noticário 03 01 16

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KANÁ MANHÃES Terrenos e calçadas viram depósitos de lixo BAIRROS EM DEBATE - AROEIRA O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 3 e segunda- feira, 4 de janeiro de 2016 Ano XL, Nº 8907 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 WANDERLEY GIL Ao registrar demanda crescente e reclamações de usuários, atual modelo de concessão do serviço vai ser discutido durante dois momentos já agendados pela Câmara para este mês Transporte e concessão de linhas inauguram debates no Legislativo "Eleições não vão influenciar governo" O desafio de conduzir a ci- dade mais impactada pela crise que se abateu sobre o merca- do do petróleo brasileiro, no último ano, é potencializado a partir do momento em que todas as ações do governo são medidas dentro da ótica do processo eleitoral, que começa POLÍTICA WANDERLEY GIL Prefeito afirma que governo vai manter foco em prioridades Audiência Pública e reunião de Comissão já foram agendadas pela Câmara para esta semana, em pleno período de recesso parlamentar. Vereadores abrem discussão sobre projeto que vai reavaliar sistema PÁG. 3 a ser desenhado no município. E apesar do peso de adminis- trar o município em um ano marcado por incertezas eco- nômicas, a pressão exercida pela responsabilidade por uma esperada reeleição parece não ter efeito sobre o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB). PÁG. 3 Limpeza e manutenção são cobradas O primeiro Bairros em Debate de 2016 vai retratar a realidade da Aroeira, que está situada em um ponto estratégico, a poucos minutos do Centro e das Linhas Verdes e Azul. A última visita aconteceu há poucos meses, em agosto do ano passado, mas des- de então os pedidos feitos pelos moradores ainda não foram atendidos. Diante disso, eles procuraram a equipe de reportagem nova- mente para pedir ajuda, pois estão cansados de aguardar a boa vontade do poder público. De acordo com dados da Associação de Mora- dores do bairro, vivem no local cerca de 1.800 famílias. PÁG. 8 Reforma de praça e poda de árvores integram lista de demandas de moradores BR 101 deve receber 130 mil veículos no domingo ÍNDICE TEMPO EDUCAÇÃO POLÍCIA Retorno do feriadão de Ano Novo vai movimentar estrada na região PÁG. 7 KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Parque preserva uma das mais importantes biodiversidades Condutores devem estar atentos a obras e a praças de pedágio Ações previstas para Jurubatiba ICMbio conclui processos de regularização fundiária na área PÁG. 9 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 34º C Mínima 22º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS Desvio de conduta e de dinheiro Nupem / UFRJ realiza pesquisas pioneiras Professor de Macaé viajará para os EUA "Baila Macaé" promete sacudir a cidade Prática da corrupção está atrelada a caráter PÁG. 5 Equipes buscam forma de controle do Aedes PÁG. 9 Carlos Fabiano foi selecionado para capacitação PÁG. 6 Evento vai acontecer no dia 16 de janeiro CAPA KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL JUNTA MILITAR CONVOCA JOVENS SALÁRIO MÍNIMO SOBE PARA R$ 880 NESTE ANO FUNEMAC INSCREVE LIVROS PARA PUBLICAÇÃO POLÍCIA, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

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Page 1: Noticário 03 01 16

KANÁ MANHÃES

Terrenos e calçadas viram depósitos de lixo

BAIRROS EM DEBATE - AROEIRA

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016Ano XL, Nº 8907Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

WANDERLEY GIL

Ao registrar demanda crescente e reclamações de usuários, atual modelo de concessão do serviço vai ser discutido durante dois momentos já agendados pela Câmara para este mês

Transporte e concessão de linhas inauguram debates no Legislativo

"Eleições não vão in�uenciar governo"

O desafio de conduzir a ci-dade mais impactada pela crise que se abateu sobre o merca-do do petróleo brasileiro, no último ano, é potencializado a partir do momento em que todas as ações do governo são medidas dentro da ótica do processo eleitoral, que começa

POLÍTICA

WANDERLEY GIL

Prefeito afirma que governo vai manter foco em prioridades

Audiência Pública e reunião de Comissão já foram agendadas pela Câmara para esta semana, em pleno período de recesso parlamentar. Vereadores abrem discussão sobre projeto que vai reavaliar sistema PÁG. 3

a ser desenhado no município. E apesar do peso de adminis-trar o município em um ano marcado por incertezas eco-nômicas, a pressão exercida pela responsabilidade por uma esperada reeleição parece não ter efeito sobre o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB). PÁG. 3

Limpeza e manutenção são cobradas

O primeiro Bairros em Debate de 2016 vai retratar a realidade da Aroeira, que está situada em um ponto estratégico, a poucos minutos do Centro e das Linhas Verdes e Azul. A última visita aconteceu há poucos meses, em agosto do ano passado, mas des-de então os pedidos feitos pelos moradores ainda não foram atendidos. Diante disso, eles procuraram a equipe de reportagem nova-mente para pedir ajuda, pois estão cansados de aguardar a boa vontade do poder público. De acordo com dados da Associação de Mora-dores do bairro, vivem no local cerca de 1.800 famílias. PÁG. 8

Reforma de praça e poda de árvores integram lista de demandas de moradores

BR 101 deve receber 130 mil veículos no domingo

ÍNDICETEMPO

EDUCAÇÃO POLÍCIA

Retorno do feriadão de Ano Novo vai movimentar estrada na região PÁG. 7

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

Parque preserva uma das mais importantes biodiversidades Condutores devem estar atentos a obras e a praças de pedágio

Ações previstas para Jurubatiba ICMbio conclui processos de regularização fundiária na área PÁG. 9

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 34º CMínima 22º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS

Desvio de conduta e de dinheiro

Nupem / UFRJ realiza pesquisas pioneiras

Professor de Macaé viajará para os EUA

"Baila Macaé" promete sacudir a cidade

Prática da corrupção está atrelada a caráter PÁG. 5

Equipes buscam forma de controle do Aedes PÁG. 9

Carlos Fabiano foi selecionado para capacitação PÁG. 6

Evento vai acontecer no dia 16 de janeiro CAPA

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

JUNTA MILITAR CONVOCA JOVENS

SALÁRIO MÍNIMO SOBE PARA R$ 880 NESTE ANO

FUNEMAC INSCREVE LIVROS PARA PUBLICAÇÃO

POLÍCIA, PÁG.7 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Page 2: Noticário 03 01 16

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

CidadeEDIÇÃO: 308 PUBLICAÇÃO: 28 DE NOVEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Aprovado em primeira discussão projeto revogando a taxa do lixo

Na reunião de terça-feira, dia 24, a Câ-mara Municipal aprovou por unanimidade projeto de lei de autoria do vereador Wal-deci Brandão, revogando o inciso terceiro do Artigo 3º e os artigos 58 a 62 da Lei nº 665/78 de 6 de dezembro daquele ano, que instituiu a Taxa do Lixo no Município.

Macaé poderá ser incluído na lista dos municípios de segurança nacional

Informações colhidas junto ao Palácio do Planalto e divulgadas ontem davam conta de que os novos estudos visando a amplia-ção da lista dos municípios considerados de interesse da segurança nacional teria a inclusão de Campos, São João da Barra e Macaé, por se encontrarem no polo de atu-ação da Petrobrás e centro de irradiação de cultura.

Miro Teixeira lidera pesquisa para o Governo Estadual

No final da semana passada, os jornais de grande circulação divulgaram pesquisa do IBATE - Instituto Brasileiro de Análise Téc-

nica e Estatística, apontando o Secretário Geral do Partido Popular Deputado Federal Miro Teixeira, como o preferido do eleito-rado fluminense para ocupar o Governo do Estado do Rio nas eleições de 1982.

Escolas de samba podem rejeitar prêmio

Diretores de Escolas de samba e blocos classificados pelo júri no carnaval deste ano estão iniciando movimento com o fim de rejeitar os prêmios que foram prometi-dos pela Prefeitura e até a presente data não foram entregues, embora a Assessoria de Turismo tenha marcado datas várias vezes para entrega dos troféus.

ACORDO POR EMENDASGoverno reserva no orçamento receitas para executar propostas de vereadores

Educação é ferramenta para reduzir acidentes

Conscientização de motoristas é importante para evitar acidentes

Macaé aplicará R$ 971 milhões na Saúde e na Educação em 2016Previsão supera em R$ 70 milhões receitas destinadas a setores prioritários para o atendimento à população. Por outro lado, orçamento previsto para este ano é R$ 350 milhões inferior ao estimado para 2015

Apesar da previsão de re-tração da economia nacional, que tem provocado o encolhi-mento do orçamento das cida-des beneficiadas principalmen-te pelas operações do mercado do petróleo, Macaé ampliou a sua expectativa de investimen-tos na Saúde e na Educação em 2016. Juntos, os setores priori-tários para a qualidade de vida da cidade somarão R$ 971 mi-lhões em verbas oriundas de repasses governamentais e de receitas próprias. O montante, previsto no projeto da Lei Orça-mentária Anual (LOA) de 2016, representa um crescimento de mais de R$ 70 milhões em re-lação ao que foi aplicado pela prefeitura na rede pública de atendimento, assim como no sistema de ensino municipal, ao longo de janeiro a dezembro do ano passado.

Apesar de encerrar 2015 com um déficit de mais de R$ 160 milhões, o governo municipal manteve a previsão de investi-mentos para os dois setores que mais consumem receitas.

Bombeiros atuam nas praias da cidade. Banhistas devem ficar atentos para evitar riscos no mar

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016 3

PolíticaSERVIÇO

Transporte e concessão de linhas inauguram debates no Legislativo em 2016Audiência Pública e reunião de Comissão já foram agendadas pela Câmara para este mês, em pleno período de recesso parlamentarMárcio [email protected]

Significativo para os po-sicionamentos políticos registrados no plenário

do Palácio Natálio Salvador Antunes, e marcante para a abertura do processo eleitoral de 2016, o transporte público vai inaugurar os debates pro-movidos pela Câmara de Ve-readores neste ano.

E a urgência para se discutir um dos mais polêmicos temas relativos à administração mu-nicipal pode ser medida atra-vés do período entre o início do recesso parlamentar e a primeira atividade oficial em plenário agendada pelo parla-mento: menos de 10 dias.

Na sessão extraordinária re-alizada na última terça-feira (29), o líder da bancada de go-verno na Câmara, Julinho do Aeroporto (PPL) solicitou ao presidente do Legislativo, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), a 'am-pla divulgação' do agendamen-to da Audiência Pública que vai discutir a concessão de novas linhas de ônibus em Macaé.

O pedido de Julinho abriu as expectativas quanto à apresen-tação, por parte do governo, de um novo projeto de lei focado em abrir concorrência para a ex-ploração do serviço responsável pela mobilidade da população e da massa trabalhadora da cida-de, utilizado diariamente por cerca de 150 mil pessoas.

Apesar do pedido do líder do governo não sinalizar a apre-sentação do projeto, que vai substituir a atual concessão em vigor, a elaboração de uma nova proposta de exploração já vem sendo desenhada por alguns setores da administração, em especial a secretaria municipal de Mobilidade Urbana.

Ao responder a convocação do Legislativo, no mês passa-

do, o secretário de Mobilida-de, Evandro Esteves, afirmou em plenário que estudos já foram elaborados com obje-tivo de se identificar uma no-va proposta para o transporte coletivo municipal.

No entanto, a participação de Evandro ajudou a esclarecer um imbróglio que se arrasta desde o início da atual legislatura da Câ-mara: a finalização do prazo da atual concessão do transporte.

Segundo Evandro, a atual con-cessão possui 11 anos de ativida-de, segundo contrato assinado em 2004.

O prazo rebate o posiciona-mento do bloco de oposição da Casa, que afirma que a conclusão do contrato se daria em 2015, completando neste ano os 15 anos de concessão do serviço.

No entanto, essas e outras dúvidas também poderão ser esclarecidas, não apenas na Au-diência Pública agendada para a próxima sexta-feira (8), como também na reunião da Comissão

Permanente de Transporte da Câmara, agenda para o próximo dia 12, às 15h30, também no Pa-lácio Natálio Salvador Antunes.

MONOPÓLIOCrítico ferrenho ao atual

modelo de concessão do trans-porte, o vereador Igor Sardi-nha (PRB), líder do bloco de oposição, preside a Comissão Permanente de Transporte da Casa. Autor de um dos pe-didos da Comissão Parlamen-tar de Investigação (CPI) para esmiuçar o atual contrato do serviço, o parlamentar listou, também na sessão extraordi-nária de terça-feira, quais se-rão os temas a serem tratados na reunião do dia 12 deste mês.

"Eu convoco todos os mem-bros da Comissão para que possamos trabalhar sobre uma extensa pauta, fruto de reclama-ções de usuários do transporte e também de profissionais que atuam no sistema. Esses e tan-tos outros pontos precisam ser

esclarecidos. Nós queremos que a caixa preta do transporte seja aberta", disse Igor.

A Comissão tem o vereador Chico Machado (PSB) como relator e os parlamentares Ce-sinha (PROS), como titular, e Boca (PMDB) como suplente.

CPISO debate sobre o transporte

público é recorrente dentro do plenário do Palácio Natálio Sal-vador Antunes e divide opiniões.

Ao longo dos últimos três anos, dois pedidos de abertura de Comissão Parlamentar de Investigação (CPIs) foram re-gistrados na Casa, um elabora-do por Igor Sardinha (PRB), e outro registrado pelo vereador Marcel Silvano (PT), também crítico ferrenho ao atual sistema.

"É preciso reavaliar essa rela-ção entre o governo e a empresa SIT, principalmente em relação ao subsídio. Macaé pode ter uma passagem mais barata, e é isso que queremos", disse.

WANDERLEY GIL

Legislativo vai realizar Audiência Pública sobre concessão de linhas, no próximo dia 8 deste mês

Julinho do Aeroporto (PPL) solicitou Audiência Público para debater nova concessão de transporte

NOTA

Dr. Aluízio a�rma: "Eleição não vai in�uenciar o governo"

DISCUSSÃO

Prefeito reforça que foco, em 2016, é manter prioridades na assistência à população

O desafio de conduzir a ci-dade mais impactada pela crise que se abateu sobre o mercado do petróleo brasileiro, no último ano, é potencializado a partir do momento em que todas as ações do governo são medidas dentro da ótica do processo eleitoral, que começa a ser desenhado no município.

E apesar do peso de adminis-trar o município em um ano marcado por incertezas eco-nômicas, a pressão exercida pela responsabilidade por uma esperada reeleição parece não fazer efeito sobre o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB).

"A eleição não vai influenciar o governo. Cada um que faça a sua campanha", declara, ao afirmar que o último ano do seu primeiro mandato como gestor da Capital Nacional do Petróleo

vai ser pautado pela eficiência."Em três anos conseguimos

fazer tudo o que esperávamos. O fato mais inusitado nesse período foi a crise econômica", apontou o chefe do Executivo.

A tranquilidade de Dr. Alu-ízio pode estar baseada em análises recentes sobre a sua gestão e o desempenho do governo, dois pontos cruciais

para as estratégias voltadas ao pleito municipal.

"Conduzimos a cidade, em tempos difíceis, com o olhar no coletivo. Não governamos para poucos. Hoje, a cidade é me-lhor para todos, e isso requer medidas que não vão agradar a todo mundo. Mas temos a certeza de que estamos no ca-minho certo", destacou.

Diante de um orçamento es-timado em R$ 2.081 bilhões, o prefeito afirma que os números serão substituídos, em 2016, por eficiência e austeridade.

"Este será um ano muito difí-cil, até mesmo para atingir esse patamar de arrecadação. Mas é garantida a manutenção dos investimentos em nossas prio-ridades: Saúde e Educação", defendeu o prefeito.

Com o dinheiro dos royal-ties 'mais curto', Macaé perde a força de manter altos inves-timentos em obras de infraes-trutura, essenciais em período pré-eleitoral. No entanto, pa-ra o prefeito, o olhar sobre os avanços de Macaé precisa estar em horizontes à frente da dis-puta nas urnas.

"Um plano de governo não é executado em um ano. Assim como a análise dos nossos avan-ços não pode ser feita neste pra-zo. Temos muito o que mostrar, e isso está refletido na qualidade de vida da população", apontou o prefeito.

WANDERLEY GIL

Prefeito afirma que governo vai manter foco em prioridades

PONTODE VISTA

O novo ano começa cheio de expectativas em torno dos rumos que serão tomados pelas crises política, econômica e os escândalos de corrupção que ganha-ram os dutos da Petrobras.

O município de Macaé, na década de 60, chegou a ser conhecida como a "Moscouzinha do Brasil", por terem sido presos nesta cidade centenas de pessoas, na maioria ferroviários e até militares, acusados de serem comunistas.

Lamentável a situação na área de restinga do Barreto, logo após a Fronteira. A invasão está tão célere que custa a acreditar que as autoridades e também os órgãos de proteção do meio ambiente não estejam vendo nada. Como estamos em período pré-eleitoral, a maioria das pessoas duvida que alguma medida será tomada para urbanizar o local. Um horrível cartão de visita na entrada da cidade.

Com expectativa, algumas pessoas que tentam acompanhar com lupa o que acontece na cidade, nem com o Portal da Transparência é possível. Por exemplo: o contrato da prefeitura com a SIT - Sistema de Transporte Integrado, agora acrescentando a S/A (Sociedade Anônima) e que garfa quase R$ 80 milhões por ano da prefeitura. E a CPI na Câmara não saiu até hoje. O primeiro processo? Sumiu.

Até domingo

Frase no fim de ano: “Zero é a possibilidade de a prefeitura rever o processo de licitação do transporte público que vai até 2020”. Palavras de Dr. Aluízio. Com R$ 6 milhões por mês de subsídio daria para comprar 40 ônibus novos com ar condicionado, totalmente equipados. Por que não criar a Empresa de Transporte Público e transportar os passageiros de graça, igual faz Maricá, por exemplo? Perguntar não ofende.

Qual será o rumo?

Monumento dos Direitos Humanos

As investigações da Ope-ração Lava-Jato estavam na mira de alguns renomados juristas que são patronos dos presos representantes de importantes empresas e tentavam engendrar uma maneira de colocar, pelo menos, 25 deles na rua com o julgamento de recursos no STJ. A operação "saidão de Natal", para que todos pas-sassem em casa a data mag-na da Cristandade, divulgada pela mídia, ganhou repercus-são e, por cinco votos contra um, o STJ decidiu mantê-los atrás das grades sob a tutela do juiz Sérgio Moro. O reces-so da Justiça, que vai até dia 10 de janeiro, não deixou ne-nhuma margem de manobra para os presos e seus advoga-dos. E graças à colaboração premiada de Nestor Cerveró, que acabou beneficiado e te-ve o direito de passar o Natal e Réveillon em casa. A partir da segunda semana de janei-

ro, estaremos às voltas com revelações bombásticas que vão atingir em cheio o centro do poder político. Isso, sem ainda levar em consideração que o senador Delcidio do Amaral, suspenso seis me-ses dos quadros do PT, e que durante todo o tempo em que está preso não recebeu a visita de nenhum "colega" senador ou membro petis-ta, está isolado. O que pode acontecer se ele resolver "abrir o bico" e contar tudo o que sabe? Bem, a crise políti-ca vai ganhar destaque com o caso Eduardo Cunha e o im-peachment de Dilma e, sem credibilidade no mercado, o recém-empossado ministro da Fazenda, no mundo eco-nômico vai enfrentar dificul-dades para fazer o Congresso aprovar a CPMF. A imprevi-sibilidade da situação deixa todos sem saber que rumo tomar. Ninguém tem bola de cristal...

As pessoas assistem, com o passar do tempo, à completa perda de identidade de locais que deveriam ser preserva-dos pela administração. Sem entrar em detalhes do que se passou nas dependências do Forte Marechal Hermes, em 1964, a trincheira mili-tar que ganhou notoriedade durante o período para eles revolucionário foi o ginásio do Ypiranga Futebol Clube, palco de grandes e monu-mentais shows, de campe-onatos de volley, futebol de salão e basquete, antes de servir de prisão quase em massa das pessoas persegui-das no regime militar. Um líder político e advogado destemido, Cláudio Moacyr, depois prefeito e deputado estadual, chegando a assu-mir o cargo de presidente de Assembleia Legislativa, fun-dador do antigo MDB, agora PMDB, foi defensor de mui-tos acusados de subversão, inocentando quase todos. Feitas apenas essas peque-nas considerações, a história muda a cara da cidade com

a "invasão" da Petrobras na década de 70, perdendo sua identidade. Os próprios fi-lhos nativos há muito distan-tes ficam assustados, e quase perdidos, quando retornam para visitar parentes ou amigos. Inconcebível, hoje, as autoridades assistirem à destruição da sede do Ypi-ranga, pelo tempo que está abandonada, e que deveria ser recuperada, tornando-se o "Monumento dos Direitos Humanos". A história não é difícil de ser recuperada, e cada campeão esportivo ou perseguido político que ali esteve preso poderia ter seus nomes inseridos em placas, voltando o local a ser palco de shows e transformado num museu. A antiga sede do Ypiranga, hoje enfrentando ações do ECAD na Justiça, poderia ser tombado pelo Patrimônio Histórico, e que não deixem acontecer o que ocorreu com o Palácio dos Urubus. Afinal, resgatar a memória da cidade é dever da prefeitura. Com a palavra, o prefeito Dr. Aluízio!

PONTADA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

O fim de ano chegando, e com ele as promessas pa-ra 2016. São desejos, sonhos e perspectivas que, por mais simples que sejam, podem mudar consideravel-mente nossa vida e ir ao encontro da nossa essência. Por que então, sai ano, entra ano, estes propósitos não se transformam em atitude?

Ano Novo: minha essência

Há muito tempo não fala-va com uma amiga que prezo profundamente. Tinha o firme propósito de ligar para saber como estava, falar sobre a vi-da.... Porém, o propósito não se transformava em atitude. Até que, para a minha felicidade, recebi uma ligação dela.

Fiquei surpresa ao saber que não estava bem, especialmen-te por conta de uma depressão profunda, seguida da desco-berta de que havia se tornado diabética. Momento difícil

Mesmo com essa situação, percebi sua voz diferente, esperançosa e consciente sobre a mudança e o esforço que teria de fazer a partir de sua nova realidade, para não deixar a peteca cair.

Ela disse algo que me mar-cou muito: Decidi que vou cuidar de mim e rever o que tenho de mais valioso: minha essência. É estranho perceber como as prioridades mudam quando se está na iminência de perder algo que realmente tem valor e que, no meu caso, é a autoestima. O ano novo será o melhor da minha vida!

Exercitar a intuição é algo essencial. Talvez eu pudesse ajudá-la de alguma forma antes. É incrível o quanto te-mos o costume de dar valor para o que tem valor somente quando o perdemos. O tempo é veloz, e talvez seja tarde...

E você, quais são suas expec-tativas? O que pode começar a fazer para tornar seu sonho uma realidade, e suas atitudes em algo concreto? Cada pessoa tem seu jeito de ser e de enca-rar a vida, seu temperamento

e, especialmente, a forma de sentir-se amada, não é?

Veja este caso: A esposa reclamava que há muito tem-po seu marido não dizia que a amava, o que a chateava profundamente, e até a fazia pensar que realmente o sen-timento não existia mais. Ela, uma pessoa sensível, tinha ne-cessidade de ouvir palavras de afirmação para sentir-se ama-da. Ele, muito prático, prag-mático e, como já havia dito um dia que a amava, não via necessidade alguma de dizer isto novamente, já que nada havia mudado. Por outro la-do, sentia-se profundamente amado por sua esposa porque ela a servia em suas necessida-des, cuidava dele, cozinhava muito bem, tratava seus filhos da melhor maneira possível.. Logo, ele se sentia amado através de formas de servir.

Não sei de que forma vo-cê se sente amado, porém enquanto não se tratar com amor, não será possível transformar seus propósi-tos em atitudes para o novo ano. Quanto mais próximo de sua essência estiver, e quanto mais consciência tiver do seu valor, e de que, sim, ele pode se perder em meio à sua his-tória de vida por algum mo-tivo, mais possibilidades terá de realizar seus sonhos, com convicção, força e certeza de que merece o melhor!

Márcia Ribas é graduada em Comunicação Social e autora do livro "Olhar Avesso - Quando a vida é vista de dentro para fora" pela Editora Canção Nova

JU

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Conforme apontado pela Subsecretaria estadual de Transpor-tes, a Bacia de Campos possui um grande potencial de produção de reservas de pré-sal, conforme estudos indicados pela própria Agência Nacional do Petróleo (ANP). O que falta é o fortaleci-mento desse foco de produção pela Petrobras, uma decisão que requer o consentimento político, desacreditado à medida que novas denúncias de corrupção se abatem sobre a estatal.

Novos rumos

Todos os caminhos levam a crer que, no futuro, Macaé se manterá como a base das operações do pe-tróleo no país, um posicionamen-to que dependerá muito mais de vontade política do que de infra-estrutura e de planejamento. A superação da crise econômica e institucional do país é um fator fundamental para que esses novos dias realmente aconteçam.

A verdade é que, nos últimos anos, a Petrobras cresceu e se desenvolveu através da dedica-ção dos seus milhares de traba-lhadores, que ainda apostam em sua força e na sua restruturação. Porém, os caminhos administra-tivos adotados pela companhia acabam ocasionando, hoje, uma grande incerteza para a cadeia do petróleo, os municípios produto-res e para quase 1 milhão de pes-soas que vivem na região do Emi-rado do Petróleo Fluminense.

Atualmente, a viabilidade da produção do pré-sal é analisada de acordo com a oscilação do preço do barril do petróleo no mercado internacional. Essa instabilidade se deve também ao poder de consumo das principais

nações do mundo, uma deman-da difícil de ser mensurada, e até elevada, diante do efeito de re-cessão registrado a nível global.

No entanto, especialistas apon-tam que, por muitas décadas, o mundo não conseguirá sobrevi-ver sem o petróleo, o que requer das nações petrolíferas, inclusive do Brasil, um planejamento es-tratégico de acordo com o novo comportamento do mercado.

Os efeitos da crise sentidos pe-lo país, neste momento, são po-tencializados pelos rombos dei-xados pela corrupção. Passada a fase de explosão da operação La-va-Jato, é preciso agora a realiza-ção de uma devassa técnica sobre os projetos e o planejamento es-tratégico da companhia - anun-ciado nos últimos 10 anos. Desta maneira será possível constatar se a Petrobras foi conduzida por interesses econômicos ou por interferências políticas.

Para quem sente os efeitos da crise, no dia a dia, Macaé precisa se agarrar às previsões otimis-tas quanto à restruturação do mercado do petróleo, o que deve ocorrer a partir de 2017.

O Arquipélago de Santana desenha um dos mais belos cenários do litoral do Estado do Rio de Janeiro, proporcionando a Macaé o título de Princesinha do Atlântico. Balneário para visitantes, as ilhas seguem preservadas, o que requer a contribuição de moradores da cidade e turistas.

RotinaApós duas semanas de muito trabalho e de vários dias de descanso, a rotina da Capital Nacional do Petróleo volta ao normal a par-tir desta segunda-feira, dia 4. E a euforia da confraternização do Natal e da celebração do Ano Novo será substituída pelas expectativas de novos saldos negativos, gerados pela crise econômica nacional. A verdade é que Macaé começa 2016 com 10 mil postos de trabalho a menos, em diversos segmentos.

RetornoTanto a BR 101 quanto a Rodovia Amaral Peixo-to registram neste domingo (3) um movimento expressivo de carros que retornam a Macaé, após os festejos do Réveillon. O deslocamen-to de ônibus do transporte intermunicipal in-fluencia também na mobilidade das estradas que ligam Macaé ao Rio de Janeiro e à Região dos Lagos, destinos mais procurados pelos macaenses para celebrar o Ano Novo. Quem vai colocar o pé na estrada precisa ter muita paciência.

Dívidas E quem torrou o 13º e o pagamento de dezem-bro vai se apertar para iniciar o ano pagando dívidas. E o primeiro arrocho ao contribuinte vai ser aplicado pelo governo do Estado, que co-meça a cobrar a primeira parcela do Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos veículos com placas finais 0, 1, 2, 3 e 4 já em janeiro. Há também a opção do pagamento em cota única, com desconto de 3%. Quem não pagar não vai poder ter o carro apreendido.

SaneamentoAo contrário do que muitos imaginavam, a Odebrecht Ambiental não reduziu as frentes de trabalho de implantação da rede de sane-amento relativa à subestação Centro. Além de dar continuidade ao assentamento dos canos e a construção de elevatórias, a concessionária promoveu também o recapeamento de ruas no Novo Cavaleiros, Bairro da Glória e também na Linha Verde, melhorando parcialmente o trân-sito nessas regiões.

Água A prefeitura pretende dar um ultimato à Nova Cedae em relação à conclusão das Linhas 2 (distribuição) e 3 (adução de água bruta), com objetivo de elevar a capacidade de tratamento da água em Macaé, ampliando a oferta do abaste-cimento, atingindo bairros situados na parte Norte da cidade. As previsões ini-ciais eram que essas intervenções fos-sem concluídas no ano passado. Porém, 2015 passou e nada...

Trabalho A procura por especializações e cursos pro-fissionalizantes tende a aumentar, em Macaé, neste ano. Com isso, oportunidades oferecidas por instituições de referência nacional, como o Senai e o IFF, registrarão uma concorrência maior em 2016. Sem dúvida, essa é a princi-pal saída para quem almeja buscar um espaço dentro do mercado de trabalho da cidade, ainda mais acirrado em virtude dos efeitos da crise econômica e do mercado do petróleo.

AeroportoA instabilidade política do governo federal não afastou a iniciativa de Macaé buscar junto à União parcerias importantes para o desen-volvimento da cidade. É bom frisar que, em virtude da crise institucional, o governo Dilma, as obras de reforço da pista do Aeroporto de Macaé foram, mais uma vez, frustradas, o que não impede que representantes políticos da cidade continuem brigando pela realização do projeto que, hoje, depende apenas de recursos.

Tráfego Estão cada vez mais críticas as condições de tráfego no trecho da RJ 168, na altura do Palácio Natálio Salvador Antunes. O asfalto do trecho conhecido como 'Es-trada do Petróleo' está se deteriorando e prestes a resultar em crateras. A avaria é formada em função do tráfego constan-te de carretas, uma situação pertinente à dinâmica das atividades offshore na ci-dade. A recuperação da via precisa ser providenciada pela prefeitura.

PortoHá quem diga que Macaé ainda não perdeu a oportunidade de garantir a construção de um novo porto. Apesar das atividades de explora-ção e de produção estarem em baixa na Bacia de Campos, o período de enfraquecimento ad-ministrativo da Petrobras abre um novo prazo para a realização das obras, que dependem diretamente da liberação do licenciamento do Tepor, ainda emperrado no Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Flagrantes de desrespeito no Centro. Motoristas ainda insistem em transitar pela contramão na Avenida Rui Barbosa

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016 5

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

A CRISE E OS CORTES DE GASTOS

Durante o ano de 2015, a queda na arrecada-ção provocada pela crise econômica foi apon-tada como sendo a principal responsável pela alteração das metas fiscais da União, estados, municípios e empresas estatais. De acordo com uma nota conjunta divulgada pelos Ministé-rios da Fazenda e do Planejamento, o governo federal se propôs a cortar os gastos não-obri-gatórios, com fins de reduzir as despesas em busca de um equilíbrio nas contas.

Tal contingenciamen-to apresentado se dis-punha a reduzir o mon-tante de R$ 79,4 bilhões equivalentes a 40% das despesas não obrigató-rias. Tal redução pro-posta foi a maior, desde a entrada em vigor da Lei de Responsabilida-de Fiscal.

O texto da nota ates-tava que o declínio na arrecadação e a rigi-dez das despesas obri-g a t ó r i a s s e r i a m o s principais fatores que obrigaram a revisão da meta fiscal. Segundo o governo, os cortes apre-s e n t a d o s a j u d a r i a m a estabilizar o déficit econômico. No referido comunicado, a crise na

Petrobras é apresenta-da como a principal res-ponsável pela contração na economia em 2015.

O texto citou o estudo feito pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazen-da, que indicou que, da queda estimada de 3% do PIB em 2015, cerca de 2% foram relaciona-dos à suspensão dos in-vestimentos da estatal. A equipe econômica do governo federal tam-bém reduziu a estima-tiva do pagamento de dividendos das empre-sas estatais ao Tesouro Nacional em R$ 4,7 bi-lhões, passando de R$ 16 bilhões para R$ 11,3 bilhões.

CORTES DE CARGOSOcorre que, apesar

dos números apresen-tados pelo governo e da urgência alegada na re-dução das despesas, após três meses do comunica-do feito pela presidente Dilma Rousseff, anun-ciando a reforma admi-nistrativa, as mudanças para enxugar a máquina pública federal seguem a passos lentos. Conforme levantamento publicado pelo Jornal O Globo da última segunda-feira, dos 3 mil cargos comis-sionados que deveriam ser cortados, apenas 346 deixaram de existir, o que equivale somente a 11,5% daquilo que foi

prometido.Pela proposta da refor-

ma, seriam economiza-dos cerca de R$ 200 mi-lhões de reais, mas, na realidade, a economia alcançou apenas R$ 16 milhões, de acordo com o Ministério do Plane-jamento. Das 31 secre-tarias, até o momento apenas 7 foram extintas.

Em resposta ao levan-tamento publicado pelo jornal, o Ministério do Planejamento admitiu que a reforma está se-guindo em marcha redu-zida, mas não deu uma justificativa oficial para a lentidão da reforma administrativa.

REDUÇÃO DE VENCIMENTOSNo mês de outubro,

também foi anunciada uma redução de 10% nos salários da presidente da República, do vice e dos ministros, que passa-riam de R$ 30.943 para R$ 27.841. Porém, até hoje, tal corte não foi efetivado.

No que se refere ao corte de salários, o Mi-nistério do Planejamen-to explicou que o Execu-tivo Federal já enviou ao Congresso Nacional os pedidos referentes às reduções, mas a pro-posta ainda não foi apre-ciada pelos deputados e

senadores.E n t e n d e m o s q u e

m a i s i m p o r t a n t e d o que anunciar medidas de redução dos gastos com a máquina estatal é garantir que tais cortes sejam efetivamente im-plementados e que, em momentos de crise e de necessidade de adequa-ção e reequilíbrio das contas públicas, a mo-rosidade não possa ser um obstáculo intrans-ponível, sob pena de se perpetuar a situação de risco e causar ainda mais prejuízos aos co-fres públicos.

OPORTUNIDADE

Funemac recebe inscrição para publicação de livros

A Fundação Educacional de Macaé (Funemac), por meio da Livraria e Editora Funemac Livros segue com as inscrições abertas para o Concurso para Publicação de Livros. De acordo com edital, as propostas para publicação devem ser enviadas até o dia 15 de março de 2016. O pro-cesso seletivo é aberto a to-dos os cidadãos residentes ou com vínculo empregatício no município, incluindo servido-

O edital prevê a publicação de dois livros, com 1000 (mil) exemplares de tiragem cada um

res municipais, de secreta-rias, fundações e autarquias.

Para submissão ao edital, cada proposta deve estar acompanhada dos originais do livro, sem identificação dos autores, em três vias, du-as impressas e uma em CD -R ou DVD no formato Word e PDF. Os originais devem ser acompanhados do formulário de dados do autor e cópias do RG, CPF, comprovante de residência ou contracheque (que comprove vínculo em-pregatício no município).

As três vias dos originais deverão ser entregues dire-tamente na Fundação Edu-cacional de Macaé, situada

à Rua Aloísio da Silva Go-mes, número 50, Granja dos Cavaleiros, no período de 15/12/2015 a 15/03/2016, das 9h às 17h.

A homologação da inscri-ção será realizada no dia 16 de março. Já o resultado final das propostas aprovadas está previsto para 29 de abril. E o período para publicação do livro vai ocorrer de junho de 2016 a dezembro de 2017.

O edital pode ser conferido no site http://www.macae.rj.gov.br/funemac, assim como o formulário do autor e termo de cessão de direito de uso de imagem (caso seja necessário).

De acordo com informa-ções institucionais, a Editora tem como missão viabilizar o cumprimento da função so-cial do campus, através da edição e divulgação da pro-dução científica, técnica, ar-tística e cultural.

CALENDÁRIO Período de inscrição: 15

de dezembro de 2015 a 15 de março de 2016

Homologação das inscri-ções: 16 de março de 2016

Resultado final das propostas aprovadas: 29 de abril de 2016

Publicação do livro: De junho de 2016 a dezembro de 2017.

Professor de Macaé passará por capacitação nos EUA

QUALIDADE

Oportunidade vai garantir qualificação profissional para formação de novos alunos da rede pública

O professor de língua in-glesa da rede municipal, Carlos Fabiano de Souza, é um dos 75 selecionados no país para parti-cipar do programa de capacita-ção nas instituições associadas ao Northern Virginia Com-munity College (NOVA), nos Estados Unidos, a partir do dia 15 de janeiro. A capacitação no exterior faz parte da estratégia do Governo Federal, que rece-beu inscrições de 150 projetos de professores de todo país.

O aperfeiçoamento é uma iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Educação Pro-fissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Durante oito semanas, o pro-fessor do Ciep Municipalizado Oscar Cordeiro (Aeroporto) vai participar de oficinas e cursos com o objetivo de comparti-lhar vivências da rede munici-pal, além de conhecer pesquisas

que serão desenvolvidas por práticas pedagógicas que serão aplicadas na rede municipal. O estágio nos EUA segue até o dia 13 de março.

Carlos Fabiano de Souza, que também leciona no Instituto Federal Fluminense (IFF) de Cabo Frio, está na lista de 75 professores que foram selecio-nados por meio de edital. Diante da escolha, eles apresentaram proposta de trabalho para o desenvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão, por período mínimo de um ano nas escolas da rede pública em que atuam.

A seleção dos professores se-guiu a determinação do progra-ma "Idiomas sem Fronteiras", que prevê a realização do exame internacional Toefl.

“ Estou satisfeito em ser apro-vado. Esta é a oportunidade de dar visibilidade nos Estados Unidos às práticas de ensino aliadas a pesquisas voltadas pa-ra a Educação Básica”, ressaltou Carlos.

Como contrapartida do inter-câmbio no exterior,o professor da rede municipal vai multi-plicar os conhecimentos em Macaé e preparar material di-dático, que será utilizado junto aos alunos da Educação Básica.

Todas as práticas executadas no ensino municipal serão apre-sentadas para a coordenação do programa ligado a uma das unidades do Northern Virginia Community College (NOVA) nos Estados Unidos.

Para Carlos Fabiano, a opor-tunidade do curso visa con-tribuir com a formação dos alunos. “Com certeza a minha ida vai impactar diretamente no meu fazer docente na rede municipal de Macaé, tendo em vista que um dos objetivos do programa é compartilhar ex-periências de ensino-aprendi-zagem de inglês como segunda língua, propondo atividades que estimulem a participação

do aluno em sala de aula, o uso de recursos on-line e de outras ferramentas na formação con-tinuada de professores, na pre-paração de novas metodologias e materiais para uso em sala de aula”, destacou.

O financiamento concedido faz parte dos recursos investi-dos pelo Governo Federal, por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Ministério da Educação (CAPES - MEC), vi-sando apoiar estudos em insti-tuição de excelência, com vistas ao incremento do intercâmbio técnico-científico e consequen-te internacionalização de pes-quisadores brasileiros.

DIVULGAÇÃO

Carlos Fabiano atua no Ciep Oscar Cordeiro, no Aeroporto

Salário mínimo sobe para R$ 880 neste ano

VENCIMENTO

Desde o último dia 1º, o salário mínimo em vigor é de R$ 880. O va-lor foi definido em decreto assina-do no último dia 29 pela presidenta Dilma Rousse´, publicado no Diá-rio Oficial da União na quarta-feira passada, dia 30.

O aumento do salário mínimo será de 11,6%, já que, atualmente, o valor é de R$ 788.

"Com o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff, o go-verno federal dá continuidade à sua política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40 milhões de trabalhado-res e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional", diz nota

Aumento concedido pelo governo federal para este ano é de R$ 92

divulgada pelo Palácio do Planalto.A proposta de Orçamento apro-

vada pelo Congresso Nacional pre-via um salário mínimo de R$ 871. Ainda hoje, o governo irá dar mais detalhes sobre o novo valor do salá-rio para o ano que vem.

O aumento do salário mínimo de

R$ 788 para R$ 880 causará impac-to total de R$ 30,2 bilhões às contas públicas em 2016. Segundo o Minis-tério do Planejamento, Orçamen-to e Gestão, o valor supera em R$ 4,77 bilhões o impacto de R$ 25,5 bilhões previsto inicialmente no Projeto de Lei Orçamentária Anual

(Ploa). O decreto foi publicado no dia 30 no Diário Oficial da União.

O novo valor supera os R$ 865,46 previstos no Ploa porque a variação do salário-base da economia acom-panha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O índice fechado para 2015 ainda não foi di-vulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas o Ministério da Fazenda estimou a variação em cerca de 11,57% para este ano.

O cálculo do salário mínimo tam-bém leva em conta a taxa de cres-cimento real do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e ser-viços produzidos em um país) dois anos antes da vigência. Para 2016, a referência foi o PIB de 2014, que registrou crescimento de 0,1%. A regra de cálculo atual está garantida por lei até 2019.

WANDERLEY GIL

Vencimento-base vai modificar média do poder aquisitivo da população macaense

IPVA começa a ser cobrado a partir do próximo dia 19. Data marca vencimento da primeira parcela do imposto relativo aos veículos com placa final 0

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016 7

PolíciaCORRUPÇÃO

A China executa pessoas por crimes de desvio de dinheiro?

Sim, recentemente a re-vista Veja Mundo publicou que um alto funcionário do ramo de transporte público, Zhang Shu-guang, foi julgado e condenado à pena de morte, pois recebeu 47 milhões de yuans (18 milhões de reais), através de suborno de companhias que fechavam contratos em troca de favoreci-mentos políticos. Além de sua sentença, todos os seus bens foram confiscados pelo estado. O Presidente Chinês Xi Jimping embarcou na cruzada contra a corrupção desde que tomou posse em 2013, comprometen-do-se a agir contra "moscas e tigres", em referência a funcio-nários de baixa patente e aos políticos graduados; não pou-pando ninguém, independente de sua posição. De acordo com a mídia estatal, naquele país 200 mil funcionários públicos, em média, são punidos administra-tivamente por ano; punição esta que vai de advertência podendo chegar à demissão.

A PENA DE MORTE É ASOLUÇÃO PARA EVITAR CORRUPÇÃO?

Expressarei a opinião do novo ordenamento mun-dial. A referida punição é d e g r a d a n t e e d e s u m a n a , viola o maior bem tutelado por todos os ordenamen-tos jurídicos, que é a vida. Qualquer que seja o méto-do de execução utilizado, seja eletrocussão, enforca-mento, câmara de gás, de-capitação ou injeção letal é contrário à declaração dos direitos humanos, que reconhece o direito à vida de todos, independente de raça ou religião, afirmando categoricamente que: "Nin-guém deverá ser submetido à tortura nem à pena de tra-tamentos cruéis, desumanos ou degradantes". Em uma a n á l i s e r a c i o n a l , a p e n a de morte é um sintoma da violência, não sua solução, infelizmente esta é uma po-litica destrutiva, incompatí-vel com os valores mundial-mente aceitos. Desse modo, promovermos uma resposta simplista contra os proble-mas da moralidade humana é nos furtarmos de tomar as

verdadeiras medidas efica-zes no combate à corrupção.

QUAL É SUA OPINIÃO EM RELAÇÃO À PENA DE MORTE?

Como chefe de família, se eu tiver um bem violado, cer-tamente agiria pela emoção, e de forma insensata diria que seria a favor para qualquer bandido que cometesse um crime contra minha pessoa ou familiares. Porém, uma das virtudes do ser humano é a mutabilidade de pensamen-to e ações. Analisando racio-nalmente este tratamento é um sintoma da cultura de violência, não uma solução. É uma afronta à dignidade humana e ao nosso intelecto. Hoje em dia, conseguirmos aumentar a longevidade de nossas vidas; explorarmos o solo da lua e de marte; desco-brirmos a cura para doenças que dizimaram gerações; glo-balizarmos as informações; mas não conseguirmos domi-nar as mentes corruptas que nos cercam. Embora a China seja responsável por mais de 60% das execuções por pena de morte no mundo, continua sendo um país com crescen-tes casos de corrupção de desvio de dinheiro do contri-buinte.

COMO FICA A FAMÍLIANESTA SITUAÇÃO?

Discordo de algumas pes-soas que dizem ser injusto a família sofrer um lincha-mento social, resultante do erro de um infrator que co-mete algum crime de desvio de recursos da população, já que fui criado com pai e mãe que primavam pela dignida-de: o que não era nosso, não deveríamos colocar a mão. É impossível esposa e filhos não saberem da incompatibi-lidade do salário do patriarca da família e seus bens. Temos casos recentes em que mu-lher e filhos do envolvido em crimes de corrupção agem em conluio. Cabe questionar qual exemplo que eles deixa-rão para seus sucessores? Por fim, a melhor pena seria o tra-balho, pois o criminoso não tem medo da morte, e não possui valores fundamentais. Porém, se ele sabe que não vai ficar na ociosidade caso seja preso, certamente muitos aspirantes a criminosos ten-tariam outra forma de vida.

SERVIÇO MILITAR

Dois milhões de jovens devem se preparar para o alistamento militarO ato é obrigatório a todo jovem brasileiro do sexo masculinoLudmila [email protected]

Os jovens que comple-tam 18 anos neste ano precisam se apresentar

na Junta de Serviço Militar (JSM) municipal para o alis-tamento obrigatório. O prazo para apresentação começou no dia 1ª de janeiro e segue até junho de 2016.

O Ministério da Defesa es-tima em 2 milhões o número de jovens que farão o alista-mento militar obrigatório este ano. A previsão é que 100 mil deles sejam incorporados ao serviço militar nas Forças Ar-madas (Aeronáutica, Exército e Marinha).

No ato do alistamento, é necessária a apresentação de cópia e original dos se-guintes documentos: uma foto 3x4 recente, certidão de nascimento ou casamento original, cédula de identida-de, CPF e comprovante de residência. Depois de reali-zado o alistamento, o jovem receberá um comunicado referente à decisão se terá de servir aos serviços militares ou se foi dispensado.

Caso o convocado tenha fi-lhos, também é necessária a apresentação das certidões de nascimento das crianças. Pessoas com deficiência pre-

cisam entregar atestado mé-dico. Todos os documentos necessitam ser apresentados em suas versões originais.

A Junta de Serviço Militar de Macaé fica localizada na Praça Washington Luis, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h.

DEVER

Conforme estabelece a Cons-tituição Federal, o alistamento é obrigatório e aqueles que não comparecerem ficarão impedi-dos de tirar passaporte ou assu-mir cargos no serviço público.

O jovem em situação irregu-

lar com o Serviço Militar tam-bém fica impedido de prestar vestibular, ou se matricular em qualquer estabelecimento de ensino, além de estar sujeito ao pagamento de multa - cujo valor varia de acordo com a quantida-de de dias em que o candidato deixou de se alistar.

KANÁ MANHÃES

A Junta de Serviço Militar fica localizada na Praça Washington Luis

BR-101 deve receber 130 mil veículos na volta para casa

ESTRADA

Após as comemorações da virada do ano, muitas pes-soas precisam pegar as estra-

Esquema especial de tráfego é mantido até o dia 4 de janeiro pela Autopista Fluminense

das para voltar às suas rotinas de trabalho. A concessionária Autopista Fluminense - Gru-po Arteris - responsável pela administração da BR-101 RJ/Norte, mantém todo o final de ano uma operação especial de tráfego, por conta do alto fluxo de veículos que trafegam pelos

trechos da Avenida do Contor-no, Trevo de Manilha e Itaboraí.

Estima-se que até a meia-noite deste domingo (3) cerca de 130 mil veículos devem passar pela BR-101/Norte, nos trechos que cortam cidades como Ma-caé, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu. Na segunda-feira (4),

a concessionária também espera um grande número de veículos, cerca de 111 mil, das 6h às 22h.

Um esquema especial foi pre-parado com o reforço das equi-pes operacionais para atender ao aumento do tráfego. A ini-ciativa acontece todos os anos no período de férias. Neste pe-ríodo, a concentração de tráfego deve acontecer nos trechos da Avenida do Contorno, Trevo de Manilha e Itaboraí.

ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS E INFORMAÇÕES

Pelo telefone 0800 2820 101, o usuário pode solicitar atendi-mento de emergência na rodo-via, tirar dúvidas ou fazer recla-mações e sugestões para a con-cessionária. O telefone 0800 717 1000 também está disponível para o atendimento aos usuários com deficiência auditiva e da fala (não aceita ligações de telefones convencionais e celulares).

PEDÁGIO

Nos dias de maior fluxo, as praças de pedágio da BR-101/RJ Norte funcionarão com sua capacidade máxima. Arreca-dadores adicionais estarão de plantão para fazer a cobrança à frente das cabines (papa-filas), quando necessário. A tarifa básica para automóveis é de R$ 3,80. Motos pagam R$ 1,90. Veículos comerciais pagam con-forme o número de eixos. Cinco praças de pedágio estão em fun-cionamento na rodovia: Km 40 - Campos dos Goytacazes (co-brança nos dois sentidos); Km 123 - Campos dos Goytacazes (cobrança nos dois sentidos); Km 192 - Casimiro de Abreu (cobrança nos dois sentidos); Km 252 - Rio Bonito (cobrança nos dois sentidos); Km 299 - São Gonçalo (cobrança unidirecio-nal - sentido Niterói).

NOTA

Central de atendimento a mulher recebe 179 relatos por dia. Disque-Denúncia recebe ligações sobre violência contra a mulher 24 horas

Tenente-coronel Ramiro Campos fala sobre o combate à corrupção

WANDERLEY GIL

Tenente-coronel da PM avalia práticas de combate e punição contra a corrupção em diferentes partes no mundo

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

BAIRROS EM DEBATE Aroeira

Aroeira ainda registra os mesmos problemasEntre as melhorias abordadas pelos moradores estão a reforma da praça, limpeza e poda de árvores

Marianna [email protected]

O primeiro Bairros em Debate de 2016 vai retratar a realidade

da Aroeira, que está situada em um ponto estratégico, a poucos minutos do Centro e das Linhas Verde e Azul. A última visita aconteceu há poucos meses, em agos-to do ano passado, mas des-de então os pedidos feitos pelos moradores ainda não foram atendidos.

Diante disso, eles procu-raram, novamente, a equi-pe de reportagem para pedir ajuda, pois estão cansados de aguardar a boa vontade

FOTOS: KANÁ MANHÃES

Presidente da associação, Celso Henrique, ressalta que obras melhoraram o problema dos alagamentos

lazer em péssimo estado de conservação.

“A gente quer cobrar, mas também precisamos agrade-cer o que tem sido feito. Uma das maiores conquistas para o bairro foi a realização das obras de drenagem. Temos que parabenizar o poder pú-blico, pois nas últimas chu-vas o bairro não alagou mais. Para ganhar uma nota 10 só falta tirar a areia que ficou na boca da manilha”, destaca o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bair-ro Aroeira (AMABA) e tam-bém da Federação das Asso-ciações de Moradores do Mu-nicípio de Macaé (FAMMA), Celso Henrique da Silva.

do poder público. De acor-do com dados da Associação de Moradores do bairro, estima-se que vivem cerca de 1.800 famílias no local. Ao contrário de áreas que vêm sofrendo crescimento acelerado, a Aroeira ainda possui características de ci-dade do interior. A maioria dos moradores passou boa parte da vida, senão toda ela no bairro, que é tido como o “berço” de Macaé.

Mas assim como em qual-quer outro lugar, essa região também vive alguns proble-mas que parecem fazer par-te da história local. Entre as reclamações estão lixos e entulhos nas ruas e áreas de

Moradores pedem revitalização de praçaUm dos principais pontos

abordados nos últimos Bair-ros em Debate feitos na Aro-eira foi a situação da Praça Arlindo Mourão. Como sem-pre, a equipe vem relatando o péssimo estado em que ela, que é a principal área de lazer do bairro, se encontra.

Desde o ano passado, a pre-feitura vem revitalizando al-gumas dessas áreas de lazer, mas, pelo visto, isso ainda não chegou a Aroeira.

O parquinho, que deveria ser um local seguro para as crianças brincarem, espe-ra pela instalação dos novos brinquedos. Os antigos, que eram de fibra, estavam que-brados, colocando em risco a segurança dos menores.

No início desse ano, a secre-taria de Manutenção infor-mou que aguardava a chega-

da dos novos brinquedos para instalação. O órgão ressaltou, na ocasião, que todos os par-ques infantis da cidade serão padronizados, de acordo com as normas de segurança. Al-guns meses depois, a situação permanece da mesma forma.

“Esses brinquedos estão fazendo falta, pois as crian-ças não têm onde brincar. Os pais sempre me procuram e cobram isso”, diz o presidente.

A poucos metros dali , na Praça Juvenal Barreto, a situação é ainda pior. O mato toma conta do pouco que sobrou. Se não fossem os bancos daria para con-fundir o espaço com um terreno baldio qualquer. “É preciso fazer a limpeza. Os moradores sentem falta de ter um local para sentar e se socializar”, ressalta Celso.

Falta de conscientizaçãoAndar em alguns trechos do

bairro é uma tarefa arriscada, tudo isso porque as calçadas estão se tornando depósito de lixo e entulhos. Um caso já an-tigo acontece na Rua dos Euca-liptos onde, mesmo limpando, a sujeira sempre volta.

“Isso não pode continuar acontecendo no bairro. Além de feio, isso contribui com en-chentes e traz doenças”, alerta Celso, que ressalta que o mora-dor deve procurar a associação, antes de fazer o descarte irregu-lar. “Tendo o pedido sido feito, nós vamos entrar em contato

com o órgão responsável para vir fazer a coleta. Para isso, de-pendemos da colaboração de todos”, completa.

Não são só as calçadas que são alvos. Terrenos baldios também têm sido transforma-dos em lixões. Exemplos assim estão acontecendo na Rua dos Eucaliptos (próximo aos núme-ros 459 e 244) e na Rua Maria Alzira Guimarães (ao lado do número 197). “Até aproveito para fazer um pedido aos do-nos desses terrenos para que murem os mesmos, com o ob-jetivo de evitar que o problema

continue acontecendo”, fala o presidente.

No final da Rua Juvenal Bar-reto, a prefeitura chegou a co-locar uma caçamba, e mesmo com a limpeza sendo feita mui-ta gente ainda joga os entulhos do lado de fora. “Além de jogar tudo ali, algumas pessoas colo-cam fogo”, relata Celso.

Vale enfatizar que utilizar lo-gradouros públicos da cidade, principalmente calçadas, como depósito de lixo doméstico, in-dustrial, hospitalar ou entulhos é considerado crime de acordo com a Lei municipal 3.371/2010.

Poda de árvorescom pragas e/ou doenças; quan-do os galhos estiverem causando interferências prejudiciais em edificações, na iluminação ou na sinalização de trânsito nas vias públicas; para a recuperação da arquitetura da copa.

De acordo com os Arts. 11 e 16, fica proibido ao munícipe a rea-lização de podas em logradouros públicos e o corte de árvores em áreas públicas e privadas. “Em ca-so de necessidade, o interessado deverá solicitar a poda à secretaria de Ambiente, via Protocolo Geral”.

Um dos pedidos reforçados pe-la AMABA é para que a poda das árvores seja feita nas ruas Juvenal Barreto e na Avenida Vitória Ré-gia. Outro ponto que precisa dos serviços da secretaria de Ambien-te é a Praça Arlindo Mourão.

No último Bairros em Debate, o órgão informou que as podas das ár-vores seguem o cronograma de ações, e que essas ruas seriam atendidas em breve. No entanto, quatro meses de-pois, o serviço não foi executado.

Em Macaé existe a Lei nº 3010/2007, que “disciplina o

plantio, o replantio, a poda, a su-pressão, o transplante e o uso ade-quado e planejado da arborização urbana, e dá outras providências”.

A lei ressalta que a poda de ár-vores em logradouros públicos só será permitida nas seguintes con-dições: para condução, visando a sua formação; sob fiação, quando representarem riscos de aciden-tes ou de interrupção dos sistemas elétrico, de telefonia ou de outros serviços; para sua limpeza, visan-do somente a retirada de galhos secos, apodrecidos, quebrados ou

Redutores de velocidadeveículos abandonados. “Pedimos que a secretaria de Mobilidade Ur-bana venha até o bairro para tentar solucionar esse problema. Os carros ficam largados nas ruas”, frisa Celso.

Apesar de ser um bairro tranqui-lo, muitos condutores esquecem desse detalhe e acabam comprome-tendo a segurança viária ao transi-tar acima dos limites de velocidade permitidos nas vias. Um exemplo disso tem acontecido na Rua dos Flamboyantes. “Não só os carros, mas os próprios ônibus do transpor-te público passam por aqui em alta velocidade. Estamos pedindo esse redutor para evitar uma tragédia. Ali na esquina com a Rua Vitória Régia já ocorreram vários acidentes, alguns resultando com os veículos batendo no muro”, conta o morador Marco Antônio.

Celso diz que na Rua Alcides Mourão, próximo à Casa da Vizinha, também é preciso a instalação de um redutor. “Infelizmente é preciso adotar essas medidas pois a maioria

dos motoristas não respeitam. Já fiz esses pedidos à prefeitura, e agora aguardo a execução deles”, informa.

Outro problema que atrapalha a vida dos moradores do bairro são os

Crianças esperam pela colocação do novo brinquedo na praça

Terrenos e calçadas viram depósito de lixo

Moradores contam que motoristas abusam dos limites de velocidade

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 3 e segunda-feira, 4 de janeiro de 2016 9

Geral NOTA

Tradicional Colônia de Férias do Sesi começa na segunda. As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas até o último dia de atividade (29) de janeiro

DENGUE E ZIKA VIRUS

Nupem / UFRJ realiza pesquisas pioneirasPor meio do Laboratório de Bioquímica, profissionais buscam moléculas e formas de controle para o mosquito da dengue

Juliane [email protected]

Em todo estado, o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zi-

ka vírus e febre chikungunya vem sendo apontado pelos governantes como prioridade. Entre os dias 1º de janeiro e 19 de dezembro já foram notificados 65.870 casos suspeitos de dengue nos municípios flumi-nenses. Profissionais alertam que os casos costumam aumentar na

época do verão em todo país. E em Macaé a situação não é diferente, tendo em vista o número de resi-dências e terrenos abandonados com focos do vetor, o mosquito Aedes aegypti.

No entanto, o que poucos ma-caenses sabem é que, desde 2010, funciona no Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental (Nupem)/ Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cam-pus Macaé Professor Aloísio Tei-xeira, o Laboratório Integrado de

Bioquímica Hatisaburo Masuda (LIBHM), que desenvolve pesqui-sas pioneiras no município sobre o vetor dos vírus da dengue, chikun-gunya e do zika.

De acordo com informações, o Laboratório, coordenado pelo Prof. Jorge Luiz da Cunha Moraes, vem recebendo recursos da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janei-ro (FAPERJ) e do Conselho Nacio-nal de Pesquisa Científica (CNPq), através do Instituto Nacional de Ci-

ência e Tecnologia em Entomologia Molecular, para buscar alternativas ao controle do mosquito da dengue.

Dentre os projetos desenvolvidos no LIBHM pode-se destacar a pes-quisa coordenada pelo professor Jorge Moraes e pela pós-doutora Helga Gomes sobre a busca por inibidores do ciclo e proliferação celular. As enzimas-chave envolvi-das nesses mecanismos tornam-se cada vez mais atrativas em pesqui-sas com vetores de doenças pela possibilidade de interferência na biologia reprodutiva do mosquito.

Já a aluna Daniele Santos, douto-randa do Programa de Pós-Gradua-ção em Química Biológica da UFRJ Rio de Janeiro, vem demonstrando em sua tese que inibidores do ciclo celular são capazes de matar larvas do mosquito. Nessa perspectiva, os profissionais destacam que a prin-cipal forma de controle da dengue tem sido sobre seu vetor. Assim, estudos que acrescentem infor-mações inéditas sobre a biologia do mosquito Aedes aegypti, aliados à busca de novos compostos que viabilizem a inibição seletiva de proteínas-alvos, como as enzimas envolvidas no ciclo celular, são es-senciais para maximizar formas de controle e a consequente redução de casos de uma doença negligen-ciada e que possui um alto impacto na saúde pública brasileira.

Outro foco importante no la-boratório é o estudo de moléculas extraídas de algas marinhas, as ditas moléculas “ecologicamente amigas”, que apresentam potencial larvicida contra o mosquito vetor.

O ex-aluno de mestrado do Pro-grama de Pós-Graduação em Pro-dutos Bioativos, Orlando Salvador Neto, mostrou em sua dissertação de mestrado que moléculas extraí-das de algas marinhas apresentam uma promissora atividade larvicida e podem ser aliadas no controle da fase larval do vetor. “O uso de mo-léculas chamadas “ecologicamente amigas” é considerada uma exce-lente alternativa por não oferecer riscos a outros insetos e animais, além de não oferecer riscos àqueles que, futuramente, venham usá-las no combate”, avalia.

Outra pesquisa realizada pelo NUPEM é o trabalho do aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Produtos Bioati-vos, João Paulo Albuquerque, que visa entender como o embrião do mosquito se desenvolve e consegue virar uma larva, mesmo ficando em um ambiente seco por um ano. “É por isso que, após um período gran-de de seca, quando chove pode-se prever quando teremos muitos mosquitos pela cidade, explica o co-ordenador do projeto, o Professor Rodrigo Nunes da Fonseca, Diretor do Nupem”. Ele acrescenta que em-bora existam larvicidas compostos que atuam sobre as larvas, e contra os adultos compostos, contra o ovo são mais difíceis de serem obtidos.

INSTITUIÇÃO VEM BUSCANDO PARCERIAS

Ainda segundo o Professor Rodrigo, o NUPEM tem busca-do parcerias institucionais com

órgãos da prefeitura como o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em projetos que tenham interesse do município para o controle do vetor. De acordo com o profissional, a Agente de Controle de Endemias, Alessan-dra Alvarenga, aluna do Progra-ma de Pós-Graduação em Ciên-cias Ambientais e Conservação da UFRJ, tem realizado nos laboratórios do NUPEM bioen-saios, isto é, testes para saber se as substâncias utilizadas no mu-nicípio no controle do Aedes são eficazes, ou se a população dos mosquitos de Macaé são resis-tentes aos compostos utilizados.

O diretor explica também que muitas informações sobre o vetor estão disponíveis à po-pulação macaense, e que todos devem e podem ajudar no com-bate. “Pesquisadores da Funda-ção Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) têm feito um excelente trabalho de divulgação sobre como com-bater a reprodução do mosquito. Para evitar o Aedes é importante não deixar qualquer recipiente com água parada, além de ta-par piscinas e caixas d´água. Os profissionais pesquisadores já demonstraram que apenas 10 minutos por semana são sufi-cientes para não deixar os focos de mosquito proliferarem nas residências e afastar o zika e a dengue”, concluiu o professor.

Outras informações po-dem ser obtidas em http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/10minutos.html

2016

Ações previstas para o Parque Jurubatiba

Na última semana, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) apresen-tou o balanço das ações realizadas em 2015 em prol do Parque Nacio-nal da restinga de Jurubatiba. A unidade de conservação abrange os municípios de Macaé (1%), Ca-rapebus (34%) e Quissamã (65%) distribuídos em 14.867,28 hectares.

Para o ano que se inicia entre as ações previstas para a UC está a conclusão dos processos de regu-larização fundiária na área; a am-pliação do número de estudantes da região que visitam o parque. “Se pegarmos os últimos cinco anos, os números mostram que, de 2011 a 2014, o percentual de estudantes girava em torno de 250 por ano. Com a inauguração do Centro de Visitantes em 2014/2015 o nú-mero saltou de 250 para 2200 em 2015”, disse o analista ambiental e subchefe do Parque, Marcos César

Entre as atividades apontadas pelo ICMbio está a conclusão dos processos de regularização fundiária na área

dos Santos. Ainda segundo Marcos, para

2016 a ideia é dobrar este número e ampliar a experiência dos estu-dantes. “Nos Estados Unidos há inclusive uma série (equivalente ao nosso quarto ano do ensino funda-mental) em que todos os estudan-tes são incentivados a visitar suas unidades de conservação. Quere-mos ver se conseguimos implantar algo parecido aqui em Jurubatiba”, disse.

O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba é uma unidade de conservação federal, que tem como objetivo conservar e preservar, para fins científicos, educacionais, paisa-gísticos e recreativos o seu belo, rico e ameaçado patrimônio natural.

Criado em 29 de abril de 1998 e com 14.922,39 hectares, 44 km de costa e 18 lagoas costeiras represen-ta o trecho de restinga melhor con-servado de toda a costa fluminense.

Os dados institucionais do Par-que apontam que, além das 18 lagoas, ainda que há centenas de pequenos brejos, cada qual com sua característica físico-química da água e, consequentemente, com di-ferente vegetação e animais. O nível d'água, concentração de nutrientes,

microorganismos, sais e oxigênio de cada lagoa varia, periodicamen-te, de acordo com diversos níveis de fenômenos naturais.

Além das lagoas, ao longo de toda sua extensão, esse pequeno espaço intocado é reduto de diversas espé-cies da fauna e da flora. A sua vege-tação é considerada de fundamen-tal importância para todo equilíbrio ecológico.

Dentro do PARNA Jurubatiba, é possível encontrar os seguintes ti-pos de vegetação: moitas, aquática, pós-praia, florestas pantanosas e periodicamente inundadas.

A vegetação em moitas compõe, aproximadamente, 40% do total do parque. Ela é formada por plantas arbustivas em um solo arenoso com poucas ervas de pequeno porte. No meio delas é possível encontrar plantas resistentes a ambientes secos, como, por exemplo, a Pal-meirinha Juruba, as Bromélias e os Cactos.

A unidade também é rica em ve-getação aquática, que corresponde a 7% do parque. São plantas asso-ciadas à baixa oxigenação do solo, devido ao alagamento, ou com ca-racterísticas que favorecem a flu-tuabilidade.

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