Quarta-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 16 DE JANEIRO DE 2013 w Nº 4.541

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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INDICADORES:

WalterGomes

Página 4

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w Pecuarista recorrerá ao MPEpedindo um TAC para salvaro "Programa do Leite".

MarcosA. de Sá

Página 7

Juarez Chagas

Mairton Dantas Castelo Branco

Francisco Duarte

Armando Negreiros

José de Paiva Netto

w Wilma e Robinson tem obje-tivos políticos diferentes, maso mesmo foco.

DanielaFreire

Página 12

w Sandra Rosado não apoiaHenrique para presidente daCâmara dos Deputados.

w Denúncias arranham Hen-rique, mas não lhes tiram ofavoritismo na Câmara.

AlexMedeiros

Página 11

w De como saber adivinhar o futuro de um jogo que temsempre os mesmos jogadores.

VicenteSerejo

Página 13

TACIANA CHIQUETTI

INTERINA

Médicos do Estado discordamdo aumento dado por Rosalbae decidem continuar em greveINSATISFEITOS COM ÍNDICE DE 12% DE REAJUSTE, OS 1.900 MÉDICOS VINCULADOS

À SECRETARIA DE SAÚDE ACUSAM O GOVERNO DE “PRÁTICAS CORONELISTAS”

DEPUTADO SE DEFENDE DAS ACUSAÇÕES DE FAVORECIMENTO DE EMENDAS

> CALAMIDADE NA SAÚDE CONTINUA...

CIDADE 9

> OPÇÃO PARA NATALENSES E TURISTAS

Faixa da Via Costeira seráinterditada aos domingospara atividades de lazer

Para presidente do SinMed, Geraldo Ferreira, postura do governo foi "arbitrária e autoritária"

José

Ald

en

ir

> DENÚNCIAS CONTINUAM

POLÍTICA 3

CGU aponta desvio em obrasde ex-assessor de Henrique

> INVESTIMENTO DE R$ 3,3 MILHÕES

CIDADE 8

Prefeito promete que reabrirá oParque da Cidade em novembro

CONTRATO JÁ ASSINADO E PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO

> CRISE FINANCEIRA?

POLÍTICA 5

Gabinete da governadoragasta R$ 222 mil em flores

Durante visita esta manhã, prefeito lamentou o abandono da estrutura que custou R$ 22 milhões e foi inaugurada em 2008

Projeto “Viva Costeira” será implantado a partir do dia 3 de fevereiro, sempre das 15h até às 19h CIDADE 6

Wellington Rocha

José Aldenir

> VIOLÊNCIA

Francisco de Assis Pereira, que já cum-priu pena de onze anos por estupro ehomicídio, foi detido em flagranteacusado de assaltar e abusar sexual-mente de uma mulher de 67 anos. Nadelegacia, a vítima estava bastantenervosa e aos prantos. CIDADE 10

Ex-presidiário é preso após estuprar idosa na zona Norte

> TEMPORADA 2013

Os refletores estarão acesos e o timecompleto em campo. Só faltará o ad-versário, a bola e o uniforme oficial.O encontro desta noite será festivo,para que o torcedor do ABC conheçao elenco. Também serão apresentadasas novidades do estádio. ESPORTE 15

ABC apresentaráelenco hoje ànoite com festano Frasqueirão

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Opinião

O JORNAL DE HOJE recebe colaboraçãopelo correio (Rua Dr. José Gonçalves, 687 -Lagoa Nova - Natal-RN, CEP 59056-570),por fax (0xx84 3221-5058) e por e-mail: ar-tigos@jornaldehoje.com.br. Pede-se que ostextos sejam concisos e contenham nomecompleto, endereço e telefone.O JORNAL DE HOJE se reserva o direitode selecionar e publicar trechos.

O fotógrafo que irradiava luzArtigo FRANCISCO DUARTE (*)

Jornalista e professor da UFRN.

Primeiros Intercâmbios Internacionais em Natal

Artigo JUAREZ CHAGASProfessor do Centro de Biociência da UFRN (Juarez@cb.ufrn.br)

Wait, oh yes wait a minute mister postmanWait, wait mister postmanMister postman look and seeIf there's a letter in your bag for meI`ve been waiting such a long timeSince I heard from that girl of mine-The Beatles, Mr. Postman, 1962

Durante a 2ª grande Guerra Mundial,quando Natal se viu "invadida" por milharesde americanos para se instalarem na princi-pal Base estratégica da artilharia do Tio Sam,em compate ao 3º Reich, sediados na basede Parnamirim que, em seguida passou a fazerparte do cotidiano da cidade, mudando noto-riamente seus hábitos, costumes e ritmo.

Registros nos mostram que a construçãoda Base Americana em Parnamirim foi em1942, muito embora o plano estratégico paratal, tenha sido um pouco antes. Nesta Base pas-saram a residir militares americanos e brasi-leiros, tendo evidentemente esta unidade gran-de intercâmbio com Natal.

Passado os tempos de guerra, com a voltados americanos à sua terra natal, permaneceuum forte intercâmbio com a cultura america-na, através do cinema, rock and roll, revistase outras relações interculturais. Uma décadadepois foi fundado a Sociedade Cultural Bra-sil-EEUU, então os leisure times, hobbies epassa-tempos da época formavam um círcu-lo interessante, pois ora era feedback do pró-prio estudo do Inglês, ora era o que levava ajuventude a estudar Inglês, para melhor pro-veito das manias da época como colecionarselos e gibis americanos, as correspondên-cias (pen pals) internacionais e/ou ouvir osmaiores e melhores sucessos do rock and rollmusic que já fervia para explodir na granderevolução que foi.

Era comum nos reunirmos na própriaSCBEU para cutirmos parte desses hobbies,sem falar em parte da cultura jovem já incor-porada na geração pop, muito dela já sendoo próprio jeito jovem de ser. Sessões de mú-sicas, traduções de letras, encontro com asbandas locais, como Os Vândalos com três deseus componentes sendo os irmãos Lima (Eus-táchio, Fon e Lola) morando na esquina, a100m da SCBEU, acabavam sendo descon-traídos happy hours que se estendia por horas,especialmente nos finais de semana.

Também tinha as correspondências in-ternacionais, muitas vezes feitas em conjun-to com amigos que não dominavam aindabem o Inglês e que pediam ajuda uns aos ou-

tros para responder suas cartas. Eu mesmocansei de pedir a Luciano Bastos (meu primei-ro professor de Inglês, mesmo antes daSCBEU) e depois, também cansei de escre-ver quase as mesmas cartas para colegas eamigos que não dominavam o idioma e quechegavam eufóricos para responder suas car-tas de garotas ou garotos (no caso das meni-nas) que moravam em países da língua ingle-sa ou que tinham o Inglês como segunda lín-gua. Muitas vezes uma única carta era prati-camente uma cópia para várias pessoas e di-zendo praticamente a mesma coisa. Eracomum notar o orgulho de muitos ao dizerem"hoje recebi uma carta dos EEUU, duma lindagarota", ou "ontem mandei uma carta pra uma"brasinha" da Inglaterra"….Isso, certamente,fazia todo o diferencial entre a turma, no as-sunto do dia.

Acorrespondência entre jovens do mundotodo havia crescido tanto que instituíram atéum programa chamado IYS, ou seja, Interna-tional Youth Service, normatizando instru-ções para quem quisesse manter correspon-dência entre jovens de qualquer país que fa-lasse Inglês como primeira ou segunda língua.Vejamos como um dos atuais sites sobre osserviços de divulgação do IYS (http://www.fa-cebook.com/group.php?gid=22556500197)informa sobre seus primórdios.

No que diz respeito à questão da filate-lia, as constantes correspondências com osvários países criavam interessante suportecom a variedade de selos e a busca, interes-se e trocas dos mesmos entre jovens que tam-bém aprendiam não só o Inglês, mas tambémcultura geral, através dos mesmos. Daí paraoutros intercâmbios, não havia distância, nemgeográfica e nem barreiras culturais.

Outro dia fui surpreendido com uma alunaque me disse ter saudade da época dos AnosDourados, a qual não viveu. Ela falou isso por,no momento, termos comparado os intercâm-bios de hoje com os de outrora, pois hoje, avelocidade da internet coloca as pessoas,mesmo que virtualmente, em contato emtempo real, mas lamentou a improvável chan-ce de ouvir seu nome sendo chamado na portade sua casa, poro um carteiro, como diz amúsica Mr. Postman, no início do artigo.

Aproveito para informar aos nossos lei-tores que, de férias estarei viajando nestasduas semanas vindouras e, só retornarei aosnossos artigos a partir da primeira semana domês do Canaval. Grande abraço e até lá!(http://juarez-chagas.blogspot.com/).

Amancio amancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.com

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Artigo

Grão de mostarda e tempos melhores

JOSÉ DE PAIVA NETTOJornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br - www.boavontade.com

Atravessamos um momento detransformação no mundo, radical e tur-bulento sob muitos aspectos, o que exigede nós capacidade superior no enfren-tamento de obstáculos de todos os ma-tizes. Assim comecei mais uma pales-tra no rádio. E prossegui: Não me refi-ro a uma correria neurótica - porque hágente que corre, corre, corre sem che-gar a ponto algum. Falo aqui de umapreparação sistemática e corajosa emprol de tempos melhores, sempre dese-jados, mas até agora não devidamenteconseguidos pela Humanidade (...). Oque lhe anda talvez faltando é perspi-cácia e perseverança no tocante a cer-tos ensinamentos básicos que Jesus, oProfeta Divino, farta e esperançosa-mente, nos transmite. Bom exemploencontramos na Parábola do Grão deMostarda, em que um homem planta pe-quena semente e, apesar de miúda, eladesabrocha, cresce e se torna frondosaárvore, de forma que as aves, dela seaproximando, formam morada nos seusramos (Evangelho segundo Mateus,13:31 e 32).

O semeador teve, digamos, umavisão profética, porque possuía conhe-cimento acerca do extraordinário valorcontido na sementinha e seu conse-quente futuro. É essa uma das liçõesque Jesus, nessa parábola, nos quertransmitir. O contrário seria deixar odiminuto grão largado no caminho, elá abandoná-lo sem germinar. Assim,quando não temos ciência da força quetraz a Palavra Divina, arriscamo-nos achutar a semente e desprezar a gran-de fortuna que Deus nos oferece, pre-judicando o porvir. Ora, o que hojeaprendemos senão que aquele que pos-sui informação e comunicação é donodo mundo?...

Vê-se logo que o chutador de se-mente anda desinformado. Imaginemoso que ocorre com quem desconheceEvangelho e Apocalipse, de preferên-cia em Espírito e Verdade à luz do NovoMandamento de Cristo Rei. Quantasoportunidades perde! Não considerarisso é andar mal avisado.

Todos os empreendimentos huma-nos e espirituais, dos modestos aos maisdestacados, foram antes pequeninos,assim como um novo ano que se inicia(2013). A origem pode ter sido um diá-logo familiar, uma reunião de trabalho,uma intuição... E, se a ideia nova é cul-tivada segundo os princípios humani-tários evangélicos e apocalípticos, osbenefícios para a coletividade hão de serincontáveis.

CORRIDA PELA INCLUSÃOO artigo "Autismo e desafios da

inclusão", que publiquei nesta coluna,agradou muito a sra. Eufrásia Agizzio,presidente da Amai-SBO (Associaçãode Monitoramento dos Autistas Incluí-dos de Santa Bárbara D'Oeste/SP), queconsiderou o texto bastante esclarece-dor. Ela é mãe de Victor, jovem autis-ta de 13 anos, cuja história de vida estána origem da Amai-SBO, que nasceupara ajudar outras famílias com situa-ções semelhantes.

Recentemente, a Boa Vontade TV,no programa "Sociedade Solidária", re-percutiu a 1ª Corrida Pela Inclusão, rea-lizada pela Amai-SBO no mês de de-zembro, na sua cidade-sede. Da louvá-vel mobilização esportiva, participa-ram atletas com e sem deficiência. Au-toridades, profissionais da saúde, daeducação, da mídia, pessoas da melhoridade, moços, crianças, povo em geralprestigiaram o evento com o seu apoio.

Dona Eufrásia, ao agradecer, sen-sibilizada, a cobertura feita pela LBV,ressaltou: "É fundamental a divulga-ção do autismo, o conhecimento dimi-nui o preconceito".

Aos pais: fiquem atentos aos sinaisde alerta na criança. Por exemplo: "Nãobalbucia aos 12 meses; Não faz gestos(adeus, apontar) aos 12 meses; Não dizpalavras soltas aos 18 meses; Não dizfrases espontâneas de 2 palavras (nãoé ecolalia/repetição) aos 24 meses;Perda de qualquer capacidade social oude linguagem em qualquer idade". (Fi-lipek e cols., 1999)

Oportunamente, voltarei ao assunto.

Político, precisamos de você!Artigo MAIRTON DANTAS CASTELO BRANCO

major PMRN

Mundos e fundos são prometidos duran-te uma campanha política. Desde a cômicae famigerada criação de uma ponte que li-garia a capital ao arquipélago de Fernandode Noronha à uma escola de primeira linha,projetos mirabolantes para a segurança euma saúde que faria inveja à qualquer paísdesenvolvido do hemisfério norte, além deoutras mais perdidas ao longo do tempo.

Mas, basta acabar a enganação eleito-ral que esta figura some do contexto. Tran-ca-se em seu majestoso gabinete e fica a pen-sar já na próxima corrida ao ouro, isto é, naeleição que está por vir. Tem sido assimdesde que me entendo por gente. No nossoestado tenho visto pessoas se locupletandocom as benesses dos cargos eleitorais comseus salários astronômicos aumentados ri-gorosamente em toda a legislatura enquan-to que o trabalhador comum ou os demaisservidores públicos, de uma forma geralcomo professores, policiais e agentes desaúde vivem com salários baixos e estrutu-ra deficitária para trabalhar.

Político deixe sua suntuosa sala de des-pachos e venha fazer um mandato realmen-te popular que possa trazer prestação decontas de suas atividades. É, você mesmoque só começa a trabalhar na terça feira,saindo na quinta para planejar a próximacampanha com as bases. Você que andavaa pé em idos pretéritos e agora chega paratrabalhar em “pajero full, “Discovery”, po-tentes “pick-ups” ou carros de luxo impor-tados. Você que vive da política, mas nãopara a política e sim para a sua locupleta-ção própria e de seus assessores.

E você, político, que está chegandoagora, com a maior boa vontade que pode-mos ver. Não prometa o que não pode cum-prir. Não caia nos erros de algumas aves derapina que existem por ai que se fartam deriquezas com as benesses dadas pelo cargoque exercem. Faça exatamente o que vocêdisse em campanha. Venha ao povo com oseu mandato e preste contas da sua gestão.

Vimos nossa cidade ser jogada ao des-prezo e abandono mórbido. Lixo pelos can-teiros e casas em virtude das constantes in-terrupções de coletas e à falta de consciên-cia de algumas pessoas. Estradas, ruas eavenidas esburacadas, mal iluminadas coma bandidagem tomando conta. As drogasproliferando em cada bairro. A saúde se de-teriorando a cada dia com o fechamento deimportantes centros de atendimento e pos-

tos fundamentais à população; o clamor dosprofissionais da saúde, principalmente mé-dicos e seus constantes desligamento darede pública. Escolas fechadas sem o térmi-no do ano letivo; profissionais sem receberseu salário do mês mais tantos outros cri-mes cometidos contra a administração pú-blica. E a perguntas afloram: nada se faz?Fica tudo como está e novamente elegemospessoas que não tem compromisso com osocial?

Político, vocês que é a esperança detodos porque está ai para nos representar.Faça seu papel. Não permita que nossa ci-dade volte ao abandono, muito menos o Es-tado, tão bonito, cheio de riquezas, princi-palmente das pessoas que o habitam. Você,apesar de altos salários, 13º, 14º, auxiliopaletó, verbas indenizatórias incontáveis,emendas parlamentares que levam recur-sos aonde você deseja, verba de gabinete,auxílio isso, auxílio aquilo, é a única espe-rança que temos de ver uma cidade e um Es-tado desenvolvido, igualitário e mais justopara todos.

Não nos decepcione, político, comotem feito há décadas, legislando em causaprópria ou para o forte lobby de empresase empresários que retiram da boca do maisnecessitado para enriquecimento próprio.Já estamos desencantados com a sua atua-ção. Mude, aproveite sua legislatura, façaum bom trabalho. O povo vai lhe ser eter-namente grato.

Por fim, político, venho lhe conclamara ostentar menos e trabalhar muito mais.Cumpra a carga horária de um funcionáriopúblico. Use os serviços oferecidos na saúdepública, coloquem seus filhos para estudarnas escolas municipais e estaduais. Andede ônibus pelo menos algumas vezes. Passepelas ruas que fez campanha durante o seumandato e verás, como com estas simplesações, tudo vai mudar e vai ganhar em qua-lidade.

Qual o quê? Estou pedindo demais? Épena político, porque sei que você vai con-tinuar se elegendo sob a égide da boa fé al-guns ou daqueles que vendem seus votos ouo trocam por migalhas. Mas, sei que deminha parte e uma grande outra parcela dapopulação, você não vai ver um voto sequerpara continuar a fazer o que vem fazendo:um “trabalho” sem qualidade e em benefí-cio próprio ou somente de uns poucos pri-vilegiados.

João XXIII, Jonh Kennedy e Solon Negreiros

Artigo ARMANDO NEGREIROSmédico (armandoanegreiros@hotmail.com)

Como eu ia dizendo, no ano de1963 houve muitas mudanças. Ange-lo Giuseppe Roncalli (Sotto Il Monte,25 de Novembro de 1881 - Vaticano,3 de Junho de 1963) fora eleito PapaJoão XXIII, em 28 de outubro de1958, aos 77 anos de idade. Em 1963,próximo de completar 82, adoeceugravemente e morreu. Após o longomandato de Pio XII, Eugenio Pacel-li, que foi Papa durante 19 anos (de1939 a 1958), escolheram AngeloRoncalli como um papa de transição,já que era um homem idoso. Sua bio-grafia, entretanto, revela um homemde grande valor humanístico, um ver-dadeiro conciliador.

Iniciou como sacerdote em 1904;foi secretário particular do bispo deBérgamo, onde era professor do semi-nário; estudioso da vida e obra de SãoCarlos Borromeu; arcebispo titular,em 1925 iniciou carreira diplomáti-ca; na Bulgária, como visitador apos-tólico; na Grécia e Turquia como de-legado apostólico; na França comonúncio - embaixador do papa - apos-tólico; cardeal e patriarca de Veneza,em 1953. Destacou-se pela simplici-dade e empenho ecumênico em salvaros judeus durante a Segunda GuerraMundial.

Para surpresa geral, João XXIIIconvocou o Concílio Vaticano II,uma verdadeira revolução dentro daigreja, adaptando a doutrina católi-ca ao mundo moderno. Graças a re-soluções desse concílio, os padrespassaram a voltar-se para o povo du-rante a celebração da missa que pas-sou a ser rezada não mais em latim,mas na língua predominante em cadapaís. Para muitos, aclamado como o"Papa da bondade", aquele que pro-moveu a liberdade religiosa e o ecu-menismo; para grupos minoritáriostradicionalistas foi acusado demaçom, radical de esquerda e here-ge modernista. Nos cinco anos depontificado escreveu oito encíclicas,sendo as principais "Mater e Magis-tra" (Mãe e Mestra) e "Pacem in Ter-ris" (Paz na Terra). Ele foi declara-

do Beato pelo Papa João Paulo II nodia 3 de Setembro de 2000. É con-siderado o patrono dos delegadospontifícios e a sua festa litúrgica é ce-lebrada no dia 11 de Outubro.

O mundo inteiro rezava pelasaúde de João XXIII. Em Mossoró,Solon Negreiros, pai da minha mãee irmão de Manoel, pai do meu pai,adoece de câncer de pulmão e esôfa-go. Católico fervoroso a vida intei-ra, um pequeno grupo rezava e reve-zava diuturnamente. Eu, aos 12 anosde idade, era acólito, ajudava missae ficava chateado porque o padre quecelebrava na Catedral de Santa Luzia,Monsenhor Huberto Bruening, sópedia pelo papa. Era o mundo todo.Não resolveu, o papa morreu. Foi aíque eu me converti. Parei de rezar.Não adiantava. O papa, que era opapa, o mundo todo rezando... ava-lie Solon!

Foi nesse fatídico 1963, no dia22 de novembro, que Lee Harvey Os-wald abateu o presidente dos EstadosUnidos, John Fitzgerald Kennedy, JFK(Brookline, 29 de maio de 1917 - Dal-las, 22 de novembro de 1963), comapenas 46 anos de idade.

Eleito em 1960, Kennedy se tornouo segundo mais jovem presidente de seupaís, depois de Theodore Roosevelt. Elefoi Presidente de 1961 até seu assassinatoem 1963. Durante seu governo houve a In-vasão da Baía dos Porcos, a Crise dos mís-seis de Cuba, a construção do Muro deBerlim, o início da Corrida espacial, a con-solidação do Movimento dos Direitos Civisnos Estados Unidos e os primeiros even-tos da Guerra do Vietnã.

Kennedy representou o Estado deMassachusetts como um membro daCâmara dos Deputados a partir de1947 até 1953 e depois como Sena-dor de 1953 até que se tornou presi-dente em 1961. Com 43 anos de idade,foi o candidato presidencial do Parti-do Democrata nas eleições de 1960,derrotando o Republicano RichardNixon em uma das eleições mais aper-tadas da história presidencial do país.Kennedy foi a última pessoa a ser elei-

ta Presidente enquanto ainda exerciaum mandato como Senador, até a elei-ção de Barack Obama em 2008. Tam-bém foi o único católico a ser eleitopresidente dos Estados Unidos. Até adata, era o único nascido durante aPrimeira Guerra Mundial e também oprimeiro nascido no século XX.

O ex-fuzileiro naval Lee HarveyOswald foi preso e acusado do assas-sinato, mas foi morto dois dias após,por Jack Ruby. A Comissão Warrenconcluiu que Oswald agiu sozinho noassassinato. No entanto, o Comitê daCâmara sobre Assassinatos descobriuem 1979 que talvez tenha havido umaconspiração em torno do acontecido.Este tópico foi debatido e há muitasteorias sobre o assassinato.

Muitos viram em Kennedy umícone das esperanças e aspirações ame-ricanas, em algumas pesquisas no paísainda é valorizado como um dos me-lhores presidentes da história da nação.

Abraham Lincoln foi o primeiropresidente a ser assassinado, falecen-do após ser baleado na nuca por JohnWilkes Booth em 14 de abril de 1865.Seis anos depois, o presidente JamesA. Garfield foi assassinado por Char-les Julius Guiteau. Cerca de vinte anosdepois, William McKinley morreu decomplicações renais após ter sido ba-leado duas vezes por Leon Czolgosz.

John F. Kennedy foi o quarto pre-sidente dos Estados Unidos a ser as-sassinado. Muitas vezes, durante umadiscussão o interlocutor diz:

- Mas, nos Estados Unidos éassim!

Ao que rebato:- Os americanos já mataram qua-

tro presidentes... você acha isso certo?E eu mesmo respondo: - Depende...

No dia 16 de dezembro de 1963morria Solon, depois de uma longaagonia, aos 72 anos de idade. Seteanos depois, em 7 de maio de 1970,era a vez do seu irmão, Manoel Ne-greiros, aos 76 anos, exatamente damesma doença, câncer de pulmão eesôfago.

1963, o ano que terminou.

Ainda estou muito chocadocom a morte do nosso colega eamigo Eduardo Felipe. Fotógrafodos bons, melhor ainda repórter fo-tográfico. E mais ainda amigo,companheiro e figura humana.

Lembro-me de umas experiên-cias inesquecíveis juntos. Comoquando fomos para Currais Novosfazer uma matéria e o carro der-rapou na areia fina que tinha fica-do na pista depois da chuva. OScort, com a direção frouxa, so-brou na curva e desceu numa ri-banceira cheia de mato e pedrasenormes. Estávamos com o "burroa motor", o repórter Osvaldo Vi-viane, como o chamava EduardoFelipe. Um susto enorme. Um ca-minhão que passava pelas redon-dezas nos resgatou com umacorda, puxando o veículo.

Lembro-me também de quan-do, ao ver inesperadamente umacontecimento importante, depoisde ter fechado o jornal, já por voltadas 23h, fui à sua casa, na rua Ta-bapoã, no Pajuçara, na Zona Norte,e o chamei para fazer o flagra jor-nalístico. Não se opôs. Muito pelocontrário. Entusiasmado, pegou amáquina e registrou um dos maio-res e mais deprimentes aconteci-mentos político-religioso do RN,

envolvendo figuras importantes dogoverno do Estado e da Assem-bleia Legislativa de então: o gover-nador José Agripino Maia, emplena campanha eleitoral, distri-buindo ambulâncias à Assembleiade Deus, no Alecrim, com as pre-senças do deputado estadual e pre-sidente da AL Raimundo Fernan-des, que havia "devolvido" o di-nheiro da AL “economizado” parao Estado e na loja de quem (RFVeículos) com esse dinheiro o go-verno Agripino havia adquiridoas ambulâncias. Presentes outrospolíticos, como Vivaldo Costa eo pastor-político Antônio Jáco-me, também em campanha.Eduardo flagrou, além das ambu-lâncias com as luzes rodando echeias de material de campanha,Zé Agripino, com aquela pose,fumando em pleno interior daprincipal igreja dos protestantesdo RN. Um sacrilégio.

Tenho várias outras e inesque-cíveis histórias vividas com o"Negão", como ele mesmo costu-mava se chamar e todos assim ca-rinhosamente o tratavam. Masgostaria de registrar apenas que,quando fui colaborar com Mar-cos Aurélio, em O Jornal de Hoje,sendo uma espécie de diretor de

redação, logo no começo do jor-nal, e a empresa precisou de umfotógrafo, fui novamente à casadele e o convidei para ocupar ocargo. Apresentei-o a Marcos, deio meu aval pessoal e Marcos ocontratou. Eduardo ficou ali pordez anos até ser acometido poruma doença terrível que o obrigoua se afastar e agora vir a falecer.

Eduardo era um cara novoainda para ser tão covardementeatingido e ceifado desta vida.Mais que isso: era alegre, jovial,disposto, irradiava luz. Um gran-de companheiro, amigo leal eamante notável da família, espe-cialmente de sua esposa Emília ede sua filha Rayane, da qual sem-pre nos falava com um conta-giante amor e uma irresistívelpaixão.

Lamento profundamente aperda desse nosso querido amigoe grande profissional da impren-sa, que merecia até uma homena-gem e reconhecimento por parteda categoria.

Rezo para que Deus lhe aben-çoe, guarde-o num bom e mere-cido lugar e dê conforto e muitafé para sua esposa Emília e a suaquerida filha Rayane.

Adeus, Edu.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 16 de janeiro de 2013Política

Túlio LemosDANILO SÁ - INTERINO - jornalistadanilo@hotmail.com

AControladoria-Geral da União(CGU) apontou que a empresa doex-assessor do deputado HenriqueEduardo Alves (PMDB-RN), Alui-zio Dutra, se beneficiou de licita-ções dirigidas para obras superfa-turadas em três cidades do RioGrande do Norte. A informação foipublicada na manhã de hoje pelojornal Folha deSão Paulo, quevem revelandouma série de ir-regularidadesenvolvendo oparlamentar po-tiguar, que é oprincipal nomena disputa pelapresidência daCâmara Fede-ral.

Segundo amatéria, as con-clusões daCGU sobre aBonacci Engenharia, que tem comosócio Aluizio Dutra de Almeida,constam "de ampla auditoria feitapelo órgão de controle do governofederal sobre dezenas de convêniosdo Dnocs (Departamento de ObrasContra a Seca)". O trabalho apon-tou prejuízos totais de R$ 192 mi-lhões em obras e levou à queda,em janeiro do ano passado, do di-retor-geral do departamento, Elias

Fernandes - que, por sinal, era in-dicado político de Henrique Alves.

"O nome da Bonacci apareciasem despertar atenção naquele ma-terial, entre inúmeros envolvidosem irregularidades regionais. ACGU detectou irregularidades emtrês obras da empresa. Segundo acontroladoria, a Prefeitura de Alto

do Rodrigues(interior doRN)'direcionou' acontratação daBonacci paraassumir umconvênio de R$630 mil doDnocs na cons-trução de 40casas", citou ojornal.

Segundo osauditores,chama atençãoo fato de cinco

concorrentes terem sido desclassi-ficadas pela prefeitura local e só aBonacci recorreu da decisão. Apre-sentou então sua proposta e foi es-colhida. Para a CGU, inclusive,essa proposta, descumpria itens doedital.

"Na cidade de Coronel Eze-quiel, os auditores da CGU afir-mam que houve superfaturamentode R$ 49,3 mil num contrato de R$

142 mil que a empresa do ex-asses-sor de Henrique Alves assumiu parafazer barragens. Há, também ali,elementos que apontam favoreci-mento à empresa, diz a CGU", con-forme descreveu o jornal.

O processo licitatório era "cons-tituído de folhas soltas coleciona-das em pastas; não estava devida-mente autuado, protocolado e nu-

merado, em flagrante desrespeitoà legislação vigente e comprome-tendo a integridade do procedimen-to", relatam os auditores da con-troladoria.

A investigação do órgão fede-ral também aponta direcionamen-to na contratação da Bonacci paratocar uma obra do Dnocs no valorde R$ 420 mil na cidade de São

João do Sabugi, no interior do RN.A prefeitura da cidade deixou deentregar à CGU, segundo o relató-rio, "atas das sessões de recebimen-to das propostas, julgamento da ha-bilitação, abertura e julgamento daspropostas, muito menos os avisosde habilitação". Os auditores en-contraram sobrepreços que somamR$ 55,7 mil nos serviços prestados

-no caso, também construção debarragens.

Aluizio Dutra, conforme lem-brou a Folha, trabalhava desde 1998com o Henrique Alves, mas dei-xou o cargo na noite de segunda-feira, após as denúncias de que suaempresa teria recebido recursos deemendas parlamentares do próprioHenrique Alves, além de verbas doDnocs, órgão controlado politica-mente pelo peemedebista.

BODENa edição de hoje da Folha de

SP, por sinal, também é publicadaa informação de que a sede da em-presa Bonacci Engenharia, de Alui-zio Dutra é guardada, atualmente,por um bode. Não há nenhumaidentificação de que ali devessefuncionar a empreiteira que assi-nou contratos que somam pelomenos R$ 6 milhões com 20 pre-feituras do Rio Grande do Norte,nos últimos cinco anos, por meio deconvênios do Governo Federal, co-loca a matéria.

O outro sócio da empresa, Fer-nando Leitão, irmão de HermanoMoraes, negou que a Bonacci sejauma empresa de "fachada". Alegouque a estrutura da sede é pequenaporque terceiriza serviços, comocontabilidade e arquitetura. Ele nãosoube informar quantos funcioná-rios tem registrados.

ATAQUEE continuam as denúncias con-

tra o deputado federal HenriqueEduardo Alves, líder do PMDB efavorito para assumir a Presidênciada Câmara a partir de fevereiro.Agora, a Controladoria Geral daUnião diz que a empresa do ex-as-sessor de Henrique, Aluizio Dutra,se beneficiou de licitações dirigidas.E os contratos foram justamentecom cidades do interior potiguar, nocaso Alto do Rodrigues, CoronelEzequiel e São João do Sabugi.

LUTAEm tempo, até agora, as infor-

mações que atacam Henrique Alvesnão parecem ter forças suficientespara retirá-lo da disputa pela Pre-sidência da Câmara. Até agora. Éimpossível prever o que ainda podeaparecer pela frente. Principalmen-te se o telhado de vidro for maiordo que parece.

RESPOSTAAliás, foi para continuar vivo

que Henrique finalmente respon-deu as críticas que vem recebendode todos os lados. Primeiro em en-trevista a imprensa e, depois, pormeio de carta, o parlamentar disseque o dever de fiscalizar a execu-

ção de obras é do Ministério Públi-co e do Tribunal de Contas. Tam-bém disse que Aluizio Dutra haviase afastado da sua empresa desde1986, mantendo apenas sua cotasocietária para preservar a herançada família.

CRISEApesar dos problemas na rede

pública de saúde serem incontáveise parecerem sem fim, uma coisa écerta: a governadora Rosalba Ciar-lini (DEM) tentou negociar o fimda greve dos médicos por váriasvezes sem sucesso. E, na maiorparte das tentativas, o acordo nãofluiu por imposições da categoria.Ontem, a Rosa anunciou que vaienviar para a Assembleia Legisla-tiva projeto que aumenta em 12%os rendimentos dos especialistas.O próximo passo, será o corte doponto. Apoiada. As vezes o bomsenso é fundamental.

URBANISMONa zona Oeste de Natal crescem

ocupações de áreas indevidas sempresença dos órgãos fiscalizadores.Na divisa dos bairros Cidade daEsperança e Cidade Nova está vi-sível. A legislação urbanística exis-te para se estabelecer limites às

ações humanas que interferem noespaço urbano e na qualidade devida na cidade. Enquanto isso, osambientalistas de plantão só conse-guem olhar para a Via Costeira.

DÍVIDASÉ preocupante a situação de

diversas famílias em dificuldadesfinanceiras devido ao não paga-mento dos salários pela Prefeitu-ra aos terceirizados. Já são quatromeses de dívida. Inicialmente oprefeito falava em 200 dias para re-solver o problema, mas em recen-te entrevista não conseguiu apon-tar um prazo. Fontes deste interi-no cobram uma providência parao problema. “Como viver traba-lhando sem receber?”.

NOVIDADEO músico Júnior Grafith (PRB)

assumiu ontem o cargo de vereadorna Câmara Municipal de Natal. Onovo parlamentar assume como se-gundo suplente, na vaga da verea-dora Justina Iva (PCdoB), que pediuafastamento para desempenhar afunção de secretária de Educação doMunicípio. Antes, ela já havia as-sumido a vaga do vereador Ranie-re Barbosa (PRB), que havia dei-xado o cargo para assumir o co-

mando da Secretaria de ServiçosUrbanos do município.

AÇÃOComo já era esperando, o pre-

feito Carlos Eduardo Alves vai re-tomar hoje as obras necessáriaspara a reabertura do Parque da Ci-dade. E, como também não serásurpresa, a culpa pelo completoabandono do local será da ex-pre-feita Micarla de Sousa. A miopiapolítica da ex-gestora lhe fez fecharo local por quatro anos. Bastavater aberto a obra com melhoriasque o então antecessor não tinhafeito. Diferença.

DETALHE A Prefeitura anunciou ainda

que está fazendo um inventário afim de identificar os equipamen-tos e materiais que integravam oacervo do Parque da Cidade quan-do o espaço foi fechado, em ja-neiro de 2009. Depois de identifi-cadas essas demandas, a Semurbdefinirá os procedimentos a seremadotados para a sequência do pro-cesso de recuperação. Vem maisbriga judicial por aí.

CONTASDos R$ 3,1 bilhões orçados no

ano passado para investimentos emsegurança pública, R$ 1,5 bilhão se-quer foi empenhado. O montantedesembolsado pelo governo federalcom aquisição de novos veículos eequipamentos e melhoria de infraes-trutura, como presídios e departa-mentos de polícia, foi maior do queem 2011 e 2010, quando foram in-vestidos R$ 709,5 milhões e R$660,5 milhões, respectivamente. Aquantia de 2012, no entanto, repre-senta bem menos do que o recordede R$ 1,2 bilhão aplicado em 2007.

RENOVAÇÃOO prefeito de Lajes, Benes

Leocádio, foi reeleito para presi-dir a Federação dos Municípiosdo Rio Grande do Norte (Femurn)no biênio 2013-2014. E o gestorjá definiu qual será sua principalbatalha. Benes quer melhorar asaúde financeira dos municípios.Após reassumir o cargo na Fe-murn, Benes Leocádio orientouque, diante da atual situação deseca no RN, os municípios evi-tem realizar eventos.

“Ninguém vai determinar como devo votar ou me comportar no plenário da Câmara Municipal.

Serei um vereador independente”

(VEREADOR LUIZ ALMIR)

Auditoria da CGU vê desvio em obras de ex-assessor do deputado Henrique Alves

Henrique se defende: “Sou um lutador árduo poremendas, por convênios para municípios pobres”

Henrique Alves tem sido alvo de seguidas matérias da mídia nacional com denúncias de irregularidades envolvendo seu nome

Segundo matéria publicadapela Folha SP, a sede daBonacci Engenharia, que

assinou contratos de R$ 6milhões com Governo

Federal, é guardada por umbode e tem sinais

de abandono

Pela primeira vez desde que asdenúncias envolvendo seu nome co-meçaram a surgir na semana passa-da, na imprensa nacional, HenriqueEduardo Alves se manifestou e se de-fendeu das acusações. Se dizendoum lutador por emendas, o parla-mentar potiguar que tem apoio de vá-rios partidos que compõem a Câ-mara dos Deputados nas eleiçõespara a presidência previstas para fe-vereiro, ele afirmou que não tem aresponsabilidade de fiscalizar a apli-cação de recursos.

"Eu sou um lutador árduo poremendas, por convênios para o mu-nicípio que é pobre, para o Estadoque é pequeno, do Nordeste brasi-leiro", afirmou. "Esse é o trabalhoque eu faço. A partir daí, a partir dahora que isso é obtido, quem cuidasão os gestores públicos, órgãos defiscalização", acrescentou.

Henrique Eduardo Alves tam-bém afirmou que "se for relacionara quantidade de emendas, de convê-

nios que eu destinei ao meu Estadoe ao meu município nos últimos dezanos, beira as mil. De repente, souacusado de [irregularidades em] três

emendas ali ou lá. É um negócio di-fícil de entender, mas, como demo-crata, tenho que aceitar".

Além de se defender, Henriquetambém defendeu o seu ex-asses-

sor, afirmando que ele "não recebeurecursos públicos". Sobre a exone-ração dele, o deputado afirmou queAluizio saiu para "não criar emba-raço político".

CAMPANHAEm campanha para a presidên-

cia da Câmara, Henrique EduardoAlves (PMDB-RN) e André Vargas(PT-PR), o candidato a vice de suachapa, iniciaram nessa terça-feiraviagens por 11 estados do Brasil.Primeiro, foram a Curitiba e PortoAlegre, se reuniram com os gover-nadores do Paraná, Beto Richa(PSDB), e do Rio Grande do Sul,Tarso Genro (PT), e marcaram en-contros em outras nove capitais naspróximas semanas.

Hoje, vão a Campo Grande eBelo Horizonte. Amanhã, Henriquee Vargas ao Rio e a São Paulo. Napróxima semana, pousará em Natal,Belém, Recife, Fortaleza, João Pes-soa e Salvador.

“Se for relacionar a quantidade de emendas quedestinei ao meu Estado e aomeu município nos últimosdez anos, beira as mil. Derepente, sou acusado de três emendas ali ou lá”

HENRIQUE EDUARDO ALVES

LÍDER DO PMDB NA CÂMARA

Deputado André Vargas, do PT do Paraná, é o candidato a vice da chapa encabeçada por potiguar Henrique Eduardo Alves

Valter Campanato Abr

Arquivo

OBRAS SUSPEITAS DO DNOCS REALIZADAS NO INTERIOR DO RN TERIAM PARTICIPAÇÃO DE EMPRESA DE ALUIZIO DUTRA

O ex-prefeito de Caicó, BibiCosta, do PR, deverá mesmo sercandidato a deputado federal tendocomo parceiro o vereador natalen-se, Maurício Gurgel, do PHS nacondição de candidato a deputadoestadual nas eleições de 2014. Mau-rício foi reeleito em Natal com4.188 votos, é caicoense e filho daex-secretária municipal de Saúde,médica Nilma Rodrigues, ligadapoliticamente ao deputado Vival-do Costa. Perguntado sobre essapossibilidade (uma possível candi-datura a deputado estadual).

O vereador Maurício Gurgelnega dizendo que não conversousobre esse assunto com ninguém.Uma candidatura de Bibi Costa adeputado Fe- deral teria como basea candidatura da vice-prefeita deNatal, Wilma de Faria a deputadafederal. Bibi entende que ao lado deWilma, que poderá ter uma votaçãoacima de 200 mil votos, ajudaria asua ascensão à Câmara Federal.

De Caicó vem a informaçãoque interlocutores do PR, partido li-derado no Estado pelo deputadoJoão Maia, estariam convencendoBibi Costa a disputar mandato dedeputado estadual em parceria comJoão Maia, motivo pelo qual o ex-prefeito de Caicó ainda não teriase filiado ao PSB de Wilma deFaria.

Outro fator impeditivo para anova filiação de Bibi Costa, segun-do Leleu Fontes, seria as demandasjudiciais da ex-governadora, o queestaria retardando a decisão do ex-prefeito de Caicó assinar a ficha defiliação do PSB. “Isso tudo é pos-sível acontecer porque Bibi Costae Dadá Costa pensam em comum,que é proporcionar o enfraqueci-mento do deputado Vivaldo Costa,mas Vivaldo é sagaz como uma ra-posa e forte como um leão, daí serdifícil o plano arquitetado por Bibie Dadá”, concluiu o vereador LeleuFontes. (JP)

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Política

DE BRASÍLIA - walgom@uol.com.br

Walter Gomes

A VOLTA PREVISTARenan Calheiros (foto) perto de retornar à presidência

do Senado.

As urnas do dia 1 de fevereiro dar-lhe-ão a vitória. O

movimento de oposição ao peemedebista alagoano é frá-

gil e desarticulado.

nnn

Ele tem ampla maioria no colégio eleitoral de 81 mem-

bros, apesar das acusações de deslizes éticos apontados

no decorrer de sua vida pública.

JÁ ERA ESPERADOUm desfalque na contabilidade eleitoral de Henrique

Eduardo Alves.Para a presidência da Câmara, o peemedebista não terá

o voto de Sandra Rosado (PSB).A deputada apoia o correligionário mineiro Júlio Delga-

do, principal desafiante do potiguar.Detalhe que vale ser lembrado: Alves ficou contra a can-

didatura de Larissa, filha de Sandra, à prefeitura de Mosso-ró, ano passado.

nnn

São oito os eleitores do Rio Grande do Norte no pleitode 4 de fevereiro.

t Missão difícil é a dogovernador da Bahia. Ja-ques Wagner pretendefazer Sérgio Gabrielli seusucessor. O petista pre-ferido fracassou na dire-ção da Petrobras.t Comentário na revistaestadunidense Foreign Af-fairs sobre o Brasil. Tradu-ção livre: “A partir do jul-gamento do Mensalão, oSupremo indica que não étolerante à corrupção daselites políticas.”t Em junho, o Rio Gran-de do Norte entra no cir-cuito do Brasil Mais Se-guro. O projeto é do Mi-nistério da Justiça.t Aécio Neves não temeentrar numa fria. Aceitou su-ceder a Sérgio Guerra (PE)

na presidência nacional doPSDB. Eleição em maio.t O paranaense SérgioKukina recebe, 6 de fe-vereiro, a toga de minis-tro do Superior Tribunalde Justiça.t Vital do Rêgo, filho,(PMDB-PB) vai presidir aprincipal comissão perma-nente do Senado: Consti-tuição, Justiça e Cidada-nia. A segunda em ordemde importância – AssuntosEconômicos – fica com opetista Lindbergh Farias,candidato ao governo flu-minense.t Para refletir: “Há ummínimo de dignidade queo homem não pode ne-gociar” (Dias Gomes,dramaturgo brasileiro).

LEITURA DINÂMICA

Roteiro, em janeiro, de andanças dos prováveis ou pos-

síveis candidatos ao Palácio do Planalto na eleição do próxi-

mo ano. Colhidas pelo birô da coluna, as informações estão

de acordo com o registro das anotações nas agendas libera-

das pelas assessorias dos personagens políticos referidos a

seguir.

nnn

Neste fim de semana, em campanha para manter a po-

pularidade constatada nas pesquisas de opinião, Dilma Rous-

seff, petista de origem no PDT, visita canteiros de obras no

Nordeste – Ceará, Pernambuco e Bahia. Dia 25, comparece

à festa dos 459 anos de São Paulo. Mostra também referên-

cias internacionais. Participa em Davos (Suíça) do encerra-

mento do Fórum Econômico Mundial (27). Dia 28, no Chile,

senta à mesa da Cúpula dos Estados Latino-Americanos e

Caribenhos.

nnn

Terça-feira (22), na capital paulista, Marina Silva fala sobre

o partido que pretende criar, se houver tempo e signatários,

para concorrer, pela segunda vez, à Presidência da Repúbli-

ca. Na eleição de 2010, a ex-senadora disputou pelo PV, sigla

que adotou após desvincular-se do PT, legenda pela qual se

iniciou na política. A Mulher da Floresta teve ao redor de 20

milhões de apoiadores.

nnn

Em férias – o Congresso está em recesso –, o senador

Aécio Neves esquia em Aspen e Vail, sofisticadas estações

de esportes de inverno no Colorado (Estados Unidos). No re-

torno, última semana do mês, o tucano mineiro desenha o es-

boço do itinerário de viagens pelo Brasil. A agenda vai privi-

legiar debates a respeito de problemas nacionais “tratados com

parcimônia nos 10 anos do PT no poder”.

nnn

Pós-escrito: Embora não assuma a participação na corri-

da presidencial daqui a dois anos, o governador Eduardo

Campos (PSB-PSB), inclui-se, por palavras e ações, no grupo

de presidenciáveis. Ele divide-se, neste mês, entre o gabine-

te de despachos, no Recife; Brasília, onde cumpre missões

oficiais; e o litoral pernambucano, cenário do seu veraneio anual

com a família.

A preliminar do jogo de 2014

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O vereador Leleu Fontes, doPSB de Caicó, reeleito para o quin-to mandato no último pleito com930 votos, informou na manhã destaterça-feira que os vereadores de opo-sição e a própria população caicoen-se estão se mobilizando para exigirdo prefeito Roberto Germano, doPMDB, o esclarecimento sobre areal situação administrativo/finan-ceira como o peemedebista recebeuo município do seu antecessor, BibiCosta, do PR. “Está existindo umacontradição muito grande. Enquan-to o ex-prefeito diz que entregou aprefeitura com 100 milhões de reaisem projetos com garantia de recur-sos oriundos da União e do Estadoalocados, o atual prefeito afirma querecebeu a cidade num verdadeirocaos”, disse o vereador, acrescen-tando ser necessária uma palavradefinitiva por parte de Roberto Ger-mano para informar ao povo a ver-dadeira situação da Prefeitura deCaicó.

Segundo o vereador Leleu Fon-tes, o prefeito de Caicó, RobertoGermano precisa recuperar imedia-tamente a assistência básica da saúdecolocando os postos para funcionar,além de planejar uma assistênciahospitalar eficiente com profissionaisqualificados, além de equipar o Hos-pital Regional com instrumental mo-derno, garantindo assim, o bom fun-cionamento das demais unidades

hospitalares para oferecer um aten-dimento digno e de qualidade paraa população em setores como pe-diatria, obstetrícia, traumatologia,cirurgia geral e urgência. “Tem tam-bém” – continuou o vereador – “deestabelecer parceria com a LigaNorte-rio-grandense de Combate aoCâncer que tem no centro da cida-de um hospital modelo e de refe-rência”, sugere o vereador do PSB.

INJUSTIÇA COM O PMDBNo aspecto político, o verea-

dor Leleu Fontes avalia que o pre-feito Roberto Germano está sendoinjusto com o PMDB por ter sidoo principal partido na sua eleição,mas que não está tendo espaço nasua administração. “O PMDB foidecisivo para a vitória de Roberto,mas os líderes, Nelter Queiroz eÁlvaro Dias não estão sendo pres-tigiados. O prefeito está trocando oPMDB pelo PR do deputado JoãoMaia”, ressalta o vereador, acres-centado que Roberto Germano pre-cisa prestigiar Álvaro Dias para que

o Seridó tenha o ex-presidente daAssembleia Legislativa como re-presentante no legislativo estadualou até mesmo na Câmara Federal.“O ex-deputado Álvaro Dias e odeputado Vivaldo Costa são líderesnatos que precisam ser preserva-dos na política partidária de Caicó.E líderes não morrem. Eternizam-se”, completou, lembrando que napolítica tem que haver sentimentode gratidão e o prefeito está sendoinjusto com os que ajudaram na suaeleição.

Vereador Leleu Fontes afirma quepopulação cobra esclarecimentos

Vereador Leleu Fontes já foi presidente da Câmara Municipal de Caicó: “Está existindo uma contradição muito grande”

EX-PRESIDENTE DA CÂMARA VÊ A ATUAL SITUAÇÃO FINANCEIRA DE CAICÓ

COMO MISTÉRIO DEVIDO AOS DIFERENTES DISCURSOS DE GESTORES PÚBLICOS

Bibi Costa deve disputar mandato federal emparceria com Maurício Gurgel para estadual

Ex-prefeito de Caicó, Bibi Costa, do PR, deverá ser candidato a deputado federal nas próximas eleições, previstas para 2014

Wellington Rocha

Heracles Dantas

Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 16 de janeiro de 2013Política

O Gabinete Civil do Governodo Rio Grande do Norte fechouum contrato de R$ 222 mil coma empresa Luciene C. de A. eSilva ME. O valor é referente aoserviço de confecção de arranjos,buquês e coroas de flores, além daornamentação de ambientes. Ocusto será dividido em 12 parce-las de R$ 18.513,00, tempo emque o serviço terá duração.

O contrato foi divulgado naedição deste sábado (12) do Diá-rio Oficial do Estado e traz a as-sinatura do secretário adjunto doGabinete Civil, Francisco GalbiSaldanha, que já foi o responsáveltitular desta pasta no início do go-verno Rosalba Ciarlini (DEM).

Em contato com O Jornal deHoje, o deputado estadual Fernan-do Mineiro, do PT, ressaltou a ne-cessidade do Governo detalhar esse

contrato, se houve licitação e quala necessidade de um gasto destevalor em ornamentação.

“É precisoesclarecer, darmais detalhes.Se é para todasas repartições,se é só para oGabineteCivil. Muitasvezes, ‘-pequenos’ gas-tos comoesses, acabamse somando etornando valo-res altos e pre-judicando a si-tuação das contas públicas”, ana-lisou Mineiro.

Atualmente, o secretário doGabinete Civil é o próprio mari-

do da gestora, o ex-deputado Car-los Augusto Rosado (DEM). Alémde Galbi Saldanha, também cons-

ta a assinaturada proprietáriada empresa con-tratada, LucieneCristine deAraújo e Silva.

A notícia deque o governodisponibilizouR$ 222 mil paraa compra de ar-ranjos e buquêsde flores surgeem meio a cons-tante reclama-ção do Governo

de que faltam recursos para via-bilizar projetos cobrados pela po-pulação. Em um passado recente,por exemplo, a gestão estadual

deixou de repassar o valor esta-belecido do duodécimo para o Tri-bunal de Justiça e o MinistérioPúlico, justamente, porque falta-vam recursos financeirospara isso.

A reportagem de O Jornal deHoje apurou que o secretário ad-junto do Gabinete Civil tem auto-ridade para assinar e decretar gas-tos como o citado acima. Galbi éconsiderado um homem de con-fiança do casal Rosalba-CarlosAugusto. Servidor público de car-reira, o auxiliar teria conhecido oatual titular do Gabinete Civil nosseus tempos de deputado estadual,na Assembleia Legislativa.

Esta reportagem entrou emcontato com a Assessoria de Im-prensa do governo do RN mas,até o fechamento desta edição,não havia recebido nenhum re-torno.

Empresário, um dos líderes dapopular banda Grafith, Júnior Gra-fith, do PRB, tomou posse nestaterça-feira como o vereador deNatal. Membro do grupo aliado aonovo prefeito Carlos Eduardo Alves,do PDT, o novo membro do legis-lativo municipal não poupou críti-cas a situação de abandono que anova gestão encontrou a cidade -após o mandato da ex-prefeita Mi-carla de Sousa, do PV.

"Realmente, é um abandonototal a nossa cidade. Eu perceboisso e fico triste. Eu converso comamigos e digo que tenho vergonhade convidar um amigo meu para anossa cidade. Ele está na entradada cidade e já percebe a cidade daforma que ela está. Então, hoje eusinto vergonha", afirmou JúniorGrafith em entrevista ao Jornal 96,da 96 FM.

Júnior Grafith, por sinal, fezquestão de dizer que a culpa da ver-gonha que sente em Natal é exclu-siva da gestão posterior a do prefei-to Carlos Eduardo. "Eu acredito queCarlos Eduardo deixou a cidade ar-rumada. Na gestão dele eu o para-benizo tanto o trabalho dele, junta-

mente com o de Raniere, como se-cretário. Ele fez um bom trabalho",esclareceu.

O novo vereador revelou tam-bém que prevê dificuldades paraCarlos Eduardo neste retorno a ges-tão municipal. "Acho que no pri-meiro ano ele vai ter uma dificul-

dade, porque a cidade, realmente,parace que passou um furacão",acrescentou.

Substituindo Justina Ivan, doPC do B, que já era substituta de Ra-niere Barbosa, do PRB - os doisdeixaram a Câmara para assumirsecretarias de Educação e Serviços

Urbanos, respectivamente - JúniorGrafith afirma que vai trabalhar paraa cultura e o esporte. "Nosso maiorfoco será na cultura. Na minha ci-dade eu acho que é muito importan-te esse lado, que eu sempre partici-pei e sempre estou presente, e naárea de esporte também, que e umaárea que sempre abracei, que eugosto e na minha trajetória de vidaé uma coisa que eu sempre estivepresente", garantiu.

O fato de ser estreante na Câ-mara, por sinal, não o intimida. Ga-rante também que não vai ser umsimples vereador aliado a gestão donovo prefeito. "Sou um marinheirode primeira viagem, mas acho quea afinidade, juntamente a CarlosEduardo Alves, eu vou ter. Pode teralgum momento de crítica se eu ob-servar alguma coisa que não venhaa beneficiar a nossa cidade".

Na solenidade de posse do novovereador de Natal, estiveram presen-tes também os vereadores Julio Pro-tásio (PSB), Ubaldo Fernandes(PMDB), Maurício Gurgel (PHS),Franklin Capistrano (PSB), Dick-son Nasser Jr. (PSDB), Aquino Neto(PV) e Adão Eridan (PR).

O Rio Grande do Norte vai re-ceber mais duas mil cisternas depolietileno, por meio do Departa-mento Nacional de Obras ContraSeca (Dnocs). A expectativa é quea medida beneficie mais de 10 milpessoas, que receberão o reservató-rio, garantindo o acesso à água dequalidade. A informação está no siteda Federaçãodos Municípiosdo RN (Fe-murn) e a inicia-tiva faz partedos programasoficiais do go-verno para uni-versalizar oacesso à água.

As cisternasde polietilenosão produzidaspela Acqualimp,fornecedora ofi-cial deste produ-to ao governo. Os reservatórios cap-tam a água da chuva e permitem o ar-mazenamento de 16 mil litros, ga-rantindo condições para uma famíliade quatro a cinco pessoas se manterpor até nove meses de estiagem, fatorotineiro no semiárido nordestino.

As cisternas de polietileno tam-bém chegarão aos Estados do Ceará,

Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Per-nambuco, graças a um contrato defornecimento entre a Acqualimp eo DNOCS, no valor de R$ 210 mi-lhões, que prevê a produção e for-necimento de 60 mil reservatóriosao total, beneficiando mais de 400mil pessoas.

Das 60 mil cisternas, 26.228 milserão destinadasao estado doCeará (25 cida-des), 12 mil àBahia (9 cida-des), 10 milserão entreguesem Minas Ge-rais (19 cidades),5.772 irão paraPernambuco (12cidades), quatromil chegarão naParaíba (10 ci-dades) e duasmil no Rio

Grande do Norte (02 cidades). Aprevisão de entrega das 60 mil cis-ternas da Acqualimp para o DNOCSé maio, já a conclusão dos serviçosé dezembro de 2013.

SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

A tecnologia do polietileno im-

pede vazamentos de água, assimcomo a contaminação, garantindobenefícios efetivos para a saúde dapopulação atendida e baixa manu-tenção. A matéria-prima utilizada, o

plástico polietileno, é atualmente omaterial mais difundido na cons-trução civil para o armazenamentode água. Hoje, 80% das caixasd'água do país são produzidas com

esta resina.As cisternas foram adotadas

com sucesso no México, Austrália,Nova Zelândia e Indonésia, fato quecontribuiu para que o governo fe-

deral decidisse utilizá-los no Nor-deste como mais uma alternativaconfiável de modo a dar agilidadeao Programa Água para Todos. Umacisterna de polietileno pode ser ins-talada em duas horas.

SOBRE A ACQUALIMPAAcqualimp é uma companhia

especializada na produção de solu-ções de alta qualidade para condu-ção, armazenamento e tratamentode água, produzindo caixas d'águae uma diferenciada linha de reser-vatórios e equipamentos voltadospara as mais diversas necessidadesde varejo, construtoras e governos.A companhia, que está presente nopaís desde 2001, colaborando comgeração de emprego e renda, é umadas mais importantes fornecedorasdo mercado de materiais de cons-trução, tendo como clientes as maio-res homecenters e construtoras. Aempresa, pioneira na fabricação decisternas de polietileno no País, étambém a maior produtora mun-dial deste equipamento, tendo jáentregue mais de 1,8 milhão deunidades para países da AméricaLatina por meio do Grupo Roto-plas, fundado no México e presen-te em 16 países da América Lati-na, do qual faz parte.

Gabinete Civil pagará R$ 222 mil este ano por arranjos e buquês

> NOVO VEREADOR

Júnior Grafith revela: “Tenho vergonha de convidar um amigo para a nossa cidade”

Júnior Grafith: “Realmente, é um abandono total a nossa cidade. Fico triste”

> COMBATE A SECA

Cidades potiguares receberão duas mil cisternas do Dnocs

Benes Leocádio e Jaime Calado continuam na presidência da FemurnO prefeito Benes Leocádio,

da cidade de Lajes, foi reeleitopara mais um biênio (2013-2014)no comando da Federação dosMunicípios do Rio Grande doNorte (Femurn) junto com o pre-

feito de São Gonçalo do Amaran-te, Jaime Calado, como 1° vice-presidente. A eleição por acla-mação aconteceu nesta terça-feira, no Hotel Monza, em Natal.

De acordo com Benes, a elei-

ção por aclamação, reforça o tra-balho desempenhado em defesados municípios do Rio Grandedo Norte. "A Femurn tem feitoum trabalho importante na buscapor proteção para os gestores do

nosso Estado. A aclamação dosprefeitos filiados traz mais res-ponsabilidade e empolgação paraseguir realizando o nosso traba-lho", destacou.

Para Jaime Calado, a Femurn

deve continuar exercendo a lutapela melhoria das receitas dosmunicípios. “Toda essa geraçãode prefeitos do último mandatoe desse novo agora está sendosacrificada pelas constantes que-

das na arrecadação. É precisocriar mecanismos de compensa-ção das perdas e a Femurn vemtendo um papel fundamental nadefesa dos municípios”, enfati-zou.

Muitas municípios do Rio Grande do Norte estão em calamidade pública desde o ano passado, devido à estiagem

CONTRATO PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL FOI ASSINADO POR GALBI SALDANHAO programa Bolsa Família,

uma das principais iniciativas dogoverno federal, desembolsou ovalor de R$ 21,1 bilhões em 2012.A informação é do portal ContasAbertas, uma Organização Não-Governamental (ONG) que di-vulga informações sobre gastos einvestimentos públicos. O mon-tante é o maior desde que o pro-grama foi criado, há noves anos,e representa crescimento de15,3% em relação aos R$ 18,3bilhões pagos em 2011 (valoresatualizados pelo IPG-DI, da Fun-dação Getúlio Vargas). Percen-tualmente, comparadas as evolu-ções anuais, é o segundo maioraumento de um exercício para ooutro desde 2006.

Criado pela Lei n. 10.836, de2004, o Bolsa Família é um pro-grama de transferência direta derenda que beneficia, em todo País,famílias em situação de pobreza(renda familiar per capita de R$70,01 a R$ 140,00) e de extremapobreza (renda familiar per capi-ta de até R$ 70,00). Em 2012, se-gundo o Ministério do Desenvol-vimento Social e Combate àFome (MDS), a transferência di-reta de renda alcançou 13,9 mi-lhões de famílias.

A assessoria do MDS tam-bém informou que o crescimen-to das verbas do Bolsa Famíliatem relação com diversas inova-ções implementadas de janeirode 2011 a dezembro de 2012.Entre elas, a expansão do nú-mero de famílias favorecidas, oaumento de três para cinco donúmero limite de benefícios va-riáveis por famílias, o reajustede benefícios em abril de 2011e a criação do benefício extraor-dinário para superação da ex-trema pobreza.

O Bolsa Família possui trêseixos principais focados na trans-ferência de renda, condicionalida-des e ações e programas comple-mentares. A transferência de rendapromove o alívio imediato da po-breza. As condicionalidades re-forçam o acesso a direitos sociaisbásicos nas áreas de Educação,Saúde e Assistência Social. Já asações e programas complementa-res objetivam o desenvolvimen-to das famílias, de modo que osbeneficiários consigam superar asituação de vulnerabilidade.

Segundo Vicente Falheiros,assistente social e doutor em so-

ciologia, o impacto desses recur-sos na vida das pessoas é muitogrande. “O sentimento é que as fa-mílias apresentam mais dignida-de e autonomia, tendo mais aces-so a bens e serviços”, explica.Para Falheiros, o principal é queo Bolsa Família está condiciona-do a outros direitos, como o di-reito à escola. “Como a popula-ção poderia assegurar o acesso àescola pública sem uma base fi-nanceira mínima?”, ressalta.

Além disso, o especialistaafirma que esse valor mínimo ga-rante outro direito que é, inclusi-ve, ligado à quebra da reproduçãoda pobreza. “Reduz o trabalhoinfantil, favorece a inserção naescola e também a saúde da crian-ça, é uma política integrada, nãopode ser vista do ponto de vistado imediatismo”, garante.

2013Os recursos previstos para o

Bolsa Família obedeceram à ten-dência de crescimento e devemchegar ao montante de R$ 22,1 bi-lhões em 2013, conforme o Pro-jeto de Lei Orçamentária desteano, que deve ser votado em fe-vereiro. A quantia representa au-mento de 15% em relação a 2012,quando a previsão era de R$ 19,3bilhões.

A depender dos projetos decréditos adicionais liberados peloCongresso Nacional, a quantia deverbas liberadas pode ser aindamaior. Questionado pelo ContasAbertas sobre reajustes no orça-mento de 2013, o Ministério doDesenvolvimento Social e Com-bate à Fome, afirmou que a pre-visão é que o Bolsa Família devafechar em dezembro de 2013 como mesmo número de famílias be-neficiárias de 2012.

A estimativa é que 16 milhõesde pessoas vivem em extrema po-breza no Brasil. Segundo a as-sessoria do MDS, com a expan-são do Brasil Carinhoso, o go-verno já retirou da miséria 16,4milhões de pessoas. Entretanto,com base nos dados do CadastroÚnico, a estimativa é que 2,5 mi-lhões de pessoas beneficiárias doBolsa Família se mantêm na ex-trema pobreza mesmo com a am-pliação do programa. São famí-lias que não têm crianças e ado-lescentes de até 15 anos e, portan-to, estão fora do critério da açãoBrasil Carinhoso.

“Muitas vezes, ‘pequenos’gastos como esses

acabam se somando e tornando valores altos e prejudicando a situação

das contas públicas”

FERNANDO MINEIRO

A expectativa é que a medi-da beneficie mais de 10 milpessoas com as cisternasdo Dnocs, que receberão o

reservatório, garantindoacesso à água de qualidade

José Aldenir

José Aldenir

Bolsa Família baterecorde e desembolsaR$ 21,1 bi em 2012

> VERBA FEDERAL

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Cidade

CONRADO CARLOS

CCPSILVA@HOTMAIL.COM

Parte da cultura de brasileirosde outras regiões e turistas estran-geiros, as feiras livres chegaram aolimite da falta de estrutura em Natal.Se a fama de lugares sujos e inse-guros vem de longa data, o aban-dono dos últimos dois anos ampli-ficou a reclamação de feirantes econsumidores. Na manhã destaquarta-feira (16), a equipe d'O Jor-nal de Hoje esteve na maior delas:a do Carrasco, nas Quintas.

Com 447 feirantes legalizados,segundo o site da Secretaria Muni-cipal de Serviços Urbanos (Sem-sur), são mais de 800 barracas es-palhadas pela rua dos Paianases.Ponto tradicional de venda de fru-tas, legumes, grãos, peixe, animaisvivos e ervas, o local tem restos decomida no chão, lixo ao lado deuma banca de ginga com tapiocafeita na hora, valas fétidas impro-visadas como saneamento básico,carnes expostas às moscas, barra-cas cobertas por lonas encardidas erasgadas, presas a treliças enferru-jadas e, muitas vezes, quebradas.

José Soares dos Santos trabalhana feira do Carrasco há mais de 20anos. Morador de Nova Cidade, elechega às 05h das quartas-feiras, diaoficial da feira das Quintas, com ofilho Almir Barreto dos Santos paramontar a barraca onde vende fru-tas variadas. Enquanto descarrega-va abacaxis da carroceria de umaPampa, ele reclamava da sujeira eda ausência de policiamento naárea. "Natal está podre. Aqui temtiro, assalto aos clientes e essaimundície que você ta vendo aí". Odedo apontava para um monte depalha de milho que atrapalhava ofluxo normal dos freqüentadores."Nós aqui não temos banheiro elimpeza, coisa que muita feira de in-terior tem".

Entre melões, mamões e abaca-

xis, com preços a partir de R$2,00,Andressa Gomes da Silva Macha-do é outra feirante que protesta con-tra o desleixo com a higiene e aprestação de bom serviço no Car-rasco. "Tiraram os banheiros e nãovemos mais segurança aqui. Quan-do termina a feira, lá pelas 18h,19h, quando a gente vai embora, éum perigo só. Cada um cuida desi, não tem polícia". Bandidossabem que os trabalhadores estãocom dinheiro no bolso - em média,R$500,00, R$700,00, por dia, nocaso de Andressa. Após o abaste-cimento na Ceasa, às 03h30, elachega às Quintas com os primeirosraios solares.

Metros adiante, com o tráfegocongestionado pelo espaço ocupa-do por um simples carro de mão,Fábio André prepara pacotes de fa-rinha de mandioca. São doze anos

e muitas histórias tristes sobre umlugar que entra na programaçãomensal de quem gosta de compraralimentos, sobretudo frutas e legu-minosas, com qualidade diferen-ciada. "Esse último ano a coisa pio-rou. Na verdade, percebi que desdea campanha, abandonaram tudo.Nem garis vemos por aqui".

Mas a reportagem viu. A roupalaranja do gari José Ariston cha-mava atenção, em meio ao setorcinzento dos peixes. Em parceriacom um amigo, também gari, ele re-colhe escamas, rabos e cabeças detilápias, traíras e tucunarés desde1988. "O pessoal tem culpa poresse fedor todo aqui. Em vez debotarem o lixo em sacos ou caixas,jogam na rua mesmo, sabendo, oucontando que nós vamos pegar. Nãodeveria ser assim". Com preços quevariam entre R$5 e R$14, a área

onde peixes, carne vermelha e fran-gos prontos para o cozimento sãovendidos é das mais críticas.

Assim como o trecho em quedona Edinilza Maria Silva da Apre-sentação instalou sua barraca deiguarias nordestinas, como grude etapioca, além de bolos e café. Víti-ma da explosão de um bujão de gásna feira de Cidade da Esperança,em 2011, ela viu sua filha de 20anos, que dividia as tarefas com amãe no dia do acidente, sofrer quei-maduras de 3º grau e preconceitocom o aspecto da pele queimada."As pessoas têm preconceito comela. Ninguém quer dar emprego paraela". Edinilza tem mais de 40 anosno Carrasco e fala da falta de banhei-ro como quem vê cenas absurdasno dia a dia. "Aqui tem homens uri-nando o tempo todo, na frente dagente, de crianças, de todo mundo".

Sem banheiros, a rua Padre JoãoMaria é utilizada como armazémde dejetos. Ao lado do motel Mon-tevideu, o cheiro de urina afastaquem pensa em comer a ginga comtapioca de Edinilza. "Só Jesus paraagüentar essa catinga aqui, meufilho. Eles só faltam urinar em cimada gente. Eu agora estou botandoos clientes do outro lado, para elesnão verem isso que acontece otempo todo aqui".

Para o secretário municipal deserviços urbanos, Raniere Barbosa,o caos foi implantado nas feiras li-vres natalenses. Elogiado por fei-rantes abordados pela reportagem,ele pede sessenta dias para apre-sentar uma melhora significativanas quatro urbanizadas da capital(Carrasco, Alecrim, Rocas e Cida-de da Esperança). "A primeira etapaé regularizar a parte burocrática da

secretaria, que está um verdadeirocaos. Para você ter uma ideia, eunão tenho um só carro para man-dar a fiscalização. A não ser as ten-das, que colocamos quatro anosatrás, não tem mais nada".

Superada a parte burocrática,chega a vez da estrutural, o que im-porta para feirantes e consumido-res. Uma equipe com 15 garis seráposta em atividade em cada umadessas feiras urbanizadas, além dasduas outras que estão previstas paraganhar a mesma classificação (adas Quintas e uma zona Norte, comParque dos Coqueiros, Nova Natale Santa Catarina na briga pela no-meação). "Peço paciência e trintadias para botar em dia a situação in-terna da secretaria, mais trinta paraatuarmos diretamente nas feiras.Depois disso, garanto que a situa-ção será outra".

Secretário de Serviços Urbanos pede 60 dias para melhorar situação de feiras

Àrea onde funciona a venda de carnes, frangos e peixes é a mais crítica, pois ficam expostas e fora da temperatura ideal Bancas dos feirantes são montadas em meio ao lixo amontoado no local

O Conselho Federal da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB)divulgou nesta terça-feira a listados aprovados na primeira fasedo Exame de Ordem Unificado.Dos 1.861 inscritos no Rio Gran-de do Norte, 394 pessoas obtive-ram êxito, um percentual de 21,2%de aprovação. Esse resultado co-loca os potiguares acima da médianacional de aprovação, que foi de16,67%. Entretanto, os dados lo-cais poderiam estar melhores, se-gundo informou o membro da Co-missão do Exame de Ordem noRN.

Para Mirocem Júnior, presi-dente da Comissão, diante do ce-nário de aprovações atual, o Es-tado se encontra em uma situação"até boa", mas a intenção daOAB/RN é aumentar o númerode aprovados. "Nós temos que terem mente um conjunto de fatoresque podem levar a essa situaçãoinferior da esperada. Um exemplodisso é a preparação que o gra-duado em Direito tem que ter paraa prova. As disciplinas devem sertrabalhadas ainda na universidade,permitindo que ele chegue prepa-rado para o Exame", afirmou.

Uma das medidas a ser ado-tada pela OAB/RN é acompanhara metodologia de ensino utilizadanas universidades públicas e par-ticulares do Estado. "Estamos ob-servando a metodologia de ensi-no utilizada pelos profissionaisuniversitários e como os alunosestão sendo preparados para oExame de Ordem. Deve haver umfoco na preparação para a prova,baseado nas disciplinas aborda-das", explicou Mirocem.

Segundo Fernando Cabral, di-retor do curso de Direito na Uni-

versidade Potiguar em Natal, omodelo do Exame aplicado pelaOAB prejudica algumas regiõesdo país. "As provas hoje são apli-cadas em um modelo unificado.Ou seja, a mesma prova aplicadano Acre está sendo utilizada paraavaliação no Rio Grande do Sul.É importante lembrar que o ensi-no jurídico é regionalizado, va-riando o foco do ensino em algu-mas instituições do país. Isso de-veria ser considerado no momen-to da formulação do Exame paranão prejudicar as pessoas", disse.

"O número de alunos quefazem o Exame de Ordem é muitoalto, o que reflete no percentual deaprovados. Quanto maior o nú-mero de inscritos, maior a apro-vação. Entretanto, algumas regiõesnão alcançam as expectativas emfunção do padrão da prova unifi-cada. A variação do ensino de re-gião para região acaba sendo pre-judicial. Acredito que o Exame deOrdem Unificado seja positivopara o desempenho administrati-vo da OAB, mas trouxe um re-sultado negativo para algumas pes-soas", avaliou Fernando Cabral.

Os nomes dos aprovados naprimeira fase do Exame, relativaà prova objetiva, aparecem sepa-rados por seccional da OAB, ci-dade de realização da prova, nú-mero de inscrição e nome do exa-minando em ordem alfabética. Ob-tiveram aprovação nesta primeiraetapa os candidatos que acerta-ram 50% do total de 80 questõesobjetivas propostas. A prova prá-tico-profissional ou etapa subjeti-va - para a qual só se submeteráo candidato que tiver sido aprova-do nesta primeira fase - está mar-cada para 24 de fevereiro deste

ano. Nesta segunda e última etapa,

conforme prevê o edital, os can-didatos terão que redigir uma peçaprofissional valendo cinco pontose responder a quatro questões (va-lendo 1,25 pontos cada) sob aforma de situações-problema, nasseguintes áreas: Direito Adminis-trativo, Direito Civil, Direito Cons-titucional, Direito Empresarial,Direito Penal, Direito do Trabalhoou Direito Tributário e seu cor-respondente Direito Processual.

O Exame pode ser prestadopor bacharel em Direito, aindaque pendente apenas a sua cola-ção de grau, formado em institui-ção regularmente credenciada.Podem realizá-lo os estudantesde Direito do último ano do cursode graduação em Direito ou donono e décimo semestres. A apro-vação é requisito necessário paraa inscrição nos quadros da OABcomo advogado, conforme esta-belece o artigo 8º, IV, da Lei8.906/1994.

Após a análise da prova obje-tiva, a Coordenação Nacional doExame de Ordem Unificado e aFundação Getúlio Vargas (FGV),responsável pela correção daprova, decidiram anular três ques-tões, sendo as de números 3, 26 e27 do caderno de prova do tipo 1e suas correspondentes nos cader-nos tipo 2, 3 e 4. Com isso, foi atri-buída a respectiva pontuação atodos os examinados. "A nossaComissão trabalha também na fis-calização da correção das provase podemos garantir que nuncahouve num problema a cerca defraudes. O sistema trabalhado pelaFGV é de plena confiança", disseMirocem.

> PRIMEIRA FASE

Aprovação dos potiguaresno Exame da OAB fica

acima da média nacionalASecretaria de Estado do Turis-

mo do Rio Grande do Norte (Setur)está lançando um projeto que vaimudar a 'cara' da Via Costeira deNatal. O 'Projeto Viva Costeira' seráapresentado à imprensa pelo secre-tário de Turismo, Renato Fernandes,no final desta tarde, informando todosos detalhes da iniciativa.

A Via Costeira de Natal, deno-minada como avenida Senador Di-narte Mariz, é um dos mais belos lo-cais da capital potiguar, com vistaprivilegiada em toda sua extensão, eque liga a zona Sul à zona Leste,passando pelas principais praias ur-banas. No entanto, é pouco freqüen-tada pela população local, que geral-mente só a utiliza como via expres-sa, não desfrutando do local, para opróprio lazer.

É com o intuito de mudar essavisão da população e aproximá-ladesse ponto turístico, que o Projetoserá implantado, e de acordo com otitular da Setur, se tornará mais umaopção de lazer para todos. "Desdeque assumi a Setur, uma das princi-pais queixas que recebemos é emrelação à Via Costeira, que é muitoparada, muito morta. Queremosmudar isso, dando vida à rodovia, aexemplo do Eixão, que é a principalrodovia que liga a cidade de Brasí-

lia de uma ponta á outra, e é inter-ditada há três anos, todos os domin-gos para a população utilizar o localpara atividades de lazer. Queremosque os natalenses aproveitem a Via,assim como aproveitam as praias,pois o local é muito belo e pode serbem aproveitado", disse Renato Fer-nandes.

O Projeto Viva Costeira será im-plantado a partir do dia três de feve-reiro, todos os domingos com a in-terdição da via das 15h até às 19h.Durante esse período de quatro horas,a população poderá aproveitar o localsem demais preocupações, realizan-do caminhadas, andando de bicicle-ta ou apenas apreciando a beleza dolocal. No primeiro dia serão instala-das bancas com frutas e sucos, águae atendimentos na área médica, comoverificação de pressão e outros. Eencerrando a tarde, às 19h, haverá umshow da Orquestra Sinfônica do RioGrande do Norte, no terreno do Valedas Cascatas.

De acordo com o secretário deEstado do Turismo, Renato Fernan-des, a primeira edição servirá de mo-delo, mas alterações podem ser fei-tas de acordo com os interesses dapopulação. "No primeiro momento,nossa programação já está definida,mas vamos avaliar o interesse da po-

pulação pelo projeto e escutá-la, sa-bendo o que elas esperam dentro doprojeto e fazendo as mudanças ne-cessárias para adequar o local aogosto do povo. Queremos movimen-tar a Via Costeira e tenho certeza deque o projeto vai ser um sucesso",afirmou Renato Fernandes.

A Via Costeira será interdita-da aos domingos apenas na faixado lado do Parque das Dunas, sen-tido zona Leste - zona Sul. O ladoda faixa onde ficam os hotéis, nosentido zona Sul - zona Leste, fun-cionará normalmente para mão econtramão para não impedir oacesso de turistas, funcionários eda população aos hotéis e à beirada praia.

As ações serão realizadas emuma parceria da Setur com a Asso-ciação Brasileira de Indústria deHotéis (ABIH-RN), a Polícia Mi-litar, a Cooperativa de Desenvolvi-mento da Atividade Hoteleira e Tu-rística (Coohotur), o Instituto deDesenvolvimento Sustentável eMeio Ambiente do RN (Idema), aCosern, e outros parceiros, comoos empresários dos hotéis localiza-dos na Via, que cederão espaço emseus estabelecimentos para que apopulação possa estacionar os seusveículos. (GR)

> PROJETO VIVA COSTEIRA

Via Costeira será novaopção de lazer em Natal

Fotos: José Aldenir

José Aldenir

Projeto que visa tornar Via Costeira mais atrativa para turistas e moradores será apresentado pela Setur nesta tarde

SUJEIRA, INSEGURANÇA E FALTA DE ESTRUTURA DIVIDEM ESPAÇO COM FRUTAS, LEGUMES E CARNES EXPOSTAS

Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 16 de janeiro de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ marcossa@jornaldehoje.com.br

HOJE na EconomiaSe continuar com Rosalba, PMDB comandaráRecursos Hídricos, Idema, Caern e Agricultura n Em conversas com lideranças políticas do in-terior, o secretário-chefe do Gabinete Civil doGoverno do Estado, ex-deputado Carlos Au-gusto Rosado, tem declarado com muita con-vicção que o PMDB potiguar permanecerá pelospróximos dois anos integrado ao bloco multi-partidário que garante apoio à gestão da gover-nadora Rosalba Ciarlini.n E, ao detalhar o porque dessa sua segurançaquanto à fidelidade peemedebista, mesmo com oministro Garibaldi Filho vez por outra fazendoameaças públicas de rompimento, Carlos Au-gusto Rosado informa aos seus interlocutores que"está tudo sob controle", em função de acertoscom o deputado federal Henrique Eduardo Alves,presidente do Diretório Regional do partido.n Entre os tais acertos, estaria a entrega aoPMDB de duas importantes pastas do Governodo Estado (a Secretaria de Meio Ambiente e Re-cursos Hídricos e a Secretaria da Agricultura, daPecuária e da Pesca, ambas de porteira fecha-da, ou seja, com todos os órgãos que compõemsuas estruturas, tais como o Idema, a Caern, aEmater, a Emparn, etc.), as quais disporão esteano de recursos orçamentários superiores a R$1 bilhão.n Por sinal, confiando no sucesso desse acor-do político da governadora Rosalba Ciarlini como deputado Henrique Alves, o atual presidenteda Federação da Agricultura e Pecuária do Es-tado do Rio Grande do Norte (Faern), empresárioJosé Álvares Vieira, já vem se articulando paraser o indicado para a pasta da Agricultura.

Marcelo Passos recorrerá ao MPE pedindoum TAC para salvar o "Programa do Leite"nO presidente do Sindicato dos Produtores de Leite,Carnes e Derivados do Rio Grande do Norte (Sin-proleite), agropecuarista Marcelo Passos Sales, anun-cia que até amanhã encaminhará aos promotores dejustiça que cuidam da Defesa do Patrimônio Públi-co um ofício denunciando o total desvirtuamento do"Programa do Leite" do Governo do Estado, criadopara apoiar e desenvolver a bacia leiteira potiguar masque hoje contribui para destruí-la.nMarcelo pedirá aos promotores que investiguema procedência do leite que é beneficiado pelas em-presas de laticínios para ser vendido ao Governo,pois com certeza se comprovará que a maior partedo produto não é originário das vacarias do Esta-do nem da região Nordeste, havendo sérias sus-peitas de que se trata de leite em pó, que apenaspassa por um processo de reidratação.n Por dia, o Governo chega a adquirir cerca de 150mil litros de leite tipo C, embalado em saquinhosplásticos, para distribuição gratuita às famílias car-entes cadastradas nos 167 municípios do RN.nO que o presidente do Sinproleite reivindicará aoMinistério Público é que este, ao se convencer dodesvirtuamento do "Programa do Leite", proponhaàs autoridades do Poder Executivo a assinatura deum Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), atravésdo qual se comprometam a redirecionar os recursosdo programa (cerca de R$ 70 milhões por ano) paraa aquisição tão somente de leite "in natura" pro-duzido pelos produtores rurais do próprio Estado.n Se esta meta não for atingida, diz Marcelo quepassará a defender a pura e simples extinção do"Programa do Leite".

Produtores de camarãoentram em estado de alertanDesde o início desta semana asentidades representativas dos pro-dutores de camarão em cativeiroem todo o Brasil demonstram pre-ocupações, diante do anúncio deque o Ministério da Pesca e daAquicultura poderá autorizargrandes importações de crustáceocongelado (variedade "Pleoticusmuelleri") procedente da Ar-gentina.n Esta manhã, o presidente daABCC (Associação Brasileira dosCriadores de Camarão), engen-heiro de pesca Itamar Rocha, en-caminhou mensagem eletrônicaaos produtores que integram a en-tidade nos seguintes termos:n "Sobre os boatos de que jáforam liberados ou de que já estãovindos os containers com o ca-marão da Argentina, repasso o e-mail do setor da Sanidade daSEMOC - MPA, onde está expli-cado o trâmite do processo quepode resultar na autorização dasimportações.n "Portanto, não repassem infor-mações ou boatos plantados pre-meditadamente para enfraquecernossas posições que, para deses-pero desses arautos do apocalipse- que a todo custo querem preju-dicar nosso setor - FICAM PLAN-TANDO FALSAS NOTÍCIAS.Mantenham-se firmes na defesados nossos propósitos."nEm anexo à sua mensagem aos

carcinicultores, Itamar Rocha en-viou informe da CoordenaçãoGeral de Sanidade Pesqueira doMinistério da Pesca e Aquicultura(MPA), no qual se informa que,apesar de ter havido parecer fa-vorável à importação, ainda estãosendo aguardados os certificadosdo governo argentino relativos aoatendimentos dos requisitoszoosanitários para que seja autor-izada a importação e estabelecidauma cota anual, tudo isso tendoainda de ser submetido às rígidasnormas do Ministério da Agricul-tura.nO receio dos produtores de ca-marão em cativeiro é que a en-trada do camarão argentino nomercado nacional venha a provo-car desequilíbrio entre a oferta ea procura, o que poderá redundarem aviltamento de preço.

Crítica ao ministro daPesca e Aquiculturan A correspondência do presi-dente da ABCC aos carcinicul-tores tem mais um adendo, rela-tivo à opinião dele sobre a viagemque esta semana o ministro daPesca e Aquicultura, MarceloCrivella, está fazendo à Argenti-na. Diz Itamar:n "Caros amigos,n "Como vocês podem ver na re-portagem abaixo, constante do sitedo MPA, o Ministro Crivella e suavasta comitiva ficaram encanta-dos com a visita que fizeram a in-stalações frigoríficas de pescadona Argentina.n "Será que algum desses 'esper-tos' em processamento de pesca-do já visitou um frigorífico de ca-marão ou de peixes no Brasil?Claro que não, inclusive porque asmais de 40 Unidades que (...) op-eravam no Brasil, gerando mais de10 mil empregos para mulheres,hoje se resumem a pouco mais deuma dezena, mesmo assim,deficitárias.n "É, amigos, a nossa Presidentanão vai à luta para vender nossopescado e o nosso Ministro não secansa de viajar para comprar maispeixes (Noruega, Argentina e apróxima viagem é à China e Is-rael). Enquanto isso, as Unidadesde Beneficiamento da Potiporã eo da Compescal, por exemplos,cada uma com capacidade paraprocessar 60 mil kg/dia, que jun-tas já empregaram 1.200 mulheres,mas que hoje, pela perda de com-petitividade das exportações, semnenhuma preocupação ou inter-

venção do MPA, tiveram essenúmero reduzido para menos de500 mulheres, que agora corremo risco de perder seus empregos.n "Evidentemente que se nosmobilizarmos e pressionarmosnossos representantes no Con-gresso Nacional e esclarecermosnossos Governadores e Prefeitos,especialmente os dos Estados ecidades litorâneos de que essafarra pode não se concretizar.Como, aliás, conseguimos der-rubar a iniciativa da mesmaequipe técnica da SEMOC/MPA,à época da Ministra Ideli Salvat-ti, que havia dispensado a ARI,autorizando a importação do ca-marão da Argentina. Posterior-mente, esses mesmos técnicos daSEMOC/MPA, elaboraram umaARI para o Pleoticus muelleri,de forma tão amadora e apressa-da que colocaram a bandeira daArgentina na capa do Documen-to oficial do MPA, fazendo oMinistro Crivella passar vexame,a qual contestamos e mais umavez foi derrubada.n "Mas como esse pessoal não seemenda, o que deixa claro queexistem outros interesses não re-publicanos por trás desse movi-mento, voltou-se à carga, destafeita junto com a VIVENDA DOCAMARÃO, utilizando comopano de fundo a Presidenta Dilmae sua colega da Argentina, comoas verdadeiras mentoras dessa de-cisão, como se fossemos acredi-tar que 5.000 toneladas/US$ 50milhões representassem um negó-cio da China, que justificasse oenvolvimento da nossa Presi-denta!n "Por isso, amigos, não temosdúvida de que se nos mobi-lizarmos e atuarmos junto aos nos-sos governantes (Governadores ePrefeitos), políticos (DeputadosEstaduais, Federais e Senadores),bem como à academia e à im-prensa reverteremos essa equivo-cada e deliberadamente prejudi-cial decisão, que concretizando-se afetaria não só a carcinicultura,como a pesca extrativa de ca-marão, caranguejos e lagostas.n "(...) não podemos aceitar pas-sivamente que um pequeno grupoque representa interesses con-trariados se arvore no direito decometer um verdadeiro crime delesa-pátria. Afinal de contas esta-mos defendendo a sobrevivênciade atividades que geram mais de100.000 empregos, no nível maisbaixo da cadeia social".

MARCELO HOLLANDA

HOLLANDAJORNALISTA@GMAIL.COM

A redução das taxas de jurospara financiamentos de imóveiscom valor acima de R$ 500 milnão vai ajudar, pelo menos nessemomento, o mercado imobiliárioda região metropolitana de Natale se livrar de seus estoques pron-tos para entrega, mas sem com-pradores.

É que o maior número de uni-dades construídas nos últimos trêsanos se encontra na faixa médiados R$ 200 mil, onde houve umaoferta muito superior à demanda.São apartamentos em condomíniosfechados, projetado para a classeC (segundo a exótica concepçãosocial brasileira), entre 55 a 85 me-tros quadrados, localizados em bair-ros como Nova Parnamirim (aolongo das Avenidas Maria Lacerdae Abel Cabral) e Cidade Satélite.

Incorporadoras nacionais e aslocais priorizaram essas áreas e pu-xaram para elas outros investimen-tos como supermercados, escolas,cursinhos e pequeno varejo. Só fal-tou combinar com o consumidor."Não houve queda de interesse noproduto, o que ocorreu foi uma ofer-ta muito grande", analisa o diretorde Comunicação do Sinduscon RN,Carlos Luiz Cavalcante de Lima.

São empreendimentos de qua-tro, cinco torres, totalizando quatromil unidades habitacionais, comValor Geral de Vendas alto, onde osinvestimentos das empresas deixa-ram nesse começo de ano os pro-

dutores numa situação desconfor-tável de caixa, precisando "fazerdinheiro".

A Gafisa, um dos "players" queatuam no mercado local, foi o únicoa perceber com antecedência o pe-rigo e cancelou, ainda em maio de2011, seu grande empreendimentona Av. Maria Lacerda, em NovaParnamirim, em parceria com aPlanc, projeto com 729 unidades.

Em nota, a incorporadora comações em bolsa atribuiu o recuo naocasião a questões de viabilidadeeconômica. Os valores iniciais devenda na planta estavam em R$273 mil dentro de uma estrutura decondomínio clube, modalidade quese tornou uma febre na região me-tropolitana nos últimos anos.

O fim da história é conhecido:o terreno em questão foi vendidopara o Nordestão, que abriu recen-temente um supermercado na re-gião, além de outra unidade da ban-deira Extra no fim do ano passado.Em breve, a Av. Maria Lacerdaabrigará novos investimentos va-rejistas já anunciados.

Carlos Luiz Cavalcante de Limanão tem dúvida de que a decisãoempresarial da Gafisa lastreou-seem pesquisas de mercado muitobem feitas e interpretadas com aexatidão de quem está habituado alidar com riscos.

A resistência com que o merca-do se opõe a adotar um Índice deVelocidade de Vendas (IVV), quejá existe em praticamente todas ascapitais brasileiras, com exceçãode Natal, e as dificuldades que as

empresas locais têm de se comuni-car entre si poderiam - se resolvi-das - minimizar o problema.

"As empresas ainda precisamentender que o mercado pode seregular melhor trocando informa-ções e planejando em conjunto seuslançamentos", afirma Cavalcante.

No caso da desistência da Ga-fisa, algumas fontes do mercadochegaram a atribuir o fato a preçosirreais praticados pelo empreendi-mento na época, acima do que omercado poderia absorver.

Na semana passada, a vice-pre-sidente do Sindicun RN, LarissaDantas Gentile, admitiu ao JH quehá muitos empreendimentos compreços irreais e recomendou ao con-sumidor pesquisar melhor antes defechar uma compra.

Ela acrescentou que uma dasconsequência da formação dessesestoques, que ainda não foram di-mensionadas, mas imagine-se emtorno de 15% dos imóveis recém-produzidos, trarão como consequên-cia um enxugamento da mão deobra menos qualificada no cantei-ros de obra a partir deste ano, se-guindo uma tendência nacional nacorrida por maior produtividade.

Hoje, o diretor de Comunicaçãodo Sinduscon RN, Calos Luiz Ca-valcante de Lima, disse que o mo-mento não poderia ser melhor parao consumidor.

"Imagine que a safra foi muitoboa, mas faltou comprador. Hámuita oferta que pode desaparecerde uma hora para outra. Quem temjuízo deve ir às compras e rápido".

Os empreendimentos na faixa média dos R$ 200 mil por unidade são a bola da vez para quem deseja a casa própria

Estoque imobiliário éalto e o momento bompara os consumidoresMAS ESSA SITUAÇÃO PODE MUDAR ATÉ O FIM DO ANO

O presidente do SindusconRN, Arnaldo Gaspar Jr., costumaevocar o pensamento de um deseus irmãos para exemplificar avida das empresas no mercadoimobiliário. Diz mais ou menos oseguinte: quando a maré está cheianão se pode ver quem está vesti-do e quem está nu.

A metáfora, no caso, refere-se a quem está mais ou menos pre-parado para um mercado que temseus riscos. E conclui: "Atraves-sar por uma diminuição da velo-cidade de vendas é inerente ao ne-gócio e fará com que as empresasreorganizem suas estratégias efaçam isso de uma maneira sau-dável para elas".

Para p presidente do Sindus-con, se todas as empresas estives-sem produzindo na velocidade daluz ao mesmo tempo "talvez esti-véssemos caminhando ai sim parauma bolha imobiliária, o que nin-guém deseja".

Segundo Arnaldo Gaspar Jr.,é preciso fugir de situações ar-tificiais onde preços irreais sãosempre postos em xeque pela leida oferta e da procura. E acres-centou:

"Saímos de um buraco negroem 2009 para um ano excelenteem 2010, agora é preciso enten-der que o mercado sinaliza nosentido de uma acomodação na-tural para a qual alguns estarãomais prontos que outros", resu-miu Gaspar.

Sobre a inexistência de Índi-ce de Velocidade de Vendas(IVV), que poderia ter evitado asuperoferta de unidades consta-

tada agora em algumas áreas dacidade, Arnaldo Gaspar Jr. decla-rou o seguinte:

"Desde a administração de Sil-vio Bezerra no Sinduscon tenta-mos criar um IVV. A maior resis-tência veio das empresas imobiliá-rias. Mas acho que isso é um li-mitador que cairá com o tempo,quando todos perceberam as van-tagens de se criar um índice quebeneficie igualmente a todos”.

> MERCADO

Para Gaspar Jr., melhor aretração do que uma bolha

Presidente do Sinduscon RN diz que o risco faz parte de todo o negócio

José Aldenir

Arquivo

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Cidade

C M Y K

Prefeito visita Parque da Cidade e anuncia quereforma do equipamento ficará pronta este anoSITUAÇÃO É DE ABANDONO E RESTAURAÇÃO CUSTARÁ R$ 3,345 COM RECURSOS DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

ROBERTO CAMPELLO

ROBERTO_CAMPELLO1@YAHOO.COM.BR

Depois de quatro anos fechadoe abandonado pela gestão da ex-prefeita Micarla de Sousa, o Par-que da Cidade Dom Nivaldo Montejá tem data para ser reaberto. No-vembro de 2013, com o início dasfestividades do Natal em Natal. Ainformação foi repassada na manhãdesta quarta-feira (16) pelo prefei-to de Natal, Carlos Eduardo Alvesque visitou toda a estrutura do par-que. Durante a visita, o prefeito la-mentou o abandono do parque, quefoi projetado pelo arquiteto OscarNiemeyer, e anunciou a retomadadas obras para hoje, 16 dias apóstomar posse, pela terceira vez,como prefeito de Natal. O Parqueda Cidade foi inaugurado em junhode 2008 e custou quase R$ 22 mi-lhões aos cofres públicos. Depoisde seis meses em funcionamento,o Parque foi fechado pela ex-pre-feita no início de 2009.

Triste diante do descaso e aban-dono que se encontra o Parque daCidade, o prefeito de Natal, CarlosEduardo Alves, lembrou a últimavez que entrou no Parque, no últi-mo dia de sua gestão em 31 de de-zembro de 2008. "Saí do PalácioFelipe Camarão, vim para o Parqueda Cidade e depois visitei a Mater-nidade Leide Morais. Quatro anosdepois encontro o que já sabíamose hoje, apenas os olhos confirma-ram a irresponsabilidade e o crimecontra o patrimônio da populaçãode Natal. Dilapidaram toda a estru-tura. A administração passada as-sumiu no dia 1º de janeiro e no dia2 lacrou e interditou o Parque epassamos esses quatros anos tris-te, vendo o descaso e abandono deuma obra tão importante e gran-

diosa. Sou apaixonado por issoaqui, quando prefeito vinha aquiduas vezes por semana, quandonão chegava a dar expediente aquimesmo no Parque", destacou o pre-feito.

O cenário do Parque da Cida-de hoje é de esquecimento, aban-dono e descaso. O local onde fun-cionava a biblioteca, hoje serve ape-nas de depósito para as mesas e ca-deiras. O acervo da Biblioteca, quecontava com obras de autores comoLuis Fernando Veríssimo, Vilas

Boas Correia, Carlos Heitor Cony,dentre outros, encontra-se guarda-do no Museu da Cultura Popular, naRibeira. "Todas as vezes que euvinha aqui no Parque encontravadezenas de estudantes e universitá-rios na Biblioteca, muitos estudan-do para concursos, pois tínhamosuma estrutura ótima e uma visãoprivilegiada", destacou o prefeitoCarlos Eduardo.

O prefeito Carlos Eduardo re-bateu as declarações da ex-prefei-ta Micarla de Sousa de que o Par-

que da Cidade foi entregue semcondições para uso. O gestor lem-bra que em 21 de junho de 2008inaugurou a biblioteca, o auditó-rio, as salas ambientais e o pátio,que durante meses foi palco doprojeto Domingo no Parque. Emnovembro, foi inaugurado o Me-morial de Natal, em que mais de 12mil pessoas tiveram a oportunida-de de visitá-lo. "Toda obra grandio-sa precisa de uma manutenção per-manente e o parque já estava crian-do um ambiente na cidade, com

endereço certo na área cultural eambiental. Mas o maior ganho foitermos preservado 136 hectares deárea verde encravado no coração dacidade, que normalmente seria in-vadida pela especulação imobiliá-ria", disse Carlos Eduardo.

"Quando visito aqui me lembrode Oscar Niemeyer porque foi dian-te dele que tudo isso começou efoi projetado. Filmamos a área, jáque ele não podia vir para Natal eali começava a nascer o Parque daCidade. Além disso, uma grandesatisfação que tenho é que ano pas-sado, durante a Mostra Niemeyer,que rodou as capitais brasileiras ereunia os 35 projetos mais impor-tantes da vida do arquiteto, o Par-que da Cidade estava no meio. Esseé um motivo que me orgulha, poiso Parque é referência para omundo", disse o prefeito de Natal,que pretende fazer uma homena-gem ao arquiteto instalando umaescultura grande com o rosto deOscar Niemeyer na rótula entre asavenidas da Integração e a Pruden-te de Morais.

O prefeito explicou que, ini-cialmente serão feitas intervençõesnos acessos do parque, a reativa-ção dos elevadores e a instalaçãode redes hidráulicas e elétricas,além da construção de um novoacesso ao Parque por Cidade Nova.Essas são obras remanescentes eestão previstas no contrato aindaem vigor. A execução delas estásob a responsabilidade da cons-trutora M&K. O contrato com aempresa foi licitado na administra-ção passada, mas as obras, quedevem custar R$ 3,345 milhões,não foram iniciadas. Os recursospara a obra já estão garantidos esão oriundos do Fundo do MeioAmbiente (Funam). O prazo final

de entrega é fevereiro de 2014,"mas faremos todo o esforço pos-sível para que, em novembro, oParque já esteja pronto para rece-ber as festividades do Natal emNatal, que resgataremos".

O secretário Municipal de MeioAmbiente e Urbanismo (Semurb),Marcelo Toscano disse que os re-cursos alocados são suficientes parafazer a reforma e a manutenção doequipamento. Marcelo também ex-plicou que foi formada uma co-missão, a pedido do prefeito, juntocom técnicos da Secretaria Muni-cipal de Obras Públicas e Infraes-trutura (Semopi), para fazer um in-ventário a fim de identificar osequipamentos e materiais que in-tegravam o acervo do Parque daCidade quando o espaço foi fecha-do, em janeiro de 2009. Depois deidentificadas essas demandas, a Se-murb definirá os procedimentos aserem adotados para a sequência doprocesso de recuperação.

O secretário de Cultura, DácioGalvão, disse que a reabertura doParque da Cidade significa, emmédio prazo, a reatualização deum espaço privilegiado para inte-lectuais, artistas e para a população,como uma área extremamenteapropriada para as atividades cul-turais e ambientais. Dácio lembraque Natal não possuía museus eque na gestão passada de CarlosEduardo foram construídos os doisúnicos museus da cidade: o Me-morial de Natal e o Museu da Cul-tura Popular Djalma Maranhão,que também está dilapidado, comelevador quebrado e problemas nosaparelhos de ar condicionado. "OParque da Cidade e o Memorialsão equipamentos vitais para a pró-pria identidade da população nata-lense", destacou.

Após quatro anos fechado, estrutura do Parque da Cidade está deteriorada e, para recuperá-lo, obras foram iniciadas hoje

Wellington Rocha

Protestos médicos por reajus-tes na tabela de honorários pagospelos planos de saúde podem che-gar ao fim. O presidente do Con-selho Federal de Medicina (CFM),Roberto D'Ávila, está preparandouma resolução que pretende porfim à cobertura de consultas médi-cas pelos planos, em função dobaixo valor por atendimento que érepassado ao médico. Com a me-dida, os profissionais se desvincu-lariam dos convênios para o servi-ço de consulta e os planos passa-riam a valer apenas para outrosprocedimentos. A resolução aindaserá submetida ao plenário do Con-selho, que deverá votar pela deci-são em fevereiro.

Entretanto, a estratégia teriauma limitação: não poderia ser ado-tada por profissionais que atendemnos hospitais dos planos de saúde.O tema ainda não foi discutidoentre os colegiados, mas, para opresidente do Conselho Regionalde Medicina do Rio Grande doNorte (Cremern), Jeancarlo Caval-cante, há uma tendência para acon-tecer essa mudança no sistema.

"O valor das consultas são tão

defasadas que variam de R$ 27 aR$ 40 reais. Esse valor fica aindamais baixo se notarmos que o mé-dico será tributado por cada con-sultada feita. Em função dessebaixo repasse, muitos médicosestão se descredenciando dos pla-nos de saúde, havendo um risco determos uma saída em massa desses

profissionais. Com isso a saúde su-plementar pode entrar em colap-so", disse Jeancarlo.

Se aprovada a nova resolução,a consulta clínica passará a não sermais um serviço incluso no paco-te de serviços vendido pelo planode saúde. O CFM pretende queapenas exames laboratoriais e pro-

cedimentos hospitalares devemcontinuar cobertos pela operado-ra. "A resolução propõe que a con-sulta seja cobrada pelo médico e osplanos sirvam para a realização deexames e outros procedimentos, aexemplo de cirurgias e interna-ções", explicou o representante doConselho no RN.

Para Jeancarlo, no primeiromomento os pacientes não irão gos-tar da decisão, mas haverá benefí-cio caso a resolução seja aprova-da. "Se ela vier a ser efetivada, po-derá salvar a saúde suplementar,pois o sistema já vem sendo pre-judicado com a situação dos médi-cos mais experientes que estãosaindo dos planos. Mas com o novomodelo, os pacientes pagarão suasconsultas e receberão o compro-vante para declarar no imposto derenda. As despesas serão abatidasno imposto", afirmou.

A decisão de desvincular a con-sulta das operadoras recai na im-portância que ela tem no atendi-mento, no diagnóstico e na rela-ção entre médico e paciente. Segun-do Jeancarlo, o médico deve aten-der o paciente sem preocupações

prévias, como em relação ao tempoda consulta, por exemplo.

O Conselho de Medicina é umaautarquia federal responsável porregular toda a conduta médica, oque significa que todas as suas de-cisões devem ser seguidas à riscapela classe médica. Se CFM pu-blicar uma resolução de que o mé-dico não deve receber pagamentodo plano de saúde pela consulta, elenão terá outra opção a não ser aten-der não atender pelos convênios.

"A resolução do Conselho temforça de lei para os médicos. Sehouver descumprimento, há pos-sibilidade de aplicação de multa. Osmédicos que não tiverem contratoe não atenderem nos hospitais dosplanos poderão cobrar a consultaem caráter particular", disse Jean-carlo Cavalcante.

O impasse entre o Governo doEstado e a classe médica seguesem uma definição. Apesar de oGoverno do Estado ter anunciadoque enviará à Assembleia Legisla-tiva um projeto de lei com pro-posta de aumento de 12% aos mé-dicos servidores estaduais, os pro-fissionais realizaram uma assem-bléia na noite de ontem e rejeita-ram a proposta do Governo e de-cidiram pela manutenção da para-lisação por tempo indeterminado.Para o Governo, a proposta signi-fica o encerramento da mesa denegociações, além disso, a Secre-taria Estadual de Saúde Pública(Sesap) publicou hoje uma porta-ria determinando o corte do pontodos profissionais grevistas. O Sin-dicato criticou a postura do Go-verno, a qual definiu como "arbi-trária e autoritária". Atualmente,1,9 mil médicos fazem parte doquadro do Governo do Estado. Agreve foi iniciada em 29 de abrildo ano passado.

De acordo com a nota do Go-verno do Estado, as medidas sãojustificadas "diante da impossibi-lidade de chegar a um entendimen-to com o Sindicato dos Médicos etendo em consideração os interes-ses do usuário do sistema públicode saúde e dos profissionais mé-dicos comprometidos com o traba-lho de servir à população. O pro-jeto de lei que será enviado à As-sembleia Legislativa traz uma so-lução compatível com a realidadefinanceira do Estado, neste mo-mento. Paralelamente, o Governovem tomando medidas destinadasa melhorar a gestão pública dasaúde, dentre as quais se incluema exigência de cumprimento dasescalas médicas e a adoção doponto eletrônico", diz a nota queinforma que o projeto será envia-

do assim que os deputados retor-narem do recesso.

O presidente do Sindicato dosMédicos, Geraldo Ferreira, disseque a atitude não surpreendeu acategoria médica, já que, segundoele, o atual Governo tem dificul-dade de lidar e negociar com a ca-tegoria trabalhista. Para Geraldo,essa atitude mostra o despreparo ea incompetência do Governo e sig-nifica um "decreto de falência doEstado". "A administração esta-dual herdou uma prática políticaprovinciana. Uma prática corone-lista" e não nos surpreende por-que essa é a postura adotada aolongo desses três anos", afirmou.

O presidente do Sindicato ex-plicou que a categoria médica de-

cidiu pela manutenção do movi-mento grevista, por entender queos problemas não foram resolvi-dos, e sim "agravados". "Não po-díamos encerrar a greve, pois es-taríamos dizendo para a popula-ção que tudo está resolvido e nãoestá. Os problemas se agravarame muita coisa não foi resolvida.Durante esses mais de oito mesesde greve, o mais importante não foia paralisação do atendimento, poiso serviço já é precário e não seriaa nossa intenção penalizar a po-pulação, que já sofre com péssimoatendimento da saúde pública noestado", afirmou Geraldo Ferreira.

O presidente do Sindicatoconta que a proposta apresentadapelo Governo do Estado, de 12%,

estava bem encaminhada. No en-tanto, o Governo não quis avançarnos demais pleitos da categoria."Pedimos a incorporação de umagratificação de alta complexidadede aproximadamente 300 médi-cos, que estão à disposição dosmunicípios. Além disso, pedimosa formação de uma comissão pa-ritária para negociar o piso salarialda categoria, a carreira médica eo controle de freqüência (pontoeletrônico), mas o Governo igno-rou as nossas demandas e quer aca-bar a greve à força, sem negociar.Essa nota do Governo mostra ojogo de enganação com a socie-dade e uma demonstração cabalde que o Governo apenas está fa-zendo marketing", destacou Ge-

raldo Ferreira. "No Rio Grande do Norte, o

médico ganha metade do piso pagoem outros estados do país. Achoque isso é premeditado, para quan-do realizar concurso não ter médi-cos e assim dar conta de seu pro-jeto de terceirização da saúde", afir-ma. Geraldo classifica como auto-ritarismo e terrorismo o encerra-mento da mesa de negociações e aforma como as reivindicações dacategoria vêm sendo tratadas. "Elescolocam como se a gente estives-se brigando por 13% quando naverdade queremos condições detrabalho e dignidade no atendimen-to a população", destaca. Sobre ocorte do ponto, o presidente do Sin-dicato é enfático. "Se a greve nãofor decretada ilegal, é impossívelque isso aconteça. Mas vamos bus-car nosso setor jurídico. É bom dei-xar claro que quem está em confli-to com o governo não é o Sindica-to e, sim, a classe médica", desta-cou Geraldo Ferreira.

Pela proposta apresentada peloGoverno do Estado, o reajuste seráimplantado em duas parcelas. Coma aprovação da lei a ser encaminha-da à Assembleia, no mês de feve-reiro de 2013, a remuneração dosmédicos terá reajuste de 6%. E,

em fevereiro de 2014, serão con-cedidos os outros 6%, sobre os va-lores atualmente vigentes (sem cu-mulação). Os médicos do quadroda Secretaria de Estado da SaúdePública (Sesap) estão em greve háoito meses exigindo uma série dereivindicações

Segundo informações do Go-verno do Estado, na última roda-da de negociação, ocorrida em de-zembro, foi reiterada a intençãoda administração pública em aten-der o pleito proposto pela catego-ria, cujo ponto central apresenta-do pelo presidente do Sindicatodos Médicos foi um reajuste de13,5%. Em resposta, foi apresen-tada contraproposta de 12% de au-mento, dividido em duas parcelas.

Na nota, o Governo do Estadofaz apelo para que os médicos gre-vistas voltem ao trabalho regulare destaca ainda que, além do per-centual de aumento que está sendoconcedido, vem dando "especialatenção ao enfrentamento de anti-gos e graves problemas da redeestadual de saúde. Por meio de umPlano de Enfrentamento para aRede de Urgência e Emergência,aprovado e apoiado pelo Ministé-rio da Saúde, a rede estadual desaúde está sendo reestruturada".

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 16 de janeiro de 2013

Cidade

Governo do Estado anuncia reajuste de 12%,médicos rejeitam proposta e greve continua

Para Geraldo, atitude do Governo mostra despreparo e incompetência e significa um "decreto de falência do Estado"

Segundo Jeancarlo Cavalcante, planos de saúde correm o risco de ver um descredenciamento em massa dos médicos

> PLANOS DE SAÚDE

"A saúde suplementar pode entrar emcolapso", diz presidente do Cremern

Conselho Federal de Medicina pretende que

apenas exames laboratoriais eprocedimentos hospitalares

continuem cobertos pelos planos de saúde.

José Aldenir

José Aldenir

PORTARIA QUE DETERMINA O CORTE DE PONTO DOS PROFISSIONAIS GREVISTAS FOI PUBLICADA NO DOE DE HOJE

Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Cidade

> PARNAMIRIM

PM procura quadrilhaque feriu sargento

> CASO FABIANA CAGGIANO

Delegado espera laudos para encerrarinquérito sobre morte de fisiculturista

Alessandra BernardoRepórter

Um homem foi detido em fla-grante acusado de ter estupradouma mulher de 67 anos, no bairrode Igapó, na zona Norte de Natal.Ele, que já cumpriu pena por estu-pro e homicídio, foi reconhecidopela vítima, que entrou em estadode choque ao reencontrá-lo na de-legacia. A suspeita é que ele tenhaatacado outras mulheres no mesmolocal.

De acordo com informações do4º Batalhão da Polícia Militar, a ví-tima foi abordada e atacada porFrancisco de Assis Pereira, de 34anos, no momento em que desciade um ônibus na Vila Paraíso, ànoite. Armado com uma faca decozinha, ele anunciou o assalto e de-pois de roubar a bolsa e os perten-ces pessoais da mulher, a obrigoua segui-lo até um terreno baldio.

Ao chegarem ao local, o acusa-do teria obrigado a mulher a man-ter relações sexuais com ele, sobameaças de morte e depois, a aban-donou no lugar, fugindo em segui-da. A vítima ainda conseguiu sairdo terreno e, após pedir socorro àpessoas que estavam próximas, re-latou o que havia acontecido.

Ela foi encaminhada para a De-legacia de Plantão, onde prestou

queixa e registrou Boletim de Ocor-rência por violência sexual, rela-tando as características físicas e asroupas que o criminoso estava usan-do. Esses detalhes foram essenciaispara os policiais militares do 4º Ba-talhão, que iniciaram as diligênciasem toda a região em busca do ta-rado.

Cerca de três horas depois, já namadrugada de hoje, os oficiais en-contraram um homem em atitudesuspeita e com as mesmas caracte-rísticas informadas pela vítima, nasproximidades do terreno onde eladisse ter sofrido o estupro. Ele es-tava com uma faca.

Ao chegar à delegacia, "Assis"foi reconhecido pela vítima, que

prestava depoimento no momentoem que ele chegou ao local e queentrou em estado de choque. Bas-tante nervosa e aos prantos, ela con-firmou aos policiais que havia sidoele o autor da violência sexual so-frida horas antes.

Francisco é ex-presidiário, pas-sou 11 anos preso respondendo porestupro e um homicídio, mesmoassim, voltou a cometer o crime damesma natureza. Conforme o dele-gado plantonista, é possível que oacusado já tenha atacado outras mu-lheres, em outras ocasiões, nomesmo local, já que permaneceunas proximidades do terreno bal-dio mesmo após o crime.

Na delegacia, ele disse que nãosabia explicar o motivo da violên-cia e que só agiu assim porque tevevontade. "Nós acreditamos nisso,porque ele estuprou a senhora e nãoteve a preocupação sequer de tro-car a camisa, permaneceu nas pro-ximidades do crime, ou seja, ele jáestava relaxado, devia vir pratican-do estupros na área", afirmou o de-legado Aldo Lopes.

O homem foi autuado em fla-grante por assalto a mão armada eestupro e deve ser encaminhadoainda hoje para um Centro de De-tenção Provisória (CDP) da RegiãoMetropolitana, onde ficará à dis-posição da Justiça Potiguar.

Todos os hospitais e unidadesde saúde da Região Metropolitanade Natal estão em alerta depois queum integrante de uma quadrilha deassaltantes foi atingido durante trocade tiros com policiais militares emParnamirim, ontem à noite. Na ação,um sargento do Grupo Tático Ope-racional do 3º Batalhão foi baleadode raspão em uma das mãos. Ele foisocorrido para o Hospital WalfredoGurgel, onde foi atendido e libera-do.

Conforme o oficial de opera-ções do 3º BPM, os dois automóveisroubados pela quadrilha, e usadosdurante uma série de assaltos e afuga, foram abandonados pelos ban-didos. Um Ford Fiesta prata, rou-bado no último domingo em NovaParnamirim, e um Gol prata, toma-do durante a perseguição de ontem,foram recuperados e encaminhadospara a sede do batalhão.

"Já temos informações impor-tantes a respeito desta quadrilha, queserão todas repassadas para os res-ponsáveis pelas investigações. Tam-bém sabemos que um deles foi fe-rido durante a troca de tiros, já quehá marcas de sangue no Gol que foiabandonado perto da Bela Vista",disse o tenente Campos.

O oficial afirmou que, por contadisso, todos os hospitais e unidadesde saúde da Região Metropolitanaforam comunicadas sobre o fato eorientadas a avisar à Polícia caso al-guma pessoa dê entrada vítima dedisparo de arma de fogo, nos próxi-mos dias. Enquanto isso, as diligên-cias continuam.

A ação policial teve início apósuma série de assaltos no Centro de

Parnamirim, cometidos por quatrohomens no Ford Fiesta, no início danoite de ontem. As vítimas consegui-ram acionar a Polícia Militar, quedeu início às diligências em toda acidade até encontrarem um veículocom as mesmas características rela-tadas, já nas proximidades de Jape-canga.

Ao tentarem abordar os quatrohomens que estavam no carro, ospoliciais foram atacados a tiros pelosbandidos, que fugiram em alta ve-locidade. Durante a perseguição,houve troca de tiros e um militar,identificado apenas como sargentoAdelino, foi atingido por um dispa-ro na mão.

"Depois disso, os bandidosabandonaram o veículo dentro de

um matagal. Eles ainda foram per-seguidos a pé pelos policiais, masconseguiram roubar mais um carro,desta vez um Gol prata, e nova-mente empreenderam fuga, em di-reção ao bairro de Bela Vista.Houve uma nova troca de tiros eeles abandonaram este veículo, fu-gindo em seguida", explicou o te-nente Campos.

Durante a ação, militares do Ba-talhão de Polícia de Choque (BPChoque) foram solicitados para pres-tar apoio aos oficiais do 3º BPM.Eles ainda participaram das perse-guições, mas também não conse-guiram deter os bandidos, que seembrenharam no matagal e sumi-ram. APolícia Militar continua as di-ligências as buscas.

Ex-presidiário é preso acusado de assaltar e estuprar idosa na zona Norte de NatalACUSADO, JÁ CUMPRIU PENA DE 11 ANOS POR ESTUPRO E HOMICÍDIO, FOI RECONHECIDO PELA VÍTIMA

Acusado foi preso pelos policiais do 4º Batalhão da PM cerca de duas horas depois do crime, próximo ao local do estupro

Bando teria praticado arrastão em várias lojas do Centro de Parnamirim

Mais uma vez, informaçõessobre as características físicas e asroupas usadas por um criminosoajudaram a Polícia Militar a loca-lizá-lo, após denúncias de vítimasatacadas dentro de um estabeleci-mento comercial, no bairro dasQuintas, zona Oeste de Natal.Ontem à noite, Daniel Carlos doNascimento, de 18 anos, foi detido

e conduzido até a Delegacia dePlantão da zona Sul.

Ele é acusado por várias pes-soas de ter cometido um arrastãodentro de uma farmácia, junto comum comparsa, que conseguiu fugirdo cerco policial feito pelos milita-res do 9º Batalhão. Nenhuma armafoi encontrada com ele, que teriausado um telefone celular escondi-

do sob a camisa para simular umrevólver.

Daniel Carlos só foi detido, pró-ximo à Lagoa de São Conrado, apóster sido reconhecido pelos policiais,por estar vestido com bermuda e ca-misa preta, como as vítimas denun-ciaram. Ele foi autuado em flagran-te por assalto e também ficará à dis-posição da Justiça.

Assaltante é detido após arrastão em farmácia

Após denúncias anônimas, aPolícia Rodoviária Federal(PRF) conseguiu apreender7,6kg de maconha que estavamsendo transportados para a Pa-raíba, por uma adolescente de15 anos. A droga estava embru-lhada em sacolas plásticas azuise seriam distribuídas entre ostraficantes de João Pessoa, paraonde a jovem estava viajando.

De acordo com informaçõesdo Núcleo de Comunicação So-cial da PRF, a adolescente nãodisse os nomes das pessoas que

a teriam contratado para levaro entorpecente para outro esta-do e também não falou paraquem o entregaria na Capital pa-raibana. Ela não reagiu à abor-dagem policial e foi encaminha-da para a Delegacia de Plantãoda zona Sul, no bairro da Can-delária.

Segundo o inspetor da PRF,Roberto Palhano, a adolescenteteria pego carona em um veícu-lo Meriva, com placas MNT-7466/PB, nas proximidades doTerminal Rodoviário de Natal,

localizado no bairro da Cidadeda Esperança, na zona Oeste. Noentanto, testemunhas que sabiamdo carregamento ligaram para aPRF e denunciaram a jovem.

Com informações sobre oveículo em que ela estava, ospoliciais rodoviários montaramuma barreira próximo ao quilô-metro 119 da BR-101, já no mu-nicípio de São José do Mipibu,e conseguiram flagrá-la com ostabletes de maconha, que esta-vam acomodadas em uma bolsade viagem.

‘ ’“Nós acreditamosnisso, porque ele

estuprou a senhorae não teve apreocupação

sequer de trocar acamisa”

ALDO LOPES

DELEGADO

O delegado Frank Albuquerque,que investiga a morte da fisicultu-rista Fabiana Caggiano Paes, aguar-da ainda os resultados dos laudostoxicológico e de local de crime paraencerrar o inquérito. Ele disse quejá recebeu os resultados dos examespatológico e necroscópico, mas quenecessita dos outros dois para poderconfirmar se realmente a atleta foivítima de homicídio ou não.

"Com o toxicológico, teremoscerteza absoluta do que causou amorte da Fabiana, já que ele nosdirá se foi injetada alguma droga noorganismo dela ou não, o que po-

deria contribuir para a morte. Infe-lizmente, ainda não podemos fe-char o inquérito, mas acredito queaté a próxima segunda-feira teremosesse laudo", afirmou.

O delegado disse também que osdois primeiros laudos apresentamsinais de asfixia mecânica no corpoda fisiculturista, que estava passan-do as festas de final de ano em Natalcom a família. Além disso, ele deveouvir outras cinco testemunhas, entreelas um dos médicos que atendeu Fa-biana no hospital particular onde elapermaneceu internada até sua morte,no último dia 2.

Ele dissse ainda que um dosmédidos do hospital afirmou queo marido dela, o empresário Alexan-dre Furtado Paes, não queria que ocorpo da esposa fosse para o Cen-tro de Verificação de Óbito (CVO)do Hospital Giselda Trigueiro oupara o Instituto Técnico Científicode Polícia do Rio Grande do Norte(Itep/RN). "Ele chegou a perguntarse podia levar o corpo para cremar,sem ter que passar por estes orgãos.Ele não queria que isso aconteces-se, o que levanta suspeitas", afirmouFrank. Alexandre está em Osasco,onde morava com a esposa.

> SÃO JOSÉ DE MIPIBU

PRF apreende 7,6 quilos de maconha com adolescente

Tabletes da droga estavam escondidos em sacos de lixo, na mala de viagem. Maconha seguiria para a Paraíba

Divulgação/PRF

Arquivo

Wellington Rocha

Delegado diz que há informações de que o acusado queria o corpo da esposa cremado sem análise dos órgãos competentes

José Aldenir

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 16 de janeiro de 2013CidadeCidade

Os bugueiros profissionais deGenipabu estão trafegando numanova trilha visando a segurança dosbanhistas quando o passeio é inicia-do em direção a praia de Barra doRio. A mudança foi apoiada pelaSecretaria de Meio Ambiente deExtremoz, Secretaria Estadual deTurismo e Companhia de Policia-mento Rodoviário do Estado e As-sociação dos Proprietários e Con-dutores de Bugues (APCBA).

Ao invés de descer para a orlalogo após as barracas, os bugues se-guem em frente por uma trilha já exis-tente em direção as balsas de Barrado Rio. “Por meio da Prefeitura de Ex-tremoz via Secretaria de Meio Am-biente e com o apoio do coronel Frei-tas, comandante da Polícia Rodoviá-ria Estadual, além da Secretaria deTurismo do Estado, legalizamos estatrilha, que já existia, mas não era usadaoficialmente”, disse Iveraldo Soares,presidente da APCBA.

“A categoria pediu para ofi-cializar o uso da trilha para evitarproblemas com banhistas”, reforçouSoares. “A gente tem que dar aosbanhistas o que é deles, a praia, etodo o acordo foi mediado pela Pre-feitura de Extremoz, através da Se-cretaria de Meio Ambiente, relatouSoares.

REGRASAo longo da trilha serão colo-

cadas bandeirolas para marcar oespaço e avisos de que a velocida-

de máxima a ser desenvolvida é de10 km/h. Iveraldo Soares criou atéum slogan para incentivar a baixavelocidade: “Bugueiro nota 10

km/h”. “Na trilha antiga descíamospara a praia logo depois das barra-cas e a nova livra totalmente a beira-mar”, concluiu Soares.

> GENIPABU

Bugueiros usam rota alternativapara mais segurança dos banhistas

> PAC

Alex Medeirosalex.medeiros1959@uol.com.br

Ao invés de descer para a orla, após as barracas, bugues seguem pela trilha já existente, em direção às balsas de Barra do Rio

Das reportagens que caemsobre a cabeça do deputado Hen-rique Alves desde a última sexta-feira, a que mais poderá causar es-tragos na sua imagem é a que ga-nhou a capa da edição de hoje daFolha de S. Paulo, exibindo a sededa construtora Bonacci Engenharia.

Quando se imaginava que ademissão voluntária do assessorAluizio Dutra repetiria aquela velhasolução da piada popular, de reti-rar o bode da sala, eis que acaboudando um bode de verdade, de pelebranca, amarrado no quintal do es-critório da empresa.

O enfoque do episódio namídia, independente da ausênciade investigação ou processo judi-cial sobre a atividade da constru-tora ou sobre os atos do parlamen-tar, provocou reações na Internet,principalmente pelas redes sociais,de críticas duras e achincalhe.

Evidente que esses episódiosnão alteram o jogo eleitoral da Câ-mara Federal, onde a liderança deHenrique é incontestável e aindaconta com o apoio da presidenteDilma Rousseff e do vice MichelTemer, além de uma penca de par-tidos bem representativos.

Que tudo isso arranha a ima-

gem, ninguém é bobo de contradi-tar, mas está longe de comprome-ter de forma considerável o favo-ritismo do deputado potiguar dian-te dos adversários que agora se ali-mentam das manchetes que dia-riamente explodem na mídia.

Ninguém também é besta deachar que a imprensa só agora des-cobriu o encaminhamento dasemendas às prefeituras do interiordo RN e a contratação da constru-tora do assessor de Henrique paratocar as obras. Tal esquema é prá-tica nacional.

De cada dez empreiteiros, mé-dios ou grandes, do país, oito foramfavorecidos por obras com licita-ções carimbadas, tudo num jogopolítico de comum acordo no mer-cado que nem sempre precisa ferira questão legal, por mais que nãosobreviva o aspecto ético.

Manter ingerência políticasobre obras e bens públicos é umfato que persiste desde a Repúbli-ca Velha, quando seus coronéis no-meavam e demitiam quem quises-se do serviço público. É aindaassim nas prefeituras do PMDBcomo nas estatais do PT.

Desde quando postulou a can-didatura à sucessão de Marco Maia

(PT), o deputado Henrique Alvessabia que entraria na alça de mirada grande mídia e se queimaria nofogo amigo tão comum no ambien-te da política partidária, regional enacionalmente.

As críticas e as ironias lança-das agora, depois das reportagensde Veja, Estadão, Folha e CorreioBraziliense, são compreensíveis,mas dificilmente ajudarão na des-construção da imagem de líderdo parlamentar. Compará-lo a Se-verino Cavalcanti é mais queequívoco.

É possível que o bombardeiomidiático provoque arranhões e atéestimule investigações do Minis-tério Público quanto ao jogo dasemendas. Até o dia da eleição, 8 defevereiro, pelo menos a Folha pu-blicará ainda muita coisa contra olíder do PMDB. Vem chumbo gros-so por aí.

Mas, ainda acho improvávelque tudo isso altere a disputa naCâmara, um sufrágio interno quenem sempre se deixa influenciarpelo mundo lá fora. E os adversá-rios de Henrique estão longe derepresentar uma banda do PoderLegislativo com a mesma desen-voltura e experiência. (AM)

IRONIAQuem gostou de ler as maté-

rias sobre a Bonacci foi a turmada assessoria do prefeito CarlosEduardo. Durante a campanha deHermano Morais, o PMDB diziaque só seu candidato era fichalimpa. Agora, aparece um irmãode Morais na casa do bode.

RN NA FITAEnquanto a imprensa bate,

Henrique Alves segue em cam-panha, favoritíssimo para presidira Câmara Federal. E com amplaschances de emplacar na mesa o co-lega Fábio Faria (PSD) como pri-meiro secretário. Ainda há quemnão veja vantagem para o RN.

GASTANÇAO governo Dilma vai torrar

R$ 6,6 milhões em 2013 compesquisas de opinião, a principalpolítica de construir imagem po-sitiva adotada pelo PT. Serão gas-tos R$ 3 milhões em quantitati-vas, R$ 1,9 mi em qualitativas eR$ 1,7 em enquetes telefônicas.

COBRANÇARápidos e contundentes em

cobrar moralidade dos partidosadversários, os deputados do PT,Fátima Bezerra e Fernando Mi-neiro, permanecem em silênciosobre os desvios de milhões daponte Newton Navarro, pratica-dos por figuras ligadas ao aliadoPSB.

NO OESTEO vice-governador Robinson

Faria está visitando Mossoró eTibau, recepcionado pelo grupodas deputadas Sandra e LarissaRosado. Desde ontem, tem fala-do para TV, rádios e muitos blo-gueiros da cidade que tem a maiorblogosfera política do estado.

TROCA-TROCAO jornalista Roberto Guedes

escreveu hoje em seu blog que agovernadora Rosalba Ciarlini eseu marido Carlos Augusto Ro-

sado estão contando os dias paralimpar as gavetas no DEM e pro-curar abrigo noutra legenda, depreferência "progressista".

COISA FEIABlogueiro petralha que se

preza tem que por em prática amáxima da mulher de César. Nãoadianta bradar que é honesto e in-dependente; tem que parecer isso.Forjar sorteio de passagem aéreapara beneficiar a namorada é tãofeio quanto corrupção tucana.

FISCALIZAÇÃOAlguns promotores públicos

têm sido firmes na cobrança de le-galidade das prefeituras do inte-rior com as festas de carnaval.Está na hora do MP reforçar oapoio à promotoria do meio am-biente em Natal no combate aosgastos do Erário com o Carnatal.

PROFESSORESO prefeito de Macaíba, Fer-

nando Cunha, conseguiu o que

parecia difícil e pagou os saláriosdo mês de dezembro/2012 dosprofessores do município, atrasa-do na gestão anterior do PMDB.Agora, é manter tudo atualizado,também na área da Saúde.

ALDEIA BOÇALUma produtora da novela

"Flor do Caribe", gravada emNatal pela Globo, ficou impressio-nada com o modelo paulistano devida da classe média natalense,que não vai à praia, não frequen-ta botecos, vive de costas pro mare tem paixão por carrões pretos.

TIROS EM OBAMAA Associação do Rifle, uma

das entidades civis mais tradi-cionais dos EUA (já foi presi-dida por Ulysses Grant e peloator Charlton Heston) lançouuma campanha publicitáriachamando Obama de hipócri-ta por tentar proibir a vendade armas, um direito da Se-gunda Emenda.

Henrique Alves: arranhado e favorito

UM GOL DE MARADONA

A vitória doPalmeira deGoianinha sobreo Santa Cruz,num gol deDiego Maradonaencobrindo ogoleiro, foicomentado naArgentina pelosfãs doverdadeiroMaradona. Aimagem do golpela TV União foi destaque ontem no site oficialdo diário OLÉ, o maior jornal esportivo docontinente, e foi notícia na edição impressa dessaquarta-feira.

A presidenta Dilma Rousseffdecretou que todos os serviços demobilidade urbana nas obras doPrograma de Aceleração do Cres-cimento (PAC 2) devem ser nacio-nais. Além disso, pelo menos 80%do valor gasto com produtos manu-faturados devem ser empregadosem materiais nacionais. O decretonº 7.888, que trata do assunto, foipublicado hoje (16) no Diário Ofi-cial da União e está em vigor.

A obrigatoriedade deve estarexplicitada nos editais de licita-

ção e contratos de execução dasobras do PAC 2. Os produtos ma-nufaturados que integram o de-creto são materiais rodantes esistemas embarcados, sistemasfuncionais e de infraestrutura devias e sistemas auxiliares de pla-taformas, estações e oficinas.Esses itens serão detalhados emportaria interministerial dos Mi-nistérios do Planejamento, Or-çamento e Gestão e do Desen-volvimento, Indústria e Comér-cio Exterior.

O decreto prevê, no entan-to, que a União e as entidadesda administração federal indi-reta poderão, por ato específi-co do Ministério do Planeja-mento, ser poupadas da obriga-

toriedade. O descumprimentoda legislação pelos estados emunicípios poderão levar aonão recebimento das parcelasprevistas e suspensão do saqueaté a regularização.

Obras devem ter 100% de serviços nacionais

Max Jordanni

Fotos: Divulgação

Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - TACIANA CHIQUETTI- Interina - tacychiquetti@hotmail.com

w DISCURSO AFINADOA vice-prefeita Wilma de Faria(PSB) e o vice-governador Robin-son Faria (PSD) estão afinados pararesponder quando são questionadossobre a possibilidade da ex-gover-nadora retornar ao cargo de chefe doExecutivo do Estado.

>>>

Pergunta natural... especialmen-te pela aprovação pífia da per-formance como gestora de Ro-salba Ciarlini (DEM), de acordocom as pesquisas.

>>>

Em suas entrevistas, Wilma sempreresponde que não tem mais preten-sões de voltar ao antigo posto.

>>>

Está sim de olho em um cargo no Le-gislativo...

>>>

E Robinson também está autoriza-do a dar a mesma resposta por ela.

>>>

Rivais no passado recente, Robinsonse diz agora parceiro de Wilma etambém do ex-governador Iberê Fer-reira de Sousa, de quem ouve con-selhos, atualmente, e obtém sempre"opiniões valiosas", com o gestormunicipalista.

>>>

Foi o que PSDista que declarou ementrevista, nesta semana, ao colegaRobson Carvalho.

>>>

Também garantiu que a oposiçãoestá "unidade e reunida para 2014"e que acha que o nome do próximocandidato a governador do Estadodeve "vir do povo".

w INFORMAÇÃO PARA TODOSO recesso na Câmara Municipal deNatal e na Assembleia Legislativa doRN está sendo bem agitado.

>>>

É que os juízos da 5ª e 4ª Varas daFazenda Pública da Comarca deNatal determinaram, acatando o pe-dido do Ministério Público do RN,que os órgãos divulguem as listas devencimentos de seus membros e ser-vidores...

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E sem necessidade de prévio cadastro.

>>>

Em cumprimento a Lei de Acesso àInformação (LAI), Lei nº12.527/2011.

>>>

As informações, a partir do mês deagosto de 2012, devem ser divulga-das no prazo de 20 dias, "de formairrestrita e incondicional".

...do jornalista Gustavo Ne-

greiros: "O fogo amigo petis-

ta é impressionante. A turma

usa métodos stalinistas".

...do ex-presidente da Fun-

dação José Augusto, Crispi-

niano Netto: "Pequena dife-

rença. 20 pessoas contra Lula

em Sampa; 2.000.000 em de-

fesa de Chavez em Caracas.

Diferença besta: apenas

cinco zeros à direita".

...do empresário e palestrante

Jussier Ramalho: "Hoje, ouvi

um diálogo preocupante de

dois jovens universitários 'vou

estudar e fazer um concurso

público para trabalhar pouco

e ganhar muito'".

...do redator Leonardo Souza:

"E a Cidade da Criança,

heim? Há três governos espe-

rando para ser entregue à po-

pulação. Rosalba prometeu

concluir a obra em outubro

de 2011".

...do jornalista e professor uni-

versitário Nilson Lage: "Essa

história da fusão Bradesco-

Santander lembra outra barri-

ga clássica da Veja, a fusão

transgênica elefante-tomate".

GIRO PELO TWITTER

w PRESTAÇÃO DE CONTASA mais recente edição da bemproduzida revista da Assem-bleia Legislativa do RN já estásendo distribuída.

>>>

A versão on line também estádisponível na internet, nolink:http://www.al.rn.gov.br/site2011/revistaal.php

w NOVO VEREADORNovo vereador Júnior Grafithtomou posse, na Câmara Munici-pal de Natal, nesta terça-feira (15).

>>>

Promete surpreender e quebrarpreconceitos.

w ZN RELEMBRADANa Zona Norte da cidade, umadas áreas mais abandonadaspela última gestão municipal, alimpeza pública está a todovapor - fato reconhecido pelospróprios moradores.

>>>

A avenida Itapetinga, uma dasprincipais, já está com outracara, bem diferente dos temposda ex-prefeita Micarla de Sousa- com muito menos lixo e can-teiros cuidados.

Leonardo Patriota e a "sempre miss" Larissa Costa, em Pirangi,distribuindo sorrisos, que devem se prolongar pelo resto do ano

Pausa para hidratar de Érika Nési, nas badalações de verão, pelo litoral Sul

Casal A Graciosa, Solânio Saraiva e Gislana Maia aproveitam ofinal de semana nas festas mais bem frequentadas do RN

João Neto

João Neto

Heitor Gregório

A simpática Adalva Rodrigues apresenta novidades, em 2013, paraseu premiado "Paçoca de Pilão" - parada certa no mês mais quente

do ano, em Pirangi

Rogério Vital

Descolada, Carol Bezerra posa no Lounge Posologie, na repercutidaWhite Party - Pirangi

Eduardo Boaventura

w TURISMO EM PAUTAO 4º Fórum de Turismo do RN,evento já consolidado no calendá-rio de acontecimentos da capital po-tiguar, está programado para os dias13 e 14 de março, no Centro deConvenções de Natal.

>>>

O Fórum, organizado pelos expertsAntonio Roberto Rocha e GustavoPorpino, da Argus Eventos, já estámobilizando a cadeia produtiva doturismo, além de empresários e em-preendedores de outras áreas.

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Neste ano, um dos palestrantes seráo fundador da CVC Viagens, Gui-lherme Paulus, considerado um dosempresários brasileiros mais bemsucedidos no turismo.

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Também compartilhará experiên-cias com o público o vice-presiden-te da TAP, Luiz da Gama Mór, quevirá de Lisboa para a palestra "Nor-deste, o portão de entrada do turis-ta europeu".

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Outro renomado da programaçãoserá Caio Luís de Carvalho, que foipresidente da Embratur, SPTuris ePaulistur e hoje atua como diretorno grupo Band, em São Paulo.

Poucos artistas imprimiram sua marcana indústria do entretenimento como DavidBowie. Mesmo sem lançar material inéditohá dez anos, ele continua escalado entre ostitulares do time das estrelas do rock. Nesseperíodo, tributos, regravações e livros man-tiveram fãs abastecidos – e assustados, coma suspeita de que o astro teria uma doençaterminal.

Depois da ótima Bowie – A Biografia,de Marc Spitz, lançada em 2010, chega àslivrarias um misto de almanaque, editorialde moda e crítica musical: Estilo Bowie(Madras Editora), do jornalista americanoMark Paytress – autor de brochuras sobre avida de Syd Vicious, Patti Smith e MarcBolan.

Rico em fotografias, o livro de Paytress(também repórter da revista Mojo e do jor-nal The Guardian) revela como o menino tí-mido se transformou em um eurófito sofis-ticado que cruzou duas gerações e inúme-ros modismos, como o movimento hippie,o punk e a disco, sabendo explorar (e influen-ciar) cada uma deles de forma estudada, mi-limétrica.

Com o fim dos Beatles e o exílio força-do dos Stones, a cena inglesa estava abertapara experimentalismos e ávida por revolu-ções, no começo dos 70s – o desemprego en-dêmico era apenas um dos sintomas da ir-relevância nacional no pós-2ª Guerra. Foinesse cenário que Bowie surgiu como um es-pectro multicolorido para espalhar polêmi-ca e estupefação.

Se Bolan foi o pioneiro no glam rock,Bowie radiclizou ao brincar com sua sexua-lidade, “sou gay, mas talvez não seja”, eacrescentar conceitos da moda, da pintura edo teatro em sua arte, cujo auge criativo,entre 1972 e 1980, produziu uma penca deálbuns antológicos.

Mas, além de composições espertas, comfatias de rock and roll, rhythm and blues ejazz, e letras que falavam de solidão, alie-nígenas e abandono, a grande sacada deBowie foi apostar em uma imagem multi-facetada, com figurinos bizarros e um con-flito de gênero que soava como o protestomais veemente contra uma sociedade pres-te a explodir.

Estudante de arte, o Camaleão do Rockmisturou expressionismo alemão (captadoapós longas temporadas em Berlim), dadaís-

mo e o visual do filme Laranja Mecânica paracriar personagens como Ziggy Stardust,Aladdin Sane (foto) e Thin White Duke,alto-egos protagonistas em seus trabalhosmais relevantes.

Relacionamentos com atrizes, coreógra-fos, diretores e demais bípedes funcionaramde alimento para uma alma nem tão atormen-tada, mas profundamente inquieta e criati-va. O principal deles foi com o Andy Wa-rhol, avalista do capital intelectual e funda-mentos da moda utilizados a cada mudançade pele.

Estilo Bowie tem seções que abordamdesde famosos colaboradores (Brian Eno,Mick Ronson, Tony Visconti) até o contatocom a química, através de quatro carteirasde Marlboro Light diárias e montanhas decocaína. O apetite sexual, porém, semprefoi o principal adorno às canções. “Eu tinhatodas essas garotas tentando me levar parao outro lado, ‘vamos, David, não é tão ruim,eu mostro para você”.

Com habilidade para reconhecer novastendências e dar seu toque pessoal, DavidBowie saiu do folk dos primeiros discospara a consagração roqueira e new wave nosanos 1970 e 1980. “Eu acho que a músicadeveria se tornar provocativa, ser uma pros-tituta, uma paródia de si mesma”. Como asprofissionais do prazer, volúpia, adaptaçãoe entrega era sua filosofia.

MusicomaniaCONRADO CARLOS - ccpsilva@gmail.com

Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 16 de janeiro de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - serejo@terra.com.br

Cidade

Talvez o futuro não esteja em 2014. Quem sabe, até láo governo acerta o passo e põe a mão em quase doisbilhões de reais - somados os 580 milhões de dólares

do Banco Mundial e agora os mais de 600 milhões de reaisdo Banco do Brasil, e reconstrua a própria imagem. Nesta hi-pótese, e por suposto, se erguerá, qual Fênix, das próprias cin-zas, para renovar o mandato. Mas, 2014 vai abrir um novociclo e dentro dele uma sucessão familiar, entre primos, paraa renovação do grupo Alves no poder estadual.

Não é difícil imaginar: se o prefeito Carlos Eduardo Alvesconcluir a sua novaadministração con-sagrado, e tiverchances reais, como aporte de Natalao lado, poderádisputar o governoem 2018, a primei-ra eleição de go-vernador depois de2016. Ele sabe queaté lá, se o gover-no não fracassarantes, pode encon-trar a candidaturaWalter Alves postano pódio. Eleito,Walter assumiria aposição natural delíder da família atépelo peso de con-quistar o governo num momento de renovação das gerações.

Essa futurologia pode parecer louca, como toda projeçãoque tenta antecipar o futuro, mas tem sua lógica. Do pontoonde estamos até a eleição de um novo Alves para o gover-no, em 2014 ou 2018, como seja, há uma certeza garantidapela física: dois corpos não ocupam o mesmo espaço aomesmo tempo. Ou seja: o jogo a partir de agora mesmo quedesmentido pelos dois lados será todo jogado em função dofuturo. As eleições de 2012 estão já no passado inerte, inser-vível para a nova estratégia.

Pela ordem de precedência ou de antiguidade, o candi-dato seria o hoje prefeito Carlos Eduardo Alves com a expe-riência de duas gestões executivas na capital e alguns man-datos de deputado contra só dois mandatos, até lá, do depu-tado Walter Alves. Mas, em política, não há ordem de prefe-rência e antiguidade não conquista posto. As circunstânciasdefinem os destinos, com ou sem escolha pessoal, e em fun-ção do tempo. Perdê-las - as circunstâncias favoráveis e a noçãode tempo - é perder o rumo.

Neste momento, o grupo Alves aparenta manter uma di-visão de núcleos emesmo sob a suspei-ta de que se dividemhabilmente - assim émais convenienteocupar espaço no go-verno e na oposição -não abrirão mão dopoder se amanhã forinevitável assumir adisputa entre eles.Nunca é muito lem-brar que um dia AnaCatarina aceitou dis-putar a prefeitura deNatal com Henrique,irmão gêmeo. É ver-dade que a serpenteengoliu os dois, ali-mentada da frieza es-tratégica do então ex-

governador Tarcísio Maia. Uma coisa não pode ser desmentida, nem por conveniên-

cia de momento: aquele que primeiro conquistar o governo- Carlos ou Walter - será o nome mais destinado a assumir anova etapa política do grupo Alves. Por isso, um vai vigiardiscretamente os passos do outro, posto que o jogo do futu-ro já não será jogado apenas por Henrique e Garibaldi. Wal-ter parece unir o lado político e eleitoral forte da famíliaAlves, mas o tempo não é aliado incondicional de ninguém.É preciso vivê-lo a cada novo dia.

w AVISOPrefeito de juízo com a cabeça no lugarcerto não pode esquecer que hoje o Tri-bunal de Contas dispõe do Sistema Inte-grado de Auditoria Informatizada. Paramonitorar, com rigor, os orçamentos pú-blicos.

w SUGESTÃOAprefeitura não precisa adivinhar as marésaltas. Basta consultar os avisos da Mari-nha. A maré que devorou o outro pedaçodo calçadão de Ponta Negra, de 3.0, esta-va no aviso da Capitania dos Portos.

w ASSIMA governadora aprovou R$ 20 milhõesem emendas no Orçamento Geral da Uniãopara a cultura. Mas é bom relembrar queseu governo não liberou cerca de R$ 10milhões do Fundo Estadual de Cultura.

w COMO?A Prefeitura de Cerro Corá, a julgar peloque suspeita o corpo técnico do Tribunalde Contas, gastou cerca de R$ 6,5 mi-lhões com festas carnavalescas? Então játivemos agora até quadrilha de Papangus?

w DÚVIDAO TCE sugere não gastar com carnaval sóprefeitura que enfrenta a seca, mas con-corda que no caso de falência dos servi-ços essenciais, como Natal? É abrir os co-fres e derramar gastos com as serpentinas?

w HISTÓRIACarreata pelas ruas de Natal saindo daRampa marcará os setenta anos do encon-tro de Getúlio Vargas e Franklin Roose-velt. Foi dia 28 de janeiro de 1943, maso cortejo será dia 26, com saída 10h damanhã.

w PENICOSPor falar nos ricos penicos de louça cita-dos por Graciliano na conversa com Cas-cudo e o historiador Ivoncísio Medeirosmandou o site do museu de penicos, da Es-panha. Para as bundas luxuosíssimas.

w PERIGO - ICada dia mais forte o bombardeio sobre a can-didatura de Henrique Alves a presidente da Câ-mara. Os sete ministros de Dilma Rousseff caí-ram com denúncia de revistas e jornais, sem oMinistério Público.

w CENA - IILaurita Arruda Câmara transcreveu o texto destacoluna sobre a importância da chegada de Hen-rique Alves à presidência da Câmara. Dona deum território livre, ela não temeu preservar otexto na íntegra.

w LEITURA - IIINey Lopes fez a leitura correta do artigo sobre aimportância para o RN de ter o presidente da Câ-mara Federal. Por isso transcreveu e elogiou noseu blog. O texto não isenta Henrique, mas nãoé injusto.

w ALIÁS - IVDesconhecer o peso dos nomes que tivemos nopassado, na política e na cultura, desde o gover-no de Afonso Pena até o cardeal Eugênio Sales,é coisa para quem tem um bestunto no lugar deuma cabeça.

w SINAL - VO Jornal de Fato, de Mossoró, tem sido de umrigor jornalístico impecável na cobertura das de-núncias envolvendo o deputado Henrique Alves.Tão impecável que já tem henriquista sem enten-der o rigor.

w INFLAÇÃONa bolsa das intrigas alguns políticos come-çam a temer uma inflação galopante no valordo silêncio. Segundo as últimas cotações domercado boca calada já vale três milhões emeio. Pode ser em imóvel de luxo, dinheiro ounas duas moedas.

w POESIADo poeta Carlos Gurgel soprando com ironia obolor poético que sufoca cidade com seus poe-tas ditos oficiais e mascando seus versos cansa-dos: o pedinte / estira a mão / e o político / acabacom a nação'.

2014 e o futuro

Estilo Bowie

Autor: Mark Paytress

Editora: Madras

Preço médio: R$85,00

Livro retrata influência da moda na carreira deDavid Bowie; com músicas inteligentes e figurino

extravagante, ele patenteou o glam rock e entrou notime titular dos grandes nomes do show business

Homo inventivus

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013 Cidade

Fone: 3211-3126

ConscienciologiaCONSCIENCIOLOGIA@INTERCAMPI.ORG

Thiago Leite, voluntário do INTERCAMPI em Natal

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaErick Explorer Bahamas Seamaster No Porto Guamaré(RN) Pesquisa - - Lagoa Carioca Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Lagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Gemini Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Ocean Stalwart Vanuato Seamaster Ao Largo Guamaré(RN) Pesquisa - - CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 19/01 Algeciras/ESP Contêineres - - Quest For Adventure Malta W. Sons 24/01 Recife(PE) - - TurismoMarfret Guyane França W. Sons 26/01 Algeciras/ESP Contêineres - -CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 02/02 Algeciras/ESP Contêineres - -

Almi Star Libéria Petrobras No Porto Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos Naviosapronianocfs@hotmail.comAPRONIANO CÉSAR

Dia Hora Altura (M)16 13:32 0.4

20:04 2.217 02:00 0.5

08:36 2.0

FASES DA LUAMinguante (05/01 - 00:58h)

Nova (11/01 - 16:44h)

Crescente (18/01 - 20:45h)

Cheia (27/01 - 01:38h)

Argos Panamá A. Marítima No Porto Exportação Sal - -Marlera Panamá A. Marítima Ao Largo Exportação Sal - -

Terminal de passageiros do Porto de Mucuripe está orçadaem 54,2 milhões de euros com espaço de 9000 m2

PoliglotismoA Conscienciologia propõe o

estudo da consciência (ego, self,princípio inteligente - cada um denós é uma consciência) por simesma, ou seja, através da autopes-quisa, um dos principais postula-dos do Paradigma Consciencial.Nesse sentido, a busca pelo conhe-cimento é essencial para que te-nhamos ferramentas que propiciemo autoconhecimento, o aprofunda-mento em nós mesmos e o apri-moramento de nossa evolução pes-soal.

O poliglotismo é um meio efi-caz para se ampliar as possibilida-des da autopesquisa, ferramentapara o autoconhecimento, e con-sequentemente da evolução. Elepermite, por exemplo, acessar maisobras, livros, filmes ou sites alémdaqueles escritos ou falados emnosso idioma materno. A línguacom a qual nos comunicamos (oportuguês para a maioria dos lei-tores) influencia a forma como re-presentamos o mundo e classifica-mos as coisas ao nosso redor. Ovocabulário de cada idioma no-meia os objetos e seres do mundode uma forma particular, relaciona-da ao modo de vida e aos valoresde cada cultura.

Além disso, o pensamento hu-mano tende a funcionar de acordocom o funcionamento da língua,ou seja, ao mentalizarmos as ideias,fazemos uso do vocabulário e dagramática, como se estivéssemosconstantemente num monólogomental.

Um exemplo disso é o fato deos inuítes (povo esquimó que viveno norte do Canadá) terem dezenasde sinônimos para aquilo que cha-mamos "neve", pois para eles é im-portante diferenciar as diversas for-mas pelas quais esse fenômeno na-tural ocorre, o que para um habi-tante dos trópicos é quase impos-sível. Na língua árabe, há dezenasde palavras que podem ser tradu-zidas no português por "camelo",tendo em vista a importância desseanimal para as culturas que se de-senvolveram nas regiões desérti-cas do Oriente Médio.

Porém, o uso coloquial e cor-riqueiro da língua não permite umaapreensão complexa da realidade.Dessa forma, o aprofundamentono léxico, pesquisa aos dicionáriose enciclopédias, auxilia na desco-berta de sinônimos, antônimos,

ideias associadas e aspectos da rea-lidade pouco conhecidos da maio-ria das pessoas. Temos um aumen-to do dicionário cerebral e uma ca-pacidade maior de se fazer associa-ções de ideias.

Além disso, quando estudamosidiomas diferentes da língua mater-na, desenvolvendo o poliglotismo,ampliamos não somente os sinôni-mos com que podemos nomear ascoisas, mas passamos a pensar arespeito de coisas que nosso idio-ma materno não abarca natural-mente. Esse processo também nosfaz entrar em contato com outrasformas de pensar sobre nós mes-mos, nossas ações, as pessoas e osambientes em que nos manifesta-mos.

Aprender novas áreas do co-nhecimento, bem como estudarnovas línguas, também amplianosso dicionário cerebral, aumen-tando as possibilidades de apreen-der a realidade em suas diversasnuances, muito mais do que umapessoa que só conhece uma línguaou se superespecializou em somen-te um ramo do saber.

O poliglotismo também nospermite conhecer melhor a formade pensar de outros povos. Ao falar,pensar e nos comunicar em outrosidiomas, podemos nos dar contada diversidade humana, não só emtermos de suas culturas materiais,mas especialmente das inúmerasformas de representar o mundo.Podemos assim ampliar nossa com-preensão do universo, acrescentan-do novas abordagens ao nosso ar-cabouço linguístico-comunicativo.

Esse conhecimento nos permi-te ampliar o contato com um maiornúmero de pessoas. Essa amplia-ção traz não somente um aprofun-damento em nossa autopesquisa eem nosso desenvolvimento pes-soal, mas também inúmeras possi-bilidades de ajudar outras cons-ciências, levando a tarefa do es-clarecimento a um número muitomaior de pessoas do que seria pos-sível com apenas uma língua.

Tendo em vista a perspectivaconscienciológica, segundo a quala consciência é multiexistencial(ou seja, vive várias vidas ao longode seu processo evolutivo), ao es-tudar diversas línguas nós facili-tamos o acesso às memórias devidas passadas, que podem terocorrido em outros contextos cul-

turais. Quando percebemos umagrande facilidade de aprender de-terminado idioma, isso pode estarrelacionado ao fato de já termosnos comunicado através dele numaexistência anterior.

Pela Conscienciologia, consi-dera-se que a manifestação da cons-ciência pode se dar em diversas di-mensões, utilizando diferentes veí-culos: a dimensão física ou intrafí-sica, onde se manifesta o corpo fí-sico ou soma; a dimensão energé-tica, onde atua o corpo energéticoou energossoma; a dimensão ex-trafísica, em que predomina o corpoemocional ou psicossoma (tambémconhecido vulgarmente como es-pírito ou corpo astral); e a dimen-são mental, onde se manifesta ocorpo mental ou mentalsoma, o veí-culo de manifestação consciencialmais avançado de que se tem co-nhecimento até o momento.

As experiências de diversospesquisadores da Conscienciolo-gia mostram que, na dimensãomentalsomática, a consciência nãonecessita mais recorrer a uma lín-gua para se comunicar com outrosindivíduos, pois as ideias são trans-mitidas e compreendidas de formapura, através do que se chama cons-cienciês. Ou seja, o conscienciês éum idioma sem palavras, o que de-nota a compreensão das ideias demaneira mais abstrata e livre dainfluência restritiva de uma línguahumana.

A prática do poliglotismo, pornos fazer entrar em contato comdiversas formas de dizer as mesmascoisas, ajuda-nos a abstrair asideias, desvinculando-as das for-mas pelas quais os diversos idio-mas as representam. Quanto maisformas de comunicação pudermosaprender, mais próximos estare-mos de experimentar o pensamen-to puro e o conscienciês. No pro-cesso evolutivo de cada consciên-cia, o grau mais avançado de ma-nifestação pessoal que conhece-mos, alcançado com muito esfor-ço e dedicação ao longo de muitasvidas, é através do mentalsoma.

O resultado prático do desen-volvimento do poliglotismo é umacapacidade maior de compreenderoutras consciências, em sua infi-nita diversidade no cosmos, levan-do-nos a ampliar o escopo de nossaassistência, tarefa essencial para oprocesso evolutivo de todos.

A Cruz Vermelha, filial do Es-tado do Rio Grande do Norte, estácomemorando o aumento expressi-vo do número de voluntários da ins-tituição. Devido à grande procura,na próxima sexta feira, dia 18, às7:30 horas, no Quartel do Coman-do Geral do Corpo de BombeirosMilitar do RN, será realizado umnovo ciclo de cadastramento de vo-luntários que desejam participar deações humanitárias desenvolvidasem âmbito nacional pela instituição.

O novo ciclo de cadastramento devoluntários foi motivado pelo gran-de número de interessados que, dia-riamente, buscam informações juntoa CVBRN para compor o quadro devoluntários da instituição potiguar.

Para se tornar membro daCVBRN e atuar na gloriosa missãode proteção a vida e a saúde huma-na, prevenindo e aliviando o sofri-mento alheio, entre outras ações, énecessário que o interessado partici-pe de uma Formação Básica Institu-

cional (FBI), com duração de umturno, garantindo a qualificação ne-cessária para esta atuação voluntária.

O cadastramento e a capacitaçãodos novos voluntários da CVBRNestará ocorrendo no auditório doCorpo de Bombeiros Militar, na Ave-nida Prudente de Morais, 2410, barrovermelho, em Natal, na próxima

sexta, dia 18, às 7h30.Os interessados devem manter

contato prévio com a Cruz Verme-lha, filial RN, que fica situada naAvenida Prudente de Morais, 74,Petrópolis, em Natal, das 9 às 17horas, ou pelos telefones 3201-6400ou 8817-6217 e falar com o Kely-son Montenegro.

Cruz Vermelha do RN abre novasinscrições para voluntáriosCADASTRAMENTO DE INTERESSADOS SERÁ NA PRÓXIMA SEXTA

Juramento: voluntários se comprometem a apoiar causas solidárias com dedicação

Divulgação

Recadastramento de aposentadose pensionistas começa em março

O recadastramento de aposen-tados e pensionistas do governofederal por meio do compareci-mento às agências de três bancospúblicos - Banco do Brasil, CaixaEconômica Federal e Banco deBrasília (BRB) - permitirá ao Mi-nistério do Planejamento alimen-tar um banco de dados sobre essesservidores.

O recadastramento começa em1° de março e o governo estima que710 mil pessoas respondam à cha-mada. Além de aposentados e pen-sionistas, anistiados políticos querecebem indenização terão de com-parecer.

De acordo com a secretária ad-junta de Gestão Pública do minis-tério, Marilene Lucas, em anos an-teriores era necessário ir às unida-des de recursos humanos do órgãoonde o servidor era lotado na ativae, por isso, as informações ficavamdescentralizadas. Este é o primeiroexercício em que o novo modelo

será aplicado.Os beneficiários receberão cor-

respondência avisando da necessi-dade da atualização cadastral, quedeverá ser feita em qualquer dia domês do aniversário. Como o prazoterá início em março, os que aniver-sariam em janeiro e fevereiro terãode se apresentar só em 2014.

Marilene Lucas explica que seráutilizada uma ferramenta para atua-lização diária das informações sobreos recadastrados do governo fede-ral. "Foi desenvolvido um módulodentro do Siape [Sistema Integradode Administração de Recursos Hu-manos] que será atualizado diaria-mente com as informações de quemse recadastrou. Teremos todos osdias um relatório", disse.

Segundo a secretária, o objeti-vo do recadastramento, que é anuale obrigatório por lei, é atualizar in-formações e manter a regularidadedo pagamento dos benefícios."Como a pessoa não está mais na

ativa, perde o vínculo cotidianocom a administração pública. [Oobjetivo é] atualizar endereços, con-tato, telefone e comprovar que apessoa está viva, que o pagamentoestá correto", explicou.

Caso a pessoa não faça o reca-dastramento após a primeira comu-nicação, será expedida notificaçãopara fazê-lo no prazo de até 30 diascontados do recebimento da novacorrespondência. Quem estiver forado país deverá apresentar declara-ção de comparecimento emitida peloórgão de representação diplomáti-ca ou consular do Brasil.

As pessoas que não se recadas-trarem no prazo devido terão o pa-gamento do benefício suspenso atéa regularização do cadastro. Aposen-tados, pensionistas e anistiados quenão puderem comparecer por mo-tivo de saúde devem ligar para onúmero 0800 978 2328 e agendaruma visita técnica para fazer a atua-lização em sua própria casa.

> UNIÃO

Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 16 de janeiro de 2013Esporte

Gabriel NegreirosGABRIEL NEGREIROS - GABRIELNEGREIROS@GMAIL.COM - TWITTER: @GABRIELNEGREIRO

PisandonaBolaAMÂNCIO amancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.com

A FESTA HOJE É NO FRASQUEIRÃOOs refletores estarão acesos e

o time do ABC estará completoem campo. Só vai faltar os uni-formes oficiais, um adversário eas bolas do jogo. O encontro dehoje a noite será festivo, apenaspara que o torcedor conheça osnovos nomes que irão compor oelenco alvinegro para a tempora-da 2013, que neste ano seguirá sobo comando do técnico GivanildoOliveira, que desta vez participoudiretamente da montagem dogrupo de acordo com suas per-spectivas técnicas. Com muitascaras novas o ABC precisará no-vamente construir um novo timeque seja capaz de trazer alegrias aotorcedor.

"Todos os atletas que estãoaqui serão apresentados. Tambémserão apresentadas as novidadesdo estádio, com o pré-lançamen-to das cadeiras vip que iremos con-struir a beira do campo. Vamoscolocar imagens no telão e estamosestudando a possibilidade de umapré-reserva. Inicialmentemostraremos as Cadeiras Vip, já osprédios só serão apresentados de-pois, já que o projeto ainda nãofoi concluído. 18h abriremos oportão B, 18h30 a banda LosManos começará a tocar. Os baresestarão abertos com funcionamentonormal. 19h30 os atletas começama ser apresentados. O acesso demulheres e crianças será com a ap-resentação de uma Timemania.Para sócios são necessárias duas e

não sócios três. Teremos a vendano próprio local para quem nãopuder comparecer a uma lotérica",explica Stênio Dantas, gerente deMarketing do Clube.

A única frustração da festa delogo mais é a não possibilidade deapresentar dois jogadores que in-teressam ao ABC mas que as ne-gociações ainda seguem, casos do

meia Junior Xuxa e do atacanteLeandrão. "Os nomes cogitadosseguem em negociações e depen-dem de liberações dos clubes deorigem. É difícil que cheguem a

Natal a tempo para o evento dehoje. Mesmo que o acerto saia nãoiremos anunciar, pois não teremosos contratos assinados", explicaStênio Dantas.

EQUIPE PRATICAMENTE ESCALADA

O ABC vive a expectativa daestreia na Copa do Nordeste,marcada para o próximo sába-do, em Fortaleza, diante doCeará. O jogo será realizado noestádio Presidente Vargas. Otime alvinegro está praticamenteescalado pelo técnico GivanildoOliveira e as indefinições sãoapenas em alguns setores es-pecíficos, caso do sistema de-fensivo e o meio campo. O ABCtenta ainda um efeito suspensi-vo para liberar o zagueiro Vini-cius e o volante Bileu, expulsosna última rodada da Série B doano passado.

As inscrições para a Copa doNordeste encerram no dia 8 defevereiro e o ABC segue em buscade fechar com novos jogadoresaté esse período. "Acredito quemontamos um grupo capaz defazer uma boa competição. Con-fio muito na comissão técnica e notrabalho que eles estão realizan-do na pré-temporada. Espero con-seguir até o final da semana con-cretizar a contratação de um meio-campo e um atacante para fecharo elenco neste primeiro momen-to. No decorrer das próximas se-manas ficaremos de olho em jo-gadores mais jovens que não serãosendo utilizados por seus clubesnos Estaduais pelo país", disseGustavo Mendes, superintendentede futebol do ABC.

Não demorou para que o at-acante Rodrigo Tiuí, que foianunciado pelo América na últi-ma quarta-feira, anunciasse o seunovo clube. Depois que o alvir-

rubro potiguar falou que o atle-ta não viria mais para a disputada Copa do Nordeste, o jogadorfoi anunciado pelo Brasiliense eaté já posou com a camisa do

novo time. Fato que desagradouos dirigentes alvirrubros, em es-pecial o presidente Alex Padang,que chegou a dizer que o Améri-ca não precisaria de jogadores

mau caráter. O que muda na atual conjun-

tura é que uma vaga está disponív-el no ataque e novamente o clubepretende ir às compras. Segundo

o próprio presidente o clube de-morou a fazer os anúncios de Tiuíe Renan Markes devido às difi-culdades do mercado e que no-vamente não fará loucuras em

busca de um novo reforço. A ne-cessidade agora é encontrar umjogador que se encaixe no perfilestabelecido por Roberto Fer-nandes.

Sem concluir as negociações os desfalques na apresentação de hoje serão Leandrão e Junior Xuxa. Os jogadores ainda não foram anunciados oficialmente

> CAMPEONATO POTIGUAR

Segunda rodada acontece hoje a noite

> AMÉRICA

EM BUSCA DE UM NOVO ATACANTE

A segunda rodada do Campe-onato Potiguar acontece na noitede hoje e por coincidência colocafrente a frente os quatro clubesque venceram na rodada inaugur-al contra os quatro derrotados.Oportunidade para abrir boa van-tagem ou deixar todo mundo namesma situação. O Palmeira deGoianinha enfrenta o Potyguar deCurrais Novos. O Potiguar deMossoró recebe o Santa Cruz. OCorintians de Caicó em casa encarao Baraúnas e em um campeonatoonde equilíbrio deve ser a tônicada disputa, o Alecrim tentaaproveitar o bom momento inicial

para buscar mais uma vitória, destavez fora de casa, contra o Assu.

"Começamos bem e podemosdizer que o nosso grupo ficou bas-tante feliz com a vitória. Não é eu-foria, é apenas o prazer de ter odever cumprido. Conversei comos jogadores e sei que a dedicaçãodeles e da comissão técnica temsido intensa. Estamos estruturan-do o Alecrim da melhor maneirapossível para fazermos um grandetrabalho esse ano", explicou o pres-idente alecrinense, Anthony Arm-strong.

O Alecrim anunciou na tardedesta terça-feira mais uma con-

tratação para a competição estad-ual. Trata-se de um nome bem con-hecido dos torcedores, o ala RuyCabeção já se apresentou e treinoucom a camisa do Alecrim. "Umadas coisas que me atraiu muito foiesse trabalho do presidente An-thony Armstrong. Fiz minhapesquisa e vi o quanto ele está in-vestindo e profissionalizando oclube. Encaixa certinho com o mo-mento em que estou na minha car-reira. Apesar de ser experiente ecom bastante bagagem, ainda es-pero crescer e conquistar mais",disse Ruy.

Para o diretor de futebol, Paulo

Bressiani, a contratação do atletaé importante por trazer mais con-fiança e visibilidade ao grupo, oque serviria de estimulo aos de-mais jogadores. Outro ponto lev-antado pelo dirigente é a person-alidade boa do jogador. "Comcerteza é uma contratação de peso.O mais importante é que é umhomem de grupo e provou issohoje. Chegou de viagem 30 min-utos antes do treino e participou dotrabalho. Vai trazer confiança praequipe e está aqui para somar,seguindo a filosofia do presidentede criar uma família na equipe",disse o dirigente.

Jogador experiente e com passagem em clubes importantes, Ruy Cabeção é a grande novidade do Alecrim para o estadual

O ABC RECEBE SUA TORCIDA NA NOITE DE HOJE PARA APRESENTAR OS JOGADORES QUE IRÃO COMPOR O

ELENCO PARA 2013. COM MUITAS MUDANÇAS, O TORCEDOR TERÁ QUE SE ACOSTUMAR COM OS NOVOS NOMES

No evento de logo mais, além dos atletas, o ABC apresentará o novo projeto de Cadeiras

Vip do estádio Frasqueirão

FESTA NO FRASQUEIRÃOHoje é o dia da torcida do ABC conhecer

de perto os jogadores que irão participar desteinício de temporada. Difícil é afirmar que elesparticiparão do ano de 2013. Apenas os resul-tados e o desempenho em campo determinarãoo que será feito no restante da temporada. Ofato é que imaginava-se um time bem maishumilde para esse início de competição. Pelomenos eu pensava assim. O ABC tem doisbons goleiros e zagueiros que ano passado fiz-eram uma boa Série B. Também tem bonsvolantes e dois meias regulares. O ataque e aslaterais são os pontos que merecem maisatenção e talvez sejam os setores que precisemde mais afirmação. Caso Junior Xuxa e Lean-drão desembarquem em Natal o time ganhauma força extra importante.

Outro ponto importante da festa de hoje anoite é a apresentação da nova estrutura doFrasqueirão. As Cadeiras Vip, que serão insta-ladas a beira do gramado, poderão ser con-hecidas pelo torcedor e um pré-cadastro para avenda será realizado. Como os projetos dos ca-marotes laterais ainda não estão prontos, nãoserão conhecidos na noite de hoje. O Frasqueirãoé um dos grandes orgulhos do torcedor abcedistae a melhoria dele é sempre comemorada como

título. Desde que foi inaugurado o Frasqueirãosempre tem apresentado melhorias em sua infra-estrutura, seja com a construção de novos mó-dulos, das cabinas de imprensa, implantaçãode mais cadeiras na área do sócio-torcedor e nasmelhorias necessárias para o dia-a-dia.

MAIS FORTE? Em relação ao ano passado, ABC e Améri-

ca estão mais fortes? Pergunta comum de seouvir em qualquer resenha esportiva ou dos torce-dores nas redes sociais. Em relação ao estadualdo ano passado considero os dois times maisfortes. Vale lembrar que o América no início datemporada era um time em construção, apesar devir de um acesso. O ataque ainda não tinha LúcioCurió e Isac era um desconhecido. Junior Xuxanão fez um grande estadual e foi crescer apenasna reta final e na Série B. No ABC Léo Gamal-ho e Washington nunca se acertaram. Raul nãofoi decisivo e Leandro Campos sequer era una-nimidade. Time populoso, mas sem brilho.

Outro fator importante de lembrar nestatemporada é a competição inicial em disputa.A Copa do Nordeste requer mais investimen-to. Distribui 3 milhões de reais em prêmios eainda garante uma vaga na Copa Sul-Ameri-cana de 2014. Ou seja, vale muito! É necessário

ser mais forte e largar bem. Uma boa Copa doNordeste pode ser um empurrão forte para adisputa da Série B do Brasileirão.

POTIGUAR NO UFCA terceira luta de Ronny Markes no maior

evento de MMA do mundo, contra o ameri-cano Andrew Craig, no UFC São Paulo, nestesábado, marcará também a segunda luta do po-tiguar no peso-médio. E, para esse desafio, opúblico deverá assistir a um Ronny Markesbem mais ágil e com uma melhor movimentaçãodentro do octógono. Aprevisão é do preparadorfísico o acompanha, Thiago Macedo.

Ronny Markes estreou no UFC lutandopelo na categoria meio-pesado (até 92 quilos),contra o tcheco Carlos Vemola. A vitória, porpontos, revelou certa dificuldade para o po-tiguar devido à maior envergadura dos adver-sários. O potiguar então baixou para o peso-médio (limite 84 quilos) e venceu o americanoAaron Simpson. Quando começou a preparação,como ficou um longo período inativo, RonnyMarkes estava bem acima do peso, chegandoperto dos 106 quilos. Por isso, há de se ressaltaro trabalho do preparador físico. Na sexta-feira,na pesagem oficial, a previsão é que ele este-ja com 22 quilos a menos.

Fotos: Wellington Rocha

Divulgação

Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - r.lemosfilho@uol.com.br

Comparar e constatarSe fosse comparar a geração argentina um pouco mais nova com a

seleção brasileira de 1982, o Brasil ganharia 20, em 19 partidas imag-inárias. Não, não errei na matemática. O Brasil de Zico era melhor quea Argentina de Maradona em 1982, imagine do que a turma sucessorado Diego nos anos 1990. E sou vacinado contra ufanismo.

Por favor não confundir: Tudo baseado em Zico. Em 1990, Maradonadriblou o time inteiro de Lazaroni, o Lazarento, que tinha de camisa 10,Silas, bom jogador, mas bem equivalente a uma média requentada secomparado ao baixinho Geovani, renegado pelo estilo acadêmico, comose a forma de Ademir da Guia, o Divino do Palmeiras humilhado porZagallo fosse pecado.

Jogador de futebol de botão e pino-gol, imaginei um embate razoável:Cerezo seria o Verón. Até na magreza e no jeito desengonçado e elétri-co se parecem. Verón nunca jogará mais que Cerezo. Se alegarem a falhade Cerezo contra a Itália, peguem o vídeo de Verón contra a Holandaem 1998, quartas-de-final.

Falcão, bem, aí é complicado. Falcão foi tão espetacular que ficaum jogador difícil de ser parâmetro. Jogava nas três posições do meio-campo como um regente de improvisos que faziam do seu desempen-ho em campo, fantasias trocadas a cada lance mágico. O mais próximoargentino foi Ardiles.

Perto como Natal de Porto Alegre(RS). Porto Alegre de Falcão edo poeta Mário Quintana, o passarinho que, do gênio à beira-rio, rece-beu a solidariedade da morada em seu hotel. Falcão é tão difícil de im-itar quanto alguém copiar a dupla Kleiton e Kledir, os que lhe trans-formaram eterno tornando-o verso de canção.

Zico duelava com Maradona e Maradona tinha mais ginga, balanço,quem sabe, intimidade superior de morro. Zico, nos confrontos entre Brasile Argentina, jamais perdeu para Maradona e sempre deixava o dele. Noparticular, fico com Zico. Poderia até escolher Rivelino, o cara queMaradona imitava nos seus lances precoces de bairro pobre portenho.

Semelhança havia entre Sócrates e Riquelme. Magros, cere-brais, pensadores, administradores de campo, dominadores da faixaintermediária, dribladores curtos, goleadores da sutileza. Sócratesfoi o Riquelme brasileiro? Menos. Riquelme é a versão próxima doSócrates argentino.

>>>Riquelme também, num exercício de Simenon, o detetive de Georges

Simenon, dos autorais da literatura policial, travava frevos com Rival-do, um canhoto esquálido e excepcional, melhor jogador da Copa doMundo de 2002. Rivaldo, genial, abdicou do individualismo para re-forçar a fortuna do gordo Ronaldo.

Riquelme joga bola feito o compositor que está em recesso criati-vo e pede um violão. Passa um tempo e compõe um repertório inteiro,sem gritos ou berreiros, cabelos ou guitarras elétricas, iguais às que des-figuram um produto nordestino, o forró verdadeiro, que padece porDominguinhos.

O Real Madrid, com sua constelação antipática, em 2000, pen-sou que faria do Boca Juniors, partido do passional, um otário nafinal do mundial em Tóquio. Claro. Lá estava Roberto Carlos, obrasileiro que jogou 1,1333% de Marinho Chagas, Raul, Sávio e com-panhia midiática.

Uma barbada antecipada. Real campeão de novo. Havia um Sócratesde camisa azul com corte amarelo no peito de onde sai o sentimento ea honra. Riquelme driblava dois, três, quatro, jogando o corpo ao ventoe a liberdade aos pés. Um Sócrates de frieza.

Riquelme é um chato, a humanidade concorda. Sócrates não fala-va. Murmurava a quem chegasse com conversa repetitiva e abençoadade fã. Em campo, decidia. Uma vez, fez coreografia contra o Palmeiras.

Ia a um lado, o zagueiro Márcio o acompanhava. Ia ao outro, lá iaMárcio. Saiu pela lateral, Márcio foi atrás, arrancou, fumante invetera-do, chutou para classificar o Corinthians.

Aimprensa blogueira traz, a cada segundo, capítulos novos. Riquelmevai para o Palmeiras. Riquelme não vai mais. O Fluminense querRiquelme. O Fluminense quer sim. O Palmeiras agiu com Riquelme numaarrogância ridícula.

Há que se perguntar ao Sócrates portenho, com traços de Ademirda Guia, se lhe interessa jogar em time rebaixado à segunda divisão eque tem, de ídolo, um mascarado chileno(Valdívia), apenas firuleiro eencrenqueiro. O Palmeiras atual nem merece Riquelme.

No Fluminense, poderia ser o Rivelino de 1975, marco inicial deuma máquina, que punha os craques para jogar, a torcida para comem-orar, Nelson Rodrigues para escrever o inimitável e a galeria de troféussempre aberta a soltar arroz em pó. A cada campeonato chegava umataça, de campeão.

No Vasco, um clube desmoralizado, seria impossível. Com Riquelmeno Brasil, Sócrates seria homenageado. Messi, o pleonasmo, atéaplaudiria.

ONDE JOGARJá foram reservados 400 mil

ingressos para a Copa das Con-federações este ano. O proble-ma é ter onde jogar. Apenas oMineirão e o Castelão de Fort-aleza estão prontos. O restantesegue na estatística de engen-haria: 51,33%, 67,14%, parecetambém pesquisa eleitoral.

CONCENTRARSugestão(modesta) ao

ABC: Concentrar no superin-tendente de futebol GustavoMendes as informações sobrereforços para evitar con-tratempos como os de JúniorXuxa e Leandrão que foram aotwitter sem combinar com seusclubes.

MIGUÉRodrigo Tiuí preferiu a din-

heirama do suspeitíssimo ex-senador Luiz Estevão, dono doBrasiliense, a vir para o Améri-ca. Eles se merecem.

CHINANada impede que o presi-

dente do América, AlexPadang, deixe Isac na China,resolva assuntos ligados a in-vestimentos no clube e dê umpulo na Coréia, para trazer devolta o goleador Lúcio Curió.Uma turnê oriental.

LIMPEZANatal está mais limpa. Ponto.

Natal precisa reconstruir a in-fraestrutura da Praia dos Artistas edo Meio. Está um Vietnã. Três diasdepois de encerrada a guerra.

SEGUNDONAABC e América também

devem ficar na segundona domovimento "Futebol melhor",lançado pela Ambev. Do Nordeste,só Bahia e Vitória.

TANZÂNIA EM NATALA Tanzânia é bem capaz de

travar um clássico com a Groelân-dia na Arena das Dunas, mas es-teve em Natal há exatos 39 anos,para um amistoso contra o ABC,em retribuição à visita alvinegradurante excursão para Europa eÁsia, no ano anterior. O ABCvenceu por 2x0, dois de Alberi,para variar. Público de 9.211 pa-gantes no Castelão (Machadão).

O ABCO ABC venceu com Erivan

(Floriano); Sabará (Gonzaguin-ha), Válter Cardoso, Telino e An-chieta; Nilson Beckenbauer(Aélio), Danilo Menezes e Alberi(Jaime); Soares, Jorge Demolidor(Libânio) e Moraes. Na Tanzânia,o goleiro Muchidini, o meiaChitete e o ponta Dilunga, todospernas de pau.

LIÉDSON E IBSON PODEM SAIR DO FLADEPOIS DE PERDER VAGNER LOVE O FLAMENGO PODE ABRIR MÃO DE MAIS DOIS

MEDALHÕES DO ATUAL ELENCO. LIÉDSON E IBSON DEVEM SAIR E INDEFINIÇÃO

DA DIRETORIA SOBRE ATUAL ELENCO LIGA O SINAL DE ALERTA NO CLUBENa sequência da liberação de

Vagner Love, o Flamengo trabal-ha para reduzir custos de sua folhasalarial. Entre as medidas está sedesfazer de Liedson. O empresáriodo jogador trabalha para encontrarnovo destino para o atacante, nãoaproveitado pelo treinador Dori-val Júnior na pré-temporada. PauloPelaipe, diretor executivo do Fla,confirma a possibilidade de saída."Surgiu uma alternativa para o jo-gador e, se for boa para ele e o Fla-mengo, vamos liberar. Até aman-hã, vou conversar novamente comBruno Paiva para definir a situ-ação", disse Pelaipe.

Contratado pela antiga gestão

às pressas, em meio à pressão naluta contra o rebaixamento, Lied-son fez gols importantes na cam-inhada do clube em 2012. Naocasião, houve demora no acerto docontrato, já que o atacante queriaum acordo até o fim de 2013. SemLiedson, o Flamengo passa a con-tar com Hernane e Nixon para osetor. Pelaipe não garante con-tratações rapidamente pra repor assaídas e prefere dar força aos garo-tos.

No sábado, ao ser anunciada asaída de Love, muitos jogadoresdemonstraram contrariedade coma condução da nova diretoria. Issoporque o atacante criticou e revel-

ou a alguns companheiros sobre oteor das conversas que teve com osdirigentes.

Com a política de corte de cus-tos a pleno vapor na Gávea e noNinho do Urubu, o volante Ibsontem chances de ser mais um nomeintegrado à barca do alívio finan-ceiro, em voga no clube. O camisa7 tem alto salário e, além de dívi-das já contraídas com a antigagestão, contrato longo, até 2015.Caso apareça algum clube interes-sado no jogador, o Flamengo ad-mite conversar.

Ibson também ficou inco-modado ao saber que pode inte-grar a lista de negociáveis e quer

ouvir de viva-voz de Pelaipe o queele pensa sobre seu futuro. O jo-gador deseja permanecer no Fla-mengo, mas tem cinco meses dedireitos de imagem em atraso, eum salário considerado alto pelodiretor. Assim como Love, Ibson éuma das lideranças do elenco atual.O empresário Eduardo Uram játem conhecimento da posição doseu jogador.

Dorival, porém, não estariacompletamente confortável nocargo, já que não foi um treinadorescolhido pela atual gestão. Essefato, inclusive, foi tema de debateentre o ex-diretor Zinho e o técni-co no fim do ano passado.

O São Paulo perdeu Lucas, ne-gociado com o futebol francês emuma das maiores transações dahistória do futebol brasileiro. Mas seganhou dinheiro, perdeu qualidade.Tanto que para o goleiro RogérioCeni o jogador representava 60% daforça do time do ano passado. Maso técnico Ney Franco pensa difer-ente. Com reforços importantes paraa temporada Ney tem uma apostaainda maior, Paulo Henrique Ganso.

"O que falta a ele é jogo, é en-trar em campo e pegar ritmo. Masele está se apresentando muito bem

neste início de ano. A perspectiva éde que, com a sequência de jogos,ele volte a ser aquele jogador que agente conheceu do Santos, o pontode desequilíbrio", empolga-se otreinador.

Ganso começará a temporadaentre os titulares no novo esquematático da equipe, agora com umlosango no meio-campo. EnquantoJadson foi deslocado à esquerda eDenilson à direita, ele assumiu afunção de ser o principal armadorpara a dupla de ataque formada porOsvaldo e Luis Fabiano. "Ele vai

trabalhar no meio, mas tem quali-dade muito grande para jogar maispróximo da área e finalizar. O tra-balho tem sido dessa forma", expli-cou Ney Franco.

Falando sobre o time que real-iza a pré-temporada em Cotia, otreinador admite que ainda precisaráde um tempo para ver a equipe bementrosada no novo esquema, queperdeu Lucas aberto pela direita eganhou Ganso por dentro. Aindaassim, com as chegadas de Lúcio,Aloísio e Wallyson, Ney vê o timemais forte que o do ano passado.

"O São Paulo faz frente não sócom Corinthians, Fluminense, comocom qualquer equipe da Américado Sul. E se tiver capacidade dechegar no Mundial, joga de igualpara igual com qualquer time da Eu-ropa. Tenho certeza que o São Pauloinicia a temporada batendo de frentecom qualquer time", afirmou otreinador. "A gente tem a condiçãode ter a melhor campanha que játivemos como profissional. É issoque temos conversado", finalizouNey, confiante com a temporada queestá começando.

Nesta quarta-feira, a seleçãobrasileira entra em campo, às 20h(de Natal), no Estádio Bicentenário,em San Juan, na Argentina, pres-sionada contra a Venezuela. Um novotropeço pode custar uma vaga nafase final e causar a eliminação pre-coce do torneio. Asituação do Brasilé delicada, mas vitórias dianteVenezuela e Peru asseguram a vagano hexagonal final. Uma derrotanesta quarta-feira, entretanto, pode serfatal, caso o haja um vencedor noconfronto entre Peru e Equador. Casoa Seleção perca, apenas um empatenesse jogo, que acontece às 23h (deBrasília), manteria os brasileiros comchances de classificação

As péssimas apresentações atéo momento fez o técnico da se-leção brasileira, Émerson Ávila,mudar praticamente o time inteiro.De uma só vez, trocou Wallace,Fred, Adryan e Mattheus por IgorJulião, Felipe Anderson, BrunoMendes e Rafinha Alcântara. Com

isso, a Seleção passa a ter doishomens de referência no ataque,com Bruno e Ademílson.

Difícil não imaginar que umjogo envolvendo a seleçãobrasileira e a Venezuela não sejaencarado com favoritismo para osbrasileiros, mas a Venezuela não

é mais o antigo saco de pancadasque costumava a ser. No Sul-Americano sub-20, os venezue-lanos estrearam com vitória por 1a 0 sobre o Equador, mas foramderrotados pelo Peru na últimarodada pelo mesmo placar. Naseliminatórias para a Copa do

Mundo de 2014, é a quarta colo-cada, na zona de classificaçãopara o Mundial.

O Brasil entrará em campo comLuiz Gustavo; Igor Julião, Luan,Dória e Mansur; Misael, LucasCândido, Rafinha Alcântara e Fe-lipe Anderson; Bruno Mendes eAdemílson.

BRASIL E INGLATERRAREABREM MARACANÃ

Depois de confirmar um amis-toso contra a Rússia para o dia 25de março em Londres, a CBF ofi-cializou o jogo festivo contra aInglaterra em 2 de junho para a re-abertura do Maracanã e tambémpara comemorar os 150 anos dafederação inglesa de futebol (FA).Será a primeira vez que Brasil eInglaterra se enfrentarão no Brasilem 29 anos. A última vez que oMaracanã recebeu o clássico foiem 1984, e os visitantes vencerampor 2 a 0.

Com salários considerados fora da atual realidade do clube, Liédson e Ibson foram liberados para negociar com outros clubes

> SUL-AMERICANO SUB-20

SOB PRESSÃO, BRASILPODE SER ELIMINADO

Para o jogo de hoje a noite o treinador modificou praticamente todo o time em busca da formação ideal

> RECUPERADO

Ganso recebe elogios do treinador

Fotos: Divulgação

Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 16 de janeiro de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - danipacheco@hotmail.com

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

Da TV para os palcosDANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

“A ideia deste espetáculo sur-giu naturalmente a partir da ne-cessidade de apresentar estórias,causos, contos, entre outros quenão cabe dentro de um programade televisão”, contou o ator eidealizador do show de humorGeraldo Maia em entrevista paraO JORNAL DE HOJE.

O espetáculo “No Cafundódo Riso” é uma adaptação da TVpara o palco, pois apresenta partedo elenco que faz o ProgramaCafundó – A Revista Eletrônicada Cultura Popular – mostradona TV Assembleia Legislativa,no canal 50 Aberto e no canal 9da TV a Cabo.

Causos, poesia popular nor-destina, anedotas e músicas re-gionais, tudo isso, reunido aomesmo tempo, dá No Cafundódo Riso, um show de humor ma-tuto que está em temporada nosdias 16, 23 e 29 de Janeiro, noTeatro Alberto Maranhão, cominício previsto às 20h.

O intuito do espetáculo “NoCafundó do Riso” é fazer o pú-blico rir. A música permeia a en-trada e saída dos personagens,tais como, O Velho Mané Lou-

renço, um saudoso contador decausos e o seu eterno compa-nheiro, Zé de Brás. Conta tam-bém com as estórias do bêbadoZé do Buraco, das fofoqueirasbeatas Toinha,Filomena, e com ofalso moral do Padre Biú.A con-dução do show é feita pelo apre-sentador Geraldo Maia, do Pro-grama Cafundó e a música porconta do convidado Duset ebanda.

A seleção da poesia popularprioriza temas com cunho políti-co e costumes da nossa gente, se-guidas de causos e anedotas. Naseleção de seus autores estãopoetas como: Jessier Quirino(Comício do Beco Estreito eConversa de Manicura), ChicoPedrosa (O Erro da Vendedora),Pinto do Monteiro, João Salda-nha, Antônio Pereira (O Poeta daSaudade) e Pompílio Diniz (Fu-xico de Mulher).

“O processo de seleção dasestórias deste espetáculo são an-tigas. Porque desde 1997 come-cei a estudar a obra de CâmaraCascudo. Daí surgiu meu interes-se pela literatura popular comoum todo. E, desde então venhoselecionando naturalmente”, de-clara o comediante.

Ele destaca ainda que o espe-

táculo faz rir, brinca com a ima-gem do matuto, sem ridicularizá-lo. “O que queremos é fazer comque o público potiguar tenhauma momento de diversão e pra-zer com o espetáculo “No Cafun-dó do Riso” onde fazemos umaleitura da sabedoria do matuto.Não queremos contar um piadapor contar ou ridicularizar a ima-gem do matuto. Enfim, mesmocom conteúdo, o tom do espetá-culo é puramente de comédia”,lembra Geraldo Maia”.

O Cafundó do Riso, faz umabandeira de luta, na defesa dastradições nordestinas, contrapon-do ao consumismo acelerado, domundo da globalização, onde osvalores humanos deixam de serdo SER e passam para o TER.No Cafundó do Riso, retrata omatuto, não como a eterna peçade mangação, mas o seu lado desabedoria popular e filosófica.

E, o elenco é formado pelosexperientes atores e comedian-tes: Geraldo Maia, faz os perso-nagens: (Mané Lourenço –Padre Biú e Filomena) e J.CCastro fazendo (Zé do Buraco oBêbado, Zé de Brás, o contadorde histórias e Toinha, a fofo-queira). Na produção local: Ro-naldo Negromonte.

PROGRAMA CAFUNDÓ, VEICULADO NA TV ASSEMBLEIA FAZ TEMPORADA NO TEATRO ALBERTO MARANHÃO

HOJEA cantora Marina Elali faz temporada na capital potiguar neste verão.

No show desta quarta-feira, dia 16, contará com uma participação espe-cial de Victor Santos, cantor mirim com influências do gênero pop rockaté as baladas sertanejas. O garoto, que caiu no agrado do público nas redessócias com o clipe “Tenho Medo”, o qual teve milhares de acessos, já seapresentou em quadros televisivos com Faustão e a Eliana. O show acon-tece às 21h, no Hotel Pirâmide. E, o próximo será no dia 23.

VERÃO LEGALDepois do sucesso do Verão Legal 2013 na praia de Pitangui no úl-

timo sábado, 12, a Prefeitura de Extremoz leva as atividades para a praiade Genipabu neste domingo, 20. Neste domingo, em Genipabu, haverátorneio de voleibol em duplas, Feira de Artesanato, Circuito Saúde, Pro-jeto Praias Limpas, aulão de “body jump”, apresentações culturais - ca-poeira, sanfoneiros e repentistas -, cavalhada, corrida de argolinhas e pa-gode de mesa.

O projeto Verão Legal continua no dia 26 na praia de Barra do Rio ese encerra no dia 02 de fevereiro no Balneário Jangadão, na Lagoa de Ex-tremoz, sempre com atividades esportivas e culturais variadas. O proje-to está sendo colocado em prática pelo quarto ano consecutivo e envol-ve várias secretarias, como Turismo, Ação Social, Saúde, Esporte e Lazere Meio Ambiente.

BIENAL INTERNACIONAL GRAFFITI FINE ARTO Museu Brasileiro da Escultura - Mube, localizado no bairro dos Jar-

dins, na zona sul de São Paulo, promove, a partir de segunda-feira (21),a 2ª edição da Bienal Internacional Graffiti Fine Art, projeto dedicado ex-clusivamente ao graffiti. O evento traz obras de nomes importantes domundo artístico como Kongo, ECB, Kress, Daze e Wernz, além dos bra-sileiros Nunka, Speto, Finok, DMS e Minhau.

O objetivo é apresentar a história do graffiti no Brasil e no exterior,suas influências com diferentes movimentos artísticos, sua relevância nosdias atuais e suas manifestações relacionadas à cultura urbana. É a segun-da edição do evento, o principal projeto autoral do Mube, que teve suaestreia ocorrida em setembro de 2010. Cerca de 50 artistas se apresenta-rão em obras coletivas e individuas inéditas, de acordo com o curador damostra, Binho Ribeiro.

PRORROGADASProrrogadas as inscrições do Edital de Ocupação do Espaço Cênico

do Teatro Alberto Maranhão (TAM) – 2013 até o dia 31 de janeiro. Valepara o período do primeiro semestre, abrangendo o recebimento de pro-postas de todo o território nacional e internacional. O Edital, publicadoem Diário Oficial do Estado no dia 16 de novembro, irá selecionar pro-postas de espetáculos artístico-culturais: teatro, dança, música e eventosculturais.

Poderão participar do processo de seleção: grupos, companhias, em-presas, pessoas físicas ou jurídicas, de natureza cultural, de todo o terri-tório nacional e internacional. E, cada inscrito poderá apresentar apenas01 uma proposta de uso do espaço do Teatro Alberto Maranhão, poden-do ser propostas individuais ou coletivas. No caso de trabalho produzi-do em grupo apenas um representante ficará como responsável.

Em caso de dúvidas sobre as disponibilidades a equipe do TAM seencontra disponível por telefone (84 3232-9704 / 3232-3669) e o calen-dário está disposto no site www.teatroalbertomaranhao.com.br

AMANHÃAcontece o Projeto Verão DuSouto, onde a banda po-

tiguar vai apresentar a sua mistura dançante de samba-rock, funk e dub, a partir das 22h, no Buraco da Catita (Tra-vessa José Alexandre, 95, Ribeira - próximo ao Teatro Al-berto Maranhão).

Fotos: Divulgação

Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

Leão 22/07 a 22/08A cada dia você ganha maisclareza e percebe quais assituações que o restringem e o

enfraquecem. Procure corrigir antigoserros no trabalho para deixar assentadauma nova base de operações que garan-ta o progresso. Novos hábitos devem serpromovidos em nome da saúde.

Virgem 23/08 a 22/09Começa um excelente perío-do para liderar um trabalhoou um projeto independente.

Várias novas ideias surgem, valorize aousadia, a inovação, a irreverência e aespontaneidade. A vida social se tornamais intensa e a vida fica mais gostosa.

Libra 23/09 a 22/10Período de grandes aprendi-zados e profundas percep-ções. Vênus segue junto

com Plutão e se harmoniza comSaturno, fique atento aos temas quesurgem no período. São questõesimportantes em seu processo decrescimento.

Escorpião 23/10 a 21/11É tempo de se apaixonar por seutrabalho e por si mesmo, de dei-xar para trás sacrifícios ou

dependências. Lembre-se: posturas impul-sivas, passionais ou arbitrárias são contra-producentes. Dores e angústias do passa-do foram úteis para seu aprendizado.

Áries 21/03 a 20/04A parte da tarde será maisprodutiva. A Lua fica fora decurso no período da manhã e

ingressa em seu signo após o almoço.Aí sim, ganhará dinamismo e poder deiniciativa. Atividades que possa exercercom independência e autonomia ficamfavorecidas.

Touro 21/04 a 20/05Período de mais intensidade emforma de se relacionar. Vênuscaminha de braços dados com

Plutão e avisa: não podemos transformar aninguém, a não ser nós mesmos. Lua forade curso pela manhã, prefira o período datarde para investir nos novos projetos.

Gêmeos 21/05 a 20/06Seu poder de comunicaçãoestá em alta, sua criativida-de também. Muitas ideias

surgem, anote-as para que não sepercam. O período de desintoxicaçãocontinua, procure livrar-se do exces-so de bagagem. Lembre-se de enca-rar os impasses como desafios.

Câncer 21/06 a 21/07Continua realçada a força desócios, parceiros, clientes e aju-dantes. Por toda a manhã a Lua

estará fora de curso, então procure organi-zar-se para impulsionar os projetos naparte da tarde. Aí sim, poderá ir direto aoponto, com sinceridade e espontaneidade.

Sagitário 21/11 a 21/12Pela manhã, concentre-seem promover a harmoniaemocional. Os projetos

pedem tempo para que sejam amadu-recidos. A comunicação deve serclara. Em primeiro plano o compro-misso, a integridade, a responsabili-dade e a honestidade.

Capricórnio 22/12 a 21/01Sol em seu signo e disposi-ção de sobra. Apesar deuma grande euforia interior,

mantenha os pés bem colados aochão. Seja prático e objetivo paraaproveitar as oportunidades.Integração é a palavra-chave.

Aquário 21/01 a 19/02É tempo de colocar um pontofinal em todas as pendências.

Situações mal resolvidas continuam surgin-do e pedindo sua atenção. Hábitos negati-vos na rotina e na saúde pedem transforma-ções. Procure reservar mais tempo para simesmo, cultive recolhimento para elevar ossentimentos e para purificar a alma.

Peixes 20/02 a 20/03O movimento e a inquietaçãocrescem na medida em que odia avança. É preciso mudar,

tentar algo diferente. Lembre-se que nãosomos máquinas repetitivas, somos serescriativos. Procure sentir prazer em dançar adança da vida, a acompanhar seus ritmos.

HORÓSCOPO

DETONA RALPH - (Livre)

MOVIECOM1 – Hora:14:35 /

16:50 / 19:05 / 21:25

MOVIECOM 6 – Hora:13:30 /

15:50 / 18:10

UMA FAMÍLIA EM APUROS -

(12 Anos)

MOVIECOM 2 - Hora:14:50 /

17:05 / 19:20

O IMPOSSÍVEL - (12 Anos)

MOVIECOM 2 – Hora:21:35

AS AVENTURAS DE PI - (10

Anos)

MOVIECOM 3 - Hora:16:25 /

21:10

DE PERNAS PRO AR 2 - (12

Anos)

MOVIECOM 3 – Hora:14:15 /

19:00

MOVIECOM 5 - Hora:13:20 /

15:30 / 17:40 / 19:50 / 22:00

A VIAGEM - (12 Anos)

MOVIECOM 4 - Hora:14:10 /

17:35 / 21:00

MOVIECOM 6 – Hora:20:30

JACK REACHER- O ÚLTIMOTIRO - (14 Anos)

MOVIECOM 7 - Hora: 14:00 /

16:35 / 19:10 / 21:45

O Cinemark não enviou a pro-

gramação até o fechamento

desta edição.

OBS: A aprogramação pode

ser alterada sem prévio aviso.

Favor consultar o cinema

para confirmar o filme do dia.

CINEMA

TV - TUDO>>

Globo aposentouas empreguetes

de vezFicou pelo caminho o desejo de alguns

em transformar as “empreguetes”, da

novela “Cheias de Charme”, em proje-

to solo, tanto no palco quanto num

novo seriado para a televisão.

A diretora Denise Saraceni sempre foi

uma das mais entusiasmadas com a

ideia de se promover, ao menos, uma

temporada de shows com Taís Araújo,

Leandra Leal e Isabelle Drummond, em

função do sucesso que as três ainda

alcançam, mesmo após quatro meses

da novela terminada. Algo que comu-

mente não acontece. Só que nada

disso vai rolar. Página virada.

Taís já foi liberada para um projeto tea-

tral, Leandra está escalada na substitu-

ta de “Salve Jorge” e Isabelle será uma

corintiana fanática em “Sangue Bom”,

da Maria Adelaide Amaral que entrará

no lugar de “Guerra dos Sexos”. Quem

sabe, um dia.

NOVA SÉRIEFisicamente diferentes, Karina Marthin e Karin Hils vivem as gêmeas Giussandra e

Soninja, em “Pé na Cova”, de Miguel Falabella.Daniel Torres faz um aspirante a político. Estreia dia 24, na Globo.

w MAS OLHA SÓEsses novos tempos são mesmocheios de surpresas. Algumas, atécuriosas.Um jovem casal de atores da Re-cord - ele no ar e ela de férias -resolveu radicalizar nos dizeresdas suas alianças – parte interna,claro.Na dele, em vez do nome dela,está escrito vaquinha. E na dela,cachorro.

w SENDO ASSIMA Globo ainda deve tomar de-cisões sobre o “The Voice”, noque diz respeito sobre a estreiada nova temporada e horário deexibição.Dúvidas, porém, não existemquanto a sua equipe. Devem con-tinuar os mesmos jurados e oTiago Leifert na apresentação.

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bo

- R

ap

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l Dia

s

w HOMENAGEM AO CAFUEm Miami Beach, onde tem asua base, o artista plástico Rome-ro Britto pintou uma tela em ho-menagem ao capitão do penta,Cafu, que só agora e por aquiestá tomando conhecimentodisso.Aliás, o Romero também vaifazer a capa do livro, que o Mil-ton Neves está escrevendo.

w IMPROCEDENTEHouve quem cogitasse e atéanunciasse a presença deHelen Ganzarolli na novela“Chiquititas”.Isto não existe. Ou, pelo menos,nunca foi cogitado pelo SBT.

w DOIS TEMPOSNa paralela do espetáculo “Tam-

bém queria te dizer”, que fica emcartaz no Midrash Centro Cul-tural, Leblon, até 31 de março,Emílio Orciollo Netto grava par-ticipação especial em “Louco porElas”.Tubarão é o personagem, amigode Léo, Eduardo Moscovis, umtipo que não sabe cuidar decrianças.

w JORNALISMOAlém do argentino Ariel Palá-cios, em Buenos Aires, o GloboNews está com Henrique Cymer-man, português, como correspon-dente em Israel. Ele também tra-balha para a rede SIC.Uma característica comum dosdois é a fala pausada. Tudo paraque o telespectador brasileiropossa entendê-los.

w NADA COM ISSOA Record continua informandoque está em preparação um novojornal, na faixa da manhã, paraLuiz Bacci apresentar. Isto, aindasegundo a emissora, resultará emcontratações de editores, produ-tores e repórteres.É o que está sendo dito. Se serácolocado em prática ou não, aí jáé uma outra história.

w EQUIPE ESCALADAAgora, de forma definitiva, oSBT já tem o pessoal que irá tra-balhar na cobertura do carnavalem Salvador. Estão confirmadosos nomes de Eliana, Cesar Filho,Celso Portiolli, Karyn Bravo eAndré Vasco. Lola Melnichtambém vai, mas para uma par-ticipação especial.

w Mariana Ferrão, Fernando Rochae equipe do “Bem Estar” come-moram o programa de número 500.w Tem gente com tempo sobrando.Sabia que agora existem “torcidasorganizadas” de emissoras de te-levisão?w E com alguns hooligans no meio.w Direto de lá, Silvio de Abreu estáem Nova York, escrevendo os pró-ximos capítulos de “Guerra dosSexos”.w Foram bem idealizadas e finali-zadas as novas vinhetas da Band.Abordam o verão e estão absolu-tamente fora do lugar comum.

w É um material leve e agradávelde ver. O telespectador fica comgosto de quero mais.w “Carrossel” continua batendo re-cordes no SBT. Mesmo com as fé-rias escolares verifica-se um cres-cimento na sua audiência.w Os contratos dos atores convida-dos ou aprovados em testes para apróxima das 9, de Walcyr Carras-co, passam a valer a partir do dia2 de fevereiro.w Já a viagem da primeira turma,para os trabalhos iniciais, em loca-ções no Peru, está prevista para odia 17 de fevereiro.

C´EST FINISem surpresas, a Record informou ontem, durante coletiva no Rec-

Nov, que Vivian de Oliveira, responsável por “José do Egito”, que

estreia dia 30, também responderá pela adaptação da próxima mi-

nissérie da emissora, “Moisés e os 10 Mandamentos”, com lança-

mento em 2014.

A Record anunciou ainda um outro trabalho, “Os Milagres de Jesus”,

em 18 capítulos, para exibição em 2015.

Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 16 de janeiro de 2013Cidade

A comunidade católica se pre-para para mais uma edição da Cam-panha da Fraternidade, que este anocomemora Jubileu de Ouro, com50 anos de existência. A Campanhaserá lançada no próximo dia 13 defevereiro, Quarta-feira de Cinzas,com o tema "Fraternidade e Juven-tude: Eis-me aqui, envia-me!" eeste ano, o lançamento nacionalacontecerá em Brasília, na sede daComissão Episcopal Pastoral paraa Juventude da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB),e em Natal, que junto com o mu-nicípio de Nísia Floresta, sediarátambém os principais eventos daCampanha.

A campanha da Fraternidade écoordenada pela Equipe de Campa-nhas da Arquidicese, direcionadapelo padre Alcimário Pereira, e deacordo com a secretária executivada Campanha da Fraternidade emNatal, Táfnes Nóbrega, a expecta-tiva é de que muitos sejam alcan-çados e fortalecidos. "Apesar de otema ser voltado à juventude, nãoabordará somente a problemáticaligada à eles. O objetivo principalé resgatar os que se afastaram doscaminhos de Deus, e fortalecer osque permanecem com Ele. Nossaexpectativa é de que os jovens pos-sam abrir o coração para receber oque a Igreja tem para oferecê-losnesses dias", disse Táfnes.

No primeiro dia do evento, apresidência da CNBB receberá aimprensa, em entrevista coletiva

em Brasília, para apresentar aCampanha da Fraternidade 20123.Na quinta-feira, dia 14 de feverei-ro, o Núncio Apostólico no Brasil,Dom Lorenzo Baldisseri, acom-panhado de integrantes da direto-ria da CNBB, visitará o municípiode Nísia Floresta, onde a Campa-nha da Fraternidade teve início,no ano de 1962.

Na sexta-feira (15) pela manhãe a tarde, será realizado um Semi-nário, com o tema "Fraternidade eJuventude", no Centro de Conven-ções de Natal, com a presença dopadre Fábio de Melo e do cantor emissionário Dunga,da Canção Nova.No evento, além de palestras, serãorealizadas mesas-redondas sobre ahistória da Campanha da Fraterni-dade e sobre a dimensão social queela tomou. Outros assuntos serãoabordados, sempre em torno da pro-blemática que envolve os jovensatualmente. O padre Fábio de Melo,trabalhará o lado reflexivo dos par-ticipantes, intercalando as ministra-

ções com suas belas canções. Já omissionário Dunga, falará acerca dojovem e a comunicação, e tambémsobre outros problemas da juventu-de, através de sua experiência e tes-temunho. As inscrições para o Se-minário podem ser feitas na Livra-ria Paulinas, na Rua João Pessoa,220, Centro de Natal. O valor é deR$ 30 reais e dará direito a almoço.Após o Seminário, às 17h será rea-lizada a solenidade oficial de lan-çamento e às 20h, haverá a celebra-ção de uma missa, na Catedral Me-tropolitana, e ao final, um show comcantores católicos.

No sábado (16), a AssociaçãoNacional de Educação CatólicaANEC/RN, realizará uma caminha-da com professores, alunos e fami-liares de diversas entidades estu-dantis, realizará em alusão à Cam-panha da Fraternidade, para cha-mar a atenção da sociedade para aimportância da fé e da união paraa vida dos jovens.

Esta é a segunda vez que o

tema da Campanha é direcionadoà juventude, pois em 1992, o temacentral foi o mesmo. A escolhapelo tema, se deu em circunstân-cia da realidade de vida que circun-da os jovens atualmente, e que aca-bam por afastá-los da igreja. Otema também foi escolhido parapreparar desde já os jovens para aJornada Mundial da Juventude(JMJ), que neste ano será realiza-da no Brasil.

De acordo com o diácono Iná-cio Lopes Filho, coordenador dosetor de juventude da Arquidioce-se de Natal, o tema escolhido foié muito positivo para tentar mudara realidade da juventude. "Há umacrescente onda de violência e ex-termínio relacionado aos jovens,e a Igreja tem um olhar de amorpara com eles, e por isso, lutamospara mudar essa situação, e pen-sando nisso escolhemos um temavoltado para eles em mais umaCampanha da Fraternidade. Os jo-vens não são apenas o futuro danação, como muitos dizem, massim o presente, e precisamos cons-tantemente investir neles, e sabe-mos que trazendo-os mais pra pertode Deus e movidos pela fé, elespodem ser renovados, e podere-mos mudar o quadro tão triste quefaz parte da vida de muitos deles.Esperamos que toda juventude,cristão ou não, venha participardesse momento que com certezapoderá mudar suas vidas", disse odiácono Inácio Lopes.

Com a economia brasileira ali-cerçada no consumo, a chegada,quase diária, de novos produtos aomercado gera uma rede complexade relações que envolvem fabrican-tes, vendedores, consumidores eagências/órgãos reguladores - aindamais com a invasão chinesa. Dobem sucedido empreendedor resi-dente nos Jardins paulistanos, aosertanejo que sobrevive nos rincõesdo semiárido, todos são suscetíveisa falhas em algum item industria-lizado.

Após a exigência do InstitutoNacional de Metrologia, Qualida-de e Tecnologia (Inmetro) de umselo de qualidade para 140 eletro-domésticos, em vigor desde o pri-meiro dia de 2013, uma luz forte foilançada em equipamentos e servi-ços que, mesmo com recomenda-ções dos fabricantes em rótulos,bulas, embalagens, manuais de ins-trução, dentre outros, causam aci-dentes ou danos à saúde da popu-lação - secadores, chapinha e má-quina de cortar cabelo estão entreas principais reclamações.

Chamados Acidentes de Con-sumo, são queimaduras, cortes,choques e quedas decorrentes domau funcionamento ou da negli-

gência de quem manuseia um apa-relho. Para o diretor-geral do Ins-tituto de Pesos e Medidas do RioGrande do Norte, Carlson Gomes,

"O Inmetro está atento nessa fis-calização da falta de informaçõesnos rótulos, de fotos que não con-dizem com a realidade do produ-

to e de qualquer dano na mercado-ria que coloque o consumidor emperigo".

Foram sete ocorrências dessanatureza, ano passado, no RN.Casos comuns, como cadeiras deplástico quebradas, sem certificado,costumam ser deixado de lado porquem comprou o produto defeituo-so e sofreu dano físico. "Mesmo aquantidade sendo pequena, aciden-tes existem. Pedimos que as pes-soas, chegando ao hospital, identi-fiquem bem o produto, se for quí-mico, uma cadeira que quebrou ouum bronzeador sem especificação,e avisem ao Ipem".

Carlson pede que denúnciassejam feitas no sitewww.ipem.rn.gov.br (banner Aci-dente de Consumo). Sem caráterde reclamação, é um registro parao órgão cobrar melhorias na fabri-cação ou detalhamento nas instru-ções de uso, essencial no mapea-mento de ocorrências, identificarfatores de risco e encaminhar dadospara uma comissão responsável porpolíticas públicas, reformulação oucriações de normas técnicas ou ter-mos de ajuste de conduta para oaperfeiçoamento de produtos e ser-viços dos fornecedores.

Arquidiocese de Natal se prepara para Campanha da Fraternidade 2013COMEMORANDO 50 ANOS, ESTE ANO TEMA É VOLTADO PARA OS JOVENS

>DIREITOS

Órgãos fiscalizadores combatem oschamados “acidentes de consumo”

Coordenador do setor Juventude da Arquidiocese de Natal, diácono Inácio Lopes: “A Igreja tem um olhar de amor para os jovens e mais uma vez o tema é para eles”

Carlson Gomes alerta que consumidores devem denunciar produtos defeituosos

A primeira Campanha daFraternidade foi realizada na Ar-quidiocese de Natal, em abril de1962, por iniciativa do então ad-ministrador apostólico, Dom Eu-gênio de Araújo Sales. O objeti-vo era fazer uma coleta em favordas obras sociais e apostólicas

da arquidiocese. A comunidaderural de Timbó, no município deNísia Floresta (RN), foi o lugaronde a campanha ocorreu, pelaprimeira vez, e logo se expandiupor todo o país. A cada ano comum tema diferenciado, relacio-nado a realidade da população.

Origem da Campanha da Fraternidade

Wellington Rocha

Divulgação

Érika Nesierikamnesi@hotmail.com

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 16 de janeiro de 2013

O homenageado hoje é SylvioPiza Pedroza ícone político e doesporte norte-Riograndense, erafilho de Fernando Gomes Pedrozae Branca Fonseca Piza Pedroza.Contraiu núpcias com: ClotildeMaria d'Azevedo Pedroza, com aqual teve 04 filhos: Sérgio, Sylvio(falecido), Marília e Luiz Eduardo;com Elena, teve um filho Robertoe com a sua última esposa Nelma,um filho João Paulo, os quais ge-raram 10 netos e 8 bisnetos. Comopolítico, segundo Dalton Melo deAndrade, ele inventou a verdadei-ra "democracia" no Rio Grande doNorte; como desportista, trouxe be-nefícios inegáveis em todas as mo-dalidades da prática. Seu maior le-gado foi o paradigma de ética, sim-plicidade e generosidade.

POLÍTICO"Sylvio Piza Pedroza, nasceu

em Natal / RN em 12 de março de1918 e faleceu no Rio de Janeiroem 19 de agosto de 1998, se vivoestivesse completaria 94 anos. Fezo curso secundário na Inglaterra eformou-se em direito no Rio de Ja-neiro. Foi prefeito de Natal comatuações importantes na orla ma-rítima com a construção da Aveni-da do Contorno, a oficialização dobairro do Alecrim e integração dobairro das Rocas a cidade de Natal.Assumiu o governo do Estado apósmorte em acidente aéreo de seu an-tecessor Jerônimo Dix-Sept Rosa-do Maia em 12 de julho de 1951.Fez um governo de alto nível de es-tadista, sem discriminações, semperseguições políticas, convivendoeducada e democraticamente comos seus adversários. Ao concluir oseu governo foi nomeado pelo Pre-sidente da República Juscelino Ku-bitschek para a diretoria do Bancodo Nordeste, em Fortaleza/Ce. Foichefe de gabinete do sob a presi-dência de Jessé Freire da Confede-ração Nacional do Comércio".

Texto de Dr. Lauro Bezerra

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RETIDÃO E CARÁTER"Sylvio Pedroza foi um

homem que se destacou, seja comopolítico, executivo, esportista oupai.

Seu jeito de ser afável e ele-gante se refletia nas relações fa-miliares. Nunca levantou a mão oualterou a voz, bastava um olhar.Foi a minha referência de retidãoe caráter. Tenho a convicção deque Sylvio engrandeceu a políticado Rio Grande do Norte, justamen-te por não ter seguido as atitudese práticas tradicionais na sua época,preferindo deixar o Governo e apolítica em paz com a sua cons-ciência.

Meu maior orgulho foi teste-munhar as homenagens prestadasao meu pai ainda em vida pelosseus conterrâneos.

Esse reconhecimento foi, paraele, muito importante".

Luis Eduardo - filho

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PIONEIRISMO"Sylvio foi dos amigos mais

chegados que tive, nos conhece-mos na Praia de Areia Preta lá pelosidos de 1945 onde praticávamospeladas de futebol, eu com os meuscolegas da FAB e o Sylvio comseus amigos que eram muitos, masdentre eles figuravam HumbertoNesi, Alvamar Furtado, MaritoLira, Mozart Romano e outros queconstituíam a fina flor da socieda-de daquela adorável Natal. Doisanos depois do nosso primeiro en-contro, tornei-me seu cunhado,anos depois, seu Chefe de Gabi-nete, ele Governador do Estado.Educado, finíssimo no trato, es-portista. Campeão de tênis na ju-ventude pelo Fluminense FutebolClube do Rio, exímio cavaleiro fezparte do time sul americano cam-peão de Polo pelo Itanhangá Clubetambém do Rio. Transferindo-separa Natal sua terra de nascimen-to foi um dos fundadores do Cen-tro Hípico de Natal e sempre comHumberto Nesi e com os irmãosLamas deram um enorme impulsono tênis potiguar.

Amigo íntimo do Dr. Luiz daCâmara Cascudo que foi seu pro-fessor no Atheneu, a chamado deJoão Câmara, grande amigo do seuPai, ingressou na política tendosido Prefeito de Natal, Vereador eVice Governador. Com a prema-tura morte de Dix-Sept Rosado as-sumiu o Governo. Teve oficiais de

Ícone FashionSylvio Piza Pedroza

Gabinete que foram seus amigosaté a sua morte como João Uru-rahy, Marcelo Fernandes e Terezi-nha Ururahy sua secretária particu-lar. Fino no trato, sorriso calmo,dotado de paciência sem limitessabia ouvir queixas de correligio-nários e de adversários políticoscom a mesma fleuma. Nunca sealterava. Como os principais per-sonagens já morreram, posso citarnomes e lembrar o seguinte: na pri-meira vez que fui visitar o prefei-to Sylvio Pedroza, eu já noivo daElza, quando conversávamos, oMarcelo Fernandes nos interrom-peu dizendo que o Dr. José Vare-la, então governador do estado,queria falar com Sylvio com ur-gência. Fui ao palácio acompa-nhando Sylvio, pois me dava muitobem com o Dr. José Varela, e ohavia conduzido em aviões da FABem três oportunidades. Lá chegan-do, Dr. José Varela disse ao Sylvioque iria tratar de assunto delicado,pois ele estava sendo pressionadopor correligionários que desejavama demissão do Dr. João Ferreira deSouza que era o secretário de finan-ças do município e militante daUDN. Com a calma que o carac-terizava, Sylvio respondeu que, emprimeiro lugar o Dr. João Ferreiraera pessoa de sua absoluta confian-ça, segundo, era filho do Cel. Eze-quiel Mergelino de Souza, que foipor muitos anos, o maior fornece-dor de algodão para a Wharton Pe-droza, firma da qual seu pai Fer-nando Pedroza, era fundador e di-retor, além de amigos íntimos.Sylvio afirmou ao governador quenão demitiria o Dr.João Ferreira, eque o governador poderia demitiro prefeito se assim o desejasse.Diante do que Sylvio falou, o Dr.

José Varela, deu toda a razão a ele,e o Dr. João Ferreira permaneceuaté o final do seu mandato a fren-te da prefeitura.

Sylvio é um esquecido pelafraca memória do nosso povo.Como prefeito, a atual Praia doMeio foi por ele aberta, antes dasua passagem pela Prefeitura nãoexistia. Como governador, encon-trou os prédios do Atheneu e doQuartel da Polícia ainda em alicer-ces e os terminou, sempre tendo aoseu lado outro esquecido: JoaquimVitor de Holanda. Construiu o pri-meiro ginásio de esportes cobertodo Estado hoje com seu nome.Com um grupo de amigos comoDr. Aldo Fernandes, Paulo Viveiros,Câmara Cascudo, Alvamar Furta-do criou a Faculdade de Direito.Com Onofre Lopes e cumprindopromessa feita ao seu grande amigoDr. Januário Cicco criou a Facul-dade de Medicina e na pagina 91do livro A memória viva de Ono-fre Lopes está a foto da instalaçãoda Faculdade de Medicina. Hojeambas federalizadas, orgulho doRio Grande do Norte. Doou o ter-reno para a Academia Norte Rio-grandense de Letras. Fossem osdois vivos eu pediria ao Nesi ou aoAlvamar para dar este depoimen-to, eles que foram amigos irmãodo Sylvio. Nos dois últimos anoscomo governador, com o auxiliode Estélio Ferreira, fundou o Par-que de Exposições de Parnamirim,cuja área ainda hoje existente, foidoação da viúva Machado, ao go-verno do estado. No governo Alui-zio Alves, foram construídos maisdois pavilhões, e com o falecimen-to do seu grande amigo, Aristófa-nes Fernandes, Aluizio deu o seunome ao parque, ainda considera-

do um dos maiores do nordeste"

Graco Magalhães Alves - cunhado

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INCENTIVO AO ESPORTE"Por conta da grande amizade

que existia com o meu pai Humber-to Nesi, pude conviver de pertocom a família do homenageado.Dr. Sylvio promoveu competiçõesem Natal em nível local e interes-tadual de remo, natação, vela e caçasubmarina. Ajudou nos desloca-mentos das nossas delegações paraoutras capitais. Foi um dos incen-tivadores para a criação e funda-ção da flotilha de snipes do iateclube de Natal. Nos esportes ter-restres agiu da mesma forma como tênis de mesa e de campo, volei-bol, futebol, xadrez e basquetebol.Participou dos campeonatos de fu-tebol mirim, realizados e promo-vidos pelo América Futebol Clubeno qual mereceu destaque comobom jogador defendendo a equipede cor branca. Foi um dos grandestenistas do estado. Defendeu ascores azuis/rubras atuando nas qua-dras do América e do Aero. Jogan-do ao lado de Humberto Nesi, Al-vamar Furtado, Ulisses Cavalcan-ti e da família Lamas, obteve bri-lhantes e memoráveis vitórias con-tra tenistas de outros estados. Ao re-tornar ao Rio de Janeiro continuoujogando tênis. Mercê das suas qua-lificações como homem público eatleta, em pouco tempo de atuaçãonas plagas cariocas, foi eleito pre-sidente da Confederação Brasilei-ra de Tênis contando com o apoiodo brigadeiro Murilo Santos".

Fernando Nesi - amigo

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ADMINISTRADOR MODERNO E DEMOCRÁTICO

"Recebi com alegria a incum-bência que me foi dada por ÉrikaNesi para escrever algumas linhassobre Sylvio e nada melhor do queiniciar contando uma história queVivi (Veríssimo de Mello, grandefigura e meu tio) tornou conheci-da. Um diálogo, entre o professorde História do Brasil, Câmara Cas-cudo, e o aluno, Sylvio, no exameoral:"Como o rei de Portugal tevenotícias do descobrimento de VeraCruz? Pedro Álvares Cabral pas-sou um telegrama. O aluno foiaprovado". Essa história revela deforma eloquente quem foi SylvioPedroza. Inteligente, ótimo humor,presença de espírito e irreverente.Gosto de dizer, e sem qualquerexagero, que foi ele quem inven-tou "democracia" no Rio Grandedo Norte. Tanto na Prefeitura, (1946 a 1951), como deputado es-tadual, o mais votado naquele ano.Como Prefeito, fez uma adminis-tração moderna e democrática.Deixou como marco de sua admi-nistração a Avenida Circular, umadas obras que marcaram o destinode Natal como cidade turística. E,nessa ocasião, deixou também umtestemunho de seu bom humor ede sua inteligência. Na Praça daJangada, ali na Areia Preta. A jan-gada tinha um interruptor, para queos casais amorosos, em vez de que-brar a lâmpada, pudessem apagá-la. Desencavou dos arquivos daPrefeitura o esquecido Plano Pa-lumbo e procurou continuar suaimplementação. Esse espírito de-mocrático, bom humor e inteligên-cia, levou para o governo do Es-

tado. Assumiu depois de uma tragé-dia, a morte de Dix-Sept Rosado, em1951, e governou o Estado até o dia 31de janeiro de 1956. Se poderia dizer,e eu digo, que sua administração "in-ventou" democracia no Rio Grande doNorte. Antes dele, nem se precisa co-mentar. Quem conhece a história po-lítica do nosso Estado sabe como os ad-versários políticos eram tratados. De-pois dele, e muito em razão de seuexemplo, e dos novos tempos, o com-portamento e tratamento dos adversá-rios melhorou substancialmente.

A idade e a educação o ajudaram.Assumiu a Prefeitura com 28 anos; oGoverno do Estado aos 33. Lembro-me,num dia quente de Natal, e não sei porque estava junto, desceu do carro ofi-cial e, em vez de vestir o paletó, o pen-durou no ombro e entrou no Palácio.Uma cena de simplicidade e descontra-ção inesquecível. Um outra históriaque mostra seu comportamento. Tardede sábado, no Iate Clube. Havia umacerca de arame que nos separava daRampa, então da FAB. Sempre houveuma dificuldade entre o Iate e a FAB,buscando esta receber de volta o terre-no que ocupávamos. Chega um pelo-tão da Aeronáutica; o sargento procu-ra Fernando, irmão de Sylvio e Capi-tão da Flotilha de Snipes (o Iate aindanão havia sido criado), para comunicarque iam tirar a cerca. Fernando vira-separa Sylvio, então governador, e per-gunta: Vamos permitir? Claro, respon-deu, vamos ter mais espaço e podemosusar a rampa para botar e tirar os bar-cos do rio.

Dizia Alvamar Furtado, que juntocom Humberto Nesi e meu tio Protá-sio Mello eram seus grandes amigos,que a simpatia, o carisma, o espíritocordial irradiado por Sylvio era de talordem que, se você estivesse com raivadele, o abraçava com entusiasmo sechegasse perto.

Mas, a minha aproximação maiorcom Sylvio se deveu ao esporte náuti-co. Ambos éramos apaixonados pelo mare pela vela. Convivemos praticamentedesde os anos 51/52 até a sua ida paraFortaleza, onde foi ser Presidente doBanco do Nordeste. E foi para lá em seuiate "Boa Sorte". Quase todos os fins desemana, quando estava em Natal, aindagovernador, ia para o clube. Muitas vezesia com ele, num perúa (como se chama-vam então as SUV de hoje), branca, DeSotto, que ele mesmo dirigia.

Tinha uma casa em Pirangi doNorte, onde meu pai também tinha.No veraneio, organizava times de fu-tebol com a rapaziada da praia e faziacompetições. Joguei com ele, e con-tra ele. Era um jogador como outroqualquer, dando e levando pancadascomo um de nós. Foi grande jogadorde tênis, tendo conquistado vários tro-féus. Lembro-me de vê-lo jogando noAero Clube onde, na época, existiamas duas únicas quadras de tênis da ci-dade, ambas de saibro. Alvamar, coma sua verve usual, comentava, depoisde visitá-lo no Rio, anos depois: Sylviocontinua jogando tênis; sai da quadrade cadeira de rodas, mas não larga araquete.

João Machado, de boa memória,comentava sobre Sylvio, numa crôni-ca que escreveu, na "Tribuna do Norte"de 25/10/64:

"Se encontre com seu Sylvio em qual-quer parte, claro, que avec HumbertoNesi dum lado - Alvamar parece quetomou chá de sumiço danado - e verifi-que com seus próprios olhos que a terrahá de comer, se tribuna de João Macha-do tá mentindo nem exagerando nada,se não está ali vivinho da silva o mesmotenista e fuleiríssimo jogador de futebolde salão que eram o prefeito de Natal eo governador do Rio Grande do Norte,nos idos de quarenta e muitos para cin-qüenta e poucos. Pois é a esse homem doesporte que a Associação dos CronistasEsportivos vai entregar hoje, em soleni-dade simples como os homens do espor-te gostam, entrega a domicílio, GetúlioVargas, 750, a mais alta comenda que oRio Grande do Norte tem para dar, nosetor, que é a Medalha do Mérito Espor-tivo. E já vai tarde, não resta a menor dú-vida. Mas demonstração de reconheci-mento e gratidão não cai em exercíciofindo. E tá escrito lá na bíblia, que é obuquê dos buquês, que os últimos serãosempre os primeiros, principalmentequando são gabaritados que nem Sylvio".

Nessa mesma crônica, ele fala doabandono a que estava relegado o Gi-násio Sylvio Pedroza, vítima do desca-so habitual dos governos. Tive eu a sa-tisfação, ao assumir a Secretária deEducação no Governo Cortez Pereira,de fazer uma reforma completa do gi-násio, e convidei Sylvio para a reinau-guração. Foi a forma que encontrei dehomenagear um bom amigo, uma figu-ra ímpar, e um dos grandes homensque o Estado não pode esquecer".

Dalton Melo de Andrade - Professoruniversitário aposentado