por fim, teremos dado demasiado relevo ao exemplo de alguns países com quem nos relacionamos (copiando modelos que não se nos aplicam), ignorando outros para quem o nosso papel poderia ser bem mais relevante.Por tudo isto, dizia, talvez os economistas sejam os principais responsáveis, pois deveriam pela sua formação fomentar essa visão estratégica e de médio e longo prazo.

Também acha que investimos demais em auto-estradas, e menos em setores estratégicos para o nosso desenvolvimento?

Luís Filipe Cardoso da SilvaAdministrador da mota-Engil sGPs s.A.

Pragmático e incisivo, Luís Filipe Cardoso da Silva revela nesta entrevista à Notícias FEP que, do seu ponto de vista, Portugal cometeu uma falha fundamental que consistiu em centrar-se no curto prazo. O Administrador da Mota-Engil vai mais longe ao atribuir grande parte desta responsabilidade aos economistas, a quem, pela sua formação, cabe fomentar essa visão estratégica e de médio/longo prazo, ainda que não hesite em reafirmar a sua paixão pela economia, em toda a sua vertente de ciência social, que considera fundamental para qualquer gestor. O contributo que a FEP teve na sua carreira profissional, as características que um empresário procura atualmente nos recém-licenciados e abertura do ensino superior à sociedade civil são outros dos temas aqui abordados.

Como vê a mudança que a FEP tem vindo a promover com a internacionalização dos seus cursos e com a aproximação ao mundo empresarial?Parece-me que a FEP, como todas as faculdades, deverá procurar acelerar esse caminho. No entanto, a internacionalização dos cursos, tal como a própria aproximação ao mundo empresarial deverá ter sempre em conta que a FEP é, antes de mais, uma faculdade portuguesa, localizada no norte do país. Quero com isto dizer que é fundamental que ambos os processos sejam feitos com a preocupação na formação de quadros que se destinem às nossas empresas, às nossas instituições, ao nosso país. Copiar, seguir exemplos de outros países, pode ser sempre um bom caminho, um caminho menos complexo, mas não é por certo o melhor caminho, aquele que otimiza o resultado para todos, faculdade, empresas, instituições, país. Essa mudança deve portanto procurar ser feita tendo em conta as características dos estudantes, das empresas, dos empresários portugueses.

O que procura atualmente um empresário quando recruta um profissional?Respondendo enquanto gestor e não enquanto empresário, diria que há várias características que procuro nos recrutamentos que efetuo. Obviamente que o nível de formação teórica e a adequação técnica ao cargo a desempenhar são fundamentais, mas a capacidade de adaptação à mudança (tendo em conta o ritmo atual da inovação nos negócios), bem como a visão de futuro e capacidade de planeamento serão talvez as que mais destaco. Não posso por fim deixar de referir a sinceridade como uma qualidade humana que muito prezo.

A abertura do ensino superior à sociedade civil é essencial para assegurar a competitividade?Com toda a certeza que sim. Não faz sentido que as duas realidades, ensino superior e sociedade civil, estejam afastadas, pois é

O investimento em infraestruturas é, a meu ver, estratégico e, nas vias de comunicação, foi feito no passado o esforço correto em termos de reflexão das necessidades para um país que se quer mais equilibrado e mais homogéneo. O Plano Rodoviário Nacional é fruto dessa reflexão e aquilo que penso se deve sempre discutir é o ritmo da sua conclusão. Já noutras áreas, as falhas que sublinhei acima (horizonte de médio e longo prazo, caracterização do país e suas necessidades e relação com o mundo) são bem patentes pelas intermináveis discussões sobre as infraestruturas ferroviárias, aeroportuárias e portuárias. Mas também pela forma intermitente e descoordenada como ao longo dos anos se investiu no património edificado, como sejam os tribunais, as instalações desportivas, os hospitais, as escolas, etc.Se olharmos à nossa volta, poderemos encontrar diferentes modelos de desenvolvimento, mas dificilmente encontramos países com crescimento sustentável que não tenham as suas infraestruturas desenvolvidas de forma a assegurar o equilíbrio interno, mas mais importante a potenciar esse crescimento.Ou seja, as infraestruturas são uma base estratégica do desenvolvimento. Será que, por exemplo, a Holanda poderia ter o mesmo papel no comércio mundial se tivesse apenas pequenos portos marítimos para servir as suas necessidades?

Tirou o curso na FEP. sente que essa preparação foi fundamental para a sua vida profissional?Claro que sim. O curso na FEP preparou-me para uma vida profissional em que cada vez mais o rigor é fundamental. Aprender, ouvir, conviver, com tantos Professores que se têm destacado na sociedade portuguesa preparou-me para ser economista e ser gestor. Tenho

“andado” mais pela gestão, mas continuo a ter uma grande paixão pela economia em toda a sua vertente de ciência social que considero fundamental para qualquer gestor.

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PERFil

Natural do Porto, Luís Filipe Cardoso da Silva, licenciou-se em Economia pela FEP em 1989. Tendo iniciado o seu percurso professional (1989) na empresa Plásticos e Perfis Decorativos DURSIL, Luís Silva colaborou com várias empresas de renome nacional e internacional: Diretor do Controlo de Gestão de Grupos na Sonae Investimentos (1990-1992), na Mota & Companhia até o ano (1990-2000), na Mota-Engil (2000-2003) e na MESP

- Mota-Engil (2003-2006). Ainda em 2006, tornou-se Presidente do Conselho Fiscal da Operadora Lusoscut, cargo que ocupou durante quatro anos, e Membro do Conselho de Administração da MESP - Mota-Engil. Funções que acumulou com a Coordenação de diversos estágios e a formação no Grupo Mota Engil. Membro do Conselho de Administração da Mota-Engil Brand Management (2009) e da MESP - Central Europe (2010-2011) foram os passos seguintes. Em 2010, passa ainda a ser Vogal do Conselho Geral e de Supervisão da Vortal e Membro do Conselho de Administração da Vallis e da Martifer.Do seu percurso há ainda a registar várias ações de formação nas áreas de Controlo de Gestão, Sistemas de Informação, Gestão Estratégica, Fiscalidade Internacional e Normas Internacionais de Contabilidade, o 1º Prémio dos European Counsel Awards 2011 na categoria

“Corporate Tax” e a participação nos International Counsel Awards 2011 na categoria “Corporate Tax”, na qual chegou à final.

através de uma ligação cada vez mais forte que as nossas empresas se irão desenvolver, através de aumentos significativos de competitividade, e que as nossas universidades irão compreender melhor as necessidades específicas dessas empresas. Ou seja, o grande desafio é não só a abertura das universidades às empresas e à sociedade civil, mas também, em sentido oposto, a abertura destas às universidades.

Como é que a Mota-Engil se relaciona com a Universidade do Porto? E com a FEP?O Grupo Mota-Engil tem uma relação privilegiada com a FEP desde há muitos anos. Eu próprio recrutei ao longo dos últimos 20 anos inúmeros licenciados nesta faculdade, muitos dos quais são hoje quadros do Grupo em Portugal e no exterior. É justo afirmar que alguns dos nossos melhores quadros são oriundos da FEP. Ao mesmo tempo é prática no Grupo recrutar jovens licenciados, apoiando a FEP a encontrar colocação para muitos dos colegas que terminam a sua licenciatura.Por outro lado, ao nível da Formação de Executivos, o Grupo está representado no Conselho Geral da EGP em parceria com a UP e a própria FEP.

Que conselho gostaria de deixar aos estudantes da FEP?A todos, aos que têm já no início ou ao longo do curso uma preferência em termos da sua vida profissional futura, mas também aos que não a têm, aconselharia principalmente a que absorvam todo o conhecimento possível ao longo do curso. O mundo muda hoje a um ritmo vertiginoso e a necessidade de nos adaptarmos é permanente. Para tal é fundamental termos todos um pouco de generalistas antes de sermos especialistas. E os cursos na FEP podem ser, desse ponto de vista, uma grande mais-valia no difícil mundo do trabalho.

“É justo afirmar que algunsdos nossos melhores quadrossão oriundos da FEP”

sobre a moTa-engil Apesar da crise financeira que está a afetar as empresas portuguesas e não só, a Mota-Engil continua com uma posição sólida. Qual é o segredo?Uma reflexão estratégica permanente que tem permitido preparar as centenas de empresas do Grupo para os diversos ciclos que se vão vivendo nos diversos países onde operam. Esta reflexão, que apresentámos ao mercado antes da crise através de documento que designámos “Ambição 2013”, continha dois pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável do Grupo: a internacionalização e a diversificação. A Mota-Engil é hoje mais do que uma empresa portuguesa e essa característica foi considerada fundamental mesmo sem termos antecipado a crise que hoje se vive em Portugal. A ambição da empresa é maior do que Portugal.

Como é que a Mota-Engil preparou o momento presente e como se está a preparar para o futuro?Tal como referido, através de uma estratégia de balanceamento de riscos que tem duas vertentes fundamentais: internacionalização e diversificação. E para fortalecer esses dois pilares reforçamos o desenvolvimento e rentenção do conhecimento e do capital humano. Hoje, para preparar o futuro, e fruto das condições que vivemos na economia mundial, damos ainda maior relevo à vertente financeira, tendo ao mesmo tempo alterado o modelo de governo e de organização do Grupo com reforço do papel de cada região onde operamos: Portugal, Europa Central, África e América Latina.

As empresas portuguesas estão a ser grandemente afetadas pela chamada

“austeridade”. Cada vez há menos poder de compra – isto significa que ainda podemos assistir a muitas falências até ao final do ano? Estima-se que mais de 6 mil podem fechar…Sem dúvida que muitas empresas vão fechar, mas devemos acreditar que será possível injetar liquidez na economia, induzindo a geração da “confiança” aspeto fundamental para que os nossos empresários potenciem a inflexão do ciclo económico. Mais uma vez não podemos pensar apenas no curto prazo.

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