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Noticias APAVT - Abril 2010 (3)

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Noticias APAVT - Abril 2010 (3)

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Revista de Imprensa06-05-2010

31 - Presstur.com, 19-04-2010, Agências de viagens portuguesas fazem "todos os esforços" para minimizar prejuízos

42 - Publituris.pt, 19-04-2010, Publituris: Nuvem vulcânica: "Associadas estão a envidar todos os esforços"

53 - turisver.com, 19-04-2010, APAVT estima em maisde trinta mil os clientes de agências afectados pelo vulcãoislandês.

64 - Jornal de Notícias, 17-04-2010, Caos nos aeroportos vai ser ainda pior

115 - Jornal de Notícias Online, 17-04-2010, Só nos voos anulados há perdas diárias de 150 milhões

126 - Público, 17-04-2010, Por favor, quanto custa um táxi de Oslo a Bruxelas?

187 - Renascença, 17-04-2010, Espaço aéreo europeu

198 - SIC Notícias, 17-04-2010, Caos nos Aeroportos

209 - Tribuna da Madeira, 17-04-2010, Estudante alerta que os efeitos do temporal ainda não passaram - Entrevista aConceição Estudante

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Presstur.com , 19-04-2010

Agências de viagens portuguesas fazem "todos os esforços" para minimizar prejuízos

Erupção de vulcão na Islândia

Presstur 19-04-2010 (09h01) A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) estima que mais de30 mil clientes estão a ser afectados pelo encerramento dos aeroportos, devido à erupção do vulcão Eyjafjallajökull, naIslândia, mas indica que as agências associadas está "envidar todos os esforços no sentido de minimizar os incómodos eprejuízos que esta situação está a causar junto dos seus clientes".

Em comunicado, a associação indica que as agências estão a oferecer alternativas de viagem, "sempre que possível, seja emdatas ou destinos, ou tentando que os fornecedores, nomeadamente na hotelaria, não cobrem penalizações pelo facto de osclientes com reserva não aparecerem".

"Apesar de esta ser uma situação a cuja origem, imprevisibilidade e anormalidade, somos todos alheios, um caso de forçamaior em relação à qual a lei não nos obriga a reembolsos, salvo se também os recebermos dos nossos fornecedores, nem aopagamento de alojamento ou alimentação ou de qualquer compensação, não posso deixar de sublinhar o esforço que asnossas associadas estão a fazer no sentido de conseguir que os nossos parceiros sejam sensíveis a esta situação e assimminimizar os prejuízos dos nossos clientes", afirma o presidente da Associação dos Agentes de Viagens, João Passos.

O presidente da associação afirma ainda, citado em comunicado, que os prejuízos ainda não foram contabilizados, mas serão"seguramente muito elevados para o sector e para o Turismo de uma forma geral".

A erupção do vulcão Eyjafjallajökull começou na semana passada e a nuvem de cinzas que causou e que se espalhou pelonorte da Europa, já levou ao cancelamento de mais de 60 mil voos, segundo a imprensa internacional.

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Publituris.pt , 19-04-2010

Publituris: Nuvem vulcânica: "Associadas estão a envidar todos os esforços"

A APAVT estima que mais de 30 mil turistas nacionais estão a ser afectados pelo encerramento dos aeroportos, devido ànuvem de fumo do vulcão islandês.

É também por esta razão que a APAVT anuncia que as associadas estão a "envidar todos os esforços no sentido deminimizar os incómodos e prejuízos que esta situação está a causar junto dos seus clientes, oferecendo alternativas deviagem sempre que possível, seja em datas ou destinos, ou tentando que os fornecedores, nomeadamente na hotelaria, nãocobrem penalizações pelo facto de os clientes com reserva não aparecerem".

Em comunicado, João Passos admite que esta é uma situação gravíssima, sem precedentes ou fim à vista que levou à quebrade reservas, que, embora ainda não tenham sido contabilizados os prejuízos "seguramente" serão "muito elevados para osector e para o Turismo de uma forma geral".

No final, a APAVT recorda que, sendo este um caso de força maior, "a lei não nos obriga a reembolsos, salvo se também osrecebermos dos nossos fornecedores, nem ao pagamento de alojamento ou alimentação ou de qualquer compensação",refere, evidenciando assim e mais uma vez, os esforços das agências associadas.

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turisver.com , 19-04-2010

APAVT estima em maisde trinta mil os clientes de agências afectados pelo vulcão islandês.

O presidente da Associação Portuguesa de Agencias de Viagens e Turismo afirma que a nuvem gerada pelo vulcão islandêsé "uma situação gravíssima, sem precedentes e sem fim à vista". Na tarde de sábado a APAVT estimava que o número declientes das agências portuguesas afectados pela situação ascendia a mais de trinta mil.

Em comunicado, João Passos chama a atenção para o facto de a situação estar a afectar as agências não só pelos vooscancelados e pelos clientes impedidos de partir ou regressar ao país, mas também pela quebra de reservas que tem suscitado,"por não se saber quando estará normalizada".

O presidente da APAVT refere que os prejuízos estão por contabilizar, mas serão "seguramente muito elevados para o sectore para o Turismo de uma forma geral", incidindo sobre todo o tipo de agências de viagens independentemente do seusegmento de mercado.

No comunicado informa-se que as agências estão "a envidar todos os esforços no sentido de minimizar os incómodo eprejuízos que esta situação está a causar junto dos seus clientes", oferecendo, sempre que possível, alternativas de destinos edatas. "Apesar de esta ser uma situação a cuja origem, imprevisibilidade e anormalidade, somos todos alheios, um caso deforça maior em relação à qual a lei não nos obriga a reembolsos, salvo se também os recebermos dos nossos fornecedores,nem ao pagamento de alojamento ou alimentação ou de qualquer compensação, não posso deixar de sublinhar o esforço queas nossas associadas estão a fazer no sentido de conseguir que os nossos parceiros sejam sensíveis a esta situação e assimminimizar os prejuízos dos nossos clientes", conclui o presidente da APAVT.

N.A.

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Tiragem: 105942

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 26,58 x 33,27 cm²

Corte: 1 de 5ID: 29761896 17-04-2010

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Tiragem: 105942

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

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Área: 27,18 x 33,27 cm²

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

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Tiragem: 105942

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Área: 20,63 x 20,41 cm²

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Jornal de Notícias Online , 17-04-2010

Só nos voos anulados há perdas diárias de 150 milhões

Prejuízos

Os prejuízos decorrentes do encerramento de vários aeroportos da Europa e do cancelamento de cerca de cinco mil voos,estimativa da Eurocontrol, ainda não estão contabilizados.

No entanto, a estimativa da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) aponta para "um cálculo inicial doimpacto financeiro sobre as companhias aéreas de cerca de 150 milhões de euros em perdas diárias". Estimativa que nãoinclui os custos com desvios de voos, a atenção dada aos passageiros em terra, nem o facto de manter os aviõesestacionados.

Douglas McNeil, analista em transportes, estimou, para a Reuters, perdas para a British Airways e para a Lufthansa naordem dos 11,4 milhões de euros por dia.

Valores já verificáveis são as quedas em bolsa das acções das companhias aéreas como a British Airways, a Lufthansa, a AirFrance ou a Air Berlim, que desceram ontem entre 1,3 e 2,2%.

Também sem valores ainda quantificáveis estão as empresas que fazem transporte aéreo de mercadorias, que viram as suasviagens canceladas.

Também ainda não é possível quantificar prejuízos para o turismo, referiu uma fonte da Associação Portuguesa dasAgências de Viagens e Turismo. "Neste momento fala-se na impossibilidade de viajar, mas não se sabe por quanto tempo. Acontinuar será preocupante para todo o sector".

Em território português e segundo um comunicado da ANA, ontem foram cancelados nos aeroportos nacionais 263 voos. Amaioria dos destinos e origens destes voos são Europa Central, Europa do Norte e, sobretudo, Reino Unido.

No aeroporto de Lisboa foram cancelados 107 voos (57 partidas e 50 chegadas); no do Porto 53 voos (28 partidas e 26chegadas); no aeroporto de Faro foram cancelados 86 voos (42 partidas e 44 chegadas); em Ponta Delgada dois voos (umapartida e uma chegada); e no aeroporto da Madeira, gerido pela ANAM, foram cancelados 15 voos, (oito partidas e setechegadas).

VIRGÍNIA ALVES

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Tiragem: 49795

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Caos na Europa Nuvem de cinzas vulcânicas reduziu tráfego aéreo a menos de metade

Dormiu-se e desesperou-se nas aerogares e protegeram-se os motores nas pistas

AFP PHOTO/PETER MUHLY

Por favor, quanto custa um táxi de Oslo a Bruxelas?Milhares de passageiros procuraram alternativas aos aviões que não puderam voar, sem que a oferta satisfi zesse a avalanche de procura

Clara Barata

a John Cleese, o ex-Monty Python especialista nas “maneiras tolas de andar”, deu ontem o mote, com uma maneira muito tola — ou muito esperta, de fazer inveja aos milhares de pessoas que se amontoaram nos aeroportos europeus, por causa da nuvem de vapor e cinza emitida pelo vulcão Eyja� allajokull, na Islândia.

Já que o seu avião fi cou preso em Oslo, ele pegou num táxi e pôs-se a caminho, por estrada, rumo a Bru-xelas. A corrida fi ca-lhe por 30 mil coroas (cerca de 3700 euros). “Vai ser interessante. Não estou com pressa”, disse o actor à AFP.

Os principais aeroportos europeus — Londres, Paris, Frankfurt e Ames-terdão — estiveram ontem fechados

ao tráfego aéreo, e Madrid foi afec-tado indirectamente, o que fez com apenas 12 mil voos se realizassem na Europa, em vez de 28 mil previs-tos. O movimento transatlântico foi afectado, pois é para estes aeroportos que os aviões se dirigem, e o mesmo aconteceu com as viagens de e para a Ásia. Foi a maior perturbação do tráfego aéreo na Europa desde o 11 de Setembro de 2001.

Por isso, não se desconte o caso de Cleese como uma mera excentricida-de — de Bruxelas planeava apanhar o comboio Eurostar que o levaria para Londres. Os passageiros procuraram desesperadamente alternativas por terra. A empresa de táxis londrina diz ter sido requisitada por clientes que queriam ir para Paris, Milão, Zurique e Salzburgo, relata a Reuters.

Eurostar tomado de assaltoOs comboios europeus foram toma-dos de assalto. O Eurostar, o comboio que liga Londres a várias cidades do continente, atravessando o túnel da Mancha, foi alvo de uma verdadei-ra corrida, que esgotou os bilhetes, apesar da oferta ter sido reforçada (todos os 58 comboios em operação estiveram a funcionar).

Ontem, a sexta-feira negra dos transportes europeus, a Eurostar transportou 46.500 passageiros — dos quais dez mil ganhos só por causa do encerramento dos aeroportos, dis-se um porta-voz da empresa. Hoje e amanhã conta transportar 15 mil pas-sageiros suplementares.

Segundo a organização para a se-gurança da navegação aérea europeia Eurocontrol, o tráfego aéreo continu-ará “consideravelmente perturbado” hoje. E é provável que assim continue durante “vários dias”, avançou a as-sociação de gestão do tráfego aéreo Canso. Ninguém pode prever duran-te quanto tempo o vulcão Eyja� alla-jokull continuará em erupção, mas, mesmo que parasse já, a nuvem de cinzas que já emitiu não se desvane-ceria instantaneamente. E continu-aria a afectar os países por onde os caprichos das correntes atmosféricas os levassem.

As autoridades italianas conside-

A paralisação de tráfego aéreo provocada pelas nuvens de cinzas vulcânicas custa por dia mais de 200 milhões de dólares (147,3 milhões de euros) à indústria de aviação, estimou ontem a Associação Internacional de Transporte Aéreo, que representa 230 grandes companhias aéreas, com um pesto de 93 por cento no tráfego aéreo mundial. Estas contas deixam ainda de fora os custos adicionais das transportadoras com “o reencaminhamento dos aviões, os cuidados com os passageiros retidos e com os aparelhos parados nos vários aeroportos”, acrescenta o mesmo comunicado. Quatro dos cinco maiores aeroportos europeus, que movimentam em média 730 mil passageiros por dia e acolhem quase 6180 aterragens e descolagens, estavam ontem encerrados. I.S.

Prejuízos na aviaçãoEstimativas de perdas diárias ultrapassam 147 milhões de euros

AFPPHOTO/MICHAL CIZEK

AFPPHOTO/TORSTEN SILZ

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

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Corte: 2 de 6ID: 29759476 17-04-2010

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Em milímetros

Círculo Polar Árctico

GRONELÂNDIA

ISLÂNDIA

OCEANOATLÂNTICO

RÚSSIA

ALEMANHA

FRANÇA

ESPANHA

POLÓNIA

FINLÂNDIA

SUÉCIA

NORUEGA

GRÃ-BRETANHA

km 100 200 300 400 500 600 700

O efeito da distância nas partículasde cinzas do vulcão

0,1 0,070,04 - 0,0254,0

As cinzas são compostas por pequenas partículas de pedras, minerais e vidro vulcânico da dimensão de grãos de areia

As partículas são duras e não se dissolvem na água. São muito abrasivas, corrosivas e são condutoras de electricidade quando estão húmidas

O vento e a natureza da erupção determinam o padrão da dispersão das cinzas

Dispersão das partículas de cinzas

6 km

1,66 km Altitude da camada de gelo que cobre o vulcão

(avião não está à escala)

Altitude da coluna de fumo

Os aviões comerciaisvoam a altitudes entreos seis e osnove quilómetros

Espaço aéreoeuropeu fechado

As cinzas são muito abrasivas e riscam facilmente o plástico, o vidro e os metais

Partículasabrasivas corroem aslâminas da turbina

As cinzas obstruemos filtros de ar e os tubosde combustível

Os materiais derretidosarrefecem na turbinae solidificam

As partículas dascinzas derretem na câmara de combustão

Pressão da cabinaO ar comprimido nos motores é usado em todo o avião. Se as cinzas bloquearem os filtros do ar, a pressão da cabina poderá ser afectada

Os vidros do cockpit podem ficar riscadas a ponto de dificultar a visão dos pilotos no momento da aterragem

Fonte: REUTERS; MCT

Ásia-PacíficoTelaviveDubaiNova DeliRiadeTóquioPequimHong KongSeulSingapuraBanguecoqueSidney

África

América do Norte

América do Sul

Nova IorqueWashingtonChicagoBoston Los AngelesHoustonTorontoVancouverCidade do México

São PauloBuenos AiresSantiago do ChileLima

JoanesburgoNairobiLagos Cairo

Pontos de origem ou destino dasprincipais rotas aéreas em todo omundo afectadas pela erupção

Previsão para sábado,17, às 07h00

Extensão da nuvem de cinzasSexta-feira, 16, às 19h00

VULCÃOEYJAFJALLAJOKULL

Zona de exclusão aéreaO vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, continua a expelir cinzas e a causar perturbações gravesao tráfego aéreo em toda a Europa.

Rotas afectadas

Islândia

1000 km

As cinzas vulcânicas são constituídas por pequenas partículas de pedra e de vidro que podem danificar muitas peças dos aviões e desligar os motores. Infiltram-se facilmente nas canalizações, bloqueiam os sistemas de filtragem do ar e contaminam objectos fixos, carpetes e almofadas

Como as cinzas afectam os aviões

Problemas externos

Problemas internos

Descongelamentoda asa

ravam ontem a possibilidade de en-cerrar sábado o aeroporto de Milão. É provável que a nuvem chegue até ao Norte de Itália e aos países que fi cam à mesma latitude, mas poupar os que fi cam mais a sul dessa linha, estimou ontem em Bruxelas Kenneth Thomas, um especialista da Eurocon-trol, citado pela AFP.

“Se as previsões se mantiverem, Roménia, Hungria, Eslovénia e Croá-cia estão na mesma linha que o Norte de Itália, em direcção a leste”, pre-cisou. “Mas parece improvável que todos os aeroportos europeus sejam atingidos. A Côte d’Azur, por exem-plo, não deve ser afectada”, disse.

A nuvem do vulcão islandês não é especialmente problemática por si — criou todo este caos porque a Europa do Norte é a zona “mais densa e mais complexa” do mundo em termos de tráfego aéreo”, disse à AFP Stépha-ne Durand, presidente do Sindicato Nacional dos Controladores Aéreos franceses. Os aeroportos de Roissy (França), Londres, Amesterdão e Frankfurt estão entre as principais plataformas aeroportuárias do pla-neta. Londres e os seus três aeropor-tos (Heathrow, Gatwick, Stansted) é 12.º em termos de movimento de aparelhos (466 mil), mas o segundo em número de passageiros (66 mi-lhões), atrás de Atlanta, nos EUA (88 milhões).

Incerteza na PolóniaA natureza implacável da Islândia é bem conhecida: esta ilha gelada fi ca em cima da fronteira da placa tectó-nica euroasiática com a placa norte -americana, onde está sempre a ser criada crosta terrestre. Fenómenos como este não são nada de novo — a erupção das fi ssuras de Laki em 1783 terá até causado um surto de fome no Egipto, e um Verão de chuva áci-da em toda a Europa, por causa de uma nuvem de cinza vulcânica muito mais densa do que esta. Só que foi a primeira a ser vivida desde que a aviação comercial tomou conta dos céus europeus.

O funeral do Presidente polaco Le-ch Kaczynski, marcado para domin-go, em Cracóvia, pode sofrer várias baixas entre os chefes de Estado e outras dignitários estrangeiros que deveriam comparecer, devido às res-trições aéreas.

Ao fi m da tarde, as autoridades encerraram todos os aeroportos. A família do Presidente não deseja adiar mais as cerimónias fúnebres, e nenhum chefe de Estado disse, até à hora de fecho desta edição, que não iria. Mas as suas deslocações podem estar em causa — por exemplo, a do Presidente dos Estados Unidos, Ba-rack Obama.

Quanto ao primeiro-ministro da Noruega, que foi aos EUA para par-ticipar na cimeira nuclear convocada por Barack Obama, também fi cou em terra, em Nova Iorque, impossibilita-do de voltar a Oslo. Mas Jens Stolten-berg, sem poder apanhar um táxi, como John Cleese, pôs uma foto on-line, na sua conta do Flickr, em que o mostra a mexer no seu iPad acaba-dinho de comprar, com o título: “O primeiro-ministro está a trabalhar no aeroporto”.

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 4

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Área: 28,95 x 34,91 cm²

Corte: 3 de 6ID: 29759476 17-04-2010

Caos na Europa Presidente à espera em Praga, aeroportos portugueses afectados

Presidente teve de adiar regresso a Portugal

Cavaco Silva entre a surpresa e o humor

a A nuvem de cinza vulcânica oriun-da da Islândia, que chegou a Praga ao princípio da manhã de ontem e obri-gou ao encerramento do aeroporto da cidade, parece não ter desagrada-do ao Presidente da República, em visita à capital checa desde quarta-feira. “O primeiro plano é ir à Praça Wenceslau. Não, antes ainda terei de saber se há alojamento no hotel”, disse aos jornalistas, notoriamente bem-disposto.

Cavaco Silva e uma comitiva com-posta por cerca de uma centena de pessoas tiveram de passar esta noite em Praga, embora tenha sido avaliada, durante a tarde, a hipóte-se de rumar até Viena, Munique ou Frankfurt para embarcar num avião e regressar a Lisboa. “Ainda tenho a esperança que consigamos sair esta noite [ontem à noite]”, disse o Presi-dente, acrescentando nunca ter ima-ginado que “um vulcão pudesse ter

este efeito sobre a Europa”. A ideia de viajar para a Alemanha ou Áustria foi excluída logo depois, quando foi anunciado o encerramento dos aero-portos destes países.

No programa desta visita de Estado estava previsto que o avião fretado pela Presidência partisse às 19h30 de ontem. Foi precisamente a essa hora (18h30 em Lisboa) que os assessores de imprensa de Cavaco anunciaram

aos jornalistas o resultado do último ponto da situação: o Presidente da República e a sua comitiva fi cariam retidos esta noite em Praga. A pró-xima avaliação, que inclui contactos com a Força Aérea Portuguesa e as autoridades checas, será feita esta manhã, às 8h.

Num tom descontraído e bem-hu-morado, Cavaco disse, num encontro com os jornalistas, que teve de serenar a ansiedade dos 35 empresários que o acompanham nesta visita, e que terão manifestado o seu nervosismo peran-te a hipótese de fi carem retidos em Praga ainda durante a manhã. “Saire-mos daqui cuidando bem da vossa se-gurança e da dos empresários”, disse, dirigindo-se aos jornalistas, não sem antes manifestar a sua surpresa por a Islândia, “que a imprensa económica” considera “falida”, estar a “mostrar a sua força à Europa, condicionando todo o tráfego aéreo”. O PÚBLICO viajou num avião fretado pela Presidência da República

Maria José Oliveira, em Praga

Concertos cancelados. O concerto de The Amsterdam Baroque Orchestra, marcado para amanhã às 19h00 na Gulbenkian, em Lisboa, foi cancelado. Os concertos do guitarrista Bill Orcutt também foram cancelados, assim como das bandas The Horrors e Crystal Castles.

Merkel em Lisboa. A chanceler alemã, Angela Merkel, de regresso da Califórnia, teve de aterrar em Lisboa, onde foi recebida por José Sócrates. Pior sorte teve o ministro da Defesa, Karl-Theodore von Guttenberg, que, regressado do Afeganistão, teve de ficar no Uzbequistão.

A festa da rainha Margarida. Os reis de Espanha tiveram de faltar à festa de aniversário da rainha Margarida da Dinamarca. O rei Juan Carlos e a rainha Sofia tinham previsto ir à festa em Copenhaga, mas não têm meios de chegar à Dinamarca.

Nem comboio nem carro. O presidente do Instituto de Segurança Social de Portugal, Edmundo Martinho, tentou todos os possíveis para conseguir sair de Bruxelas e chegar a Coimbra para um encontro. “Tentámos comboios, mas havia uma greve nos comboios de Sul de França. Tentámos alugar

Que direitos têm os passageiros?

A situação é excepcional. O que é certo é que grande parte dos aviões que ontem deveriam ter descolado dos aeroportos europeus ficou por terra. Culpa de quem? Do vulcão da Islândia. Mas a Comissão Europeia já fez saber que os passageiros devem exigir o cumprimento dos seus direitos. E que as companhias aéreas também não se devem esquecer deles.

O que acontece se um voo for cancelado? Sempre que um voo é cancelado, os passageiros têm direito ao reembolso do valor do bilhete no prazo de uma semana ou então a um novo voo para o destino ou para casa. “Este caso é muito excepcional, mas é importante lembrar aos passageiros e às companhias aéreas que os direitos dos passageiros da União Europeia se aplicam a esta situação”, explicou, num comunicado, o vice-presidente da

Comissão Europeia responsável pelos Transportes, Siim Kallas.

Que despesas estão as companhias obrigadas a pagar?As companhias estão ainda obrigadas a cobrir todas as despesas básicas dos passageiros enquanto aguardam o novo voo. Devem alojá-los em hotéis – no caso de não terem nenhum voo garantido para o próprio dia – e assegurar o transporte entre esses locais e o aeroporto e ainda cobrir as despesas de refeições durante o período de espera.

Há lugar a indemnizações por cancelamento? As indemnizações por cancelamento – entre os 250 e os 600 euros, conforme as distâncias – que habitualmente se somam às outras garantias, não vão, desta vez, ser pagas. Isto porque a responsabilidade por este bloqueio não recai sobre as companhias. Cláudia Sobral

Mais de 260 voos cancelados e o Sud Expresso esgotado

Catarina Gomes e Idálio Revez

Só a TAP cancelou 45 voos, o que afectou nove mil passageiros. Impacto no turismo de lazer foi pouco sentido, afirmam as agências de viagens

a Pior do que a chuva e o céu cinzen-to para o turismo algarvio só mesmo os voos cancelados em consequência das cinzas da erupção vulcânica na Islândia. “Desespero total”, exclama-va, ontem, à entrada do aeroporto de Faro, Sandra Freitas, quando viu que o seu voo para Dublin estava cancelado. Só ontem foram anula-dos 263 voos. A maioria dos desti-nos e origens são na Europa Central e do Norte, sobretudo Reino Unido. Houve quem procurasse alternativas e o comboio Sud Expresso que sai de Lisboa para França estava ontem e hoje esgotado.

A fi lha de Sandra Freitas, que a acompanhava, observou: “Já sabia [que o voo estava cancelado], recebi pela Internet”. A pergunta que tinha para fazer à Ryanair, a companhia on-de adquiriu o bilhete, era a mesma

que inquietava centenas de passa-geiros que estavam na fi la: “Quan-do tenho voo?”. Não havia resposta. Apenas uma vaga informação de que a partir da 1h00 a situação poderia evoluir no sentido positivo.

Nos aeroportos nacionais (Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal) foram ontem cancelados 263 voos, a maioria (135) eram partidas de Portu-gal e outras 128 seriam chegadas. Só a TAP cancelou 45 voos, o que afectou cerca de nove mil passageiros.

O porta-voz da Associação Por-tuguesa de Agências de Viagens e Turismo, Paulo Brehm, refere que o impacto foi pouco sentido na área do turismo de lazer, uma vez que a seguir à Páscoa esta “é uma época baixa”. Os prejuízos, ainda por apu-rar, são mais nas viagens de negócios. O responsável refere que “por se tra-tar de casos de força maior [por ser devido a factores atmosféricos], não há obrigação legal de reembolso”. O que se está a fazer é “adiar voos e criar alternativas”, algo confi rma-do por Rogério Cardoso, director de marketing da Espírito Santo Viagens. Na área dos viajantes em negócios ti-nham ontem cerca de 50 passageiros a tentar regressar, disse.

Já o porta-voz da TAP, António

Monteiro, diz que “o passageiro tem direito a ser reembolsado pelo valor que pagou pelo bilhete, no que res-peita à parte não voada [por exemplo, o regresso]”, ou então pode optar por novos voos disponíveis, tendo a trans-portadora de pagar hotel e refeições diárias. Mas além do valor dos voos as pessoas afectadas não têm direito a ser indemnizadas por danos causa-dos pelo cancelamento ou adiamento

da viagem, uma vez que o problema não foi por culpa da companhia.

Houve quem tivesse tentado alter-nativas ao avião. A porta-voz da CP, Ana Portela, disse que o comboio Sud Expresso, que liga diariamente Lisboa a Paris, estava esgotado, assim como o de hoje, algo que só costuma acon-tecer no Verão, Páscoa e Natal, notou. “Achamos que pode ser consequência do que se passa no espaço aéreo”.

A seguir a Lisboa, o aeroporto de Faro foi o mais afectado. A câmara, “numa tentativa de minimizar os transtornos”, distribui informação a oferecer bilhetes de ingresso de acesso ao Museu Municipal, a quem adquirisse bilhete na companhia de autocarros EVA, com destino à cida-de. Porém, o transporte público mais usado foi o táxi. As habituais fi las de táxis no aeroporto desapareceram. “Fazemos mais dinheiro hoje do que num dia de época alta”, comenta um motorista. O colega, Valentim, apro-xima-se: “Anda-se para trás e para a frente, mas são corridas de cinco a sete euros, até aos hotéis mais próxi-mos”. Mas, se alguns dos passageiros fi caram a aguardar por “boas notí-cias” na cidade, a maioria optou por permanecer nos empreendimentos turísticos.

Sentado num banco, com o compu-tador portátil ao colo, António Matos, acompanhado da mulher e fi lha, pro-cura saber como irá evoluir o tempo: “Marquei um semana de férias em Palma de Maiorca, com tudo inclu-ído, por 900 euros”. “Se isto durar mais tempo, espero ser compensado – não venham com a desculpa que se tratou de um fenómeno natural”. com Inês Sequeira

Passageiros à espera no aeroporto de Faro

VIRGILIO RODRIGUES

Cavaco Silva

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Corte: 4 de 6ID: 29759476 17-04-2010um carro, mas só havia um para amanhã [hoje] de manhã”, contou ao PÚBLICO, por telefone. Hoje deverá fazer uma viagem de 2 mil quilómetros, mas a palestra em Coimbra está perdida. “Queria muito participar nesse encontro porque ia falar sobre o Ano Europeu da Luta contra a Pobreza.”

Alternativas para o funeral. Com o espaço aéreo a poder estar fechado no domingo, alguns líderes vão de carro (como o Presidente checo, Vaklav Klaus) ou de comboio (como o primeiro-ministro estónio, Andrus Ansip) para Cracóvia, para assistir ao funeral do Presidente polaco, Lech Kaczynski.

Fisk já não vem a Matosinhos. O premiado e irreverente jornalista Robert Fisk cancelou a sua presença no Encontro Literatura em Viagem, que hoje começa em Matosinhos.

Economist não chega. A revista britânica The Economist avisou os seus assinantes para dificuldades na distribuição da edição desta sexta-feira. Alguns exemplares da revista, diz a Economist, podem chegar aos seus leitores com alguns dias de atraso.

Sessão plenária do PE em risco

Grandes e poderosos retidos em Bruxelas

a Corrida ao comboios, camionetas ou carros alugados: o caos instalou-se ontem em Bruxelas, após o encerra-mento dos aeroportos nacionais, o que perturbou os planos de comis-sários europeus, deputados ou di-plomatas e o regresso de milhares de famílias no fi nal de duas semanas de férias da Páscoa.

Durão Barroso, presidente da Co-missão Europeia, mantém os planos de se deslocar amanhã a Cracóvia, na Polónia, para o funeral do Presidente Lech Kaczynski. “Mas ainda não sabe como é que vai viajar”, reconheceu a porta-voz da Comissão, Pia Ahrenkil-de-Hansen. O Governo belga mantinha ontem à noite a esperança de poder reabrir o aeroporto de Bruxelas às 10h00 de hoje, mas dependerá da ava-liação que será feita às 6h00. Já Barro-so terá de se deslocar hoje de carro, em vez de avião, a Estrasburgo, em França, para participar nos Estados Gerais da Europa, o que representa uma viagem de ida e volta de mais de mil quilómetros no mesmo dia.

Três deputados europeus do PS – Edite Estrela, Capoulas Santos e Cor-reia de Campos – decidiram igual-

mente ontem fazer-se à estrada para percorrer mais de 2200km para esta-rem presentes nos compromissos que marcaram para este fi m-de-semana em Portugal. Edite Estrela disse à Lusa que os comboios a partir de Bruxe-las estavam ontem esgotados, uma informação confi rmada pelos respon-sáveis belgas. Pelo menos outros qua-tro deputados, Carlos Coelho, Graça Carvalho, José Manuel Fernandes e Nuno Teixeira (PSD), fi caram presos em Bruxelas, mas esperam viajar de avião hoje para Lisboa. Regina Bastos,

a sua parceira de bancada, resignou-se ontem a percorrer de camioneta o percurso de 10 horas entre a Repúbli-ca Checa e Bruxelas, esperando poder chegar hoje a Lisboa.

Se as condições meteorológicas não permitirem a dissipação rápida da nu-vem de cinzas que se abateu sobre o Norte da Europa, é a totalidade da ses-são plenária do Parlamento Europeu

prevista para a próxima semana, em Estrasburgo, que poderá estar em ris-co – uma boa parte dos 736 eurodepu-tados e das largas centenas de funcio-nários e assistentes não poderão fazer a deslocação. Uma outra reunião dos ministros da Agricultura e Pescas na segunda-feira, no Luxemburgo, pode seguir o mesmo caminho.

O polaco Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu, foi forçado a cancelar ontem um encontro com o Papa Bento XVI, no Vaticano, por falta de ligação aérea. E decidiu fazer por estrada os 1300km que separam Bruxelas de Cracóvia para ir ao fune-ral de Kaczynski. Por seu lado, Didier Reynders, ministro belga das Finan-ças, desistiu de se deslocar a Madrid para uma reunião informal dos seus pares da UE que arrancou ontem e ter-mina hoje ao fi m da manhã. O mesmo aconteceu com os seus homólogos da Irlanda, Reino Unido, Suécia, Dina-marca, Polónia e Malta. Mais expedi-to foi Olli Rehn, comissário europeu responsável pela Economia e Finan-ças: decidiu logo na quinta-feira de manhã partir de comboio para Paris e apanhar um avião para Madrid no aeroporto Charles de Gaulle, pouco antes de ser encerrado.

Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas

Out of Africa

a O dia começa às 5h00 (quinta-feira) em Kigoma, na margem leste do lago Tanganica. Visita dos campos de refugiados do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) na Tanzânia. Mpanda, Katumba são nomes de sítios aonde as notícias não chegam. Regresso a Dar-es-Salam à justa para apanhar o voo para Nairobi, onde a KLM nos espera para nos levar até Amesterdão. Pequena escala no Kilimanjaro, com chegada a capital do Quénia à hora prevista. Uma pequena delegação do ACNUR em Nairobi aguarda o alto-comissário, António Guterres, com cara de caso. “Tudo bem”? “Nem por isso.” A notícia chega fi nalmente tão longínqua quanto

inesperada. “Não há voos para Amesterdão. Aliás, não há voos para a Europa. Um vulcão. Uma erupção. Uma nuvem.” As palavras levam algum tempo até fazer sentido. Ninguém sabe nada no soturno aeroporto de Nairobi. A KLM não sabe nem quer saber. Fala-se em dois ou três dias de espera. A melhor estratégia talvez seja voar sempre para norte. A opção é o voo da Egypt Air para o Cairo com possível ligação a Genebra. (“Se Genebra estiver aberta”). Cinco horas depois, os vultos dos aviões imobilizados na pista do Cairo não são animadores. Mas Genebra continua aberta, permitindo vencer a segunda etapa. No placar do aeroporto de Genebra, as letras vermelhas com a palavra cancelado são a regra. As fi las em frente dos balcões das grandes companhias europeias estendem-se indefi nidamente. Mas há voos para o sul: Nice, Lugano, Roma, talvez Lisboa. A tarde vai deslizando ao ritmo dos rumores. Zurique pode fechar a qualquer momento. O voo da TAP não descolou de Lisboa. Afi nal, descolou. Não descolou. Descolou?

Crónica

Teresa de Sousa

Durão Barroso vai viajar hoje de carro até Estrasburgo para participar nos Estados Gerais da Europa.

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Caos na Europa Habitantes da zona atingida já começaram a regressar

Erupção na Islândia ameaça despertar o Katla, um poderoso vulcão adormecido

Helena Geraldes

Especialistas dizem que o aumento da actividade na última década sugere que a Islândia poderá estar a entrar numa fase vulcânica mais activa

a O maior impacto da erupção do Eyja� allajokull, um vulcão escondido sob o quinto maior glaciar da Islân-dia, pode estar para vir. Os peritos em vulcanologia temem que esta erup-ção possa vir a despertar o Katla, um vulcão maior e mais “agressivo”, a alguns quilómetros de distância, que está adormecido desde 1918.

De acordo com os cientistas, as erupções do Katla, situado sob o gla-ciar Myrdalsjoekull, têm ocorrido um ou dois anos depois da entrada em actividade do Eyja� allajokull.

“Esta erupção liberta a pressão do vulcão”, explicou Pall Einarsson, ge-ofísico da Universidade da Islândia, salientando que essa pressão pode vir a notar-se noutro local. E se o Ka-tla entrar em actividade, os impactos serão bem diferentes dos causados pelo Eyja� allajokull. O Katla “é um vulcão que pode causar danos locais mas também globais”, garantiu.

Além disso, os investigadores acre-ditam que a Islândia está a entrar numa fase vulcânica mais activa. “O aumento da actividade nos últimos dez anos sugere que poderemos es-tar a entrar numa fase mais activa, com mais erupções”, disse Thorval-dur Thordarson, da Universidade de Edimburgo, à NewScientist.

Comparado com o Katla, o Eyja-� allajokull é um pequeno vulcão. Pa-ra já, segundo garante o Ministério dos Negócios Estrangeiros islandês, os danos da erupção deste vulcão limitam-se a “estradas, pontes e ou-tras infra-estruturas destruídas pelas inundações”, bem como aos terrenos agrícolas.

Ainda assim, os habitantes da re-gião mais próxima do vulcão foram aconselhados a usarem uma másca-ra quando saírem de casa e a man-ter as janelas fechadas. Há cerca de dois dias que cai uma cinza negra e cinzenta e muito fi na, semelhante a farinha ou a grãos de açúcar.

A leste do vulcão, centenas de hec-tares de terrenos fi caram cobertos por uma espessa camada de poeiras. “As cinzas começaram a cair na mi-nha quinta, mas a direcção do vento mudou e agora estamos bem”, disse o criador de gado Erlundur Bjornsson, que vive a 95 quilómetros do vulcão, citado pelo Guardian. “Há uma cinza que nos entra nos olhos e que cobre tudo. Cheira a enxofre.”

Em algumas localidades a visibili-dade tornou-se reduzida. Por isso, a polícia impôs restrições à circulação em várias estradas. “Não se consegue

ver nada, está tudo escuro”, comen-tou Urour Gunnarsdottir, porta-voz do Ministério dos Negócios Estran-geiros, citada por aquele jornal. As autoridades estão a avaliar a acumu-lação de cinzas nas proximidades do glaciar e a recolher amostras.

O problema das inundaçõesAlém disso, está a ser monitorizado o fl uxo de água na lagoa do glaciar. O calor derreteu um terço do gelo que cobria a cratera do vulcão, causando inundações. Este tem sido o maior problema para as pessoas que vivem perto do vulcão. Na noite de quinta-feira, 800 habitantes das proximi-dades do glaciar foram obrigados a abandonar as suas casas. De acordo com a Protecção Civil, ontem já todos tinham regressado, à excepção dos cerca de 50 moradores de 20 quintas. Mas “se virmos que o nível das águas

está a subir de novo, não hesitaremos em retirar de lá aquelas pessoas ou-tras vez”, garantiu Kjartan Thorkels-son, chefe da polícia local.

Por enquanto não há registo de ví-timas, nem mesmo de animais.

Na Islândia, a perturbação poderá durar meses. “A última vez que este vulcão entrou em erupção a activi-dade durou 14 ou 15 meses [de De-zembro de 1821 a Janeiro de 1823]”, lembrou Thorkelsson.

“Não há qualquer indicação de que a actividade esteja a diminuir”, infor-mou o Instituto islandês de Meteoro-logia. Segundo o Ministério dos Negó-cios Estrangeiros, a força da erupção vulcânica “parece estar estável”.

“A amplitude da erupção oscila, aumenta e depois diminui. No geral deverá manter a mesma dimensão de ontem”, salientou o geofísico Pall Einarsson.

Erupção não terá impacto global

Cinzas do Eyjafjallajokull pouco nocivas para a saúdea Os impactos da erupção na Islân-dia já se fi zeram sentir nos aeroportos europeus. Mas que marca deixará o vulcão Eyja� allajokull na saúde e no ambiente?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que as pessoas que já tinham problemas respiratórios podem ser afectadas. Apesar de ain-da não ter certezas quanto aos ris-cos desta erupção específi ca, Daniel Epstein, da OMS, sublinhou ontem que “qualquer partícula que entre nos pulmões é perigosa”. Por isso, os grupos de risco devem fi car em casa

ou usar máscaras se saírem. “Estamos preocupados. Mas ainda não temos detalhes”, adiantou, lembrando que a nuvem de cinzas ainda se encontra a uma altitude elevada e as partículas ainda não assentaram no solo.

Já o geofísico Edouard Kaminski, do Instituto de Física do Globo, em Paris, citado pela L’Express, consi-dera que esta é uma erupção “im-pressionante mas banal” e que as partículas não são nocivas. A nuvem será constituída por 80 por cento de água, menos de 15 por cento de dióxido de carbono e menos de três

por cento de dióxido de enxofre.O impacto na qualidade do ar, atra-

vés das partículas, deverá acontecer apenas nas zonas próximas do vulcão, diz Francisco Ferreira, da Universida-de Nova de Lisboa. O enxofre pode causar problemas de acidifi cação,

mas o cenário é mais perigoso para os animais, uma vez que as cinzas se podem acumular na água que bebem e na vegetação da qual se alimentam.

Os peritos afastam a possibilidade de que a erupção cause um arrefeci-mento do planeta. “Quando há gran-des erupções, cinzas e poeiras che-gam à estratosfera e formam um véu que refl ecte parte da radiação solar para o espaço”, explicou Filipe Du-arte Santos, especialista em clima na Universidade de Lisboa. Mas “esta é uma erupção relativamente pequena. Não terá um efeito global”. H.G.

Impactos negativos para a saúde e para o ambiente deverão acontecer apenas na zona da erupção

Imagem de radar mostra as três crateras do vulcão submersoOLAFUR EGGERTSSON/ REUTERS

Presa em Estocolmo

a É impossível sair de Estocolmo de avião ou de comboio para qualquer outro país do Sul da Europa. Com o aeroporto fechado e todos os voos cancelados, a única solução era tentar ir de comboio para Copenhaga, na Dinamarca. E daí tentar continuar a viajar até ao local de destino. Mas os bilhetes de comboio de Estocolmo para Copenhaga esgotaram-se ontem na estação central. Não havia bilhetes para partidas ontem, nem há bilhetes para hoje, nem para amanhã.

Ontem, à hora do almoço, em Estocolmo, só se conseguiam arranjar bilhetes de comboio para Copenhaga com partidas na segunda-feira. Agnus é francesa e Inga é britânica. Por sorte conseguiram comprar ontem um bilhete de comboio para Copenhaga, porque houve duas desistências. Tinham avião marcado para Londres e a agência de viagens aconselhou-as a tentarem ir o mais possível para sul. Quando chegarem a Copenhaga, as duas amigas vão tentar ir de comboio para a Alemanha, depois para a Bélgica e daí para Londres. A agitação que se vive na estação central de comboios da capital da Suécia, onde se viam cartazes amarelos a anunciar que o aeroporto estava fechado, contrasta com o que se passa no aeroporto de Arlanda, a 20 minutos de comboio de Estocolmo. Não há táxis. Os passeios estão quase desertos. Quando se passam as portas do Terminal 5, o das partidas internacionais, há um silêncio pouco habitual. “É bizarro”, diz a empregada da livraria Pocket Shop que ontem não vendeu quase nada.

Elizabeth Herreira, do Panamá, que queria ir para Barcelona, e uma família francesa que tenta regressar a Paris, estão aqui para saber quando os voos vão descolar. Por trás dos balcões de check-in não há ninguém a trabalhar. A TAP está a marcar regressos a Lisboa para segunda-feira ao fi nal da tarde, sem certezas. Nos hotéis, todos são informados de que o aeroporto está fechado e que devem contactar as companhias áreas. Mas as linhas estão constantemente impedidas. No hall e bar do Nordic Sea Hotel, mesmo ao lado da estação dos comboios, a agitação era diferente dos outros dias. Apesar do frio, há momentos em que o sol aparece em Estocolmo: há certamente sítios piores para se fi car retido.

Crónica

Isabel Coutinho

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A Europa canceladaDos 27 mil voos previstos no continente, só se realizaram 12 mil a Caos nos aeroportos e nas estações ferroviárias a Sud Expresso entre Lisboa e Paris esgotou a Prejuízos ascendem a 147 milhões de euros por dia a Katka, um poderoso vulcão adormecido, pode despertar. Págs. 2 a 6

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Renascença - Notícias , 17-04-2010

Espaço aéreo europeu

Hora:19:00:00Duração:00:03:15Devido à nuvem vulcânica proveniente da Islândia, há milhares de voos cancelados pela Europa. Os passageiros tentamagora alternativas. O Presidente da República, Cavaco Silva, ficou retido na visita à República Checa. Cavaco Silva fazparte da viagem de regresso a Portugal de carro.

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SIC Notícias - Notícias , 17-04-2010

Caos nos Aeroportos

Hora:8:00:00Duração:00:02:58São raros os seguros que cobrem os prejuízos provocados por cancelamentos de voos devido a condições atmosféricasinvulgares. A legislação europeia defende os direitos dos passageiros, mas neste contexto as indemnizações não serão pagas.Comentários de André Soares, TAP, Vera Jardim, Provedor Cliente Ass. Agências Viagem e Turismo, Rogério Cardoso,Agente de Viagens.

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Tribuna da Madeira Tiragem: 10911

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Regional

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Cores: Preto e Branco

Área: 26,26 x 33,11 cm²

Corte: 2 de 6ID: 29856742 17-04-2010

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Tribuna da Madeira Tiragem: 10911

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Regional

Pág: 14

Cores: Preto e Branco

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Corte: 3 de 6ID: 29856742 17-04-2010

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Tribuna da Madeira Tiragem: 10911

País: Portugal

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Tribuna da Madeira Tiragem: 10911

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Tribuna da Madeira Tiragem: 10911

País: Portugal

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Âmbito: Regional

Pág: 1

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Área: 25,82 x 13,16 cm²

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