revista municipal nº 26

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Revista Municipal Nº 26 - Julho 2009

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Page 1: Revista Municipal Nº 26
Page 2: Revista Municipal Nº 26

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sumário

CapaROTUNDA “CANTAR DOS REIS” (CADAVAL)

Propriedade e EdiçãoCÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL

DirecçãoARISTIDES LOURENÇO SÉCIO (PRESIDENTE)

Coordenação GeralEUGÉNIA CORREIA DE SOUSA

(VICE-PRESIDENTE)VITOR PINTO LEMOS (VEREADOR)

Coordenação e RedacçãoBRUNO FIALHO

(GAB. DE INFORMAÇÃO E REL. PÚBLICAS)

Colaboraram nesta edição:ANA PINTEUS, MARIANA RAMOS, MARLENE

CAETANO, PAULA FRANCO, RICARDO COELHO,TÂNIA CAMILO, TÂNIA PAULO E TERESA ROCHA

FotografiaARQUIVO FOTOGRÁFICO DA CMC

Composição gráficaBRUNO FIALHO

Concepção gráficaPAULO FIALHO

ImpressãoGRAFILIPE - SOC. ARTES GRÁFICAS LDA.CADAVAL

Tiragem 5000 EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

REVISTA DACÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL

Série III • N.º 26EDIÇÃO DE JULHO 2009

Editorial 3

Investir no Concelho 4Aprovada candidatura para Qualificação Urbana da VilaBiblioteca Municipal abre ao público em Setembro

Economia do Concelho 11Autarquia divulga apoios ao desenvolvimento ruralMunicípio apoia consolidação do Cluster Agrícola do Cadaval

Ambiente & Protecção Civil 14Novas energias: um apelo do ambiente e da economiaRecolha “porta-a-porta” prossegue com balanço positivo

Informar o Munícipe 15Balcão Único Municipal: em prol da qualidade do atendimento

História do Concelho 16Museu Municipal promoveu “II Encontro de Cultura e Património”

Turismo no Concelho 17CMC estabelece parceria de apoio ao “Investidor em Meio Rural”

Centrais 18Inaugurada Rotunda dedicada ao “Cantar dos Reis”, no Cadaval

Educação no Concelho 20ANIMARTE trouxe quatro dias de animação ao Cadaval

Cultura & Tempos Livres 22Cadaval comemorou 35 anos do “25 de Abril”“VI Tocatas de Verão” trouxeram música para apreciar

Acção Social & Saúde 26Cruz Vermelha do Cadaval promoveu “I Festa das Nações”Cadaval distinguido pelas políticas de apoio à família

Desporto no Concelho 30Rocha Forte vence “IV Campeonato Concelhio de Futsal”

Parar p’ra conversar 32Mussolino Gomes: «Sou como o leão, tenho de morrer na selva»

Em SEPARATA:“Deliberar sobre o Concelho”“25 de Abril, 35 Anos” (Suplemento especial)

Publicação QUADRIMESTRAL

Depósito Legal N.º 166330/01ISSN: 0872-22129

A Câmara Municipal relembra:√ Faça reciclagem e utilize os ecopontos distribuídos um pouco por todoo Concelho.√ Quanto aos lixos domésticos não recicláveis, deposite-os em sacos deplástico bem fechados, antes de os colocar nos respectivos contentores.Juntos conseguiremos ter um Ambiente cada vez melhor!

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editorial

«Em face da época estival em que nos encontramos, nunca é demais lembrar o cuidado a tercom os efeitos da exposição solar, sobretudo nas crianças. O cuidado no gasto da água, quedeve ser moderado, tratando-se de um bem essencial para todos e cada vez mais escasso. E,

sobretudo, o cuidado a ter com a floresta, porque, cada vez mais, o tempo é propício à igni-ção do material vegetativo, pelo que todos os cuidados são poucos.»

Aristides Lourenço Sécio

nas suas vidas profissionais e familiares, lá desenvolvem.

Em face da época estival em que nos encontramos, nunca é demaislembrar o cuidado a ter com os efeitos da exposição solar, sobretudonas crianças. O cuidado no gasto da água, que deve ser moderado,tratando-se de um bem essencial para todos e cada vez mais escas-so. E, sobretudo, o cuidado a ter com a floresta, porque, cada vezmais, o tempo é propício à ignição do material vegetativo, pelo quetodos os cuidados são poucos.

A floresta é um bem económico muito importante no nosso Concelhoe dá um forte contributo ao rendimento da nossa população. Poroutro lado, creio que todos estarão de acordo, as nossas serras es-tão cada vez mais bonitas, em especial a de Montejunto, com o seuexuberante manto verde, oferecendo, a quem a visita ou a quem acontempla de longe, uma enorme satisfação e orgulho desse incal-culável património natural do nosso Concelho. Todos e cada um denós somos responsáveis pela sua defesa e, nessa perspectiva, ape-lo à maior precaução e à vigilância permanente. Qualquer descuidopode deitar a perder tudo o que, desde 2003, a natureza, com a suaimensa força, tem vindo repor. Para nosso bem, devemos ajudá-la eimpedir que o fogo destrua a nossa fauna e flora.

Estão igualmente a decorrer as colheitas, em especial a da nossaPêra Rocha, época de árduo trabalho que traz movimento e alegriaaos nossos campos. Espero vivamente que o resultado seja qualida-de e quantidade, constituindo o coroar de todo o trabalho desenvol-vido pelos nossos fruticultores e suas organizações, ao longo do anoagrícola que está a terminar.

Termino com a consciência de que, como director desta Revista, amesma cumpriu os objectivos traçados ao nível dos conteúdos e daregularidade da sua publicação, pelo que este número constituiráum virar-de-página na história da mesma. Ao nível do formato e daperiodicidade de publicação, dar-lhe-emos uma nova dimensão, queseja ainda mais acessível a todos.

Sempre ao serviço do nosso Concelho, despeço-me com amizade.

O Presidente da Câmara,

Caros Munícipes,

Com este número da Revista Municipal, encerramos um ciclo impor-tante da comunicação do Município com os cidadãos do nosso Con-celho, culminando este período com o final do mandato autárquicoque se iniciou em 2006 e que terminará, como é de conhecimentogeral, com as eleições autárquicas, que decorrem no próximo dia 11de Outubro.

Como, por certo, não passou despercebido aos nossos leitores, aRevista Municipal tem, desde 2002, vindo a ser publicada no pre-sente formato e de forma regular, espelhando, em cada momento,as diversas facetas do trabalho desenvolvido, quer ao nível das obras,quer ao nível dos eventos, que, ao longo do tempo, se têm realizadode uma forma geral por todo o Concelho.

Com efeito, sempre procurámos que a Revista Municipal fosse umórgão de comunicação sério, que reflectisse, com rigor e isenção, asactividades desenvolvidas pela autarquia, dando notoriedade aos in-vestimentos públicos postos ao serviço do Concelho e permitindoconhecer figuras da nossa população que, pela sua peculiaridade,marcaram, de alguma forma, a nossa sociedade.

É justo aqui referenciar o trabalho levado a cabo por toda a equipaque fez da nossa Revista Municipal uma das melhores que se edi-tam no país, pelo que será justo um especial destaque ao nossoredactor, Dr. Bruno Fialho, pela dedicação e trabalho desenvolvido.

Gostaria agora de saudar todos os nossos emigrantes que, maisuma vez, se encontram entre nós no gozo de merecidas férias, de-

sejando que as mesmas sejam re-pletas de felicidade na com-

panhia de familiares e ami-gos e esperando que o re-gresso aos países ondeestão radicados seja fei-to com saúde, com segu-

rança e com a bagagemcheia de forças para

enfrentar as ac-tividades que,

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O momento pós-assinatura do protocolo

investir no concelho

Aprovada candidatura para Qualificação Urbana da Vila

A Câmara Municipal do Cadaval está a lançar um conjunto de obras para a QualificaçãoUrbana da Vila, designado “QualificaCadaval”, ascendendo o investimento a mais de1,5 milhões de euros, nesta primeira fase agora aprovada pelo QREN.

Esta operação vem na sequência da as-sinatura, a 16 de Julho último, emCoimbra, de um protocolo de financia-

mento relativo aos projectos aprovados peloQREN, no âmbito das Parcerias para a Re-

generação Urbana – Programa Operacionalda Região Centro.Caberá ao Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER) a comparticipaçãode perto de 1 milhão de euros do supracitadoinvestimento.A presente operação de qualificação urba-na contribui para a “Estratégia de Qualifica-ção Urbana da Vila do Cadaval (2008-2015)”,consolidando o projecto estruturante previstono “Plano de Acção CADAVAL 2015”, quevisa “afirmar a Vila do Cadaval no espaçoregional, enquanto centro urbano com po-tencial e identidade, que importa valorizarde forma competitiva”.Ao Cadaval, enquanto centro urbano com-plementar da Região Oeste, caberá prestarum leque de funções urbanas fundamentaisà sustentação da coesão territorial e à con-solidação de redes de proximidade.O Cadaval visa alcançar um modelo de cen-tro urbano equilibrado e competitivo, de pe-

quena dimensão demográfica e territorial,mas que ambiciona, do ponto de vista funci-onal, constituir um elemento de coesão nocontexto regional, impondo uma dinâmica demodernidade.A concretização dos dois projectos-âncora,contemplados na recém-aprovada operação,assume um carácter nuclear e motor naimplementação desta Estratégia da Vila, sen-do os restantes sete, projectos e acções denatureza complementar. Assim, na tipologia “Qualificação do Espa-ço Público e Ambiente Urbano” estão con-templados: “Requalificação da Rua do Valede Abrigo”; “Requalificação da Praça daRepública, Jardim Infante D. Henrique,Largo D. Nuno Alvares Pereira e Renova-ção Urbana da Avenida dos Bombeiros”(projecto-âncora), para além da “Reabilita-ção do Núcleo Antigo da Vila” e “Guia eSinalética das Árvores da Vila”.O “Desenvolvimento Social” inclui, por seuturno, o “Projecto de Intervenção Social Cada1 Val +” e ainda a criação do novo “EspaçoInternet e Multimédia”. O “DesenvolvimentoCultural” contempla a “Instalação eDinamização da Biblioteca Municipal” (se-gundo projecto-âncora). Por último, no âm-bito na “Divulgação, Animação e Promoção”estão consagradas “Acções de Divulgação,Promoção e Marketing” e “Acções de Anima-ção de Rua”.

O momento pós-assinatura do protocolo

QualificaCADAVALOperação 1 - Qualificação Urbana da Vila

(2008 - 2010)

1 - Requalificação da Rua do Vale de Abrigo

2 - Requalificação da Praça da República,Jardim Infante D. Henrique,

Largo D. Nuno Álvares Pereira eAvenida dos Bombeiros

(Projecto-âncora)

3 - Reabilitação do Núcleo Antigo da Vila(1ª Fase: Rua João Santa Bárbara e

Rua do Rossio)

4 - Guia e Sinaléctica das Árvores da Vila

5 - Espaço Internet e Multimédia

6 - Instalação e Dinamização da Biblioteca Municipal

(Projecto-âncora)

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Aspecto do interior do edifício da nova Biblioteca Municipal

investir no concelho

A Real Fábrica de Gelo, classificada em 1997, como Monumento Nacional, foi já

considerada por inúmeros especialistas inter-nacionais como «um caso único, pela origina-lidade das suas estruturas e pelo razoável es-tado de conservação”.Este complexo fabril oitocentista é constituídopor três grandes áreas funcionais: área de ele-vação e distribuição da água; tanques de con-

gelação ou geleiras; poços ousilos de armazenamento degelo e área de expedição.Como explanámos em edi-ções anteriores, o Municípiodo Cadaval, no intuito de con-servar, salvaguardar, valori-zar e divulgar a Real Fábricado Gelo, desenvolveu um pro-jecto que compreende cincograndes acções, sendo queas duas primeiras consistiramna execução de projectos téc-nicos e em intervenções deconservação e restauro dasestruturas arqueológicas.A terceira acção incide naimplementação de um Centrode Interpretação e Sinalética,

com o objectivo de definir uma leitura glo-bal de todo o complexo arqueológico, per-mitir a interpretação das estruturas e sis-tema funcional e, por último, criarsinalética, no exterior, e painéis para ointerior do edifício dos silos.Assim, no interior do referido edifício,passarão a existir cinco painéis com afunção de complemento do conhecimen-

Conservação e valorização da Real Fábrica do Gelo em conclusão

A Instalação e Dinamização da Biblioteca Municipal vêm permitir colmatar uma ca-

rência do Concelho, em termos de equipamen-tos e serviços culturais e de apoio ao conheci-mento. A biblioteca existente não responde àsnecessidades actuais de desenvolvimento daVila e do Concelho, constituindo um espaço

muito limitado e semcondições para dar res-posta à missão da Bi-blioteca de hoje.A nova Biblioteca Mu-nicipal está integradana Rede Nacional deBibliotecas Públicas eencontra-se em fase deabertura ao público,prevista para Setembrode 2009. Este espaçode utilização colectiva,aberto a novos valorese novos usos, pretendeser um recurso signifi-

cativo para as crianças em idade esco-lar, para os jovens e cidadãos em geral. A Biblioteca Municipal deverá promovera coesão social e a autoconfiança da co-munidade local, geradora de grandes di-nâmicas e serviços culturais inovadores.Está integrada no complexo cultural das

Castanholas e numa zona de urbanização eedificação recente, com grande afirmação.A sua localização apresenta uma posição pri-vilegiada em termos paisagísticos, nas imedi-ações do Parque Urbano da Mata da Miseri-córdia.A criação de novo Espaço Internet eMultimédia, com a transferência e expansãodo actual Espaço Internet, para o edifício daBiblioteca Municipal, pretende reforçar a dinâ-mica já existente no acesso à internet, mastambém o contacto com as novas tecnologiasde informação e comunicação, promovendo ocombate à info-exclusão.Com a aprovação do protocolo de financiamen-to para a Operação de Qualificação Urbanada Vila do Cadaval foram criadas as condiçõespara a instalação e abertura ao público da Bi-blioteca Municipal e do novo Espaço Internete Multimédia, com a aquisição de equipamen-to informático, mobiliário e o acervo bibliográ-fico adequado à dinamização destes espaçosde cultura, conhecimento e identidade.

to difundido no exterior, e visam proporcionarum conhecimento mais alargado sobre atemática do fabrico do gelo nacional e interna-cional. Os seis painéis exteriores estão distri-buídos da seguinte forma: um colocado à en-trada do sítio e os outros directamente articu-lados com as estruturas a interpretar.A quarta componente prende-se com interven-ções ao nível dos percursos e envolvente, nosentido de permitir uma aproximação da popu-lação ao património, sensibilizando para a di-versificação e riqueza. Assenta numa rede depercursos que articulam os diferentes espaçosentre si.A quinta e última componente deste ambiciosoprojecto consiste no desenvolvimento de umPlano de Marketing para divulgação do Monu-mento Nacional, enquanto monumento nacio-nal de características únicas, com boas condi-ções para visitação e interpretação.Entre outras acções, destacam-se a elabora-ção de painéis/outdoors, um guia desdobrável/folheto sobre a Real Fábrica do Gelo, materialpromocional/merchandising, monografia comco-autores nacionais e internacionais, a cria-ção de um site alusivo à Real Fábrica do Gelo,promoção na comunicação social e reforço dapromoção nos roteiros turístico-culturais.

Biblioteca Municipal e Espaço Internet e Multimédia abrem ao público em Setembro

Aspecto do interior do edifício da nova Biblioteca Municipal

com

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investir no concelho

ASFALTAGENS

Legenda:1 - Rua da Esperança;2 - Largo dos Marqueses de Rio Maior;3, 4 - Rua do Valverde;5 - Rua do Guilhermino.

CCCCCaminho Raminho Raminho Raminho Raminho Rural Salgueirinho/Pural Salgueirinho/Pural Salgueirinho/Pural Salgueirinho/Pural Salgueirinho/PiemonteiemonteiemonteiemonteiemonteLegenda:1 - Troço Seixo/Vilar; 2, 3 - Troço Tojeira/Seixo.

VVVVVilarilarilarilarilar

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2

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AlguberAlguberAlguberAlguberAlguberLegenda:1 - Rua da Corujeira; 2 - Rua das Escolas; 3 - Rua Vítor Gomes Isidoro.

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investir no concelho

Legenda:1 - Rua das Amoreiras, Murteira (parte);2 - Rua do Foro, Murteira (parte);

3 - Rua do Pastor e Beco, Murteira;4, 5 - Rua Padre José Inácio Pereira,Murteira (parte);

3

MurteiraMurteiraMurteiraMurteiraMurteira

6

CasalinhoCasalinhoCasalinhoCasalinhoCasalinho

6 - Rua dos Moinhos, Casalinho;7 - Rua Maria Eugénia, Avenal;8, 9 - Rua Direita, Figueiros (parte).

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FFFFFigueirigueirigueirigueirigueirososososos

8

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1 2 3

1

MurteiraMurteiraMurteiraMurteiraMurteira

2

MurteiraMurteiraMurteiraMurteiraMurteira

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MurteiraMurteiraMurteiraMurteiraMurteira

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AvenalAvenalAvenalAvenalAvenal

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MurteiraMurteiraMurteiraMurteiraMurteira

SobrSobrSobrSobrSobrenaenaenaenaenaNuma parceria entre a Autarquia e a “Águas do Oeste, S. A.”, foi realizada a primeira parte da repavimentação daRua António Henriques (1, 2) até à Quinta de Santo António (3), tendo na mesma sido utilizadas massas asfálticascom introdução de borracha obtida a partir da reciclagem de pneus, em mais uma medida de preservação ambiental.

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investir no concelho

VALORIZAÇÃO URBANÍSTICA

Legenda:1 - Requalificação da Rua do Vale de Abri-go (em conclusão);2 - Arranjo urbanístico das traseiras do Mer-cado Municipal (em execução);3 - Passeios e asfaltagem de parque de es-tacionamento na Rua Boaventura Duarte;

4 - Calcet.º na Travessa das Carvalhas,Cadaval (C/Junta de Freguesia);5 - Calcet.º na Rua Vale Pisco, Cadaval (C/J.F.);6 - Passeio na R. 25 de Abril, C. Sapo (C/J.F.);7 - Calcet.º da Trav. do Crispiano, S. Salva-dor (C/Junta de Freguesia);

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4 5

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PóvoaPóvoaPóvoaPóvoaPóvoa

S. SalvadorS. SalvadorS. SalvadorS. SalvadorS. Salvador PPPPPeraleraleraleraleral

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PPPPPeraleraleraleraleral

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CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval

CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval

8, 9 - Calcet.º da Rua de Stª. Catarina, Peral;10 - Calcetamento de Beco D. Emília Fran-ca, Vermelha (C/Junta de Freguesia);11 - Construção de passeio/estacionamen-to, na Rua dos Moinhos, Póvoa (C/J.F.);12 - Calc. na Rua Santa Ana, Póvoa (C/J.F.).

C. SapoC. SapoC. SapoC. SapoC. Sapo

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CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval

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investir no concelho

Legenda:1 - Calcet.º de valetas/passeio e beco naRua da Palmeira, Figueiros (C/J.F.);2 - Calcetamento da Travessa JoséFeliciano Júnior, Figueiros (C/J.F.);3 - Passeio na Rua do Cemitério, Figueiros

(C/Junta de Freguesia);4 - Conclusão de troço de passeio na RuaPrincipal, Figueiros (C/J.F.);5 - Calcetamento de valetas/passeio na RuaMarcelo Caetano, Painho (C/J.F.);6 - Calcetamento de valeta/passeio na Tra-

1

FFFFFigueirigueirigueirigueirigueirososososos FFFFFigueirigueirigueirigueirigueirososososos

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VVVVVilarilarilarilarilar M. JoanesM. JoanesM. JoanesM. JoanesM. Joanes

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FFFFFigueirigueirigueirigueirigueirososososos PPPPPainhoainhoainhoainhoainho PPPPPainhoainhoainhoainhoainho

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3

FFFFFigueirigueirigueirigueirigueirososososos

vessa D. Lucília, Painho (C/J.F.);7 - Passeio/estacionamento na Rua doValcarroto, Vilar (C/J.F.);8 - Passeios na R. Pde. Serrão, Vilar (C/J.F.);9 - Passeio e pluviais na Rua Luís deCamões, Martim Joanes (C/J.F.).

OUTROS TRABALHOS »»

VVVVVilarilarilarilarilarSobrSobrSobrSobrSobrenaenaenaenaena

1 2

Zacarias Vivas, Sobrena;2 - Estabilização de talude na Ribeira doAvenal, junto à ponte do Carril, Vilar;

3 - Construção de paredão para estabili-zação da Estrada Pragança/Carvalhal daSerra (concluída).

Legenda:1 - Rede de Esgotos e elevação na Rua

7

VVVVVilarilarilarilarilar

PPPPPragançaragançaragançaragançaragança

3

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investir no concelho

»» OUTROS TRABALHOS

2 3

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VVVVVilarilarilarilarilar

1

Legenda:1 - Embelezamento da rotunda da RuaN. S.ª da Conceição, no Cadaval;2 - Separador na intersecção Av. Bom-

beiros Voluntários/Av. Dr. Franc. Sá Carneiro;3 - Colocação de estrado em madeira na pon-te do Parque de Lazer do Cadaval;4, 5 - Remodelação e ampliação da Escola

Básica de 1.º Ciclo da Dagorda (em fasede conclusão);6 - Fecho de alpendre do Jardim-de-Infân-cia do Vilar, com portas e janelas.

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VVVVVilarilarilarilarilarA. LoboA. LoboA. LoboA. LoboA. Lobo

A sinalização semafórica colocada, re-centemente, nos cruzamentos de Adão

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DagorDagorDagorDagorDagordadadadadaDagorDagorDagorDagorDagordadadadada

CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval CadavalCadavalCadavalCadavalCadaval

Lobo (7) e Martim Joanes (8) - regulação detráfego - e na Rua do Bonjardim, Vilar (9) -redução de velocidade - contou com utiliza-

ção de díodos emissores de luz (LED), ali-mentados por painéis solares, em vez deenergia eléctrica.

Legenda:

Está concluída a intervenção no Rio Real, notroço compreendido entre o limite com o Con-celho do Bombarral e a Quinta do Gradil (pontebaleeira). Em parceria com o Exército Portu-guês – Regimento de Engenharia n.º 1 da Pon-tinha e o acompanhamento técnico daARHTejo – Administração Regional Hidrográ-fica do Tejo, a Câmara Municipal efectuou um

investimento significativo que, a par da re-colha dos efluentes por parte da “Águasdo Oeste, S.A.”, devolveu a um dos princi-pais cursos de água do Concelho o seuequilíbrio natural e ambiental. Estão, en-tretanto, a preparar-se intervenções seme-lhantes a realizar nos Rios Bogóta e Arnóia,bem como na Ribeira de Santo António.

Concluída intervenção no Rio Real

M. JoanesM. JoanesM. JoanesM. JoanesM. Joanes

8

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11

economia do concelho

A dinâmica positiva e o potencial do sec- tor agrícola do Concelho exigem uma re-

flexão estratégica destinada a posicionar oCadaval face aos desafios e oportunidadesque o Cluster Agrícola enfrenta.Um Cluster consiste num conjunto de em-presas e outros actores, co-localizados numaárea geográfica próxima, que cooperam emtorno dum nicho funcional, estabelecendo ali-anças promotoras de competitividade.A competitividade económica do Cadavalpassa pelo envolvimento do Município, dasentidades representativas do sector e dasempresas, bem como pela sinergia da estra-tégia de desenvolvimento do sector agrícolacom as políticas públicas em curso.Neste contexto, a Câmara Municipal está apromover a elaboração do Estudo de Desen-volvimento do Cluster Agrícola do Cadaval,

A contratualização do PRODER (Progra- ma de Desenvolvimento Rural) entre o

Ministério da Agricultura e a associaçãoLeaderOeste (sediada na Vila do Cadaval),e o facto das 10 Freguesias do Concelho in-tegrarem o território de intervenção da Es-tratégia de Desenvolvimento aprovada cons-tituem uma oportunidade inegável que impor-ta não descurar.

O mundo rural tem, hoje, umanatureza multifuncional que vaialém da produção de bens agrí-colas, incidindo também na pro-dução de outros bens ou servi-ços inerentes à economia local,ou serviços de preservação doambiente, do património e do es-paço rural.Reconhecem-se, assim, as po-tencialidades dos territórios emtodas as suas componentes - umpatrimónio físico e cultural, umpotencial endógeno de produçãoe um património ambiental, com

base nas quais se pode estruturar uma basede desenvolvimento local.O PRODER assume, igualmente, como ob-jectivo promover as condições deatractividade e fixação de populações emmeio rural, através do apoio à melhoria deredes locais de serviços básicos para as po-pulações e à criação de microempresas.O “Subprograma 3 – Dinamização das Zo-

nas Rurais” insere-se nos objectivos defini-dos no FEADER – Fundo Europeu de Desen-volvimento Rural.Com o objectivo de divulgar os apoios aoDesenvolvimento Rural, designadamentepara a promoção da qualidade de vida e paraa diversificação das actividades económicasdo Concelho, a Autarquia, em parceria com aLeaderOeste, pretende realizar algumas Ses-sões de Divulgação, junto dos potenciaisbeneficiários do Programa.No dia 5 de Junho foi realizada uma sessãopara as Juntas de Freguesia, estando a seragendadas outras sessões, designadamentepara as Entidades Sociais do Concelho, so-bre o domínio dos Serviços Básicos para apopulação rural.As Sessões de Divulgação do PRODER –Subprograma 3 na área do Concelho terãoincidência sobre os seguintes domínios: Di-versificação da Actividade Económica e Cria-ção de Emprego; Serviços Básicos para aPopulação Rural; Conservação e Valorizaçãodo Património e Cultura Local.

Autarquia divulga apoios ao desenvolvimento ruralNuma iniciativa conjunta com a associação LeaderOesteNuma iniciativa conjunta com a associação LeaderOesteNuma iniciativa conjunta com a associação LeaderOesteNuma iniciativa conjunta com a associação LeaderOesteNuma iniciativa conjunta com a associação LeaderOeste

Para divulgar os apoios ao Desenvolvimento Rural, a Câmara Municipal, em parceria com aLeaderOeste - Associação para o Desenvolvimento Rural, está a realizar um conjunto de sessõesde divulgação para os potenciais beneficiários. A primeira decorreu a 5 de Junho e foi dirigida àsJuntas de Freguesia do Concelho.

através de uma consultoria externa com aempresa ISBS Consultancy.O estudo tem por objectivo principal com-preender as oportunidades e ameaças queo Cluster Agrícola enfren-ta, bem como a sua com-petitividade, tendo sidodesenvolvida uma análisedo sector, focalizada nassub-fileiras mais repre-sentativas: Pêra, Aves eVinho.Neste âmbito, foram tam-bém realizadas entrevis-tas com cooperativas, pe-quenos produtores e de-mais entidades represen-tativas do Cluster, bemcomo workshops de refle-

xão sobre a estratégia de desenvolvimentoa seguir e o papel da Autarquia, tal como orealizado a 26 de Junho, no auditório muni-cipal.

SinerSinerSinerSinerSinergias estratégicas para desenvolver o sector agrícola localgias estratégicas para desenvolver o sector agrícola localgias estratégicas para desenvolver o sector agrícola localgias estratégicas para desenvolver o sector agrícola localgias estratégicas para desenvolver o sector agrícola local

Município apoia consolidação do Cluster Agrícola do Cadaval

Workshop abordou estratégia de desenvolvimento do Cluster

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Nota: Para informações mais detalhadas e acesso ao formulário, consulte directamente o site do PRODER, http://www.proder.pt, ou liguepara o Número Verde – 800 500 064.

economia do concelho

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Existem excelentes vantagens no quetoca ao reconhecimento do estatu-to de Artesão e de Unidade Produti-

va Artesanal, designadamente: acesso aapoios e benefícios que o Estado atribuaao artesanato (investimento na moderni-zação das oficinas, formação, participaçãoem feiras, etc.), para o qual o reconheci-mento do estatuto de unidade produtivaartesanal é condição necessária; mençãodo reconhecimento como artesão, ou uni-dade produtiva artesanal, na rotulagem,publicidade e demais documentos comer-ciais de acompanhamento dos produtos,através da utilização de símbolo, a apro-var por diploma legal; acesso regular a in-formação de interesse para o sector, di-fundida aos artesão e unidade produtivasartesanais constantes do Registo Nacio-nal do Artesanato.À semelhança do que se tem feito desde2006, informa-se, novamente, todos os in-teressados que o Município do Cadaval seencontra à disposição, através do Gabine-te de Assessoria Técnica, para prestar in-formação, relativa ao Estatuto de Artesãoe Unidade Produtiva Artesanal, e apoio nopreenchimento dos formulários, bem comoencaminhamento dos processos para ob-tenção do referido estatuto.

economia do concelho

Linha de Crédito Bonificada ao SectorAgrícola, Pecuário, Florestal e Agro-In-dústriasVisa dinamizar a actividade económicadas Pequenas e Médias Empresas (PME)do sector agrícola e pecuário e do sectorflorestal e das agro-indústrias, com vistaà promoção do reforço da suacompetitividade e da sua capacidade deexportação, criando condições para quepossam aceder a crédito bancário em con-dições mais favoráveis.Tem uma dotação de 175 milhões deeuros, dos quais 75 milhões são para osector agrícola e pecuário e os restantes100 milhões são para o sector florestal eagro-indústrias.

Linha de Crédito PME Investe IVEsta nova Linha de Crédito às PME tem

Sistemas de Incentivos às Empresas - Plano de concursos

uma dotação de 400 milhões de euros,dos quais 200 milhões de euros são des-tinados ao Sector Exportador e 200 mi-lhões de euros são dirigidos às Micro ePequenas Empresas.No Sector Exportador, as empresas têmque exportar pelo menos 10 % do seuvolume de vendas, ou um valor superi-or a 150 mil euros, beneficiando de umaGarantia Mútua sobre 50 % do valor decada financiamento.Já as Micro e Pequenas Empresas de-vem apresentar resultados líquidos posi-tivos em 2 dos últimos 4 exercícios, be-neficiando de uma Garantia Mútua sobre75 % do valor de cada financiamento.Os valores a financiar ao abrigo destaLinha são acumuláveis com financia-mentos prestados ao abrigo das Linhasanteriores.

Apoio aos PotenciaisArtesãos e UnidadesProdutivas Artesanais

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ambiente & protecção civil

As energias renováveis são fontes inesgotáveis de energia, obtidas a partir

de recursos da Natureza, e podem ser deorigem solar, hídrica, geotérmica ou eólica.A Energia Solar, obtida a partir do sol, podeser convertida em electricidade ou em calor,através de painéis solares fotovoltaicos outérmicos, para aquecimento do ambiente oude água; a Energia Hídrica, proveniente daágua dos rios, das marés e das ondas, podeser convertida em energia eléctrica, atravésdas barragens; a Energia Geotérmica, obtidaa partir da terra, pode ser convertida em calorpara aquecimento do ambiente ou da água;por último, a Energia Eólica, obtida a partirdos ventos, pode ser convertida emelectricidade através de turbinas eólicas ouaerogeradores.

Parque Eólico da Serra de Todo-o-Mundo

Aqui bem perto de nós, temos, a operar des-de Janeiro de 2005, na Serra de Todo-o-Mun-

do (zona norte do Concelho), 10 aeroge-radores, em que cinco se inserem no Con-celho de Caldas da Rainha e os restantescinco no Concelho do Cadaval.Cada turbina gera entre 50 a 300 KW de elec-tricidade, sendo que um gerador eólico per-mite acenderem-se 3 000 lâmpadas de 100Watts cada.A título de exemplo, um aerogerador com cer-ca de 2MW de potência custa cerca de 2,2milhões de euros, produz 4 500 MW/ano e,

em termos de poupança de petróleo, sãocerca de 387 toneladas/ano (ou seja, 2 825barris/ano). Para além disso, evita 4 275 to-neladas/ano de emissões de CO2 (Dióxidode Carbono) para a atmosfera.Nesta perspectiva “amiga do ambiente”, ali-ada ao rendimento que os aerogeradoresgeram para a Autarquia, encontra-se em faseavançada a negociação para a instalação deum novo Parque Eólico no Concelho, que iráreunir cerca de 12 aerogeradores.

Novas energias: um apelo do ambiente e da economiaPara percebermos a importância das energias alternativas, explicamos, nesta ediçãoda Revista Municipal, os tipos de energia renováveis existentes, destacando a energiaeólica, por ser um recurso energético explorado no nosso Concelho.

A enerA enerA enerA enerA energia eólica é um dos rgia eólica é um dos rgia eólica é um dos rgia eólica é um dos rgia eólica é um dos recursos eecursos eecursos eecursos eecursos existentes no nosso Concelhoxistentes no nosso Concelhoxistentes no nosso Concelhoxistentes no nosso Concelhoxistentes no nosso Concelho

Recolha Porta-a-Porta prossegue com balanço positivo

Os Munícipes do Cadaval estão, maisuma vez, de parabéns. A colaboração

de todas as empresas, comerciantes, esco-las, lares, etc., na separação do papel/car-tão, plásticos e REEE (Resíduos de Equipa-mentos Eléctricos e Electrónicos), para re-colha porta-a-porta, foi muito importante parao nosso Município.

Conseguimos, juntos, evitar que algum des-te “lixo” fosse colocado nos contentores deRSU (Resíduos Sólidos Urbanos) e conse-guimos, também, obter uma poupança bas-tante considerável.Se o total de 132 toneladas de resíduos re-colhidos no ano de 2008 tivesse sido coloca-do nos contentores tradicionais, teria custa-

do ao nosso Município 5 755 euros. Já nopresente ano de 2009, só entre Janeiro eJulho (ver tabela abaixo), o valor poupadocom a recolha porta-a-porta de perto de 95toneladas de resíduos era já de 4.155 euros.Assim sendo, além de termos poupado, ain-da permitimos a valorização dos materiaisrecicláveis, que são utilizados na produção

de novos produtos.De sublinhar que os dados em questão sereferem somente à recolha porta-a-porta,efectuada pela autarquia às entidades aci-ma referenciadas, não contemplando, porisso, a reciclagem feita directamente nosecopontos.Para mais esclarecimentos sobre o Servi-ço de Recolha Porta-a-Porta, contacte-seo Gabinete do Ambiente da CMC, atravésdo 262 690 175 (Eng.ª Ana Pintéus).

A Reciclagem é, cada vez mais, um dado adquirido no nosso Concelho, graças ao empenho de umcada vez maior número de munícipes mas também de empresas e instituições locais. E, claro, oAmbiente e a Economia agradecem.

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informar o munícipe

Balcão Único: em prol da qualidade do atendimentoRRRRRedefinição do modelo de atendimento municipaledefinição do modelo de atendimento municipaledefinição do modelo de atendimento municipaledefinição do modelo de atendimento municipaledefinição do modelo de atendimento municipal

A questão da qualidade “entrou na moda” na Administração Pública, muitas vezes

mais centrada nos processos de gestão daqualidade do que nas exigências de quali-dade dos serviços prestados.Os cidadãos exigem serviços de fácil aces-so, rapidez, conveniência e cortesia, comqualidade, e também uma administração efi-caz na resolução de problemas e eficienteno uso dos recursos públicos. A constitui-ção do Balcão Único Municipal resulta do

processo de moderni-zação administrativaactualmente em cur-so na Câmara Muni-cipal.Assim, face aos no-vos desafios que secolocam às autar-quias e às expectati-vas dos cidadãos eempresas, importaconceber novas es-truturas organiza-cionais, que respon-dam com eficácia, efi-ciência e economiaàs atribuições públi-

cas. A redefinição do atendimento represen-ta um passo importante no relacionamentoda Autarquia com os seus Munícipes e Em-presas.A criação do Balcão Único Municipal pressu-põe que, num só espaço físico, o Munícipepossa solucionar e resolver situações tão di-versas como sejam a obtenção de uma licen-ça de construção, bem como a resolução dequestões relacionadas com os transportesescolares, abastecimento de água, sanea-

mento, entre outros. O Balcão Único terá umhorário mais alargado e uma equipa de cola-boradores que irão assegurar qualidade, ra-pidez e eficácia no tratamento das questõesrelacionadas com os serviços, através de for-mação adequada em contexto de trabalho,preparando-os para o desempenho de fun-ções-chave na imagem da Autarquia.Considerando a importância que a melhoriacontínua hoje assume nas organizações, aCâmara Municipal deverá caminhar para aimplementação do Sistema de Gestão daQualidade, sendo o Balcão Único um passoimportante para a certificação da Qualidade.O projecto enquadra-se nos objectivos doSAMA - Sistema de Apoios à ModernizaçãoAdministrativa previsto no “POR Mais Cen-tro”, programa que visa tornar a administra-ção local mais eficaz e eficiente, respectiva-mente na tipologia “Operações de qualifica-ção e simplificação do atendimento dos ser-viços públicos aos cidadãos e empresas”.Esta operação encontra-se prevista nasubvenção global/contratualização com aOeste CIM (Comunidade Intermunicipal doOeste), estando a ser preparada uma can-didatura regional, a apresentar até ao fi-nal de 2009.

Aspecto do Balcão Único Municipal, a abrir brevemente

Reabriu em Maio, com novas ins- talações, o Gabinete de Consulta

Jurídica do Cadaval, cujo objectivo é ode assegurar consultas jurídicas gratui-tas a pessoas com dificuldades econó-micas que residam no Concelho doCadaval ou nele exerçam actividadeprofissional.Para que o gabinete possa avaliar a si-tuação económica dos interessados, osmesmos deverão ser portadores de

identificação pessoal, recibo de orde-nado e última declaração de IRS.Refira-se que o Gabinete de ConsultaJurídica funciona agora na Rua 25 deAbril, no 1.º andar do Edifício da Cen-tral de Camionagem (próximo do Tri-bunal). Está aberto de segunda a sex-ta-feira, das 9h00 às 12h30 e das14h00 às 16h30. Pode ainda sercontactado pelo telefone 91 314 89 07ou pelo e-mail [email protected].

Gabinete de Consulta Jurídica do Cadaval em funcionamento

A Câmara Municipal do Cadaval, em parceria com o IEFP - Centro de

Emprego de Torres Vedras, criou, emMaio último, o Gabinete de InserçãoProfissional (GIP), que pretende darcontinuidade ao trabalho desenvolvido

pelo antigo Gabinete UNIVA. O seu objectivoconsiste em dar respostas ao nível de infor-mação e orientação profissional e ainda aosproblemas de emprego da população da áreado Concelho.O GIP presta atendimento ao público às se-

gundas, terças, quintas e sextas-feiras, das9h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h30, efunciona ainda no 1.º piso das antigas ins-talações da Câmara Municipal (junto aoMercado Municipal). O telefone de contac-to é o seguinte: 262 690 187.

UNIVA dá lugar a Gabinete de Insersão Profissional

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história do concelho

Elísio Summavielle, Director do Institu-to de Gestão do Património Arquitec-tónico e Arqueológico (IGESPAR),

salientou a importância das autarquias na re-cuperação do património, dado que, comorefere, 70% do investimento público nessaárea é feito através delas. Considera, no en-tanto, existir falta de mão-de-obra qualifica-da, sendo que apenas 10% da área da cons-trução civil se dedica à reabilitação e recupe-ração do património, quando a média europeiaé de 40%. Num país com tanta falta de em-prego, este trata-se, segundo ele, de «um ni-cho de emprego estratégico e necessário».Nélson de Carvalho, Presidente da CâmaraMunicipal de Abrantes, defendeu a importân-

cia de usar o patrimó-nio como elemento es-tratégico e como mar-ca de identidade de umterritório, tornando-o«conhecido, atractivo,visitado», e cujos flu-xos turísticos reflectir-se-ão na economiadesse território. Oautarca apresentou, deseguida, o programaintegrado de valoriza-ção do centro históricode Abrantes.Pedro Roseta, Profes-sor Universitário e Ex-

-Ministro da Cultura que, em 2002, inaugu-rou o Museu Municipal do Cadaval, defen-deu que o património cultural é um dos prin-cipais traços distintivos de um povo, paraalém da língua, e tem de ser «vivo, visitável,vivido». Deve também ser encarado comofactor de desenvolvimento, permitindo «cres-cer sem perder as raízes». Como explicou,o património, ao atrair turistas, especialistas,estudantes, entre outros, contribui, tambémele, para a criação de emprego.De acordo com Pedro Roseta, o desenvolvi-mento começa na pessoa humana e depen-de da sua consciência do viver em comuni-dade. Porque, como refere, «a herança de-gradada, degrada os seus herdeiros».

Rogério Silva, Arquitecto e Chefe de Divisãoda Câmara Municipal do Cadaval, abordou“A revitalização das zonas antigas das áre-as urbanas do Concelho do Cadaval”, tendocomeçado por mostrar à plateia diversosedifícios particulares votados ao abandonoe degradação, e também alguns exemplosde reparações já realizadas. Apresentou, de-pois, algumas propostas com vista a fazerface a essas situações de abandono e dedegradação de edifícios.Considerou ainda existirem, no Concelho,uma série de potencialidades a explorar, ca-pazes de atrair turismo ao Cadaval, sendonecessário cativar proprietários para a ne-cessidade de recuperar o respectivo patri-mónio e, além disso, ajudar os visitantes adescobrir esses lugares.Guilherme Cardoso, arqueólogo da As-sembleia Distrital de Lisboa, relembrou a im-portância histórica do Convento dosDominicanos, em Montejunto, tendo consi-derado importante ajudar os visitantes doconvento a interpretar e compreender a suahistória e a sua relevância, através de umaexposição permanente, painéis explicativose demais material gráfico.O último orador previsto, Gil Serras Pereira,arquitecto da empresa “Diâmetro – Estudose Projectos”, acabaria por não poder com-parecer, sendo que ao mesmo caberia apre-sentar o projecto de reconversão da Praçada República da vila do Cadaval.

Inserido na designada “Semana do Património”, o Museu Municipal promoveu, a 22 de Maio, noauditório dos Paços do Concelho, o “II Encontro de Cultura e Património do Cadaval”, onde sedebateu “o património como factor de desenvolvimento local”. Deste encontro, há a reter aimportância de promover a recuperação do património, bem como o seu conhecimento e fruição.

Enquadrada também na “Sema- na do Património”, a exposição

temporária “Cadaval Ontem e Hoje” de-correu, por seu turno, de 18 a 28 deMaio, no Museu Municipal do Cadaval.A mostra foi composta por desenhos eaguarelas alusivas ao passado da vilado Cadaval, da autoria de Serrão de Fa-

Enquadrado na “Semana do PEnquadrado na “Semana do PEnquadrado na “Semana do PEnquadrado na “Semana do PEnquadrado na “Semana do Património”atrimónio”atrimónio”atrimónio”atrimónio”

Museu Municipal promoveu “II Encontro de Cultura e Património”

ria, e por uma série de painéis explicativosda evolução urbana cadavalense.De referir também, no final do supracitadoencontro, o lançamento das “Actas do 1.ºEncontro de Cultura e Património doCadaval”, numa edição da autarquiacadavalense, disponível no Pelouro da Cul-tura e no Museu Municipal.

Cadaval antigo recordado em desenhos e aguarelas

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turismo no concelho

A parceria firmada visa conjugar esfor-ços de divulgação, e de subsequente esclarecimento de dúvidas, aos po-

tenciais investidores, de forma conjunta e de-vidamente articulada.Uma das melhores formas de apostar no tu-rismo no Concelho, ao mesmo tempo quese preserva a ruralidade e se criam rendi-mentos complementares, consiste na promo-ção das vertentes: Turismo no Espaço Ru-ral, Turismo de Habitação, Turismo de Natu-reza e Alojamento Local.Nesse sentido, a LeaderOeste – Associaçãopara o Desenvolvimento Rural constituirá ointerlocutor privilegiado no que concerne aofinanciamento deste tipo de empreendimen-tos turísticos.A presente parceria teve por base a neces-sidade premente de atrair e fixar investido-res no Concelho, sendo, para tal, fundamen-

tal a criação deuma relação deconfiança entrea autarquia e ospotenciais inves-tidores, baseadanão só na diver-sificação dosserviços presta-dos, mas tam-bém na me-lhoria da quali-dade dos mes-mos.Neste âmbito, está prevista a elaboração deum manual detalhado dos procedimentos erequisitos inerentes ao licenciamento, assimcomo dos relativos ao financiamento. Dessemanual resultarão várias brochurastemáticas, quer de esclarecimento, quer de

Iniciativa de apoio ao “Investidor em Meio RIniciativa de apoio ao “Investidor em Meio RIniciativa de apoio ao “Investidor em Meio RIniciativa de apoio ao “Investidor em Meio RIniciativa de apoio ao “Investidor em Meio Rural”ural”ural”ural”ural”

Dinamizar o turismo no Concelho, preservando a ruralidade

A Câmara Municipal estabeleceu, recentemente, uma parceria com a associação LeaderOestecom vista ao desenvolvimento da iniciativa de apoio “Investidor em Meio Rural – Turismo”,encarando o turismo como alavanca da actividade económica, capaz de gerar novasoportunidades de negócio e a dinamizaçãodas actividades existentes.

A iniciativa “Percorrer Monte(s)junto(s)” continua a decorrer, permitindo dar a co-

nhecer a nossa terra a um crescente núme-ro de pessoas, maioritariamente provenien-tes de fora do Concelho. Como refere Narci-so Vieira, técnico de Turismo da CMC, «os

participantes ficam sempre surpreendidoscom a beleza dos nossos vales, o nosso pa-trimónio construído e a nossa riqueza histó-rica.»O último percurso realizado foi a Rota dosMoinhos, a 21 de Junho, assinalando o ar-

ranque de Verão. Ospedestrianistas parti-ram, bem cedo, doVilar, e trilharam cer-ca de 10 Km, porTojeira, Pereiro, Altoda Lagoinha, Avenale regresso ao Vilar.Dia 9 de Maio reali-zou-se um percursonocturno, na Serrade Montejunto, quecontou com 25 inscri-ções, mas que, devi-do ao tempo poucoconvidativo, contou,

Iniciativa “PIniciativa “PIniciativa “PIniciativa “PIniciativa “Pererererercorrcorrcorrcorrcorrer Monte(s)junto(s)” - Caminhadas rer Monte(s)junto(s)” - Caminhadas rer Monte(s)junto(s)” - Caminhadas rer Monte(s)junto(s)” - Caminhadas rer Monte(s)junto(s)” - Caminhadas regularegularegularegularegulares por trilhos ruraises por trilhos ruraises por trilhos ruraises por trilhos ruraises por trilhos rurais

Ruralidade local continua a atrair pedestrianistasainda assim, com 14 caminheiros (quase to-dos oriundos de Lisboa, Torres Vedras e Cal-das da Rainha), aos quais permitiu passarpelos miradouros serranos e visitar locaiscomo o Convento dos Dominicanos, Real Fá-brica do Gelo e Parque dos Castanheiros.Por seu turno, o trilho Cadaval/Vermelha (nafoto), realizado a 5 de Abril, contou com aadesão de cerca de 32 caminheiros quecalcorrearam 13 Km. Os participantes vie-ram de Caldas da Rainha, Loures, Seixal etambém de dentro do Concelho, tendo tri-lhado vinhedos e pomares, com o itinerárioCadaval, Vermelha, Vale Canada, Adão Loboe regresso ao Cadaval.Para inscrições ou informações adicionais,ligue: 91 678 26 28, 262 777 888, 262 690100 (Serviço de Turismo). Pode ainda fazê--lo pelo e-mail [email protected]. Emalternativa, consulte calendário de percursos,disponível no site municipal (www.cm-cadaval.pt).

promoção destas tipologias de empreendi-mento turístico/alojamento e de actividadescomplementares a elas associadas. Comonão poderia deixar de ser, estão tambémprevistas sessões de esclarecimento alusi-vas a esta temática.

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Inaugurada Rotunda dedicada ao “Cantar dos Reis”, no CadavalEmbelezamento da infra-estrutura rondou os 60 mil euros

especial rotunda “cantar dos reis”

A Câmara Municipalinaugurou, na noite de 21de Maio, a Rotunda daEN 115, no Cadaval, cujoarranjo urbanístico tevepor tema o “Cantar dosReis”, tradição das aldeiasde Avenal e Pereiro.A cerimónia contou com apresença de Luís Marques,Director Regional deCultura de Lisboa e Valedo Tejo, bem como doescultor Vítor Nogueira daSilva, autor do monumentoao “Cantar e Pintar dosReis”. Após o descerrar deplaca, cantaram-se os reisno Cadaval…

Um «monumento singelo mas de gran- de significado para o Concelho» foicomo Aristides Sécio se referiu à peça

escultórica da rotunda que acabava de inau-gurar, que não só evidencia uma tradição lo-cal, como também a «arte de bem receber»da população concelhia, nomeadamente noque respeita às localidades que ainda prati-

cam a tradição do “Cantar e Pintar dosReis”, o Avenal e o Pereiro.Vítor Nogueira da Silva, criador da peçaescultórica situada na placa central darotunda, explicou, por seu turno, aospresentes, a simbologia associada aoaspecto visual e às componentes do re-ferido monumento. (Ver caixa da pág. 19)

O Director Regional de Cultura de Lisboa eVale do Tejo, Luís Marques, apelidou aquelecomo um monumento simbólico de extremaimportância, dado constituir, segundo ele, oprimeiro exemplo concreto, em Portugal, devalorização do património cultural imaterial,numa altura em que a UNESCO atribui umaênfase particular a este tipo de património.

Uma vez descerrada a lápide inaugural, porLuís Marques e Aristides Sécio, e após umbreve discurso dos três supracitadosintervenientes, foi tempo de passar à recria-ção da tradição do “Cantar de Reis”. A recri-ação contou com a especial presença dosgrupos “de Cantar dos Reis” do Avenal e doPereiro, que dedicaram uma diversidade derimas espontâneas à ocasião festiva e ao mo-numento erguido em sua homenagem, ondenão faltaram versos do próprio Presidente daCâmara.O momento festivo incluiu, como manda apraxe, uma ampla mesa de diversos comese bebes, aberta ao público e montada na rua,junto à rotunda inaugurada.

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especial rotunda “cantar dos reis”

Explicação sobre o monumento ao “Cantar dos Reis”

A intervenção caracterizou-se pela recri-ação e interpretação, em termosescultóricos, do “Pintar e Cantar dosReis”, escultura essa da autoria do es-cultor Vítor Nogueira da Silva.Foi na placa central que incidiram a mai-or parte dos trabalhos, com a execuçãodo monumento de “homenagem” ou “lem-brança” ao “Pintar e Cantar dos Reis”, tra-dição enraizada nas aldeias do Avenal edo Pereiro. O referido espaço foi, depois,relvado e rodeado por algumas árvores.A tradição baseia-se, como descreveVítor Silva na memória descritiva do pro-jecto, «num grupo de homens que, nanoite 5 de Janeiro, saem para a rua mu-nidos de uma lanterna, um balde de tintae pincéis e que, cantando e pintando,anunciam a mensagem dos “Bons ReisMagos”. Nas paredes de algumas casas,

inscrevem, através de pinturas simplescom cores predefinidas, alguns símbo-los e siglas que fazem parte de um códi-go ancestral. Digamos que esses“graffitis” ancestrais, implantados, sobre-tudo, junto às portas, desejam ao donoda casa, entre outras mensagens, votosde felicidades para o ano que começa.»Na materialização desta tradição, o es-cultor idealizou a utilização de figuras ge-ométricas, num conjunto escultórico que,pela sua morfologia e localização, repre-senta a porta de entrada da vila.O monumento é formado por um elemen-to branco, em forma de portal, que suge-re a entrada de uma habitação, sendoladeado por um elemento em forma de“L” invertido e que pretende simbolizar afaixa de cor (neste caso, amarela), exis-tente em muitas casas de província.

Em cada um dos lados do portal encontra--se um elemento volumétrico. Um deles, deforma prismática, simboliza uma parte daparede/plano onde se encontra inserida aporta. No lado oposto, existe um outro quesimboliza o lambril, também amarelo, exis-tente nas casas rurais. Na face superiordeste elemento, encontra-se colocado umcilindro vermelho que representa o baldeou lata de tinta utilizada para a prática pic-tórica do evento. Sobre a base do monu-mento, encontra-se um paralelepípedoamarelo que simboliza a candeia utilizada.A peça inclui, por fim, um passadiço, criadoperpendicularmente ao eixo horizontal domonumento, ao longo do qual progride umcachão de água, cujo movimento pretendesugerir a entrada numa suposta habitaçãoe, em paralelismo, o da entrada na vila aoviajante que chegue por estrada.

Aristides Sécio, Luís Marques e Vítor Nogueira da Silva, junto ao monumento ao “Cantar dos Reis”

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ANIMARTE trouxe quatro dias de animação ao CadavalRRRRRescaldo do 13.º Certame Municipal das Artes e da Educaçãoescaldo do 13.º Certame Municipal das Artes e da Educaçãoescaldo do 13.º Certame Municipal das Artes e da Educaçãoescaldo do 13.º Certame Municipal das Artes e da Educaçãoescaldo do 13.º Certame Municipal das Artes e da Educação

educação no concelho

O Parque de Lazer do Cadaval voltou a acolher uma feira anual que cons-titui o culminar das actividades lecti-

vas da comunidade educativa local, ao mes-mo tempo que anima, informa e sensibilizacrianças, jovens, famílias e comunidade emgeral.

A ANIMARTE despediu-se, a 1 de Junho, com um dia especialmente dedicado aos maispequenos, ou não fosse Dia Mundial da Criança. Este 13.º Certame Municipal das Artes eda Educação saldou-se positivamente, tendo cumprido o seu anual compromisso lúdico--pedagógico para com crianças, jovens, famílias e demais comunidade visitante.

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A temática escolhida para este ano, “Asnovas energias”, foi exemplarmente de-senvolvida por professores/educadores,alunos, auxiliares e técnicos, tendo esta-do visível, durante o certame, sobre asmais diversas formas, como sejam: can-ções, encenação teatral, desenhos, pin-turas, trabalhos manuais diversos, painéisexplicativos, jogos didácticos, entre ou-tros. Seguramente que a importância dautilização das energias renováveis e dapreservação ambiental não passou des-percebida aos muitos visi-

tantes do certame.A mensagem didáctica e infor-mativa passou ainda por outrasáreas de interesse e relevân-cia, como sejam: preservaçãoda floresta, ambiente/recicla-gem, emprego, saúde, solida-

riedade social, cultu-ra/património, econo-mia local ou novastecnologias.Uma vez mais, amostra artesanal e

institucional propiciou ao públicovisitante a oportunidade de apreci-ar e adquirir diversos artigos,maioritariamente de cariz infantil eproduzidos a nível local/regional,bem como acompanhar as activida-

des das diferentes entidades participantes.No total, perto de 70 stands reuniram maisde 50 expositores nesta 13.ª ANIMARTE,englobando escolas, jardins infantis, institui-ções, associações, artesãos e comerciantes.Ao nível da animação infanto-juvenil, a apos-ta incidiu num conjunto de jogos tradicionais,a que se vieram juntar actividades radicaistais como o slide e o mini-slide, que diverti-ram miúdos e graúdos, ou ainda os solicita-dos jumpers (“andas” para saltar), tiro comarco, escolinha de condução, campeonato de

futebol infantil (1.º Ciclo do Concelho doCadaval), pintura facial, escultura de balõese ateliês de actividades. De realçar que asexibições diurnas de música, dança e repre-sentação contaram com a participação acti-va das escolas do Concelho.

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educação no concelho

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tor. O desfile, que contemplou muita anima-ção à mistura, tratou-se de mais um eventopromocional da APC - Associação Paraísodas Crianças, a qual tem movido esforçosde divulgação e angariação em prol da cons-trução de uma casa de acolhimento para cri-

Quanto à animação, a organizaçãooptou por dedicar cada dia a umatipologia de público. Assim, o dia 29constituiu o “Dia da Juventude”, dia30 foi o “Dia da Família”, o dia 31 re-presentou o “Dia da Comunidade” efinalmente o dia 1, como não poderiadeixar de ser, o “Dia da Criança”.Os espectáculos nocturnos incluíramdois concertos rock (um dos quaismais revivalista) e também uma noiteespecial que incluiu uma passagemde modelos de crianças e jovens lo-cais. A apresentação do desfile cou-be a algumas caras conhecidas, no-meadamente Margarida Barreiras,jornalista, e Daniel Cardoso, actor,tendo contado, ainda, com a presen-ça de Miguel Bugalho, também ele ac-

anças, na localidade do Peral.De salientar que a inauguração daANIMARTE coube ao Director Regional daEducação de Lisboa e Vale do Tejo, José Jo-aquim Leitão, e ao Presidente da Câmara Mu-nicipal do Cadaval, Aristides Sécio.O certame incidiu, uma vez mais, na zonaoriental do Parque de Lazer do Cadaval, per-mitindo a concentração da oferta exposicionalda feira em três grandes espaços: um pavi-lhão do artesanato, um espaço aberto, decariz institucional e animação musical, e ain-da um pavilhão da educação, no qual decor-reram os diversos ateliês de actividades.A ANIMARTE voltou a constituir uma organi-zação da Câmara Municipal do Cadaval emparceria com Agrupamento de Escolas doCadaval, Escola Secundária c/ 3.º CEB deMontejunto, Santa Casa da Misericórdia doCadaval, Colégio da Vila e Centro de Saúdedo Cadaval.

(Segue acima)

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Exposição, sessão solene e concerto musical estiveram em destaqueExposição, sessão solene e concerto musical estiveram em destaqueExposição, sessão solene e concerto musical estiveram em destaqueExposição, sessão solene e concerto musical estiveram em destaqueExposição, sessão solene e concerto musical estiveram em destaque

cultura & tempos livres

Cadaval comemorou 35 anos do “25 de Abril”

As festividades tiveram início com aabertura, logo no dia 24, da exposi- ção dedicada aos “35 anos do 25 de

Abril” e ao “25 deAbril no Cadaval”, aqual esteve paten-te, ao longo das co-memorações, noátrio dos Paços doConcelho, e quecontou com o apoiodo Centro de Docu-mentação “25 deAbril” da Universi-dade de Coimbra. Aorganização da ini-ciativa coube, porseu turno, à Câma-ra Municipal doCadaval em parce-ria com a Assem-bleia Municipal e Biblioteca Municipal.A manhã do Dia 25 iniciou-se com o habitualHastear da Bandeira, junto ao edifício dosPaços do Concelho, momento que contou,este ano, com a presença musical da BandaFilarmónica de Pragança e com a participa-ção de diversos deputados da Assembleia

O Cadaval acolheu, de 24 a 26 de Abril, as comemorações do 35.º Aniversário do 25 deAbril, cujo destaque foi para uma exposição e uma sessão solene alusivas à efeméride,sendo que nesta última intervieram não só os representantes dos partidos com assentona Assembleia Municipal como também alunos representantes das escolas concelhias.

Municipal, para além de representantes doexecutivo camarário e demais entidades lo-cais.

Hasteada que estava a bandeira nacional, ascelebrações prosseguiram no auditório daCâmara Municipal, através de uma sessãosolene sobre o 25 de Abril, a qual contou coma especial presença e intervenção de repre-sentantes dos alunos do Agrupamento de Es-colas do Cadaval e da Escola Secundária c/

3.º Ciclo de Montejunto.Mas ainda antes da opinião juvenil sobre aemblemática “Revolução dos Cravos”, queincluiu a declamação de três poemas, nesteplenário tomaram também a palavra os re-presentantes dos Grupos Políticos daAssembleia Municipal, nomeadamente,Ricardo Miguel (CDU), Filipe Pereira (PS) eVítor Pintéus (PSD), antecedidos por pala-vras do Presidente do referido ÓrgãoDeliberativo, Pedro Gaspar Rodrigues, e doPresidente da Câmara Municipal, AristidesLourenço Sécio. Este momento solene cons-tituiu, por seu turno, uma organização daAssembleia Municipal do Cadaval. (Na se-parata desta edição da RM, são publicados

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cultura & tempos livres

os discursos dosintervenientes nestasessão).A jornada comemo-rativa prosseguiu àtarde, pelas 15h00,com a realização dasegunda prova do“IV CampeonatoMunicipal Jovem deAtletismo”, a qualdecorreu junto à Pis-cina Municipal doCadaval. Apesar dai n s t a b i l i d a d eclimatérica, que a-

cabaria mesmo portrazer chuva no finalda prova, participa-ram nesta segundaprova, ainda assim,um total de 100 crian-ças do Concelho (verpág. 31).À noite, realizou-se,no cine-auditório dosBombeiros Voluntári-os do Cadaval, umconcerto intitulado“Quatro Vertentes daMúsica Coral deFernando Lopes-Gra-ça”, o qual ficou a car-go do Coro Polifónico Eborae Mvsica, prove-niente de Évora. O espectáculo repartiu-se,assim, em quatro partes da obra de FernandoLopes-Graça: canções regionais portugue-sas, canções de romaria tradicionais, cançõesde Natal tradicionais e canções heróicas, numespectáculo bastante ovacionado pela assis-

tência. Recorde-se que Fernando Lopes-Graça constitui uma referência não apenasao nível da composição musical e har-monização de canções regionais portugue-sas, como também enquanto fervoroso de-fensor da conquista da liberdade política,económica, social e cultural em Portugal e,naturalmente, da Revolução de 25 de Abrilde 1974.A assinalar o encerramento das comemora-ções, ao fim da tarde do dia 26, realizou-se,no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, afesta de encerramento do “IV CampeonatoConcelhio de Futsal” (ver pág. 30), onde sedefrontaram, num jogo amigável, a equipavencedora, o CCDR Rocha Forte, e uma se-lecção de jogadores, feita a partir das res-tantes onze equipas que participaram nestacompetição, com o resultado final de 6-3, fa-vorável à equipa de Rocha Forte. Após a re-alização do jogo, seguiu-se a habitual entre-ga de prémios, seguida de um lanche-conví-vio que pôs termo à celebração dos 35 anosdo “25 de Abril” no Cadaval.

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cultura & tempos livres

Conto ecológico cativou pequenadaBiblioteca Municipal dinamizou Hora do Conto 2009

Cerca de 610 crianças dos Jardins-de-Infância e Escolas de 1.º Ciclo doConcelho participaram em mais uma

Hora do Conto da Biblioteca Municipal, acti-vidade decorrida de 15 de Abril a 26 de Maioe que este ano abordou o conto ecológico“Os gnomos de Gnu”.A possível vinda dos “gnomos de Gnu” aonosso planeta, para nos ajudarem a recupe-rar a natureza e os bons hábitos ambientais,serviu de mote à Hora do Conto 2009, a qualresultou em composições e desenhos muitoimaginativos, por elas realizados.Com efeito, a Hora do Conto teve por base oconto ecológico “Os gnomos de Gnu”, do

escritor italiano Umberto Eco, privilegiandoassim as questões ambientais, a exemplo deoutras iniciativas promovidas pela CâmaraMunicipal no presente ano. Contando somen-te com três elementos cénicos, uma perso-

nagem saída directamente de uma nave es-pacial narrou, na primeira pessoa, a históriaàs crianças, que visualizavam a aventura àmedida que, através de técnicas discursivas,esta se desenrolava.O conto, com a duração de cerca de 40 mi-nutos, aborda, precisamente, a história deum planeta muito poluído que envia um ex-

plorador intergaláctico para descobrir um ou-tro planeta mais limpo, de modo a que es-tendam os seus conhecimentos e tecno-logias. Este explorador encontra, então, umplaneta muito verde chamado Gnu, onde osseus habitantes são gnomos - os gnomos deGnu. Começa, assim, a narrativa ecológica,em que o escritor, a páginas tantas, inverteos papéis, acabando os habitantes de Gnupor chegar à conclusão de que o melhor se-

ria serem eles a descobrir o planeta do ex-plorador, para passar, aos respectivos habi-tantes, os seus conhecimentos ecológicos,

eliminando as cores escuras que aqueleplaneta já tinha.A Hora do Conto da BMC cumpre, as-sim, o seu objectivo anual de cativar ascrianças do Concelho, através da nar-ração, por funcionárias da instituição bi-bliotecária, de histórias que aguçam oapetite para a leitura, ao passo que esti-mulam a sua criatividade, animando--as e deixando-lhes uma mensagem pe-dagógica.

Desenhos elaborados por Vânia Paulo e Micaela Félix, ambas do 4.º ano da EB1 Dagorda

Tomando por referência a comemo-ração do Dia Mundial do Livro (23

de Abril), realizou-se, de 20 a 26 deAbril, a V Feira do Livro da BibliotecaMunicipal do Cadaval, como habitu-almente no espaço envolvente à ins-tituição.Refira-se que esta semana, consagra-da à exposição, dinamização e divulga-

Biblioteca Municipal promoveu “V Feira do Livro”

ção deste bem tão precioso que é o li-vro, contou com o apoio da livraria “Livrodo Dia” (Torres Vedras).À semelhança das anteriores edições, fo-ram apresentadas, nesta mostra, as últi-mas novidades da cena literária e tam-bém livros históricos e infantis, para alémde documentação para distribuição aosvisitantes.

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cultura & tempos livres

Ciclo de concertos ao ar livrCiclo de concertos ao ar livrCiclo de concertos ao ar livrCiclo de concertos ao ar livrCiclo de concertos ao ar livre, no Cadaval, atingiu a sua see, no Cadaval, atingiu a sua see, no Cadaval, atingiu a sua see, no Cadaval, atingiu a sua see, no Cadaval, atingiu a sua sexta ediçãoxta ediçãoxta ediçãoxta ediçãoxta edição

“Tocatas de Verão” trouxeram música para apreciar

Este ciclo de espectáculos musicais aoar livre aconteceu, como tem sidohábito, no agradável cenário oferecido

pelo auditório externo dos Paços doConcelho (situado na retaguarda do edifício)e voltou a contar com organização daCâmara Municipal do Cadaval em parceriacom a Associação Filarmónica e Cultural doCadaval.A abrir a série de cinco concertos, esteve,no dia 10 de Julho (sexta-feira), o GrupoCoral do Cadaval. A noite seguinte contoucom um Encontro de Bandas Filarmónicas,onde marcou presença a Banda Filarmónicada Serra D’ El Rei (Peniche), a qual celebroueste ano o centésimo aniversário, a que seseguiu a anfitriã e também centenária BandaFilarmónica do Cadaval.

Uma refrescante brisa de cultura foi o que proporcionou a 6ª edição dasTocatas de Verão, ciclo de concertos ao ar livre que animou a vila entre10 e 24 de Julho, durante cinco noites de fim-de-semana. Uma iniciativa

bem acolhida pelos cadavalenses, por permitir a descoberta e aapreciação de sonoridades mais invulgares ou ditas mais culturais...

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A noite de 18 de Julho (Sábado) reservou umEspectáculo de Música Clássica, propor-cionado pela Orquestra da Tuna da Sociedadede Santa Cecília (Aveiro), ao passo que nodia seguinte actuou o Grupo de Metais doExército. Por fim, no dia 24 (sexta-feira), asTocatas contaram com a presença do Quartetode Saxofones “Arteemsax”, proveniente dePalmela, que encerrou o ciclo de actuaçõescom o espectáculo “Fado do meu Tango”,homenageando Carlos Paredes, consideradoo maior mestre da Guitarra Portuguesa, e ogrande ícone do tango argentino, AstorPiazzolla.Apesar da timidez do Verão, os espectáculos,que foram, uma vez mais, de acesso gratuito,contaram com uma afluência significativa depúblico, uns quase “residentes”, outros quevieram, pela primeira vez, assistir às Tocatase que, certamente, quererão voltar em futurasedições.

Orquestra da Tuna da Sociedade de Santa Cecília

Grupo Coral do Cadaval

Banda Filarmónica da Serra D’ El Rei

Grupo de Metais do Exército

Quarteto de Saxofones “Arteemsax”

Banda Filarmónica do Cadaval

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acção social & saúde

A “I Festa das Nações” tratou-se de umainiciativa promovida pela Cruz Verme- lha Portuguesa – Delegação do

Cadaval, no Pavilhão dos Bombeiros Volun-tários do Cadaval (e avenida adjacente), quecontou com o apoio da Câmara Municipal doCadaval e do AltoC o m i s s a r i a d opara a Imigraçãoe Diálogo Inter-cultural (ACIDI).O evento contou,igualmente, coma representaçãode associaçõesde imigrantes emPortugal.A iniciativa teve

A vila do Cadaval acolheu, nos dias 8 e 9 de Maio, a “I Festa das Nações da CruzVermelha Portuguesa – Delegação do Cadaval”. Promover o intercâmbio cultural entrePortugal e os países representados no evento foi o principal intuito desta festa, que tevetambém um cariz de beneficência para a implantação do CASS – Centro de AtendimentoSocial em Saúde, no Cadaval.

por base a angariaçãode fundos para a im-plantação, no Cadaval,do CASS – Centro deAtendimento Social emSaúde da C.V.P. - De-legação do Cadaval.Segundo Jussara Cur-sino, Gestora de Saú-de responsável poreste projecto, pretende--se que o mesmo ve-nha a proporcionaratendimento nas áreasda reabilitação física,

psicologia, nutrição, odontologia, educaçãopara a saúde, para além da promoção decampanhas de rastreio de patologias.Mas a festa teve ainda por meta reverter afavor da aquisição, por parte da C.V.P., deuma viaturaa d a p t a d apara trans-porte de defi-cientes.Para além docariz de be-neficência, vi-sou promovero intercâmbiocultural entrePortugal e asnações queestiveram re-presentadas.Para tal, compreendeu diversas manifesta-

ções onde este-ve patente a cul-tura de cadapaís representa-do, em termosgastronómicos,exposicionais etambém ao níveldos espectácu-los de música edança.No que toca à

Cruz Vermelha promoveu “I Festa das Nações”Cadaval rCadaval rCadaval rCadaval rCadaval recebeu recebeu recebeu recebeu recebeu repreprepreprepresentações de diversos paísesesentações de diversos paísesesentações de diversos paísesesentações de diversos paísesesentações de diversos países

gastronomia, a Festa das Nações incluiu umespaço de pro-va de comidastípicas, consti-tuído por tas-quinhas, ondeo visitante pô-de travar con-tacto e sabore-ar especialida-des de diferen-tes países.A animaçãomusical pro-p o r c i o n o u

uma diversidade de actuações diurnas enocturnas. Música brasileira, jazz e popu-lar portuguesa, para além de danças afri-canas, grupo de sevilhanas, escola de sam-ba, dança do ventre, espectáculos infantis,entre outras propostas, divertiram o públi-co comparecente.Realizaram-se também, durante o certame,dois workshops, “Educação Intercultural parajovens” e “Mitos e Factos sobre a Imigração”.As referidas sessões formativas foram dina-mizadas por formadores do ACIDI e decor-reram no cine-auditório dos Bombeiros Vo-luntários do Cadaval.

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acção social & saúde

Cadaval distinguido pelas políticas de apoio à família

A primeira edição desta iniciativa pre-miou, pelas suas políticas em maté- ria de responsabilidade familiar, as

Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo,Aveiro, Cadaval, Cantanhede, Évora,Funchal, Tavira, Torres Novas, Torres Vedras,Vila de Rei, Vila Nova de Famalicão, Vila Real

e Vila Real de San-to António.Assim, o Observa-tório das Autar-quias Familiarmen-te Responsáveis(recentemente cri-ado pela APFN -Associação Portu-guesa de FamíliasNumerosas) atri-buiu, simbolica-mente, uma ban-deira verde (“Autarquia +Familiarmente Responsá-vel”) a cada um dossupracitados municípios,procurando, deste modo,distinguir aqueles que in-vestem na construção deuma política integrada deapoio à família e no reforçodos apoios às famílias nu-merosas.

Esta selecção teve por base os resultadosde um inquérito lançado, pela APFN, aos 309municípios portugueses, com o objectivo dedestacar as políticas de família dasautarquias em nove áreas de actuação, no-meadamente: apoio à maternidade e pater-nidade; apoio às famílias com necessidades

O Cadaval foi um dos treze municípios portugueses contemplados com o título“Autarquia + Familiarmente Responsável”, atribuído pelo OAFR – Observatório dasAutarquias Familiarmente Responsáveis, em cerimónia decorrida a 8 de Julho, no auditó-rio da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, em Coimbra.

Integrando o leque das trIntegrando o leque das trIntegrando o leque das trIntegrando o leque das trIntegrando o leque das treze “eze “eze “eze “eze “AutarAutarAutarAutarAutarquias Fquias Fquias Fquias Fquias Familiarmente Ramiliarmente Ramiliarmente Ramiliarmente Ramiliarmente Responsáveis”esponsáveis”esponsáveis”esponsáveis”esponsáveis”

especiais; serviços básicos; educação e for-mação; habitação e urbanismo; transportes;cultura, desporto, lazer e tempo livre; coo-peração, relações institucionais e participa-ção social; outras iniciativas. São ainda ana-lisadas as boas práticas das autarquias paracom os seus funcionários autárquicos, emmatéria de conciliação entre trabalho e Fa-mília. Estas respostas ficarão disponíveis nosite www.observatorioafr.org, permitindo, atodos os interessados, ficar a conhecer otrabalho desenvolvido pelas autarquias ven-cedoras, bem como das restantes partici-pantes.Esta distinção constitui, para a Autarquia doCadaval, um incentivo redobrado à prosse-cução das políticas sociais e, em particular,das respeitantes à instituição Família.

Banco Local de VoluntariadoEm prEm prEm prEm prEm prol do inol do inol do inol do inol do inttttterererereresse social e cesse social e cesse social e cesse social e cesse social e comunitárioomunitárioomunitárioomunitárioomunitário

Se é uma entidade concelhia, apresente o seu projecto de voluntariado!

Mais informações:Tel: 262 696 100 / Fax: 262 695 064e-mail: [email protected]

27voluntários inscritos!

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acção social & saúde

A sessão formativa, noCadaval, foi dinami-zada por Ricardo Ro-drigues, formador daACIDI e psicólogo so-cial, e permitiu, porexemplo, desmistificarpreconceitos relaci-onados com a Imi-gração, motivados, so-bretudo, por falta deinformação.Segundo o formador,não há uma relaçãodirecta entre a entradade cidadãos estran-

geiros em Portugal e o aumento do desem-prego, sendo que este funciona antes porciclos económicos.Segundo dados de 2007, em Portugalexistirão cerca de 436 mil estrangeiros, sendoas comunidades mais representadas,respectivamente: Brasil, Cabo Verde,Ucrânia, Angola e Guiné Bissau.Um outro mito explanado nesta acçãoprende-se com a ideia de que os imigrantescontribuem para o aumento das doenças. Noentanto, estudos revelaram existirem, entreos imigrantes, melhores indicadores de

Esta iniciativa, que contou com o apoio doAlto Comissariado para a Imigração e

Diálogo Intercultural (ACIDI), tratou-se deuma parceria do município do Cadaval comos municípios de Óbidos, Lourinhã e TorresVedras, tendo o Cadaval acolhido a primeirasessão formativa.A acção foi aberta à comunidade, embora sedestinasse, sobretudo, a profissionais deinstituições implicadas no processo deintegração de imigrantes, designadamentehospitais e organismos públicos e privadosem geral.

saúde, à chegada ao país de acolhimento,do que a população residente. SegundoRicardo Rodrigues, o processo emigratórioé um processo exigente que reduz apossibilidade dos imigrantes virem doentes.No entanto, ser imigrante, hoje, significa estarsujeito a um elevado número de riscos paraa saúde física e psíquica. Por isso mesmo,os serviços de saúde têm responsabilidadesocial de prevenção dos factores quedesencadeiam essas situações, devendo,para tal, garantir um atendimento indife-renciado e promover a integração.Como explicou, é importante que o SNS(Sistema Nacional de Saúde) tenha umaatenção redobrada a imigrantes em situaçãoirregular (sem autorização para estarem emPortugal), não impedindo o seu acesso, masencaminhando-os, e começando pelaconquista de uma relação de confiança comaqueles. Isto porque o receio de denúnciadessas situações de irregularidade constituiuma barreira no acesso ao SNS.Com efeito, sendo a Saúde um elemento fun-damental dos direitos humanos, os imigran-tes e os seus descendentes devem ter aces-so a cuidados de saúde, como forma de pro-mover a integração e o bem-estar de toda apopulação.

No ano em que o CLNo ano em que o CLNo ano em que o CLNo ano em que o CLNo ano em que o CLAII do Cadaval comemora quarto aniversárioAII do Cadaval comemora quarto aniversárioAII do Cadaval comemora quarto aniversárioAII do Cadaval comemora quarto aniversárioAII do Cadaval comemora quarto aniversário

Acção formativa abordou acesso dos imigrantes à Saúde

O Centro Local de Acolhimento e Integração de Imigrantes (CLAII) do Cadaval promoveu, a20 de Maio, no auditório municipal, uma acção de formação intitulada “Saúde e Integração”,a qual permitiu desmistificar algumas crenças relacionadas com a imigração...

A sessão formativa acima explanadaacontece no ano em que o CLAII - Cen-tro Local de Acolhimento e Integraçãode Imigrantes do Cadaval comemoraquatro anos de existência. O CLAII doCadaval constitui uma parceria entre oACIDI - Alto Comissariado para a Imi-gração e Diálogo Intercultural e a Câ-mara Municipal do Cadaval, e funcio-na, desde Junho de 2005, no edifíciosócio-cultural camarário. Consiste numespaço de informação que ajuda a res-

ponder às questões que se co-locam aos imigrantes que esco-lheram Portugal como País deAcolhimento.Assim, o CLAII do Cadaval pres-ta informação sobre: Nacionali-dade, Legalização, Reagrupa-mento Familiar, Acesso à Edu-cação e Saúde, Retorno Volun-tário, entre outros. Contactos:Telefone: 262 690 183; E-mail:[email protected].

CLAII do Cadaval: quatro anos ao serviço do imigrante

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acção social & saúde

Para alegrar o início de Verão da popula-ção sénior institucionalizada, a Câmara

Municipal do Cadaval organizou, a 4 de Ju-

lho (sábado), em par-ceria com InstituiçõesParticulares de Soli-dariedade Social doConcelho, a 6.ª edi-ção das “Tasquinhasdos Avós”, em Monte-junto, tradicional con-vívio que juntou, esteano, cerca de 220participantes.As “Tasquinhas dosAvós” voltaram a pro-porcionar uma tardede Verão bem dispos-ta, no Parque de Me-rendas da Serra de

Montejunto, a munícipes seniores de institui-ções sociais locais, tendo também sido aber-ta à comunidade local, num convívio que vol-

“Tasquinhas dos Avós” juntaram perto de 220 participantesNuma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e instituições sociais locaisNuma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e instituições sociais locaisNuma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e instituições sociais locaisNuma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e instituições sociais locaisNuma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e instituições sociais locais

tou a incluir gastronomia e animação musical.A confecção das ementas das tasquinhas fi-cou, como sempre, a cargo das instituiçõesconcelhias participantes (S. C. da Misericór-dia do Cadaval, Caritas Paroquial do Vilar eCentros Sociais e Paroquiais de Alguber ede Lamas), onde constou uma diversidadede sopas, petiscos e sobremesas, tendo aautarquia oferecido, por seu turno, sardinhasassadas, carnes grelhadas e pão.No que toca à animação musical, ela contoucom a actuação de Leonor Carrasqueiro,cantora e organista, oriunda de Casais deMontejunto.De realçar que, este ano, a anteceder a re-ferida animação, as “Tasquinhas dos Avós”contaram com uma breve sessão desensibilização, a cargo do Enf.º Carlos Guer-ra do Centro de Saúde do Cadaval, sobre otema “Hábitos de Vida Saudável”.

A Câmara Municipal promoveu, de 22 a 26 de Junho, a 13.ª Colónia de Férias

“Sol Amigo”, em regime aberto.A colónia decorreu na Praia do Baleal, maispropriamente no chamado “Cantinho daBaía”, e foi dirigida, prioritariamente, a crian-ças do Concelho com processo na AcçãoSocial da autarquia, embora se tenha esten-dido, como tem sido habitual, aos filhos dosfuncionários e colaboradores da Câmara Mu-nicipal.Participaram, este ano, perto de 60 crianças,com idades compreendidas entre os 5 e os12 anos, que foram orientadas por um totalde dez monitores, ao serviço da edilidade.

A distribuição das criançasfez-se por cinco grupos,de acordo com a sua faixaetária.Para além do desfrute dapraia, a iniciativa contem-plou a concretização diá-ria de um plano de activi-dades lúdico-pedagógicase desportivas, que incluí-ram a entrega de presen-tes e prémios, proporcio-nando um arranque de Ve-rão “risonho” ao grupo decrianças participantes.

PPPPPerto de 60 crianças concelhias foram a banhoserto de 60 crianças concelhias foram a banhoserto de 60 crianças concelhias foram a banhoserto de 60 crianças concelhias foram a banhoserto de 60 crianças concelhias foram a banhos

Autarquia promoveu 13.ª Colónia de Férias “Sol Amigo”

18ª Colheita de Sangue do CadavalDia 7 de Novembro 2009 - SábadoHorHorHorHorHorário: 9H00/13H00 e 15H00/19H00ário: 9H00/13H00 e 15H00/19H00ário: 9H00/13H00 e 15H00/19H00ário: 9H00/13H00 e 15H00/19H00ário: 9H00/13H00 e 15H00/19H00LLLLLocal: Eocal: Eocal: Eocal: Eocal: Edifício da Jundifício da Jundifício da Jundifício da Jundifício da Junta de Fta de Fta de Fta de Fta de Frrrrreguesia do Ceguesia do Ceguesia do Ceguesia do Ceguesia do Cadaadaadaadaadavvvvvalalalalal

Se tem entre 18 e 65 anos e mais de 50 Kg, colabore!Se tem entre 18 e 65 anos e mais de 50 Kg, colabore!Se tem entre 18 e 65 anos e mais de 50 Kg, colabore!Se tem entre 18 e 65 anos e mais de 50 Kg, colabore!Se tem entre 18 e 65 anos e mais de 50 Kg, colabore!(((((CCCCColheita anolheita anolheita anolheita anolheita anttttterior: 66 dadorerior: 66 dadorerior: 66 dadorerior: 66 dadorerior: 66 dadores)es)es)es)es)

Pela 1ª vez,aberta

todo o dia!

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desporto no Concelho

RRRRRescaldo de IV Campeonato Concelhio de Fescaldo de IV Campeonato Concelhio de Fescaldo de IV Campeonato Concelhio de Fescaldo de IV Campeonato Concelhio de Fescaldo de IV Campeonato Concelhio de Futsalutsalutsalutsalutsal

Rocha Forte sagra-se campeã 2009

A Festa de Encerramento deste quarto campeonato aconteceu a 26 de Abril,

tendo ficado inserida nas comemorações do25 de Abril, e nela defrontaram-se, num jogoamigável, a equipa vencedora do menci-onado campeonato, o C.C.D.R. Rocha Forte,e uma selecção de jogadores, feita a partirdas restantes equipas participantes, com oresultado final de 6-3 a favor da equipa de

O Centro Cultural Desportivo e Recreativo de Rocha Forte foi o vencedor do “IV Campeonato Concelhio de Futsal – Seniores Masculinos”, que decorreu, no Cadaval,desde final do ano passado até finais de Abril, tendo reunido um total de 12 clubesconcelhios, numa organização do Pelouro do Desporto da Câmara Municipal do Cadaval.

Rocha Forte. Após a realização do jogo,seguiu-se a habitual entrega de prémios, quedeu, depois, lugar a um lanche-convívio.Participaram na competição, este ano, asequipas seguintes: Adão Lobo S.C., U.A.Boiça do Louro, C.C.D.R. Chão de Sapo,G.D.C. Dagorda, G.R. Martimjoanense,Montejunto Rally Clube, A.D.C.R. Painho,A.D.C. Palhoça, A.A.C.R. Peral, S.F. 1.º De-

zembro de Pragança, C.C.D.R. Rocha Fortee A.C. Ventosa.A equipa de Rocha Forte recupera, assim, otítulo de campeã, perdido, em 2008, para aequipa da Dagorda. De referir que a A.D.C.R.Painho se posicionou em 2.º lugar com a mes-ma pontuação da equipa vencedora, todaviaem desvantagem no diferencial de golos mar-cados e sofridos.A Taça da Disciplina coube, este ano, ao U.A.Boiça do Louro, ao passo que Bruno Duarte,do G.R. Martimjoanense, arrecadou o títulode melhor marcador.Os jogos decorreram, como habitualmente,no pavilhão gimnodesportivo municipal doCadaval.

A entrega da Taça da Disciplina à U.A. Boiça do Louro

A entrega da Taça de Campeão 2009 ao C.C.D.R. Rocha Forte

CLASSIFICAÇÃO FINAL

MELHOR MARCADOR

TAÇA DA DISCIPLINA

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Uma corrida mista pôs termo a este IV Campeonato de Atletismo

desporto no Concelho

Fica, assim, concluída mais uma ediçãode um campeonato que, a julgar peloentusiasmo, persistência e boa afluên-

cia das crianças participantes, representa umbalanço muito positivo para esta realizaçãodesportiva.Recorde-se que esta competição infantil, or-ganizada pela Câmara Municipal do Cadaval,consistiu num conjunto de provas de corridade velocidade, realizadas em diversos locaisdo Concelho, onde participaram criançasentre os seis e os onze anos.A primeira prova decorreu dia 29 de Março,na localidade da Murteira (Lamas),tendo contado com a participação decerca de uma centena de jovens.A segunda prestação dos pequenosatletas realizou-se dia 25 de Abril, navila cadavalense, prova que ficou,como habitualmente, integrada nasComemorações da “Revolução dosCravos”, tendo reunido uma centenade participantes.As provas seguintes aconteceram, porseu turno, nas sedes de freguesia dePainho e Vilar, respectivamente a 10e 24 de Maio, tendo a primeira reuni-do um total de 46 e a segunda 51 par-ticipantes.Refira-se que no final de cada uma dasprovas foram atribuídas medalhas aostrês primeiros classificados de cadaescalão. »»

Balanço de IV Campeonato Municipal Jovem de ABalanço de IV Campeonato Municipal Jovem de ABalanço de IV Campeonato Municipal Jovem de ABalanço de IV Campeonato Municipal Jovem de ABalanço de IV Campeonato Municipal Jovem de Atletismotletismotletismotletismotletismo

Crianças voltaram a “lutar” por um lugar no pódio

A prova-extra deconsagração dosvencedores a-conteceu dia 31de Maio, no Ca-daval, tendo amesma ficado,uma vez mais, in-tegrada no certa-me ANIMARTE, aque se seguiu aentrega dos pré-mios finais.

Encerrou, no dia 31 Maio, na vila do Cadaval, o “IV Campeonato Municipal Jovem deAtletismo”, com a habitual prova-extra de consagração dos vencedores de cada escalão,seguida da entrega dos prémios finais.

Escalão 6/7 Anos Masc.Nome / Localidade ou Escola1.º Miguel Ribeiro - Cadaval2.º Hugo Vieira - Cadaval3.º João Rego - Alguber4.º Filipe Soares - Chão Sapo5.º Diogo Braga - Cercal6.º Luís Duarte - Alguber

Escalão 6/7 Anos Fem.Nome / Localidade ou Escola1.º Liliana Carloto - Chão Sapo2.º Mª Francisca Nunes - Vilar3.º Maria Roque - Alguber4.º Lisandra Nobre - Murteira5.º Mariana Marques -Cadaval6.º Juliana Nobre - Cadaval

Classificação Final por Escalões e Sexo (seis primeiros lugares)

Escalão 8/9 Anos Fem.Nome / Localidade ou Escola1.º Juliana Gaspar - Chão Sapo2.º Diana Conde - Painho3.º Inês Isidoro - Rocha Forte4.º Luana Frade - Chão Sapo5.º Beatriz Costa - C. Montejunto6.º Beatriz Marques - Chão Sapo

Escalão 8/9 Anos Masc.Nome / Localidade ou Escola1.º João Lopes - Painho2.º Paulo Jerónimo - Murteira3.º Tomás Pedro - Cadaval4.º Rodrigo Almeida - Corujeira5.º Diogo Costa - Sobrena6.º Joel Silva - Vermelha

Escalão 10/11 Anos Masc.Nome / Localidade ou Escola1.º Luís Pereira - Murteira2.º Marcelo Rego - Alguber3.º Diogo Lopes - Cadaval4.º Eduardo Neves - Rocha Forte5.º Tiago Nunes - Vilar6.º Carlos Marques - Cadaval

Escalão 10/11 Anos Fem.Nome / Localidade ou Escola1.º Beatriz Vieira - Cadaval2.º Ana Latas - Alguber3.º Rita Fernandes - Cadaval4.º Joana Machado - Cercal5.º Alexandra Isidoro - Murteira6.º Sofia Ribeiro - Chão Sapo

Uma corrida mista pôs termo a este IV Campeonato de Atletismo

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Mussolino GomesMussolino Gomes«Sou como o leão, tenho de morrer na selva»

parar p’ra conversar

Mussolino Gomes nasceu na Vermelha, tem 81

anos, é casado e agricultor noactivo. Não bastava asingularidade do nome, esteconvicto “homem da lavoura”distingue-se ainda pelainvenção patenteada de umacaldeira artesanal detransformação de borras emaguardente… Igualmente deforma artesanal, produziuenergia a partir de dejectos depecuária, entre outras façanhasque fazem dele um exemplo deinventividade e preserverança,a não perder de vista,sobretudo, pelos mais jovens.

Qual a origem do seu nome próprio?O meu nome próprio tem uma história interes-sante, porque todos os meus cinco irmãos têmum nome da parte da mãe e outro da parte dopai. Eu fui o primeiro filho e o meu pai queriaque eu fosse ao nome do meu avô, pai da mi-nha mãe, e ao nome dele. O meu avô era Josée o meu pai era António; era para ser JoséAntónio! Mas um dia o meu pai disse à minhamãe «olha, veio hoje uma coisa no jornal e omeu filho já não se vai chamar José António.»Era o Diário de Notícias, que trazia na primeirapágina “Mussolini (...) a fazer riqueza na lavouraitaliana”. De maneira que o meu pai quis queeu me chamasse assim, para ser também o“homem da lavoura”. A minha mãe disse-lhe«tu és maluco!», mas o meu pai foi ao berço,tirou-me e foi-me registar… De maneira que ahistória do meu nome não teve nada a ver compolítica, mas deve-se ao facto do meu pai seragricultor. E chegou a ser o maior agricultor aquida Vermelha!

Consta-me que o senhor inventou umaengenhoca revolucionária…Nós tínhamos uma quantidade já grande devinho e estávamos no tempo das bagaceiras,em que se aproveitavam as aguardentes to-das... Eu já ajudava a acender a fornalha parafazer as aguardentes. Depois, queimáva-seo bagaço e vendia-se para Lisboa, para aque-las grandes casas...

Vendiam directamente?Não, vinham aqui aqueles compra-dores! Ainda a gente não estava aqueimar, já eles mandavam cá ocomissário saber quantos cascosfazíamos. Conclusão, eu estava alie pensei «isto é uma coisa muitochata». Mete-se o bagaço, depoislarga-se o vapor, destila, quandochega a um grau baixo despeja-see torna-se a encher. Tinha de serassim mesmo. Naquele ano hou-ve muito vinho, tinha-se muitasborras e então havia compradoresdas aguardentes de borra, que de-pois eram rectificadas, eram outra vez desti-ladas e faziam bebidas, licores...

A sua invenção aparece para dar despa-cho às encomendas…Sim, porque era muito chato e moroso desti-lar borras! Então, aparece-me um vizinho adizer que não sabia o que fazer às borras,que não tinha quem as queimasse... Pensei,vou mas é arranjar uma engenhoca, em queentre por um lado a borra e saia a aguardentepelo outro. Já havia as caldeiras do vinho,onde entrava o vinho e saía a aguardente.Mas aquilo era uma massa grossa e essascaldeiras eram muito sensíveis, nem vinhosturvos queimavam!...

Qual era o destino das aguardentes?O vinho, naquele tempo, era todo queimado

para ir para o Douro, para o vinho do Porto.Como as quintas do Douro tinham uma gran-de saída, precisavam de aguardente, que vi-nham aqui buscar à lavoura do Oeste, queeram os vinhos que não tinham saída, masque, depois de queimados, davam umasaguardentes belíssimas! De maneira que es-tas aguardentes do Oeste eram a salvaçãoda lavoura! A gente vindimava, acabavam deficar fermentados, vinham os comerciantes,compravam-nos e iam logo para as caldeirastransformar-se em aguardente. Como esta erauma região de branco, fazia umas aguarden-tes deliciosas. Um irmão do meu pai até che-gou a pôr aqui uma caldeira que era fornece-dora directa de uma quinta no norte...

Como se fazia o transporte?Ia daqui para o Bombarral, em galeras de bois,

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parar p’ra conversardepois no Bombarral requisitava-se um vagãoe ia de comboio. Um vagão levava 10 cas-cos, à volta de 10 toneladas. E assim se es-coava aquilo que havia a mais. Inspirado nis-so, pensei que tinha de fazer uma engenhocamas que engolisse “porcaria”, porque eles sóqueriam coisa fina!... Fiz várias tentativas, poisaquilo entupia. Tive dois anos a tentar fazer...E, por fim, descobri que afinal era simples...Fabriquei então uma caldeira em inox, por-que os tártaros das borras comem tudo...

Mesmo assim era um processo difícil…Sim, tinha de estar um a guardar na parte decima, a abrir e a fechar a torneira, outro naparte de baixo e eu a comandar… mas aquiloquando trabalhava, trabalhava!… Eu, num dia,despachava a quantidade de borras que noprocesso antigo levava uma semana!

Depressa se espalhou essa sua invenção...Sim, porque o problema para as adegas coo-perativas, e essa gente toda, era sempre asborras, não havia quem as comprasse, che-gando até a dar cabo dos depósitos... Apare-ce-me aqui um daqueles comerciantes a di-zer que eu tinha de lhe arranjar uma máquinadestas… Nem discutiam preço nem nada! Euentão disse que ia arranjar-lhe uma máquinamas que não era para divulgar. Mas, passa-do pouco tempo, tive de começar a fazer paraA e para B... Depois, as adegas souberam evieram aqui também...

É então que resolve registar o invento…Sim, foi o Eng.º Cardoso, que era director daAdega da Vermelha, que me fez o croqui damáquina e meteu os papéis para eu tratar dapatente da invenção. Porque eu não queriaque essas oficinas começassem a copiar-mee eu ficasse para trás… É que eu fazia-o deforma artesanal, não era...

E isto passou-se na década de 60...Sim... Fiquei com a patente e, a certa altura,recebi aqui uma carta de Bruxelas (porque es-tas coisas são registadas e depois co-municadas), a convidar-me para lá ir fazeruma exposição do invento. Todos os inventos,de todo o lado, iam ali. Mas não fui, porqueera preciso uma maquete e também por cau-sa das despesas…

Não lhe pagavam as despesas, era?Não! Já me davam a oportunidade de lá ir!...Porque nunca tinham tido uma patente daque-las! Fui uma espécie de filho único destas coi-sas. Tive encomendas que iam do Algarve atéquase ao Minho! Só aqui na zona eram ascooperativas da Vermelha, Bombarral, Cada-val, Torres Vedras, eu sei lá, essas adegastodas comunicavam umas às outras e vinham

ter comigo.

E ainda tinha de pagarpela patente…Tinha de pagar um im-posto sim! Para a paten-te ter validade.

Pagava como, anual-mente?Sim, anualmente. Pa-guei durante 18 ou 20anos! E nas minhas ho-ras vagas da lavoura, láia fazendo umas caldei-ras para este e paraaquele...

Quanto tempo demora-va a fazer uma caldeira?Um mês, mais ou menos.

E a matéria-prima, onde ia buscá-la?Era aço inox que vinha de Lisboa, por enco-menda… chapas de dois metros por um, erauma coisa grande!

Que capacidade tinha essa caldeira?Queimava cerca de 700 a 800 litros por hora.

E antes era preciso quanto tempo para fa-zer essa quantidade?Era preciso um dia inteiro!

Por quanto é que vendia uma caldeira?Era à roda de 200 contos [1000 euros, aprox.],mas só o material custava-me 100 contos!…Eu nunca soube ganhar dinheiro, se soubes-se, era um homem rico!.... Mas era uma má-quina que, num mês, pagava-se a ela própria,só em mão-de-obra e em andamento de tra-balho...

Tem ideia de quantas caldeiras fabricou?Talvez umas 40 ou 50. Aquilo era artesanal,não era...

Sem dúvida foi um grande contributo paraa vinicultura da época…Sim... Uma vez, na Adega Cooperativa daAzueira, chegaram a dizer-me «este senhor,se a adega lhe fizesse uma estátua não faziafavor nenhum, pois este ano ganhámos maisdinheiro nas borras do que no vinho!»

E depois, quando cessa o fabrico?Depois, veio a CEE, que acabou por proibiras bagaceiras, as destilações...

Veio quebrar um bocado o negócio...Pois, basta ver o que se passa no comércio!Passaram a vir produtos de todo o lado e a

gente deixou de ter saída! E os nossos pro-dutos têm menos apresentação, apesar de te-rem melhor sabor... Já antes da CEE, come-çou o uísque a vir da Irlanda, a ser vendido apreço mais barato e os que estavam a venderaguardentes mudaram todos para o uísque.Isto criou uma crise muito grande porque aCasa do Douro não podia negociar directa-mente com os comerciantes, ia-se para a Jun-ta Nacional do Vinho (actual IVV). E o IVVexigia aquelas qualidades que era impossí-vel cumprir... As nossas aguardentes forampostas à parte e depois nao havia quem ascomprasse! E eu fui-me dedicando sempre àlavoura, não é...

Tinha muitas propriedades?Não tinha muitas, mas tinha boas propriedades.

Quem amanhava?Era eu, no tractor. Enquanto os outros anda-vam a cavar, eu passava com o tractor e revi-rava aquilo tudo! Diziam-me que não havianada que chegasse à enxada, porque o trac-tor dava cabo da vinha... mas, passado pou-co tempo, já todos tinham tractor!...

Foi um dos primeiros a ter tractor na Ver-melha, certo?Sim, fui mesmo o primeiro. Eu tinha posto vi-nhas de ala larga, por causa do tractor poderpassar e lavrar. Os outros, mesmo que qui-sessem, não podiam! Depois, apareceram es-ses tractores de braços, mais maneirinhos, masaquilo para mim era um atraso de vida!... Ago-ra, aquela charrua para andar dentro da vinha,havia uma pessoa muito minha amiga, o Sr.Maximino Carvalho, do Bombarral, tambémmuito engenhocas, que tinha uma oficina. Euchegava lá e dizia-lhe o que queria, e ele, como

«A necessidade éque me punhadentro do assunto!»

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parar p’ra conversar

Entrevista: B.F.

era muito imaginativo, começou a fazer umascharruas. Mesmo assim, era só para aquelesque já tinham tirado a vinha velha...

A transição das enxadas para o tractor foiimportante…Pois foi! Aqui ninguém trabalhava com tractor...havia umas quintas que talvez tivessem... Apequena lavoura era toda a enxada, depois ostractores de mão foi uma coisa muito impor-tante, pois deixou de ter de haver fartura demão-de-obra, porque o vinho também não va-lia assim muito... quando era no tempo dascavas ou das empas é que tínhamos de ir bus-car pessoal aqui e acolá...

Pagava-se mal, era?Não, a mão-de-obra era ao preço que corria...mas a lavoura pedia gente assim mais jeito-sa... Vinham de Pombal, do Minho... Pessoasque tinham mais humildade para aprender…

Actualmente já não tem vinha…Já não. O meu pai é que foi o primeiro ho-mem da Vermelha que teve Pêra Rocha....Quando a Pêra Rocha voltou a ter saída, co-meçaram a fazer-se pomares e então, cadavez que ia arrancar vinha, punha logo PêraRocha... A fartura do vinho foi sempre um pro-blema, era só vendido a granel... Não haviaescoamento e havia uma grande exigência dequalidade... O que é que interessava as ade-gas terem um vinho bom branco se o vinhoque se bebia era tinto e, por isso, os brancosficavam com uma diferença de preço dos tin-tos que era uma coisa louca!

Mas constou-me que as suas engenhocasnão se ficaram só pelas caldeiras...Começaram a aparecer as pecuárias, que ti-nham de ter um sítio para evacuar o estrumee então eu fui a uma pecuária, em Leiria, ondevi que eles aproveitavam o gás desse estru-me. Inspirado naquilo, fiz aqui um tanque, comuma cobertura em lona e uma vedação…aquilo fazia gás que era uma coisa do diabo!Pensei logo em utilizar esse gás para aqueci-mento na cozinha, e em vez de andar a pôrvides no forno, pôr ali um queimador... e foi oque fiz! Depois, regava as árvores com aqui-lo, pois era um estrume bom para regar e adu-bar! De maneira que eu, todas as semanas,ia buscar uma carrada de húmus. Assim, aju-dava a despejar, também, a pecuária do meuprimo… Durante vinte e tal anos tive lume eesquentador por causa do estrume...

Neste caso, teve quem copiasse a ideia?Não, porque isto era muito chato, trabalhoso,porque era preciso ter forma de transportar edepois ter para onde levar o estrume, e eu ti-nha propriedades para o escoar…

Ora aí está uma energia alternativa!...Pois! Ainda pus um motor a trabalhar comesse gás, onde ligava um gerador para car-regar baterias… Agora, toda a gente tem car-regadores, mas na altura tinha que se ir aoBombarral carregar a bateria! Carregava asminhas e também safava as pessoas ami-gas… e até aparelhos de rádio a bateria...Tudo isto com gás!

O senhor é um inventor nato!A necessidade é que me punha dentro doassunto! Tinha de se resolver e eu resolvia.Leva sempre o seu tempo, porque há sem-pre problemas… O motor trabalhava muitobem, mas aquilo era um gás que não tinhafiltração nenhuma e acabava por ter de lim-par os tubos e as entradas...

E vem de uma época onde as necessida-des não seriam poucas...Olhe, na casa do meu pai, a luz eram as lan-ternas e os candeeiros a petróleo... Ninguémtinha electricidade em casa, nem podia! Omeu pai tinha uma moagem, que usava ummotor a gasóleo, onde púnhamos um dína-mo que carregava as baterias e nos permitiater luz em casa… lâmpadas de automóvel,de doze volts, mas era logo outra coisa! De-pois, o motor avariou, durante um mês e tal...e então um tio meu (que isto vem de família)pediu-me que arranjasse um dínamo, que elefazia umas pás e punha em cima da placa…e lá carregava!

Portanto, foi também dos primeiros a terluz eléctrica…Sim, a certa altura veio a SEOL, fornecedorade electricidade, e dizem ao meu pai para nãogastar mais gasóleo e para pôr um motor eléc-trico, pois eles forneciam energias baratas.E o meu pai era um consumidor grande!Quando os padeiros requisitavam mais fari-nha, quase que se trabalhava 24 sobre 24horas! E a Vermelha foi a primeira a ter cor-rente eléctrica, antes dessas terras todas! OCadaval já tinha central, não era…

Quer dizer, o seu pai, além de agricultor,era moleiro...Nós eramos só transformadores do trigo emfarinha, que era requisitada pelos padeiros epelo particular... Tínhamos um moinho igualao que está no Cadaval... O inventor destesmoinhos em ferro foi o meu avô, que era deperto de Aveiro... o meu pai foi lá cima e com-prou o moinho ao meu avô... Ele era de famí-lias de serralheiros, era uma pessoa muitoinventiva! (...) O meu avô foi o fundador daOrquestra de Santa Cecília [Aveiro], onde to-cava violino... era um apaixonado! Tinha o vi-olino pendurado no quarto e nunca se deita-

va sem tocar…

E o senhor, nunca aprendeu?Aprendi sim, eu tocava saxofone! O meu ir-mão tocava acordeão… Éramos seis, todosda Vermelha, tocávamos nos bailaricos, éra-mos a Orquestra Gomes… Mas era só parame distrair, foi até ir para a tropa, mas aindadurou uns 4 ou 5 anos.

O senhor ainda estudou...Sim, fiz o 3.º ano do curso comercial no Colé-gio do Contestável, que era no Sanguinhal.

Como ia para lá?De bicicleta, outras vezes de cavalo.

Os seus pais faziam gosto que estudasse…Era mais a minha mãe… Tirei o curso comer-cial e, por causa disso, na altura da tropa, fuiparar à Escola de Milicianos, em Tavira. Quemquisesse, dava o nome para ir para a escolade saúde e eu fui logo dar o nome… Eu que-ria era estar ao pé de casa. Porque de Taviraaqui era um dia de viajem! E de Lisboa para aVermelha eram umas cinco camionetas decarreira, nesse tempo eram 4 horas! Vim aquiter ao Hospital Militar da Estrela [Lisboa], etive ali a fazer a parte prática e a aprendermais. Havia uma pessoa que me dispensouum quarto, quando estive na Estrela. Depois,acabei por ir para Otorrinolaringologia, paraajudante dos médicos. A seguir, fomos distri-buídos, e eu fui parar a Coimbra, ao Quartelda Sofia, que tinha aquela parte de serviço desaúde em que as aulas eram relacionadas como estudo do corpo humano (...).

Foi útil para si essa experiência?Foi útil para me vir embora mais depressa,porque, se fosse soldado em vez de miliciano,tinha de estar dois ou três anos em vez de 10meses!...

O senhor tem filhos?Tenho cinco filhos e três netos.

Não vivem aqui na Vermelha?Não, foram todos para Lisboa.

Então, nenhum seguiu a Agricultura...Não, o meu mais velho ainda começou, masdizia que era muito trabalho e foi naquela al-tura em que a crise na Agricultura estava acomeçar…

Já o senhor, não desiste da actividade…Não, eu ainda faço os amanhos todos! Eu soucomo o leão, tenho de morrer na selva!...

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GastrGastrGastrGastrGastronomiaonomiaonomiaonomiaonomiaEspectáculosEspectáculosEspectáculosEspectáculosEspectáculosExposiçõesExposiçõesExposiçõesExposiçõesExposiçõesAAAAActividades equestresctividades equestresctividades equestresctividades equestresctividades equestres

VIII Festa das AdiafasVIII Festival Nacional do Vinho Leve

17 a 25 de Outubr17 a 25 de Outubr17 a 25 de Outubr17 a 25 de Outubr17 a 25 de Outubro o o o o | | | | | CCCCCADADADADADAAAAAVVVVVALALALALALMais Informações:Mais Informações:Mais Informações:Mais Informações:Mais Informações: www.cm-cadaval.pt

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Deliberar sobre o ConcelhoDeliberar sobre o Concelho

SEPARATA DA REVISTA MUNICIPAL • QUADRIMESTRAL • SÉRIE III • Nº 26 • JULHO 2009

Assembleia Municipal

»»

O órgão deliberativo do Município realizou, no período consideradopara esta separata (Março a Junho de 2009), as seguintes sessõespúblicas:

SESSÃO ORDINÁRIA DE 26 DE JUNHO

• Aprovação, por 14 votos a favor (14 PSD), 1 voto contra (PS) e 14abstenções (11 PS e 3 CDU), de Mapa de Pessoal da Câmara Munici-pal do Cadaval – Proposta de alteração;• Aprovação, por 28 votos a favor (14 PSD, 12 PS e 3 CDU) e 1abstenção (PS), de Mapa de controlo orçamental da receita – Altera-ção;• Aprovação, por 27 votos a favor (14 PSD, 12 PS e 2 CDU) e 2abstenções (1 PS e 1 CDU), de Mapas de ruído adaptados;• Reprovação, considerando o disposto no n.º 8, do art.º 38.º da Lei n.º2/2007, de 15 de Janeiro, por 13 votos a favor (13 PSD) e 16 absten-ções (12 PS, 1 PSD e 3 CDU), da Contratação de empréstimo a longoprazo para investimento – Proposta;• Reprovação, por 17 votos a favor (13 PS, 3CDU e 1 PSD), 6 votoscontra (6 PSD) e 7 abstenções (PSD), da Moção do PS relativa àFusão das empresas multimunicipais Resioeste e Valorsul;• Aprovação, por 26 votos a favor (12 PS, 11 PSD e 3 CDU) e 1abstenção (PSD), da Moção da CDU sobre o processo de consultapública da avaliação de impacte ambiental do Centro de Tratamento deResíduos do Oeste.

SESSÃO ORDINÁRIA DE 30 DE ABRIL

• Aprovação, por 13 votos a favor (13 PSD), 2 votos contra (2 CDU) e15 abstenções (13 PS, 1 PSD e 1 CDU), da apreciação e votação dosdocumentos de prestação de contas e relatório da Gestão de 2008;• Aprovação, por 22 votos a favor (14 PSD e 8 PS) e 7 abstenções (4PS e 3 CDU), da 1ª Revisão ao Orçamento e 1ª Revisão às GrandesOpções do Plano;• Aprovação, por 13 votos a favor (13 PSD) e 17 abstenções (13 PS, 1PSD e 3 CDU), da contratação de empréstimo a longo prazo parainvestimento – adjudicação.

Câmara Municipal

No período de reuniões compreendido entre Março e Junho de 2009,foram estes alguns dos principais assuntos apreciados pelo órgãoexecutivo do Município:

LOTEAMENTOS

Neste âmbito, deferiram-se os seguintes processos:

- Processo n.º 08/2008, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval.– Loteamento Urbano a ser edificado em Casal Cabreiro, na freguesiade Lamas, concelho do Cadaval;

GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

• Aprovação, por maioria, da Proposta de Preços para Venda de Mate-rial Promocional do Moinho das Castanholas;• Aprovação, por unanimidade, da Proposta de Atribuição de Preçospara Venda da publicação “Actas do 1.º Encontro de Cultura e Patrimó-nio do Cadaval”.

PEDIDOS DE APOIO / ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS

• Isenção da aluna Celine Melany Moreira Neves do pagamento dostransportes escolares no corrente ano lectivo;• Atribuição de subsídios às seguintes entidades, para fazer faceaos custos com o fornecimento de beberetes e refeições na VIIFesta das Adiafas e VII Festival Nacional do Vinho Leve (2008):

Associação Cultural e Desportiva da Palhoça 85,00€ Montejunto Rally Clube 240,00€ Clube Atlético do Cadaval 250,00€ Núcleo Sportinguista do Cadaval 510,00€ Centro Social e Paroquial de Lamas 70,00€ Assoc. para o Desenv. Social e Cult. do Conc. do Cadaval 585,00€ Associação para o Desenvolvimento da Vermelha 675,00€ Sociedade Cultural, Desportiva e Recreativa de Figueiros 320,00€ Associação Murteirense, Cultura, Desporto e Solid. Social 685,00€ Associação Paraíso das Crianças 125,00€ Casa do Povo do Cadaval 65,00€

TOTAL 3.610,00€

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• À Comissão da Capela de S. Miguel, do Pereiro, no valor de 500,00(quinhentos euros), como forma de apoio às obras da referida capela;• Ao Centro Cultural Desportivo e Recreativo de Rocha Forte, no valorde 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio a pequenasobras no C.C.D.R. de Rocha Forte;• À Associação para o Desenvolvimento da Vermelha, no valor de

2.500,00 (dois mil e quinhentos euros), como forma de apoio àsdespesas com a construção das salas de aulas e respectivosequipamentos;• Ao Grupo Desportivo Cultural da Dagorda, no valor de 1.000,00(mil euros), como forma de apoio às despesas com equipamentos;• Isenção da aluna Tatiana Sofia Rodrigues Fernandes do pagamentodo serviço de refeições, no ano lectivo de 2008/2009;• Atribuição de subsídios às seguintes entidades:

Clube Atlético do Cadaval 6.000,00€ Grupo Desportivo Vilarense 3.500,00€ Associação Desportiva, Cultura e Recreativa do Painho 1.000,00€ Assoc. Cult. Recreativa e Desp. S. Salvador e Espinheira 1.000,00€ Adão Lobo Sporting Clube 500,00€

• Ao Clube Atlético do Cadaval, no valor de 300,00 (trezentos euros),como forma de apoio às despesas com o 3.º Torneio da Páscoa;• À Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, paraapoiar o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto,no valor de 500,00 (quinhentos euros) com o objectivo de ajudar narealização de obras de melhoria das instalações do referido Centro;• Redução do valor do pagamento das taxas a pagar pela FRUTUS –Estação Fruteira do Montejunto, CRL;• À Fábrica da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Figueiros, novalor de 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio às obrasde remodelação da casa mortuária;• Isenção do pagamento do serviço de refeições por parte da alunaBeatriz Alexandra Penha Figueiredo, durante o ano lectivo 2008/2009;• À Associação Desportiva e de Melhoramentos de Avenal, no valor de

1.000,00 (mil euros), como forma de apoio às obras da colectividade;• À Associação Cultural e Social da Tojeira, no valor de 500,00(quinhentos euros), destinado a obras de melhoramentos no edifício--sede da colectividade;• Ao Grupo Recreativo Martinjoanense, no valor de 500,00 (quinhentoseuros), destinado a obras de melhoramentos no edifício-sede dacolectividade;• À Comissão da Capela “Nossa Senhora das Mercês” de Vale Canada,no valor de 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio àsobras da Capela;• Autorização do pagamento dos bilhetes dos Idosos do Concelho parao espectáculo “Mama eu Queria”, da autoria do Grupo Gente Gira, novalor de 931.00 (novecentos e trinta e um euros);• Ao Grupo Desportivo Vilarense, no valor de 250.00 (duzentos ecinquenta euros), como forma de apoio às despesas com a organizaçãodo 6.º Concurso de Pesca Desportiva;• Ao Grupo Desportivo Vilarense, no valor de 300.00 (trezentos euros),como forma de apoio às despesas com a organização do 11.º Sarau deGinástica;• À Casa do Povo do Concelho do Cadaval, no valor de 500,00(quinhentos euros), como forma de apoio às despesas com a organizaçãodo 24.º Sarau de Ginástica;• À Fábrica da Igreja Nossa Senhora da Conceição do Cadaval, novalor de 1.000,00 (mil euros) como forma de apoio;• À Associação Mutualista da Freguesia do Vilar, no valor de 3.500,00(três mil e quinhentos euros), como forma de apoio às obras de adaptaçãodas instalações para início de actividade daquela instituição.

EDUCAÇÃO, CULTURA E TEMPOS LIVRES

• Aprovação da transferência mensal, para o Grupo Desportivo e Culturalda Dagorda, do valor de 200,00 (duzentos euros), com efeitos apartir do mês de Abril/2009, inclusive, até ao mês de Junho/2009, comoforma de compensação pela utilização das instalações parafuncionamento de actividades lectivas;• Aprovação da celebração do Acordo de Colaboração entre o Municípiodo Cadaval e o C.C.C - Câmara Cadaval Clube, com vista à realizaçãoda “XIII Edição da Colónia de Férias”.

APOIO A CARENCIADOS

• Apoio em materiais, até ao valor de 300,00 (trezentos euros), pararevestimento do tecto da cozinha, e substituição da janela daquela divi-são, da habitação da Munícipe Adelina Maria Neves;• Apoio em materiais, até ao valor de 750,00 (setecentos e cinquentaeuros), para reparação do telhado da habitação do Munícipe DavidJosé Duarte;• Apoio em materiais, até ao valor de 750,00 (setecentos e cinquentaeuros), para ajuda na construção da casa-de-banho e colocação demosaico e azulejo na cozinha da habitação da Munícipe Alda RosaNobre Rodrigues.

DIVERSOS

• Aprovação do projecto de execução do Arranjo Urbanístico Envolventeà ponte do Rio Arnóia, com alteração do pavimento da ponte para umasolução de madeira;• Aprovação da redacção de um Voto de Agradecimento à Comunidadede Emigrantes Portugueses Oriundos do Concelho do Cadaval, resi-dente no Canadá;• Aprovação do público reconhecimento à D. Cecília Isidoro Ernesto,pelo inestimável contributo de organização de um jantar de angariaçãode fundos para a Associação “Paraíso das Crianças”;• Celebração de um Protocolo de Colaboração entre os Municípios deBombarral e Cadaval – Implantação de um Canil/Gatil Intermunicipal;• Aprovação do Projecto Básico de Serviço de Saúde SuplementarProposto pelo Núcleo da Cruz Vermelha do Cadaval;• Aprovação do pagamento de 1.000,00 (mil euros), ao Sr. JoséLopes Duarte, a título de indemnização pelos danos causados por águasresiduais provenientes do Aterro Intermunicipal Cadaval/Bombarral;• Aprovação da comunicação, ao Sr. Ministro do Ambiente, doOrdenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, que nãoobstante se considerar a urgência imposta pela decisão sobre a pro-posta de Fusão Resioeste/Valorsul, se verifica a necessidade de seremauscultados os Órgãos Executivos e Deliberativos das Freguesias dePêro Moniz e Vilar, assim como o MPI – Movimento Pró-Informação doVilar, antes do assunto ser apreciado na Câmara e Assembleia Munici-pal do Cadaval, pelo que não será possível emitir parecer no prazo de10 dias conforme solicitado.

DESPORTO

• Assunção do pagamento dos encargos com a participação concelhiana 19ª Meia Maratona e Mini-Maratona de Lisboa, realizada no dia 22de Março de 2009.

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MORADA

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NÃO RECEBO REGULARMENTE A REVISTA MUNICIPAL EM CASA. QUEIRAM ENVIAR-MA PARA O SEGUINTE ENDEREÇO:

Recorte este cupão e envie-o, por carta, para o Gabinete de Informação e Relações Públicas da Câmara Municipal do Cadaval, Av. Dr. Francisco Sá Carneiro - 2550-103 CADAVAL

MOVIMENTOS DE PESSOAL(MARÇO A JUNHO 2009)

RENOVAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTOÁlvaro Joaquim Sousa Silva Pons - Assistente OperacionalAnabela dos Santos Gaspar - Técnica SuperiorAndré Filipe Vítor Melícias - Técnico SuperiorAndré Hermínio dos Santos Trindade - Assistente OperacionalAntónio Cardoso - Assistente OperacionalBruno Humberto dos Santos Rodrigues - Assistente OperacionalCarlos Alberto Duarte Faria Roque - Assistente OperacionalCarlos Alberto Rebelo Coelho - Assistente OperacionalJoão Carlos Marques dos Santos - Assistente OperacionalJoão do Nascimento da Silva Carreira - Assistente OperacionalLívia Lucas Vieira Louro - Assistente OperacionalLuís Carlos Franklim da Silva - Assistente OperacionalMaria da Anunciação Nobre Ferreira - Assistente OperacionalMariana Sofia Gabriel Cordeiro Ramos - Técnica SuperiorNarciso José Dias Vieira - Técnico SuperiorNuno Miguel Fontes Ferreira Santos Epinânio - Técnico SuperiorPaulo Jorge Rodrigues Santos - Assistente OperacionalRita Geada Faustino - Técnica SuperiorSofia Gaspar Mendonça - Técnica SuperiorTânia Patrícia Rodrigues Paulo - Técnica SuperiorVítor Alberto Lopes Barreto - Assistente Operacional

PUBLICITAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES E DE CAPITAL1.º Semestre de 2009

EDITAL Nº. 44 / 2009

Paços do Município de Cadaval, 15 de Julho de 2009O Presidente da Câmara,Aristides Lourenço Sécio

---------Para constar e devidos efeitos se fez o presente EDITAL e outros de igual teor que vãoser afixados nos locais mais públicos do costume.---------------------------------------------------------------E eu, Dr.ª Ana Barata Leandro, Chefe da Divisão Administrativa e Financeira da CâmaraMunicipal de Cadaval, o Subscrevi.------------------------------------------------------------------------

ENTIDADE Valor

� Apas Floresta – Associação de Produtores Florestais 6.745,00 € � Adão Lobo Sporting Clube 500,00 € � Agrupamento de Escolas do Cadaval 300,00 € � Associação Cultural e Desportiva da Palhoça 85,00 € � Associação Cultural e Recreativa de S. Salvador e

Espinheira 1.000,00 €

� Associação Desportiva, Cultural e Recreativa do Painho 1.000,00 € � Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval 3.000,00 € � Associação Humanitária B.V. de Cadaval 14.999,00 € � Associação Humanitária B.V. de Cadaval (Grupo de

Intervenção Permanente) 21.105,30 €

� Associação Humanitária B.V. de Cadaval (Protecção Civil) 5.502,00 € � Associação Murteirense de Cultura, Desporto e

Solidariedade 685,00 €

� Associação Musical Vilarense 1.500,00 € � Associação para o Desenvolvimento da Vermelha 3.175,00 € � Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural do

Concelho do Cadaval 585,00 €

� Associação Paraíso das Crianças 125,00 € � Câmara Cadaval Clube – Acção Social � Câmara Cadaval Clube – Actividades Protocoladas

8.000,00 € 3.504,00 €

� Casa do Povo do Concelho do Cadaval 3.065,00 € � Centro Paroquial de Lamas 70,00 € � Centro Cultural, Desportivo e Recreativo de Rocha Forte 500,00 € � Clube Atlético do Cadaval 6.550,00 €

� Fábrica da Igreja Paroquial Nossa Senhora do Ó - Vilar 500,00 € � Fábrica da Igreja de Figueiros 500,00 € � Grupo Cultural e Recreativo de Vale Canada 250,00 € � Grupo Coral do Cadaval 1.800,00 € � Grupo Desportivo e Cultural da Dagorda 600,00 € � Grupo Desportivo Vilarense 4.400,00 € � Grupo Gente Gira 1.500.00 € � Grupo Motard Falcões do Montejunto 1.000,00 € � Montejunto Rally Clube 2.240,00 € � Núcleo da Cruz Vermelha – Cadaval 1.626,00 € � Núcleo Sportinguista do Concelho de Cadaval 510,00 € � Santa Casa da Misericórdia do Cadaval 1.500,00 € � Sociedade Cultural, Desportiva e Recreativa de Figueiros 320,00 € � Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro 3.000,00 € � Ventosa Atlético Clube 880,00 €

Próximas Reuniões Públicas da Câmara Municipal (2009) - Início das reuniões e período de atendimento ao público: 14.30 horas -

Freguesia de Vermelha.......................... 01 de SetembroFreguesia de Vilar..................................13 de OutubroFreguesia de Cadaval........................... 10 de NovembroFreguesia de Cadaval............................09 de Dezembro

Paços do Município do Cadaval, 2 de Junho de 2009O Presidente da Câmara,Aristides Lourenço Sécio

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Prorrogação do prazo para a Regularização dos Títulos deUtilização dos Recursos Hídricos

---------ARISTIDES LOURENÇO SÉCIO, Presidente da Câmara Municipalde Cadaval:---------Torna público que, por solicitação da Administração da RegiãoHidrográfica do Tejo I.P. com a sede na Rua Braancamp, 7 1250-048Lisboa, telefone nº 210101387 através de Comunicado do Conselho deMinistros, foi divulgada a aprovação de um Decreto-Lei que prorroga até31 de Maio de 2010, o prazo para a regularização dos títulos de utilizaçãode recursos hídricos, estabelecido na lei, inicialmente previsto para 31 deMaio de 2009.---------------------------------------------------------------------------------------Para conhecimento geral se publica o presente Edital e outros deigual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do Concelho.-----------------E eu, Dr.ª Ana Maria Almeida Barata Leandro, Chefe da DivisãoAdministrativa e Financeira da Câmara Municipal de Cadaval, o subscre-

vi.----------------------------------------------------------------------------------------------

EDITAL Nº. 32 / 2009

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Lamas 262695421Painho 262744011Peral 262695250Pêro Moniz 262691098Vermelha 262695058Vilar 262771060

LeaderOeste – Ass.º Desenv.º Rural 262691545Museu Municipal 262691690Parque de Campismo Rural 262777888Piscina Municipal 262691680Posto de Atendimento ao Cidadão 262690128Rodoviárias:

Boa Viagem (Alenquer) 263730500Estremadura (T.Vedras) 261334150Tejo (Bombarral) 967449860

Segurança Social (Serviço Local) 262696326Telefones – P.T. Avarias ------16208Tribunal Judicial do Cadaval 262699010GIP - Inserção Profissional 262690187Veterinário Municipal 917568406

Linhas úteis

Associação de Caçadores 262691137Associação Empresarial 262084691Biblioteca Municipal 262696155Bombeiros Volun. do Cadaval 262699110Câmara Municipal do Cadaval:

Geral 262690100Edifício Sócio-cultural 262690181Serviços Urbanos e Ambiente 262690171Águas - Piq. Urgência 916172194

Cartório Notarial do Cadaval 262699140Centro de Interp. Ambiental 262777888Centro Saúde do Cadaval 262696400 Extensões do C. Saúde:

Barreiras (Peral) 262744206Cercal 263486750Chão do Sapo (Lamas) 262696788Figueiros 262744216Painho 262741023Vermelha 262696321Vilar 262777733

Comboios – Est. Bombarral 262605440Comissão Prot. Crianças e Jovens 912232070Conservatórias 262691470CTT - Correios do Cadaval 262698340Cruz Vermelha Portuguesa 262083536EDP - Electricidade:

Avarias 800506506Informações 800505505

Escolas:Agrupamento de Escolas 262699081E.B 2,3 Cadaval 262699080Sec. Montejunto 262699230

Farmácias:Central (Cadaval) 262696176Ferreira (Figueiros) 262744152Leomar (Vermelha) 262696178Luso (Vilar) 262777153Misericórdia (Cadaval) 262696220

Finanças (Repartição) 262696104GNR - Posto do Cadaval 262690010Juntas de Freguesia:

Alguber 262744000Cadaval 262696841Cercal 263486750Figueiros 262741139

Presidente - Sr. Aristides Sécio• 4ª feira de tarde – atendimento presencial(por marcação prévia)• 4ª feira (11.00/12.00 h) – atendimento telefónicoVice-Presidente - Dra. Eugénia Correia:5ª feira - Todo o dia (por marcação prévia)Vereador - Sr. Vitor Pinto:5ª Feira - Todo o dia (por marcação prévia)Arquitectos (D.O.P.G.U.):4ª feira – todo o dia (por marcação prévia)Engenheiro João Teixeira Alves (D.O.P.M.U.):2ª a 6ª (sem marcação)

SERVIÇOS (PAÇOS DO CONCELHO)2ª a 6ª (08.30/16.00 h)Serviço de Acção Social3ª e 5ª (por marcação - 09.00/12.30 h e 14.00/16.00 h)GIP - Gabinete de Inserção Profissional2ª, 3ª, 5ª e 6ª (09.00/12.30 h e 14.00/16.00 h)

AtendimentoAtendimento

CMC: Av.ª Dr. Francisco Sá Carneiro, 2550-103 Cadaval - Telf. 262 690 100 - Fax: 262 695 270 - [email protected] - www.cm-cadaval.pt

Aristides Lourenço Sécio

AvisoRedução do Risco de Incêndio

Paços do Município de Cadaval, 6 de Julho de 2009O Presidente de Câmara,

Todos os anos, a adopção de medidas e acções especiais de prevenção contra incêndios florestaisdecorre sobretudo durante o período crítico, anualmente estabelecido por portaria, com base não sónos regimes de temperatura e precipitação nacional, mas também no histórico das ocorrências deincêndios nas diferentes regiões do país e nas condicionantes associadas à organização dos dispo-sitivos de prevenção e combate a incêndios florestais.Assim, atendendo à evolução dos factores de perigosidade meteorológica de incêndio florestal nocorrente ano e ao previsível aumento do número de ocorrências, é definido atempadamente o períodocrítico, assegurando a eficaz utilização dos recursos afectos à vigilância, detecção, alerta, primeiraintervenção, combate e rescaldo de incêndios florestais.Ao abrigo da alínea s) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho, republicado atravésdo Decreto-Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro, a Portaria n.º 678/2009 de 23 de Junho define que:1.º O período crítico no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, no anode 2008, vigora de 1 de Julho a 15 de Outubro;2.º Durante o período crítico referido no número anterior são asseguradas medidas especiais deprevenção contra incêndios florestais.Assim, alertamos a população para que adopte uma atitude de Prevenção e Vigilância sempre queinserida em Espaços Rurais ou Florestais através das seguintes medidas:- Não fumar nem fazer lume de qualquer tipo no interior dos espaços florestais, ou nas vias que osdelimitam ou atravessam;- Não utilizar o fogo para eliminação de resíduos de qualquer tipo durante este período;- Durante a realização de festas e romarias, não deverão ser utilizados balões com mecha acesa nemquaisquer outros tipos de foguetes;- Durante os trabalhos com maquinaria e outros equipamentos que decorram da exploração florestalou outras, é obrigatório que as máquinas de combustão interna e externa a utilizar, onde se incluemtodo o tipo de tractores, máquinas e veículos de transporte pesados, sejam dotadas de dispositivosde retenção de faíscas ou faúlhas e de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés,bem como dotar os mesmos veículos com um ou dois extintores de 6Kg, de acordo com a sua massamáxima, consoante esteja inferior ou superior a 10 000Kg;- Sempre que veja uma coluna de fumo numa zona rural/florestal, ou que detecte um foco de incêndio,contacte de imediato qualquer uma das entidades locais, preferencialmente os Bombeiros Voluntá-rios, através do telefone 262 699 110, ou através do 117, uma linha gratuita e específica para receberalertas de incêndios florestais.O Concelho do Cadaval está dotado de uma rede de vigilantes, da qual fazem parte diversas entidadescom os seus meios de Defesa da Floresta Contra Incêndios, como os Bombeiros Voluntários doCadaval, a APAS Floresta - com as suas equipas de Sapadores Florestais e Brigada 3.4 em vigilânciapermanente; a Associação de Caçadores - com os seus Guardas Florestais Auxiliares no terreno; ea Guarda Nacional Republicana, com as Equipas de Protecção do Ambiente.Estas entidades estão em coordenação com o Serviço Municipal de Protecção Civil, havendo, destemodo, a partilha de informação necessária.Pedimos a máxima compreensão e colaboração de todos. Quanto mais rápido actuarmos, maisevitamos os danos e preservamos os nossos bens.

Colabore connosco. A escolha é sua, a segurança é de todos!!!

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SEPARATA DA REVISTA MUNICIPAL • QUADRIMESTRAL • SÉRIE III • Nº 26 • JULHO 2009

Suplemento Especial25 de Abril, 35 Anos25 de Abril, 35 Anos

Para assinalar os 35 anos sobre a Revolução de 25 deAbril, a CMC compila, neste suplemento especial “25 deAbril, 35 anos”, os discursos da Sessão Solene ocorrida a25 de Abril de 2009, no auditório dos Paços do Concelho, aqual contou com intervenções dos Senhores Representan-tes dos partidos com assento na Assembleia Municipal,bem como do Senhor Presidente de Câmara e Senhor Pre-sidente da Assembleia Municipal e ainda de um grupo dealunos em representação das escolas concelhias. Assim,os discursos que a seguir se publicam são da inteira res-ponsabilidade de cada um dos intervenientes e são publi-cados de acordo com a ordem de intervenção.

Intervenção de Pedro Gaspar Rodrigues, Presidente daAssembleia Municipal

«Ao abrir esta sessão solene da Assembleia Municipal começo a minha inter-venção por cumprimentar todos os presentes nesta sala e felicitar todos quantosse empenharam na sua realização, nomeadamente os lideres dos grupos parla-mentares aqui presentes, Senhores Ricardo Miguel, Carlos Patuleia e VítorPinteus e ainda o executivo camarário, na pessoa da sua Vice-Presidente, quenos lançou o desafio, prontamente aceite, criando também os meios logísticospara a sua realização.Creio ser esta a melhor maneira do plenário municipal prestar a sua homenagema Abril, à liberdade e à democracia.Celebrar Abril, será, talvez, a melhor forma de homenagear todos quantos têmcontribuído para consolidar, enraizar e aperfeiçoar a democracia, reclamandosempre por valores de qualidade, assentes na regra do respeito, da verdade, datolerância e do pluralismo, tentando ainda garantir a cada nova geração apossibilidade de decidir o seu próprio destino.A democracia só existe e fará sentido, quando se asseguram a todos, semexcepção, a possibilidade de exercer, em absoluto, a plenitude dos seus direi-tos e deveres.Devemos por isso, enquanto autarcas e cidadãos, fazer tudo o que estiver aonosso alcance, para proporcionar aos nossos munícipes todas as condiçõespara o exercício da sua cidadania.Este acto evocatório da liberdade, deve ser, para todos nós e para todos o queentenderem o que ela representa, uma data a ser sempre recordada, pois foi elaque restituiu Portugal à sua identidade própria e contribuiu também para a suaintegração na Europa e no mundo civilizado, como país livre.Recordemos a memória do tempo: “ Em 25 de Abril foi realmente primavera.O sol voltou a este Portugal depois de quase 50 anos de escuridão política,mentira e opressão.Estamos em plena revolução.Portugal do Estado novo morreu. É agora sim um Portugal novo.Não foi um golpe de estado este 25 de Abril, mas sim uma verdadeira revolu-ção, se atendermos que todas as estruturas vão ser mudadas, para que osportugueses sejam mais felizes, mais livres, mais homens.”(Extractos do Editorial do jornal Notícias do Cadaval – 1974)

“Quando o velho continente europeu parecia isolar, cada vez mais, este recantoda península, orgulhosamente só, eis que nessa madrugada de 25 de Abril o solda Europa nasce.Quando os ventos da história pareciam não demover cata-ventos, neste país deevolução na continuidade, eis que um sopro de novidade varreu Portugal denorte a sul.E vieram os cravos vermelhos da alegria e liberdade.Houve Abril em Portugal.”(Extractos de artigo do jornal Notícias do Cadaval – 1974).

“ Uma manhã de esperança está diante de nós.Depende agora de todos nós, portugueses, transformar, esse amanhã, numajornada gloriosa, num futuro melhor para todos nós.O que tornou possível esta vitória foi, acima de tudo, 48 anos de luta do nossopovo.Os filhos fardados do nosso povo, que no 25 de Abril derrubaram o fascismo eabriram a nossa terra a uma perspectiva luminosa, actuaram assim porquesentiram que nosso povo não suportava mais o fascismo, que se encontravaem plena crise.”(Extractos de discurso de Júlio Fogaça – jornal Notícias do Cadaval -1974).

“ Meus amigos:Acabou o medo, acabou a opressão.Acabou a censura, acabaram as perseguições.Liberdade, até que enfim.Mães, filhos, esposas e maridos abraçam-se numa alegria incontida.Não mais ao terror.Liberdade; para a conservarmos precisamos de ter cabeça fria e moderação.Não podemos cair nos métodos do regime agora deposto.Saibamos ser livres e respeitar a liberdade dos nossos irmãos.Saibamos ser portugueses.Saibamos perdoar. Derramar sangue não é connosco. Derramar sangue não écom a democracia.

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Está nas nossas mãos construir a pátria que merecemos.”(Extractos de discurso de Mota Marques – jornal Notícias do Cadaval 1974).

Tudo isto foi há 35 anos.Desse tempo, tinha então 22 anos, ainda guardo de forma bem viva e marcada naminha memória, aqueles tempos frenéticos, onde os acontecimentos se sucediamnum turbilhão de emoções, dos quais fui espectador atento e interessado.O hoje era já amanhã. Os dias escoavam-se em poucos segundos, tal era avoracidade dos acontecimentos.Alguns dos aqui presentes devem lembrar-se, tão bem como eu, desses tem-pos indescritíveis.As manifestações, as greves, os comícios, as discussões acaloradas noscafés e nas tertúlias, o aparecimento dos movimentos democráticos e partidospolíticos, os governos provisórios, os golpes e contra-golpes, o 11 de Março eo 25 de Novembro, as filas intermináveis que se formaram, para o exercício dovoto, nas primeiras eleições livres.Enfim, foi assim, nesta ânsia, nesta sofreguidão, que se fez Abril e a aprendiza-gem do acto democrático e do seu caminho em liberdade.E aqui, neste ponto, talvez seja normal e mesmo salutar que nos questionemose façamos a pergunta que, por vezes, subsiste em muitas mentes, ao fim destesanos todos: Valeu a pena?Claro que valeu. Por tudo, não tenhamos a menor dúvida.Além de vivermos em liberdade, onde qualquer um de nós pode expressar assuas ideias e opiniões políticas sem medo de retaliações e sem o receio de serescutado pelos esbirros do regime, que operavam nas sombras como vampirossedentos de sangue, Portugal é hoje um país notoriamente melhor em todas assuas vertentes, do que em Abril de 1974.Só uma mente tortuosa e tacanha, mal formada ou saudosista de um certopassado é que poderá afirmar o contrário.Portugal modernizou-se, criou estruturas dinâmicas e funcionais, de que o poderlocal é um exemplo paradigmático, melhorou todos os seus índices de formaqualitativa e quantitativa, isto é, europeizou-se e entrou de forma definitiva e semretorno na rota do progresso.Mas, importa também aqui, é um dever de consciência falar com toda a clareza,verdade e transparência.Se é uma verdade indesmentível que estamos melhor do que em Abril de 1974,caberá também dizer que poderíamos estar muito melhor. Todos nós percebe-mos e sentimos isso.Passados 35 anos, ainda não foram atingidos, no todo nacional, alguns precei-tos fundamentais, nomeadamente na educação, emprego, habitação, justiça ousaúde.Em 35 anos, na verdade mais de avanços do que recuos, ainda não atingimosaquele patamar que todos nós ansiaríamos ou desejaríamos.Importa que se faça um grande esforço, para que tal aconteça.Temos que deixar a inércia em que estamos a submergir e começar a acelerar,na velocidade certa, para que possamos considerar-nos, definitivamente, umpaís mais justo, equilibrado e solidário.Senão vejamos:O que pensarão os nossos jovens, que se sentem frustrados e sem rumo e seinterrogam para que é que estudaram e concluíram as suas licenciaturas, sedepois têm uma dificuldade extrema na obtenção de um emprego para que estãohabilitados, ficando assim impedidos de dar o seu contributo para o país que osformou. E depois, para sobreviverem, são muitas vezes obrigados a trabalharem empregos de recurso, tais como call-centers ou caixas de hipermercados,ou então a ter de emigrar à procura das oportunidades que lhes são negadas emPortugal.Por isso é obrigatório que todos nós, em sintonia de esforços, de forma transver-sal, façamos os impossíveis para encontrar formas e caminhos de acabar coma falta de emprego, com a injustiça social e ainda com os graves problemas naeducação e na saúde. Temos esse dever.Não podemos alhear-nos, olhar para o lado como se não fosse nada connosco, ede forma impávida continuar a assistir a encerramentos de empresas que, cons-tantemente, colocam portugueses no desemprego e as famílias no desespero.Não podemos também continuar a assistir às demoradas listas de espera paraconsultas médicas e cirurgias e a ver doentes idosos e alquebrados a irem demadrugada para as portas dos Centros de Saúde, mendigarem uma consulta aque têm direito.Não podemos assistir à falta de civismo, educação e disciplina e ainda aos

atropelos que diariamente nos são presentes.Não podemos consentir que um professor seja agredido na sua sala de aulas eque um agente de autoridade seja permanentemente enxovalhado no seu exer-cício de autoridade cívica.Não podemos assistir ao decréscimo permanente do saber e da cultura, bemcomo à progressiva falta de qualidade do nosso ensino.Não podemos assistir à insegurança das pessoas e bens, nem à violência, queexponencialmente germina um pouco por todo o lado, e ainda a uma cada vezmaior marginalidade e aumento do crime organizado.Temos que ostracizar e denunciar, de forma firme e sem tibiezas, a corrupção,o compadrio e o enriquecimento ilícito, que campeiam na nossa sociedade,tornando-se obrigatório tomar medidas drásticas e duras que, doa a quem doer,terão de ir até às últimas consequências.É também forçoso acabar com certas franjas de pobreza e ainda com a fomeescondida que é já, em muitas famílias, uma realidade indisfarçável a que énecessário pôr cobro rápida e urgentemente. É um imperativo moral.Nós, quando queremos, somos tão bons ou melhores do que os outros, só quepor vezes queremos pouco, não nos preocupamos.Por isso temos, de vez e de forma definitiva, de deixar de ser um povomelancólico e depressivo, sempre à espera que resolvam por nós os nossosproblemas, darmos um passo à frente e afirmarmo-nos pela auto-estima e pelacompetência, explorando os nichos de excelência em que somos verdadeira-mente bons, de modo a sermos competitivos em relação à Europa e ao mundo.Temos de ser solidários, sem perder energias com o supérfluo e preocuparmo--nos com as grandes questões nacionais e os seus desígnios.Temos de ser portugueses de alma grande e de coração ainda maior.Só assim se cumprirá Abril verdadeiramente, em toda a sua plenitude, e sóassim fará realmente sentido comemorarmos anualmente esta data.Viva o 25 de Abril, viva o Cadaval, viva Portugal!»

Intervenção de Aristides Sécio, Presidente da CâmaraMunicipal

«Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal,Caros jovens, estudantes do nosso Concelho, que hoje participam nesta ses-são solene,Exmas. Senhoras e Senhores Deputados Municipais,Exma. Senhora Vice-Presidente e Exmos. Senhores Vereadores da CâmaraMunicipal,Exmas. Senhoras e Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia,Exmos. Senhoras e Senhores Professores e Pais e Encarregados de Educa-ção presentes,Caras e Caros Munícipes,Caros membros dos órgãos de comunicação social presentes,Minhas Senhoras e meus Senhores,

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Começo por saudar Vossa Ex.ª, Senhor Presidente da Assembleia Municipal,pela decisão que tomou de realizar esta sessão solene, evocando a Revoluçãodas forças armadas, ocorrida no dia 25 de Abril de 1974, cuja data poderáparecer longínqua aos jovens de hoje, até porque foi algo que aconteceu aindano século passado, mas também poderá ser sentida como algo ainda muitopresente, para os que, como nós, viveram intensamente aquele período.Saúdo igualmente os Senhores Deputados Municipais que, com a sua “obriga-tória” presença e intervenções, farão desta sessão solene uma homenagem aosobjectivos mais nobres do 25 de Abril, protagonizados por muitos, embora o seuverdadeiro espírito, praticado por muito poucos.Quero saudar particularmente todos os jovens que, com a sua presença eparticipação neste evento, corporizam o espírito de Abril que referi, garantindoque o testemunho da revolução dos cravos passará de geração em geraçãopara que os valores da Democracia, cujos pilares fundamentais – liberdade,igualdade e fraternidade, não sejam postos em causa, para garantia e defesa dosvalores da dignidade humana.

Minhas Senhoras e meus Senhores.Estas iniciativas de evocação da instalação da democracia no nosso país sãouma obrigação de todos, em especial os que viveram o antes e o depois de Abrilde 74, sendo, de forma muito especial, um compromisso que devemos honrar,sobretudo aqueles, como a maioria de nós que aqui hoje se encontra, que sendoautarcas têm o dever acrescentado de erguer bem alto o cravo, qual arma, àmais emblemática revolução portuguesa.E temos a obrigação de o fazer de forma bem vincada, porquanto sendo nósamantes de servir a nossa comunidade, em momento algum devemos esque-cer que isso só é possível porque lá atrás, há 35 anos, o nosso Povo, de formaespontânea, soube aproveitar a oportunidade que os valorosos capitães de Abrilderam a Portugal, pondo em marcha o Movimento das Forças Armadas, naque-la madrugada do dia 25 de Abril.Não se iludam, pois, os mais bem sucedidos na política, sobretudo ao nívelautárquico, que se não tivesse tido lugar a Revolução de 74 alguma vez teriamacesso ao poder, apesar da tradição municipalista que há muito caracterizaPortugal, de servir o povo e a nossa terra. Estou crente que mais de 90% dosque aqui nos encontramos, só aqui estaríamos para dar uns vivas e bater umaspalmas aos que, fazendo parte de uma elite, guiariam de alguma forma osnossos destinos. Da maioria dos que a aqui estamos, talvez fossemos unspoucos nomeados para um lugar de cabo chefe ou eventualmente de Presidentede uma Junta de Freguesia, pese embora a nobreza desses cargos, masdecerto não o seriamos por escolha dos nossos concidadãos através de elei-ções livres.É por isso que ser autarca não é coisa vã; ser autarca é transportar a bandeirada liberdade, o exercício da política de proximidade, a que traduz, no meuentender, a melhor forma de afirmação da vontade do povo da nossa terra.É, pois, por isso, Senhoras e Senhores, que não devemos esquecer, por um sómomento, os verdadeiros valores de Abril.Contudo, tal lembrança não é suficiente para aqueles que, apesar de todas asvicissitudes (as boas mas também as más do pós-74), não conheceram aausência da democracia e da liberdade que lhe está associada.É normal, não podemos avaliar aquilo que não conhecemos. Daí que comemo-rar o 25 de Abril terá de ser muito mais do que, uma vez por ano, nos juntarmospara quiçá com algum saudosismo, lembrar esse principal acontecimento danossa história recente, ocorrida já no último quartel do século passado.Para que se possa afirmar sempre Abril de 74, já não são suficientes estesdiscursos acerca do 25 de Abril (uma estopada dirão os mais jovens). Para asua afirmação precisamos de cultivar o melhor dessa magnífica herança; odireito a uma habitação condigna; o direito ao trabalho; o direito a um serviço desaúde capaz; o acesso, para todos, aos diversos níveis de ensino, para aeducação e formação do indivíduo; o direito e o dever do respeito uns pelosoutros; o direito à cultura e ao desporto; a igualdade de oportunidades para todos,em especial entre os homens e as mulheres; uma protecção social digna dessenome aos idosos, aos deficientes; o direito a brincar e ser feliz.Lembro-me que, após a revolução, tinha eu 21, 22 anos, ouvi, creio que oProfessor Adriano Moreira dizer que a consolidação da Democracia só iria terlugar duas ou três décadas depois, lembro-me de ter achado um exagero, quãogrande era o entusiasmo que vivia naquela época, em que se dizia que o atrasode Portugal se media pelo futebol dado ao povo e que não ganhámos até ali ofestival da canção por não termos sido um país livre. Que ironia, hoje tem mais

futebol que nunca e ainda não ganhámos o festival, talvez estes trinta e cincoanos ainda não sejam suficientes.Eu sei que os tempos não estão fáceis para muito de nós, que as carências sãomuitas, e não se julgue que são só as materiais. Como é que está a saúde, ajustiça, o ensino, a igualdade de oportunidades, a solidariedade social do esta-do, o estado de direito, para onde vai a nossa cultura e a nossa capacidadeprodutiva; que exemplos temos daqueles que mais deviam respeitar os valoresda Abril?Apetece-me citar Freitas do Amaral, quando disse “Afinal esta é a prosperidadeque nos prometeram?” Onde estão os que fizeram a revolução dos cravos,terão esquecido o POVO, rendidos à opulência, ao poder e às honrarias dobanquete revolucionário? Talvez.Mas também sei, caros Cadavalenses, que se pugnarmos pelos bons princípiosque sempre caracterizaram a nossa Gente, estaremos a afirmar Abril; mostrare-mos aos jovens que a revolução de 74 valeu a pena; incutir-lhes-emos a vontadede celebrar, ano após ano, as verdadeiras conquistas de Abril; contribuiremos paraa reafirmação da nossa identidade enquanto povo; seremos parte integrante eindispensável na Europa, onde nos inserimos e continuaremos, apesar daglobalização, a afirmarmo-nos no mundo, como uma nação valente e imortal.Termino, afirmando que o 25 de Abril, mais do que uma revolução, deve servisto como um ponto de partida para a constante e necessária emancipação dopovo, como um momento de orgulho da nossa história recente, como um legadoque só pode ser daqueles que, no dia-a-dia, sabem respeitar os valores dademocracia, um bem dos jovens que amam a sua liberdade, respeitando aliberdade dos outros.Vivam os jovens, viva a democracia, viva o poder autárquico, viva o Cadaval,viva Portugal!»

Intervenção de Sofia Rebelo Bento (4.º Ano), alunarepresentante do 1.º Ciclo

«Antes do 25 de Abril de 1974, o nosso país vivia mergulhado na tristeza e no medo.Durante cerca de 48 anos quem governou Portugal foi Salazar e, logo a seguir,Marcelo Caetano, que seguiu as suas políticas, o chamado Estado Novo.Era uma Ditadura. Não havia democracia e não se realizavam eleições livres.As pessoas não tinham liberdade para dizer o que pensavam sobre o governo.Havia a PIDE, uma polícia política que vigiava, prendia e torturava quemtivesse ideias contrárias às do governo.Havia a censura, conhecida como “ lápis azul”, que decidia o que se podia ler,ver ou ouvir nos meios de comunicação social.Cansados da falta de Liberdade, os militares criaram o Movimento das ForçasArmadas, que foi dirigido pelos capitães.Os principais capitães foram:Salgueiro Maio, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço.Apoderaram-se da rádio e da televisão para lançarem as senhas que servirampara os capitães saberem quando avançar.

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Intervenção de alunas representantes do Ensino Secun-dário

«Nascemos em 1991, vários anos depois de 25 de Abril, e não vivemos osacontecimentos que conduziram à revolta, nem experimentámos os sentimen-tos que levaram as pessoas a apoiar essa revolta.Contudo, na escola aprendemos a ler e a compreender os textos que falamsobre o assunto, e fomos ensinados a ter perspectiva crítica da realidade. Porisso, sabemos que o 25 de Abril simboliza valores como a Democracia, aLiberdade e a Justiça. Sabemos também, pela experiência destes dezasseteanos, que tem havido neste país, e continua a haver, acontecimentos poucofavoráveis à Democracia, à Liberdade e à Justiça. É por isso que o nossodiscurso de hoje é curto, porque estes valores fundamentais precisam de acção,mais do que de palavras. Para que o 25 de Abril e tudo o que ele representapossa ser celebrado também no dia 26 e em cada dia até ao dia 24 de Abril decada ano seguinte, conciliando realidade e intenção. Assim, as novas gerações,que sabem que devem acreditar nos valores de Abril, ficarão a saber quetambém podem acreditar.»

«Bom dia a todos os presentes neste auditório.Somos alunos do 9.º ano da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos do Cadaval epretendemos partilhar, com todos os presentes, aquilo que aprendemos sobre o25 de Abril.Esta apresentação terá quatro partes: a primeira, que abordará os antecedentesdo 25 de Abril; a segunda, dominada por dois poemas, um de Ary dos santos eoutro de Manuel Alegre; a terceira, dedicada à democratização e desenvolvi-mento de Portugal Pós-25 de Abril; a quarta e última, com a leitura de umpequeno poema de alguém que, apesar de reformada da actividade docente,estará sempre ligada à nossa escola, a Professora Isabel Pereira.

Portugal – 1910 – 1974A jovem República nascida em 1910 e a conjuntura internacional marcada pela1ª Grande Guerra abriram as portas à instabilidade política portuguesa, queculminou, em 1926, com o Golpe Militar liderado pelo Marechal Gomes daCosta e a instauração de uma Ditadura militar. É no seguimento desta mudançapolítica que, em 1928, surge a figura de António de Oliveira Salazar como

Ministro da Finanças, assumindo, quatro anos depois, a Presidência do Conse-lho de Ministros, cargo que desempenhou até 1968.Inspirado pelos ideais fascistas emergidos na Itália do pós-guerra, Salazarinstituiu, em 1933, uma Constituição, reforçando significativamente os poderesdo Governo por ele chefiado – nascia o ESTADO NOVO.Entre 1933 e 1974, período em que vigorou o Estado Novo, Portugal foi marca-do por um conjunto de acontecimentos que o afastaram da Europa democrática,fortalecida com a derrota dos regimes fascista e nazi na 2ª Guerra Mundial.As dificuldades geográficas portuguesas, marcadas pela localização periféricaem relação à restante Europa e a conduta política do Estado Novo, conduziramPortugal para um isolamento político em relação às democracias mundiais, quese multiplicaram com os processos de descolonização iniciados no pós-2ªGuerra mundial.Portugal protegeu-se dos ideais democráticos.Portugal recusou a independência das suas colónias, baptizadas de ProvínciasUltramarinas a partir de 1946, mergulhando numa guerra que se arrastaria entre1961 a 1974.Portugal protegeu o Regime com a utilização de uma polícia política, com acensura, com a propaganda, com a proibição dos partidos políticos e movimen-tos sindicais e com a criação da Mocidade e Legião Portuguesa.Portugal viu milhares dos seus filhos a emigrar.Portugal viu a sua economia controlada por alguns grupos industriais e financeiros.Portugal vedou a liberdade aos Portugueses.Em 1968, com o afastamento de Salazar e a subida ao poder de MarceloCaetano, uma esperança de mudança despertou os portugueses, mas pouco ounada mudou.Fartos das incógnitas da guerra e das mortes, bem como do desprestígio queessa lhes trazia, um grupo de militares cria o Movimento das Forças Armadas,responsável pela operação militar que derrubou o Estado Novo no dia 25 deAbril de 1974 – a revolta dos cravos.(...)Portugal – 1974 – Até aos nossos diasPortugal, depois da revolta dos cravos, divide o seu percurso político em trêsfases distintas:A primeira, “pós-revolucionária”, dominada pelo início da aplicação dos proces-sos de descolonização das Províncias Ultramarinas e pela extinção dos pilaresdo Estado Novo (PIDE/DGS, Censura, Corporativismo, Mocidade e LegiãoPortuguesa, Presos Políticos e Exilados). O arranque do processo de demo-cratização da sociedade portuguesa teve períodos conturbados, principalmente

em 1975, mas a aprovação da Constituição, em 1976, dizia que Portugal estavano bom caminho.A segunda, marcada pelas dificuldades económicas, sociais e políticas de umajovem democracia e de uma conjuntura internacional desfavorável, que condu-ziu Portugal a uma forte dependência do estrangeiro, como são testemunho oselevados empréstimos contraídos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).Por último, a terceira, iniciada com o processo de adesão à Comunidade

Intervenção de alunos representantes dos 2.º e 3.º Ciclos

A 1.ª senha foi a canção “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, e a 2.ªfoi “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso.Não houve violência e o povo ofereceu cravos aos militares que os puseramnos canos das armas, por isso ficou conhecida como a revolução dos cravos.E tivemos a sorte de terem lutado para que tenhamos liberdade.»

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Antes desse dia, Portugal viveu 48 anos de ditadura fascista. Regime caracte-rizado pelas perseguições, prisões, torturas, condenações e assassinatos doscidadãos que ousavam lutar pela liberdade e por melhores condições de vida etrabalho.A ditadura fascista impôs aos trabalhadores formas brutais de exploração esacrificou gerações de jovens em treze anos de guerras coloniais. A emigraçãode centenas de milhar de portugueses, a subalimentação de grande parte dapopulação e o elevado analfabetismo foram outros traços marcantes desteperíodo. A nível internacional é bom também ter presente o apoio directo dado àsublevação fascista em Espanha e à cooperação com a Alemanha nazi e a Itáliafascista. O tempo em que, para ter um isqueiro, era preciso licença, e mais doque duas pessoas juntas era um comício.Abril foi um dia e um processo: ao levantamento militar que, protagonizado peloglorioso Movimento das Forças Armadas, derrubou o governo fascista, suce-deu-se o levantamento popular e a aliança Povo/MFA, que derrubou o regimefascista.

Económica Europeia, em 1985, efectivada a 1 de Janeiro de 1986, permitindo aPortugal beneficiar de fundos comunitários que muito contribuíram para o desen-volvimento nacional, com o objectivo de se aproximar dos restantes Estadoscomunitários.O 25 de Abril foi, sem dúvida, a porta que permitiu aos portugueses atingirem osvalores do mundo ocidental, onde imperam o desenvolvimento, a igualdade, ajustiça, o pluripartidarismo e a LIBERDADE.As esperanças dos jovens, num país em liberdade, pressupõem que a prospe-ridade económica seja uma realidade, pois sem ela a liberdade correrá perigo.Os jovens pedem aos responsáveis políticos que, pelo seu exemplo, desenvol-vam os ideais de liberdade, de democracia e apostem na Educação, pilarfundamental para o desenvolvimento e preparação das novas gerações.A liberdade é uma responsabilidade de todos e de cada um dos cidadãos, é “Umsilêncio reverente / Para a página do futuro”.

Da nossa professora Isabel Pereira25 de Abril

Oh Liberdade!Pássaro azul que tremia, ferido,Em cada peitoE ao qual Abril deu asas e Sol e p’ra voar o jeito

Dia quase perfeitoP´ró coração do povoQue pôde, enfim,Soltar amarras e sorrirPor ter um país novo

E em cada anoO pássaro de AbrilEsvoaçando vem pedirQue o não deixem morrerQue o não deixem fugir.

Muito obrigado.»

Intervenção de Ricardo Miguel, em representação da CDU

«Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Cadaval,Caros membros da Assembleia Municipal,Senhores e Senhoras Presidentes de Junta de Freguesia,Senhor Presidente da Câmara Municipal,Senhoras Vereadoras e Senhores Vereadores,Representantes das Instituições do Concelho,Caros Munícipes,

Em primeiro lugar, uma saudação aos Jovens, filhos de Abril, que, aceitando onosso convite, vieram em muito enriquecer a nossa sessão. Uma palavratambém de agrado pela excelente intervenção do Senhor Presidente daAssembleia Municipal.Mas, onde vão aprender, as novas gerações, os ideais de Abril? Um dosmomentos mais importantes da história de Portugal justifica e exige maioraprofundamento ao nível do ensino.O cravo é para muitos a flor da imaginação de como terá sido bom viver aquelestempos. Lêem, ouvem, vêem fotografias e filmes com muita gente e muita alegria. É que para muitos de nós, para cerca de um terço da população portuguesa, aRevolução dos Cravos aconteceu antes de termos nascido. O que torna aindamais necessária, cada vez mais necessária, uma pedagogia dos verdadeirosideais e valores do 25 de Abril. Na verdade, são por vezes distantes e difusasas imagens que chegam desses dias e dessas horas. São estranhos os silên-cios que tantas vezes envolvem esse turbilhão de momentos, actos e rostos.Comemoramos o 35.º aniversário do Dia da Liberdade. Comemoramos aRevolução de Abril. Comemoramos o dia e o tempo mais avançados, maisprogressistas e de maior modernidade da nossa história colectiva.

Daí que seja indispensável reafirmar a nossa homenagem, a nossa intensasaudação aos Militares de Abril que, há 35 anos, nas palavras do poeta Ary dosSantos, fizeram “nascer um país do ventre duma chaimite”.E tudo isso foi o culminar de décadas de resistência e de combate contra aditadura fascista – resistência e combate que tiveram no PCP, sempre naprimeira fila da luta, o seu expoente mais importante. Aqui registamos a memóriade cadavalenses ou seus filhos adoptivos como Júlio Fogaça, Mirtil Pereira,Bernardino Ralha ou Leonel Madeira, entre muitos outros.Foi sob o impulso e com a experiência adquirida nesse combate sem tréguas aofascismo, que as massas populares ocuparam as ruas, no dia 25 de Abril,conquistando as liberdades através do seu exercício e, assim, criando ascondições para os avanços revolucionários subsequentes.E foi também na base dessa experiência que o movimento operário e popularemergiu como força determinante, desde logo construindo o mais poderoso 1.ºde Maio de toda a sua história – que se revelaria decisivo na consolidação dasliberdades conquistadas – e que foi ponto de partida para um processo que,porque teve como primeira preocupação responder aos problemas dos trabalha-dores, do povo e do País, assumiu, desde os seus primeiros passos, uminequívoco conteúdo revolucionário.Com efeito, as primeiras medidas dos primeiros governos provisórios, impostaspela força da luta de massas, são bem elucidativas das características revolucio-nárias desse processo: aumento geral dos salários e estabelecimento imediato deum salário mínimo nacional (que, por si só, multiplicou por dois, por três, porquatro, os salários de centenas de milhares de trabalhadores); a criação demilhares de postos de trabalho; a criação do subsídio de desemprego; a proibiçãodos despedimentos sem justa causa; o direito às férias e ao respectivo subsídio,para todos; o aumento e alargamento das pensões e reformas...Foi a Revolução de Abril que instaurou a liberdade de expressão, de opinião ereunião como escreveu Sophia “Deu-nos Abril o gesto e a palavra”. Foi graçasà Revolução que se pôs fim à guerra colonial e se instituiu uma democracia

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política, o poder local democrático e a autonomia regional dos arquipélagos daMadeira e dos Açores. Foi ela também a consagrar a igualdade de direitos dohomem e da mulher, mulheres homenageadas pela poetisa Maria Velho daCosta, quando escreveu: “Elas gritaram à vizinha que era fascista. Elas enche-ram as ruas de cravos. Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinhamda guerra. Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro uma cruzinhalaboriosa. Elas disseram à mãe, segure-me aqui nos cachopos, senhora, que agente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é. Elas estenderam roupas acantar, com as armas que temos na mão. Elas diziam tu às pessoas comestudos e aos outros homens.”Vivemos um tempo de celebração da Revolução de Abril num misto de inquie-tação, desilusão e de esperança. Inquietação perante a grave crise e as suasdramáticas consequências económicas e sociais que estão a tornar cada vezmais difícil a vida dos portugueses, particularmente dos trabalhadores e dasoutras camadas populares. Inquietação redobrada quando a perspectiva que seapresenta é a do agravamento de todos os problemas nacionais.Desilusão porque muito de Abril se perdeu em caminhos errados que nosafastam de Abril. É preciso dizer que muito do que depois aconteceu e agoraacontece nada tem a ver com Abril, e o seu espírito nada tem a ver com opatrimónio de dignidade e justiça social que é perfume dos cravos de Abril.A discriminação, a xenofobia e o racismo são a negação de Abril. O trabalhoprecário e sem direitos, de sol a sol, aos domingos, sem contrato nem seguran-ça social, com salários indignos da condição humana, não são fruto de Abril.As desigualdades e as injustiças na distribuição da riqueza, as pensões demiséria, a pobreza e a exclusão, a discriminação das mulheres e dos jovens,das minorias, dos deficientes, não fazem parte do património do 25 de Abril.Mas também esperança na possibilidade da ruptura, porque acreditamos naforça do nosso povo, na vitalidade e actualidade do nosso projecto e na possi-bilidade de abrir caminho a uma nova política com a luta e o voto dos trabalha-dores e do povo.Varre o país um legítimo e justo descontentamento. Descontentamento que toma aexpressão em protestos que mobilizam largos sectores da sociedade e que temlevado para a rua milhares e milhares de trabalhadores: agricultores, operários,funcionários públicos, professores, enfermeiros, pequenos e médios empresários. Mas muitos portugueses não se conformam com este estado de coisas, quecontinuam a afirmar convictamente, não apenas que Abril valeu a pena, mas,acima de tudo, que continua a valer a pena lutar pelos valores e pelos ideais quefizeram o 25 de Abril.Como escreveu Ary : “Isto vai meus amigos isto vaio que é preciso é ter sempre presenteque o presente é um tempo que se vaie o futuro é o tempo resistente”. Por isso, no momento em que assinalamos o 35.º aniversário de Abril, coloca-se-nos como questão essencial a necessidade de uma mudança que retome osobjectivos libertadores da Revolução de Abril; que ponha termo à subordinaçãodo poder político ao poder económico; que construa o tempo novo que Abril nosmostrou ser possível: o tempo da democracia e da liberdade; do progresso e dajustiça social; da paz e da independência nacional.Há outro caminho que nos traz tempos novos. Tempos de afirmação dos valo-res da democracia, liberdade, justiça social, do Estado ao serviço do povo e dodesenvolvimento do país, da soberania e independência nacionais. Tempos deretomar Abril, de colocar Abril de novo nos caminhos da construção de uma vidamelhor.É que, das tantas lições que aprendemos com Abril, há uma ideia que prevale-ce: por mais categóricos que sejam os que decretam o fim da História, averdade é que a História prossegue e avança – a luta de concretizar Abril, osseus ideais de democracia e de liberdade, as suas conquistas de progresso ejustiça social.Como escreveu Gedeão:“ o sonho comanda a vidaQue sempre que um homem sonhao mundo pula e avança”.O Futuro será como os povos o construírem. Pela nossa parte, mantemos aconvicção e a confiança de que este País saberá construir o seu próprio Futuroe serão cravos os alicerces dessa construção. Porque, lutando pelo futuro, épor «Abril de novo» que lutamos.Pegando nas palavras de Brecht “Porque é em frente que vamos, não éverdade? É em frente que vamos” ou como canta Jorge Palma “enquanto

houver estrada p’ra andar, a gente não vai parar!” Viva o 25 de Abril!»

Intervenção de Filipe Pereira, em representação do PS

«Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Cadaval,Exmas. Senhoras e Senhores Deputados Municipais,Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal do Cadaval,Exma. Senhora e Senhores Vereadores,Exmos. Convidados civis e militares,Minhas Senhoras e Meus Senhores,Cadavalenses!

“A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longaresistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos,derrubou o regime fascista.Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou umatransformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedadeportuguesa (…)”“(…) A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado nasoberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráti-

cas e no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamen-tais, que tem por objectivo a realização da democracia económica, social e culturale o aprofundamento da democracia participativa.” (Fim de citação da CRP)Foi-me proposto transmitir-vos, nesta sessão solene, evocativa do 35.º aniver-sário do 25 de Abril, como e em que medida a revolução dos cravos influenciouas gerações nascidas na década de 70 e seguintes (as chamadas geraçõeslivres) e, acrescento eu, discorrer sobre as razões que levam a que o 25 deAbril, apesar de ser o acto fundador da nossa contemporaneidade com a Europae o mundo democrático, seja hoje um acontecimento cada vez mais ignoradopelos portugueses – sobretudo as gerações mais jovens – com honrosas ex-cepções, como as que tivemos a oportunidade de verificar aqui hoje, através daparticipação nesta cerimónia dos jovens alunos das escolas, os quais felicito. Eaproveito, dado que alguns dos jovens aqui presentes leram, na sua interven-ção, um poema de Abril escrito pela minha tia, Isabel Pereira, para homenageá--la por ter sido uma das pessoas que maior influência teve na minha formaçãoe nos valores que defendo.Iniciei, pois, esta minha intervenção, lendo-vos algumas das referências que aConstituição da República Portuguesa faz ao 25 de Abril e aos mais nobresvalores que lhe estão associados – liberdade e democracia.Fi-lo com a intenção de vos ilustrar como os valores de Abril estão patentes nanossa lei fundamental e acredito que fortemente enraizados nas nossas maissimples acções diárias. Vivemos numa democracia representativa, onde opovo expressa a sua vontade através da eleição de representantes, que tomamdecisões em nome daqueles que os elegeram, e em que existe o chamadoprimado da lei – A lei está acima de tudo o resto.

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É um facto que as gerações mais novas, como a minha, não sabem exacta-mente como era viver antes do 25 de Abril de 1974; como era viver num Paíssem liberdades e sem democracia; um País com os índices de desenvolvimen-to próprios do Terceiro Mundo, com uma população pobre, mal alimentada, ahabitar mal; uma emigração sem precedentes: mais de um milhão e meio deportugueses em 15 anos (60-74); um País sem vias de comunicação, semeducação, saúde e segurança social para todos; um país que alimentava umaobsoleta guerra colonial, com consequências devastadoras, tanto sociais comoeconómicas e políticas.E não temos esse conhecimento, em minha opinião, por duas ordens de razões.Uma de ordem lógica: não vivemos, não testemunhámos esse período danossa história recente. Logo, não podemos senti-lo da mesma forma que osentem aqueles que o viveram. Mas também não temos uma consciência maisclara, porque o nosso sistema educativo, os meios de comunicação social e anossa classe política não souberam ou não quiseram dar-lhe, ao longo dosúltimos 35 anos, o devido realce.No entanto, tal não significa que o espírito de “Abril” nos seja indiferente ou quenão queiramos “viver Abril”.Antes pelo contrário, Abril faz parte de nós.Na verdade, “Viver” o 25 de Abril de 1974 não se resume ao facto de se terpassado, ou não, temporalmente por esse dia.“Viver” a revolução de Abril é viver com sentido crítico, opiniões livres, partici-pação cívica (em qualquer das suas formas), respeito pelos outros; é ter umgenuíno sentido de justiça, de solidariedade e de humanismo; é amar a liberda-de; é ser inconformista.Estou convencido de que é assim que a maioria de nós, cidadãos criados no alvorde Abril, “vivemos” a revolução. Diariamente, dinamicamente – difundindo edefendendo com as nossas acções os valores da liberdade e da democracia.No entanto, assistimos, nos últimos anos, a um acentuado desinteresse dosjovens – e porque não dizê-lo, da população em geral – pela actividade política,o que é preocupante. É aquilo a que alguém chamou “melancolia democrática”,traduzida pela indiferença e a descrença perante a política.Temos pois, todos nós, o dever de parar para pensar e interrogarmo-nos sobrea génese dessa apatia. Porquê?Com a democratização, a sociedade portuguesa conheceu uma profunda transfor-mação. O país dotou-se de grandes equipamentos colectivos: auto-estradas,saneamento básico, distribuição de electricidade e água canalizada, entre outros…Com o decorrer dos anos, a classe política também mudou. Aos “autorespolíticos”, homens e mulheres obreiros empenhados na construção de umPortugal moderno, juntaram-se os “actores políticos”, os que viram na políticauma oportunidade pessoal.É este segundo género que mina a credibilidade do sistema, que afasta os maisaptos, competentes, honestos; que alimenta o clientelismo, a corrupção; quepõe em perigo a democracia.Compete-nos a nós, aos que acreditam que estar na política é “servir” e não“servir-se”, a responsabilidade de fazer dela um instrumento cada vez maisnobre, e, através de uma sólida educação, despertar a consciência cívica emoral dos nossos filhos (chaves do futuro), para a importância da continuaçãoda democracia em Portugal.Aproximam-se três actos eleitorais, um dos quais (eleições autárquicas) cominfluência directa na vida da nossa comunidade local.Temos, pois, todos nós, eleitos locais, e todos aqueles que concorrerão naspróximas eleições autárquicas, uma boa oportunidade e também a responsabi-lidade de contribuir para inverter a imagem negativa que impende sobre ospolíticos e a forma de fazer política.Decisivo será: utilizar uma linguagem de verdade; agir com transparência; gerir comrigor os dinheiros públicos; assumir o compromisso de prestar contas aos eleitoresde modo permanente e não apenas quando há eleições; dar voz aos problemas daspessoas; privilegiar o debate das ideias; respeitar os adversários…Enfim, honrar as promessas feitas.Se o fizermos, estaremos a contribuir para a dignificação da política, para oreforço da relação de confiança que se quer entre eleitos e eleitores e para oaumento dos níveis de envolvimento dos jovens concelhios na actividadepolítica.A todos os outros Cadavalenses, faço aqui um apelo: votem! Votem no projectopolítico que julgarem melhor, mas votem! Só assim estarão a honrar a memóriade todos aqueles que arriscaram a vida para que houvesse democracia. Nãovotar é deixar morrer o espírito do 25 de Abril.

Exmo. Senhor Presidente,Ilustres convidados,Minhas Senhoras e Meus Senhores,Quero concluir homenageando todos os militares de Abril, porque a eles se devea liberdade de que hoje legitimamente usufruímos, lendo-vos alguns fragmentosde um texto da autoria de Fernando Salgueiro Maia, escrito pouco tempo antesda sua morte:“Tendo a consciência de que a guerra era injusta e sem solução, que o regimeera opressivo e sem capacidade de reconversão, que as Forças Armadastinham conseguido o impossível para garantir ao Poder a capacidade de diálogoque ele recusava; só restava a sublevação, mesmo sabendo os riscos que elaacarretava. (…)Farto de quase 50 anos de opressão,Farto de incompetênciaFarto de fabricar carne para canhão…Farto de ajudar meia dúzia de glutões a comer à conta do orçamento,Farto de «lutar» por causas perdidas,Decidi dizer «Basta!» (…)Depois do primeiro sinal de rádio «E depois do Adeus», começámos acordando opessoal, que se convenceu estar perante mais uma instrução nocturna. Reunidosna maior sala que a Unidade tinha, ao pessoal que me estava directamentesubordinado expliquei que na vida há momentos que pela sua importância nostranscendem; assim perante o estado de negação de Liberdade e de injustiça quetínhamos atingido, perante as nulas esperanças em melhores dias, havia quemudar o regime, não para nos substituirmos ao regime anterior, mas para, dandoliberdade e democracia, garantir ao povo a escolha do destino colectivo.Para desanuviar, declarei que havia várias modalidades de Estado, os liberais,os sociais-democratas, os socialistas, mas nenhum pior que o estado a quechegámos, pelo que urgia acabar com ele. (…)Pelas três horas da manhã de 25 de Abril, saímos da Escola Prática deCavalaria …” em direcção a Lisboa.O Resto da História, Senhor Presidente, minhas senhoras, meus senhores, játodos vós conheceis …Disse.»

Intervenção de Vítor Pinteus, em representação do PSD

«Sr. Presidente da Assembleia Municipal,Sra. Deputados Municipais,Sr. Presidente da Câmara,Srs. Vereadores,Srs. Presidentes de Junta de Freguesia,Caros Jovens,Senhoras,Senhores,

Começo esta minha intervenção por felicitar a Mesa da Assembleia Municipalpela realização desta Sessão Extraordinária Comemorativa do 25 de Abril.

»»

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Trinta e cinco anos depois da revolução, a realização deste plenário é umaforma de todos e cada um dos deputados prestarem a sua homenagem a Abril,à Liberdade e à Democracia, mas também um momento para reflectirmos sobreos direitos e deveres da sociedade e daqueles que, em seu nome e representação,exercem o mandato político.A liberdade, sinónimo de autonomia e independência, não é, como nos queremfazer parecer hoje em dia, sinónimo de má educação, nem de falta de respeitopelo próximo, nem de libertinagem, nem de egocentrismo.A liberdade conquistada deve ser usada no estrito cumprimento de princípios decidadania, de participação cívica e no respeito pela liberdade do próximo, que,como comummente de diz, começa onde a nossa acaba.A democracia só existe realmente quando assegura a todos, sem excepção, apossibilidade de exercerem, em absoluta plenitude, os seus direitos e deveres.A nossa jovem democracia precisa de amadurecer, precisa de se consolidar.Atravessamos actualmente a maior crise económica e financeira de que tenhomemória em Portugal, para a qual é preciso estarmos atentos, nomeadamenteas autarquias, pois são elas a primeira linha de resposta aos problemas reaisdas pessoas, e acerca desta matéria gostaria de deixar uma observação: ésempre melhor e mais fácil actuar sob a forma de prevenção do problema do queacudir às complicações que surgem depois.Mas esta crise não é só uma crise económica e financeira, é também uma crisede valores, para a qual vos convido a reflectir em conjunto.Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir, sob a forma de lei, ou porprática consentida, a uma série de limitações de liberdade, de controlo da vidaprivada, de controlo da informação e da comunicação social, que parecemrestabelecer hábitos vigentes antes do 25 de Abril.A sociedade actual demonstra, hoje, uma forte saturação política, tanto mais quea política invade cada vez mais a vida de cada um de nós, conduzindo a que osnossos destinos pessoais dependam cada vez mais do Estado.Por sua vez, o Estado tende a ser novamente um Estado-Pai, que preferealimentar amiúde e de forma controlada os seus filhos, do que facultar-lhes osmeios para que possam subsistir de modo independente.E essa apetência controladora do Estado, enquanto sinónimo de poder, temvindo a desenvolver-se com o actual Governo que, para poder passar a suamensagem filtrando as críticas e empolando os elogios à sua governação,procura atenuar o antagonismo e acelerar uma integração política.Mas não se trata de uma integração alcançada através da satisfação dosinteresses dos cidadãos, mas de uma encenação diária que leva a que, quandoos cidadãos se aperceberem, se sintam amargurados e enganados.Ora esta situação não abona nada nem para a imagem do país, nem dos seuspolíticos, e muito menos resolve os problemas das pessoas e do país, pelocontrário, estamos a adiar a verdadeira resolução dos problemas e a dar umaimagem dos políticos, à sociedade, que não corresponde minimamente à realidadenacional, e com a qual, também nós, ao nível local, somos penalizados eetiquetados, sem que para tal tenhamos contribuído.Senhoras e Senhores,Caros Jovens,Enquanto políticos e autarcas devemos fazer tudo o que está ao nosso alcancepara contrariarmos esta tendência negativista do exercício da actividade políticae proporcionar aos nossos munícipes todas as condições para o exercício dasua cidadania de forma activa.Este plenário tem um cariz especial para todos nós pelo facto de termos hojecomo participantes activos, jovens Cadavalenses que contribuíram paraenriquecer a sessão, e que, espero, levem hoje desta casa da democracia umarecordação e uma experiência positiva, quem sabe a repetir num futuro próximo.Não tenham receio de participar na política activa do vosso Concelho. Garanto--vos que é muito desafiante participar nestes centros de decisão e é ainda maisreconfortante quando vemos que a nossa acção colectiva pode contribuir para amelhoria de condições de vida da população do Concelho ou da comunidadeonde estamos inseridos.Não tenho qualquer dúvida que esta sessão especial e comemorativa daefeméride proporcionou, a estes jovens, um contacto directo com os titulares decargos públicos legitimamente eleitos, num exercício de cultura democrática esalutar, que decerto contribuirá para que o Cadaval continue a ser um Concelhoonde se vive bem, com qualidade de vida, e com aquilo que temos de melhor,que são as suas gentes.Acreditem que foi verdadeiramente importante a vossa presença aqui hoje.Gostaria também de agradecer ao Executivo Camarário o seu envolvimento

35nesta sessão e a organização das comemorações que têm lugar até Domingo,para a qual apelo à participação de todos.Os meus cumprimentos, Senhor Presidente, e os meus agradecimentos pelasua presença aqui hoje.Para terminar e enquanto líder parlamentar do PSD, gostaria de registar que onosso grupo, numa decisão unânime, irá doar as suas senhas de presença paradiversas instituições do Concelho, firmando também assim um dos princípiosdo nosso estado de direito democrático, o da solidariedade para com os quemais precisam.»

Total de Inscritos: 12.886 Total de Votantes: 4.883

(37.89%)

Partido Resultados PPD/PSD

33.34% 1628 votos

PS

30.84% 1506 votos

PCP-PEV

7.82% 382 votos

CDS-PP

7.5% 366 votos

B.E.

7.35% 359 votos

PCTP/MRPP

1.11% 54 votos

MEP

1.11% 54 votos

MPT

0.8% 39 votos

PPM

0.53% 26 votos

P.N.R.

0.47% 23 votos

P.H.

0.41% 20 votos

MMS

0.41% 20 votos

POUS 0.12% 6 votos

EM BRANCO

5.9% 288 votos

NULOS

2.29% 112 votos

Total de Inscritos: 9.684 714 Total de Votantes: 3.561 502 (36,77%)

Representantes Eleitos em Portugal: 22

Partido Resultados Mandatos PPD/PSD

31.71% 1129243 votos

8

PS

26.58% 946475 votos

7

B.E.

10.73% 382011 votos

3

PCP-PEV

10.66% 379707 votos

2

CDS-PP

8.37% 298057 votos

2

MEP

1.48% 52828 votos

PCTP/MRPP

1.21% 43141 votos

MPT

0.66% 23415 votos

MMS

0.61% 21636 votos

P.H.

0.48% 16980 votos

PPM

0.39% 13794 votos

P.N.R.

0.37% 13039 votos

POUS 0.14% 5101 votos

EM BRANCO

4.63% 164917 votos

NULOS

2% 71158 votos

Resultados das EleiçõesParlamento Europeu

7 de Junho 2009

Resultados Totaisdo Concelho do

Cadaval

ResultadosTotais

Nacionais

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