C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 16 E 17 DE MARÇO DE 2013 w Nº 4.589

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INDICADORES:

Sábado e Domingo

w Em “Conversa de Restau-rante”, a mais antiga e maiorclã política do Brasil. w Em"Fast food", os bilionários.

HemetérioGurgel

Página 20

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

TúlioLemos

Página 3

w Segundo Sherloquinho, ape-nas três nomes do atual secre-tariado de Rosalba podem serconsiderados ‘imexíveis’.

w Da glória vã e incompre-endida quando a vaidade setransforma no punhal deBrutus.

VicenteSerejo

Página 13

Manoel Soares FilhoJurandyr Navarro

Marco Almeida EmerencianoDalton Melo de AndradeRogério Tadeu Romano

Flávio Rezende

w Desentendimento entre Gari-baldi e Carlos Augusto tem difi-cultado a negociação de manu-tenção da aliança governista.

DanielaFreire

Página 14

w Fechado, como uma caixi-nha de segredos e boas notí-cias. Lacrado pela fita ade-siva do Sedex.

RubensLemos F.

Página 16

Governo prorroga até setembro a ‘Situação deEmergência por Seca’ em 144 municípios do RNDECRETO PUBLICADO NA EDIÇÃO DESTE SÁBADO DO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO CONFIRMA “SINAL VERMELHO ACESO”E IMPOTÊNCIA DIANTE DOS EFEITOS DA ESTIAGEM. PRODUTORES VÃO SUGERIR “FUNDO DE SALVAMENTO DO REBANHO”

> COLAPSO NA ECONOMIA RURAL

Wellington Rocha

Refugiados da seca, família saiu de Lagoa Salgada com a esperança de encontrar trabalho em Natal. Homem, mulher e a filha pequena "moram" na praia desde outubro

> OPERAÇÃO “NOSSA CIDADE MAIS LIMPA”

Viaduto do Quarto Centenárioé o primeiro a ser recuperado

CIDADE 9 Mutirão de limpeza e pintura foi realizado neste sábado no viaduto da BR-101. Ações acontecerão nos finais de semana

José Aldenir

> ESTADUAL I

Nos últimos seis jogos, ABC foi derrotado peloAmérica em cinco e empatou um. Partida no Na-zarenão poderá redefinir rumos. ESPORTE 15

No 10 clássico de2013, América eABC estão de olhona final do turno

PREFEITURA PROMETE LIMPAR TODOS OS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

ECONOMIA 7

> APESAR DE CONVIDADO...

POLÍTICA 3

Filho de Garibaldi nãoparticipará de reuniãocom aliados de Rosalba

> 2013 COM DINHEIRO EM CAIXA

POLÍTICA 5

Governo arrecadou maisde R$ 26 milhões por diaem janeiro e fevereiro

> DESIGUALDADE SOCIAL

CIDADE 8

Família “construiu lar”debaixo do calçadão da Praia de Areia Preta

> ESTADUAL I

Com cinco pontos, quatro a menos que os líde-res América e Assu, alviverde só pensa em ven-cer para sonhar com título potiguar. ESPORTE 16

Alecrim enfrentará Assu para seguirna briga por umavaga na decisão

MarcosA. de Sá

Página 7

w Publicação do Sebrae-RNajuda produtores rurais a en-contrar soluções de convivên-cia com a seca no campo.

Sylvia SáInterina

Sábado e Domingo2 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013 Opinião

Amancio amancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.com

V-discArtigo DALTON MELO DE ANDRADE, professor universitário

aposentado (dandrade@ufrnet.br)

Quem se lembra do "V-disc"? Parase lembrar, tem que ter mais ou menosa minha idade, ou ser um curioso. Nãotem nada a ver com as famosas bombas"V", que os alemães jogaram em cimada Inglaterra nos estertores finais da IIGuerra. Mas, esse "V-disc" foram tãoimportantes quando as armas letais. Osconhecia. Existiam aos montes em Par-namirim daquele tempo. Um amigo, quetrabalhou por lá, tinha alguns em casa.Mas já não me lembrava deles.

Simplesmente, são discos de 78 rpm,produzidos pelas Forças Armadas ame-ricanas durante a guerra, gravados porartistas como Bing Crosby, Frank Sina-tra, Louis Armstrong, Benny Goodman,Billie Holiday, Bob Hope, enfim, portodos os grandes artistas daquele tempo.Os gravavam sem cachês, como um ser-viço prestado aos pracinhas. Eram dis-tribuídos por todos os cantos onde haviaum soldado americano. E assim vieramparar em Natal. E mostra, de forma acen-tuada, por que os americanos ganharam

essa guerra. Um país que se preocupa emgravar discos, com seus melhores artis-tas, para levá-los aos seus soldados es-palhados pelo mundo, não pode perderuma guerra. Fica evidente a superiorida-de logística, a preocupação com os seushomens, e o cuidado com o bem estarde cada um, por mais insignificante quepudessem ser as providências adotadas.

E como voltei a descobrir, de novo,o "V-disc", do qual não me lembravamais? Com o uso de um aparelhinhoque pesa 300 gramas, 98 x 98 milíme-tros, e altura de 23 milímetros. E é in-crível. É o Apple TV. Você o liga emsua TV e na internet; pode ser através deWi-Fi. É barato (R$ 400,00), frete grá-tis, e já vem pronto para usar. E aí vocêtem todas as músicas, filmes, fotos, doseu computador. Acesso a mais de 300estações de rádio, dos mais variados gê-neros, de clássica à bossa nova, passan-do por música latina e outras tantas. Evocê tem acesso à filmes, grátis ou quevocê pode alugar, da Netflix ou da iTu-

nes Store, YouTube, Vimeo, incrível. Sóvendo para crer. Parece até que estoufazendo propaganda da Apple, mas essetreco é tão sensacional e tão fácil de usarque vale a pena passar a informaçãoadiante.

Voltando ao "V-disc". Estava no You-Tube procurando músicas de Dick Far-ney, que não precisa apresentação, e aoaprofundar a busca, surgiram coisas ines-peradas. Assim, surgiu um "V-disc" comDick Farney cantando em inglês e, emportuguês - Um cantinho e você. Quan-do terminei surgiram outras indicações,com Frank Sinatra, Bing Crosby e mui-tos outros.

Foi quando me lembrei dos que vipor aqui, no tempo da guerra. Eram osmesmos que estão lá, no YouTube. Umaenorme variedade de músicas daqueletempo, que nos trazem à recordaçãolembranças só momentaneamente es-quecidas.

E basta uma música para trazê-lasde volta.

A questão do bafômetro

Artigo ROGÉRIO TADEU ROMANO, procurador regional da República aposentado (bodeu@hotmail.com)

Noticia-se que o procurador-geral daRepública, Roberto Gurgel, enviou ao Su-premo Tribunal Federal parecer afirman-do que é inconstitucional impor qualquerpena ao motorista simplesmente por elese recusar a fazer o teste do bafômetro.

No parecer, voltado a discussão detrês ações de inconstitucionalidade con-tra a chamada Lei Seca, o Ministério Pú-blico lembrou que a Constituição Fede-ral dá ao cidadão o direito de não produ-zir prova contra si mesmo. Por essa razão,não seria possível impor penalidades oumedidas administrativas apenas porque apessoa não soprou o bafômetro.

A manifestação referenciada está emconsonância ao princípio, adotado emnossa Constituição, de que ninguém éobrigado a produzir prova contra simesmo, na linha do que já foi afirmadopela Convenção Americana de DireitosHumanos(1969), o Pacto de São José daCosta Rica.

Por isso, não pode a lei infraconsti-tucional impor a obrigação da sujeiçãodo motorista suspeito ao exame do ba-fômetro (etilômetro), sob pena de con-figurar-se a presunção contra ele. Ne-gando-se, não responde por crime dedesobediência.

No Superior Tribunal de Justiça, no

julgamento do HC 166.377, relator mi-nistro Og Fernandes, entendeu que a exi-gibilidade à submissão ao teste do bafô-metro constituiria violação ao direito ànão autoincriminação.

Afirma-se, com segurança, de queninguém pode ser compelido a produzirprova contra si mesmo. Tal óbice é in-transponível, de modo que não se podefazer vista grossa ao disposto no artigo5º, LXIII, da Constituição Federal, quegarante o direito ao silêncio, não se po-dendo obrigar o motorista a colaborarcontra a produção da prova.

Fala-se ainda nas dificuldades que asautoridades têm na produção da prova.É lógico afirmar que são válidos outrosmeios de prova de que o motorista diri-gia alcoolizado. Aliás, a Lei Seca admi-te vídeos e depoimentos de testemunhaspara atestar o estado de embriaguez.

A garantia do devido processo legalnão permite ao Estado compelir os cida-dãos a tais exames.

No entanto, outra parece ser a posi-ção da doutrina, do que se lê da lição deEugênio Pacelli (Curso de ProcessoPenal, 17ª edição, São Paulo, Atlas, pág.389), para quem o teste de alcoolemia,para fins de comprovação da quantida-de alcoólica ingerida pela pessoa. Para

ele, o conhecido bafômetro deve ser cri-ticado muito mais por questões no planoda qualidade e da idoneidade de sua efi-cácia probatória do que por suposta vio-lação do direito ao silêncio. Assim o quedeve ser protegida é a integridade físicae mental do acusado, bem como a sua ca-pacidade de autodeterminação, sendocensuráveis exames como o soro da ver-dade ou ingestão de uma substância quí-mica para tal finalidade. Afinal, o que sedeveria proteger seria a dignidade dapessoa humana, a proibir qualquer trata-mento ofensivo ou vexatório.

Tal entendimento se encontra na linhado direito comparado, à vista da experiên-cia da Argentina (artigo 218, Código Pro-cesal Penal de la Nácion), onde se prevêque o réu, embora sujeito de direitos, enão mero objeto de processo, deve sesubmeter a determinadas ingerências cor-porais, com finalidades probatórias.

Para essa linha de pensar aqueles quefogem após causar um acidente de trân-sito, deixando vítimas prostradas e em si-tuação de risco à vida, não estão a exer-cer qualquer direito a não fazer provacontra si.

A palavra final é do Supremo Tribu-nal Federal, principal guardião da Cons-tituição. Aguardemos.

O Vaticano e Andorra

Artigo MARCO DE ALMEIDA EMERENCIANO, advogado(malmeme@yahoo.com.br)

Já temos Papa. Depois de uma SéVacante sem precedentes históricos re-centes, a escolha de Sua Santidade trazum alento para o mundo cristão com aesperança de que traga a Paz. Mas, semquerer adentrar no mérito da escolhaque recebi com alegria de católico quesou, e fazendo um pequeno trocadilhosobre o tema, pelo menos nesse aspec-to, a 'Argentina driblou o Brasil'.

Brincadeiras a parte, pensei em tra-zer ao leitor algumas particularidades esemelhanças entre o Vaticano e Princi-pado de Andorra. Uma delas merece serlembrada nesse momento: no Vaticano,sede da Igreja Católica, o Chefe de Es-tado é o Papa. Em Andorra são dois osChefes de Governo. O único país domundo cujo governo é regido atravésde uma 'diarquia constitucional': de umlado o co-príncipe e bispo de Urgell -Diocese da igreja católica e demarca-ção eclesiástica do século V encravadana Catalunha - e, do outro, o co-prínci-pe francês, presidente da França.

Veja que são dois Estados independen-tes integrantes dos menores países domundo. Andorra, por exemplo, só é maiorque Malta, um arquipélago solto no Me-diterrâneo; Liechtenstein, o Principadoencravado nos alpes entre Suiça e Áus-

tria; San Marino, abraçado pelaItália; Mô-naco, outro Principado ao sul da França;e a Cidade do Varicano, nos dominios deRoma. No âmbito do direito internacio-nal existem diversas interpretações.

Andorra ésta sutuada nos Pirineus,uma franja de montanhas entre a Espa-nha e a França onde a natureza se de-bruçou com muita generosidade. É berçode culturas e espaço onde são cultivadosantigos costumes e tradições. Assimcomo o Vaticano, não são Estados lito-râneos, mas muito próximos ao Mar Me-diterrâneo.

Os dois têm com o moeda oficial oeuro. Em Andorra o idioma oficial é oCatalão e no Vaticano o latim e o italia-no. O Vaticano tornou-se independenteda Itália em 1929, através do Pacto deLatrão, tratado que finalizou à 'QuestãoRomana' iniciada em 1870 com a ocu-pação definitiva da cidade de Roma, úl-timo território dos Estados Pontifícios.Andorra se fez independente do impé-rio francês em 1814 e da Coroa de Ara-gón em 1278. Andorra, por exemplo,não possui forças armadas próprias. Suadefesa está a cargo da Espanha e Fran-ça, conjuntamente.

Historicamente falando, a origem dapalavra Andorra é desconhecida, ainda

que se formularam diversas teorias aorespeito. Uma delas sugere que Andor-ra poderia derivar do árabe al-Darra,cujo significado é 'bosque'. Quando osárabes invadiram a Península Ibérica,os vales dos Pirineus estavam formadospor grandes extensões de bosques, e ou-tros povoados de regiões também do-minadas pelos muçulmanos, receberamesta denominação. Outras teorias suge-rem que deriva do termo navarro andur-rial, que significa 'terra coberta dearbustos'. Por outro lado, a etimologiapopular afirma que Carlos Magno, fun-dador de Andorra, tinha nomeado a re-gião em referência ao vale bíblico canaa-nita de Endor ou Andor.

O Vaticano é o país menos povoadodo mundo com cerca de novecentos ha-bitantes. Para se ter uma ideia da suadimensão, a Basílica e a Praça de SãoPedro representam vinte por cento desua extensão. Andorra, bem mais habi-tada, tem situação geográfica estratégi-ca entre Espanha e França e já foi con-siderada paraíso fiscal. Cruzar o princi-pado é como andar entre nuvens.

Do Vaticano até Andorra são cerca denovecentos quilômetros, tempo suficien-te para um belo passeio entre séculosde história.

Viabilidade econômica,social e ambiental dosemiárido potiguar

Artigo MANOEL SOARES FILHO, assinante (pastorsoares@ig.com.br)

Como assíduo leitor de "O Jornal deHoje", deparei-me, na edição nº 4.584,de 11/03/2013, com o interessante arti-go da jornalista Sra. Verônica Pragana,no qual faz alusão ao não menos inte-ressante escrito do também jornalistaSr. Marcos Aurélio de Sá (edição de25/02/2013), em cujo artigo defendedever-se encarar como "ponto positivo"fazer-se parte do semiárido.

A meu ver, parece-me que ambos osjornalistas - embora concordem no querespeita ao valor de pertencer-se ao se-miárido, principalmente, o potiguar -aparentemente têm pontos de vista dis-cordantes quanto às políticas empre-gadas para desenvolver-se essa tão im-portante porção do território brasilei-ro. No que respeita à "agricultura fa-miliar".

Enquanto o Sr. Marco Aurélio Sá(creio que com justa razão) demonstraa ineficiência desse tipo de "agricultu-ra" entre nós que, à maioria das vezes,não produz nem o essencial para suasubsistência, continuando a ter a maio-ria de seus participantes a serem ali-mentados através das múltiplas "bol-sas"; a Sra. Verônica Pragana defendeexatamente a validade dessa maneirapolítica de agir; e apresenta númerospara demonstrar essa validade. Quemtem razão, efetivamente?

No dia 12/03/2012 (edição nº 4.585),ao tornar a ler esse tão conceituado jor-nal. Encontro nele relatado (em artigose seções várias) aquilo que parece seruma real e válida preocupação de gran-de parte dos nossos representantes como marasmo em que se encontra pratica-mente todo o RN; e, em especial, a Ci-

dade do Natal: empacada em sua "mo-bilidade urbana", em sua "segurança",no encaminhamento da "saúde" de umamaneira geral e em seu sistema de edu-cação, isto tendo a ver com quase todoo RN.

Pergunto-me e não tenho condiçõesde responder com segurança: será que,finalmente, está havendo um despertarda estrutura político-administrativa doRN e de Natal para encararem o desa-fio urgente de prover-nos de "melhoresdias? Ou estaremos, mais uma vez, dian-te de um mero "faz de conta"; e teremosde esperar e esperar, mesmo sem maistermos condições para assim agirmos?

Parece, ilustríssimo Sr. Redator, quejá não há mais condições de espera paranós, o sofrido povo do RN, povo que -como acontece com o restante dos bra-sileiros de todos os outros estados da Fe-deração - não suporta mais ter de pagar,e pagar tantos impostos destinados atodas as esferas do poder, sem de nenhu-ma dessas esferas ou instâncias recebera atenção a que tem legítimo e inego-ciável direito.

Basta de calamidade a cair sobrenós, além da calamidade da seca (quenesse longo período estamos sofrendo,assim como a das enchentes e inunda-ções a ocorrerem no Sul e no Sudestede nossa Nação). Parece-me que a ca-lamidade maior que estamos a sofrer éexatamente a da inércia e da imobilida-de político-administrativa de nossos re-presentantes: exatamente aqueles que opovo elegeu, julgando estarem verdadei-ramente interessados em bem conduzira "coisa pública". A hora do BASTA jáchegou!

José Gonçalves

Artigo JURANDYR NAVARRO, do Conselho Estadual de Cultura

Na sua mocidade era uma espéciede ídolo intelectual. Tive ocasião devê-lo discursando na Assembleia Cons-tituinte de 1946. Elegância tríbuníciasingular e empostação de voz.

Seminarista de três anos sob o tetoda religião. Bacharel em Direito pelaFaculdade do Recife não sendo sedu-zido pela nobre carreira profissional.

A política retomava a vida democrá-tica depois do Brasil atravessar quin-ze longos anos de governo unipessoal.Os jovens idealistas acorriam alvissa-reiros à praça pública, para dialogar, naágora da sua cidade, os problemas so-ciais, que constituem a vida do homemgregário. Era o após-guerra. Ventosnovos sopravam levantando as vagasquentes do Atlântico e a brisa fresca or-valhava as terras brasileiras.

No Rio Grande do Norte uma jovemgeração política tomava assento nasbancadas partidárias do Poder Legisla-tivo. E a juventude de José GonçalvesPires de Medeiros ali estava represen-tando a União Democrática Nacional.Vem a campanha para governador e ojovem deputado estadual rompe comsua legenda e se filia ao Partido Repu-blicano dos Rosados, tendo à frente ooperoso prefeito de Mossoró, que venceo pleito.

José Gonçalves se engaja na novaadministração como diretor do Depar-tamento de Imprensa. Todavia, é-lheingrato o destino: poucos meses de-pois, o anjo de asas ne-gras o carregaem pleno viço varonil, no fatídico de-sastre aviatório do rio do Sal.

Grande perda para a família políti-ca do Estado. E, também, para a inte-lectualidade.

O orador elegante, o intelectual ta-lentoso e o político ardoroso desapare-ce prema-turamente. Doze de julho de1951, a fatídica data que, com a mortedo governador Dix-Sept Rosado e co-mitiva, enlutou a política rio-granden-se do norte.

Para a mocidade que o conheceu,deixou José Gonçalves exemplo de co-ragem, de luta, de caráter, de cidada-nia e trabalho. O seu talento literáriodeu-nos um livro - "Cas-tro Alves,Amor e Revolução". Hélio Galvão, noseu livro sobre a política daquela época,intitulado "Dix-Sept Rosado ", diz queJosé Gonçalves "era um poeta de umapoesia penetrante, o verso côsmico,quase filosofia".

Outro talento que lhe igualava,sendo de uma geração precedente, tam-bém como ele, era afeiçoado pela lite-ratura, despedindo-se da vida aindacedo - Afonso Bezerra.

A literatura universal está cheia denomes fulgurantes desaparecidos nosanos primaveris.

No entanto, como a expressão dovate latino, Horácio - "não se morrede todo", o fruto deixado pela sua in-teligência, ainda vive, em forma de se-mentes, que continuam sendo lança-

das em terra generosa, que é a alma dasua gente.

José Gonçalves era um orador in-teligente. Sabe-se que, na campanhaeleitoral para prefeito de Caicó, quan-do Aldo Medeiros foi um dos candida-tos, ele e Djalma Marinho se dispuse-ram ajudar o candidato udenista, liga-do familiarmente a Dinarte Mariz. Du-rante essa campanha municipal, os doisoradores, Djalma e José Gonçalves fi-zeram uma aposta interessante: - qualdos dois seria capaz de fazer mais dis-cursos sem repetir os anteriores, nasfrases, expressões estereotipadas, ima-gens, idéias, etc.

Ignora-se o vencedor. Sabe-se,porém, que José Gonçalves, em pou-cos dias, atingiu a cifra apreciável devinte e nove discursos sem repetições!

Tinha ele uma agilidade mental im-pressionante, brincando com as pala-vras e a formação de frases e períodos,sem, contudo, comprometer a progres-são discursiva.

Sempre presentes no seu círculode convivência estavam Braga, Leni-ne Pinto, Newton Navarro, AgneloAlves, Luiz Maranhão Filho e Gri-maldi Ribeiro.

O bom coração que tinha era ar-mado de doçura e coragem. Foi ex-pulso do Atheneu porque defendeuum colega pobre, que o então diretoro havia ameaçado de suspensão por-que tinha ele uma meia rasgada. Orapaz teve tanta vergonha de dizer aopai, resolvendo suicidar-se. José Gon-çalves denunciou ao governador doEstado, de viva voz, num libelo vio-lento. Fato contado pelo seu irmão,Amauri Medeiros.

Por ser intelectual, não vivia so-mente no mundo da abstração, ligan-do-se, também, ao imediatismo do con-creto. Foi ele um dos interessados emestruturar, no Estado, o sistema de coo-perativas, que dava, à época, resultadoscompensadores.

De espírito elevado e possuidor deinvejável talento, tinha muito que darainda ao Rio Grande do Norte.

Por pouco espaço de tempo a suapassagem por João Pessoa, capital dovizinho Estado tabajara, de lá saindo ex-pulso de um colégio: motivo - não tran-sigia com os princípios da sua perso-nalidade: éticos, morais e idealísticos.Já tendo certa ambiência em Recife,para lá foi fisgado por políticos, perma-necendo por algum tempo.

Fez amizade duradoura, até à morte,com estudantes, de sua faixa etária, deIsrael e intelectuais desta então Naçãoe não ainda Estado independente. E,inteligente que era, observou, em poucotempo, a sua capacidade intelectual,sendo os melhores alunos, máxime nasáreas médicas e de engenharia, arqui-tetura e o ramo tecnológico em geral.

Assim era José Gonçalves, sensívela toda manifestação da Beleza - artís-tica, científica, literária, humana.

ArtigoFLÁVIO REZENDE, escritor, jornalista eativista social em Natal/RN(escritorflavio)

Comunicaçãodo bem e osilêncio queentristece

Vivemos o momento histórico denossa passagem por este mundo ma-terial em que as comunicações estãopresentes em todos os momentos donosso cotidiano.

Vários seres podem ficar conecta-dos praticamente o dia todo, tendo ins-trumentos para troca de informaçõesvia aparelhos que oferecem opções di-versas como celulares, e-mails, face-book, twitter, whatsapp, iPad, iPod,IPhone e muitos outros.

A comunicação, claro, serve aosinteresses das partes e, observamosque seus caminhos, passam necessa-riamente por estas vias, que muitasvezes, causa alegria e/ou tristeza.

Vejamos no mundo social, ondemilito com maior intensidade no mo-mento. Para que uma obra filantrópi-ca possa acontecer, tenho que neces-sariamente viver pedindo isso e aqui-lo, utilizando muitas vezes estes cami-nhos da comunicação para que a vidafique mais prática.

Percebo que, pelo fato de já ser dedomínio público minha condição depedinte do bem, grande parte das ten-tativas de comunicação não são com-pletadas. Exemplo, todo mundo sabeque quando um aparelho está na cha-mada de espera, desligado, fora deárea ou um e-mail não volta, a pessoado outro lado fica sabendo que a pes-soa fez contato.

O normal é que a pessoa retorne aomenos eu assim faço e é educado queassim o seja. Como na cabeça das pes-soas, não tenho nada a oferecer e sima pedir, esse retorno quase nunca acon-tece. Também é comum demais nãoatenderem ligações.

O mesmo não acontece com pes-soas que tem algo a oferecer, princi-palmente no campo financeiro ou dopoder. Duvido que as pessoas não re-tornem ligações ou e-mails de pessoascom bons recursos financeiros, outrasque podem conseguir ingressos parashows ou que detenham cargo de poderno aparelho governamental.

O ser humano, em sua grandemaioria, é movido por interesses e,nisso não vai nenhuma crítica, sãoapenas observações de um escrevi-nhador que, vive esse cotidiano deprecisar estar sempre pedindo, mistu-rado com a tristeza de não ver seusapelos via mídias diversas, obter o mí-nimo: um retorno, uma satisfação.

Ninguém tem obrigação de ajudar,de dizer sim, principalmente os empre-sários que são assediados diuturna-mente por todos os segmentos da so-ciedade, mas, creio não custar nadaum retorno, um não educado, princi-palmente quando as partes se conhe-cem, como é o meu caso, voltando arepetir que existem exceções que muitome alegram.

Tem ainda vários casos de pessoasque prometem ajudar a causa socialcom isso e aquilo e, depois somem. Aiprecisamos saber, pois muitas coisassão divulgadas e ai a pessoa não re-torna, não dá uma satisfação, deixan-do o gestor social numa situação com-plicada, pois a sociedade fica pensan-do que aquela organização recebemuito apoio e que não precisa mais.

Não é ético que se divulgue o valordas ajudas e muitas vezes fazemosmais barulho com as doações que ovalor material que elas representam,passando a falsa impressão de que es-tamos muito bem em termos bancários.

A vida de quem gravita na gestãode organizações humanitárias e quelevam o trabalho a sério, sem intençõesde se locupletar e nem de eleger po-lítico ou aumentar rebanho religioso,é difícil, pois gravita em torno do eter-no pedir, das ingratidões, dos ofíciosnão respondidos, das ligações não aca-tadas, dos e-mails e mensagens diver-sas não prestigiados, além da neces-sidade imperiosa de passar o dia quasetodo, tomando decisões e lidando comvários tipos de personalidades, dosdois lados do espectro social.

Mas como já me disse mamãe,"você inventou, agora vá", estou indo,sou feliz, mas como humano queestou lógico, não deixo de me sentirtriste quando os muitos amigos e fa-miliares que tenho ficam surdos emudos diante dos gritos de socorroque repetidamente emito via comu-nicações diversas.

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OJORNALDEHOJE

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 3Natal, 16 e 17 de março de 2013Política

Túlio Lemostuliolemosjh@gmail.com

MUDANÇASO Governo Dilma Rousseff

sempre esteve com aprovação po-pular acima dos 60%, mas julgaconveniente realizar mudanças emseu quadro de auxiliares do primei-ro escalão. Para a oposição, as mu-danças de ministros visam somen-te a reeleição da presidente.

FRACOO discurso da oposição ao Go-

verno do PT, especialmente do pos-sível candidato a presidente da Re-pública, o mineiro Aécio Neves, éinconsistente e sem sentido. Afinal,qualquer governante tem o direitode mudar seu quadro de auxiliaresde acordo com sua conveniência.O ônus da mudança é do governan-te; assim como o bônus.

LOCALCaso o DEM resolva absorver

o discurso do neto de Tancredo ecriticar as mudanças de Dilma,como fica no RN, onde Rosalbaquer mudar para agradar os parti-dos aliados? Afinal, tanto aqui quan-to lá, o foco de todo político é sem-pre a reeleição. Seja do PT, do DEMou PSDB.

TIMESegundo Sherloquinho, somen-

te três nomes do atual secretariado

de Rosalba Ciarlini podem ser con-siderados no time dos 'imexíveis':Carlos Augusto Rosado, que équem manda no Governo; OberyRodrigues, que é mandado por Car-los Augusto em relação ao cofreoficial; e Anselmo Carvalho, quetambém é mandado por Carlos Au-gusto na Controladoria Geral. Ouseja: O trio parada dura de Mosso-ró só cai se for junto.

CLIMAA convivência do ministro Ga-

ribaldi Filho com o casal CarlosAugusto/Rosalba Ciarlini já se de-teriorou de forma irreversível. Afalta de confiança mútua fragilizaainda mais a relação. Pelo lado deGaribaldi, além da desconfiança,há uma completa desmotivaçãopara permanecer no grupo e defen-der o Governo que ajudou, e muito,a eleger.

ERROO casal governador, em que

pese a experiência política que con-tabiliza, errou feio ao tratar o mi-nistro Garibaldi Filho como umsimples aliado. Além da ingratidão,coisa comum em política, o casalCarlos Augusto/Rosalba cometeuum equívoco estratégico que podecustar o mandato conquistado. Frutoda cegueira do poder.

LISEUUm gaiato ao ver o PIB do Bra-

sil reunido na casa de Flávio Rochapara receber o presidenciávelEduardo Campos: "Só tinha liso nacasa do filho de Nevaldo. Deve terservido coxinha, pastel e frango as-sado".

SERVIDORESA coluna recebeu e-mail de um

servidor público: "Tulio, será quealguém pode tirar a gente da lama?Estamos vendo um período de ver-gonha e perseguição contra os fun-cionários do estado. O governo Ro-sado para decepção geral é pior queo de Wilma de Faria. São três anosesperando pelo pagamento dosPCCS. O Governo implantou osPCCS da PM e do TCE, mas se re-cusa a pagar os demais, onde exis-tem categorias que há mais de 12anos não recebe R$ 0,01 de aumen-to salarial. Se estivessem pagando3% ao mês dos PCCS, hoje todosestariam implantados".

SERVIDORES IIO servidor conclui: "Dinheiro

tem e muito, são 12 bilhões/ano,só falta a boa vontade do governa-dor em querer autorizar. Mas issovirou birra, coisa de governo semplanejamento, pura mesquinharia,

estão tirando os reais dos funcio-nários e esquecem de combateros milhões com a corrupção, ser-vidores fantasmas, contratos su-perfaturados e só fazem acusar ogoverno passado, esquecendo que

estão fazendo pior. Virou um jogocruel e desumano e para piorar oprocurador geral vai tentar anularos planos. Se assim for, tem queincluir na conta os planos da PMe TCE que tem as mesmas bases

legais dos demais e são pagos ape-sar do Limite Prudencial. Por quêo aumento dos procuradores nãoconta no Limite Prudencial?".

PODEROSOSO casal que governa o RN, Carlos Augusto Rosado e Rosalba Ciarlini, em pose de confidências

flagrado pelo fotógrafo José Aldenir, deste JH. Segundo Sherloquinho, a Rosa teria dito para o ma-rido: "Carlos, eu to gostando do que você tá fazendo com os políticos do Estado. Tá todo mundo co-mendo na mão da gente; alguns reclamam, mas ninguém tem coragem de ficar contra a gente. Vocêrealmente é um gênio!". Monossilábico, Ravengar responde: "Eu sempre lhe disse: Deixe comigo queeu conheço esse povo. Eles fazem essa guerrinha, mas ninguém tem coragem de ficar longe das te-tinhas do poder; mulher, esse povo só faz munganga".

Walter Alves: “Fui convidado mas nãovou participar da reunião com Rosalba”

Carlos Augusto poderá tratar PMDB como tratou o vice

FILHO DO MINISTRO GARIBALDI REVELA INSATISFAÇÃO COM O GOVERNO E EVITA ENCONTRO COM CARLOS AUGUSTOALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

A reunião deste sábado do con-selho político vai acontecer emclima de chateação, desconfiançae suscetibilidade ferida. O encon-tro entre os aliados da governado-ra Rosalba Ciarlini (DEM) vai fi-nalizar o processo de escolha denomes para o secretariado esta-dual, especialmente o dos secretá-rios de Agricultura e Recursos Hí-dricos, que serão indicados peloPMDB e pelo PR. O conclaveRosa, todavia, falhará num dosseus principais objetivos: fortale-cer a aliança entre o governo e oPMDB. Ao que parece, após o en-contro a aliança estará mais frágildo que se possa imaginar.

O ministro da Previdência, Ga-ribaldi Filho (PMDB), não escon-de sua insatisfação com o governoRosalba. Primeiro pelo amadoris-mo do governo; segundo, pelo des-prestígio a que foi submetido desdeo princípio. Por fim, por todo o des-gaste que vem tendo na sua imagemem função da inabilidade política dogoverno.

Na sua avaliação, o professorLuiz Eduardo Carneiro Costa deve-ria entregar o cargo de secretário de

Trabalho, Habitação e AssistênciaSocial (SETHAS), única e exclusivaindicação do ministro para o primei-ro escalão do governo do Estado. Se-gundo consta, era para isso ter acon-tecido, não fosse a intervenção dopresidente da Câmara, HenriqueEduardo Alves (PMDB), que defen-de que, para destinar recursos fede-rais ao Rio Grande do Norte, preci-sa do governo do Estado.

É nesse contexto que acontecea reunião desta tarde, em que de-verão sentar-se à mesa a governa-dora Rosalba, o secretário chefe doGabinete Civil, Carlos Augusto Ro-sado, o presidente da AssembleiaLegislativa, Ricardo Motta (PMN),Henrique, Garibaldi e, talvez, o de-putado federal João Maia, presi-dente estadual do PR. A novidade,todavia, é quanto a participação dosdeputados estaduais do PMDB,uma exigência da governadora Ro-salba Ciarlini, que teria por objeti-vo enquadrar a bancada do partidona Assembleia Legislativa. Todos osparlamentares do PMDB foramconvidados: Walter Alves, Herma-no Morais, Gustavo Fernandes eNélter Queiroz.

DISSIDÊNCIA"Fui convidado, mas não vou

participar da reunião com Rosalba",antecipou no início desta tarde o de-putado estadual Walter Alves, líderda bancada do PMDB na Assem-bleia Legislativa. Segundo o par-lamentar, ele não vai poder ir. E,

apesar da insistência da reporta-gem, ele não deu mais detalhes.Walter acrescentou que é contrárioa que o Programa do Leite, atual-mente na Emater, volte a ser admi-nistrado pela SETHAS. "Não acho

necessário, sou contra", afirmou. Apesar de não revelar, a au-

sência de Walter no encontro con-firma a insatisfação dele em rela-ção ao governo. Nos últimosmeses, o parlamentar tem adota-

do postura adversa a do governoem seus pronunciamentos na As-sembleia Legislativa, com ênfaseàs cobranças por melhoria na se-gurança pública e em outras áreas,que na sua visão estão deixandoa desejar na administração Rosal-ba. Além disso, Walter consideraque o governo tratou os deputa-dos com desdém. Ele discorda dapostura do governo em relação adiversas matérias.

SECRETÁRIOSA reunião do conselho políti-

co deverá selar o nome do presi-dente da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores(ANORC), Júnior Teixeira, comopróximo secretário de Agricultu-ra. O deputado estadual KelpsLima (PR) poderá ser o indicadopara o cargo de secretário de Re-cursos Hídricos, abrindo a vaga naAssembleia para a suplente Anto-nio Petronilo (PMDB) - por issoque, pertencendo ao PR, sua in-dicação agrada ao PMDB. Os ou-tros cargos cotados - Emater, DE-TRAN, Caern - ainda não con-tam com nomes. A vaga de con-selheiro do Tribunal de Contas doEstado (TCE) também pode serdefinida hoje.

No que diz respeito à aliançacom o PMDB, a repactuação daaliança com o governo poderá terefeito contrário ao que se negocia.Em primeiro lugar, porque os alia-dos terão cargos, mas não se sabese terão poderes. Quando assumiuo governo junto com Rosalba em2011, o vice-governador RobinsonFaria (PSD), hoje adversário, teveRecursos Hídricos, Caern, Idemae IGARN. No entanto, seus pode-res foram esvaziados pelo governo,numa atuação de bastidor do entãoapenas marido da governadora Ro-salba, Carlos Augusto Rosado.

As informações dão conta deque, da mesma forma que Garibal-di desconfia de Carlos Augusto, arecíproca é verdadeira, ultimamen-te em função de problemas na FUN-DAC e outros que se acumulamdesde o início da gestão. A mesmaantipatia e desagrado também esta-riam sendo nutridos por Carlos Au-gusto em relação a Henrique Alves.O chefe de Gabinete estaria iradocom o fato de o PMDB estar colo-cando a "faca no pescoço" do go-verno, cobrando grandes espaçosdo governo Rosalba, ameaçandoromper, caso o governo não ceda oque o PMDB quer. De fato, Henri-

que promete ajudar o governo Ro-salba, mas apenas se o governoabrir espaços para que os peemede-bistas façam indicações.

Entre políticos próximos ao nú-cleo central do governo do Estado,comenta-se que o PMDB indicaráos cargos, mas o partido deverá sertratado como o governo tratou ovice-governador Robinson Faria,ou seja, terá esvaziado os poderese será isolado na gestão. Seria umaquestão de estilo de governar deCarlos Augusto Rosado.

Para completar o quadro de des-confiança, o DEM tem consciênciade que o PMDB estará em palan-que oposto nas eleições de 2014. Opartido de Henrique e Garibaldiformará palanque para Dilma Rous-seff (PT) no Rio Grande do Norte,enquanto que Rosalba e Agripinodeverão formar o palanque demo-tucano em torno do senador AécioNeves (PSDB-MG).

INCOMPETÊNCIA

Quando a crítica deixa de serfeita pela oposição e passa a serexercida pelos aliados, é porquenão há como duvidar da realidade.Nesta sexta, o próprio deputadoKelps Lima, ainda do PR, um par-

tido aliado, disse que o Estado passapor uma crise profunda na presta-ção de serviço por má gestão emtodos os setores. "O Estado temcrise profunda na prestação de ser-viço por má gestão em todos os se-tores", afirmou o parlamentar, du-rante entrevista nesta manhã ao Jor-

nal da Cidade, da FM 94. O deputado defendeu que o

governo Rosalba Ciarlini "puxeo freio, dê o famoso cavalo depau e ajuste a máquina com focona gestão", declarou, numa refe-rência à falência administrativado governo em diversos setores.

Além de Kelps, diversos aliadosteceram críticas à forma de ad-ministrar do governo do DEM. Opresidente da Câmara dos Depu-tados, Henrique Alves, classifi-cou o estilo de governar do DEMde "centralizador, isolado e anti-democrático". O deputado esta-dual Nélter Queiroz (PMDB)disse que Rosalba deveria ter maiscriatividade para solucionar osproblemas do estado, e que eladeveria mudar o modelo de ges-tão estadual.

Membro da bancada do gover-no e integrante de um partido quecompõe a base política da gover-nadora Rosalba Ciarlini (DEM), odeputado estadual George Soares(PR) é mais um a reconhecer amá administração do estado, espe-cialmente na área de saúde, e aadmitir sua insatisfação pessoalcom a gestão estadual. "O PR nãoestá satisfeito com o governo Ro-salba", afirmou Soares em entre-vista ao JH no dia 26 de dezem-bro de 2012. No começo desta se-mana, ele disse até agora nenhu-ma alteração na gestão RosalbaCiarlini ocorreu, mesmo decorri-dos meio mês da reunião em entreas lideranças governistas em Bra-

sília. Para ele, tudo não passouainda de "boas intenções".

O ex-secretário de Planejamen-to e Finanças do governo Garibal-di Filho, também ex-presidente daFederação das indústrias, BiraRocha, que é filiado ao DEM, em-bora seja peemedebista de carteiri-nha, disse na manhã deste sábadoque toda essa movimentação doconselho político não vai dar emnada. Bira foi cotado para ser con-vidado a assumir a pasta de recur-sos hídricos ou planejamento, masele não confirma. Ele também acre-dita que dificilmente o governo farámudanças no rumo desordenado dogoverno.

"Estou achando que não vai darem nada. O governo entrou na retafinal e não conseguiu aprumar. Émuito difícil agora; fazer mudançasnão é fácil", diz Bira Rocha. Se-gundo ele, o governo não conse-guiu se encontrar administrativa-mente e financeiramente. "Atéagora não teve equilíbrio, não é im-possível, mas é difícil", salientou."Gestão não é boa, e, por cimadisso, não tem dinheiro. Lógico quefalta tudo (inclusive criatividade).Na casa que falta pão, todo mundogrita e ninguém tem a razão", disse.

Deputado Walter Alves é defensor do afastamento do PMDB da gestão de Rosalba Ciarlini e é ouvido pelo pai Garibaldi

Chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, é acusado de centralizar ações

Wellington Rocha

Heracles Dantas

O processo licitatório elabora-do pela Prefeitura de Macau para acompra de combustível e lubrifi-cantes foi cancelado pela Justiçano início desta semana. O motivoda decisão do juiz Ricardo AntônioCabral Fagundes seria o excessode rigor com a qual a gestão mu-nicipal teria elaborado a licitação,excluindo a participação no certa-me de várias empresas e podendocausar prejuízo aos cofres públi-cos.

Entre essas empresas que tive-ram sua participação excluída de-vido às exigências do processo li-citatório, por sinal, está o posto FreiDamião, localizado a cerca de 5quilômetros da sede da Prefeiturade Macau. Segundo o edital do cer-tame licitatório, era vedada a par-ticipação de comércio de combus-tíveis que estivesse localizado amais de 5 quilômetros.

"Em uma análise perfunctória,típica deste momento processual,observa-se que a cláusula do editalque restringe a participação de em-presas que se localizem há mais de05 Km da sede da Prefeitura Mu-nicipal de Macau, a princípio, res-tringe demasiadamente a competi-tividade do certame, o que implicaem afronta ao princípio constitu-cional da isonomia. Em regra, a exi-gência do edital, para que se aten-

desse aos objetivos da própria lici-tação, deveria restringir-se à com-provação da habilitação técnica, ju-rídico-fiscal e econômico-financei-ra dos entes empresariais licitantes,de sorte a demonstrar a idoneidadedestes a realizar o objeto licitado",avaliou o magistrado, em decisãopublicada no dia 14.

"O rigorismo exacerbado nãose apresenta como justo motivopara determinar a inabilitação deempresa licitante. Explicite-se quepresente ainda o periculum in mora,

haja vista que a continuidade doprocedimento licitatório nos moldesprevistos no edital respectivo, coma cláusula restritiva supramencio-nada, maculará a competitividadedo certame, podendo resultar emprejuízo ao erário público", anali-sou o juiz em sua decisão.

"Na situação específica dosautos, sobretudo em atenção aos

princípios que devem nortear osprocedimentos públicos de contra-tação, deveria ser exigido dos con-correntes a demonstração das ele-mentares mínimas para a habilita-ção, desprezando-se exigências ex-cessivas e desproporcionais. A pró-pria norma trazida no art. 3º, da Lein.º 8.666/93 (Lei de Licitações),veda o estabelecimento de exigên-cias que venham a comprometer,ou mesmo frustrar, o caráter com-petitivo do procedimento, fazendosurgir situações de preferência e fa-vorecimento repelidas pelo siste-ma normativo nacional", acrescen-tou Ricardo Cabral.

Segundo o magistrado, "empre-sas outras, que não a impetrante,localizadas dentro dos limites ter-ritoriais deste município serão ali-jadas do direito de concorrer à li-citação em destaque, sem que a jus-tificativa se mostre plausível, dian-te da exigência desproporcionalcontida no edital" e, por isso, o juizdeferiu o pedido do posto Frei Da-mião de suspender o procedimen-to licitatório até alteração da cláu-sula de raio de presença das empre-sas participantes aos limites terri-toriais deste município.

Sábado e Domingo4 O Jornal de HOJE Política Sábado e DomingoNatal, 16 e 17 de março de 2013

DE BRASÍLIA - walgom@uol.com.br

Walter Gomes

DISCURSO À ELITEEm São Paulo, Eduardo Campos não se fez de roga-

do.Reunido com cinco dezenas de empresários (*) – gran-

des e médios –, o governador de Pernambuco falou como“muito provável” candidato ao Palácio do Planalto, segun-do um dos presentes.

n n nCampos fez comentários interessantes, sempre insis-

tindo na necessidade de renovar a política e de se fazermais pelo País. O birô da coluna selecionou quatro. Se-guem sem aspas, porque as afirmações não são literais:

1. O projeto político que ajudei a eleger não tem con-dições de dar passos adiante;

2. É preciso ouvir os críticos. Fazer crítica não é ser ad-versário;

3. Popularidade vai e vem. Popularidade é garantia devoto;

4. Há problemas na economia e na administração. OBrasil corre o risco de perder o ano, se apenas forem pri-vilegiadas as composições político-eleitorais.

???(*) A reunião-jantar, há dois dias, foi na casa do ex-de-

putado Flávio Rocha, diretor do Grupo Riachuelo.

GOLPE É MANJADOEsperteza quando é demais vira bicho e come o dono.O adágio cai bem como referência à ação política de

Gilberto Kassab (foto), ex-prefeito de São Paulo e, desdea refundação, presidente nacional do PSD.

n n n

Trata-se do conhecido jogo duplo; aliás, triplo.Kassab corteja o governo, quando declara apoio à ree-

leição da presidente da República; insinua-se à oposição,ao admitir uma conversa aprumada “no tempo certo”; ebanca independência, se o assunto é o comportamento dasbancadas do peessedê no Senado (dois representantes)e na Câmara (48 deputados).

t Cássio Cunha Lima(PSDB) lidera as inten-ções de voto para voltarao Executivo da Paraíba.Conforme pesquisa as-sinada pelo InstitutoConsult, o senador so-cial-democrata, fossehoje a eleição, bateria ogovernador (recandida-to) Ricardo Coutinho(PSB). Percentual do pla-car: 37,5 a 27,7.t Em maio, Renato Perei-ra estreia como marque-teiro do PSDB federal. t Informa o IBGE: a ca-pital da República tem omaior índice nacional dehabitantes empregadosdo governo regional: 5%.No Rio Grande do Norte(16º lugar), 1,7% da po-pulação.t José Fortunati sucede aJoão Coser na presidên-cia da Frente Nacional dePrefeitos. Fortunati (PDT)

governa pela segunda vezconsecutiva a capital gaú-cha. Coser (PT) adminis-trou Vitória (ES) duranteoito anos.t O potiguar PauloDavim (PV) integra a co-missão de senadoresque vai propor alternati-vas para o financiamen-to da saúde pública. Opresidente do colegiadoé Vital do Rego (PMDB-PB); o relator, HumbertoCosta (PT-PE).t Bom fim de semana eaté terça-feira. Segunda,Joaquim Pinheiro redige eedita a coluna.t Para refletir: “O queparece o auge do absur-do numa geração, mui-tas vezes torna-se oauge da sensatez na se-guinte” (Adlai Steven-son, político estaduni-dense).

LEITURA DINÂMICA

> A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT-RS), propõe a apuração do envolvimento de José MariaMarin na prisão do jornalista Vladimir Herzog, morto sob tor-tura na fase mais perversa da ditadura militar. À época, o pre-sidente da Confederação Brasileira de Futebol era da ban-cada da Arena na Assembleia Legislativa de São Paulo.Marin, velho integralista, governou o estado (maio de 1982a março de 1983) e atuou no movimento político-empresa-rial de Caça aos Comunistas.

> Tucano do Paraná, Álvaro Dias afirmou ontem, no Se-nado, que o ministro Guido Mantega (Fazenda) “Veio paraconfundir, não para explicar”. Foi rebatido pelo líder do go-verno na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM): “A agenda ma-croeconômica do nosso país está sendo atendida com res-ponsabilidade e bom senso."

> Há algum tempo, o PPS sinalizava que ficaria fora daórbita do PSDB. A partir da próxima semana, a legenda co-meça a tomar rumo. Definição, porém, só no fim deste ano,quando realizará seu XVIII Congresso. São três as verten-tes de opinião. Um grupo prefere aliar-se ao projeto do go-vernador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); outro, aoda ex-senadora Marina Silva, a acriana que tenta criar o par-tido Rede Sustentabilidade. O terceiro, bem menor, defendecandidatura própria à Presidência da República, em 2014. Nostrês blocos, há torcedores de uma hipotética fusão, para abrirjanela que ampare parlamentares insatisfeitos em outras si-glas.

Fatos e bastidores

Júlio Protásio e Sávio Hackradtarticulam maioria para o prefeito LÍDER GOVERNISTA E CHEFE DA CASA CIVIL TRABALHAM JUNTO A PARLAMENTARES

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O vereador Júlio Protásio, líderdo prefeito na Câmara Municipale o secretário-chefe do GabineteCivil, Sávio Hackradt, continuamarticulando junto aos vereadoresde Natal a formação de uma maio-ria prol Carlos Eduardo para apro-vação dos projetos encaminhadospelo Poder Executivo Municipalcom tranquilidade. A expectativa,segundo o vereador Franklin Capis-trano, do PSB, que é um dos apoia-dores do prefeito, é que até finaldeste mês a bancada governistaseja definida. "O objetivo é o pre-feito contar com no máximo 21 ve-readores e no mínimo com 17 par-lamentares de um total de 29", disseo vereador do PSB.

Franklin Capistrano considera"legítimas" as articulações para queo prefeito de Natal conquistar novosapoiadores por entender que umabancada expressiva significa gover-

nabilidade e consequentemente maischance do projetos do executivo en-caminhados à Câmara Municipalserem aprovados. "Quem ganha como prefeito tendo maioria é a popu-lação de Natal", avalia o vereador,que é médico psiquiatra e exerce oseu terceiro mandato de vereador.

OPOSIÇÃO E GOVERNOTeoricamente, são considerados

da bancada de oposição os vereado-res Rafael Motta, Ary Gomes, Cha-gas Catarino e Albert Dickson, todosdo PP. O vereador Paulinho Freire,também do PP, declarou-se inde-pendente, entretanto, salienta quepoderá votar favoravelmente a pro-jetos encaminhados por CarlosEduardo, desde que sejam bons paraNatal. O PSB, partido liderado pelavice-prefeita de Natal, Wilma deFaria, conta com os vereadoresFranklin Capistrano, Júlio Protásio,Júlia Arruda e o Bispo Franciscode Assis, todos integrantes da ban-cada de apoio ao prefeito.

A bancada do PMDB é forma-da pelos vereadores Felipe Alves,Bertone Marinho e Ubaldo Fernan-des. Felipe Alves, que é filho doconselheiro do Tribunal de Contas,Paulo Roberto Alves e sobrinho dosenador Garibaldi Filho, diz ser deoposição moderada, portanto, votacontra e favorável aos projetos doprefeito, dependendo das circunstân-cias, enquanto, Bertone Marinhoassume posição de independência eUbaldo Fernandes é declarado dabancada favorável ao prefeito deNatal. Aquino Neto e Luiz Almirpertencem ao PV do senador PauloDavim. São de oposição, masdevem conversar com emissáriosdo prefeito de Natal para mudar debancada brevemente. Outro decla-radamente de oposição é o vereadorJacó Jácome, filho do deputado An-tonio Jácome, eleito para o seu pri-meiro mandato pelo PMN, a exem-plo de Aroldo Alves e Dickson Jú-nior, do PSDB, seguidores da orien-tação política do presidente da le-

genda, Rogério Marinho. Os dois vereadores do PHS,

Eudiane Macedo e Maurício Gur-gel e o vereador George Câmara,do PC do B, votaram em CarlosEduardo e devem se manter na ban-cada do prefeito. Adão Eridan,único vereador do PR, foi o maioropositor da administração passadae no momento assume posição deneutralidade, com elogios e críti-cas pontuais ao atual prefeito.Dagô, do DEM, ainda não demons-trou nenhuma tendência, mas devese integrar à bancada governista, aexemplo da vereadora Eleika Be-zerra, do PSDC. Oposição radicaltem sido feita pelos vereadoresMarcos Antonio e Sandro Pimen-tel, ambos do PSOL e AmandaGurgel, do PSTU. O PT está divi-dido: Fernando Lucena declarou-se de oposição e Hugo Manso as-sume posição de independência,votando contra e favorável aos en-caminhamentos do prefeito CarlosEduardo, do PDT.

> DIFICULDADES PARA COMPETIÇÃO

Justiça cancela licitação em Macau por “restringir” empresas

Vereador Júlio Protásio pode comandar bancada com 21 dos 29 vereadores Franklin Capistrano: “Quem ganha com o prefeito tendo maioria é Natal”

Prefeito Kerginaldo Pinto terá que fazer nova licitação para comprar combustível

José AldenirJosé Aldenir

Divulgação

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 5Natal, 16 e 17 de março de 2013Política

Rosalba arrecadou mais de R$ 1 milhãopor hora nos meses de janeiro e fevereiro

Hospitais estaduais não realizaram nenhumpagamento nos dois primeiros meses do ano

Governo do Estado gastou menos de R$ 1 milhão paramanter secretarias de Esportes e Turismo em dois meses

RECEITA DE 2013 AUMENTOU R$ 4 MILHÕES A MAIS POR DIA, O QUE DÁ R$ 236 MILHÕES A MAIS EM DOIS MESESCIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

O ritmo de arrecadação que oGoverno do Estado começou o anoperdendo um pouco de fôlego, masmesmo assim a gestão RosalbaCiarlini continua com uma médiadiária bem superior aos númerosde 2012. Pelomenos, é o quedemonstra oPortal da Trans-parência daatual adminis-tração estadual,em dados jáatualizados cominformações defevereiro. Pelosnúmeros, é pos-sível constatarque a governa-dora do DEM játeve em 2013,só considerandoos dois primei-ros meses, R$1,565 bilhão. A previsão até o finaldo ano é de arrecadar R$ 10,998bilhões.

Esse valor já conseguido atéagora significa que o Rio Grandedo Norte arrecadou, por dia, R$26,539 milhões. Mais de R$ 1,1milhão por hora. E é porque essevalor ainda é um pouco menor queo arrecadado diariamente em janei-

ro, quando a gestão Rosalba Ciar-lini conseguiu impressionantes R$28 milhões por dia. Porém, consi-deravelmente maior do que amédia vista em todo o ano passa-do, quando a receita estadual atin-giu uma média de R$ 22 milhõesdiários.

Em uma comparação rápida, épossível dizerque em 2013 oGoverno do Es-tado está conse-guindo arrecadarcerca de 18% amais, por dia,que em 2012. Éo mesmo tam-bém que dizerque a gestão Ro-salba Ciarlini ar-recada cerca deR$ 4 milhões amais tambémdiariamente. Aofinal dos doisprimeiros

meses, foram R$ 236 milhões amais.

E essa na média de arrecada-ção diária em comparação a janei-ro e fevereiro, claro, não é resul-tante apenas do fato do segundomês do ano ser três dias menorque o primeiro. É consequência,sim, de uma diminuição nos tiposde arrecadação na passagem deum mês para o outro. Afinal, em

janeiro, foram arrecadados, exa-tamente, R$ 922 milhões. Só dereceitas correntes - incluindo a re-ceita patrimonial, tributária e detransferências correntes - o Go-verno do Estado conseguiu R$ 740milhões.

Em fevereiro, o valor total ar-

recadado foi menor que o conse-guido só com esse tipo de receita:R$ 643 milhões. De recursos or-dinários, foram "apenas" R$ 435milhões. Não se tem registro,porém, da receita patrimonial, porexemplo, o que poderia explicarboa parte da redução.

Enquanto isso, a maior quan-tia arrecadada em fevereiro foi,novamente, na receita tributária,que rendeu para os cofres públicosR$ 334 milhões, sendo R$ 303 mi-lhões de Imposto sobre a Produçãoe Circulação de Mercadorias(ICMS). Desde o ano passado, a

arrecadação do ICMS mostra-se amaior fonte de renda do Rio Gran-de do Norte.

UNIDADES GESTORASConsiderando apenas as uni-

dades gestoras, os recursos de 2012nos primeiros meses do ano foram,principalmente, da Coordenadoriade Administração Financeira, res-ponsável por R$ 1,293 bilhão, e oInstituto da Previdência dos Ser-vidores do Estado, com R$ 141milhões. Este, inclusive, já teveuma despesa de R$ 124,9 milhões,mas ainda tem "restos a pagar" de,aproximadamente, R$ 60 mil.

A Secretaria Estadual de SaúdePública (Sesap) foi a pasta que maisarrecadou: R$ mais de 40,5 mi-lhões. A unidade foi seguida pelaSecretaria de Estado da Infraestru-tura (R$ 24 milhões) e a Secreta-ria de Estado, do Trabalho, Habi-tação e Assistência Social (Sem-thas), com R$ 18 milhões. A Sesap,porém, ainda tem altos valores derestos a pagar: R$ 39 milhões.

E é porque o valor mais quedobrou em relação ao mês de ja-neiro, quando bateu R$ 19,7 mi-lhões. Não por acaso, a Sesap, dosecretário Isaú Gerino, é a maisdevedora somando os dois primei-ros meses, seguida pelo Departa-mento de Estradas e Rodagens(DER), que está devendo R$ 22,5milhões.

Rosalba Ciarlini teve R$ 1,1 milhão por hora entrando nos cofres do Governo do Estado, mas reclama da falta de recursos

No início de fevereiro, O Jornalde Hoje fez uma matéria sobre ascontas públicas baseados no Portalda Transparência e apontou que aSecretaria Estadual de Saúde Pú-blica (Sesap) era a pasta que maisdevia. Os restos a pagar chegavama quase R$ 20 milhões. Agora, ob-servando novamente a prestação decontas virtual, outro dado, tambémligado à saúde (mas que não entramna relação da Sesap), chama a aten-ção: o fato de não haver registro, emnenhum dos hospitais estaduais, dequalquer pagamento público.

Isso significa dizer, por exem-plo, que o Hospital Maria Alice Fer-nandes não comprou um único item.Alias, comprar, comprou, mas pagarque é bom, nada. Afinal, há regis-tro da contração da dívida, em formade "restos a pagar", mas não de pa-gamentos. O mesmo vale para oWalfredo Gurgel, também em Natal,o Tarcísio Maia, em Mossoró, o Gi-selda Trigueiro (Natal), o Deoclé-cio Marques (Parnamirim), o Cleo-don Carlos de Andrade e o de Açu.

Consequentemente, as dívidasnão foram poucas. Só do MariaAlice Fernandes, por exemplo, res-taram a pagar R$ 787 mil ao finalde dois meses - veja o box. E no quediz respeito aos gastos e as dívidas,o maior credor do Maria Alice é aDixtal Biomedica Indústria e Co-mércio Ltda. Aunidade médica deveR$ 393 mil. A CIPEN - Cirurgia

Pediátrica de Natal é a segundamaior credora do hospital: R$ 179mil.

É importante lembrar que a uni-dade pediátrica Maria Alice Fer-nandes é a que foi alvo, na últimasemana, de várias críticas do anes-tesista Madson Vidal, um dos coor-denadores da Associação Amigosdo Coração da Criança (Amico). Omotivo seria a falta de unidades deterapia intensiva (UTI) pediátricase neonatal.

O Walfredo Gurgel, por sua vez,

tem uma dívida de R$ 768 mil. É osegundo mais devedor. A frente doTarcísio Maia, de Mossoró, com R$309 mil, e Giselda Trigueiro, que al-cançou R$ 254 mil. O Hospital daMulher, em Mossoró, não aparecena relação por ser administrado poruma organização social (Inase).Porém, segundo informações daSesap, até o momento, só o paga-mento referente a janeiro foi efe-tuado em depósito judicial, no valorde aproximadamente R$ 2,2 mi-lhões.

Secretaria de Saúde, gerida por Isaú Gerino, continua tendo a maior dívida entre as pastas: R$ 39 milhões Somando três unidades médicas, incluindo Walfredo Gurgel, as dívidas chegam a quase R$ 2 milhões

DÍVIDAS DA SESAP COM HOSPITAIS

HOSPITAL QUANTO FOI PAGO QUANTO ESTÁ DEVENDOHOSPITAL MARIA ALICE FERNANDES 0,00 787.419,80HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL 0,00 768.364,99HOSPITAL REGIONAL TARCISIO MAIA 0,00 309.213,68HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO 0,00 254.089,77HOSPITAL REGIONAL DEOCLÉCIO MARQUES DE LUCENA 0,00 229.095,91HOSPITAL REGIONAL DR CLEODON CARLOS DE ANDRADE 0,00 104.443,27HOSPITAL REGIONAL DE AÇU 0,00 73.500,49

O Governo do Estado, nos doisprimeiros meses de gestão, inves-tiu sobretudo em Educação eSaúde, mantendo a linha de gastosdos anos anteriores. Na SecretariaEstadual de Educação e Culturaforam R$ 188 milhões, dos R$ 785milhões já gastos - e registrados -em toda a administração estadual.Já com a Saúde, foram outros R$97 milhões e a pasta só não foi asegunda que mais gastou por causado Instituto de Previdência do Es-tado, que até fevereiro acumulavaR$ 124,9 milhões.

Contudo, em duas outras pas-tas consideradas também "de des-taques" e importantes para a po-pularização de uma administraçãoos gastos foram mínimos. A Se-cretaria do Estado do Esporte e do

Lazer (SEEL), por exemplo, con-sumiu menos de R$ 200 mil. Foramapenas R$ 93 mil pagos e outros R$89 mil de restos a pagar. Vale lem-brar que, apesar da economia napasta, o Estado é uma das sedesda Copa do Mundo de 2014.

Em outra análise, ressalta-seos gastos públicos com o turismo,apesar do litoral potiguar ser umdos destinos mais procuradores doBrasil. A Secretaria de Turismoteve um gasto de apenas R$ 176mil e outros R$ 382 mil de restosa pagar. A Empresa Potiguar dePromoção Turística, a Emprotur,outros R$ 223 mil já pagos e umadívida de R$ 116 mil.

Ou seja: apesar do turismo seruma das atividades econômicasmais importantes do RN, nos dois

primeiros meses do ano, justamen-te, na época de veraneio e carna-val, o Governo gastou menos deR$ 1 milhão no setor. Além disso,a Setur é gerida por Renato Fernan-des, que é próximo a Rosalba Ciar-lini e integra o PR, um dos princi-pais partidos da base aliada gover-namental.

Para se ter uma ideia na econo-mia da pasta de turismo e dos es-portes, que gastaram - somandoaté as dívidas - menos de R$ 1 mi-lhão, a pasta de Comunicação So-cial, responsável pela administra-ção da publicidade do Governo doEstado, gastou R$ 66 mil, mas jácomprometeu, no mesmo períodoanalisados nas secretarias de Es-porte e Turismo, mais de R$ 3,4milhões. Três vezes mais. Calçadão de Ponta Negra continua sendo destruído aos poucos e o Governo do Estado não atuou para resolver o problema

O Governo do Estado estáconseguindo arrecadar

cerca de 18% a mais, pordia, que em 2012.

Já arrecadou R$ 1,5 bilhão somente

em 2013

José Aldenir

Heracles DantasJosé Aldenir

Heracles Dantas

Sábado e Domingo6 O Jornal de HOJE CidadeNatal, 16 e 17 de março de 2013

Centenas de educadores lota-ram o auditório do Instituto Fede-ral de Educação Tecnológica doRio Grande do Norte (IFRN) namanhã deste sábado (16) para par-ticipar do primeiro Fórum de Se-gurança para Educadores. OFórum, promovido pela PolíciaMilitar do RN, por meio do Pro-grama Educacional de Resistên-cia às Drogas (Proerd), dando con-tinuidade a um trabalho de cons-cientização quanto à segurança pú-blica, foi desenvolvido como ini-ciativa voltada aos educadores epais interessados em conhecer maissobre os tipos de ameaça passíveisde ocorrer com as crianças e ado-lescentes, em especial a pedofiliae aos crimes cibernéticos.

Na plateia, além dos palestran-tes Tânia Guerreiro, subtenente daPolícia Militar do Paraná, e espe-cialista em estudos sobre comba-te à pedofilia, Marcelo Abdalla dosReis, perito criminal federal espe-cialista em crimes em ambientevirtual, estiveram presentes auto-ridades estaduais, operadores desegurança, conselheiros tutelares,educadores, estudantes universi-tários e representantes de igrejas.

A tenente coronel MargaridaBrandão, coordenadora do Proerdno RN, explica que o Programadesenvolve inúmeras ações volta-das à comunidade escolar e oFórum voltado para educadores éresultado de uma grande deman-da dos próprios educadores quepediam, constantemente, dicas decombate a pedofilia. "Nós temosnas escolas uma caixinha de de-núncias e grande parte das quechegavam eram justamente que-rendo saber informações sobre apedofilia ou denunciando a vio-

lência sofrida. E diante dessa de-manda, criamos esse Fórum tra-zendo uma grande especialista na-cional, passando para os educado-res como identificar os possíveispedófilos e a quem recorrer. Outragrande demanda era em relaçãoaos crimes virtuais muitos ligadosà pedofilia. Para isso, trouxemosum agente federal que tratará sobreessa temática", destacou a coor-denadora do Proerd.

Pedofilia e crimes cibernéti-cos já eram temas tratados dentrodo Programa, mas segundo a te-nente coronel Margarida Brandão,os professores tinham a necessida-de de se aprofundar nessa temáti-ca. "Existe muita denúncia a res-peito do mau uso da internet, es-pecialmente em relação aos ado-lescentes, como é o caso dobuillyng e os casos de pedofilia. In-felizmente estes crimes acontecemcom frequência, principalmente,no interior do Estado, como é ocaso do município de Nísia Flores-ta, que recebemos uma grande de-manda de informação a respeitodo crime de pedofilia", afirmou.

A especialista em crimes depedofilia, a subtenente da PolíciaMilitar do Paraná, Tânia Guerrei-ro, traçou um perfil de quem é opedófilo. "É importante que estesatores saibam quem é este homem,quem é esta mulher, que causatanto mal as nossas crianças. Comoeles agem, por que eles se atraem,quais os tipos de pedófilos queexistem, qual é o papel dos pais,quais as legislações que tratamdisso, pois pedofilia ainda não é ti-pificado como crime no CódigoPenal. Hoje, o pedófilo estuprauma criança e pega carona no ar-tigo 213 ou 217 do Código Penal,

que é violência contra vulnerável,e não pedofilia. A nossa luta, há 13anos, colhendo assinaturas paramandar para o Senado Federal paraque pedofilia seja tipificado comocrime hediondo, com pena de 30anos, pois entendemos que o pe-dófilo cumprindo no artigo 213,que pega de 8 a 15 anos, com osbenefícios da legislação, reduz apena dele e depois de ele liberto,o prazo para ele está estuprando etocando de novo nas crianças é de48 horas. Queremos que isso setorne crime com pena de 30 anos

em regime fechado, para protegeras nossas crianças", destacou.

Tânia Guerreiro disse que énecessária a criação de políticaspúblicas para prevenção de pedo-filia e mais capacitação para oseducadores, que possam identifi-car a criança vítima de pedofilia,já que 89% dos casos são registra-dos em ambiente doméstico. "En-tendo que a única esperança dascrianças está nos mestres e nosprofessores e eles sendo capacita-dos vão ter condições de olhar paraa criança e saber se ela está sendo

violentada e abusada, só pela ma-neira da criança agir, sentar, brin-car. Quanto mais pessoas nos ouvir,menos crianças abusadas teremos.A prevenção de casos de violênciaé extremamente simples, pois otermômetro é a vítima, a criança.Se ela mudar de comportamentotem que se preocupar", destacou asubtenente.

O perito da PF, Marcelo Ab-dalla, destacou a importância dainternet na sociedade contemporâ-nea, mas alertou para a segurançae o uso responsável dos meios vir-tuais, em especial pelas crianças eadolescentes. Marcelo deu dicasao público presente alertando parao perigo que existe com uso indis-criminado da internet. "É necessá-rio estabelecer um ambiente de diá-logo e confiança mútua entre ospais e filhos. Os pais precisam edu-car seus filhos e mostrar que na in-ternet, assim como na vida real,existem lugares que as crianças nãodevem ir. Feito esse ambiente dediálogo, é necessário o acesso su-pervisionado. Jamais se deve dei-xar uma criança acessar a internetde forma irrestrita e sozinha", des-tacou o perito Marcelo Abdalla.

A coordenadora do ProgramaRN Vida, Sonali Rosado, disse quepensando em todos os problemasda sociedade moderna que atingeos jovens e as crianças é necessá-rio que se crie políticas públicasvoltadas para essa problemática."É nesse contexto que o RN Vidasurge para contribuir, junto com oProerd, no combate aos crimes queafetam as crianças e adolescentes.Precisamos despertar a sociedadepara um tema tão importante e ficofeliz em ver esse auditório lotadode pessoas compromissadas com

a luta em favor das crianças e ado-lescentes. Precisamos de maisações de segurança pública paragarantir a proteção de nossas crian-ças", afirmou.

Durante o ano de 2013, contaa tenente coronel Margarida Bran-dão, o Proerd vai desenvolver ou-tras atividades voltadas à comuni-dade escolar. A primeira ação já seinicia em abril, que é o SegurançaComeça na Escola. "Inúmeras ins-tituições, através do RN Vida, Po-lícia Militar, Polícia Federal, Polí-cia Civil, Guarda Municipal, essarede inteira unida em combate àsdrogas e à violência", destacou.

O Proerd hoje conta com 210policiais, distribuídos em 46 mu-nicípios no Estado e mais de 500mil alunos já passaram pela capa-citação. "É importante que todosestejam, cada vez mais, unidosnessa luta contra as drogas, pois acada dia percebemos que a deman-da aumenta, o sofrimento também.O Proerd está pronto a ensinar astécnicas de prevenção àquelas pes-soas que estejam interessadas emser colaborador voluntário do pro-grama", afirmou a tenente coro-nel Margarida Brandão.

No próximo sábado (23), das8h às 12h, no Sest/Senat, o Progra-ma Educacional de Resistência àsDrogas, estará realizando o IIWorkshop de Ações Preventivas.Este Workshop foi desenvolvidocomo iniciativa voltada aos educa-dores interessados em adquirir co-nhecimento através das experiên-cias do PROERD, colaborandoassim na ampliação da rede de pre-venção ao Uso de Drogas e à vio-lência no Estado. A expectativa éque cerca de 200 professores pos-sam ser capacitados.

Fórum de Segurança para Educadores discutecombate à pedofilia e aos crimes cibernéticos

Especialistas realizam palestra sobre qualidade do sono

Evento realizado neste sábado é resultado de demanda dos próprios educadores que cobravam dicas sobre pedofilia Tânia Guerreiro e Marcelo Abdalla, especialistas em combate a pedofilia e aos crimes de internet, respectivamente, participaram

PARA COORDENADORA DO PROGRAMA RN VIDA, É PRECISO CRIAR POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Segundo Tenente Coronel Margarida, outras ações serão desenvolvidas nas escolas

O Dia Mundial do Sono foi co-memorado na última sexta-feira(15) e durante toda semana diver-sas instituições realizaram ativida-des alusivas à data. Com o slogan'Durma bem para envelhecer comsaúde', Natal participou pela pri-meira vez das comemorações, queforam encerradas na manhã destesábado (16), em uma série de pa-lestras com os temas mais impor-tantes que envolvem o sono.

As atividades realizadasforam organizadas e coordena-das pela neurologista IsadoraQueiroz, que foi convidada pelaAssociação Mundial de Medici-na do Sono (WASM) para divul-gar a data. Segundo a especialis-ta, o fato de se ter um dia dedi-cado à essa temática pode repre-sentar uma mudança na qualida-de de vida da população.

"O Dia Mundial do Sono é umadata muito importante para eviden-ciarmos os benefícios e malefíciosque o sono, ou a falta dele, podemcausar nas pessoas. Existem mui-tas dúvidas e mitos acerca desseassunto e nas atividades que reali-zamos para comemorar a data éuma oportunidade de esclarecer a

população e indicar a melhor formade lidar com o sono. Sempre con-tamos com a presença de médicose especialistas que nos ajudam aconscientizar à população sobre aimportância de prezar pela quali-dade do sono", afirma IsadoraQueiroz.

Cerca de 40 pessoas assistiramàs palestras que aconteceram noauditório do Parque da Dunas.Entre os temas abordados, os espe-cialistas Paulo Roberto Albuquer-que (pneumologista), Ilana Ribei-ro (fisioterapeuta respiratória) Ri-cardo Queiroz (cardiologista) eKatie Almondes (psicóloga) apre-sentaram e debateram os princi-pais problemas relacionados aosono, que são a apneia do sono ea insônia. Durante as palestras, ospresentes puderam fazer pergun-tas e se mostraram satisfeitos comos esclarecimentos prestados, comoafirma a professora Maria do So-corro Saraiva.

"Hoje em dia a vida que a genteleva, com muito trabalho e muitasatividades pode nos deixar esse qua-dro de problemas com o sono e euacho que esse estudo de hoje foimuito proveitoso porque consegui

tirar todas as minhas dúvidas. Agorasaberei lidar com os possíveis pro-blemas de sono que eu posso vir aapresentar. Ter um dia dedicado a

essa temática é realmente muito re-levante para a sociedade", diz a pro-fessora Maria do Socorro Saraiva.

Segundo dados da Organiza-

ção Mundial de Saúde, 40% dapopulação mundial sofre com ap-neia do sono e cerca 30% a 40%com a insônia. No Brasil, os indi-

víduos que não conseguem ter umrepouso de qualidade totalizam43%. Para a neurologista IsadoraQueiroz, que também é a respon-sável pelo laboratório de Medici-na do Sono da Neurolife, é impor-tante a população estar conscien-te da importância de se ter um sonode qualidade. "A má qualidade dosono acarreta problemas físicos ementais. Por isso, não pode ser ig-norada e o cuidado deve ser toma-do desde a criança. Não estamosfalando de quantidade, mas de qua-lidade, pois não adianta a pessoadormir 8 horas por dia se o sononão for realmente bom", pontua.

A médica lembra que é preci-so estar atento aos sinais que ocorpo apresenta quando está afe-tado por problemas do sono. "Ocansaço excessivo, que acompa-nha a pessoa ao dormir e ao acor-dar, por exemplo, são sinais quepodem dificulta o controle da pres-são arterial e o emagrecimento.Percebendo esses sinais, é preci-so procurar tratamento para evitarque o quadro se agrave e atrapa-lhe, inclusive, a vida social de quesofre com os problemas do sono",explica a neurologista.

Programação foi encerrada com palestra neste sábado. Para Maria do Socorro, encontro foi proveitoso porque tirou dúvidas

> DIA MUNDIAL DO SONO

Fotos: José Aldenir

José Aldenir

MARCOS AURÉLIO DE SÁ administracao@jornaldehoje.com.br

HOJE na Economia

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 7Natal, 16 e 17 de março de 2013

Economia

Publicação do Sebrae-RN ajudaprodutores a conviver com a secan Para ajudar os produtores rurais a encontrarsoluções de convivência com a seca no campo,o Sebrae no Rio Grande do Norte elaborou olivro "O Produtor Rural e o Rio Grande doNorte Semiárido - Sugestões para ConviverMelhor com as Secas". n O lançamento ocorreu nesta quinta-feira, noCentro de Treinamento Senadora Kátia Abreu, noParque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim,e contou com a parceria da Federação da Agri-cultura e Pecuária do RN (Faern) e AssociaçãoNorte-rio-grandense de Criadores (Anorc).nA publicação aponta alternativas para os pro-blemas vividos pelos sertanejos, que sofrem coma vegetação secando e o rebanho morrendo porfalta de alimentação e, principalmente, de água. n Para se ter uma noção da gravidade da si-tuação, mais de 200 mil cabeças de gado foramdizimadas devido à falta de chuvas no semiá-rido potiguar. n Dos 167 municípios do Rio Grande do Norte,144 estão em situação de emergência por seca.n O livro servirá de cartilha com propostasa serem implementadas por 1.800 pequenosprodutores, atendidos pelo projeto Sebrae noSemiárido. n Dividido em sete áreas macro (meio ambien-te, bovinos/bubalinos/caprinos/ovinos, psicultu-ra, apicultura, cultivo da mandioca, fruticulturae olericultura), o livro contém ensinamentos prá-ticos para quem possui propriedade rural, reba-nhos ou qualquer atividade do agronegócio. n Traz orientações, como técnicas de manejo,as raças mais adequadas ao clima seco, cultivode forrageiras, enriquecimento de alimentação einstalação de poços e cacimbas. n O livro com 172 páginas pode ser baixado dainternet no endereço http://migre.me/dG3q1.n O material foi elaborado por uma equipemultidisciplinar de 32 técnicos (entre agrô-nomos, veterinários e zootecnistas) que, du-rante seis meses, colheu as principais deman-das junto aos produtores inseridos no proje-

to Sebrae no Semiárido. n No total, foram realizados 1.575 diagnósticose, a partir deles, elaboradas as soluções contidasna publicação. n "O intuito é fornecer informações técnicas pre-cisas para os produtores atendidos pelo projeto edar subsídios a quem tem negócios no sertão po-tiguar. Queremos com essa publicação estimularas instituições envolvidas com o meio rural a re-pensar o semiárido e despertar o interesse pornovos estudos capazes de solucionar os proble-mas dessa região", explica o gerente da Unidadedo Agronegócio do Sebrae-RN, Ronil Fonseca.

Dom Jaime participará de reunião sobre a seca na região Nordeste nO Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha,juntamente com bispos de outros estados da re-gião Nordeste, participarão de uma reunião, emRecife, na próxima quarta-feira, às 14 horas, noauditório da Universidade Católica. n Na ocasião, será entregue aos representantesdos poderes Executivo e Legislativo de Pernam-buco o documento "Diretrizes de Convivênciacom o Semiárido". n O documento, que foi produzido por repre-sentantes de movimentos e organizações da so-ciedade civil pernambucana, tem o objetivo decontribuir com a construção de políticas públi-cas direcionadas à Região Nordeste.n Do encontro, no dia 20, também participarãoo vice-presidente da Conferência Nacional dosBispos do Brasil (CNBB) e Arcebispo de SãoLuiz, Dom José Belizário da Silva, e o secretá-rio-geral e bispo auxiliar de Brasília, Dom Leo-nardo Ulrick Steiner.n A decisão de reunir parceiros para a cons-trução desse documento foi do MovimentoSindical dos Trabalhadores e TrabalhadorasRurais de Pernambuco e da Arquidiocese deOlinda e Recife. n A produção do texto foi subsidiada pelas ex-periências de convivência com o semiárido, de-senvolvidas pela sociedade civil, nos diferentesestados da região Nordeste.

Feira Internacional da Fruticultura já tem 40% dos estandes vendidosn A menos de um mês dolançamento da 16º Feira In-ternacional da FruticulturaTropical Irrigada (Expofruit),que será realizada no dia 4de abril, 40% dos estandes jáforam comercializados.nA feira,que acontece de 10a 12 de julho, no Expocen-ter/Ufersa, em Mossoró, terá300 estandes distribuídos emum espaço de 15 mil m2.Cada estande terá 12 m2 eestá disponível por R$ 2.500. n De acordo com o respon-sável pela venda dos estan-des, as vendas estão boas eestá havendo uma procura denovas empresas que desejamexpor seus produtos e servi-ços na feira. n Na edição deste ano, osorganizadores vão oferecernovas tecnologias, produtose serviços. "Estamos definin-do um novo formato para afeira, que trará informaçõesmais direcionadas para o pro-dutor potiguar com umaatenção especial para os quese enquadram na agriculturafamiliar. Vamos focar tam-bém o mercado interno. Asrodadas de negócios tambémvão passar por mudanças,que ainda estão sendo defi-nidas", afirma Francisco Se-gundo de Paula, presidente

do Comitê Executivo de Fru-ticultura do RN (COEX).

Prefeito de São Gonçalo quer viabilizar criação 600 empregos na zona ruraln O prefeito de São Gonça-lo do Amarante, Jaime Cala-do, se reuniu na manhã destasexta-feira, no GabineteCivil, com empresários dosetor de marmoraria do RioGrande do Norte. n A reunião teve como ob-jetivo estudar alternativaspara a criação de um poloindustrial, que além de bene-ficiar o município com avinda de 20 novas empresas,vai gerar 600 empregos paraa população. n Será marcada uma visitados empresários e o secretá-rio de Meio Ambiente, HélioDuarte, à comunidade deUtinga, onde possivelmenteserá instalado o polo, e casoseja viável, do ponto de vistalogístico, serão fechados oscontratos.

Idema cria o SISLIA, umsistema de licenciamento ambiental eletrônico nVisando dar agilidade ao li-cenciamento ambiental parapequenos empreendimentos,o Instituto de Desenvolvi-mento Sustentável e MeioAmbiente do RN (Idema), emparceria com o Sebrae/RN,

desenvolveu um sistema delicenciamento ambiental ele-trônico, o SISLIA. nA nova ferramenta irá per-mitir a análise de pedidos delicença ambiental que se en-quadrem nos parâmetros dalicença simplificada. n Por meio do sistema, serápossível desburocratizar al-gumas etapas do processo delicenciamento ambiental quedemandavam mais tempo aotrâmite processual, como porexemplo, a digitalização dedocumentos. n De acordo com a consulto-ra do projeto, Letícia VonShosten, o SISLIA configura-se como a ferramenta eletrô-nica que irá viabilizar o pro-cedimento do licenciamentoambiental por meio virtual. n "O processo que tramitafisicamente passará a trami-tar de forma digital, atravésda juntada de documentosdigitais e informações pres-tadas via sistema pelo em-preendedor. Todavia, émuito importante ressaltarque não será queimada ne-nhuma etapa do licencia-mento ambiental. Todos osaspectos legais para a emis-são da licença continuarãosendo respeitados. Os pro-cessos tramitarão normal-mente no órgão, passandopela vistoria e pela análisedos técnicos", explica.

Governo do Estado calcula que o RN já acumulou R$ 4,8 bilhões em prejuízos devido aos problemas decorrentes da seca

RN prorroga por 180 diassituação de emergênciaDECRETO FOI PUBLICADO NESTE SÁBADO NO DIÁRIO OFICIAL

MARCELO HOLLANDA

HOLLANDAJORNALISTA@HGMAIL.COM

A governadora Rosalba Ciarli-ni prorrogou por mais 180 dias asituação de emergência devido àseca no Rio Grande do Norte porcausa da precária situação dos re-servatórios. A medida atinge atodos os 144 municípios do esta-do que já sofrem com o problemadesde o ano passado.

O decreto, assinado na últimasexta-feira e publicado neste sába-do (16) no Diário Oficial do Esta-do, confirma o que "O JORNALDE HOJE" antecipou esta semanaao publicar declaração do secretáriode Meio Ambiente e Recursos Hí-dricos, Gilberto Jales, de que o es-tado acendera o "sinal vermelho"no abastecimento d'água, com o co-lapso de 12 municípios.

De acordo com o decreto da go-

vernadora, a decisão de prorrogar aemergência considerou uma sériede fatores, entre eles a previsão dosmeteorologistas na 4ª Reunião deAnálise Climática para a RegiãoNordeste do Brasil, que indicou atendência abaixo da média de chu-vas para os meses de março, abril emaio, com uma irregular distribui-ção temporal das precipitações, com-prometendo as atividades da agri-cultura, pecuária e abastecimento.

O texto reconhece que a zonarural dos municípios do estado aindase encontra afetada, com a falta deágua para a produção agrícola e pe-cuária, bem como para o consumohumano e animal e que o problemajá se instalou nas áreas urbanas.

O decreto admite a impotênciado governo estadual diante dosefeitos da estiagem ao considerar"os respectivos problemas socioe-conômicos, bem como a dificul-

dade, por parte da AdministraçãoPública local de adotar medidasemergenciais que minimizem a si-tuação de anormalidade"

Para consubstanciar o pedidode prorrogação da emergência, o de-creto resgata os R$ 4,8 bilhões deperdas decorrentes da seca, citadosno levantamento já realizado pelaSecretaria da Agricultura do estadocom base nos valores alcançadospelo Produto Interno Bruto (PIB)do Estado.

O pedido de prorrogação tam-bém leva em consideração o rela-tório da Secretaria de Meio Am-biente e Recursos Hídricos sobre asituação volumétrica dos princi-pais mananciais, como reservató-rios, açudes, tanques, poços tubu-lares, barreiros e principalmentecisternas, importante recurso parao suprimento da população ruralcom água potável.

Quando a governadora Ro-salba Ciarlini receber nesta se-gunda-feira (18) o documentofinal da Expedição Retratos daSeca, realizada no mês passadoe que percorreu mais de 1.200km das regiões produtoras afeta-das pela estiagem, a tônica doencontro agendado pela Federa-ção da Agricultura terá comomote o salvamento do rebanho doRio Grande do Norte.

Embora o teor final do rela-tório da viagem esteja ainda in-disponível para o público, umacoisa já é certa: quem espera umaenxurrada de reivindicações naparte final do documento, podeesquecer. Em vez de uma pilhade considerações, a proposta cha-

mará atenção para o fato dos pro-dutores estarem sem crédito - eesse, sim, é o grande problema.

Hoje, há consenso entre mui-tos produtores de que melhorseria terem dinheiro para resol-ver seus problemas do dia a diaa esperar que o governo o faça.Segundo essa mesma linha deanálise, programas como o devolumoso para alimentar o reba-nho são ineficientes, pois os in-sumos chegam sempre insufi-cientes e com atraso.

Com os proprietários ruraisdescapitalizados - uma situaçãoconsideravelmente agravada pelaseca -, a proposta a ser entreguea governadora deve pedir a cria-ção de um fundo de salvamento do

rebanho, tendo o governo esta-dual como avalista e alavancador.

Ao contrário de buscar re-cursos onde eles não existem, jáque é notória a deficiência do es-tado para investimentos, a pro-postas dos produtores desenhauma alternativa diferente: reabriras portas do crédito para umafaixa intermediária de produto-res, buscando recursos noBNDES, FNE (constitucional) eFundo de Combate à Pobreza.

A idéia que o estado entras-se inicialmente com R$ 20 mi-lhões para alavancar R$ 200 mi-lhões dessas fontes, o que aten-deria um cálculo aceito pelas li-deranças rurais como razoávelpara um fundo de emergência.

Produtores sugerem fundopara salvar o rebanho

Documento produzido pela Faern durante o evento Retratos da Seca será entregue a governadora Rosalba Ciarlini

José Aldenir

José Aldenir

SYLVIA SÁ - INTERINA

C M Y K

Sábado e Domingo8 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013 Cidade

CONRADO CARLOS

CCPSILVA@HOTMAIL.COM

Um dos endereços mais nobresda capital potiguar, a avenida Gover-nador Silvio Pedrosa tem, no trechoem Areia Preta, edifícios caros e so-fisticados, cujas fachadas reluzemo Oceano Atlântico e contrastamcom os barracos de Mãe Luiza, aofundo. No entanto, a desigualdadeestético-econômica é ampliada paraquem atravessa a rua, em direçãoao mar, e desce na areia. É lá que,entre vigas do paredão que susten-ta a calçada, João Ferreira dos San-tos reuniu pedaços de madeira ecompensado e construiu um lar parasua mulher e uma filha com trêsanos de idade. Com um saco de pre-paro em pó para suco na mão esquer-da e um pão velho na direita, elecontou sua história.

Natural de Lagoa Salgada, mu-nicípio com 7.500 habitantes, lo-calizado a 60 quilômetros de Natal,que possui Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH) semelhanteao de países como Gana, Repúbli-ca do Congo e Nicarágua, a famí-lia chegou à praia urbana em outu-

bro último. Refugiados da seca, se-mialfabetizados (ambos só assinamo nome), os dois adultos trouxe-ram a menina com a esperança deencontrar ajuda e oportunidadesprofissionais. No Interior, João es-tava desempregado e apostou namudança para a cidade grande. Empouco menos de seis meses, ele viuque a dificuldade para conseguiralimento e dignidade seria maiorque a imaginada.

"Tentei arrumar alguma coisanas obras por aqui, mas não deucerto. Como eu tenho uma filha paradar de comer, fui pedir na rua e catarlixo. Hoje é assim que vivo. Catolixo e vendo o que ainda se aprovei-ta para uma padaria, que me dá co-mida", diz o ex-agricultor de 38anos, dez a mais que a esposa ausen-te (junto com a criança, tinha ido, namanhã deste sábado, deixar umacesta básica para a mãe, em LagoaSalgada). Doações constituem suasobrevivência. "Teve um cara queveio aqui e me ofereceu empregonuma granja que ele tem em Parna-mirim. Estou aguardando a respos-ta para o final do mês".

De compleixão frágil, com sinais

nítidos de falta de higiene e de umasaúde debilitada, João improvisouum banheiro entre duas vigas adian-te, como um anexo ao casebre adap-tado. "Quando minha mulher vaitomar banho, com a água que pego

na cacimba lá na frente [aponta paraum ponto distante 200, 300 metros],faço barreira com um pano. Somosmuito respeitados, ninguém nuncamexeu com a gente, mas é bom cui-dar, né?". Por sorte, ou "por obra de

Deus", como acredita, a maré cheiamolha a porta de sua casa, mas ficalonge dos simplórios pertences.

O espaço chamado de moradiamede, no máximo, seis metros qua-drados. Um birô velho faz a vez de

mesa. Prateleiras carcomidas guar-dam roupas sujas, garrafas pet e cai-xas de papelão. Em meio ao maucheiro, um colchão velho e rasgadonas pontas vira a cama de João, po-sicionado em uma tábua de madei-

ra. Nas 'paredes', pregos são usadosde suporte para a rede que recebe,todas as noites, mãe e filha, que des-conhece colégio e tem doenças depele com freqüência. "Vamos dor-mir bem cedo. Não temos muito quefazer aqui, mas, quando acordo, douuma geral na praia. Gosto de limpara areia com um ciscador".

Há cerca de um ano, o pai deJoão morreu. A tristeza virou cons-tante e a agonia de morar com asogra também. "Nunca tive proble-mas com ela, mas cada um tem queter seu canto. Por isso vim paraNatal". Ainda que a rua, o abando-no e a vulnerabilidade tenham vira-do rotina, apoio e respeito das pes-soas geram um sorriso. João assegu-ra manter distância de drogas e be-bida e ter na crença evangélica oalicerce psicológico diante da lou-cura de uma vida esgotada. "Nuncame incomodaram. Pelo contrário,eles [vizinhos de logradouro] meajudam muito. Quase sempre dei-xam quentinhas para minha mulhere minha filha".

Filha essa que responde pelosmomentos de maior alegria. A ino-cência e vitalidade de um ser com

três anos de existência, que brincanas areias e na água com o sol apino, faz parte do alento que encon-tra em Areia Preta. "A Justiça este-ve aqui, um dia desses. Eles estavampreocupados com minha filha. Eudisse que cuido bem dela, que tenhotodo o cuidado do mundo quando elavai pro mar. Sei que a maré é fortee que ela não tem tamanho para sairda água sozinha".

Com o olhar incerto e a voz em-bargada, o retirante João Ferreirados Santos fala em Deus a cadacinco minutos. A presença do Se-nhor funciona como a última cordaque um alpinista segura antes deaceitar a queda mortal no precipício."Sou sincero para dizer que é Ele queme dá força para lutar. É Ele quemanda dos céus o meu sustento e oda minha família. Tem uns dias quenão sei o que fazer e bate um deses-pero. Mas não tenho do que recla-mar. Vejo esses prédios bonitos esei que muita gente batalhou, estu-dou muito para conseguir o que tem.Não sinto inveja ou raiva dos outros.O que eu mais queria era um empre-go para poder comprar minha casa.Quero sair daqui logo, logo".

Retirantes em umacidade desigualJOÃO FERREIRA DOS SANTOS VEIO DE LAGOA SALGADA/RNCOM MULHER E UMA FILHA DE TRÊS ANOS PARA VIVER

EMBAIXO DO CALÇADÃO DA PRAIA DE AREIA PRETA, UM DOS BAIRROS MAIS NOBRES DE NATAL

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Casebre com 6 m2

serve de moradia parafamília que vive de

doações da vizinhança

A inovação tecnológica e aces-so às novas mercadorias trouxerammuitas modificações na vida daspessoas, das quais resultaram pro-fissões ultrapassadas, extintas ousubstituídas. Entretanto, mesmodiante de tanta mudança, ainda exis-tem algumas que se mantém aolongo dos anos pela peculiaridadedo serviço. Uma destas profissõesé a do artesão. Comemorado em 19de março, o Dia Nacional dos Ar-tesãos no Rio Grande do Norte foifestejado na manhã deste sábado(16). Com uma programação espe-cial no Complexo Cultural da ZonaNorte, no conjunto Santarém, nazona Norte de Natal.

O evento é uma promoção daSecretaria de Estado do Trabalho eda Assistência Social (Sethas), atra-vés do Programa Estadual de Arte-sanato (Proart). Foi esperado cercade mil artesãos de todo o Estado,que tiveram a oportunidade de par-ticipar de uma intensa programa-ção cultural. "O Dia do Artesão éuma data muito importante. É umavalorização esperada pela catego-ria de profissionais e nós estamosaqui valorizando esses que contri-buem bastante para a geração detrabalho e renda no Estado", disseo secretário da Sethas, Luiz Eduar-do Carneiro.

Durante a solenidade houve olançamento do site do artesanato ea entrega de carteiras de reconheci-

mento profissional, que vai assegu-rar aos trabalhadores uma maior se-gurança no exercício de sua profis-são. O documento também vai pos-sibilitar aos artesãos o financiamen-to e a compra de matéria-prima paraa confecção de suas peças e segu-ridade social (INSS).

A solenidade contou ainda como sorteio de prêmios e a entrega debrindes para os artesãos e um show

artístico com a participação de or-questras e bandas de músicas. Atual-mente, perto de 10 mil artesãos estãocadastrados no Programa Estadualde Artesanato executado pela Sethas.

"Estamos desenvolvendo umaPolítica de Artesanato, que já estádando seus primeiros resultados vi-síveis, não só valorizando a produ-ção do artesão, como também a in-termediação da venda. Todas as fei-

ras nacionais realizadas pelas re-giões do Brasil nestes últimos doisanos tiveram a representação do ar-tesanato potiguar. Isso é um ganhomuito grande para o profissionallocal", afirmou o titular da Sethas.

Neste mês de março, a Secreta-ria de Estado do Trabalho e da As-sistência Social, por meio do Proart,deu início ao cadastramento dos ar-tesãos potiguares. O novo cadastra-mento começou pela região do Se-ridó. Nesta primeira etapa, foramcadastrados os artesãos das cidadesde Bodó, Cerro Corá, Acari, Cruze-ta, São Vicente, Florânia, CurraisNovos e Lagoa Nova. O mesmotrabalho será realizado em outrosmunicípios do Estado.

"Esse cadastramento serve paratermos um registro dos profissio-nais beneficiados com a nossa Po-lítica de Artesanato, dando direitoao benefício da carteira profissional.A carteira dá direito a participaçãoem todas as feiras do país, além deter direito a seguro-empréstimo noBanco do Brasil e Banco do Nor-deste, ganhando ainda uma máqui-na para de cartões para facilitar avenda dos produtos", disse LuizEduardo Carneiro.

Geraldina Alves dos Santos, 44,disse que começou na profissão deartesã recentemente, mas já pôdenotar o reconhecimento do traba-lho. "Sempre trabalhei vendendobolo na minha cidade, até que conhe-

ci uma senhora que me fez desper-tar para essa arte. Hoje, o materialque encontro jogado no mato, étransformado em históricos bone-cos de decoração. A renda ainda é

pouca, mas dá para ajudar no aluguelda casa e a sustentar meus dois fi-lhos", disse a artesã, natural do mu-nicípio de Timbaúba dos Batistas, naregião do Seridó potiguar.

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 9Natal, 16 e 17 de março de 2013Cidade

ROBERTO CAMPELLO

ROBERTO_CAMPELLO1@YAHOO.COM.BR

Quem passa pelo Viaduto doQuarto Centenário, localizado naBR-101, no bairro de Lagoa Nova,à altura de onde está sendo construí-do o Estádio Arena das Dunas, jádeve ter percebido que o equipa-mento público está abandonado. Ocanteiro central com acúmulo delixo e o gramado destruído, as pa-redes e muros pichadas e com inú-meros cartazes afixados, contribuin-do para a poluição visual da cida-de. Além disso, três pessoas mora-vam, literalmente, debaixo do via-duto. Diante dessa situação, a Pre-feitura de Natal deu início, na manhãdeste sábado (16), a Operação NossaCidade Mais Limpa, que visa rea-lizar além da limpeza cotidiana quea cidade já recebe, serviços de lim-peza e pintura em monumentos pú-blicos. O próximo local a receber omutirão de limpeza será o túnel quedá acesso a Universidade Federaldo Rio Grande do Norte (UFRN).

A operação Nossa Cidade MaisLimpa está sendo realizada por meiode uma ação conjunta entre a Com-panhia de Serviços Urbanos deNatal (Urbana), as secretarias mu-nicipais de Meio Ambiente e Urba-nismo (Semurb), Mobilidade Urba-na (Semob), Serviços Urbanos

(Semsur) e a Guarda Municipal.Começando pelo sábado e extensi-vo a semana, o trabalho envolveserviços de limpeza, pintura e recu-peração de iluminação onde hou-ver necessidade e disciplinamentoda publicidade.

Quando a equipe, formada pormais de 30 homens, chegou ao localpara iniciar os trabalhos de limpeza,por volta das 8h, se deparou comtrês pessoas que moravam debaixodo viaduto. Logo a Guarda Munici-pal e Polícia Ambiental foram acio-nadas e detectaram que se tratavamde três usuários de drogas, que foramconduzidos à delegacia. O local, quefoi demolido por fiscais da Semurb,funcionava como residência para osusuários de drogas. Lá foram encon-tradas roupas, comidas, utensíliosdomésticos, três colchões e muitasgarrafas de whisky. Os moradoresusaram a criatividade e, em meioaos arbustos, improvisaram um ba-nheiro. Os técnicos da Semurb infor-maram que a partir de agora as açõesde fiscalização no local serão inten-sificadas para impedir que novas pes-soas venham a habitar no local.

Segundo o secretário de Servi-ços Urbanos, Raniere Barbosa, ameta é desenvolver um processo desensibilização visando diminuir osimpactos causados pelos processosde publicidades irregulares e as pi-

chações em equipamentos públicos.A ação também tem o propósito depromover uma harmonia visual nosistema de limpeza pública da cida-de. O trabalho beneficiará viadu-tos, passarelas, relógio do bairro doAlecrim e demais áreas que sejamidentificadas com a necessidade derealização da ação. "Queremos re-

tirar toda essa pichação e melhorara iluminação pública e limpeza doscanteiros. Em um segundo momen-to nós vamos resgatar o paisagismoda área", destacou. Raniere disseque o prefeito pretende regulamen-tar uma lei que proíbe a colocaçãode cartazes em via pública, sob penade multa e até a suspensão do even-

to que esteja divulgando.O diretor presidente da Urbana,

Jonny Costa, explicou que a Opera-ção Nossa Cidade Mais Limpa tam-bém contará com uma ação educa-tiva que será realizada de forma si-multânea ao serviço de limpeza. Oprocesso educativo aconteceu simul-taneamente nas áreas próximas ao

Viaduto do Quarto Centenário, como,por exemplo, nos cruzamentos dasavenidas Romualdo Galvão com aLima e Silva e da Amintas Barroscom a Salgado Filho. Nesses pontosfoi feito uma sensibilização e entre-ga de panfletos. Para Jonny Costa, agrande dificuldade foi o esquecimen-to, por anos, dos órgãos públicos eminvestir em trabalhos educativos delimpeza pública.

"A partir de hoje (sábado) etodos os finais de semana estare-mos realizando essas ações, que vãoalém da limpeza urbana, resgatan-do a imagem da cidade, com açõeseducativas, pois a colaboração dapopulação é fundamental, sobretu-do para conseguirmos manter a ci-dade limpa. Além da coleta de lixo,que já está regularizada nas quatroregiões da cidade e da remoção dospostos de lixo, queremos alcançara parte visual da cidade, pois en-contramos esse equipamento aban-donado, depredado e sendo utiliza-do de forma indevida por pichado-res e empresas de divulgação, e tudoisso contribuindo para tornar a ci-dade mais feia. Pretendemos daruma nova vida à cidade e resgatara autoestima dos natalenses. Comisso, a própria população vai que-rer contribuir com a manutenção dalimpeza", afirmou o presidente daUrbana.

Prefeitura realiza limpeza do Viaduto doQuarto Centenário e derruba barraco

OPERAÇÃO NOSSA CIDADE MAIS LIMPA VISA REALIZAR SERVIÇOS DE LIMPEZA E PINTURA EM MONUMENTOS PÚBLICOS

Equipe encontrou três usuários de drogas que moravam no Viaduto, além de roupas, comidas, garrafas de whisky e lixo

Para Geraldina, material descartado no ‘mato’ é transformado em bonecos decorativos

Dia do Artesão é comemorado com programação especial> DE TODO O ESTADO

Herácles Dantas

José Aldenir

Sábado e Domingo10 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013 Cidade

Um casal foi preso em flagran-te com 12 quilos de maconha, meioquilo de cocaína e aproximada-mente 200 gramas de crack, den-tro de uma residência no bairro doBom Pastor, na zona Oeste deNatal. Os entorpecentes seriamdistribuídos a pequenos traficanteslocais, mas os policiais civis daDelegacia Especializada de Narcó-ticos (Denarc) conseguiram inter-ceptá-los antes disso e os autuoupor tráfico de drogas.

Segundo o delegado adjunto daDenarc, Márcio Lemos, a equipe re-cebeu uma denúncia anônima ontemà tarde, informando o endereço deum imóvel no bairro que funciona-va como um centro de distribuiçãode drogas e que, naquele dia, acon-teceria uma entrega. Equipes envia-das ao local fizeram o monitora-mento da residência e ontem, con-seguiram constatar uma movimen-tação suspeita.

Na ocasião, os policiais civisflagraram o momento em que umamulher chegou ao local com umabolsa e a entregou a um homem que

estava em uma motocicleta, aguar-dando a sua aproximação. De lá, elafoi para um ponto próximo, onde osuspeito entregou de volta a bolsa,já com o entorpecente.

"A ação aconteceu próximo aocemitério do bairro e os policiaisconseguiram constatar a denúnciacom esse flagrante. Depois disso, amulher foi abordada e acabou con-fessando que estava com 12 quilosde maconha e que ainda iria receber

mais meio quilo de cocaína. Pedimospara ela ligar para o comparsa emontamos o flagrante", explicou odelegado.

Diante disso, a dupla, que nãoteve a identidade revelada pela De-narc, recebeu voz de prisão e foi le-vada para a sede da delegacia, nobairro das Rocas, na zona Leste deNatal. Eles foram autuados em fla-grante por tráfico de drogas e agora,estão à disposição da Justiça.

OUTRO CASALÉ PRESO PORTRÁFICO NO ALECRIM

Já na zona Leste, outro casal foiflagrado portando 25 pedras de cracke cerca de 50 gramas de maconha pren-sada em forma de tablete. Os acusa-dos estavam escondidos em um imó-vel na Travessa Mirabor Pereira eforam detidos por policiais militares doBatalhão de Polícia de Choque (BPChoque), após denúncias anônimas.

Conforme o oficial de opera-ções do BP Choque, algumas pes-soas, desconfiadas da intensa movi-mentação no local, ligaram para oCentro Integrado de Operações emSegurança Pública (Ciosp) e infor-maram o endereço do imóvel. Aofazerem a abordagem dos morado-res da casa, os militares encontraramo crack com a mulher.

Já a maconha estava embrulha-da e escondida dentro de uma gave-ta do quarto do homem, que, diantedo flagrante, não teve como negar ocrime de tráfico. Os dois foram leva-dos para a Delegacia de Plantão dazona Sul, no bairro da Candelária,onde foram autuados em flagrante.

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Policiais civis do Rio Grandedo Norte participaram hoje de umaaula especial de defesa pessoal namodalidade jiu-jitsu, ministrada pelotreinador do campeão mundial deMixed Martial Art (MMA) RenanBarão, o instrutor Jair Lourenço. Acapacitação, promovida pela Aca-demia da Polícia Civil (Acadepol),foi realizada em uma sala da Dele-gacia de Capturas (Decap), no bair-ro Cidade da Esperança.

Segundo o diretor geral da Aca-depol, Ricardo Sérgio, a aula inte-grou o treinamento de jiu-jitsu que éoferecido aos policiais civis do RioGrande do Norte há um ano e meio,como forma de preparação para a ati-vidade policial e também uma válvu-la de escape para o estresse inerenteà profissão. Hoje, 22 policiais se di-videm em duas turmas regulares.

"O objetivo principal é ofereceruma atividade física que combine otreinamento do condicionamento fí-sico com o relaxamento físico e men-tal, que beneficiam por extensão nãoapenas o policial, mas também a so-ciedade, que ganha um profissionalbem preparado para uma possívelintervenção sem armas na defesa das

pessoas", explicou Ricardo Sérgio.O delegado geral da Polícia

Civil, Fábio Rogério, disse quenunca houve um treinamento destetipo na instituição e que, diante dosinúmeros benefícios já comprova-dos, há a expectativa de ampliar oespaço usado para a prática, para,assim, aumentar a quantidade de

vagas oferecidas aos policiais civis."Estamos lutando para conse-

guir uma estrutura maior, que aten-da à demanda de policiais interes-sados em participar do treinamento,que vem crescendo gradualmente.Hoje, temos duas turmas regulares,mas, com a melhoria do espaço, po-demos aumentar este número", disse

Fábio, que deve entrar em uma dasturmas na próxima semana.

Para Jair Lourenço, o jiu-jitsu éuma arte de luta e de defesa pes-soal, importante para a atividade po-licial. "Ela oferece uma melhor qua-lidade de vida ao profissional, comaumento do auto-conhecimento pes-soal, proteção e defesa da socieda-

de. Gostaria de parabenizar a Aca-depol por esta iniciativa, que vouacompanhar com visitas freqüentes,para observar o desenvolvimentodos alunos. Me sinto muito honra-do em poder participar deste treina-mento", afirmou o treinador.

Na próxima segunda-feira, aAcadepol abrirá mais um curso de

capacitação sobre técnicas policiaisque será ministrada para policiaiscivis, militares e bombeiros. A pre-visão é que as aulas aconteçam atéo dia 4 de abril, com temas comoteoria sobre abordagem policial, téc-nicas de algemação e condução dedetidos, treinamento de tiro dentreoutras disciplinas.

Para combater violência, policiais têm aulacom treinador de campeão mundial de MMAAULAS DE JIU-JITSU FORAM MINISTRADAS NESTE SÁBADO PELO INSTRUTOR JAIR LOURENÇO, TÉCNICO DE RENAN BARÃO

> COMBATE AO TRÁFICO

Denúncia anônima: policiais prendem casalcom 12 quilos de maconha, cocaína e crack

Com 80% das obras da refor-ma-relâmpago concluídas, o Cen-tro de Detenção Provisória da Can-delária, na zona Sul, deve receberos presos que estão detidos no Nú-cleo de Custódia da Polícia Civil atéa próxima segunda-feira. Hoje, ospedreiros trabalhavam contra otempo para afixar a grade de umadas celas, que teve que ser desem-penada, e realizar a troca das cai-xas de tomadas e os últimos reto-ques na pintura das paredes.

O local irá abrigar os 85 deten-tos que estão no Núcleo de Custó-dia, que ontem, se revoltaram coma demora da transferência para anova unidade e fizeram uma novarebelião, quando ameaçaram derru-bar a grade, porta e paredes da celaimprovisada de apenas 18 metrosquadrados.

Segundo o delegado geral daPolícia Civil, Fábio Rogério, após

a transferência total dos presos delá, a unidade será desativada de veze a instituição só ficará com os pre-sos até o final do flagrante. "A par-tir de agora, a Civil irá cumprir o seupapel de verdade, sem ficar custo-diando presos por longos períodos,como acontecia antes", afirmou.

A transferência foi determina-da por ordem judicial, após as úl-timas tentativas de fugas e rebe-liões registradas no Núcleo de Cus-tódia. Na última quinta-feira, o Con-selho de Polícia (Consepol) decidiuacabar de vez com a unidade, queseria transferido para o prédio doCentro de Detenção Provisória dePanatis, na zona Norte de Natal. Anotícia foi divulgada no mesmo diaem que o juiz da Vara Criminal deCaicó determinou a interdição daPenitenciária Estadual do Seridó,aumentando o caos no sistema pri-sional potiguar.

> REFORMA RELÂMPAGO

Centro de Detenção estáquase pronto para receberpresos até segunda-feira

Três pessoas foram presas e doisadolescentes de 16 e 17 anos apreen-didos em flagrante após uma tenta-tiva de homicídio contra um desco-nhecido, ontem à noite no bairro doBom Pastor, zona Oeste de Natal.Com os acusados, foram encontradosum veículo, quatro revólveres calibre38, várias facas, máscaras, uma quan-tidade não revelada de crack e ma-conha, além de aparelhos eletroele-

trônicos e telefones celulares.De acordo com informações do

9º Batalhão da Polícia Militar, osmilitares foram ao local após a de-núncia de uma tentativa de assassi-nato contra um homem de 51 anos.Ao chegarem ao local, os suspeitosefetuaram vários disparos contra ospoliciais, que ainda conseguiramprender dois homens e o adolescen-te de 16 anos com o material apreen-

dido e os levaram para a Delegaciade Plantão da zona Sul.

Depois disso, os militares retor-naram ao local e conseguiram deteruma mulher e o outro menor deidade, que portava um dos revólve-res e responderá por porte ilegal dearma de fogo. Os três detidos no iní-cio da ocorrência responderão portráfico de drogas, porte ilegal e ten-tativa de homicídio.

Já a mulher foi ouvida em de-poimento e liberada horas depois.Na delegacia, os policiais milita-res descobriram ainda que um dosacusados tem passagem pela po-lícia por roubo de veículo e outro,de 18 anos, é filho de um policialcivil. Já o homem que sofreu ten-tativa de homicídio está interna-do o Hospital Walfredo Gurgel,em estado regular.

> AÇÃO POLICIAL

Quadrilha é presa após tentativa de homicído

Policiais civis tiveram uma aula especial de defesa pessoal na modalidade Jiu-Jitsu. Jair Lourenço, treinador do lutador Renan Barão, diz que atividade oferece uma melhor qualidade de vida ao profissional

Fotos: Wellington Rocha

Wellington Rocha

Portal BO

Na manhã deste sábado, unidade estava com 80% da sua reforma concluída

No Alecrim outro casal foi detido com 25 pedras de crack e 50 gramas de maconha

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 11Natal, 16 e 17 de março de 2013Cidade

Danilo Sájornalistadanilo@hotmail.com / danilo.sa@folha.com.br

ESCLARECIMENTOAntes que os leitores se assus-

tem, apesar da crescente violênciano Rio Grande do Norte, não hácriminoso nenhum atrás de tomaro poder da governadora RosalbaCiarlini (DEM). O texto ao lado éfruto de um delírio oriundo de umamadrugada de insônia. Além domais, do jeito que a coisa anda, atémesmo um fora da lei pensaria duasvezes em assumir o barco chama-do RN.

ESQUECIDOS IA insatisfação de militantes do

PDT, que participaram ativamenteda campanha do prefeito CarlosEduardo, chegou aos ouvidos daprimeira dama, Andréia Ramalho.A mulher do gestor recebeu inú-meras reclamações dos pedetistas,que mal estão sendo recebidos pelochefe da Casa Civil, Sávio Hac-kradt. Nem mesmo as pessoas en-viadas diretamente pelo prefeitoestariam sendo nomeadas.

ESQUECIDOS IIA primeira dama teria ficado

indignada com a situação e confi-denciou a um desses militantesque Sávio teria informado a Car-los Eduardo que a situação já es-tava resolvida. Pelo visto, o finalde semana será de muita discus-são de relacionamento, a famosaDR.

SECAAlém de renovar o decreto de

calamidade pública nos 144 muni-cípios potiguares que estão sofren-do com a seca, conforme mostra amanchete e matéria na página 7deste vespertino. A governadoraRosalba Ciarlini (DEM) publicouhoje, no Diário Oficial do Estado,uma série de contratos para loca-ção de carros-pipa. Cada contratotem o valor estimado de R$ 60 mil,que serão pagos pela prestação doserviço durante quatro meses e deacordo com a quantidade de via-gens transportando água.

INICIATIVAO vereador Dickson Júnior

(PSDB) já está reunindo as assina-turas necessárias para apresentarproposta que aumenta a quantida-de de sessões na Câmara Munici-pal de Natal. O parlamentar dese-ja que os trabalhos sejam realiza-dos de terça a sexta-feira. Atual-mente, duram apenas três dias, en-cerrando na quinta. Detalhe impor-tante do projeto é que não haveráaumento no custo da manutençãoda Casa, já que na sexta-feira pelamanhã já há expediente normal nolegislativo.

CRISEO Sindlimp realiza assembleia

amanhã para votar indicativo degreve a partir do próximo dia 20.A categoria está insatisfeita por nãoreceber na Urbana o mesmo pisosalarial que estão sendo pagos aservidores terceirizados em Mosso-ró, Parnamirim e Natal.

APOIOO prefeito Carlos Eduardo

Alves ainda não conseguiu estabe-lecer uma maioria que permitaaprovação das matérias com tran-quilidade na Câmara Municipal deNatal. As articulações para aumen-tar a bancada estão sendo coman-dadas pelo líder do prefeito na Casa,vereador Júlio Protásio, e pelo se-cretário chefe do Gabinete Civil,Sávio Hackradt.

JORNALISMOA próxima segunda-feira marca

o início de mais um projeto volta-do para a comunicação no RN.Com grande expectativa e reunin-do alguns dos melhores nomes dojornalismo potiguar, será a estreiado portal No Ar. Iniciativa impor-tante para aumentar a pluralidadedas notícias divulgadas neste esta-do. Deste canto de página, o colu-nista envia o desejo de sucesso eboa sorte a toda a equipe.

O GOLPE DO PINGUIM

O senhor meio careca, debaixa estatura, barrigudo e comnariz avantajado, chegou numdia qualquer, numa tarde calo-renta, há algum tempo atrás.Devido ao seu peso, andavacom muita dificuldade. Porcausa do calor insuportável tí-pico da nova terra, suava comose tivesse vindo direto do PóloNorte.

Não trouxe grandes baga-gens, utilizava quase sempre amesma roupa elegante e só tra-zia consigo sempre um únicoutensílio, seu inseparável guar-da-chuva. Aliás, tinha váriosdeles, de tamanhos, cores e for-matos diferentes. O que mais gostava, pelo visto, era um de cor negra,com cabo longo e detalhes brilhantes na haste.

Sua rotina diária não se alterava muito. Acordava bem cedo e acom-panhava toda a movimentação inicial dos moradores da redondeza. Nashoras da alimentação, quase sempre preferia provar peixes, iguaria bas-tante comum na nova cidade.

Quando todos já estavam acordados, aproveitava seu tempo para ob-servar a rotina de cada um. Como bom observador, precisava aprendercomo funcionava a sociedade em que estava planejando se infiltrar.

Mas, não podia se precipitar, tudo precisava ser bem planejado paraque o erro cometido em Gotham não se repetisse em Natal. Assim, pas-sou vários dias seguidos, quase sem ser notado por ninguém.

Até que, em certa manhã, pegou o seu guarda-chuva mais luxuoso,que tinha pedras de diamantes em toda a sua extensão. No lugar do pa-letó envelhecido, vestiu um smoking de uma grife cara, que guardavasempre para as ocasiões especiais, como aquela. Sem maiores cerimô-nias, se dirigiu até a Governadoria, no Centro Administrativo.

Venceu a rampa que separa o povo do poder com um pouco de can-saço. Como esperado, passou facilmente pela segurança na entrada efoi direto ao gabinete principal. "Por favor, eu poderia falar com a go-vernadora?", disse o homem. A secretária, inocente, perguntou seu nomee qual assunto gostaria de tratar com a mulher mais importante do es-tado.

"Pode avisar a ela que eu sou o Oswald Chesterfield Cobblepot, mi-lionário empresário do ramo de cassinos, um cavalheiro do crime, maisconhecido como, simplesmente, Pinguim. Muito prazer". Neste mo-mento, o estranho rechonchudo e baixinho olhou para o lado e pensouconsigo mesmo: "Agora, nem o Batman será capaz de acabar com meusplanos". Sem super-heróis, quem poderá salvar Natal?

"Dá para fazer muito mais que a presidenteDilma Rousseff"

GOVERNADOR DE PERNAMBUCO, EDUARDO CAMPOS, DURANTE REUNIÃO COM DEZENAS DE

EMPRESÁRIOS EM SÃO PAULO, CADA VEZ MAIS CANDIDATO A PRESIDENTE EM 2014

RITUALA notícia ga-nhou destaquena coluna dojornalista Ricar-do Setti, no por-tal da revistaVeja. Se para opai, condenadocomo chefe doescândalo domensalão a 10 anos de prisão, José Dirceu, o veículo faz parte da tal"mídia golpista", parece que para o filho do ex-ministro o pensamen-to não é o mesmo. "A VEJA divulgou, mas o povo de Umuarama jásabia. Zeca Dirceu 1º lugar no ranking da revista VEJA como depu-tado federal mais atuante do Paraná", diz um outdoor (Foto) instala-do na cidade de Umuarama-PR, base política de Zeca. O elogio darevista ao parlamentar gerou ainda um comentário do próprio Zé Dir-ceu, todo orgulhoso, no seu blog sobre o fato. Quando a notícia é po-sitiva, a imprensa é independente, mas quando é uma denúncia...

A imagem que ilustra o comentário de hoje éuma das raríssimas fotos em que o músico Do-minguinhos exibe um semblante sério e triste.Creio que em mais de 99% das fotos do artista,pelo menos nas que estão espalhadas pela mídia,ele aparece sorridente, como sempre foi nas ima-gens que nos acostumamos a ver na TV ou nospalcos.

A imprensa divulgou hoje, sexta-feira, 15 demarço, que o quadro do coma em que ele se en-contra é irreversível. Ou seja, o Brasil não o verámais sorrindo, cantando e tocando sua sanfona emshows ao vivo.

Restará o legado do seu repertório que umdia foi adotado como parte da herança musical domestre Luiz Gonzaga, a quem Dominguinhossempre seguiu e pediu benção artística.

Surpreendido pela triste realidade da descon-tinuidade física do cantor de tantos sucessos, meveio um pensamento que passo a cultivar comoa versão definitiva do coma profundo.

Não creio que Dominguinhos está dandoadeus, mas que decidiu entrar numa greve pelaeternidade afora num protesto silencioso, e dis-creto como seu sorriso, contra a decadência doforró nordestino.

Isso mesmo, leitores. Dominguinhos não estámorrendo. O que está morrendo é o verdadeiro es-pírito musical da sonoridade poética do Nordes-te. Dominguinhos fechou os olhos de uma vez para

não ver os desatinos praticados contra o forró, obaião, o xote, o coco, a embolada e tantos outrosritmos da região.

Dominguinhos escolheu dormir para semprea ter que viver acordando sobressaltado com osritmos nordestinos hoje pasteurizados nas com-posições de mau gosto das bandas de plástico quese espalham como praga na plantação.

Ele prefere não despertar para não ter queassistir a indústria esperta do forró que embur-rece corpos jovens cada dia mais sem massacinzenta.

A sobriedade rara do seu rosto na foto acimajá era o princípio do seu desgosto com os rumosda musicalidade nordestina que um dia foi con-sagrada por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro,Sivuca e Elino Julião, entre outros ainda na re-sistência, como Flávio José, Alceu Valença, Al-cimar Monteiro e Oswaldinho.

O forró, diferentemente da bossa nova, não dápara considerar sua beleza um avião. Os verda-deiros cavaleiros do ritmo estão à margem da in-dústria midiática. Enquanto Dominguinhos dorme,o som do Nordeste agoniza e não há mastruz comleite que o faça levantar.

A não ser que se estabeleça no tempo infini-to a "santíssima e afinadíssima trindade" e LuizGonzaga, Sivuca e Dominguinhos voltem ao ba-tente para nos salvar.

Amém!!! (AM)

O forró num fim irreversívelO forró num fim irreversível

REELEIÇÃONão é surpresa nenhuma começar a aparecer políti-

co defendendo a reeleição da governadora Rosalba Ciar-lini, como fez Raimundo Fernandes (PMN) ontem. Arosa tem três bilhões de motivos para estimular apoia-dores até o fim do seu mandato.

BOCA A BOCAO nome de Robinson Faria (PSD) deixou de ser uma

incógnita e já virou referência anti-Rosalba no interior,do Oeste ao Trairí, do Litoral ao Seridó, fruto do boca aboca gerado por suas visitas que não param desde o rom-pimento com o DEM.

ARTICULAÇÃOMuita gente está vendo na homenagem das classes

produtivas ao deputado Henrique Alves (PMDB) umgesto que vai além das congratulações por sua eleição àpresidência da Câmara. O evento teve toda a pinta de en-saio para um projeto de governador.

MENTIRASOs seguidores de Cristina Kirchner utilizam o mesmo

modus operandi dos devotos de Luiz Inácio para inven-tar mentiras contra quem pensa diferente. Mas os boa-tos contra o papa Francisco se perderam na vala comumdo descrédito internacional.

NEVES & CAMPOSA presidente Dilma Rousseff já não consegue disfar-

çar seu temor numa provável candidatura do pernambu-cano Eduardo Campos, considerado muito mais viávelcomo adversário eleitoral do que o mineiro Aécio Neves.E os dois juntos, nem pensar.

DESCASONenhum sinal de existência da Setas, órgão estadual

de interrelação com o Conselho dos Gestores Municipais

e da Assistência Social, na última reunião ocorrida emNatal. Além da Agricultura, mais um setor do governoRosalba sem cumprir seu ofício.

MAU CARATISMOO orgulho que um petralha cospe nas redes sociais

pela mãe, que o incentivou na leitura das fábulas, não podeser sentido por um jovem de 19 anos, cujo pai tem sidoum mero ser ausente, atarefado diuturnamente com aprópria vaidade que já não tem tamanho.

PAU DE ARARAQuem entende esse povo dito progressista, ainda

mais quando saem do Nordeste para posar de críticos li-terários e jornalísticos na cena urbana de São Paulo?Falam do fim da "velha mídia", mas sua agenda cultu-ral é assistir show gratuito da revista Veja.

RUBÃOComeçam a chegar os artigos e crônicas que irão

compor o livro para marcar os 40 anos do retorno do jor-nalista Rubens Lemos do exílio, em 1973. Os primeirostextos no prelo são de Aluísio Lacerda, Miranda Sá, Ri-naldo Barros e François Silvestre.

IVETE $ANGRALODepois de engordar sua conta bancária com o di-

nheiro da Saúde do Ceará, com o aval do governador CidGomes, a cantora Ivete Sangalo está lançando um pro-grama para emagrecimento das mulheres. Chama-se"Body Change" ou no popular "10 Semanas".

IAN ANDERSONO fundador da banda Jethro Tull, em 1967, se apre-

senta logo mais às 21h no Teatro Guararapes, no Reci-fe, com um show que remete ao disco "Thick as a brick",de 1972, e sua continuidade em 2012. De Natal até lá éum pulo, e ingressos sempre aparecem.

Alex Medeirosalex.medeiros1959@uol.com.br

Aula de roteiroAtenção, aprendizes de cinema

e candidatos a cineasta eroteirista. É imperdível o textode John Yorke no caderno de

cultura do diário The Guardian,deste sábado, sobre como

realizar um bom e consagradorroteiro. Pra quem não sabe,

Yorke está na BBC desde 1986,onde dirige o departamento de

dramaturgia da emissorabritânica (não confundam com

dirigir núcleo de novelinhasglobais). Seu texto discorre

sobre históricos roteiros, dos clássicos de antanho aos blackbusters de hoje. Leiam, crianças, leiam!

Divulgação

Divulgação

Sábado e Domingo12 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013

Sábado e domingo O Jornal de HOJE 13Natal, 16 e 17 de março de 2013Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - serejo@terra.com.br

Pelo visto, lido e ouvido, Senhor Redator, a doce glória nãoanda fácil nestas terras que até hoje se derramam às mar-gens deste rio e destas dunas que nos contemplam há mais

de quatro séculos. Tem sido renhida e sem trégua a luta dos que a de-sejam e até financiam seu sorriso. Entre o rio e os morros, o mar e osertão mais distante, de umbuzeiros copados e catandubas arqueadas.E ela, a glória, ingrata, nunca vem. Daí essa tristeza macambúzia e odesânimo a cansar os nossos gênios incompreendidos.

Há dias mais feéricos, não se há de negar. Principalmente de vi-sitantes ilustres que, de alguma forma, encantam a alma dos gladia-dores com olhos flamejantes. Vejo quando os egos se transformamem espadas nos torneios vaidosos. Uns ferem os outros. É como se,feridos, os diafragmas ensaiassem o esgar nervoso da inveja que fal-sifica o riso. E eles lutam, empavonados, num balé que tenta seduzira glória, essa fêmea ditosa. E vão, em rodopios, abrindo suas coresem leque, pavoneando seu orgulho.

Há deles, Senhor Redator, mais fornidos nas suas algibeiras, quechegam a financiar a própria glória e pagam ao mundo seus ricos tos-tões convencidos de que assim terão, adornando suas cabeças, aomenos uma folha do glorioso ramo de carvalho que um dia JoaquimNabuco mandou para Machado de Assis. Imaginou, com a glória,acalmar a dor da tristeza do amigo com a morte de Carolina. Aque-la, exatamente aquela, a quem o gênio do Cosme Velho levou as flo-res arrancadas dos dias idos e vividos.

Aqui, a menos que se sopre vida sobre alguns mortos, não há gê-nios, mas é esta a vida que se leva. É inevitável vivê-la assim, entreinvenções e artifícios. A sobrevivência consiste, exatamente, em trans-formá-los. Ou, tanto melhor, em jogar com eles o jogo de não jogar,como ensinou Ronald David Laing. Nossos olhos ficarão livres de qual-quer perseguição. E veremos tudo. Não seremos vistos, mas estamosvendo. E assim estaremos na cena, faremos parte do palco, sob a luzgloriosa dos refletores.

Aliás, Senhor Redator, sejamos justos que o verdadeiro valor nãose nega: falsificar a glória é a nossa melhor qualidade. Modéstia à parte.Somos bons ourives. Sabemos lapidar com destreza e bem encastoaro falso brilhante para que o brilho imite com perfeição o diamante.Cultivamos pérolas como os melhores pescadores de Maiorca. Esomos - ora, quem nos negaria? - como os velhos artesãos de civili-zações desaparecidas e fazemos nascer das nossas mãos a mais finae falsa porcelana chinesa.

Certos dias, então, eles são perfeitos. Tão perfeitos que para re-sistir ao jogo de sedução é preciso repetir, como se fosse um amule-to, o início do belíssimo artigo de Augusto Meyer diante de Macha-do de Assis morto, no silêncio da noite que era também seu silenciodepois da agonia: 'Aquela coisa que ali está, atirada sobre a cama, entrecochichos tristes, é o corpo de Machado de Assis. Quatro horas damadrugada. Vem das árvores do Cosme Velho um cheiro de seiva. Osgalos vão cantar'.

w EFEITO - IPertinente a tese que o publicitárioAlexandre Macedo defendeu ontemna FM Nordeste: quanto mais os pe-medebistas se aproximarem dos de-mocratas mais ficarão distantes dasbases dilmistas em 2014.

w APOIO - IIAtese se baseia numa projeção sim-ples: aliado do PT, com um minis-tro de estado - Garibaldi Filho - e opresidente da Câmara Federal elei-to com o apoio do Palácio do Pla-nalto, o PMDB tem compromisso.

w ALIANÇA - IIIPara lançar candidato ao governoem 2014 o caminho é ter como alia-dos o PT de Dilma Rousseff, o PSBde Wilma de Faria - se EduardoCampos não for candidato e o PDTdo prefeito Carlos Eduardo.

w A... - IVMenos que a candidatura do PMDBseja só para constar e o partido nãoleve às ruas Garibaldi Filho ou Hen-rique Alves para apoiar a reeleiçãode Rosalba Ciarlini e indicar o vice,como é seu vício político.

w TRAVA - VAlguns setores mais discretos doPMDB estão convencidos de que osúbito desejo do DEM de tambémconquistar o secretário de recursoshídricos é combinação só para man-ter o domínio na pasta cobiçada.

w GALOA poetisa Marize Castro escolheu ojornal cultural O Galo, do qual elafoi editora, como tema de sua tesede doutorado na UFRN, área de li-teratura, sob orientação do profes-sor Humberto Hermenegildo.

w ANOTADOAgovernadora Rosalba Ciarlini cha-mou a atenção de tuiteiros ao elogiaro exemplo de fraternidade do papaFrancisco. Para alguns deles, é exa-tamente o que falta ao seu governopara com seus servidores.

w EMENDA - IVai sair pior que o soneto essa táti-ca mambembe de atribuir ao conse-lho político o poder de nomear osnomes exigidos pelo PMDB sobpena de romper ainda em março. Éo tal do 'me engana que eu gosto'.

w CRISE - IIHá uma insatisfação não declaradanos aliados. Os democratas nãodizem, mas se acham jogados numcanto, de castigo, e não sabem arazão. O PMDB se acha despresti-giado, mas até receber os lugares.

w ALIÁS - IIIO problema do governo não é denomes, como nunca foi de comuni-cação: é de gestão. As suas açõesexecutivas estão prisioneiras dogrupo de Mossoró. Não há comofazer com esse modelo centralizador.

w SERTÃOEncerrou com a gastronomia serta-neja a Comedoria Popular, encontroregional de bares e restaurantes, emPipa. Wanderson Medeiros, o chefda Paraíba, falou sobre a harmoniado gosto na mesa do sertão.

w SERVIÇOSDia 18, segunda-feira, 19h, na Livra-ria Saraiva, do Midway Mall, lan-çamento de 'Falando de Serviços:um guia para compreender e me-lhorar os serviços em empresas eorganizações', de Kléber Nóbrega.

w VIADUTOSerá dia 26, 20h, no Clube de En-genharia - Rodrigues Alves, 2004 -a palestra do calculista e professorJosé Pereira da Silva sobre a situa-ção técnica do viaduto do Baldo, fe-chado por medida de segurança.

w MULHERDo velho e bom Jules Michelet noseu tratado sobre o Amor, enquan-to elas lutam fustigando a vida: 'Qualé seu objetivo natural, sua missão?A primeira, amar; a segunda amar;a terceira, amar sempre'.

Da glória

Mago:E tu se foi; num teve foi jeito!

Mais eu num me avexo não, poisPapai do Céu tava precisando deum cabra "da mió qualidade",mode animá ais festança do ladode lá; e conhecedor de seus atribu-tos morais e espirituais; não hesi-tou em vir te buscar... Estou mis-turando as duas linguagens, do ma-tuto e a erudita; pois você é conhe-cedor profundo de todas duas. Pro-vavelmente você ainda não encon-trou nenhum dos nossos entes que-ridos que já se encontram por aí;pois tenho consciência que estás nohospital, se tratando da doença

causadora de tua passagem. Mastanto nossos pais como "a mundi-ça"; composta por aqueles (as) que"pintaram o sete e bordaram o oito"mais nóis do lado de cá; deve estarprá lá de ensiosa com esse reencon-tro contigo, que se avizinha... Ima-gino plenamente as exclamaçõesde satisfações dos nossos queri-dos entes nesse reencontro. ZéFufú; por exemplo, com certezairá dizer ao te avistar: Pois é!...Efraim do violão, bem como seusirmãos Vavá Pombo e Lelé dotrombone, com certeza dirão:Maaaaaaago! Cláudio de tio Luiz,certamente dirá como quando "en-

carnado": Chegô Mufode!... Nãoquero aqui, lembrar teu sofrimen-to físico de pouco antes de tua pas-sagem, mas "uis presépe" de outro-ra; como daquela vez que o ACOS-TUME-SE À DERROTA, time deIvan Arroz Doce (que você certa-mente irá encontrar...), foi jogarno campo do Marista; e quandopassamos na casa de Efra, para eleir com a gente, a irmã dele, Edi-nha, explicou na sua "calma":

- Efrain num vai não; comeuuma panelada, depois trancou-se nobanhêro cum uma revista de mulénua prá "fazê patifaria"; aí foi batêno Pronto Socorro, passando mal...

E a "dedada" que eu dei em Neti-nho, no dia em que Mário Mouranoivou com nossa prima Laís; na la-deira da João da Mata; enquantoele, Netinho, tentava riscar um fós-foro prá atender um cigarro ?... Maspor falar em "dedada"; a mais famo-sa, foi daquela vez que William Can-tídio parou um táxi cheio de "faze-doras de caridade lá de dona MariaBoa" em frente ao cinema REX,quando a sessão das oito às dez danoite havia acabado. Desceram asmeninas, um safoneiro, um zabum-beiro e um trianguista tocando nomeio do povo; vô barrá o Fecha-dô,/ vô barrá Pêdo Chinelo,/ comWalfredo e Clóvis Motta,/ Hernanee Aguinelo... Todo mundo prestan-do atenção às meninas com poucaroupa e muita animação; eu vim de

lá e dei uma "dedada daquela decego vê o mundo" no "buêro" dosanfoneiro; que abriu o fole da san-fona totalmente, produzindo um somesquisito; e vociferou:

- Peraí, fela da puta; "no meuleque, não"!...

E naquela madrugada de sá-bado; que o dia amanhecendo, nóissaímos numa canoa alugada, lá docáis da Tavares de Lira para a Re-dinha, e tu em pé, na proa dacanoa, tocando violão e cantan-do; que triste madrugada foi aque-la,/ que eu perdi meu violão... Eais rapariga do alpendre do Won-der Bar ou Boate Plaza, comoqueiram, tudo apludindo a gentepassando ?... E as pulhas de teupai, o saudoso Dioclécio Bulhõescom nosso tio Zé Fufú ? Dioclé-

cio, depois de uns vinhos, dizia:- Fufú tem rima e fede!Ao que Zé Fufú respondia com

outra pergunta:- E Bulhões rima com quê ?!E lá no Marista; na sala da 3ª.

Série ginasial; 1963, tu lembra daconfusão prá descobrir quem tinhacagado na gaveta do birô de irmãoFrancisco ?! E no dia que JailtonFernandes entrou no banheiro eOlavo, irmão de Piaba, jogador doABC; jogou uma bomba de piruli-to acesa, por cima da parede ? Jail-ton saiu levantando as calças de-baixo de vaia... É, meu Bróid; se eufosse falar em tudo que vivencia-mos juntos; era uma série de ma-térias que dariam para um anotodo... É assim que te recordo; agente era feliz; "e sabia"!...

Sábado e Domingo14 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013 Cultura

w PLANOS... No âmbito do RN, agora à tarde, os aliadosao Governo Rosado estão exigindo novamen-te cargos na gestão-demo em troca de apoio- para esse ano.

Mas os partidos que compõem aliança com aadministração demo, especialmente os pee-medebistas, planejam romper não pela incom-petência governista, mas pela campanha ma-joritária do ano que vem.

Muito tempo perdido com a políticapartidária...

w TODOS INSEGUROSDeputada de oposição ao Governo Rosado, apessebista Márcia Maia usou o Twitter paraum desabafo e para tecer críticas à adminis-tração Rosalba em relação à falta de comba-te à violência no RN.

Tomando como base a violência contra a mu-lher, a parlamentar afirmou que por parte do go-verno há, "infelizmente", "um total descaso" coma rede de combate a esse tipo de violência.

"Na verdade, o descaso não é só no combateà violência contra a mulher, mas vivemos hojeuma falência da segurança pública aqui noRN. É só acompanhar os noticiários locaisque, diariamente, publicam o aumento da vio-lência no RN. São mais de 235 homicídios,só este ano. E ainda temos o caos do sistemapenitenciário e do sistema sócio-educativo.Um reflexo da falta de governo com a segu-rança pública", escreveu ela em sua página.

w VISUAL QUE CONTAUm dos mais sofisticados estabelecimentosgastronômicos de Natal, a churrascaria Fogo& Chama, do empresário Paulo César Gallin-do, está abrindo as portas para a celebração deeventos sociais e corporativos.

Os eventos serão realizados no piso superiorda casa - um espaço com capacidade para re-ceber 150 pessoas -, que proporciona visão pa-norâmica para a Ponte Newton Navarro e parao Mar da Praia dos Artistas. Uma beleza!

w OCASIÃO ESPECIALAmauri Fonseca e Michelle Geppert brindamhoje, no Midway, coleção inverno Toli.

w ESTAÇÃO FUNCIONANDOEnquanto isso, Tereza Tinoco já expõe o pre-view Outono/Inverno na sua loja.

Com o local repaginado para a nova estação,ela mostra as belezas da nova coleção com asararas recheadas de marcas como Corporium,André Lima, Gig, Dwuo, Renata Campos, Pa-tricia Bonaldi, Liziane Richter, Adriana Praça,Victor Zerbinado e os lindos acessórios deRosana Bernardes.

O presidente da Funcarte, Dácio Galvão, ao lado de AlceuValença, no Rio de Janeiro. Alceu está confirmado para oFestival de Música no fim de ano e ainda será o consultor

para o evento promovido pela Prefeitura do Natal

Cedida

Nalva Lopes entre Cynele Parente e Ana Cláudia Paiva nonovo salão Nalva Hairdresser

Sim Comunicação & Eventos/Diego Marcel

Em dia de festa, muitos sorrisos do trio Simone Silva, MariAvelino e Raissa Carvalho

João Neto

Usando óculos “Prada”, o futuro presidente do TRF da 5ª Região,desembargador Francisco Wildo Lacerda, tomou suco de uvadurante visita, ontem ao presidente da AL-RN, Ricardo Motta

Márlio Forte Mulheresnofds

...do apresentador do Manhat-

tan Connection e da Globo-

news e colunista da Revista

IstoÉ Ricardo Amorim: "O

que choca mais? Brasil atrás

do Equador no ranking da

FIFA ou do Azerbaijão no

IDH?";

...da jornalista Cristiana

Lôbo: "Dilma vai a posse

do Papa Francisco, em

Roma. Fica com as imagens

para a campanha de 2014

se o tema religião for colo-

cado. #vacina";

...do Secretário-Geral do TJ-

RN Wlademir Capistrano:

"Educação pública estadual

do RN levando 'porrada' no

Jornal da Band, com 'direito'

a comentário irônico de Ri-

cardo Boechat";

...do juiz de Direito Henri-

que Baltazar: "Discurso po-

lítico-partidário só atrapa-

lha a segurança pública. E

pior é que mostram esqueci-

mento do que fizeram quan-

do governo".

GIRO PELO TWITTER

w MOTIVO DA REJEIÇÃOUma informação que tem circula-do nos bastidores da política local- e que foi confirmada no fim datarde de ontem por um membro doalto escalão do Governo a esta co-lunista - revela o verdadeiro moti-vo por trás da enorme vontade doPMDB "do G" (Garibaldi Filho eWalter Alves) em romper com agestão Rosado.

E não é nada relacionado ao de-sempenho da administração Rosal-ba.

O problema "é mais embaixo",como se diz no popular...

w FATOSO ministro da Previdência Gari-baldi Filho está bastante insatisfei-to com o chefe da Casa Civil doGoverno e marido da chefe-morRosalba, Carlos Augusto Rosado.

Os dois tiveram uma forte discus-são por conta de denúncias de cor-rupção e irregularidades na Fun-dac (Fundação de Apoio à Crian-ça e ao Adolescente). Algo rela-cionado ao uso de veículos, diá-rias falsas...

w CONSEQUÊNCIASO desentendimento contribuiu paragerar e manter o impasse entrePMDB e Governo.

Isso explicaria as críticas pesa-das do peemedebista a Carlos Au-gusto na primeira reunião entre abase aliada e o casal Rosado emBrasília.

Em tempo: o MP está de olho.

w NA CARA DO POVONos próximos dias veremos comoos políticos brasileiros são interes-seiros e fisiologistas.

Em nível nacional, a presidentaDilma Rousseff nomeou hoje cedonovos ministros para acomodaraliados, pensando em 2014.

Como escreveu o blogueiro Josiasde Souza, "os presidentes nomeiamos ministros mais convenientes,não os mais eficientes".

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - daniela.freirecosta@yahoo.com.br

Cantinho do Zé PovoBOB MOTTA - bobmottapoeta.com.br - bobmottapoeta@gmail.com - Telefone: 9965-6080

PRÊNTICE MULFORD BULHÕES

Inverno 2013Dumond

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 15Natal, 16 e 17 de março de 2013Esporte

PisandonaBolaBruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: wesckley@yahoo.com.br

CLÁSSICO QUENTEAmanhã de domingo promete

ser diferente para o torcedor po-tiguar, em especial, aqueles da cap-ital. É dia de tirar a camisa doclube do coração do guarda-roupamais cedo, regar o início da tardea um belo almoço e pegar a estra-da rumo àquele que promete serum dos clássicos de resultado maisimprovável dentre os últimos re-alizados entre América e ABC.

Pouco frequentado este ano ecom uma média de público ir-risória, o Estádio Nazarenão prom-ete superar com apenas 90 minu-tos todos os números conquistadoseste ano no Estadual. O ameri-cano, embalado e presente emfavor do sonho de ver sua inven-cibilidade ampliada para sete jogos,enquanto os abecedistas em versua equipe superar as dificuldadese bater o rival dentro da casa deleem favor da própria honra e dosobjetivos no Primeiro Turno.

Numa partida como a destedomingo, apontar favoritos é ten-tar contar grãos de areia. Mais es-tável, dentro e fora de campo, oAmérica é o candidato ideal aoposto, em especial, diante da situ-

ação financeira difícil pela qualpassa o rival. Por outro lado, a mo-tivação em vencer o clássico ésempre grande, principalmente,para servir como argumento aos jo-gadores para promoção de acer-tos financeiros que não vem noABC há alguns meses.

O encontro entre os maiores ri-vais do futebol do estado está maisdo que recheado de adjetivos e,principalmente, motivos para serquente. O América vem de trêsvitórias consecutivas e pode en-caminhar a vaga para a final, en-quanto o ABC goleou o Corintiansna última rodada de forma efi-ciente, mas enfrenta a imprevisi-bilidade de um grupo que está commeses de salários atrasados. Umjogo que promete ser surpreen-dente aos mais céticos e certa-mente inesquecível aqueles pre-sentes no Nazarenão.

NADA NORMALSou contra a concentração

antes das partidas, apesar de re-conhecer que parte dos jogadoresbrasileiros ainda não tem a ma-turidade necessária para recebertal regalia. Contudo, tratar como

normal a "greve de concentração"feita pelo elenco abecedista é in-coerente, pois faz parte da pro-gramação normal do clube há anos.O argumento de atraso nos salários,faz algum sentido na recusa emconcentrar, mas se o resultado nãovier em campo, contra o América,o primeiro motivo apontado paraum suposto insucesso será a faltade comprometimento dos atletas.Uma decisão que colocou o elen-co entre a cruz e a espada.

ESTRATEGISTAMistério ou despiste? O treino

secreto do América tem rendido co-mentários e especulações de todosos gêneros, especialmente quanto àescalação. Há quem diga ter vistoCléo e Netinho treinando no time tit-ular para o jogo, mas o técnicoRoberto Fernandes negou e afirmouque o primeiro não deve jogar pelaspróximas três semanas, enquanto osegundo ainda está em fase final derecuperação de um problema namão. Só amanhã, as 16 horas, haveráuma resposta para a pergunta.

NA BERLINDAO Potiguar foi punido pelo

Tribunal de Justiça Desportiva(TJD-RN) com a perda de ummando de campo, por infraçãoao artigo 213 do CBJD. Aindapela fase preliminar do campe-onato, contra o Corintians, umintegrante da comissão técnicamossoroense invadiu o campode jogo, depois de uma faltamarcada e empurrou dois jo-gadores do Galo. A infração foiapontada pelo árbitro Caio Maxapós o final da partida. Cabe re-curso.

ABRIU PORTEIRAO atacante João Paulo, ex-

ABC, marcou seu primeiro golcom a camisa do Daejeon Citi-zen, seu novo novo clube na Cor-eia do Sul. O jogador abriu oplacar sobre o Jeju United, maso time adversário acabou em-patando a partida. Apesar dasduas derrotas nos primeiros du-elos - respectivamente contra osegundo e terceiro colocado naK-League do ano passado - jo-gador garante estar animado comnovo clube e espera fazer umagrande temporada. Boa sorte aoFuracão Potiguar.

Uma partida que pode definiros rumos do campeonato estadualpara um dos grandes da capital po-tiguar. ABC e América se en-frentam neste domingo, às 16horas, num confronto direto parair à final do Primeiro Turno doCampeonato Potiguar. Os Alvir-rubros, mandantes da partida, têmnove pontos e dividem a liderançada competição com o Assu epodem encaminhar a classificaçãonesta rodada. Os Alvinegros, de-safiantes neste fim de semana,estão dois pontos atrás do rival naclassificação e não podem sonharem sair sem marcar pontos no Es-tádio Nazarenão, sob pena de ape-nas cumprir tabela nas rodadas fi-nais do turno.

Mas o encontro desta tarde dedomingo vale muito mais do queapenas pontos. O primeiro Clássi-co Rei do ano pode ser o pivô deuma retomada definitiva no cam-inho pelo título ou o mergulho pro-fundo numa crise. Para o América,embalado na competição apósdeixar para trás graves problemasfinanceiros, os efeitos de um re-sultado negativo podem não ser tãovisíveis, já que mesmo em caso dederrota, o time mantém clara achance de chegar à decisão. Aindaassim, a partida é tratada com de-cisiva para evitar surpresas na retafinal e não despertar novamente adesconfiança do torcedor.

Para o ABC, no entanto, perdero duelo de hoje pode afundar o clube,que já vive uma crise financeiragrave com atraso de salários que jáduram mais de quatro meses, tam-bém numa crise técnica. Como mo-tivação para se manter vivo no duelo

contra o rival, a chegada do técnicoPaulo Porto tem sido tratada comoo trunfo para motivar os jogadoresabecedistas que, inclusive, se re-cusaram a concentrar devido aoproblema com salários. Os jogadoressó devem se apresentam na manhãde domingo para almoçar no clubee partir junto com a delegação rumoao estádio José Nazareno, em Goian-inha.

Um tempero a mais para o clás-sico é o jejum que o Alvinegro sofrecom seis jogos consecutivos semderrotar o arquirrival. Nos últimosseis encontros, os Alvinegrosacabaram derrotados em cinco e em-pataram um. O empate foi justa-mente no último confronto dentreas duas equipes, pela Série B, quan-do a partida terminou em 2 a 2, comsete expulsões e não contou com oapito final do árbitro, já que a par-tida teve que ser encerrada pelo fatode os rubros não terem jogadoressuficientes em campo paraprosseguir com o embate até o final.

DUELO DE OPOSTOSO clima, durante a semana, foi

diferente nos dois clubes. Mesmoambos vindo de vitória nas rodadasdo meio de semana, no Centro deTreinamentos do América, o ambi-ente exalava tranquilidade e - no úl-timo coletivo - até mesmo um ar demistério. O técnico Roberto Fer-nandes fechou o treino para a im-prensa e só abriu no finalzinho, quan-do a formação titular já havia sidodesfeita e os jogadores apenas prat-icavam fundamentos como chutese troca de passes.

Apesar disso, as informaçõessão de que o treinador americanopode surpreender na escalação como meia Netinho no time titular. Ojogador teria treinador com uma pro-teção na mão lesionada - que o afas-tou dos gramados por algumas se-manas - e formar o meio de campocom Cascata. Cléo, segundo afir-mou o treinador deve mesmo ficarde fora, apesar de informações vin-

das do CT darem conta de que o jo-gador também treinou. "O que setrabalha quando você faz um treinorestrito, 10% pode ter alguma sur-presa, mas 90% é posicionamento nocampo, questão de bola parada ecoisas que podemos fazer diferentedentro de campo num jogo. Comrelação ao Cléo e o Netinho, os doisestão fora. Cléo, acho que por trêssemanas, e Netinho sem condiçõesplenas de jogo", justificou otreinador.

Na equipe do ABC, a sensaçãode que a qualquer momento algumfato novo poderia incrementar a crisese confirmou logo após o coletivo nasexta-feira, com a negativa dos jo-gadores em concentrar para o jogo.Adiretoria não se opôs e o grupo, in-clusive, ganhou a simpatia do recém-chegado treinador, Paulo Porto, queestreia justamente no clássico con-tra o América, neste domingo.

Porto fugiu à polêmica e preferiutrabalhar em campo. O novotreinador promoveu uma mudança

tática da equipe para o duelo contrao rival rubro. Da equipe que vinhaatuando com dois jogadores na ar-mação, um deverá perder a vaga.Jean Carioca e Walter Minhocadevem ser preteridos para o retornode Edson ao meio de campo para for-mar o time com três volantes e ape-nas Junior Xuxa no comando domeio de campo. O lateral Alexandre,poupado no coletivo de sexta-feirapor dores na coxa, deve ir passarpor testes antes da partida para con-firmar sua participação no duelo.No ataque, a dupla Rodrigo Silva eJheimy deve ser mantida.

Apesar das situações distintasentre si, os treinadores esperam umapartida equilibrada e decidida, se-gundo eles, em detalhes. "Todomundo sabe a importância dessejogo, o momento que a equipe viveé bom, dá toda a motivação, pre-cisamos de tranquilidade pois é umpartida que vale a liderança, é umconfronto direto, e tem tudo paraser um grande jogo", avaliou Rober-

to Fernandes. O abecedista PauloPorto também previu um jogo difí-cil, mas garante que para alcançar oprimeiro objetivo que é chegar àfinal do turno, será preciso domar oDragão rubro. "Estamos conscientesda qualidade do adversário, masqueremos brigar entre os primeiros,e vamos até Goianinha para vencer",concluiu.

PRELIMINAR MÁSTEROs jogadores veteranos de

América e ABC prometem reviveros bons tempos do passado na pre-liminar do clássico-rei do próximodomingo, no estádio Nazarenão. Oduelo está confirmado para as 14horas e terá como objetivo promovera paz entre as torcidas. A ideia é tãoséria, que as duas delegações di-vidirão o mesmo ônibus, um fatoinédito na história dos dois clubes.

"Queremos promover o jogo dapaz e o ato de dividirmos o mesmoônibus é a forma mais clara demostrarmos que é possível viver-mos em harmonia e respeito", de-fende o técnico americano Willi-mam Oliveira. Segundo o treinador,o clássico dos másters também temum fundo social, "Trata-se tambémde um projeto social para aproxi-mar o ex-atleta de seu clube", ex-plica.

Nomes como o de Severinho,Baíca, Moura, Júlio César, Souza eLeandro Senna estarão em campodefendendo as cores do América,enquanto pelo ABC já estão asse-guradas as presenças de Ivan, Bara-ta, Teci e Joazinho "Danadinho". Ojogo conta com o apoio do Améri-ca Futebol Clube, da FNF e AGAP,que doará o ônibus.

RIVALIDADE À PROVA

Meia Cascata é destaque do América nesta temporada após vestir camisa do ABC em 2012

Meia Junior Xuxa deixou o América no meio da temporada e hoje é camisa 10 do rival ABC

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NOS ÚLTIMOS SEIS ENCONTROS EM CAMPO, O ABC ACABOU DERROTADO PELO RIVAL AMÉRICA EM CINCO OPORTUNIDADES

E EMPATOU UMA. PARTIDA NO ESTÁDIO NAZARENÃO PODE REDEFINIR OS RUMOS DO PRIMEIRO TURNO DO ESTADUAL

Em duelo que marcará a 50ª partida do América no Nazarenão,Clássico Rei deste domingo pode definir Primeiro Turno

Natal, 16 e 17 de março de 201316 O Jornal de HOJE Esporte Sábado e Domingo

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - r.lemosfilho@uol.com.br

O pacote Paralisado 20 minutos. Em adoração contemplativa ao pacote

sobre a mesa. Fechado, como uma caixinha de segredos e boas no-tícias. Lacrado pela fita adesiva do Sedex. O ímpeto menor que adúvida de arrebentar a embalagem na curiosidade selvagem do me-nino. A dominar o homem em busca de refúgio, paz e isolamentoseletivo a cada dia.

O coração batendo e gerundiando acelerado como o Barcelonaao atacar em massa. Havia tomado o medicamento de controle de pres-são arterial. Ainda que morresse ali, caísse teso sobre o chão da salade estar, partiria satisfeito por reencontrar a alegria de alcançar osonho, de voltar a ganhar um presente impossível.

Gosto de alegrar meus poucos e fieis amigos com livros, discos,filmes, jogos de futebol antigos. Me sinto feliz e contido vendo osoutros satisfeitos. É assim também com minha família, que me com-pleta por me compreender como ser humano e aceitar minhas limi-tações materiais e passageiras.

Volto ao pacote. Fecho os olhos e penso na primeira bola dentede leite que recebi em 1977. Sei que foi em 1977 porque em 1977nasci de verdade ao entrar num estádio de futebol. A bola veio semsurpresa. Bola é bola mesmo em papel caprichado de loja de brin-quedo.

Abri o saco redondo, tentei dominá-la. Ela se esquivou, mulherme dando uma rabissaca, fugiu, lentamente dos meus pés sem habi-lidade e sedução para fazê-la menina namorada. A bola não me foidescortês, me foi sincera, realista.

Com ela debaixo do braço, fui chamando meus amigos de casaem casa por volta das duas da tarde e batemos uma pelada renhidano chão duro de calçamento da Rua Ezequias Pegado. Fiquei na de-fesa, sempre, rebatendo na grosseria o meu objeto de desejo tão fa-gueira nos pés descalços e íntimos à primeira dominada.

>>>Minha bola dente de leite nunca foi emprestada a ninguém. Nem

ela nem os exemplares de minha coleção da revista Placar, incendia-da quando tirei nota baixa no secundário e o fogo parecia me consu-mir de tanta tristeza e impotência. Minha bola dente de leite dormiacomigo e quando furou, murchou, foi substituída, sem jamais deixarde ter sido a eterna.

Pensando na dente de leite, que chutava mal e como perna depau usando chuteiras da moda da época, as antigas Kichute, deci-di usar uma faca para cortar o plástico que separava as duas abasdo pacote.

Depois, parecendo um perito, retirei na sutileza e tomado de pal-pitações, todas as fitas adesivas que envolviam a embalagem de meupresente. Confesso: Tremendo, abri a caixa e mantendo o cuidado quetenho ao embalar criança recém-nascida, acariciei meu novo toca-dis-cos de vinil comprado em promoção pela internet.

Uma radiola, acoplada de uma entrada para fita cassete(lembramda TDK, da Basf?) e de CD. Quando vi o espaço para colocar o dis-cão, me emocionei de verdade. Há três décadas, quase, eu não sabiao que era uma agulha de botar música para tocar.

Meu contentamento terminou sendo duplo: Pude me presentear.Sentir a sensação dos outros. Posso reviver, a cada folga de final desemana, o flashback de minha infância e adolescência. É um mode-lo belíssimo, uma obra de arte em madeira. O artesão e criador dapeça merece um prêmio Nobel de Nostalgia.

Caminhei pelos sebos do Beco da Lama e encontrei um especia-lizado em bolachões sensacionais. Cada disco é uma etapa da nossavida. É uma fase do país, é um ápice do artista, é um namoro nãoconsumado pela timidez, é um samba de comemorar campeonatoganho sobre o maior rival.

>>>Para bater o centro, 20 discos. Pelo equivalente a um lanche bá-

sico em qualquer Shopping Center de Natal. Reencontrei a Ópera doMalandro, de Chico Buarque de Holanda, com a famosa e polêmicaGeni e o Zepelim.

Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni, ela gosta de apanhar, elagosta de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni. Geni, a pre-sumida prostituta do Cais do Porto, era a Ditadura em discutível dis-tensão xingada pela genialidade de Chico Buarque.

Chico foi o Garrincha musical de 1964 a 1985, perseguido pelaCensura burra, driblada e desmoralizada. A Ditadura, saibam, tam-bém jogou mal na lateral-esquerda.

O álbum, de 1979, tem o Malandro, O Casamento dos Peque-nos Burgueses, Folhetim, O Meu Amor e apenas uma que jamaisserá ouvida outra vez, Pedaço de Mim. É a que fala do revés do parto,da dor de visitar o quarto, do filho que já morreu.

Nunca mais a escutei por amigos que sofreram a inversão naturalda vida. De ver o fruto desaparecer primeiro. Estou de vitrola nova, acer-vo modesto e qualificado. Dividirei com meus comparsas e cerveja.

Cumprirei minha Constituição: Viver a vida, da forma bonita ebonita de Gonzaguinha, outro resgate. Vida colada, remontada, peçaa peça, a cada disco para me emocionar.

PAZO rádio é amigo. Vamos aos

narradores se faltar ingresso. Só10% para o ABC. É injusto? Tal-vez, mas regra. No Frasqueirãotambém é assim. Então, quem nãotiver o que fazer em Goianinha, es-colha o prefixo.

PEDIDONenhuma morte no clássico.

DUELAÇOMarço, 1984, há 29 anos, ti-

maço do ABC dos 114 gols en-frentou páreo duro e empatou em2x2 com o Operário(MS) no Cas-telão(Machadão), segunda fase doBrasileiro. Um jogo de hipnoti-zar criança. Eu, entre 8.901 pa-gantes. O ABC daquele temponão merecia pouca gente emcampo. Havia perdido de 5x0 doAtlético(PR) e a massa ficou emcasa.

ERANDY X CASTILHOO ABC, do técnico Erandy

Montenegro, fez 1x0, Silva aos6 minutos. Lima empatou aos 12.Marinho Apolônio, em linda joga-da, fez 2x1 e Lima cravou 2x2aos 39. Todos os gols no segun-do tempo. Operário treinado porCarlos Castilho, Leiteria, dosmaiores goleiros do planeta, que,três anos depois, voou, renuncian-do a vida.

TIMESABC: Rafael; Saraiva, Joel,

Sérgio e Wassil; Baltasar, Dedéde Dora e Marinho Apolônio;Curió, Silva e Severinho(Nicá-cio). Operário(MS): Paulão; César,Odair, Valdir e Dionísio; GersonAndreotti(Garcia), Marcinho eAdilson Heleno(Biro-Biro); Edi-nho, Lima e Nenê.

GARCIA E ADILSONGarcia era o velho Garcia do

América bicampeão dos anos1974/1975 e campeão em 1977.Adilson Heleno foi campeão noalvinegro em 1995.

Alecrim quer entrar na brigar por vaga na finalCOM CINCO PONTOS, QUATRO A MENOS QUE OS LÍDERES AMÉRICA E

ASSU, O ALVIVERDE SÓ PENSA EM VENCER PARA SONHAR COM TÍTULODistante, mas possível. É assim

que o Alecrim vê a possibilidade dechegar à final do Primeiro Turno doCampeonato Potiguar. Com cincopontos, quatro a menos que oslíderes América e Assu, o Alviverdenão pode pensar noutro resultadosenão a vitória na partida de logomais para continuar a alimentar osonho da classificação. Para o bemdo Periquito, o adversário destedomingo é justamente o Camaleãodo Vale. Com duas rodadas para ofim, ambas as equipes precisam davitória no duelo de logo mais, noEstádio Edgarzão, às 17 horas.

Para enfrentar o Camaleão, otécnico Wassil Mendes não poderácontar com o atacante Renan Mar-ques, que continua fora por lesão.Dúvida para o jogo será o meiaRobertinho, que se machucou notreinamento realizado na sexta-feira à tarde, no CT, em Par-namirim, e fará teste no vestiáriopara saber se terá condições dejogo. "É um jogo que não podemosnem sonhar em empatar. Vamosenfrentar um time que está no topoda tabela, tá motivado. Converseicom os jogadores, sabemos que éjogo de seis pontos e podemosfazer com que o adversário esta-cione. Vamos buscar o resultado",afirma o treinador.

O Alviverde vem de suaprimeira vitória na competição,após bater no Ninho do Periquito,o lanterna Baraúnas por 3 a 2. OAssu venceu as últimas duas par-tidas, sendo a última diante do SantaCruz, na cada do adversário. Aocontrário do Camaleão, que seperder ainda continuará comchances de chegar à decisão doturno, o Alecrim precisa vencer etorcer por ao menos um empateentre América e ABC, ou uma der-rota dos rubros. "É difícil, princi-palmente, quando você passa a de-pender dos outros, mas precisamosa fazer nossa parte e esperar para

ver se os resultados podem ajudar",avaliou

Como os americanos enfrentamo Assu na rodada seguinte, o Ale-crim dependeria das próprias forçaspara conquistar a vaga, já que teriapela frente ABC e América nas duasrodadas finais. Pedreiras pela frente,mas que na prática, oferecem ocaminho necessário para alcançar oobjetivo que é a disputa do título,bem como a vaga na Copa do Brasile do Nordeste, ambas do próximoano, além da vaga na decisão doEstadual e um passo adiante nabusca pela vaga na Série D desteano. "A soma total de pontos émuito importante para nós para queno final do campeonato possamosestar na Série D, um objetivo doclube e do grupo, por isso todos ospontos são importantes para nós",destacou.

RODADA QUENTEOutros dois jogos fecham a

quinta rodada pelo Campeonato Es-tadual. Entre eles está o clássicodo Oeste, o Potiba. Potiguar eBaraúnas se enfrentam, às 17 horas,no Estádio Nogueirão, com obje-tivos opostos no turno. O Leão,mandante da partida, é o lanternacom apenas um ponto em quatrojogos e precisa vencer para deixaras últimas colocações e não se dis-tanciar da briga pela Série D. Avaga do RN é oferecida a equipe demelhor campanha do Estadual eque não tenha vaga assegurada emqualquer divisão do CampeonatoBrasileiro.

O Potiguar, por outro lado, emcaso de vitória, pode entrar de vezna disputa pelo título do turno. Comseis pontos, três a menos que oslíderes, a equipe que se recuperar

da derrota polêmica para o Améri-ca na última rodada e manter vivasas chances de lutar por uma dasduas vagas na decisão do turno naspartidas finais que ainda restam.

Em situação semelhante estãoSanta Cruz e Corintians de Caicó.O Tricolor do Inharé recebe emcasa, os seridoenses para tambémtentarem fugir das últimas colo-cações e manter a preferência pelavaga na Série D. Em penúltimocom um ponto, o time ainda nãovenceu na competição e esperaaproveitar a o baque da goleadasofrida pelo Galo na rodada passa-da para comemorar os primeirostrês pontos. O Alvinegro seridoense,contudo, quer a recuperação paracontinuar na cola dos líderes, já quetem apenas dois pontos atrás. A par-tida começa às 17 horas, no Está-dio Iberezão.

A temporada de 2013 da Fór-mula 1 começou de forma turbu-lenta, na madrugada deste sábado.A forte chuva que atingiu Mel-bourne atrapalhou a realização dotreino classificatório para o GrandePrêmio da Austrália, prova que abreo Mundial, e a atividade acabouadiada para as 21h deste sábado(de Brasília), poucas horas antesda corrida. O treino em Albert Parkchegou a ter sua primeira parte dis-putada, com 30 minutos de atraso,mas a forte chuva e o vento no cir-cuito fizeram com que a FederaçãoInternacional de Automobilismo(FIA) fosse atrasando o início doQ2 até decidir por seu adiamento.O Grande Prêmio da Austrália está

marcado para as 3h de domingo.O treino em Melbourne teve

seu início adiado em 30 minutospor conta da forte chuva que atingiuo circuito na madrugada deste sába-do e deixou a pista com muitaspoças d'água. Funcionários do GPda Austrália trabalharam para mel-horar o asfalto até que houvessecondições de segurança para os pi-lotos. Com a luz verde finalmenteacessa, os carros saíram quase todosimediatamente dos boxes. Com apista ainda muito molhada, os pi-lotos tiveram muitas dificuldadespara guiar. Lewis Hamilton perdeuo controle de sua Mercedes e sechocou com a barreira de proteção.Felipe Massa também teve proble-

mas, rodou e colidiu, danificandoa parte frontal de sua Ferrari, quepassou por reparos nos boxes.

A parte final do Q1 foi emo-cionante, já que a pista secou rap-idamente e permitiu que os pilotosutilizassem pneus intermediáriosem suas últimas voltas rápidas, cau-sando grandes mudanças na clas-sificação. Passados os 20 minutosiniciais do treino, Max Chilton,Jules Bianchi, Charles Pic, Giedovan der Garde, Esteban Gutiérreze Pastor Maldonado foram elimi-nados. Quando parecia que a ativi-dade prosseguiria normalmente, achuva e o vento chegaram comforça novamente ao circuito de Al-bert Park. Os comissários da FIA

atrasaram a segunda parte do treinotrês vezes, somando 50 minutos deespera, até decidirem pelo adia-mento para a noite de sábado.

O brasileiro acredita que tevesorte por poder continuar no treinoclassificatório para o GrandePrêmio da Austrália de Fórmula 1,após a avaria na parte frontal dasua Ferrari e garantir classificaçãoao Q2. "Na minha carreira toda,nunca voltei à pista depois de umimpacto tão forte e estou feliz deainda estar na briga do classifi-catório. Outros pilotos tambémficaram em posições de risco, entãoaprovo completamente a decisãodos comissários", disse o pilotobrasileiro.

Técnico Wassil Mendes vai medir forças com o Assu no Estádio Edgarzão

> FÓRMULA-1

Definição do grid de largada em Melbourne ocorre neste sábado

Forte chuva que atingiu Melbourne adiou treinouclassificatório para as 21h deste sábado

Cidade

Érika Nesierikamnesi@hotmail.com

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 17Natal, 16 e 17 de março de 2013

C M Y K

Depois de Audrey Hepburn,Anne Hathaway poderá ser apróxima diva de olhos grandes ainterpretar Eliza Doolittle

É difícil pensar em alguém queconsiga superar a magia que Hep-burn trazia ao filme, mas Hath-away é uma séria candidata.Cameron Mackintosh pensou nomesmo. O guru do teatro que tam-bém foi um dos grandes produtoresd'Os Miseráveis é o responsávelpor trazer My Fair Ladyde volta àvida, com o sotaque londrino quelhe é devido.

t t t

My Fair LadyO castingde Hathaway ainda não

está confirmado, mas quem ganhouum Oscar por interpretar Fantine -e, principalmente, quem se trans-formou de Mia Thermopolis naPrincesa de Genóvia - já tem o papelgarantido. Vamos aguardar.

Cara Delevingne e Georgia MayJagger tornam-se as meninas daLouis Vuitton para a campanhade outono/inverno 2013-2014

Primeiro vimos Kate Moss des-filar durante a semana de moda deParis na apresentação da coleção deMarc Jacobs, e em pouco tempo amarca apresenta-nos duas novasmusas que são, nem mais nemmenos, que as it-girls do momento:Cara e Georgia.

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Sleepy Louis Vuitton Dirigido por James Lima, o

vídeo obscuro, sofisticado e sedutor,conta também com a carismáticaEdie Campbell, Saskia de Brauw,Isabeli Fontana, LilyMcMenamy eMagdalena Frackowiak, com ima-gens da passerela e bastidores ondeos looks estilo pijama ganham outravida.

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O novo rosto da Yves Saint Laurent

A modelo - e it Girl britânica -Cara Delevigne afirmou através doseu twitter-que se sente uma 'Babydoll', revelando de forma sutil a suanova parceria com a marcaYvesSaint Laurent.

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Explicando melhor

'Baby doll' é o nome da novacoleção Primavera/Verão 2013 deprodutos de beleza da Yves SaintLaurent, e chega às lojas no dia 22de maio. Entre máscaras de cílios cri-adas para intensificar o olhar e tonsdeliciosos de delineadores, batonse esmaltes, difícil será não se renderao look lolita.

t t t

Parfumerie é exclusivo

As lojas Parfumerie aqui emNatal tem a exclusividade damarca, assim como todos os pro-dutos top de linha que levam aassinatura não só da YSL, mas deoutras internacionalmente famosas.É só conferir!

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Roberta Sá & Alejandro Sanz

O cantor e galã espanhol Ale-jandro Sanz vai receber a brasileiraRoberta Sá no show que fará noCredicard Hall, em São Paulo, nodomingo, dia 17. Juntos, eles vãocantar Bailo con vos, que foi grava-da por Alejandro e Roberta no maisrecente CD do cantor. Será aprimeira vez que eles vão apresen-tar a música ao vivo.

t t t

Uma grande noite...

Como bom anfitrião, Sanz fezquestão de também escolher umacanção do repertório de Roberta."Vamos cantar também 'Você nãopoderia surgir agora', que ele sem-pre diz que adora, do meu discoSegunda Pele", diz Roberta. "Fiqueimuito feliz com o convite. Vai seruma grande noite", afirma a can-tora à coluna. Na terça, dia 19, seráa vez dos cariocas assistirem aoshow de Alejandro. Desta vez, in-felizmente, sem a participação deRoberta.

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La Música No Se Toca'

Sanz vem ao Brasil com umabanda de dez músicos. O álbum queele vem promover, 'La Música NoSe Toca', foi lançado em setembrode 2012 e estreou em 1º lugar nasparadas em 18 países.

Fonte:Por Danilo Caselatti(Época São Paulo)

Bom fim de semana!

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DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

Artista é assim... tem o poderde transformar um lugar qualquernum cenário especial. O palco doprojeto Suave Coisa é um barqui-nho sob as águas do rio Potengi.Ao chegar o público se deparacom uma das paisagens mais lin-das da cidade que é o por do solque invade o momento é dá oclima poético. E, para encantartotalmente os mais desavisadospara esta temporada foram esco-lhidos cantores potiguares que sedestacam pela qualidade da músi-ca e talento.

E, neste domingo, dia 17, às17h, no Sport Club de Natal (RuaChile, 48, Ribeira) acontece o en-cerramento da primeira tempora-da do Suave Coisa temporada deacústicos com os shows de Simo-na Talma e Juão Nin com o pro-jeto Andróide sem Par. O projetorecebeu Khrystal, Artur Soares,Luiz Gadelha, ‘Ar, tu e oVendaval’ e Camila Masiso.

“A tarde promete muito ro-mantismo, visual lindo e energiaboa, além disso estaremos ven-dendo CDs de artistas potiguares

com a banquinha fora do eixo. E,aproveito para avisar que o proje-to promete uma segunda tempo-rada em breve”, conta uma dasorganizadoras Simona Talma.

Que após um ano de trabalhointenso dedicado ao Talma&Ga-delha em uma nova experiênciade trabalho coletivo, a cantora ecompositora Simona Talma reto-ma o trabalho solo. Ela transitoude uma música mais pautada nojazz e blues, envolvida com poe-sia, extremamente melancólica eintimista para um outro universo,mais roqueiro, mais leve, mais:“eu sofri, mas quero mesmo é serfeliz!” E porque não?

Foram viagens, clipes, prê-mios, boas indicações em listasdo Nordeste, projetos importantescomo: Pratas da Casa do SescPompéia(SP), Tv Trama Virtual,Feira da Música de Fortaleza,Festival Bananada (GO), RockCordel do BNB Cultural (CE) e(PB), entre muitas outras con-quistas e um aumento substancialde público.

Simona Talma tem 12 anosde carreira e três discos lançados:“A moça mais vagal que há”(Solo - 2005), “Pra que serve amúsica?” (Projeto Retrovisor -2007) e “Matando o amor”(Talma&Gadelha - 2011); nostrês últimos meses dedicada afazer o caminho contrário, feito aum ano, para voltar a um traba-lho solitário. Mais uma iniciativado Projeto Incubadora do ComboDoSol, em 2012, mais um discoproduzido por Anderson Foca eBang! Um segundo disco, comuma pessoa totalmente diferentedo que ela foi.

O Bang vem com a maioriadas letras da própria Simona,com canções reunidas desde2006, afinal, foram sete anos doprimeiro disco para o segundo,todas inéditas, algumas novas,mas todas repaginadas e revivi-das. Mais pop? Talvez... menosblues? Não! Mais solto do pró-prio eixo do blues, porém bemvívido nessa essência. Agoraresta ouvir a evolução da cantora,

da compositora e perceber os ca-minhos sentidos de lá pra cá, aspartidas e retornos.

Outra atração da noite, tam-bém não tem como não se iden-tificar com o Androide Sem Par,se você já perdeu um grandeamor sabe exatamente o que eleestá cantando. Juão Nin, 23anos, irreverente artista poti-guar, é um convicto exploradordos sistemas humanos tempo-rais, os relacionamentos, suasperdas e danos. O projeto épara Juão um depósito ondecabem todas as bagagens e ex-periências pessoais, com can-ções que atacam e defendem-sedo amor, sem deixar de idealizá-lo como um perfeito equilíbriodas emoções que o dominamcausando admiração e descon-forto naqueles que se negam aentregar-se ao que sentem, pois,ainda que seus relacionamentosresultem em dores, ele as assu-me e alimenta-se delas, gerandono espectador um misto de lem-branças boas e ruins.

Sábado e Domingo18 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013

Cultura

DANIELA PACHECO - danipacheco@hotmail.com

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

PROJETO QUE REÚNE MÚSICA BOA, PÔR DO SOL NO RIO

POTENGI E UMA ENERGIA INCRÍVEL ACONTECE NESTE DOMINGO

Suave Coisa temporada deacústicos apresenta SimonaTalma e Andróide sem Par

> TEATRO

Músico, ator e dançarino pernambucanoHelder Vasconcelos apresenta em Natalespetáculos e oficina neste fim de semana

O músico, ator e dançarinopernambucano Helder Vascon-celos, que fez parte do grupoMestre Ambrósio por 11 anos,traz a Natal os espetáculos “PorSi Só”, hoje, às 19h; o solo “Es-piral Brinquedo Meu”, domingo,às 19h e a oficina “Pulso Pre-sença”, hoje e amanha, das 9hàs 13h. Todas as atividadesserão realizadas no BarracãoClowns.

Sem demarcar fronteirasentre música, dança e teatro, oartista revela uma maneira parti-cular de se expressar, que ao

mesmo tempo é dele e das pes-soas com quem convive. Umjeito de ser que se liga ao lugarde onde veio e à alma das tradi-ções de que participa.

O espetáculo “Por Si Só” ébaseado na pesquisa das açõesde escolha e decisão com asquais as pessoas se defrontamao longo da vida. A coreografiapossui um aspecto autobiográfi-co e tem a música como fio con-dutor da narrativa. O italianoArmando Menicacci dirige o es-petáculo buscando uma intera-ção com as novas tecnologias.

Já o Espiral Brinquedo Meureúne ritmos, canções e figuras,criadas a partir de sua relaçãocom o Cavalo Marinho (teatrode rua tradicional da Zona daMata Norte de Pernambuco) e oMaracatu Rural (cortejo de ruado carnaval pernambucano).Criado em 2004, já contou commais de 100 apresentações, emcidades brasileiras e também naFrança.

Os recursos utilizados são to-talmente voltados para encena-ção das figuras. Os instrumentose alguns objetos cênicos com-

põem o cenário. A trilha, grava-da e executada ao vivo, tocadacom tamanco, bombo, tarol e atéum pandeiro de origem italiana,inclui canções originais, com-postas pelo próprio Helder Vas-concelos, e toadas tradicionais.

É desta forma que HelderVasconcelos apresenta-se comsuas figuras. Brincando. Do seujeito, conectado com sua reali-dade, mas também em sintoniacom uma sabedoria antiga de serelacionar com o público, vi-brando na mesma freqüência dastradições de que faz parte.

HOJEO cantor Luiz Gadelha (foto) apresenta seu trabalho solo ‘Suculento’, neste sábado, dia 16, às 22h30, no

Casanova Ecobar (Avenida Senador Salgado Filho, 3526, Candelária). A noite ainda conta com show de ArturPorpino.

DANÇAAssinado pelo coreógrafo Mário Nascimento (MG), o espetáculo, da Cia potiguar Gira Dança, “Sobre todas

as coisas” provoca o tema sobre a condição humana e suas fragilidades. O grupo, formado por pessoas com esem deficiência, tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria,voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. A apresentação faz parte da programaçãode aniversário da Casa da Ribeira e será apresentado hoje, às 20h, na Casa da Ribeira (Rua Frei Miguelinho,52, Ribeira).

CHILEDireto de Santiago do Chile, Crespo Salem traz o melhor do reggae soundsystem para Natal, hoje, às 22h,

no Cultura Clube (Av. Rio Branco, 251, Ribeira). As atrações locais ficam por conta da banda Faces Negras edo DJ mossoroense Mano Guery.

HQ’SO Quadrinhos Estúdio de Desenho

abrirá suas portas em Natal, na Livra-ria Nobel Salgado Filho, neste sábado,dia 16, a partir das 17h. A programa-ção conta com um bate-papo sobre mer-cado de quadrinhos nos EUA com Ge-raldo Borges, com Jack Herbert (KirbyGenesis - Dynamite) e Wendell Caval-canti (Black Acre - Image Comics) e,além disso, na ocasião será sorteadosbrindes super especiais.

RAPNeste domingo, dia 17, a partir das

17h, no Centro Cultural Dosol aconte-ce o show do rapper carioca Mc Ma-rechal. A programação ainda conta comos potiguares Carcará na Viagem, ChicoBomba e Zé Baga e o DJ Samir.

LIVRO“Falando de Serviços: um guia para

compreender e melhorar os serviçosem empresas e organizações” (EditoraAtlas) é o título do livro de autoria doconsultor, conferencista internacional eprofessor em Programas de Pós-Gra-duação, Kleber Nóbrega. A obra serálançada na próxima segunda-feira, dia18, às 19h, na Livraria Saraiva, do Mid-way Mall. O livro aborda conceitos,ferramentas, métodos para a compreen-são e gerenciamento de serviços, bemcomo discute aspectos conceituais epráticos da gestão de serviços, forne-cendo ferramentas práticas para a ges-tão e a melhoria dos resultados.

CONFIRMADO!!!Depois de bem sucedida turnê em 2011, o grupo mais popular de

Cuba Buena Vista Social Club ® retorna ao palco em maio de 2013para uma grande turnê que inclui Brasil, México, Argentina e Chilepara comemorar o 15 º aniversário do lançamento do que é hoje o maiordisco de música clássica tradicional cubana. E, em Natal a orquestravai se apresentar no dia 12 de maio, no Teatro Riachuelo.

Fotos: Wellington Rocha

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 19Natal, 16 e 17 de março de 2013

Cidade

ASecretaria Estadual da Educa-ção (SEEC) está selecionando pro-fessores para atender a estudantesque estejam impedidos de freqüen-tar a escola, devido às suas condi-ções especiais de saúde. Os profes-sores selecionados farão parte daequipe pedagógica do Núcleo deAtendimento Educacional Hospita-lar e Domiciliar da Secretaria, e irãoministrar aulas para os estudanteshospitalizados e em tratamento.

O programa de Atendimento Edu-cacional Hospitalar e Domiciliar daSEEC foi implantado no Estado doRio Grande do Norte em 2010, e é de-senvolvido em 6 instituições que tra-balham em prol de crianças em con-dições especiais. São elas: o Hospi-tal Ifantil Varela Santiago, o Hospi-tal Pediátrico Maria Alice Fernandes,a Casa de Apoio à Criança com Cân-cer (Durval Paiva), o Grupo de Apoioà Criança com Câncer do Rio Gran-de do Norte (GACC), a Associaçãode Apoio aos Portadores de Câncer deMossoró e Região (AAPCMR) e oHospital do Seridó, em Caicó.

Atualmente, seis professoresatuam no programa, mas para pres-tar o atendimento com maior quali-dade e acompanhando à grande de-manda nas instituições parceiras,professores do quadro do poder pú-blico estadual estão sendo selecio-nados para compor a equipe.

De acordo com a especialistaem pedagogia, responsável pelaClasse Hospitalar do Núcleo deAtendimento Educacional Hospita-lar e Domiciliar da SEEC, Adrian-na Guimarães, o programa traz bonsresultados e é a garantia dos direi-tos desses pacientes. "Toda criança

e adolescente que está em condi-ções especiais de saúde têm o direi-to, previsto na Legislação, de ter umacompanhamento pedagógico du-rante o período em que não podefreqüentar as salas de aula. Esse pro-grama foi criado para garantir o cum-primento desse direito, de formasimples, porém efetiva, para que osalunos ao retornarem à rotina esco-lar habitual, não fiquem perdidos.Os resultados são bastante positivosdesde que o Atendimento começou,e queremos ampliar esse atendimen-to, da melhor forma possível. Osprofessores convidam pessoalmen-te as crianças hospitalizadas para fa-zerem parte da Classe Hospitalar eelas participam. Isso é muito impor-

tante para o desenvolvimento delas,apesar de sua condição especial, nomomento em que faz tratamento",disse Adrianna Guimarães.

As instituições que fazem partedo programa têm em sua sede umasala de aula, conhecida como 'ClasseHospitalar', onde os pacientes são re-cebidos diariamente por professoresque desenvolvem projetos e ativida-des flexibilizadas em todas as maté-rias, de acordo com o que é previs-to na grade escolar. Ao serem libera-dos dos tratamentos e voltarem à ro-tina escolar, os professores que atuamno Atendimento Educacional Hos-pitalar e Domiciliar da SEEC, infor-mam para a instituição de ensino, orendimento dos alunos durante as

aulas especiais, e de acordo com osrelatórios e atividades, o professorda unidade escolar aplica notas aoaluno referentes ao período em queprecisou estar ausente da sala de aula.

Na Casa Durval Paiva, o acom-panhamento pedagógico já é feitopor uma iniciativa da própria insti-tuição, onde durante todo o dia, exis-te um profissional que realiza ativi-dades pedagógicas com as criançase adolescentes hospedados ali. Já naala pediátrica do Hospital da LigaNorte-Rio-Grandense Contra o Cân-cer, que também é dirigida pela CasaDurval Paiva., esse acompanhamen-to é realizado pela equipe Núcleode Atendimento Educacional Hos-pitalar e Domiciliar da SEEC.

Para o presidente da Casa Dur-val Paiva, Rilder Campos, o projetoda Secretaria é importante e ajuda afirmar o propósito da instituição decelebração à vida. "Quando a pessoaadoece, a primeira coisa que muda éa rotina, pois não se pode estudar eàs vezes nem mesmo brincar, e ascrianças e adolescentes ficam foca-das na doença. Esse atendimento é desuma importância pois ajuda a res-gatar esse rotina perdida, privilegian-do essas atividades pedagógicas queas ajudam a celebrar a vida, esque-cendo a doença que as acomete",disse Rilder Campos.

Os interessados em participarda seleção, devem se dirigir à Sub-coordenadoria de Educação Espe-cial (SUESP), da SEEC, no CentroAdministrativo do Estado, e procu-rar a equipe pedagógica do Núcleode Atendimento Educacional Hos-pitalar e Domiciliar. Maiores infor-mações pelo telefone 3232.1451.

Organizada pela Casa DurvalPaiva, a exposição de produtos arte-sanais confeccionados por mães eacompanhantes de crianças e ado-lescentes em tratamento ou já trata-dos de cânceres variados ocupou,durante toda a última sexta-feira (15),a área de eventos do Natal Shop-ping, como desfecho do projeto NovoRumo Design, ação patrocinada pelaFundação Banco do Brasil. Ao ca-pacitar pessoas que abandonaram avida profissional para cuidar de en-fermos, as 27 oficinas ofereceramum horizonte financeiro.

Cursos de depilação, pinturaem tecido, produção de chocola-te, pulseiras, colares, bolsas, den-tre outras habilidades, fizeramparte das aulas empreendidas naprópria instituição que cuida depacientes com câncer. Uma dascontempladas com a iniciativa foidona Ione Soares, 40 anos. Mãe deRayane Stefane, 17, ela viu omundo ruir no dia em que desco-briu a doença da filha. "Ali aca-bou tudo. Eu era costureira de far-damentos e parei com tudo. Fuiviver em função dela".

Os sintomas começaram comuma forte dor de cabeça, que durouum mês. Sem diagnóstico, a meni-na, então com dez anos, foi enca-minhada para um oftalmologista,após os olhos apresentarem umavista trocada e a freqüência de vô-mitos aumentar. Em 30 dias, elaperdeu cinco quilos. "Quando o of-talmologista falou que era umacoisa séria, vi que estava na mãode Deus". Sete anos de tratamen-to ainda são insuficientes para Ioneficar tranqüila. "Até hoje eu tenhomedo do câncer voltar".

Com ciúme dos outros filhos,sem dinheiro no bolso e Rayanecom seqüelas na fala e na visão,procurar trabalho virou priorida-de. "Os gastos são grandes, mas aCasa me apoiou. Agora eu estouaqui para vender meu trabalho. Re-centemente, participei de duas fei-ras, uma na Ribeira, outra no Nor-destão [supermercado] da Salga-do Filho. Foram fracas, mas tireium dinheirinho", diz Ione. "Comoeu vivo em função de minha filha,esse pouco que ganho ajuda muitona despesa".

Atento às camisetas e colaresexpostos no projeto Novo RumoDesign, o professor universitárioaposentado, Ricardo Cabral, valo-

riza a iniciativa e enaltece o empe-nho da Casa Durval Paiva em sus-tentar a ajuda até concluir o trata-mento. "Eles fazem uma obra vo-luntaria muito rica. Estão de para-béns mesmo. Acho que a pessoase encontra fazendo o bem para osoutros. Às vezes, ajudar o próximofaz mais bem para quem ajuda".Quem quiser contribuir com a aqui-sição dos objetos, pode entrar emcontato nos telefones 4006-1600,9622-4544, 9981-3474.

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaMarfret Guyane França W. Sons No Porto Algeciras/ESP Contêineres - -Ocean Stalwart Vanuato Seamaster No Porto Guamaré(RN) Pesquisa - - Lagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Seabounr Sojourn Bahamas Semar 18/03 Fortaleza(CE) - - TurismoVarada Ipanema Singapura Seamaster 18/03 Guamaré(RN) Reabastecimento - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 23/03 Algeciras/ESP Contêineres - -Marfret Marajó França W. Sons 30/03 Algecira/ESP Contêineres - -U20-Cisne Branco Brasil M. Brasil 04/04 Rio de Janeiro Veleiro - - CMA-CGM Herodote United King CMA-CGM 06/04 Algeciras/ESP Contêineres - -

TBN Brasil Petrobras 21/03 Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos Naviosapronianocfs@hotmail.comAPRONIANO CÉSAR

Dia Hora Altura (M)16 13:02 0.5

19:30 2.017 01:15 0.6

07:47 4.7

FASES DA LUAMinguante (04/03 - 18:53h)

Nova (11/03 - 16:51h)

Crescente (19/03 - 14:27h)

Cheia (27/03 - 06:27h)

Arosa Bahamas A. Marítima 17/03 Santos(SP) Sal - -

Natal volta a ter antiga rota de mercadorias para Fernando de Noronha dentro de alguns dias

Secretaria seleciona professores paraalunos impedidos de freqüentar escolasPROGRAMA FOI INSTALADO EM 2010 E É DESENVOLVIDO EM 6 INSTITUIÇÕES

Rilder Campos, da Casa Durval Paiva: “Atendimento é de suma importância”

> AJUDAR AO PRÓXIMO

Mães de pacientescom câncer expõemprodutos artesanais

Ione Soares vive em função da filha Rayane desde quando o câncer foi descoberto

José Aldenir

Wellington Rocha

C M Y K

Sábado e Domingo20 O Jornal de HOJE Natal, 16 e 17 de março de 2013 Gastronomia

C M Y K

www.hemeteriogurgel.com.brHemetério Gurgel

C M Y KC M Y K

- FAST - FOOD - - CONVERSA DE RESTAURANTE -

Rend: 02 porções

-INGREDIENTES- No caso só 2 batatas grandes.- Caso seja p/mais pessoas aumente a quantidade - 200 gr de carne moída;- 1 unidade de cebola picada;- 2 unidades de tomates picados, sem peles, semsementes;- 1/2 xícara-chá de queijo Cottage;- Orégano ao gosto;- 1 colher/sopa de margarina;- 20 gr. de Queijo Parmesão ralado;- Sal a seu gosto.

-PREPAROLave as batatas e leve-as para cozinhar inteirasna água com sal. Reserve. A seguir, derreta a margarina e refogue a carnemoída temperada com sal e orégano. Acrescente a cebola, o alho e os tomates. Deixe refogar até ficar espesso.

Corte as batatas ao meio, re-tire um pouco da polpa, amas-se bem, misture com o Cotta-ge e o refogado da Carnemoída. Cubra as batatas como recheio e leve ao forno paragratinar.Quando dourarem retire do forno e sirva.É um prato diferente e delicioso, bem como fácile rápido de fazer.

ALFACE VERDINHAQuando quiser fazer salada com alface, para quefique riginha, depois de separar as folhas e lavá-las bem, ponha uma colher de chá de açúcar.Verá que a alface fica riginha.

ABACAXIQuem quiser usar o abacaxi, em sobremesas ge-ladas que levem gelatina, deve primeiro cozê-lo.Isto deve-se ao enzima que estes frutos têm, queevita a congelação da gelatina depois de fria.

DESSALGAR O BACALHAUÉ só cozinhar o mesmo umas duas vezes usandosal fino ou corte-o e deixe ferver com leite. Depoisé só escorrer que o sal sai todo.

BACALHAU DESFIADOQuando precisar de desfiar bacalhau depois de co-zido, tire-lhe as espinhas e as peles e deite-o numpano grosso. Esfregue bem o bacalhau, sempredentro do pano e passado algum tempo verá que

este ficou em finos fios, se-parados uns dos outros.

BOLO BEM FOFINHOPara se obter um bolo bemfofinho substitua a mantei-ga ou margarina pelamesma quantidade, no casocada colher de manteigasubstitua por óleo. Obterá um resultado inigualá-vel colocando-se bastante manteiga ou margarinapara untar a forma. Sabe o que acontece? O boloficará macio e não perderá o sabor da manteiga.

CONSERVAR CAMARÕES INTEIROSPara conservar camarões inteiros (com cabe-ça) frescos por até seis meses, divida-os em quan-tidades a serem utilizadas numa refeição, colo-que-as em recipientes plásticos, cubra com água,tampe e leve ao congelador. Ao serem desconge-lados os camarões estarão como se fossem pes-cados no dia.

QUQUANDO EU ME VIREI, NÂO VI MAIS NINGUÉM!

DICAS DE GASTRONOMIA:RECEITA DA CHEF : BATATA RECHEADA C/CARNE MOÍDA

SANYLLE FARAJ

MARIANA ROCHA

BALAS DA VOVÓNaya Alves, potiguar, resi-dente no bairro de Emaús,em Parnamirim/RN, é umapatisserie nata. Há algumtempo recebeu de sua mãeuma receita de família,vinha de sua avó, parafazer balas de leite, que ba-tizou com o nome deBALAS DAVOVÓ. Foi su-cesso junto as amigas eamiga das amigas para asfestas de aniversários, ou

qualquer outro acontecimento, criando uma legiãode clientes. Isso dividia o seu tempo com seu empre-go. Quando foi demitida dedicou-se só a produçãodas BALAS, pois lucrava mais que o salário ganhona empresa que trabalhava.

INDÚSTRIADaí, Naya, procurou o Sebrae onde fez cursos eparticipou de Oficinas de capacitação, para apren-der a fazer controle de fluxo de caixa, a vender me-lhor e a elaborar um plano para o crescimento denegócios. Imprescindíveis para ser industrial.

CRIATIVIDADEInvestiu na apresentação refinada das embalagens- latinhas de metal em vez de plástico - rótulos emarca. Cadastrou-se nos órgãos de inspeção ali-mentar. Seguiu um planejamento profissional ob-jetivando deixar o produto bonito, pronto para a

venda. O investimento foi de R$ 5 mil. O seu sonhocomeçava a tornar-se realidade.

PRODUÇÃOComeçou há 8meses passados,com 800 Latinhas.Hoje já atingiu umaprodução mensal de1,2 mil latinhas deBalas da Vovó. Elasestão sendo comer-cializadas para res-taurantes, lojas de conveniências, padarias e cafésde Natal. Vende toda a produção.

CIDADESJá iniciou umarede de represen-tantes para as ven-das nas cidades deFortaleza/CE;João Pessoa/ PB;Recife/PE e SãoPaulo/SP.O planejamentoque aprendeu nas Oficinas-Sebrae/RN e a exce-lência do produto tornaram rápido o crescimen-to comercial das BALAS DA VOVÓ. Logo, logo,Naya conquistará o mercado brasileiro e já está es-truturada para quando chegar o momento, alçarvoos para América do Sul e outros continentes.Nossos parabéns e votos de êxitos.

A MAIS ANTIGA E MAIOR CLÃ POLÍTICA DO BRASILHÁ 81 ANOS OS ALVES OCUPAM FUNÇÃO PUBLICA NO RN

OS BILIONÁRIOS DO BRASIL - OS BILIONÁRIOS DO MUNDO OS 5 BILIONÁRIOS

BRASILEIROS

OS 5 BILIONÁRIOSDO MUNDO

1º Lugar no Brasil. - JORGE

PAULO LEMANN. Fortuna de US$17, 8 bilhões e 33ª no rankingmundial , Rev. FORBES.Majoritário da Ambev, BurguerKing e 3G Capital.Acaba de comprar o maior ne-gócio de alimentos do mundo, aHeinz, em parceria com War-ren Buffe.

1ºLugar - CARLOS SLIM, Mexi-co. 5 vezes 1º.Rev.Forbes . For-tuna de US$ 73 bilhões. 2012/13cresceu 4 Bi.

3ºLugar - AMÂNCIO ORTEGA,Grupo Varejo de confeções,marca Zara. Espanhol.De2012/2013, saltou de US$ 37 Bi.para U$ 57.Quem mais cresceu.

5º Lugar - LARRY ELLISON.Fortunade US$ 43 Bi , é o fundador da Ora-cle. De 2012/13 aumentou US$ 7 Bi

4º Lugar -WARREN BUFFETT

Fortuna US$ 53,5 Bi. Com osbrasileiros Jorge P. Lemann,Marcel Telles e Beto Sucupira,ele comprou a gigante de ali-mentos, Heinz por US$ 23 Bi.

2º Lugar. BILL GATES - Micro-soft. Fortuna de U$ 67 bilhões. 25vezes 1º Lugar. Há 10 anos naposição. De 2012/13, cresceu 6 Bi.

4º- Lugar no Brasil - DIRCE NA-VARRO DE CAMARGO, Viúva deSebastião Camargo, empresá-ria, controla o conglomeradoCamargo Corrêa. PatrimônioUS$ 11,5 bilhões. Dirce é a 10ªmulher mais rica do mundo.Ocupa a 87ª posição no rankingde bilionários da Forbes.

5º Lugar - EIKE BATISTA, em-presas X. A fortuna de Eike,de US$ 30 bilhões no ano pas-sado, foi reduzida para US$ 10,6bilhões, valor que o fez despen-car de 1º. Lugar no Brasil parao 5º. Caiu da 7ª posição entre osmais ricos do mundo para a100ª posição do ranking, daRev. Forbes. Previsão é de pes-simismo.

17º Lugar no Brasil - NEVAL-DO ROCHA dono do GrupoGuararapes e das Lojas Ria-chuelo também, 458º no ran-king de bilionários do Mundo,Rev. Forbes. Fortuna de US$ 3 bilhões de dó-lares.Em ascendêncis cada ano. Altarentabilidade e confiabilidade.O Controle Acionário é da fa-milia Rocha:Nevaldo tem 41% - Pai1 -Filho 14%1 -Filho 14%1 -Filho 14%Total 83%Outros 17%Total de Ações 100%Balanço Publicado no JornalValor Econômico, 14.03.2013,deGuararapes Confecções S/A-in-clui Riachuelo e Midway -Lucro de R$ 365 milhões ouseja R$ 1 milhão por dia.

3º Lugar no Brasil - ANTÔNIO

ERMÍRIO DE MORAES.É o dono do poderoso conglo-merado Votorantim. Patrimônio de US$ 12,7 bilhões.Está na 74ª posição no rankingmundial de bilionários da Rev.Forbes

2º Lugar no Brasil - JOSEPHSAFRA, dono do Banco Safra.Fortuna de US$ 15,9 bilhões.E 46ª no ranking mundial de bi-lionários, segundo a Rev.For-bes.

A SAGA DOS ALVESREST-ABADE, MIDWAY - Um senhor dizia aos seusamigos, entre uma degustação e outra de um drin-que do Scotch Whyte & Mackay, 30 anos, que hámuito eu nem via aqui em Natal e que o garçonme informou que era da coleção do cliente, que iarelatar a SAGA DOS ALVES na História do RNe do Brasil. Única em nossa Pátria. E começou:

O início do Domínio PolíticoDizia: essa família tem suas raízes políticas nolongínquo município de Angicos/RN, com a elei-ção do cidadão MANOEL ALVES FILHO paraPrefeito da cidade no ano de 1932.

Daí, a sucessão dos filhos de Manoel Alves - D. Li-quinha , mais conhecido no interior e no Estadocomo Seu Nezinho, foi passando de geração em ge-ração nos últimos 81 anos. Foto: Seu Nezinho.

A VOCAÇÃOAluizio Alves foi o 1º filho a despertar para a vidapública. Nasceu com o sangue político nas veias.Isso já demonstrava desde os 11 anos de idade, navizinha cidade de Ceará-Mirim, onde sua famí-

lia passou a morar, onde inicou sua vocação par-ticipando dos movimentos estudantis.Daí assumiu a liderança da Família Alves, rece-beu o bastão de Seu Nezinho e o manteve enquan-to vivo, como o líder absoluto de sua família, ir-mãos, filhos, etc... Foi 04 vezes Dep. Fed., ondemostrou ao Brasil sua inteligência e força de li-derança. Daí foi eleito 01 vez Gov. Est., onde o seutalento administrativo revolucionou o RN, tra-çando os caminhos para o desenvolvimento. O RN passou a ser marcado por dois parâmetros:antes e depois de Aluizio. Nenhum Gov. foi elei-to no Estado, sem o seu apoio, mesmo no perío-do do Regime Militar. Era amado e odiado. Nunca

foi coluna do meio em nada. Sempre esteve em umlado com sua família e seu imenso prestígio. FoiMinistro da Admistração no Gov. do Pres. JoséSarney, deixando a sua marca com a criação daEscola de Administração Pública. Tanto é assim, que todos os Alves foram eleitos pelaforça de seu prestígio pessoal.Vejamos até hoje.

Uma família vocacionada para a política-Ana Catarina Alves, sua filha, foi eleita 01 vez ve-readora, a mais votada de Natal e 01 vez Dep.Fed;-Ismael Wanderley, seu ex-genro, teve 01 man-dato de Dep. Fed;-Garibaldi Filho, sobrinho, 03 vezes, Dep Est.;01Pref. de Natal;02 vezes Gov.do Est;03 vezes Se-nador;01 Pres. do Sen. Fed. e 01 Ministro da Prev.Social.-Garibaldi Alves,irmão, 03 vezes Dep. Est. e 01 Se-nador;--Agnelo Alves , irmão, 01 vez Pref. de Natal, 02vezes Prefeito de Parnamirim;-José Dias,cunhado, casado com a irmã Maria de

Lurdes, 07 vezes Dep. Est.;-Carlos Eduardo Alves, sobrinho, 04 vezes Dep.Est. e 03 vezes Pref. de Natal;-Walter Alves, sobrinho,02 Dep. Est.;-Expedito Alves irmão, in memoria, Pref.de An-gicos;--Renato Dantas, casado com a neta, filha da filhaAna Catarina casada, na época, com Ismael Wan-derley, 01 Verd. de Natal. Foi reeleito, mas porprestígio próprio;-Geraldinho Alves, Veread. de Natal;-Luiz Felipe, Veread. de Natal.

O CARGO PÚBLICO MAIS IMPORTANTE-HENRIQUE EDUARDO ALVES, filho, está no11º Mandato de Dep. Fed. ou seja 40 anos. É o Dep.Fed. com maior quantidade de mandatos, semprepertencente ao PMDB, do qual foi líder na Câma-ra. Sempre pertenceu ao quadro dos deputadosmais influentes do Congresso.Acaba de ser eleito Presidente da Câmara Fede-ral.

É a 3a autoridade maior da República Brasilei-ra, pela Ordem de Sucessão. Esclarecendo: 1º-aPresidente da República Dilma; 2º o Vice-Presi-dente da República Michel Temer e em 3º Lugarele, Henrique Alves. Assim de todos os Alves, in-clusive o seu pai Aluizio Alves, foi o que alcan-çou o mais alto e importante cargo público doBrasil. Coroando, com um êxito extraordinário,o domínio de sua família, que começou há 81anos e chegou agora ao terceiro mais importan-te cargo da República. E todos, da mesa, aplau-diram um relato inédito da trajetória de umafamília brasileira.

DO PATRIACA Pref. MANOEL ALVES Ao Pres. HENRIQUE ALVES

Este é o resultado de umaronda que fizemos du-rante a semana por inú-meros bares, cafés e res-

taurantes da Bela Natal e seus co-mentários inusitados:- Inadagavam porque o Tribunalde Contas do Estado passa emmédia 10 anos para julgar os pro-cessos de prestação de contas dasPrefeituras, Câmaras de Vereado-res,Gov e outros órgãos.Quandochegam a julgar, muitos já foramchamados para o além e o nossodinheirinho tambem.

- Outro fato sem explicação.OMP Potiguar é o mais compe-tente do País e quiçá domundo.Uma promotora deter-mina a retirada do retrato doPref. de seus órgãos administra-tivos. Outra determina a recons-trução da Ponte de Igapó, que foiconstruida pelos ingleses. Masnão se sabe o que o ConselhoNacional do Ministério Públicopediu ao MP daqui, que nadadivulgou sobre editais, contra-tações etc... E os Promotoresmoram na Comarca?

E mail: hemeterio@ uol.com.br