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Revista da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis ANO V - Nº 26 - Dezembro 2008/Janeiro 2009 Fiat mantém otimismo Novidades para manutenção dos pneus ABLA disponibiliza informações sobre terceirização Formadores de opinião do setor de locação de automóveis analisam como se comportará o mercado em 2009

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Revista da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis - ABLA

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Revista da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis

ANO V - Nº 26 - Dezembro 2008/Janeiro 2009

Fiat mantém otimismo

Novidades para manutenção dos pneus

ABLA disponibiliza informações sobre terceirização

Formadores de opinião do setor de locação de automóveis analisam como se comportará o mercado em 2009

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veículos, entre outros. A entidade se faz presente e mais representativa dos legítimos direitos das loca-doras de automóveis, com suas sugestões e contri-buições para o desenvolvimento do setor e econô-mico. A ABLA está mudando, conforme a vontade de seus próprios associados. Transformações estão sendo construídas, dia após dia, e logo irão reper-cutir positivamente em toda a cadeia do negócio “locação”. O fato de enfrentarmos, já neste período, um complicado cenário econômico, nos motiva a trabalhar ainda mais em prol do setor. Nesta edição da revista Locação, estão evidenciadas algumas das nossas preocupações a respeito do atual cenário econômico. Mas também registramos nosso otimis-mo com relação ao futuro. Com dedicação e perse-verança, iremos trilhar mais uma vez o caminho do crescimento em 2009.

José Adriano Donzelli é presidente do Conselho Nacional da ABLA.

editorial

Durante todo o ano de 2008, a ABLA seguiu seus objetivos de modernizar a gestão e tornar mais ágil e transparente o relacionamento da entidade com os mais diversos públicos, sempre com o objetivo de fortalecer o setor de locação de automóveis no Brasil. Em meio a isso, porém, o mundo começou a sentir os efeitos da crise financeira norte-americana, que logo se alastrou para toda a economia global.

Mudou o cenário econômico? Com certeza. Portanto, para 2009, ao trabalho de diagnóstico de necessidades e planejamento de ações terá de ser acrescido o gerenciamento de uma série de infor-mações e demandas provocadas pela nova situação econômica.

Como todos os setores da economia, as loca-doras enfrentam hoje problemas conjunturais que exigem uma atuação ainda mais efetiva da ABLA, no sentido de lutar por caminhos que permitam ao setor retomar a trilha do crescimento. Estamos tra-balhando interna e externamente para estar à altura desse desafio. O resultado é uma agenda repleta de compromissos e a execução diária de medidas in-ternas que buscam adaptar a ABLA à nova realidade. Não há um único dia em que a associação não saia a campo para estimular avanços para os associados, diálogo entre parceiros e soluções a curto e médio prazo para as locadoras.

Um dos efeitos dessa movimentação é o fato de que a ABLA já está fazendo parte de diversos gru-pos de trabalho importantes, nos âmbitos públicos e privados, tais como os das montadoras, do Confaz (que reúne as secretarias de fazenda dos Estados), entidades de fomento turístico e distribuidoras de

Arregaçar as mangas

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� ABLA em ação

União latino-americanaA ABLA participou da FIT (Feira Internacional de Turismo), de 1º a 4 de novem-

bro, em Buenos Aires, com vistas ao incremento da atividade da locação. Durante o evento, os representantes da associação promoveram reuniões e fizeram contatos importantes, entre eles o encontro com o ministro do Turismo, Luiz Barretto, com a presidente da Embratur, Jeanine Pires, e com a direção da ABAV. Na pauta, a partici-pação do setor de locação no turismo brasileiro.

Além disso, a ABLA empreendeu esforços para se aproximar de entidades con-gêneres da Argentina, a fim de trocar idéias que possam evoluir para uma associa-ção latino-americana de locadoras, o que viria a fortalecer ainda mais o mercado de locação no continente. O contato com os argentinos serviu ainda para a ABLA estabelecer parcerias e começar a montar um painel internacional para o próximo IX Fórum e Salão Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis, a ser realizado em agosto de 2009.

FIT reuniu lideranças do turismo

Presença na ABAV 2008

Encerramento do evento no estande

da ABLA: escolha do vencedor do

Concurso Cultural aconteceu em

meio aos diversos contatos com os

agentes de viagem

A ABLA esteve no Salão da ABAV – Feira das Américas, com o objetivo de sensibilizar os agentes de viagens para as vantagens comerciais represen-tadas pela locação de automóveis na atividade tu-rística.

O Portal da ABLA (www.abla.com.br) passou por uma reformulação e agora está mais dinâmico, tra-zendo notícias atualizadas e ferramentas de consulta que permitem ao turista e ao usuário em geral pes-quisar e identificar os contatos das cerca de 2 mil locadoras associadas ABLA.

A página mantém o foco na prestação de serviços e continua disponibilizando, nessa nova versão, dados sobre o mercado de locação e características do setor. As facilidades da terceirização de frotas estão detalhadas e à disposição das empresas interessadas em contratar ou conhecer melhor o serviço.

Novo Portal ABLA

A avaliação dos diversos representantes da ABLA que estiveram no evento é positiva. Segundo eles, a ABAV representa hoje uma chance de estar ao lado dos agentes e demonstrar que a locação de automóveis vem se tornando um produto cada vez mais assimilado também pelo turista brasileiro. A atividade merece figurar entre os produtos de pra-teleira das agências, gerando dessa forma mais ne-gócios para locadoras e parceiros do trade.

Além dos contatos que visaram destacar a oportunidade de se oferecer a locação no pacote de serviços das agências, a associação promoveu mais uma vez seu Concurso Cultural, em parceria com a General Motors, premiando um agente “abaviano” com um carro zero quilômetro, oferecido pela mon-tadora.

O Concurso Cultural ABLA foi, mais uma vez, o destaque do encerramento da feira. A vencedora este ano foi Maria do Carmo Rosal, da agência MC Rosal, em Caruaru (PE).

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04 ABLA em AçãoEntidade estreita relacionamento com congêneres argentinas

índice

ExpedienteConselho Gestor

José Adriano Donzelli; Alberto de Camargo Vidigal; Alberto Faria; Erozalto do Nascimento; Nildo Pedrosa; Paulo Gaba

Júnior; Paulo Roberto do Val Nemer

Conselho Gestor (suplentes)Carlos César Rigolino; Cássio Lemmertz; Eduardo Vanucci;

João Regueira; Luiz Mendonça; Paulo Bonilha (in memoriam); Valmor Emilio Weiss

Conselho FiscalCarlos Teixeira; João Carlos de Abreu Silveira; Raimundo

Nonato de Castro Teixeira; Saulo Tomaz Fróes

Conselho Fiscal (suplentes)Eládio Paniágua; Luiz Carlos Lang; Mauro Roberto Alves

Ribeiro; Nelson Reis

Diretor-SuperintendenteWeber de Oliveira Mesquita

Redação e EdiçãoRAF Comunicação ([email protected])

Jornalista ResponsávelOlivo Pucci (MTb 22.949)

Produção GráficaMatiz Design ([email protected])

FotosDivulgação ABLA, exceto quando indicado

Gráfica DuografTiragem

12 mil exemplares

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.Locação é uma publicação da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), distribuída gratuitamente a Empresas Locadoras de Automóveis, Clientes das Locadoras de Automóveis, Montadoras , Revendedores Autorizadas das diversas marcas, Importadoras de Veículos, Líderes Empresariais, Empresas e Entidades da cadeia produtiva do Turismo Nacional, do Mercado Financeiro e Jornalistas especializados.As opiniões expressas em artigos assinados não representam, necessariamente, a posição da ABLA.

Foto da Capa:ViaOeste / Digna Imagem

Endereço Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar

CEP 04011-904 – São Paulo/SPTelefone: (11) 5087-4100 – Fax (11) 5082-1392

[email protected] – www.abla.com.brBrasília

SAS Quadra 01 Conjunto J, 6º Andar, Sala 602, Edifício CNTCEP 70070-944

Telefone: (61) 3225 6728 – Fax: (61) 3226 2072

08 RegionaisAtividades da ABLA em todo o país

10 CapaComo se comportará o mercado em 2009?

15 TerceirizaçãoEmpresas podem solicitar apresentaçãosobre o assunto

16 ManutençãoPirelli lança novo produto para frotas

18 TecnologiaNovidades tornam GPS multifuncional

20 FrotaOs lançamentos que mais chamaram a atenção no Salão do Automóvel

22 OpiniãoRessarcimento do Estado paraveículos roubados

14 Locação DiáriaRoteiros para viagens em terras baianas

19 MontadorasFiat mantém projetos de expansão em 2009

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� regionais

O Sindloc/PR comemorou com um jantar seus 18 anos de fundação. O evento, realizado com o apoio da Fiat, teve a presença de 200 pessoas, in-cluindo autoridades do poder Legislativo e ligadas ao setor de transportes.

Na oportunidade, o presidente do sindica-

Bahia

Mato Grosso do SulMarco Antonio de Almeida LemosA diretoria regional da ABLA no Estado se reuniu com autoridades municipais

de Campo Grande para discutir os projetos apresentados durante o COMTUR, como o Mapa de Campo Grande e a sinalização turística. Esteve ainda na ABAV, no Rio, para acompanhar os trabalhos da feira e o lançamento do Trem do Pantanal.

Simone Pino e Marconi DutraA regional da Bahia representou a ABLA no lançamento do projeto Disque Turismo

Bahia, ao lado de representantes de todo o trade turístico, informa a diretora Simone Pino (foto). A ABLA local também participou do Seminário ABAV-Bahia, que discutiu as-pectos relativos à Lei Geral do Turismo. Ainda na Bahia, o diretor Marconi Dutra foi eleito secretário do Conselho Curador do Bahia Convention Bureau, que reúne os principais segmentos de negócios da cidade.

Pernambuco

Antonio PimentelA diretoria regional da ABLA em Pernambuco participou do “Seminário do Turis-

mo Sustentável e Infância”. O objetivo foi discutir a prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.

RoraimaCélio Fonseca

A diretoria regional da ABLA em Roraima se reuniu com a ABAV e outras entidades do setor para discutir estratégias referentes às dificuldades de vôo para o Estado e a elevação nos preços da passagem. A associação também participou do Fórum Estadual de Turismo. Junto com a ABAV, a Camatur e o Fecomércio, a ABLA teve atuação desta-cada na discussão.

Alagoas Lusirlei AlbertiniA diretoria regional da ABLA em Alagoas se reuniu com o Secretário Municipal de

Turismo, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito e Secretário Municipal de Conví-vio Urbano para discutir a questão das locadoras clandestinas. Uma alternativa analisa-da foi como transformar essas clandestinas em empresas formais, contribuindo para o fortalecimento da atividade no Estado.

Paraná

Valmor WeissA regional Paraná representou a ABLA em diversos eventos e reuniões de impor-

tância para o trade turístico, com destaque para a participação no aniversário de 18 anos do Sindloc paranaense (veja abaixo).

Sindloc/PR completa 18 anosto paranaense, Carlos Cesar Rigolino Jr., destacou o crescimento da parceria entre o Sindloc/PR e a ABLA ao longo deste ano. “Temos hoje uma soma-tória de esforços muito importante para a busca de soluções para os problemas comuns à nossa cate-goria”, disse Rigolino, em seu discurso de abertura.

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A economia mundial foi sacudida em setembro por uma crise de grandes dimensões, cujo epicentro foram os Estados Unidos, onde o crédito secou dras-ticamente, primeiro no mercado imobiliário, e de-pois em outros setores da economia. De lá, a crise se espalhou para outros países, atingindo o Brasil, que ainda avalia o impacto como um todo, mas já sofre com efeitos imediatos, tais como a alta do dólar e a restrição a novos financiamentos.

Diante desse cenário, a revista Locação convidou alguns diretores regionais da ABLA a opinarem sobre o que esperar de 2009. A impressão obtida nas con-versas é que o empresário de locação está cauteloso, mas ainda confiante na manutenção de um bom de-sempenho para a atividade no ano que vem.

Assim que o dólar disparou, alguns analistas já apontavam para a valorização do turismo interno em detrimento das viagens internacionais, o que, em uma primeira análise, é positivo para o setor de locação. Em estados do Nordeste, que surgem como alternativa natural para o turista que cancela sua viagem ao Exterior, a notícia foi bem-vinda, princi-palmente às vésperas da alta temporada.

No Ceará, o diretor regional da ABLA, Alexsan-der Rangel, acredita que a ocupação média da frota dedicada ao turismo no estado atinja 90% durante a alta temporada. Em 2007, essa ocupação girou em torno de 80%. “A crise, momentaneamente, significa mais benefício do que prejuízo para o setor, uma vez que o Nordeste volta a ser um destino competitivo

Momento de cautelaDiretores regionais da ABLA analisam os efeitos da crise financeira e projetam oportunidades e ameaças para 2009

Alexsander: é cedo para avaliar a extensão da crise

Eduardo: locadoras já sentem reflexos

para o turista das regiões Sul e Sudeste”, pondera Rangel. Porém, ele alerta que os reflexos sobre o fa-turamento só poderão ser avaliados após o térmi-no da temporada, uma vez que o setor é altamente competitivo e mantém tarifas praticamente sem re-ajuste desde o Plano Real.

Como a maioria, o diretor regional da ABLA no Espírito Santo, Eduardo Corrêa da Silva, aguarda boas notícias e se mantém otimista. “Há oportuni-dades no turismo interno de lazer, uma vez que o aumento do dólar inibe as viagens a países estran-geiros”, concorda ele. Mas, na sua opinião, a restrição ao crédito traz reflexos que já estão sendo notados pelas locadoras. “As empresas não podem perder a capacidade de novos investimentos e de renovação da frota”, completa.

O diretor da ABLA/ES lembra que o turismo de negócios está intimamente ligado à manuten-ção dos investimentos de grandes empresas. “Em regiões onde há investimentos a médio e longo prazo, este mercado permanecerá aquecido, mas a tendência neste momento é de queda”, analisa.

Sobre a terceirização de frotas, Eduardo identifi-ca duas vertentes. A primeira é a de que as empresas de forma geral voltarão a focalizar com mais ênfase suas atividades-fim, o que pode levar a mais terceiri-zações. Mas, a redução em cadeia dos investimentos também paira aqui, lembra ele, o que poderá afetar a constante evolução do mercado de terceirização verificada nos últimos anos.

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O que poderá acontecer com o setor*

Restrição ao crédito preocupa

Eládio: entraves ao investimento

Para Emílio, a preocupação com a rentabilidade será cada vez maior

Obter novos financiamentos para garantir a ex-pansão do negócio e a renovação da frota tornou-se uma preocupação de muitas locadoras nos últimos meses. O diretor regional ABLA São Paulo – Capital e Grande SP, Eládio Paniágua Jr., alerta para o encare-cimento dos juros que vem sendo registrado desde o agravamento da crise financeira. “A permanecer assim, teremos dificuldades. Faltará financiamento e os juros altos impedirão investimentos em renova-ção da frota”, avalia o diretor.

Segundo Eládio, o mercado já está se adaptan-do às condições impostas pela nova situação. “Nosso setor está sujeito a diversos fatores que influenciam o preço da locação, tais como itens de manutenção, capital para renovação da frota e a própria inadim-plência. Portanto, neste momento, cada contrato a ser renovado merece atenção.”

Crescimento em 2009 – Quanto o setor de lo-cação crescerá em 2009? Para a maioria dos diretores da ABLA ouvidos a respeito, é prematuro pensar em um percentual de crescimento para o próximo ano. Após uma expansão que atingiu os dois dígitos em 2007 (10,09% de crescimento), os mais otimistas ar-riscam um salto menor para 2009, em torno de 8%.

Outros, ainda mais cautelosos, apostam em um período de estabilização. “O segmento terá que se reestruturar e tornar seu negócio cada vez mais rentável em 2009”, aconselha o diretor da ABLA no

Pará e Amapá, José Emí-lio Houat. Em São Paulo, Eládio Paniágua tam-bém defende um cresci-mento mais sustentável. “É hora de repensarmos e ajustarmos nossas estratégias para 2009”, completa ele.

Turismo de lazer – perspectiva positiva. As instabilidades cambi-ais e o aumento na cotação do dólar inibem viagens para destinos no Exterior. A desvalorização do Real também favorece o Brasil como des-tino para os turistas estrangeiros.

Turismo de negócios – dependerá da evolução do PIB. Caso o Bra-sil consiga manter uma expansão acima dos 4%, as perspectivas con-tinuarão animadoras.

Terceirização de Frotas – perspectiva positiva. A elevação das ta-xas de juros, a redução do nível de atividade econômica e um pequeno aumento do patamar de inflação fazem com que as empresas busquem na locação de frotas uma redução dos seus custos operacionais e uma gestão mais focada no seu próprio segmento de mercado. Mas o au-mento dos custos financeiros e a dificuldade de se obter linhas de crédi-to se opõem à tendência de crescimento.*Análise do professor Renaldo Gonsalves, da PUC/SP

“Há muita especulação sobre o rumo dessa crise mundial, portanto, o momento exige cautela”, acrescenta Eduardo Corrêa, do Espírito Santo. “Mas o setor já enfrentou outras situações como esta e continuou firme e forte no rumo do crescimento. Com responsabilidade, soubemos lidar com a crise”, lembra ele, dando um alerta a todos os empresários do setor.

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locação diária

“Tanta coisa bonita que tem / Na Bahia, que é meu lugar / Tem meu chão, tem meu céu, tem meu mar”. Assim canta Gilberto Gil na canção “Eu Vim da Bahia”, lembrando de modo poético que seu Estado natal é cheio de atrações. De carro alugado então, fica ainda mais fácil para turistas de todos os perfis e gostos aproveitarem os inúmeros roteiros possí-veis que as belezas naturais, históricas e culturais da Bahia oferecem.

Segundo o Diretor Regional da ABLA/BA, Mar-coni Dutra, os modelos de passeio 1.0 com ar con-dicionado são os mais requisitados pelos turistas para visitar com mais liberdade e conforto as praias – e também o interior baiano. “O setor tem ótimas perspectivas de crescimento e consolidação como importante facilitador na interiorização do turismo no Estado”, conta Marconi, que espera um aumento de 10% na demanda para os próximos dois anos.

Um dos destinos mais visitados por esses turis-tas é a Praia do Forte, a 50 km de Salvador, no marco zero da estrada Linha Verde. A “Polinésia brasileira”, como se tornou conhecida, tem mais de 12 km de praias, cercadas por dunas e piscinas naturais que podem ser visitadas por aqueles que adoram pas-seios ecológicos.

Costa de Sauípe, Imbassaí e Itacimirim, no lito-ral norte da Bahia, são outras praias bastante pro-curadas por sua infra-estrutura de lazer e esportes,

Bahia de Todos os Roteiros

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como surfe e sandboard. Além dos complexos ho-teleiros de nível internacional, o turista pode relaxar na Vila Nova da Praia, onde praias calmas e um típico vilarejo em estilo colonial criam o clima romântico para os casais.

No interior da Bahia, aventura e história se encontram em cidades como Lençóis, na Chapada Diamantina, reduto do ecoturismo. Serras e morros proporcionam vistas panorâmicas de toda a região, e cachoeiras, grutas e cânions, cercados pela Mata Atlântica. A cidade foi tombada pelo Patrimônio Cul-tural da Humanidade por conservar viva a memória da exploração de ouro e diamantes no período colo-nial, preservando as ricas construções da época.

De acordo com o diretor regional da ABLA, outro setor que se mostra aquecido é o de turismo de negócios em Salvador. Além das festas carnava-lescas em fevereiro, a capital baiana tem reunido milhares de pessoas em eventos profissionais e é hoje a terceira cidade no Brasil que mais realiza con-gressos internacionais. “O Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Turismo e da Bahiatursa, já sinaliza melhorias nas condições das estradas e aeroportos, além de investir na qualificação do pessoal ligado ao turismo”, acrescenta Marconi Dutra, sobre as ini-ciativas que visam atrair ainda mais os turistas nos próximos anos.

A Chapada Diamantina tem história e belezas naturais tombadas pelo Patrimônio Cultural da Humanidade

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1�terceirização

A ABLA criou e encaminhou para cada uma de suas Regionais em todo o País um material apropriado para a apresentação das van-tagens oferecidas pelo serviço de terceirização de frotas. Com isso, as Regionais ABLA estarão aptas a atender qualquer solicitação setorial de interessados em conhecer os ganhos proporcionados pela ado-ção da terceirização.

Para falar com a Regional ABLA em seu estado, consulte a ABLA Nacional pelo email [email protected].

Frota 100% disponível

Uma das vantagens mais evidentes da terceiri-zação de frotas é o fato de que o contratante do ser-viço permanece tranqüilo quanto à disponibilidade dos veículos alugados. Sua frota em uso estará sem-pre completa, 100% disponível para rodar a qual-quer momento. Isso porque as locadoras trabalham com diversas precauções e medidas que asseguram essa totalidade:• substituição imediata de veículos em casos de

sinistro ou defeitos• carro reserva• recuperação automática de veículos acidenta-

dos• revisão constante• renovação periódica da frota.

Essa característica fez com que muitos órgãos públicos passassem a preferir a terceirização, princi-palmente entre corporações policiais que precisam ter o maior número possível de viaturas à disposição para garantir a segurança pública.

Em Alagoas, por exemplo, o governo já anun-ciou que a Polícia local poderá vir a ampliar a tercei-rização de sua frota em 2009, como forma de aumen-tar a disponibilidade de suas viaturas, a exemplo do que já fazem Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e a cidade de São Paulo.

As mesmas vantagens são válidas para o setor privado, que, com a terceirização, não precisa mais se preocupar com custos de renovação e adminis-tração da frota, liberando dessa forma recursos hu-manos e materiais para sua atividade- fim.

Serviço ABLARegionais podem fazer apresentação sobre a terceirização

Workshop da ABLA sobre terceirização de frotas durante o V Congresso Infra, em São Paulo: oportunidade para a iniciativa privada conhecer o serviço, agora em todo o País

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16 manutenção

Manutenção constante garante uma longe-vidade maior aos pneus. Alguns passos devem ser seguidos para que a segurança não seja afe-tada e o veículo não consuma mais combustível que o normal.

Calibrar os pneus a cada quinze dias é um dos pontos que merece maior atenção. Além disso, fazer rodízio a cada 10 mil quilômetros rodados, calibrando, alinhando e verificando em seguida a cambagem, pode aumentar bastante a vida útil dos pneus.

Em casos de automóveis com tração diantei-ra, o melhor a ser feito é colocar pneus novos na parte de trás, já que ela precisa de uma aderência maior, por não contar com a força motriz.

Novo serviço on line para pneus

Pirelli lança sistema inédito de orçamentos pré-aprovados

Lojas da rede oficial de revendedores Pirelli: orçamentos pré-aprovados com o novo sistema

A Pirelli está lançando um produto sob medi-da para locadoras de automóveis e empresas que necessitam de manutenção constante de pneus. O B2Fleet é um sistema informatizado pelo qual os usuários têm acesso, gratuitamente, a um serviço on line de orçamentos pré-aprovados para consertos ou trocas de pneus em todo o Brasil.

De acordo com Leonardo Soares Lana, da área de marketing da Pirelli Pneus, o B2Fleet vai integrar 600 revendedores Pirelli cadastrados. “As redes de locadoras passarão a contar com um serviço centra-lizado e muito mais ágil, com preços previamente acordados e pagamento unificado em um só bole-to, com todos os custos”, explica Leonardo. Segundo ele, a ferramenta reduz o tempo de aprovação de orçamentos de dois dias para, no máximo, uma ou duas horas. “A agilidade na execução dos serviços é uma das principais vantagens”, completa o diretor de marketing da Pirelli para a América Latina, Marco Provera.

Conforme o conceito do B2Fleet, se houver uma troca de pneu de um veículo alugado que esteja dis-tante de sua cidade de origem, a oficina que realizar o serviço poderá faturá-lo diretamente para a cen-tral da rede locadora. “Se, por exemplo, um carro der problema em Feira de Santana, interior da Bahia, a

Vida longa

fatura poderá ser feita direto para a filial Salvador ou mesmo para a sede da rede”, detalha Leonardo. Todo o procedimento é feito pela internet, com acesso ex-clusivo do cliente à sua própria plataforma de aten-dimento, garantido pelo uso de senha.

Segundo a Pirelli, cerca de 20 locadoras de veículos já utilizam a ferramenta, totalizando apro-ximadamente 75 mil automóveis abrangidos pelo sistema. Mais informações pelo telefone 0800 728 7638.

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1� tecnologia

Traçar rotas e localizar pontos de interesse deixaram de ser os únicos serviços disponíveis nos navegadores GPS. Novas tecnologias, como a Traffic Message Channel (TMC), que utiliza freqüência de rádio FM para envio de da-dos aos veículos que possuem o aparelho instalado, já possibilitam aos moto-ristas aproveitarem serviços extras, como informações de trânsito em tempo real, previsão do tempo e dispositivos que dificultam ações de roubo e furto.

“No Brasil, já existem modelos de navegadores que recebem informa-ções de vias congestionadas e sugerem rotas alternativas. Também há com-panhias que investem em tecnologia para ampliar o acesso a esses serviços”, afirma Alexandre Derani, diretor da Digibase, empresa provedora de dados geoespaciais.

Segundo ele, o único fator que ainda limita o pleno funcionamento des-sas ferramentas é a dificuldade de identificar congestionamentos e outros eventos de trânsito em tempo real, já que estas informações dependem de centrais de monitoramento do tráfego e outras fontes de dados.

Élcio Fernandes Vicentin, diretor executivo da Car System, explica que as informações entre veículos e centrais responsáveis pelo funcionamento do sistema GPS também podem ser transmitidas por outros meios, como GPRS (canal de dados do sistema de telefonia móvel GSM, que é bidirecional), RF (rádio-freqüência, a mesma utilizada pelos sistemas de transmissão de men-sagens via pager), SMS (canal da telefonia móvel utilizado para envio de men-sagens) e ERBs (sistema de triangulação feito por meio de antenas localizadas na região onde o veículo se encontra).

A chegada de novas tecnologias deve ampliar a gama de serviços dispo-nibilizada nos navegadores. “Um exemplo típico é o 3G, que permitirá que tra-feguemos também com imagens em boa definição”, comenta o diretor da Car System, que monitora, via GPS, mais de 1,4 milhão de automóveis em todo o Brasil.

De acordo com Élcio, empresas que trabalham com frotas, como as loca-doras de automóveis, também podem se beneficiar de outros serviços asso-ciados à tecnologia GPS. Entre eles, o posicionamento simultâneo de vários veículos, “cercas eletrônicas” que definem a área máxima de abrangência para carros locados, processadores de informação que verificam as condições ge-rais do veículo, como modo de utilização, condução e manutenção preventi-va, além de gerenciamento de pneus, acessórios e velocidade.

“O principal retorno que as locadoras podem ter com o uso dessas tec-nologias é a maior satisfação de seus clientes”, comenta Alexandre Derani, da Digibase. “Os valores de redução de custos operacionais ajudam esta análise de retorno”, conclui Élcio Vicentin.

GPS multifuncional

Novas tecnologias agregam mais serviços ao aparelho

Modelos de GPS oferecidos pela Proda: novidades à vista

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19montadoras

Com 28,2% de market share entre as locadoras de automóveis, a Fiat tem fortalecido cada vez mais sua parceria com o setor de locação. Nesta entrevis-ta, o diretor de Vendas Diretas e Veículos Comerciais Leves da montadora, Francelino Schilling, fala sobre as perspectivas da empresa para 2009:

Revista Locação: Como tem sido o relaciona-mento da Fiat com as locadoras de automóveis neste ano?

Francelino Schilling: O relacionamento da Fiat sempre foi de muito respeito e transparência neste importante segmento de mercado. No momento de grande demanda, quando as montadoras ainda ajustavam suas produções, a Fiat deu atenção espe-cial às programações de entregas de seus clientes, de forma que os mesmos tivessem tranqüilidade no atendimento de seus contratos.

Locação: Quais as facilidades hoje oferecidas para as locadoras nas aquisições com a Fiat? O que tem sido implantado, ou o que será implantado para os próximos anos?

Francelino: A Fiat possui equipe dedicada em todo território nacional, além de toda a rede de con-cessionárias, de forma a atender a todas as neces-sidades de cada cliente, seja em prazo, distribuição e parcerias. Mas sabemos que ainda temos muito a melhorar e a oferecer. Teremos ainda muitas surpre-sas para 2009.

Locação: Qual o balanço geral que a Fiat faz do mercado até aqui, em 2008, no que se refere às vendas para as locadoras?

Francelino: O mercado em 2008 vem seguin-do ainda de uma forma muito positiva, apesar das turbulências ocorridas no mercado financeiro, que causaram aumento de taxas e restrições ao crédito. Entendemos que esta situação é momentânea, mas que, obviamente, merece cuidados para que possa ser transposta sem maiores danos. Como já dito ante-riormente, este segmento é de extrema importância para a Fiat e tudo está sendo feito para colaborar com estas empresas a passarem por esta turbulência.

Mercado segue em alta para a FiatEmpresa acredita na manutenção do crescimento em 2009. Leia a entrevista com Francelino Schilling, diretor de Vendas Diretas e Veículos Comerciais Leves da montadora

“Teremos muitas

surpresas para 2009”

Locação: Em 2007 a Fiat alcançou um market share de 28,7% entre as locadoras. Será viável manter esse patamar ao final de 2008?

Francelino: A Fiat vem garantindo sua partici-pação neste segmento, apesar do aumento da con-corrência em função da entrada de empresas que antes não atuavam de forma tão ativa.

Locação: Qual a avaliação que a Fiat faz a res-peito da atual turbulência?

Francelino: A Fiat acredita que a atual tur-bulência será passageira, e que o Brasil resistirá à situação financeira global, sem grandes impactos no mercado interno. Temos muitos motivos para acreditar que o mercado automobilístico continua-rá forte e em crescimento, com a demanda interna robusta e a manutenção dos índices de emprego e renda em alta.

Locação: O que podemos esperar em lançamen-tos da Fiat para 2009?

Francelino: Todo ano a Fiat apresenta ao mer-cado várias novidades. 2009 não vai ser diferente. Mas temos que aguardar.

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frota

LançamentosOs lançamentos que chamaram a atenção do público durante o Salão do Automóvel, que reuniu 170 expositores, em São Paulo

Punto 2009O novo Fiat Punto traz mais autonomia, devido ao

tanque de combustível com capacidade para 60 litros. Uma versão superequipada, o Punto T-Jet, virá com o motor que já equipa o Linea, o de 1.4 16 válvulas tur-bo, com 152 cv. O Fiat 500 (Cinquecento), que chega em 2009 ao Brasil, também foi mostrado no Salão. Séries especiais, como o Stilo Blackmotion e o Idea Oro, com-pletaram as novidades do estande (ambas com lança-mento previsto para o início do próximo ano).

Estrelas da Chevrolet

O utilitário Traverse, derivado do sedã importado Malibu, poderá ser uma das novidades da GM no começo do próximo ano. O modelo pode levar até oito pessoas. O motor é um potente 3.6 V6. O carro-conceito GPiX, desenvolvido no Brasil, foi outro destaque. Trata-se de um “crossover” com características de cupê e jipe, do qual poderá de-rivar uma nova família de veículos GM.

O novo Voyage

A Volkswagen aposta no novo Voyage. O três vo-lumes compacto volta ao mercado após 13 anos, agora com porta-malas de 480 litros. A montadora também resgatou, no Salão, o conversível Eos, que havia sido apresentado em 2006 e deverá ser vendido ainda a par-tir deste ano. Outras novidades, em diferentes catego-rias, foram o utilitário Tiguan e o cupê Passat CC, ambos importados.

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frota

Famílias C5 e C4 Entre as novidades apresentadas pela Citroën estava o novo C5, que chega ao Brasil no primeiro semestre de 2009, nas versões sedã e tourer (foto). A montadora francesa também lançou o C4 Hatch, modelo do segmento médio, que será produzido no Mercosul; e o C4 Picasso 5 lugares, mais compacto e com estilo sedutor.

do Salão 2008Fit mais “encorpado”A nova geração do sucesso de vendas da Honda chega nas versões 1.4, com 16 válvulas (101 cv com álcool), e 1.5 (116 cv), com câmbio manual ou automático. O carro ficou mais comprido (7 cm) e largo (2cm), com área envidraçada bem maior que a da versão anterior.

Hilux “invocada”A Toyota trouxe ao Salão carros-conceito que fizeram sucesso em outras feiras e mostrou as novidades no visual da Hilux, já adiantadas em nossa última edição. O novo modelo, agora também equipado com motor 2.7 a gasolina de 158 cv, traz pára-choques encorpados e design moderno.

Mégane ExtremeO Mégane Sedan Extreme da Renault, uma série esportiva especial, deverá chegar aqui no começo do próximo ano. Vem com motor 1.6 16 válvulas flexível ou 2.0 16v a gasolina. A montadora também apresentou, conforme anunciado na última edição, o Sandero Stepway, nova versão do compacto.

O compacto RIo O hatch médio Rio, da Kia, deverá desembarcar até o final do ano no

Brasil. O modelo estará em uma faixa de preços entre o Picanto e o novo Cerato, este um outro lançamento apresentado no Salão. Outros modelos também foram reestilizados, como o Kia Sportage, oferecido

ao lado de novidades como o jipe Mohave.

Novo Focus Fabricado na Argentina, o novo Focus possui motor 2.0 16 válvulas (145

cv). No Salão, a montadora apresentou também a versão ST (foto), que ainda não está adaptada para o mercado brasileiro. Outros destaques

do estande foram o “crossover” Edge (500 unidades virão do Canadá para o Brasil) e o Verve, que originou o novo Fiesta europeu.

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22 opinião

O número de roubos de veículos em todo o Bra-sil é alarmante e preocupa o setor de locação e di-versas outras atividades ligadas ao uso do automó-vel. Só no Estado de São Paulo, por exemplo, foram registradas mais de 163 mil ocorrências de roubo e furto de veículos em 2007, segundo números da Se-cretaria de Segurança Pública. Até a metade deste ano, mais de 79 mil casos foram contabilizados.

Ocorre que os prejuízos decorrentes do rou-bo de veículos em vias públicas são assumidos, na maioria das vezes, apenas pelos proprietários dos automóveis, sejam eles Pessoa Física ou Jurídica, como no caso das locadoras. O Estado, que é o res-ponsável pela garantia da segurança pública, esteve de fora dessa responsabilidade até aqui, sem que lhe fosse imputado o ônus do prejuízo causado pela ação de criminosos contra nosso patrimônio.

Mas, nos últimos meses foram suscitadas ques-tões que talvez possam vir a mudar esse panorama, principalmente se a sociedade se fizer ouvir e trazer à baila a necessidade do devido ressarcimento por parte do Estado diante de ocorrências de roubo de automóveis na via pública. A responsabilidade do Estado nos casos de roubos de veículos foi discuti-da, inclusive, no último encontro dos Sindicatos das Locadoras de Automóveis (Sindlocs), realizado no Espírito Santo. Na oportunidade, o assunto foi tema de debate entre os participantes do evento.

Normalmente, o Poder Público alega cinco ra-zões para não assumir esses prejuízos. São elas: • furtos de automóveis são considerados casos

fortuitos, alheios à sua vontade e sem nexo causal.

• o policiamento ostensivo tem caráter mera-mente preventivo.

• a segurança pública não corresponde a ativida-de estatal específica para cada indivíduo.

• a indenização causaria um colapso econômico. • e, finalmente, como quinto motivo, a idéia de

que a responsabilidade do Estado exige a pro-va do dolo ou culpa.Existem, porém, argumentos importantes que

se opõem a essa posição do poder público. Uma de-las afirma que o Estado tem, sim, como prever onde acontecem os roubos, uma vez que as autoridades

Responsabilidade do Estado no roubo de veículos

Sibelle Kato*

possuem relatórios que indicam os locais com alto índice de ocorrências do gênero. O artigo 144 da Constituição Federal equipara a responsabilidade do Estado em garantir segurança pública à mesma que tem um prestador de serviço.

Segundo o Código de Defesa do Consumidor – Art 3º caput, art 6º inciso VI, art 22 –, “os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essen-ciais, contínuos”. Portanto, há garantias legais que estabelecem a responsabilidade do Estado quanto às ocorrências de roubo e furto de veículos. No art 22, parágrafo único, temos: “Nos casos de descum-primento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e reparar os danos causados, na forma prevista neste Código.”

Quanto ao “colapso econômico” que seria pro-vocado pela medida, a teoria cai por terra quando se verifica que já existem unidades da Federação que realizam a devolução proporcional do valor do IPVA dos veículos que foram roubados. É o caso do pró-prio Estado de São Paulo, aqui citado.

Dessa forma, enquanto o Estado não se consi-derar responsável pela segurança que poderia im-pedir o roubo de veículos, cabe à população trans-formar o conhecimento público sobre o assunto em consciência individual. Ou seja, cobrar do Poder Pú-blico, como cidadão, essa responsabilidade, e buscar a jurisprudência que permita preservar os direitos de ressarcimento.

*Sibelle Kato é consultora jurídica da Sibelly Transportes, empresa associada ABLA sediada no Rio de Janeiro (RJ).

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